SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 102
Baixar para ler offline
Tratamento da criança
queimada
                                  Antonio Souto
                              acasouto@bol.com.br
                               Médico coordenador
            Unidade de Medicina Intensiva Pediátrica
             Unidade de Medicina Intensiva Neonatal
                              Hospital Padre Albino

                      Professor de Pediatria nível II
                Faculdades Integradas Padre Albino
                                    Catanduva / SP
Introdução

Importante morbimortalidade
   •Internação prolongada /procedimentos (dor)
   •Complicações
   •Custos excessivos
   •Lesões residuais associadas a disfunção
   •Impacto psicológico para criança e para família

Objetivo do tratamento
   •Retorno da criança ao seu convívio
   social e familiar com o mínimo de
   sequelas, disfunção e comprometimento
   psicológico.
Atendimento interdisciplinar
Centro de especialistas em tratamento de queimados



Current provision, particularly for
the most severely burned children,
is poorly organized and inequitable,
with many children admitted to
hospitals under the care of non-
specialists.(UK)
Dados epidemiológicos
Aspectos epidemiológicos das crianças com queimaduras
internadas no Pronto Socorro para Queimaduras de Goiânia –
Goiás

•As crianças são as vítimas mais freqüentes das queimaduras
•A segunda causa de morte acidental na infância.

   •O principal local dos acidentes foi na residência.
   •O agente causal mais comum no Grupo I foram os líquidos
   superaquecidos
   •No Grupo II, as chamas (p<0,001).

•Quarenta e dois por cento das crianças tiveram de 10 a 19% da
superfície corporal queimada.
Dados epidemiológicos
Aspectos epidemiológicos das crianças com queimaduras
internadas no Pronto Socorro para Queimaduras de Goiânia –
Goiás
Dados epidemiológicos
Aspectos epidemiológicos das crianças com queimaduras
internadas no Pronto Socorro para Queimaduras de Goiânia –
Goiás
Dados epidemiológicos
Aspectos epidemiológicos das crianças com queimaduras
internadas no Pronto Socorro para Queimaduras de Goiânia –
Goiás
Epidemiologia

Acidente doméstico prevenível

Todas as idades, diferentes mecanismos

Picos de incidência:

   •2 a 4 anos

   •Escolar / adolescência
Epidemiologia

•Escolar / adolescência
Epidemiologia

•Fatores sócio-econômicas

•Educação/prevensão

•Exposição

•Condição ambiental
Epidemiologia

•Acidental (Não intencional)

•Intencional (Não acidental) = ABUSO
Epidemiologia

•Intencional (Não acidental) = ABUSO
Epidemiologia

•Intencional (Não acidental) = ABUSO

•Quando suspeitar?

•Notificação anterior por abuso ou negligência
•Queimaduras anteriores
•Outras lesões associadas
•História inadequada, desproporcional
•Demora na procura de atendimento
•Idade menor de 8 meses e maior de 2 anos
•Achados sugestivos de submersão forçada
•Tolerância passiva a procedimentos dolorosos
•Pais solteiros
Epidemiologia

•Intencional (Não acidental) = ABUSO

•Ferida:
   •mãos, nádegas, pés, pernas
   •Lesão por contato em áreas não usuais
   •Distribuição simétrica
   •Queimaduras diferentes de escaldo
Determinantes da mortalidade

•Superfície corporal queimada (SCQ)
•Idade do paciente
•Lesão por inalação
•Tratamento inicial
•Tratamento interdisciplinar em centro
especializado
Revisão 103 crianças com SCQ >80%

33% mortalidade



O tempo para instalação do acesso
venoso e reposição fluídica na 1ª hora
foram     os     fatores   diretamente
relacionados a sobrevida.
                                    Ann Surg 1997;225:554–69
Mortalidade

One large study used a multivariate analysis to predict burn
outcome.

The most important factor in predicting mortality was
%TBSA burn (accuracy = 92.8%)

or a combination of %TBSA burn and patient age (accuracy
= 93.0%).



Smith DL, Cairns BA, Ramadan F, et al. Effect of inhalation injury, burn size, and
 age on mortality: a study of 1447 consecutive burn patients. J Trauma Inj Infect
          Crit Care 1994;37(4):655-659. (Multivariate analysis; 1447 patients)
Determinantes recentes da redução na mortalidade


•Avanços na reposição fluídica
•Tratamento cirúrgico precoce (debridamento e enxerto)
•Controle e tratamento das infecções
•Tratamento da lesão por inalação (Suporte ventilatório)
•Terapia nutricional
•Entendimento da resposta hipermetabólica a queimadura
Critérios de transferência para centro
especializado
Concordância da unidade

•SCQ > 10% na criança
•Qualquer queimadura de espessura total (3º grau)
•Qualquer queimadura de face, mãos, pés, períneo e
articulações
•Queimaduras químicas ou elétricas
•Pacientes muito jovens < 1 a
•Lesão por inalação associada
•Trauma associado ou outras comorbidades
•Unidade solicitante sem condição técnica
Fisiopatologia

Efeitos locais e sitêmicos (SIRS)

Determinantes da lesão
   •Temperatura máxima
   •Tempo de exposição

Lesão celular e desnaturação das proteinas em T> 45°
                                                   C
Lesão total e profunda em prolongada exposição T>55° C.
TC= [(F – 32)/9] x 5




        71


        60


        54


        44
Queimadura


              Resposta inflamatória sistêmica e local


                  Histamina / Venodilatação
               Bradicinina / Dilatação arteriolar
             Aumento da permeabilidade capilar
 Extravasamento de fluidos e proteinas para o espaço intersticial


                          “terceiro espaço”
                    Diminição do débito cardíaco
                       Choque hipovolêmico


Choque devido a extravasamento transvascular secundário a um aumento
                    generalizado da permeabilidade
Choque
•distributive and
•hypovolemic shock

intravascular volume depletion, low pulmonary artery occlusion
pressures, elevated systemic vascular resistance, and depressed cardiac
output.

Reduced cardiac output
decreased plasma volume, increased afterload, and decreased contractility.
impaired myocardial contractility is likely caused by circulating mediators

The exact mechanisms of altered cardiac mechanical function remain unclear
and are most likely multifactorial.
•Fisiopatologia

•the systemic microcirculation loses its vessel wall integrity
•proteins are lost into the interstitium
•intravascular colloid osmotic pressure to drop
•increase in capillary permeability
•fluid to escape from the circulatory system
•increase in fluid flux into the interstitium
•outpouring of fluids, electrolytes, and proteins into the interstitium
•loss of circulating plasma volume
•hemoconcentration
•massive edema formation
•decreased urine output
•depressed cardiovascular function

The edema itself results in tissue hypoxia and increased tissue pressure
with circumferential injuries.
Aggressive fluid therapy can correct the hypovolemia but will accentuate the
edema process
Atendimento pré-hospitalar
•Proteja-se
•Parar a exposição / Remover da fonte
•ABC
•Produto químico = banho / retirar as roupas
•Interromper o processo, resfriamento com água limpa e fresca por 20
minutos
•Prevenir hipotermia

•Copious irrigation and decontamination with large
volumes of saline or water are essential for all
chemical burns.
•Cooling may decrease the depth of the burn if
applied up to 60 minutes post injury
Atendimento inicial
Principais objetivos

Identificar/tratar
    • Comprometimento das vias aéreas
    • Inalação de fumaça
    • Trauma associado

•Iniciar a reposição de liquidos
     •SCQ >20% nos adultos/ SCQ >10% na criança
•Manejo da dor
•Imunização anitetânica (Ig)

Systemic antibiotics are not routinely indicated in
patients with burns. “Prophylactic” antibiotics may
result in the patient being colonized or infected with
resistant organisms.
Atendimento inicial do queimado

História

•Mecanismo de lesão (potencial)
•Eventos relacionados à queimadura (Doenças de base/lesões
associadas)
•História médica anterior (Imunizações/alergias)
•Atendimento inicial no local

•Sempre considerar a possibilidade abuso/negligência
Atendimento inicial do queimado

Exame físico inicial


ABC
Inicialmente protocolo de trauma
Trauma tem prioridade sobre queimadura

Definir superfície corpórea e SCQ
‘Lund and Browder’
Profundidade e localização das lesões
One of the most important aspects of burn care is determination of
the extent and depth of the injury, since these determine both
subsequent management and prognosis.
Atendimento inicial do queimado
A importância da localização

•Mãos e pés: difícil tratamento, complexo em áreas de função
importante.

•Períneo: áreas sob pressão constante e exposta a excretas corporais.

•Queimaduras circulares: comprometimento da perfusão (membros),
respiratório (tórax)
Determinação da extensão e profundidade da
                   lesão
   Determina o tratamento e prognóstico
REPOSIÇÃO FLUÍDICA
•Without effective and rapid intervention, hypovolemia/shock
will develop if the burns involve 15% to 20% total body
surface area.

•Delay in fluid resuscitation beyond 2 hrs of the burn injury
complicates resuscitation and increases mortality.

•The consequences of excessive resuscitation and fluid
overload are as deleterious as those of under-resuscitation:
pulmonary edema, myocardial edema, conversion of
superficial into deep burns, the need for fasciotomies in
unburned limbs, and abdominal compartment syndrome.


Crit Care Med 2009; 37:2819 –2826
REPOSIÇÃO FLUÍDICA

Adequate resuscitation from
burn shock is the single most
important therapeutic
intervention in burn treatment.
Crit Care Med 2009; 37:2819 –2826
REPOSIÇÃO FLUÍDICA

•Prioridade no paciente queimado

•Acesso venoso periférico

•Cristalóide: S Fisiológico 0,9%, S Ringer-lactato

•Protocolos estabelecidos
REPOSIÇÃO FLUÍDICA

Rapid resuscitation in burned children may be given as one-
half volume over four hours or less, followed by the
remainder given over 20 hours.

Researchers compared vital signs, urine output, urine specific gravity,
blood gases (acidosis), ventilator needs, morbidity, and mortality
between traditional and rapid resuscitation groups.

The rapid resuscitation group did better in all
measured parameters.

Puffinbarger NK, Tuggle DW, Smith EI. Rapid isotonic fluid resuscitation in
pediatric thermal injury. J Pediatr Surg 1994;29(2):339-341.
REPOSIÇÃO FLUÍDICA

Formulas based on body surface area may be more
effective in children.

At the Shriner’s Burn Institute in Galveston:
5.000ml/m2 body surface area plus 2.000mL/m2 for
maintenance.

Since infants lack adequate carbohydrate stores, crystalloid
solutions containing 5% dextrose should be used.

For all formulas, first-degree burns should not be included in
the calculation of burn size.
        Rose JK, Barrow RE, Desai MH, et al. Advances in burn care. Adv Surg
                                                              1997;30:71-95.
1 Litro de SF 0.9%

                      Total body water



ECF=1 liter                    ICF=0



      Interstitial=3/4 of
      ECF=750ml


Intravascular
=1/4 ECF=250 ml
1 litro de SG 5%


                   Total body water=1 liter



 ECF=1/3 = 300ml         ICF=2/3 = 700ml




Intravascular
=1/4 of ECF~75ml
Formulas should be regarded
as a resuscitation guideline; fluid
administration has to be adjusted
to individual patient needs.
Crit Care Med 2009; 37:2819 –2826
Avaliação da necessidade / resposta a infusão
fluídica

Difícil na criança queimada
    •SIRS, taquicardia / taquipnéia
    •Baixo débito urinário 0.5 ml/kg/h (ADH)
    •Leucocitose c/ DE, PCR elevado

Sinais e sintomas úteis
   •Enchimento capilar < 2s
   •Nível de consciência
   •Temperatura de extremidades
   •Gasometria = BE
Reposição fluídica
SCQ > 10% na criança iniciar RF

Na criança deve-se lembrar da reposição das necessidades
basais

Reposição + manutenção

Reposição:
Cristalóide

Parkland = 4 ml/Kg/SCQ
Carvajal = 5000 ml/m2 SCQ
Reposição fluídica

Reposição + manutenção

Manutenção:
S Glicofisiológico (glicose 50 g/L)
Holiday & Seagar (1957)

   1º 10 Kg: 100 cc/kg/24 h
   2º 10 Kg: 50 cc/kg/24 h + 1000 ml
   Kg > 20 Kg: 20 cc/kg/24 h + 1500 ml

Carvajal = 2000 ml/m2/24h
Reposição fluídica Parkland

23 Kg / SCQ 20%
Cristalóide = 4 ml X 23 Kg X 20% Burn = 1840 ml
½ nas 1as 8 h / ½ nas 16 h seguintes

Manutenção: SGF
– até 10 Kg: 100 ml/kg/24h = 1,000 ml/24 h
– acima de 10 Kg: 50 ml/kg/24h = 500 ml/24 h
– acima de 20 Kg (3 Kg): 20 ml/kg/24h = 60 ml/24 h
– 1560 ml/24 h

TOTAL estimado:
1840 ml + 1560 ml = 3400 ml
Reposição fluídica Carvajal

23 Kg (1 m2) / SCQ 20% (0,2 m2)
Cristalóide = 5000 ml X 0,2 = 1000 ml
½ nas 1as 8 h / ½ nas 16 h seguintes

Manutenção: SGF
– 2000 ml/m2 = 2000 ml
– 2000 ml/24 h

TOTAL estimado:
1000 ml + 2000 ml = 3000 ml
Reposição fluídica

23 Kg (1 m2) / SCQ 20% (0,2 m2)

            Cristal     SGF       total
Parkland    1840 ml     1560 ml   3400 ml
            970/970

Carvajal    1000 ml     2000 ml   3000 ml
            500/500
There has not been a clinical advantage with
colloids .
One study showed a decreased risk of death
when albumin but the difference did not
achieve statistical significance.

A meta-analysis comparing albumin to
crystalloid showed a 2.4-fold increased risk of
death with albumin.
Crit Care Med 2009; 37:2819 –2826
Review Article
Management of Pain in Children with Burns

•Pain and distress are strongly associated with burns in
children.
•Monitoring of pain is complicated by the traumatic nature of
the initial injury and reaction to distress after a burn.
•Pain has adverse physiological and emotional effects.
Continuous and accurate assessment of pain, and the
response to therapy.

Multidisciplinary approach
•Burn surgeon, paediatrician, pain specialist (usually
anaesthetist),       nurse,       occupational therapist,
physiotherapist, psychologist, play therapist, and,
importantly, the child’s parents/carers.
Review Article
Management of Pain in Children with Burns

•All children with burns will experience pain

•The general attitude to pain management should be
presumptive and preemptive.

•Multidisciplinary assessment helps to reduce physical,
emotional, and family distress.

•Special attention should be paid to the child’s
environmental conditions.
•For instance, a parent’s presence and participation in the
procedure can be highly beneficial.
Review Article
Management of Pain in Children with Burns
Measurement Tools

FLACC Tool (Face, Legs, Activity, Cry, and Consolability).
Whenever possible the child’s self-report should be used to assess pain.
Situations where this may not be possible.
Review Article
Management of Pain in Children with Burns
Measurement Tools

FLACC Tool (Face, Legs, Activity, Cry, and Consolability).

The child should be observed for 2–5 minutes and their body activity, face,
and cry noted according to the scale.

If necessary, the health professional should attempt to console the child.

The child’s pain score should be assessed and recorded at regular intervals,
especially before and after analgesia or after nonpharmacological intervention.

The FLACC tool has been adequately validated in areas such as paediatric
theatre recovery, and oncology and paediatric intensive care units.
Review Article
Management of Pain in Children with Burns
Measurement Tools


Faces/Ladder Scale.
Wong-Baker FACES Pain
Rating Scale is recommended for children
≥3 years of age].

The faces/ladder scale
should be explained to the child

What the child states as
their pain score—either from using
the numbers or faces on a scale
of 0–10—should then be
documented.
Review Article
Management of Pain in Children with Burns
Measurement Tools

Pharmacological Treatments

The ideal analgesic agent
(i) easy to administer,
(ii) well tolerated,
(iii) produces rapid onset of analgesia with a short duration of action,
(iv) has minimal side effects to allow rapid resumption of activities and oral
intake.

Various routes are available for administration of analgesia.
In the acute setting, drugs, preferably, should be given by IV route.
However, intranasal route is a sound alternative.

Potential advantages of intranasal route avoidance of painful injection,
avoidance of risks associated with IV access, rapid onset and titration to effect,
and good bioavailability.
Tratamento

Analgesia / Sedação
Avaliação inicial
Quadro clínico

Boas opções:

•Morfina 0,1 mg/kg EV
•Cetamina 1 mg/Kg EV
•Midazolam 0,1 a 0,2 mg/Kg EV

•Monitorização necessária (cardio-respiratória)
Infecção

Principal complicação não relacionada diretamente a
queimadura

Prevenção

•Seguir as orientações gerais relacionados ao uso de
antibióticos
•Debridamento precoce
•Troca de curativos
•Evitar procedimentos invasivos desnecessários (Intracath)
•Nutrição enteral precoce
Infecção

Diagnostcio difícil
Temperature > 38 C é comum no queimado

Authors conclude that ‘‘fever is not a specific
predictor of infection in burned children’’ and
that ‘‘in children of less than four years of age
and more than 20% burns fever has no
predictive value for the presence of infection’’

Sinais importantes: Intolerância a dieta
Infecção

Diagnostcio difícil

Proteina C reativa

PCR elevado nos primeiros dias pós queimadura (72h)

Aumento do PCR relaciona-se com sepse

Procalcitonina aumenta mais rápido que o PCR OU
LEUCOCITOSE
Inalação de fumaça

INALOU???
Inalação de fumaça

Hipoxemia e/ou elevados níveis de CO

Traqueobronquite
Acúmulo de fibrina e restos epiteliais (“rolhas”) nas vias aéreas
•Obstrução de vias aéreas


Marginação de PMNs nos capilares pulmonares
Mediadores inflamatórios
Aumento da permeabilidade vascular
•Edema pulmonar
2-3 dias após a lesão
Inalação de fumaça
(1) upper airway obstruction secondary to progressive edema;
(2) reactive bronchospasm from aerosolized irritants;
(3) small airway occlusion initially from edema and subsequently
    from sloughed endobronchial debris and loss of the ciliary
    clearance mechanism;
(4) diffuse microatelectasis from loss of surfactant and alveolar
    edema;
(5) interstitial and alveolar edema secondary to loss of capillary
    integrity.

The physiologic consequences:
• upper and lower airway obstruction
• increased airway resistance
• decreased compliance
• increase dead space
• intrapulmonary shunting

•   http://pedsccm.org/FILE-CABINET/Pulmonary/Smoke_inhalation.html
Inalação de fumaça

Hipoxemia e/ou elevados níveis de CO
Obstrução de vias aéreas
Edema pulmonar

While physical examination findings can raise suspicion for
inhalation injury, findings such as singed nasal hairs (and, to a
lesser extent, carbonaceous sputum) can occur without inhalation
injury.


Raio X tórax c/ pouca sensibilidade
CT scan mais sensível
Bronchoscopia
Xenon-133 scan = ventilatição/perfusão

Pneumonia 7 a 14 dias após a lesão
One of the major problems that we
have when treating patients with
smoke inhalation is that there is a
decreased ability in clearing
secretions due to increased
cellular debris as well as
decreased clearance from an
injury to the mucocilliary apparatus
of the tracheobronchial tree.

(From Enkhbaatar et al., 2007)


 http://www.burndoc.net/
Tratamento

Oxigênio 100% (FiO2 = 1)

+ 2 mL/%TBSA/kg

Do not withhold resuscitation fluids in the
mistaken notion that they will worsen inhalation
injury.

Entubação Orotraqueal

SIRS = Taquipneia

Obstrução de vias aéreas superiores (difícil entubação)
Insuficiência respiratória
Tratamento

Entubação Orotraqueal / VPM

SIRS = Taquipneia

Obstrução de vias aéreas superiores (difícil entubação)
“classic” clinical signs such as stridor or hoarseness are infrequently present.

Insuficiência respiratória

Empilhamento de ar/ altoPEEP / Barotrauma

Clinical trials show corticosteroids and prophylactic
antibiotics to be ineffective in the treatment of inhalation
injury

Intoxicação CO e cianeto
Abordagem nutricional


•Pacientes

   •Hipermetabólico
   •Resposta fisiológica ao trauma - catabolismo

   •Dinâmico – variável apresentação clínica entre pacientes e ao
   longo do tempo de internação (evolução clínica)


•Objetivo variável

•Avaliação clínica / monitorização - difícil
Avaliação clínica / monitorização


História nutricional pregressa
•Peso / estatura
•História clínica (doenças cr, internações, etc)

Risco nutricional
•História nutricional pregressa
•Abilidadde em receber e utilizar nutrientes
•Severidade da queimadura
•Idade
•Integridade GI
•Complicações associadas (DMOS)
Disfunção metabólica (mediadores inflamatórios)
limita os objetivos nutricionais

•Glicose
Resistência insulínica
Oferta de 5 mg/kg/min

•Proteinas
Altos níveis de cortisol estimulam o metabolismo das proteinas
Proteólise muscular (musculatura esquelética)

•Lipídeos
Lipólise exacerbada
Lipídeos exógenos pouco efetivos
Proteina

•Reparação tecidual
•Reposição do pool de AA
•Imunidade celular
•Gliconeogênese

Adultos = 1.5 g/kg/day
>1.5 g protein/kg/day sem benefícios

Apesar da oferta, persiste o catabolismo proteico
Mantém a perda de massa magra
Estratégia nutricional

•Necessidades calóricas e proteicas
Composição da dieta

•Modo de oferta nutricional
Manutenção da integridade intestinal / tolerância

•Enteral X Parenteral
Esquema combinado enteral / parenteral

Parenteral riscos/benefícios
   •Não fisiológica
   •Jejum – mucosa careca
   •Complicações
   •Tolerada e segura em pacientes graves
   •Útil em pacientes intolerantes a dieta GI

Uso combinado
   •pacientes graves e intolerantes
   •Grandes necessidades nutricionais
Nutrição enteral precoce

Avaliação inicial / tolerância

Agressiva e volumosa reposição fluídica
Perfusão intestinal?

   To date, research has failed to demonstrate strong
                    clinical outcome
      benefit associated with early enteral feeding

     Feeding-induced bowel necrosis in enterally fed


Nutrição trófica inicial
Nutrição Parenteral

Glicose
< 5 mcg/kg/min (evitar hiperglicemia)

AA 100% das necessidades
Nitrogênio: Caloria não proteica = 1:85
Prurido
Itch is considered by many investigators to be a form of pain. The similarity is
that itch shares with pain a peripheral group of C fibers, a group of dorsal horn
interneurons and a specific pathway in the anterolateral spinal cord to the brain

Sintoma comum no paciente queimado
Sintoma predominante em qualquer doença inflamatória da pele

Mecanismo desconhecido
   •Pouca investigação
   •Lesão complexa da pele e nervos

    "a sensation that leads to a desire to scratch”
Não há tratamento específico




http://www.burnsurgery.org
IMPACT

•impedes sleep
•impedes work and play
•impedes therapy
•impedes eating
•creates depression and anxiety
•impairs quality of life

                         THE INCIDENCE
Despite using oral antihistamines, “severe itching” (5 or more on the
0-10 scale) is reported to be present in
•approximately 70% of children
•approximately 50% of adults

               CHARACTERISTICS OF ITCH

•starts during healing
•most prominent with time of closure over 3 weeks
•worse for partial thickness burns
•accentuated by heat, activity
•worse at night
•lasts months to years
PHYSICAL APPROACH

•skin moisturizers
•compression garments
•liquid colloidal oatmeal and cool baths
•massage therapy
Tratamento farmacológico

Antihistaminicos
< 50% controle do prurido
Antagonistas do receptor H1: Diphenhydramine (Benadryl) and
hydroxazine (Atarax), Cetirizinc (Zyrtec)

Anestésicos tópicos
EMLA (lidocaina/prilocaina)

Pain Medication
Narcóticos e antiinflmatórios NH

Doxepin creme 5%
Tricyclic antidepressant (antihistamine 800 Xdiphenhydramine)

A 5% Doxepin cream has been used for over 15 years in the treatment of choice
for itchy skin with excellent results.
Tratamento da criança queimada

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Intoxicações exógenas aula
Intoxicações exógenas   aulaIntoxicações exógenas   aula
Intoxicações exógenas aulaEduardo Tibali
 
AULA 06 - DILUIÇÃO E REDILUIÇÃO.pdf
AULA 06 - DILUIÇÃO E REDILUIÇÃO.pdfAULA 06 - DILUIÇÃO E REDILUIÇÃO.pdf
AULA 06 - DILUIÇÃO E REDILUIÇÃO.pdfLourencianneCardoso
 
Assepsia e antissepsia
Assepsia e antissepsiaAssepsia e antissepsia
Assepsia e antissepsiaDanilo Modesto
 
Crise Convulsiva Febril
Crise Convulsiva Febril Crise Convulsiva Febril
Crise Convulsiva Febril Brenda Lahlou
 
Características recém nascidos: o que é normal e o que não é
Características recém nascidos: o que é normal e o que não éCaracterísticas recém nascidos: o que é normal e o que não é
Características recém nascidos: o que é normal e o que não éViviane da Silva
 
Assistência de enfermagem nas doenças do sistema digestivo prof graziela
Assistência de enfermagem nas doenças do sistema digestivo prof grazielaAssistência de enfermagem nas doenças do sistema digestivo prof graziela
Assistência de enfermagem nas doenças do sistema digestivo prof grazielaWekanan Moura
 
Alojamento conjunto e enfermagem
Alojamento conjunto e enfermagemAlojamento conjunto e enfermagem
Alojamento conjunto e enfermagemjusantos_
 
Atendimento inicial ao politraumatizado
Atendimento inicial ao politraumatizadoAtendimento inicial ao politraumatizado
Atendimento inicial ao politraumatizadoSylvania Paiva
 
Novas diretrizes de Reanimação Cardiopulmonar Neopediátrica
Novas diretrizes de Reanimação Cardiopulmonar NeopediátricaNovas diretrizes de Reanimação Cardiopulmonar Neopediátrica
Novas diretrizes de Reanimação Cardiopulmonar Neopediátricaresenfe2013
 
Desconforto Respiratório Neonatal
Desconforto Respiratório NeonatalDesconforto Respiratório Neonatal
Desconforto Respiratório Neonatalblogped1
 
Drogas vasoativas
Drogas vasoativasDrogas vasoativas
Drogas vasoativasresenfe2013
 
Síndromes Hipertensivas da Gestação.pptx
Síndromes Hipertensivas da Gestação.pptxSíndromes Hipertensivas da Gestação.pptx
Síndromes Hipertensivas da Gestação.pptxRassaC
 

Mais procurados (20)

Intoxicações exógenas aula
Intoxicações exógenas   aulaIntoxicações exógenas   aula
Intoxicações exógenas aula
 
AULA 06 - DILUIÇÃO E REDILUIÇÃO.pdf
AULA 06 - DILUIÇÃO E REDILUIÇÃO.pdfAULA 06 - DILUIÇÃO E REDILUIÇÃO.pdf
AULA 06 - DILUIÇÃO E REDILUIÇÃO.pdf
 
Assepsia e antissepsia
Assepsia e antissepsiaAssepsia e antissepsia
Assepsia e antissepsia
 
Crise Convulsiva Febril
Crise Convulsiva Febril Crise Convulsiva Febril
Crise Convulsiva Febril
 
TCE
TCETCE
TCE
 
Saúde do Adulto: enfermagem
Saúde do Adulto: enfermagemSaúde do Adulto: enfermagem
Saúde do Adulto: enfermagem
 
Características recém nascidos: o que é normal e o que não é
Características recém nascidos: o que é normal e o que não éCaracterísticas recém nascidos: o que é normal e o que não é
Características recém nascidos: o que é normal e o que não é
 
Assistência de enfermagem nas doenças do sistema digestivo prof graziela
Assistência de enfermagem nas doenças do sistema digestivo prof grazielaAssistência de enfermagem nas doenças do sistema digestivo prof graziela
Assistência de enfermagem nas doenças do sistema digestivo prof graziela
 
Alojamento conjunto e enfermagem
Alojamento conjunto e enfermagemAlojamento conjunto e enfermagem
Alojamento conjunto e enfermagem
 
Atendimento inicial ao politraumatizado
Atendimento inicial ao politraumatizadoAtendimento inicial ao politraumatizado
Atendimento inicial ao politraumatizado
 
Aula residência ave avc
Aula residência ave avcAula residência ave avc
Aula residência ave avc
 
Novas diretrizes de Reanimação Cardiopulmonar Neopediátrica
Novas diretrizes de Reanimação Cardiopulmonar NeopediátricaNovas diretrizes de Reanimação Cardiopulmonar Neopediátrica
Novas diretrizes de Reanimação Cardiopulmonar Neopediátrica
 
Queimaduras
QueimadurasQueimaduras
Queimaduras
 
Politrauma
PolitraumaPolitrauma
Politrauma
 
Desconforto Respiratório Neonatal
Desconforto Respiratório NeonatalDesconforto Respiratório Neonatal
Desconforto Respiratório Neonatal
 
Terminologia cirúrgica
Terminologia cirúrgicaTerminologia cirúrgica
Terminologia cirúrgica
 
Drogas vasoativas
Drogas vasoativasDrogas vasoativas
Drogas vasoativas
 
Coleta e Indicações para o Exame Citopatológico do Colo Uterino
Coleta e Indicações para o Exame Citopatológico do Colo UterinoColeta e Indicações para o Exame Citopatológico do Colo Uterino
Coleta e Indicações para o Exame Citopatológico do Colo Uterino
 
Síndromes Hipertensivas da Gestação.pptx
Síndromes Hipertensivas da Gestação.pptxSíndromes Hipertensivas da Gestação.pptx
Síndromes Hipertensivas da Gestação.pptx
 
Cuidado ao Recém-nascido no Parto e Nascimento
Cuidado ao Recém-nascido no Parto e NascimentoCuidado ao Recém-nascido no Parto e Nascimento
Cuidado ao Recém-nascido no Parto e Nascimento
 

Semelhante a Tratamento da criança queimada

Lesões térmicas
Lesões térmicasLesões térmicas
Lesões térmicasrosaires
 
Uerj res enferm discursiva gabarito
Uerj res enferm discursiva gabaritoUerj res enferm discursiva gabarito
Uerj res enferm discursiva gabaritotatysants
 
aula sobre tipos de queimaduras, cuidados com feridas decorrentes de queimaduras
aula sobre tipos de queimaduras, cuidados com feridas decorrentes de queimadurasaula sobre tipos de queimaduras, cuidados com feridas decorrentes de queimaduras
aula sobre tipos de queimaduras, cuidados com feridas decorrentes de queimadurasRosaSantos738119
 
Nutricao e feridas cronicas
Nutricao e feridas cronicasNutricao e feridas cronicas
Nutricao e feridas cronicasGNEAUPP.
 
Assistência ao Paciente Grande Queimado
Assistência ao Paciente Grande QueimadoAssistência ao Paciente Grande Queimado
Assistência ao Paciente Grande QueimadoJanaína Lassala
 
AULA - INDICADORES ASSISTENCIAIS.pdf
AULA - INDICADORES ASSISTENCIAIS.pdfAULA - INDICADORES ASSISTENCIAIS.pdf
AULA - INDICADORES ASSISTENCIAIS.pdfmauromaumau
 
Atendimento ao queimado
Atendimento ao queimadoAtendimento ao queimado
Atendimento ao queimadoCláudio Lima
 
Medidas comunitarias e Reabertura na COVID-19
Medidas comunitarias e Reabertura na COVID-19Medidas comunitarias e Reabertura na COVID-19
Medidas comunitarias e Reabertura na COVID-19Marcio Sommer Bittencourt
 
A (complex) decision making in critical patient with wound
A (complex) decision making in critical patient with woundA (complex) decision making in critical patient with wound
A (complex) decision making in critical patient with woundAntónio José Lopes de Almeida
 
Aula 4 - Clinica médica -Processo Saude - Doença.pdf
Aula 4 - Clinica médica -Processo Saude - Doença.pdfAula 4 - Clinica médica -Processo Saude - Doença.pdf
Aula 4 - Clinica médica -Processo Saude - Doença.pdfGiza Carla Nitz
 

Semelhante a Tratamento da criança queimada (20)

Lesões térmicas
Lesões térmicasLesões térmicas
Lesões térmicas
 
Uerj res enferm discursiva gabarito
Uerj res enferm discursiva gabaritoUerj res enferm discursiva gabarito
Uerj res enferm discursiva gabarito
 
22 04-06
22 04-0622 04-06
22 04-06
 
Tratamento Emergencial em Queimaduras - Enf. Cida Amaral
Tratamento Emergencial em Queimaduras - Enf. Cida AmaralTratamento Emergencial em Queimaduras - Enf. Cida Amaral
Tratamento Emergencial em Queimaduras - Enf. Cida Amaral
 
+LCERAS DE PRESS+O (1) (01).pdf
+LCERAS DE PRESS+O (1) (01).pdf+LCERAS DE PRESS+O (1) (01).pdf
+LCERAS DE PRESS+O (1) (01).pdf
 
Queimaduras
QueimadurasQueimaduras
Queimaduras
 
Queimaduras
QueimadurasQueimaduras
Queimaduras
 
2 fiebre reumatica 2015.
2 fiebre reumatica 2015.2 fiebre reumatica 2015.
2 fiebre reumatica 2015.
 
Atendimento ao queimado
Atendimento ao queimadoAtendimento ao queimado
Atendimento ao queimado
 
Queimaduras.pptx
Queimaduras.pptxQueimaduras.pptx
Queimaduras.pptx
 
aula sobre tipos de queimaduras, cuidados com feridas decorrentes de queimaduras
aula sobre tipos de queimaduras, cuidados com feridas decorrentes de queimadurasaula sobre tipos de queimaduras, cuidados com feridas decorrentes de queimaduras
aula sobre tipos de queimaduras, cuidados com feridas decorrentes de queimaduras
 
Nutricao e feridas cronicas
Nutricao e feridas cronicasNutricao e feridas cronicas
Nutricao e feridas cronicas
 
Assistência ao Paciente Grande Queimado
Assistência ao Paciente Grande QueimadoAssistência ao Paciente Grande Queimado
Assistência ao Paciente Grande Queimado
 
paciente+queimado.pptx
paciente+queimado.pptxpaciente+queimado.pptx
paciente+queimado.pptx
 
AULA - INDICADORES ASSISTENCIAIS.pdf
AULA - INDICADORES ASSISTENCIAIS.pdfAULA - INDICADORES ASSISTENCIAIS.pdf
AULA - INDICADORES ASSISTENCIAIS.pdf
 
Atendimento ao queimado
Atendimento ao queimadoAtendimento ao queimado
Atendimento ao queimado
 
Medidas comunitarias e Reabertura na COVID-19
Medidas comunitarias e Reabertura na COVID-19Medidas comunitarias e Reabertura na COVID-19
Medidas comunitarias e Reabertura na COVID-19
 
A (complex) decision making in critical patient with wound
A (complex) decision making in critical patient with woundA (complex) decision making in critical patient with wound
A (complex) decision making in critical patient with wound
 
O politraumatizado em UCI boas praticas
O politraumatizado em UCI   boas praticas O politraumatizado em UCI   boas praticas
O politraumatizado em UCI boas praticas
 
Aula 4 - Clinica médica -Processo Saude - Doença.pdf
Aula 4 - Clinica médica -Processo Saude - Doença.pdfAula 4 - Clinica médica -Processo Saude - Doença.pdf
Aula 4 - Clinica médica -Processo Saude - Doença.pdf
 

Mais de Antonio Souto

Cardiac and respiratory support 2017 [modo de compatibilidade]
Cardiac and respiratory support 2017 [modo de compatibilidade]Cardiac and respiratory support 2017 [modo de compatibilidade]
Cardiac and respiratory support 2017 [modo de compatibilidade]Antonio Souto
 
Reanimação cardiopulmonar avançada 2015
Reanimação cardiopulmonar avançada 2015Reanimação cardiopulmonar avançada 2015
Reanimação cardiopulmonar avançada 2015Antonio Souto
 
Neonatal lung injury
Neonatal lung injuryNeonatal lung injury
Neonatal lung injuryAntonio Souto
 
Exposição tóxica na criança
Exposição tóxica na criançaExposição tóxica na criança
Exposição tóxica na criançaAntonio Souto
 
Scorpion envenomation
Scorpion envenomationScorpion envenomation
Scorpion envenomationAntonio Souto
 
Congenital heart disease II
Congenital heart disease IICongenital heart disease II
Congenital heart disease IIAntonio Souto
 
Suporte básico de vida em pediatria 2013
Suporte básico de vida em pediatria 2013Suporte básico de vida em pediatria 2013
Suporte básico de vida em pediatria 2013Antonio Souto
 
Congenital heart disease 2013
Congenital heart disease 2013Congenital heart disease 2013
Congenital heart disease 2013Antonio Souto
 
Choque séptico 2013
Choque séptico 2013Choque séptico 2013
Choque séptico 2013Antonio Souto
 
Reanimação cardiopulmonar 2013
Reanimação cardiopulmonar 2013Reanimação cardiopulmonar 2013
Reanimação cardiopulmonar 2013Antonio Souto
 
Disfunção respiratória
Disfunção respiratóriaDisfunção respiratória
Disfunção respiratóriaAntonio Souto
 
Noradrenalina no choque séptico
Noradrenalina no choque sépticoNoradrenalina no choque séptico
Noradrenalina no choque sépticoAntonio Souto
 
Distúrbio acido básico
Distúrbio acido básicoDistúrbio acido básico
Distúrbio acido básicoAntonio Souto
 
Trauma cranioencefálico na criança
Trauma cranioencefálico na criançaTrauma cranioencefálico na criança
Trauma cranioencefálico na criançaAntonio Souto
 
Falando de vinho parte 1
Falando de vinho parte 1Falando de vinho parte 1
Falando de vinho parte 1Antonio Souto
 
Protocolo de emergência pediátrica
Protocolo de emergência pediátricaProtocolo de emergência pediátrica
Protocolo de emergência pediátricaAntonio Souto
 
Conduta médica na unidade de emergência
Conduta médica na unidade de emergênciaConduta médica na unidade de emergência
Conduta médica na unidade de emergênciaAntonio Souto
 

Mais de Antonio Souto (20)

Cardiac and respiratory support 2017 [modo de compatibilidade]
Cardiac and respiratory support 2017 [modo de compatibilidade]Cardiac and respiratory support 2017 [modo de compatibilidade]
Cardiac and respiratory support 2017 [modo de compatibilidade]
 
Reanimação cardiopulmonar avançada 2015
Reanimação cardiopulmonar avançada 2015Reanimação cardiopulmonar avançada 2015
Reanimação cardiopulmonar avançada 2015
 
Neonatal lung injury
Neonatal lung injuryNeonatal lung injury
Neonatal lung injury
 
Exposição tóxica na criança
Exposição tóxica na criançaExposição tóxica na criança
Exposição tóxica na criança
 
Scorpion envenomation
Scorpion envenomationScorpion envenomation
Scorpion envenomation
 
Congenital heart disease II
Congenital heart disease IICongenital heart disease II
Congenital heart disease II
 
Suporte básico de vida em pediatria 2013
Suporte básico de vida em pediatria 2013Suporte básico de vida em pediatria 2013
Suporte básico de vida em pediatria 2013
 
Congenital heart disease 2013
Congenital heart disease 2013Congenital heart disease 2013
Congenital heart disease 2013
 
Choque séptico 2013
Choque séptico 2013Choque séptico 2013
Choque séptico 2013
 
Reanimação cardiopulmonar 2013
Reanimação cardiopulmonar 2013Reanimação cardiopulmonar 2013
Reanimação cardiopulmonar 2013
 
Disfunção respiratória
Disfunção respiratóriaDisfunção respiratória
Disfunção respiratória
 
Noradrenalina no choque séptico
Noradrenalina no choque sépticoNoradrenalina no choque séptico
Noradrenalina no choque séptico
 
Distúrbio acido básico
Distúrbio acido básicoDistúrbio acido básico
Distúrbio acido básico
 
Trauma cranioencefálico na criança
Trauma cranioencefálico na criançaTrauma cranioencefálico na criança
Trauma cranioencefálico na criança
 
Falando de vinho parte 1
Falando de vinho parte 1Falando de vinho parte 1
Falando de vinho parte 1
 
Protocolos NICU
Protocolos NICUProtocolos NICU
Protocolos NICU
 
Protocolo de emergência pediátrica
Protocolo de emergência pediátricaProtocolo de emergência pediátrica
Protocolo de emergência pediátrica
 
Ards ali
Ards aliArds ali
Ards ali
 
XII copati
XII copatiXII copati
XII copati
 
Conduta médica na unidade de emergência
Conduta médica na unidade de emergênciaConduta médica na unidade de emergência
Conduta médica na unidade de emergência
 

Último

Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointwylliamthe
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxMarcosRicardoLeite
 
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelVernica931312
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptDaiana Moreira
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptxLEANDROSPANHOL1
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesFrente da Saúde
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaFrente da Saúde
 
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfManual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfFidelManuel1
 

Último (8)

Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power point
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
 
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
 
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfManual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
 

Tratamento da criança queimada

  • 1. Tratamento da criança queimada Antonio Souto acasouto@bol.com.br Médico coordenador Unidade de Medicina Intensiva Pediátrica Unidade de Medicina Intensiva Neonatal Hospital Padre Albino Professor de Pediatria nível II Faculdades Integradas Padre Albino Catanduva / SP
  • 2. Introdução Importante morbimortalidade •Internação prolongada /procedimentos (dor) •Complicações •Custos excessivos •Lesões residuais associadas a disfunção •Impacto psicológico para criança e para família Objetivo do tratamento •Retorno da criança ao seu convívio social e familiar com o mínimo de sequelas, disfunção e comprometimento psicológico.
  • 3. Atendimento interdisciplinar Centro de especialistas em tratamento de queimados Current provision, particularly for the most severely burned children, is poorly organized and inequitable, with many children admitted to hospitals under the care of non- specialists.(UK)
  • 4. Dados epidemiológicos Aspectos epidemiológicos das crianças com queimaduras internadas no Pronto Socorro para Queimaduras de Goiânia – Goiás •As crianças são as vítimas mais freqüentes das queimaduras •A segunda causa de morte acidental na infância. •O principal local dos acidentes foi na residência. •O agente causal mais comum no Grupo I foram os líquidos superaquecidos •No Grupo II, as chamas (p<0,001). •Quarenta e dois por cento das crianças tiveram de 10 a 19% da superfície corporal queimada.
  • 5. Dados epidemiológicos Aspectos epidemiológicos das crianças com queimaduras internadas no Pronto Socorro para Queimaduras de Goiânia – Goiás
  • 6. Dados epidemiológicos Aspectos epidemiológicos das crianças com queimaduras internadas no Pronto Socorro para Queimaduras de Goiânia – Goiás
  • 7. Dados epidemiológicos Aspectos epidemiológicos das crianças com queimaduras internadas no Pronto Socorro para Queimaduras de Goiânia – Goiás
  • 8. Epidemiologia Acidente doméstico prevenível Todas as idades, diferentes mecanismos Picos de incidência: •2 a 4 anos •Escolar / adolescência
  • 13. Epidemiologia •Intencional (Não acidental) = ABUSO •Quando suspeitar? •Notificação anterior por abuso ou negligência •Queimaduras anteriores •Outras lesões associadas •História inadequada, desproporcional •Demora na procura de atendimento •Idade menor de 8 meses e maior de 2 anos •Achados sugestivos de submersão forçada •Tolerância passiva a procedimentos dolorosos •Pais solteiros
  • 14. Epidemiologia •Intencional (Não acidental) = ABUSO •Ferida: •mãos, nádegas, pés, pernas •Lesão por contato em áreas não usuais •Distribuição simétrica •Queimaduras diferentes de escaldo
  • 15. Determinantes da mortalidade •Superfície corporal queimada (SCQ) •Idade do paciente •Lesão por inalação •Tratamento inicial •Tratamento interdisciplinar em centro especializado
  • 16. Revisão 103 crianças com SCQ >80% 33% mortalidade O tempo para instalação do acesso venoso e reposição fluídica na 1ª hora foram os fatores diretamente relacionados a sobrevida. Ann Surg 1997;225:554–69
  • 17. Mortalidade One large study used a multivariate analysis to predict burn outcome. The most important factor in predicting mortality was %TBSA burn (accuracy = 92.8%) or a combination of %TBSA burn and patient age (accuracy = 93.0%). Smith DL, Cairns BA, Ramadan F, et al. Effect of inhalation injury, burn size, and age on mortality: a study of 1447 consecutive burn patients. J Trauma Inj Infect Crit Care 1994;37(4):655-659. (Multivariate analysis; 1447 patients)
  • 18. Determinantes recentes da redução na mortalidade •Avanços na reposição fluídica •Tratamento cirúrgico precoce (debridamento e enxerto) •Controle e tratamento das infecções •Tratamento da lesão por inalação (Suporte ventilatório) •Terapia nutricional •Entendimento da resposta hipermetabólica a queimadura
  • 19. Critérios de transferência para centro especializado Concordância da unidade •SCQ > 10% na criança •Qualquer queimadura de espessura total (3º grau) •Qualquer queimadura de face, mãos, pés, períneo e articulações •Queimaduras químicas ou elétricas •Pacientes muito jovens < 1 a •Lesão por inalação associada •Trauma associado ou outras comorbidades •Unidade solicitante sem condição técnica
  • 20. Fisiopatologia Efeitos locais e sitêmicos (SIRS) Determinantes da lesão •Temperatura máxima •Tempo de exposição Lesão celular e desnaturação das proteinas em T> 45° C Lesão total e profunda em prolongada exposição T>55° C.
  • 21. TC= [(F – 32)/9] x 5 71 60 54 44
  • 22. Queimadura Resposta inflamatória sistêmica e local Histamina / Venodilatação Bradicinina / Dilatação arteriolar Aumento da permeabilidade capilar Extravasamento de fluidos e proteinas para o espaço intersticial “terceiro espaço” Diminição do débito cardíaco Choque hipovolêmico Choque devido a extravasamento transvascular secundário a um aumento generalizado da permeabilidade
  • 23. Choque •distributive and •hypovolemic shock intravascular volume depletion, low pulmonary artery occlusion pressures, elevated systemic vascular resistance, and depressed cardiac output. Reduced cardiac output decreased plasma volume, increased afterload, and decreased contractility. impaired myocardial contractility is likely caused by circulating mediators The exact mechanisms of altered cardiac mechanical function remain unclear and are most likely multifactorial.
  • 24. •Fisiopatologia •the systemic microcirculation loses its vessel wall integrity •proteins are lost into the interstitium •intravascular colloid osmotic pressure to drop •increase in capillary permeability •fluid to escape from the circulatory system •increase in fluid flux into the interstitium •outpouring of fluids, electrolytes, and proteins into the interstitium •loss of circulating plasma volume •hemoconcentration •massive edema formation •decreased urine output •depressed cardiovascular function The edema itself results in tissue hypoxia and increased tissue pressure with circumferential injuries. Aggressive fluid therapy can correct the hypovolemia but will accentuate the edema process
  • 25. Atendimento pré-hospitalar •Proteja-se •Parar a exposição / Remover da fonte •ABC •Produto químico = banho / retirar as roupas •Interromper o processo, resfriamento com água limpa e fresca por 20 minutos •Prevenir hipotermia •Copious irrigation and decontamination with large volumes of saline or water are essential for all chemical burns. •Cooling may decrease the depth of the burn if applied up to 60 minutes post injury
  • 26. Atendimento inicial Principais objetivos Identificar/tratar • Comprometimento das vias aéreas • Inalação de fumaça • Trauma associado •Iniciar a reposição de liquidos •SCQ >20% nos adultos/ SCQ >10% na criança •Manejo da dor •Imunização anitetânica (Ig) Systemic antibiotics are not routinely indicated in patients with burns. “Prophylactic” antibiotics may result in the patient being colonized or infected with resistant organisms.
  • 27. Atendimento inicial do queimado História •Mecanismo de lesão (potencial) •Eventos relacionados à queimadura (Doenças de base/lesões associadas) •História médica anterior (Imunizações/alergias) •Atendimento inicial no local •Sempre considerar a possibilidade abuso/negligência
  • 28. Atendimento inicial do queimado Exame físico inicial ABC Inicialmente protocolo de trauma Trauma tem prioridade sobre queimadura Definir superfície corpórea e SCQ ‘Lund and Browder’ Profundidade e localização das lesões One of the most important aspects of burn care is determination of the extent and depth of the injury, since these determine both subsequent management and prognosis.
  • 29. Atendimento inicial do queimado A importância da localização •Mãos e pés: difícil tratamento, complexo em áreas de função importante. •Períneo: áreas sob pressão constante e exposta a excretas corporais. •Queimaduras circulares: comprometimento da perfusão (membros), respiratório (tórax)
  • 30. Determinação da extensão e profundidade da lesão Determina o tratamento e prognóstico
  • 31.
  • 32.
  • 33.
  • 34.
  • 35.
  • 36.
  • 37. REPOSIÇÃO FLUÍDICA •Without effective and rapid intervention, hypovolemia/shock will develop if the burns involve 15% to 20% total body surface area. •Delay in fluid resuscitation beyond 2 hrs of the burn injury complicates resuscitation and increases mortality. •The consequences of excessive resuscitation and fluid overload are as deleterious as those of under-resuscitation: pulmonary edema, myocardial edema, conversion of superficial into deep burns, the need for fasciotomies in unburned limbs, and abdominal compartment syndrome. Crit Care Med 2009; 37:2819 –2826
  • 38. REPOSIÇÃO FLUÍDICA Adequate resuscitation from burn shock is the single most important therapeutic intervention in burn treatment. Crit Care Med 2009; 37:2819 –2826
  • 39. REPOSIÇÃO FLUÍDICA •Prioridade no paciente queimado •Acesso venoso periférico •Cristalóide: S Fisiológico 0,9%, S Ringer-lactato •Protocolos estabelecidos
  • 40. REPOSIÇÃO FLUÍDICA Rapid resuscitation in burned children may be given as one- half volume over four hours or less, followed by the remainder given over 20 hours. Researchers compared vital signs, urine output, urine specific gravity, blood gases (acidosis), ventilator needs, morbidity, and mortality between traditional and rapid resuscitation groups. The rapid resuscitation group did better in all measured parameters. Puffinbarger NK, Tuggle DW, Smith EI. Rapid isotonic fluid resuscitation in pediatric thermal injury. J Pediatr Surg 1994;29(2):339-341.
  • 41. REPOSIÇÃO FLUÍDICA Formulas based on body surface area may be more effective in children. At the Shriner’s Burn Institute in Galveston: 5.000ml/m2 body surface area plus 2.000mL/m2 for maintenance. Since infants lack adequate carbohydrate stores, crystalloid solutions containing 5% dextrose should be used. For all formulas, first-degree burns should not be included in the calculation of burn size. Rose JK, Barrow RE, Desai MH, et al. Advances in burn care. Adv Surg 1997;30:71-95.
  • 42.
  • 43. 1 Litro de SF 0.9% Total body water ECF=1 liter ICF=0 Interstitial=3/4 of ECF=750ml Intravascular =1/4 ECF=250 ml
  • 44. 1 litro de SG 5% Total body water=1 liter ECF=1/3 = 300ml ICF=2/3 = 700ml Intravascular =1/4 of ECF~75ml
  • 45.
  • 46.
  • 47.
  • 48. Formulas should be regarded as a resuscitation guideline; fluid administration has to be adjusted to individual patient needs. Crit Care Med 2009; 37:2819 –2826
  • 49. Avaliação da necessidade / resposta a infusão fluídica Difícil na criança queimada •SIRS, taquicardia / taquipnéia •Baixo débito urinário 0.5 ml/kg/h (ADH) •Leucocitose c/ DE, PCR elevado Sinais e sintomas úteis •Enchimento capilar < 2s •Nível de consciência •Temperatura de extremidades •Gasometria = BE
  • 50. Reposição fluídica SCQ > 10% na criança iniciar RF Na criança deve-se lembrar da reposição das necessidades basais Reposição + manutenção Reposição: Cristalóide Parkland = 4 ml/Kg/SCQ Carvajal = 5000 ml/m2 SCQ
  • 51. Reposição fluídica Reposição + manutenção Manutenção: S Glicofisiológico (glicose 50 g/L) Holiday & Seagar (1957) 1º 10 Kg: 100 cc/kg/24 h 2º 10 Kg: 50 cc/kg/24 h + 1000 ml Kg > 20 Kg: 20 cc/kg/24 h + 1500 ml Carvajal = 2000 ml/m2/24h
  • 52.
  • 53. Reposição fluídica Parkland 23 Kg / SCQ 20% Cristalóide = 4 ml X 23 Kg X 20% Burn = 1840 ml ½ nas 1as 8 h / ½ nas 16 h seguintes Manutenção: SGF – até 10 Kg: 100 ml/kg/24h = 1,000 ml/24 h – acima de 10 Kg: 50 ml/kg/24h = 500 ml/24 h – acima de 20 Kg (3 Kg): 20 ml/kg/24h = 60 ml/24 h – 1560 ml/24 h TOTAL estimado: 1840 ml + 1560 ml = 3400 ml
  • 54. Reposição fluídica Carvajal 23 Kg (1 m2) / SCQ 20% (0,2 m2) Cristalóide = 5000 ml X 0,2 = 1000 ml ½ nas 1as 8 h / ½ nas 16 h seguintes Manutenção: SGF – 2000 ml/m2 = 2000 ml – 2000 ml/24 h TOTAL estimado: 1000 ml + 2000 ml = 3000 ml
  • 55. Reposição fluídica 23 Kg (1 m2) / SCQ 20% (0,2 m2) Cristal SGF total Parkland 1840 ml 1560 ml 3400 ml 970/970 Carvajal 1000 ml 2000 ml 3000 ml 500/500
  • 56.
  • 57. There has not been a clinical advantage with colloids . One study showed a decreased risk of death when albumin but the difference did not achieve statistical significance. A meta-analysis comparing albumin to crystalloid showed a 2.4-fold increased risk of death with albumin. Crit Care Med 2009; 37:2819 –2826
  • 58. Review Article Management of Pain in Children with Burns •Pain and distress are strongly associated with burns in children. •Monitoring of pain is complicated by the traumatic nature of the initial injury and reaction to distress after a burn. •Pain has adverse physiological and emotional effects. Continuous and accurate assessment of pain, and the response to therapy. Multidisciplinary approach •Burn surgeon, paediatrician, pain specialist (usually anaesthetist), nurse, occupational therapist, physiotherapist, psychologist, play therapist, and, importantly, the child’s parents/carers.
  • 59. Review Article Management of Pain in Children with Burns •All children with burns will experience pain •The general attitude to pain management should be presumptive and preemptive. •Multidisciplinary assessment helps to reduce physical, emotional, and family distress. •Special attention should be paid to the child’s environmental conditions. •For instance, a parent’s presence and participation in the procedure can be highly beneficial.
  • 60. Review Article Management of Pain in Children with Burns Measurement Tools FLACC Tool (Face, Legs, Activity, Cry, and Consolability). Whenever possible the child’s self-report should be used to assess pain. Situations where this may not be possible.
  • 61. Review Article Management of Pain in Children with Burns Measurement Tools FLACC Tool (Face, Legs, Activity, Cry, and Consolability). The child should be observed for 2–5 minutes and their body activity, face, and cry noted according to the scale. If necessary, the health professional should attempt to console the child. The child’s pain score should be assessed and recorded at regular intervals, especially before and after analgesia or after nonpharmacological intervention. The FLACC tool has been adequately validated in areas such as paediatric theatre recovery, and oncology and paediatric intensive care units.
  • 62. Review Article Management of Pain in Children with Burns Measurement Tools Faces/Ladder Scale. Wong-Baker FACES Pain Rating Scale is recommended for children ≥3 years of age]. The faces/ladder scale should be explained to the child What the child states as their pain score—either from using the numbers or faces on a scale of 0–10—should then be documented.
  • 63. Review Article Management of Pain in Children with Burns Measurement Tools Pharmacological Treatments The ideal analgesic agent (i) easy to administer, (ii) well tolerated, (iii) produces rapid onset of analgesia with a short duration of action, (iv) has minimal side effects to allow rapid resumption of activities and oral intake. Various routes are available for administration of analgesia. In the acute setting, drugs, preferably, should be given by IV route. However, intranasal route is a sound alternative. Potential advantages of intranasal route avoidance of painful injection, avoidance of risks associated with IV access, rapid onset and titration to effect, and good bioavailability.
  • 64. Tratamento Analgesia / Sedação Avaliação inicial Quadro clínico Boas opções: •Morfina 0,1 mg/kg EV •Cetamina 1 mg/Kg EV •Midazolam 0,1 a 0,2 mg/Kg EV •Monitorização necessária (cardio-respiratória)
  • 65. Infecção Principal complicação não relacionada diretamente a queimadura Prevenção •Seguir as orientações gerais relacionados ao uso de antibióticos •Debridamento precoce •Troca de curativos •Evitar procedimentos invasivos desnecessários (Intracath) •Nutrição enteral precoce
  • 66. Infecção Diagnostcio difícil Temperature > 38 C é comum no queimado Authors conclude that ‘‘fever is not a specific predictor of infection in burned children’’ and that ‘‘in children of less than four years of age and more than 20% burns fever has no predictive value for the presence of infection’’ Sinais importantes: Intolerância a dieta
  • 67. Infecção Diagnostcio difícil Proteina C reativa PCR elevado nos primeiros dias pós queimadura (72h) Aumento do PCR relaciona-se com sepse Procalcitonina aumenta mais rápido que o PCR OU LEUCOCITOSE
  • 68.
  • 70.
  • 71. Inalação de fumaça Hipoxemia e/ou elevados níveis de CO Traqueobronquite Acúmulo de fibrina e restos epiteliais (“rolhas”) nas vias aéreas •Obstrução de vias aéreas Marginação de PMNs nos capilares pulmonares Mediadores inflamatórios Aumento da permeabilidade vascular •Edema pulmonar 2-3 dias após a lesão
  • 72. Inalação de fumaça (1) upper airway obstruction secondary to progressive edema; (2) reactive bronchospasm from aerosolized irritants; (3) small airway occlusion initially from edema and subsequently from sloughed endobronchial debris and loss of the ciliary clearance mechanism; (4) diffuse microatelectasis from loss of surfactant and alveolar edema; (5) interstitial and alveolar edema secondary to loss of capillary integrity. The physiologic consequences: • upper and lower airway obstruction • increased airway resistance • decreased compliance • increase dead space • intrapulmonary shunting • http://pedsccm.org/FILE-CABINET/Pulmonary/Smoke_inhalation.html
  • 73.
  • 74.
  • 75.
  • 76.
  • 77. Inalação de fumaça Hipoxemia e/ou elevados níveis de CO Obstrução de vias aéreas Edema pulmonar While physical examination findings can raise suspicion for inhalation injury, findings such as singed nasal hairs (and, to a lesser extent, carbonaceous sputum) can occur without inhalation injury. Raio X tórax c/ pouca sensibilidade CT scan mais sensível Bronchoscopia Xenon-133 scan = ventilatição/perfusão Pneumonia 7 a 14 dias após a lesão
  • 78.
  • 79. One of the major problems that we have when treating patients with smoke inhalation is that there is a decreased ability in clearing secretions due to increased cellular debris as well as decreased clearance from an injury to the mucocilliary apparatus of the tracheobronchial tree. (From Enkhbaatar et al., 2007) http://www.burndoc.net/
  • 80.
  • 81.
  • 82.
  • 83. Tratamento Oxigênio 100% (FiO2 = 1) + 2 mL/%TBSA/kg Do not withhold resuscitation fluids in the mistaken notion that they will worsen inhalation injury. Entubação Orotraqueal SIRS = Taquipneia Obstrução de vias aéreas superiores (difícil entubação) Insuficiência respiratória
  • 84. Tratamento Entubação Orotraqueal / VPM SIRS = Taquipneia Obstrução de vias aéreas superiores (difícil entubação) “classic” clinical signs such as stridor or hoarseness are infrequently present. Insuficiência respiratória Empilhamento de ar/ altoPEEP / Barotrauma Clinical trials show corticosteroids and prophylactic antibiotics to be ineffective in the treatment of inhalation injury Intoxicação CO e cianeto
  • 85. Abordagem nutricional •Pacientes •Hipermetabólico •Resposta fisiológica ao trauma - catabolismo •Dinâmico – variável apresentação clínica entre pacientes e ao longo do tempo de internação (evolução clínica) •Objetivo variável •Avaliação clínica / monitorização - difícil
  • 86. Avaliação clínica / monitorização História nutricional pregressa •Peso / estatura •História clínica (doenças cr, internações, etc) Risco nutricional •História nutricional pregressa •Abilidadde em receber e utilizar nutrientes •Severidade da queimadura •Idade •Integridade GI •Complicações associadas (DMOS)
  • 87. Disfunção metabólica (mediadores inflamatórios) limita os objetivos nutricionais •Glicose Resistência insulínica Oferta de 5 mg/kg/min •Proteinas Altos níveis de cortisol estimulam o metabolismo das proteinas Proteólise muscular (musculatura esquelética) •Lipídeos Lipólise exacerbada Lipídeos exógenos pouco efetivos
  • 88. Proteina •Reparação tecidual •Reposição do pool de AA •Imunidade celular •Gliconeogênese Adultos = 1.5 g/kg/day >1.5 g protein/kg/day sem benefícios Apesar da oferta, persiste o catabolismo proteico Mantém a perda de massa magra
  • 89. Estratégia nutricional •Necessidades calóricas e proteicas Composição da dieta •Modo de oferta nutricional Manutenção da integridade intestinal / tolerância •Enteral X Parenteral
  • 90. Esquema combinado enteral / parenteral Parenteral riscos/benefícios •Não fisiológica •Jejum – mucosa careca •Complicações •Tolerada e segura em pacientes graves •Útil em pacientes intolerantes a dieta GI Uso combinado •pacientes graves e intolerantes •Grandes necessidades nutricionais
  • 91.
  • 92. Nutrição enteral precoce Avaliação inicial / tolerância Agressiva e volumosa reposição fluídica Perfusão intestinal? To date, research has failed to demonstrate strong clinical outcome benefit associated with early enteral feeding Feeding-induced bowel necrosis in enterally fed Nutrição trófica inicial
  • 93. Nutrição Parenteral Glicose < 5 mcg/kg/min (evitar hiperglicemia) AA 100% das necessidades Nitrogênio: Caloria não proteica = 1:85
  • 94.
  • 95.
  • 96.
  • 97.
  • 98. Prurido Itch is considered by many investigators to be a form of pain. The similarity is that itch shares with pain a peripheral group of C fibers, a group of dorsal horn interneurons and a specific pathway in the anterolateral spinal cord to the brain Sintoma comum no paciente queimado Sintoma predominante em qualquer doença inflamatória da pele Mecanismo desconhecido •Pouca investigação •Lesão complexa da pele e nervos "a sensation that leads to a desire to scratch” Não há tratamento específico http://www.burnsurgery.org
  • 99. IMPACT •impedes sleep •impedes work and play •impedes therapy •impedes eating •creates depression and anxiety •impairs quality of life THE INCIDENCE Despite using oral antihistamines, “severe itching” (5 or more on the 0-10 scale) is reported to be present in •approximately 70% of children •approximately 50% of adults CHARACTERISTICS OF ITCH •starts during healing •most prominent with time of closure over 3 weeks •worse for partial thickness burns •accentuated by heat, activity •worse at night •lasts months to years
  • 100. PHYSICAL APPROACH •skin moisturizers •compression garments •liquid colloidal oatmeal and cool baths •massage therapy
  • 101. Tratamento farmacológico Antihistaminicos < 50% controle do prurido Antagonistas do receptor H1: Diphenhydramine (Benadryl) and hydroxazine (Atarax), Cetirizinc (Zyrtec) Anestésicos tópicos EMLA (lidocaina/prilocaina) Pain Medication Narcóticos e antiinflmatórios NH Doxepin creme 5% Tricyclic antidepressant (antihistamine 800 Xdiphenhydramine) A 5% Doxepin cream has been used for over 15 years in the treatment of choice for itchy skin with excellent results.