Para que a cultura expresse todo o seu potencial genético produtivo, são necessárias técnicas de manejos adequadas, para que se tenha um sistema de produção capaz de proporcionar altos rendimentos em diferentes condições e níveis tecnológicos sustentáveis. Para um bom desenvolvimento da lavoura,são necessários cuidados com o manejo e tratos culturais, comuns a qualquer cultura.
Desta forma os tratos culturais devem ser feitos na hora certa. A concorrência das ervas daninhas é muito prejudicial, principalmente durante os 30 primeiros dias após a emergência das plantas. As ervas daninhas são eliminadas através de um ou dois cultivos, mas o equipamento utilizado nessa operação não deve se aprofundar muito, para não prejudicar o sistema radicular do sorgo e diminuir o seu rendimento.
Se houver condições favoráveis , o controle das ervas daninhas na cultura do sorgo pode ser feito com herbicidas, com bons resultados.Os produtos à base de Atrazina podem ser aplicados em pré emergência, desde que a planta já tenha desenvolvido três folhas.
As pragas merecem um cuidado especial do produtor. É preciso acompanhar e identificar as pragas e saber quando elas causam danos econômicos. As pragas subterrâneas, como: larva- -arame, bicho-bolo, pão-de-galinha e corós, causam prejuízos na fase inicial e devem ser controladas por meio do tratamento de sementes. As demais pragas,como : lagarta do cartucho,mosca do sorgo, broca da cana-de-açucar devem ser controladas nos estágios iniciais da praga pelo controle químico.
O sorgo pode adquirir doenças provocadas por bactérias, fungos ou vírus. O controle deve ser feito de forma preventiva, com escolha de variedades, boa adubação e nutrição das plantas.
2. Susceptível a plantas daninhas abafantes nos estádios
iniciais.
Competição por luz,água e nutrientes.
Redução da produtividade de grãos em até 86%
(RODRIGUES et al., 2010)
Controlar nas 4 primeiras semanas!!!
Sorgo é bastante sensível a herbicidas.
Plantas daninhas
3.
4. Plantas Daninhas
Quais as principais plantas daninhas do sorgo?
Caruru Corda de viola Marmelada
Fonte:Manual de identificação de plantas daninhas da cultura da soja
5. Plantas Daninhas
Amargoso Pé de galinha Picão preto
Fonte:Manual de identificação de plantas daninhas da cultura da soja
6. Como controlar as plantas daninhas?
Medida preventiva: Não disseminar p.d de um talhão
a outro que não tenha, limpeza de máquinas.
Controle químico: Herbicidas.
Time: 5 a 6 folhas ( altura média 15 cm)
Problema: Poucas opções de mercado e todas a base de
atrazine ( folha larga) Injúrias na próxima
cultura da soja
9. Resíduos de trifluralin acumulados ao longo de várias
aplicações podem reduzir o sistema radicular do
sorgo.
Há possibilidade de acumulação de resíduos de
herbicidas aos quais o sorgo é suscetível (redução
severa no stand de plantas).
Não usar: cloroacetamidas (alachlor, metolachlor e
acetochlor) ou as dinitroanilinas (trifluralin,
pendimethalin).
10. Herbicidas
São herbicidas registrados no Ministério da
agricultura:
1. Atrazina Nortox 500 SC;
2.Atrazinax 500;
3. Gesaprim GrDa;
4.Gesaprim 500;
5.Herbitrin 500 BR;
6.Proof e Siptran 500 SC
12. Larva arame (Conoderus
scalaris)
Danos:
- Destruição de sementes;
- Ataque ao sistema radicular das plantas;
- Falhas na cultura;
- Planta raquíticas com maior sensibilidade ao estresse
hídrico
Controle:
- Tratamento de sementes;
- Aplicação de inseticidas no sulco
14. Coró (Phyllophaga cuyabana)
Danos:
- As larvas se alimentam do sistema radicular das
plantas;
- Falhas nas linhas, pouco desenvolvimento e
sensibilidade ao estresse hídrico.
Controle:
- Destruição de restos culturais após a colheita;
- Tratamento de solo com inseticidas
16. Percevejo Castanho (Scaptocoris
castanea)
Danos:
- Sucção de seiva provocando perdas de vigor das
plantas;
- Redução significativa na produção;
- Reboleiras de plantas com folha murcha e
amarelecidas pode causar a morte.
Controle:
- Tratamento de solo com inseticidas granulados
18. Lagarta Elasmo (Elasmopalpus
lignosellus)
Danos:
- Galeria no colmo das plantas;
- Destruição do ponto de crescimento;
- Murcha e morte das folhas centrais – coração morto.
Controle:
-Tratamento de sementes com inseticidas sistêmicos à
base de tiodicarb, carbofuran, imidacloprid;
- Aplicação de inseticidas. Exemplos: clorpirifós,
Carbaryl e trichlorfon
20. Broca da Cana-de-Açúcar
(Diatraea spp)
Danos:
- Galeria nos colmos das plantas, semelhantes aos da
lagarta elasmo;
- Plantas mais desenvolvidas, tombamento conhecido
como pescoço de ganso;
- Plantas com colmos quebrados.
Controle:
-Tratamento de sementes
- Destruição de restos culturais
- Controle biológico:Cotesia flavipes
22. Pulgão Verde
(Schizaphis graminum)
Danos:
- Ataca as folhas baixeiras, causa o encarquilhamento
das folhas;
- Ocorrência de fumagina;
- Transmitem o vírus do mosaico da cana-de-açúcar.
Controle:
-Tratamento de sementes;
- Inseticida sistêmico.Exemplo: metasystox CE 250 na
dose de 0,3- 0,4 l/ha.
24. Lagarta do cartucho (Spodoptera
frugiperda)
Danos:
-Quando novas,apenas raspam a superfície foliar e
deixam uma membrana translúcida para trás.Quando
maiores, devoram e fazem recortes nas folhas.
Controle:
-Inseticidas. Exemplo : Chlorpyrifos ( Lorsban 480 CE)
na dose de 0,5 – 0,75 l/ha ou Deltametrina (Decis) na
dose de 0,2 l/há.
26. Mosca do sorgo (Stenodiplosis
sorghicolla)
Danos:
- Não se forma o grão na flor que a fêmea ovoposita.
- As plantas que florescem mais tardiamente, em geral, são
as mais prejudicadas devido ao aumento da população
da praga.
27. Mosca do sorgo (Stenodiplosis
sorghicolla)
Controle:
-Implantação da cultura mais cedo para evitar o
pico populacional da mosca.
-Utilizar variedades cujo florescimento seja mais
precoce.
-Inseticidas. Exemplo: Lorsban 480 ( 0,62 L/ha)
quando 80% da lavoura estiver florido.
30. Antracnose (Colletotrichum
graminicola)
É a doença mais importante no sorgo;
Reduções superiores a 80% na produção de grãos;
As lesões produzidas nas folhas são bem
características, sendo a presença de acérvulos
(frutificação típica do patógeno) o principal fator para
a identificação da doença no campo;
Manejo: Uso de cultivares resistentes a doença.
33. Apesar de serem eficientes no controle da antracnose,
é importante considerar que os fungicidas testados
não possuem registro para utilização na cultura do
sorgo.
Não existem produtos registrados no Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento para o controle
de doenças foliares na cultura do sorgo.
34. Ferrugem (Puccinia purpurea)
Os sintomas se manifestam pela formação de pústulas
(urédias) de coloração castanho-avermelhado com
cerca de 2,0 mm de comprimento que se distribuem
paralelamente e entre as nervuras. Pústulas mais
desenvolvidas rompem-se liberando os uredosporos
do patógeno;
Sua ocorrência é mais severa após o florescimento.
Perdas superiores a 60% na produção de grãos.
35.
36. Míldio (Peronosclerospora sorghi)
A doença manifesta-se tanto pela produção de lesões
localizadas nas folhas como pela produção de plantas com
infecção sistêmica;
Os danos à produtividade podem chegar a 80%;
Infecção sistêmica:são a formação de estrias paralelas de
tecidos verdes alternadas com áreas de tecidos cloróticos
Infecção localizada: caracteriza-se por manchas cloróticas,
retangulares, limitadas pelas nervuras laterais, que
também podem apresentar crescimento pulverulento
branco na superfície abaxial das folhas em condições
úmidas e frias
37. Fungicidas à base de metalaxyl apresentam elevada
eficiência de controle da doença tanto aplicado via
tratamento de sementes quanto em aplicações na parte
aérea das plantas.
Metalaxyl permanece efetivo durante 20 a 30 dias após o
plantio.
Não existem produtos à base de metalaxyl registrados no
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para o
controle do míldio na cultura do sorgo.
38.
39.
40. Helmintosporiose
(Exserohilum turcicum)
Temperaturas mais baixas favorecem o
desenvolvimento da doença (principalmente em
plantios de safrinha);
O desenvolvimento de lesões alongadas e elípticas de
coloração vermelho-púrpura ou amarelo-alaranjada
caracterizam a presença da doença;
Manejo: Uso de cultivares resistentes a doença.
41.
42. Doença açucarada do sorgo
(Sphacelia sorghi)
Preocupações pelo fato de a doença afetar
diretamente o setor de produção de sementes;
O patógeno infecta somente o ovário não fertilizado,
assim, afetam a produção e o vigor do polén e/ou
impedem a abertura normal das anteras vão favorecer
o patógeno a induzir e desenvolver a doença
açucarada.
43.
44. Controle das doenças no sorgo:
Rotação de culturas
Fungicidas no tratamento de sementes
Plantio na época certa
Utilização de sementes sadias
O plantio de cultivares resistente ou tolerantes às
doenças.
45. Leonardo Lopes da Cunha
leonardolopes_6@hotmail.com
(62) 8108-5242
Obrigado!
Notas do Editor
1) As plantas daninhas prejudicam o cultivo do sorgo, principalmente nos estádios iniciais do cultivo, em função da competição por luz, água e também por nutrientes, sobretudo aqueles advindos de fertilizantes nitrogenados.2)servem de abrigo para insetos-pragas, vírus, bactérias e nematóides, podendo interferir na operação de colheita e, consequentemente contribuindo para uma produção menor de fitomassa verde do sorgo (KARAM et al., 2001)
3) podendo chegar a 86% de redução da produtividade de grãos (RODRIGUES et al., 2010)
4) as plantas daninhas devem ser controladas nas quatro primeiras semanas após a emergência das plantas do sorgo, a fim de não prejudicar a produção de forragem e grãos.
O pessoal está usando os produtos para controle de folha larga em concentrações maiores para poder controlar as folhas estreitas, mas não é o ideal É preciso tomar o cuidado de fazer estas aplicações no momento em que as plantas daninhas de folha estreita estejam nos estágios mais iniciais onde o controle é favorecido, procurando efeito pré-emergência. O que se observa em alguns casos e não é muito indicado é que os produtores utilizam uma pequena quantidade de óleo mineral junto com a atrazina para controlar as folhas estreitas, mas é preciso tomar muito cuidado com isso e consultar um engenheiro agrônomo experiente — alerta
O uso de atrazine em pós-emergência precoce, coadjuvado com um óleo vegetal ( formulação pronta) ou com um óleo mineral (Assist, em mistura de tanque) tem aberto a possibilidade de conseguir o controle de gramíneas anuais em estádios antes do perfilhamento e incrementar o controle de plantas daninhas dicotiledôneas resistentes, como é o caso do amendoim –bravo
Os dados referentes à percentagem de fitotoxicidade aos 9, 18, 21 DAA e na pré- colheita do sorgo encontram-se na Tabela 1. Os tratamentos de atrazine 1,5 e 3,0 kg i.a. ha-1 apresentaram valores baixos de fitotoxicidade durante as avaliações aos 9, 18 e 21 DAA. Houve recuperação da plantas e, na última avaliação de fitotoxicidade, as plantas já não apresentavam sintomas visuais de injúria. Brighenti et al. (2011) também observaram seletividade deste herbicida à cultura do sorgo na dose de 1,25 kg i.a. ha-1 . O nicosulfuron mesmo aplicado em subdosagens (4 e 8 g i.a. ha-1 ), causou danos severos às plantas de sorgo. 1093 , na avaliação realizada na pré-colheita da cultura, todas as plantas da parcela estavam mortas. As duas doses da mistura formulada de atrazine mais s-metolachlor proporcionaram valores baixos de fitotoxicidade e, na avaliação realizada na pré-colheita do sorgo, as plantas já não apresentavam sintomas visuais de injúria na menor dose aplicada. Os tratamentos de chlorimuron-ethyl, atrazine mais ingredientes inertes e isoxaflutole causaram injúrias severas às plantas de sorgo e, mesmo na última avaliação de fitotoxicidade, esses valores foram acima de 11%. O 2,4-D proporcionou valores baixos de fitotoxicidade durante as avaliações, contudo, na pré-colheita do sorgo ainda observou-se leve injúria às plantas (2,3%
Os dados referentes ao estande, altura de plantas, fitomassa verde e seca e percentual de matéria seca encontram-se na Tabela 2. Os tratamentos de atrazine 1,5 kg i.a. ha-1 e atrazine 185 g i.a. ha-1 + s-metholaclor 145 g i.a. ha -1 não apresentaram diferenças significativas em relação à testemunha capinada quanto ao estande, à altura, à fitomassa verde e seca e à percentagem de matéria seca. A atrazine 3,0 kg i.a. ha-1 , atrazine 370 g i.a. ha-1 + smetolachlor 290 g i.a. ha-1 , atrazine 1,6 kg i.a. ha-1 + ingredientes inertes, o isoxaflutole, o chlorimuron-ethyl e o 2,4-D proporcionaram redução na produtividade de forragem, com menores valores de fitomassa verde e seca em relação à testemunha capinada. Os tratamentos com as duas doses de nicosulfuron foram os mais fitotóxicos às plantas de sorgo.
Deve-se dar preferência aos inseticidas sistêmicos, pois eles preferem a face inferior da folha, o que dificulta o contacto com o inseticida