1) O Universo terá começado por ser do tamanho de um protão, extremamente compacto e pequeno. 2) A partir deste ponto inicial, o Universo expandiu-se rapidamente nos primeiros minutos, atingindo 1,6 milhões de biliões de quilómetros de diâmetro e formando os primeiros elementos como o hidrogénio e o hélio. 3) A teoria do Big Bang surgiu em 1965 com a descoberta da radiação cósmica de fundo, o que veio corroborar a ideia de que o Universo teve origem numa

1. Artigo sobre o Capitulo 1. Como construir um Universo do livro “Breve história de quase tudo”
Ana Caetano, Ariana Cabrera, Bruno Mendes, Luís Santos -12ºB
O Universo já foi tão pequeno que seria necessário um microscópio para o
observar
De facto, é possível afirmar que o Universo, tal como o conhecemos, outrora terá sido do
tamanho de um minúsculo protão. Um protão é uma parte infinitesimal de um átomo, sendo um
corpúsculo tão pequeno, que o classificamos como indivisível. Porém, a ciência que explica a
formação do Universo diz que a compactação de um só protão poderá ter dado origem ao Universo.
Na verdade, a compactação, num só ponto, de cada pedaço de matéria daqui até ao limite do
Universo poderá ter dado origem àquilo a que chamamos “singularidade”. Esta singularidade não
tem local definido, isto é, como a singularidade engloba cada partícula do Universo, para fora da
singularidade não existe local, ou seja, a singularidade, aquando da sua formação, constitui o
Universo.
E assim, do nada, o Universo começa.
Na realidade, a partir do momento
que se começou a dilatar, o Universo
permaneceu em constante expansão. Em
menos de um minuto após a sua formação o
Universo possuía 1,6 milhões de biliões de
quilómetros de diâmetro e continuou a
crescer a grande velocidade. Com o
progressivo aumento de temperatura a que o
Universo estava sujeito, iniciaram-se as
reações nucleares que criaram os elementos
mais leves, como o hidrogénio e o hélio. Em
pouco mais de três minutos de existência,
98% do Universo estava formado.
E quando se formou o Universo?
Este tema é objeto de discussão, mas parece estar-se a formar um consenso que diz que a
formação terá ocorrido acerca de 13,7 biliões de anos, sendo o instante em que se formou o
Universo denominado de t=0. Existem, contudo, várias noções que não conhecemos, e mesmo a
noção de BigBang é uma descoberta relativamente recente. Esta teoria surgiu involuntariamente, em
1965, quando dois jovens radioastrónomos, Arno Penzias e Robert Wilson, ao tentarem utilizar uma
grande antena de comunicações dos Bell Labs em Holmdel, foram incomodados por um ruido de
fundo persistente, que impossibilitava qualquer trabalho experimental. O que para eles era um
incómodo, para uma equipa de investigadores liderada por Robert Dicke, era uma descoberta pela
qual aguardavam. Estes investigadores de Princeton, com base numa ideia surgida na década de 40,
procuravam perscrutar o espaço a uma profundidade suficiente para encontrar qualquer radiação
cósmica remanescente do BigBang. Terá até sido sugerido, pelo fundador desta teoria, George
Gamow, um instrumento capaz de detetar radiação remanescente, a antena dos Bell Labs, em
Holmdel. O ruido que ouviam era evidentemente o mesmo que Gamow postulara. Embora tenha
sido uma descoberta involuntária, Penzias e Wilson receberam o prémio Nobel da Física em 1978.
Devido a esta descoberta, os pesquisadores de Princeton receberam várias manifestações de apoio,
isto porque, mesmo no dia a dia, qualquer um de nós pode experimentar a perturbação da radiação
Imagem representativa do Big Bang

2. Artigo sobre o Capitulo 1. Como construir um Universo do livro “Breve história de quase tudo”
Ana Caetano, Ariana Cabrera, Bruno Mendes, Luís Santos -12ºB
cósmica de fundo, através da sintonização da nossa televisão em qualquer canal que ela não receba.
Embora o momento de formação do Universo seja denominado regularmente de BigBang, a verdade
é que não aconteceu nenhuma explosão aquando da formação do Universo, o que ocorreu foi uma
expansão em larga escala.
Será o “Universo conhecido” o único Universo existente?
Mais uma vez aqui temos outro tema que poderá gerar alguma discussão, pois alguns
especialistas apontam para a ideia de que a “singularidade” outrora originada, terá tido origem na
compactação de um Universo pré-existente levando à conclusão que entrámos numa espécie de
“time loop”, um fluxo temporal, baseado na repetição sucessiva de vários Universos, isto é, a
“morte” de um dá origem a outro. Assim, a Teoria do BigBang não se trata do próprio Bang, mas
sim do que aconteceu depois dele, ou seja, da sua posterior formação e expansão. Deste modo, o
Universo surgiu da conjugação improvável de vários factores tais como a matéria formada, a
gravidade e a densidade.
Será que qualquer alteração na altura da sua formação teria influência atualmente?
A resposta é sim. O facto de todos estes fatores estarem conjugados e terem batido certo até
agora não significa que de um momento para o outro o Universo não possa mudar. Se a gravidade
for mais fraca ou mais forte, se a expansão se tivesse dado mais depressa ou mais devagar, então
talvez nunca tivessem sido criados elementos suficientemente estáveis para nos formar. Se a
gravidade fosse um pouco mais forte o universo poderia ter colapsado e não haveriam os valores
certos para ter as dimensões a densidade e os componentes certos. Se a gravidade tivesse sido mais
fraca nada se teria unido e o universo teria permanecido um vácuo informe e sem vida.
Durante muito tempo, a teoria do BigBang tinha uma grande lacuna que incomodava muita
gente. Se o BigBang originou 98% de toda a matéria existente (exclusivamente gases leves tais
como o hélio, hidrogénio e lítio), nenhuma partícula de elementos pesados tão vitais à nossa
existência tais como o carbono, o nitrogénio e o oxigénio emergiu deste fenómeno. Mas é aqui que
está o grande problema: para a formação destes elementos pesados é preciso o tipo de calor e
energia de um BigBang. Mas se só existiu um BigBang, de onde surgiram estes elementos pesados?