SlideShare uma empresa Scribd logo
Faculdade dos Guararapes
Escola de Engenharia
Departamento de Engenharia Mecânica
Aluno:
Disciplina:
TRANSFORMAÇÃO LINEAR
DEPENDÊNCIA E INDEPENDÊNCIA LINEAR:
CONCEITOS, EXEMPLOS E APLICAÇÕES
DESEMBRO / 2015
Transformação Linear
Transformação linear é um tipo particular de função entre dois espaços vetoriais que preserva as
operações de adição vetorial e multiplicação por escalar.
Sejam V e W espaços vetoriais. Diz-se que F: V W é uma aplicação linear se satisfaz às
duas propriedades seguintes:
1. Para quaisquer u, v U: F(u + v) = F(u) + F(v).
2. Para qualquer k R e qualquer v U: F(k.v) = k.F(v).
Definição alternativa 1: Sejam V e W espaços vetoriais. F: V W é uma aplicação linear se,
para quaisquer u, v U e quaisquer a, b R se tem que
F(au+bv) = aF(u) + bF(v)
Definição alternativa 2: Sejam V e W espaços vetoriais. F:V W é uma aplicação linear se,
para quaisquer u,v U e qualquer b R se tem que
F(u+bv) = F(u) + bF(v)
Graficamente temos algo como:
Observações importantes:
1. Uma aplicação linear também recebe o nome de Transformação linear.
2. Na literatura mais recente sobre Álgebra Linear, quando V=W, a aplicação F recebe o nome de
operador linear e quando W = R, recebe o nome de funcional linear.
3. Se F: V W é uma aplicação linear, então F(0) = 0, onde o primeiro 0 é o vetor nulo de V e o
segundo 0 é o vetor nulo de W.
4. Para provar que uma aplicação é linear, devemos demonstrar que valem as duas propriedades
descritas na definição, mas para mostrar que uma transformação não é linear, basta exibir a
propriedade que não é satisfeita.
Teoremas sobre a Composta de Transformações Lineares
1. Sejam F: U V e G: V W transformações lineares. A composta GoF: U W também é uma
transformação linear.
Demonstração:Sejam u, v U e k R. Assim
(GoF)(u+kv) = G(F(u+kv)) Definição de composta
= G(F(u)+F(kv)) Linearidade de F
= G(F(u))+G(k.F(v)) Aditividade de G
= G(F(u))+k.G(F(v)) Homotetia de G
= (GoF)(u)+k.(GoF)(v) Definição de composta
Exemplo: Dadas as transformações lineares S: R³ R² definida por S(x,y,z) = (x,y+z) e T: R²
R³ definida por T(x, y)=(3x,2y,x+y), a transformação composta P:R² R² tal que P = SoT é
linear, pois
(SoT)(x,y) = S(T(x,y)) = S(3x,2y,x+y) = (3x,2y+x+y) = (3x,3y+x)
2. Sejam V e W espaços vetoriais reais, uma base de V denotada por {v1,...,vn} e {w1,w2,...,wn} um
conjunto de elementos de W. Existe uma única transformação linear T: V W tal que
T(v1) = w1, T(v2) = w2, ..., T(vn) = wn
Se considerarmos a combinação linear
v = a1 v1 + a2 v2 + ... + an vn , então
T(v) = a1 T(v1) + a2 T(v2) + ... + an T(vn) = a1 w1 + a2 w2 + ... + an wn
Devemos provar que T é uma transformação linear, verificando que:
1. Para quaisquer u, v U: F(u+v) = F(u)+F(v).
2. Para qualquer k R e qualquer v U: F(kv) = k.F(v).
Exemplo: Seja a aplicação T: Rn
Rm
definida por
TA(v) = A .
v1
v2
...
vn
=
w1
w2
...
wn
onde A é uma matriz de ordem m×n e
v =
v1
...
vn
é um vetor coluna. T é linear pois,
TA(u+bv) = A(u+bv) = A(u) + A(bv) = A(u) + b.A(v) = TA(u)+ b.TA(v)
Exemplo: Se
A =
1 0
0 0
0 0
e TA: R² R³,então
TA(u) =
1 0
0 0
0 0
.
u1
u2
=
u1
0
0
Então TA(u1,u2) = (u1, 0, 0)
Exemplo. Verifique se a aplicação T se qualifica como transformação linear
T : R2
→ R2
e T (x, y) = (2x − y, 0)
Solução: Temos de verificar se T (αu + βv) = αT (u) + βT (v), ∀ u, v ∈ R2
, ∀ α, β ∈ R.
Façamos então u = (u1, u2) e v = (v1, v2).
T (αu + βv) =
= T (α (u1, u2) + β (v1, v2))
= T (αu1 + βv1, αu2 + βv2)
= (2 (αu1 + βv1) − (αu2 + βv2),0)
= (2αu1 − αu2 + 2βv1 − βv2,0)
= (2αu1 − αu2, 0) + (2βv1 − βv2, 0)
= α (2u1 − u2, 0) + β (2v1 − v2, 0)
= αT (u) + βT (v)
Imagem e Núcleo de uma Transformação Linear
Seja F: U V uma transformação linear. A Imagem de F é o conjunto de todos os vetores
F(v) V, isto é;
Im(F) = {F(v) V: v V}
A imagem de F, denotada por Im(F), é um subespaço vetorial de V.
Seja F: U V uma transformação linear. O conjunto de todos os vetores u U tal que F(u) =
0 é denominado Núcleo de F, sendo denotado por Nuc(F), isto é;
Nuc(F) = {v V: F(u) = 0}
O núcleo de F, denotado por Nuc(F),é um subconjunto de U e também é um subespaço vetorial
de U.
Aplicações: Injetora, Sobrejetora e Bijetora
1. Uma aplicação F: U V,F é Injetora se dados u, v U com F(u) = F(v) se tem
necessariamente que u = v. Outro modo equivalente: F é Injetora,se dados u, v U com u
vimplicar que F(u) F(v).
2. Uma aplicação F: U V é Sobrejetora se a imagem de F coincide com V, isto é, F(U) = V,
significando que, dado v V, existe u U tal que F(u) = v.
3. Uma aplicação F:U V, F é Bijetora se é injetora e sobrejetora.
Operador Diferencial Linear
Seja V o espaço vetorial de todas as funções reais infinitamente e contínuamente diferenciáveis
no intervalo [a,b] da reta.
1. A aplicação D: V V definida por D(f) = f ', onde f ' é primeira derivada primeira da função.
Esta aplicação é linear, pois
D(af+bg) = aD(f) + bD(g)
2. A partir do operador diferencial D é possível definir a composta D (2)
= DoD. Pode-se mostrar que é
linear a aplicação D (2)
: V V definida por D (2)
(f) = f'', onde f'' é segunda derivada da função f, pois
D(2)
(af+bg) = a D(2)
(f) + b D(2)
(g)
3. A aplicação D n+1
: V V definida por Dn
(f) = f (n)
onde f (n)
é a derivada de ordem n da função f.
Demonstra-se que é linear a aplicação Dn
definida recursivamente por D 0
= In e para cada n N:
Dn
= D o D n−1
4. A aplicação L: V V definida por L(D) = a D² + b D + c Id é linear.
5. A aplicação L: V V definida por
L(D) =
n
k=0
ak Dk
é linear. Realmente,
[L(D)](f+g) =[
n
k=0
akDk
](f+g)=
n
k=0
akDk
(f+g)=
n
k=0
ak[Dk
(f)+Dk
(g)]
=
n
k=0
ak Dk
(f) +
n
k=0
ak Dk
(g) = [L(D)](f) + [L(D)](g)
Aplicações
A matemática tem relação direta com várias áreas do conhecimento (física, química, engenharia,
informática, economia, biologia, medicina, ciências humanas), ocupando um lugar de destaque no
mundo científico contemporâneo.
A álgebra linear ocupa lugar de destaque nas diversas áreas da matemática – da análise à
estatística, onde se utilizam, constantemente,o cálculo matricial e vetorial. Também se aplica na
modelagem matemática de problemas e situações concretas em engenharia são:
- Equações lineares em decisões gerenciais; circuitos eletrônicos e exploração de petróleo, entre
outros.
- Álgebra matricial em computação gráfica.
- Determinantes em cálculo de áreas de volumes de sólidos poliédricos.
- Espaços vetoriais em sistemas de controle.
- Autovalores e autovetores em sistemas dinâmicos.
- aplicação na engenharia civil através de estruturas metálicas.
Dependência e Independência Linear
Definição
Sejam V um espaço vetorial e v1, v2, . . . , vn ∈ V. Consideremos a equação vetorial
a1v1 + a2v2 + · · · + anvn = 0.
Se a única solução da equação acima for
a1 = a2 =. . . = an = 0
dizemos que v1, v2, . . . , vn são linearmente independentes (LI).
Se a equação acima tiver mais que uma solução, dizemos que v1, v2, . . . , vn são linearmente
dependentes (LD).
Exemplo. Os vetores v1 = (1, 1, 0), v2 = (1, 0, 1) e v3 = (5, 2, 3) de R3
são LD, pois 2v1 + 3v2 − v3 = 0.
Exemplo. Sejam n ∈ N e V = P o espaço dos polinômios em t. Os vetores abaixo são LI.
p1 = 1 + t, p2 = t + t 2
, . . . , pn = t n−1
+ t n
Até o momento, definimos as noções de dependência e independência linear para conjuntos
finitos. Iremos, agora, estender tais noções para conjuntos infinitos.
Seja V um espaço vetorial e X ⊂ V não vazio. Dizemos que X é linearmente dependente (LD)
se existem v1, v2, . . . , vn ∈ X linearmente dependentes. Caso contrário, dizemos que X é linearmente
independente (LI).
Exemplo Seja X = {v = (x, y) ; x, y ∈ Z} ⊂ R2
. Este conjunto é LD.
Exemplo Seja X = {pn = t n
; n ∈ N ∪ {0}} contido no espaço P dos polinômios em t. Então X é LI.
Propriedades
Sejam V um espaço vetorial e v1, v2, . . . , vn ∈ V. São válidas as seguintes propriedades:
1. Qualquer conjunto X que contenha o vetor nulo é LD. Em particular, o conjunto {0} ⊂ V é LD.
2. v1, v2 não nulos são LD se, e somente se, um é múltiplo escalar do outro.
3. Se v1, v2, . . . , vn são LD, então, qualquer que seja v ∈ V, v1, v2, . . . , vn, v são LD.
4. Se X é LI e Y ⊂ X, então Y é LI.
5. Um conjunto {v1, v2, . . . , vn, } é LD se, e somente se,ao menos um dos vetores é combinação
linear dos demais.
6. A interseção de dois conjuntos linearmente independentes é linearmente independente - podendo
ser o conjunto vazio.
7. A interseção de um número qualquer de conjuntos linearmente independentes é linearmente
independente.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Aula 21 vetores
Aula 21   vetoresAula 21   vetores
Tópicos em Matemática - Aula 6: Transformações Lineares
Tópicos em Matemática - Aula 6: Transformações LinearesTópicos em Matemática - Aula 6: Transformações Lineares
Tópicos em Matemática - Aula 6: Transformações Lineares
willianv
 
Fisica vetores
Fisica vetoresFisica vetores
Fisica vetores
comentada
 
GEOMETRIA ANALÍTICA cap 06
GEOMETRIA ANALÍTICA cap  06GEOMETRIA ANALÍTICA cap  06
GEOMETRIA ANALÍTICA cap 06
Andrei Bastos
 
Análise de Algoritmos - Conceitos de Grafos
Análise de Algoritmos - Conceitos de GrafosAnálise de Algoritmos - Conceitos de Grafos
Análise de Algoritmos - Conceitos de Grafos
Delacyr Ferreira
 
Aula 19: O operador momento angular
Aula 19: O operador momento angularAula 19: O operador momento angular
Aula 19: O operador momento angular
Adriano Silva
 
GEOMETRIA ANALÍTICA cap 05
GEOMETRIA ANALÍTICA cap  05GEOMETRIA ANALÍTICA cap  05
GEOMETRIA ANALÍTICA cap 05
Andrei Bastos
 
GEOMETRIA ANALÍTICA cap 04
GEOMETRIA ANALÍTICA cap  04GEOMETRIA ANALÍTICA cap  04
GEOMETRIA ANALÍTICA cap 04
Andrei Bastos
 
1943 d
1943 d1943 d
GEOMETRIA ANALÍTICA cap 07
GEOMETRIA ANALÍTICA cap  07GEOMETRIA ANALÍTICA cap  07
GEOMETRIA ANALÍTICA cap 07
Andrei Bastos
 
Derivadas
DerivadasDerivadas
Derivadas
mlthomaz
 
Algebra Linear cap 03
Algebra Linear cap 03Algebra Linear cap 03
Algebra Linear cap 03
Andrei Bastos
 
Cap. 1. calculo vetorial e geometria analítica
Cap. 1. calculo vetorial e geometria analíticaCap. 1. calculo vetorial e geometria analítica
Cap. 1. calculo vetorial e geometria analítica
Duke Wdealmei
 
Operadores
OperadoresOperadores
Operadores
Camila Soares
 
Algebra Linear cap 09
Algebra Linear cap 09Algebra Linear cap 09
Algebra Linear cap 09
Andrei Bastos
 
Decomposições de matrizes utilizando conceitos de Auto Vetores e Auto Valores
Decomposições de matrizes utilizando conceitos de Auto Vetores e Auto ValoresDecomposições de matrizes utilizando conceitos de Auto Vetores e Auto Valores
Decomposições de matrizes utilizando conceitos de Auto Vetores e Auto Valores
Felipe Schimith Batista
 
Aula 1 fic
Aula 1   ficAula 1   fic
Aula 1 fic
BUIAR
 
Algebra linear operações com matrizes
Algebra linear   operações com matrizesAlgebra linear   operações com matrizes
Algebra linear operações com matrizes
Felipe Schimith Batista
 
Física 1º ano prof. pedro ivo - (vetores)
Física 1º ano   prof. pedro ivo - (vetores)Física 1º ano   prof. pedro ivo - (vetores)
Física 1º ano prof. pedro ivo - (vetores)
Pedro Ivo Andrade Sousa
 
Algebra linear operações com matrizes
Algebra linear operações com matrizesAlgebra linear operações com matrizes
Algebra linear operações com matrizes
Felipe Schimith Batista
 

Mais procurados (20)

Aula 21 vetores
Aula 21   vetoresAula 21   vetores
Aula 21 vetores
 
Tópicos em Matemática - Aula 6: Transformações Lineares
Tópicos em Matemática - Aula 6: Transformações LinearesTópicos em Matemática - Aula 6: Transformações Lineares
Tópicos em Matemática - Aula 6: Transformações Lineares
 
Fisica vetores
Fisica vetoresFisica vetores
Fisica vetores
 
GEOMETRIA ANALÍTICA cap 06
GEOMETRIA ANALÍTICA cap  06GEOMETRIA ANALÍTICA cap  06
GEOMETRIA ANALÍTICA cap 06
 
Análise de Algoritmos - Conceitos de Grafos
Análise de Algoritmos - Conceitos de GrafosAnálise de Algoritmos - Conceitos de Grafos
Análise de Algoritmos - Conceitos de Grafos
 
Aula 19: O operador momento angular
Aula 19: O operador momento angularAula 19: O operador momento angular
Aula 19: O operador momento angular
 
GEOMETRIA ANALÍTICA cap 05
GEOMETRIA ANALÍTICA cap  05GEOMETRIA ANALÍTICA cap  05
GEOMETRIA ANALÍTICA cap 05
 
GEOMETRIA ANALÍTICA cap 04
GEOMETRIA ANALÍTICA cap  04GEOMETRIA ANALÍTICA cap  04
GEOMETRIA ANALÍTICA cap 04
 
1943 d
1943 d1943 d
1943 d
 
GEOMETRIA ANALÍTICA cap 07
GEOMETRIA ANALÍTICA cap  07GEOMETRIA ANALÍTICA cap  07
GEOMETRIA ANALÍTICA cap 07
 
Derivadas
DerivadasDerivadas
Derivadas
 
Algebra Linear cap 03
Algebra Linear cap 03Algebra Linear cap 03
Algebra Linear cap 03
 
Cap. 1. calculo vetorial e geometria analítica
Cap. 1. calculo vetorial e geometria analíticaCap. 1. calculo vetorial e geometria analítica
Cap. 1. calculo vetorial e geometria analítica
 
Operadores
OperadoresOperadores
Operadores
 
Algebra Linear cap 09
Algebra Linear cap 09Algebra Linear cap 09
Algebra Linear cap 09
 
Decomposições de matrizes utilizando conceitos de Auto Vetores e Auto Valores
Decomposições de matrizes utilizando conceitos de Auto Vetores e Auto ValoresDecomposições de matrizes utilizando conceitos de Auto Vetores e Auto Valores
Decomposições de matrizes utilizando conceitos de Auto Vetores e Auto Valores
 
Aula 1 fic
Aula 1   ficAula 1   fic
Aula 1 fic
 
Algebra linear operações com matrizes
Algebra linear   operações com matrizesAlgebra linear   operações com matrizes
Algebra linear operações com matrizes
 
Física 1º ano prof. pedro ivo - (vetores)
Física 1º ano   prof. pedro ivo - (vetores)Física 1º ano   prof. pedro ivo - (vetores)
Física 1º ano prof. pedro ivo - (vetores)
 
Algebra linear operações com matrizes
Algebra linear operações com matrizesAlgebra linear operações com matrizes
Algebra linear operações com matrizes
 

Semelhante a Transformação linear

Aula 4 espaços vetoriais
Aula 4   espaços vetoriaisAula 4   espaços vetoriais
Aula 4 espaços vetoriais
Fernanda Paola Butarelli
 
Aula espaço vetorial
Aula espaço vetorialAula espaço vetorial
Aula espaço vetorial
Tuane Paixão
 
Vetores
VetoresVetores
Vetores
Jupira Silva
 
Suo
SuoSuo
Nucleo-Imagem.pdf
Nucleo-Imagem.pdfNucleo-Imagem.pdf
Nucleo-Imagem.pdf
PauloAndrePinheiro1
 
Calculo vetorial
Calculo vetorialCalculo vetorial
Calculo vetorial
JANAINACUNHA
 
Cálculo vetorial
Cálculo vetorialCálculo vetorial
Cálculo vetorial
XequeMateShannon
 
Algebra Linear cap 02
Algebra Linear cap 02Algebra Linear cap 02
Algebra Linear cap 02
Andrei Bastos
 
1939 d (2)
1939 d (2)1939 d (2)
1939 d (2)
Tuane Paixão
 
Calculo vetorial
Calculo vetorialCalculo vetorial
Calculo vetorial
Duke Wdealmei
 
Ppgf ufpa --prova_2011-01
Ppgf ufpa --prova_2011-01Ppgf ufpa --prova_2011-01
Ppgf ufpa --prova_2011-01
Francisco A. Arruda
 
Apostila: Introdução a Limite, Derivada e Integral
Apostila: Introdução a Limite, Derivada e IntegralApostila: Introdução a Limite, Derivada e Integral
Apostila: Introdução a Limite, Derivada e Integral
Maria Teresa Thomaz
 
Aula de Álgebra Linear - 1 de Dezembro
Aula de Álgebra Linear - 1 de DezembroAula de Álgebra Linear - 1 de Dezembro
Aula de Álgebra Linear - 1 de Dezembro
Thiago VedoVatto
 
Apostila Análise Matemática para Engenharia II - CCE1433.pdf
Apostila Análise Matemática para Engenharia II - CCE1433.pdfApostila Análise Matemática para Engenharia II - CCE1433.pdf
Apostila Análise Matemática para Engenharia II - CCE1433.pdf
FernandoSenra4
 

Semelhante a Transformação linear (14)

Aula 4 espaços vetoriais
Aula 4   espaços vetoriaisAula 4   espaços vetoriais
Aula 4 espaços vetoriais
 
Aula espaço vetorial
Aula espaço vetorialAula espaço vetorial
Aula espaço vetorial
 
Vetores
VetoresVetores
Vetores
 
Suo
SuoSuo
Suo
 
Nucleo-Imagem.pdf
Nucleo-Imagem.pdfNucleo-Imagem.pdf
Nucleo-Imagem.pdf
 
Calculo vetorial
Calculo vetorialCalculo vetorial
Calculo vetorial
 
Cálculo vetorial
Cálculo vetorialCálculo vetorial
Cálculo vetorial
 
Algebra Linear cap 02
Algebra Linear cap 02Algebra Linear cap 02
Algebra Linear cap 02
 
1939 d (2)
1939 d (2)1939 d (2)
1939 d (2)
 
Calculo vetorial
Calculo vetorialCalculo vetorial
Calculo vetorial
 
Ppgf ufpa --prova_2011-01
Ppgf ufpa --prova_2011-01Ppgf ufpa --prova_2011-01
Ppgf ufpa --prova_2011-01
 
Apostila: Introdução a Limite, Derivada e Integral
Apostila: Introdução a Limite, Derivada e IntegralApostila: Introdução a Limite, Derivada e Integral
Apostila: Introdução a Limite, Derivada e Integral
 
Aula de Álgebra Linear - 1 de Dezembro
Aula de Álgebra Linear - 1 de DezembroAula de Álgebra Linear - 1 de Dezembro
Aula de Álgebra Linear - 1 de Dezembro
 
Apostila Análise Matemática para Engenharia II - CCE1433.pdf
Apostila Análise Matemática para Engenharia II - CCE1433.pdfApostila Análise Matemática para Engenharia II - CCE1433.pdf
Apostila Análise Matemática para Engenharia II - CCE1433.pdf
 

Último

Educação trabalho HQ em sala de aula uma excelente ideia
Educação  trabalho HQ em sala de aula uma excelente  ideiaEducação  trabalho HQ em sala de aula uma excelente  ideia
Educação trabalho HQ em sala de aula uma excelente ideia
joseanesouza36
 
As sequências didáticas: práticas educativas
As sequências didáticas: práticas educativasAs sequências didáticas: práticas educativas
As sequências didáticas: práticas educativas
rloureiro1
 
Cartinhas de solidariedade e esperança.pptx
Cartinhas de solidariedade e esperança.pptxCartinhas de solidariedade e esperança.pptx
Cartinhas de solidariedade e esperança.pptx
Zenir Carmen Bez Trombeta
 
Leonardo da Vinci .pptx
Leonardo da Vinci                  .pptxLeonardo da Vinci                  .pptx
Leonardo da Vinci .pptx
TomasSousa7
 
UFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdf
UFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdfUFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdf
UFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdf
Manuais Formação
 
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo FreireLivro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
WelberMerlinCardoso
 
Estrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.ppt
Estrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.pptEstrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.ppt
Estrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.ppt
livrosjovert
 
GÊNERO TEXTUAL - POEMA.pptx
GÊNERO      TEXTUAL     -     POEMA.pptxGÊNERO      TEXTUAL     -     POEMA.pptx
GÊNERO TEXTUAL - POEMA.pptx
Marlene Cunhada
 
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdfA QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
AurelianoFerreirades2
 
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptxSlides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptx
LuizHenriquedeAlmeid6
 
REGULAMENTO DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...
REGULAMENTO  DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...REGULAMENTO  DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...
REGULAMENTO DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...
Eró Cunha
 
UFCD_3546_Prevenção e primeiros socorros_geriatria.pdf
UFCD_3546_Prevenção e primeiros socorros_geriatria.pdfUFCD_3546_Prevenção e primeiros socorros_geriatria.pdf
UFCD_3546_Prevenção e primeiros socorros_geriatria.pdf
Manuais Formação
 
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
LucianaCristina58
 
O que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdf
O que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdfO que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdf
O que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdf
Pastor Robson Colaço
 
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptx
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptxPP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptx
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptx
LuizHenriquedeAlmeid6
 
Potenciação e Radiciação de Números Racionais
Potenciação e Radiciação de Números RacionaisPotenciação e Radiciação de Números Racionais
Potenciação e Radiciação de Números Racionais
wagnermorais28
 
epidemias endemia-pandemia-e-epidemia (1).ppt
epidemias endemia-pandemia-e-epidemia (1).pptepidemias endemia-pandemia-e-epidemia (1).ppt
epidemias endemia-pandemia-e-epidemia (1).ppt
MarceloMonteiro213738
 
2020_09_17 - Biomas Mundiais [Salvo automaticamente].pptx
2020_09_17 - Biomas Mundiais [Salvo automaticamente].pptx2020_09_17 - Biomas Mundiais [Salvo automaticamente].pptx
2020_09_17 - Biomas Mundiais [Salvo automaticamente].pptx
PatriciaZanoli
 
Aula 1 do livro de Ciências do aluno - sons
Aula 1 do livro de Ciências do aluno - sonsAula 1 do livro de Ciências do aluno - sons
Aula 1 do livro de Ciências do aluno - sons
Érika Rufo
 
Reino-Vegetal plantas e demais conceitos .pptx
Reino-Vegetal plantas e demais conceitos .pptxReino-Vegetal plantas e demais conceitos .pptx
Reino-Vegetal plantas e demais conceitos .pptx
CarinaSantos916505
 

Último (20)

Educação trabalho HQ em sala de aula uma excelente ideia
Educação  trabalho HQ em sala de aula uma excelente  ideiaEducação  trabalho HQ em sala de aula uma excelente  ideia
Educação trabalho HQ em sala de aula uma excelente ideia
 
As sequências didáticas: práticas educativas
As sequências didáticas: práticas educativasAs sequências didáticas: práticas educativas
As sequências didáticas: práticas educativas
 
Cartinhas de solidariedade e esperança.pptx
Cartinhas de solidariedade e esperança.pptxCartinhas de solidariedade e esperança.pptx
Cartinhas de solidariedade e esperança.pptx
 
Leonardo da Vinci .pptx
Leonardo da Vinci                  .pptxLeonardo da Vinci                  .pptx
Leonardo da Vinci .pptx
 
UFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdf
UFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdfUFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdf
UFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdf
 
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo FreireLivro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
 
Estrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.ppt
Estrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.pptEstrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.ppt
Estrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.ppt
 
GÊNERO TEXTUAL - POEMA.pptx
GÊNERO      TEXTUAL     -     POEMA.pptxGÊNERO      TEXTUAL     -     POEMA.pptx
GÊNERO TEXTUAL - POEMA.pptx
 
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdfA QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
 
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptxSlides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptx
 
REGULAMENTO DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...
REGULAMENTO  DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...REGULAMENTO  DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...
REGULAMENTO DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...
 
UFCD_3546_Prevenção e primeiros socorros_geriatria.pdf
UFCD_3546_Prevenção e primeiros socorros_geriatria.pdfUFCD_3546_Prevenção e primeiros socorros_geriatria.pdf
UFCD_3546_Prevenção e primeiros socorros_geriatria.pdf
 
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
 
O que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdf
O que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdfO que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdf
O que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdf
 
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptx
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptxPP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptx
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptx
 
Potenciação e Radiciação de Números Racionais
Potenciação e Radiciação de Números RacionaisPotenciação e Radiciação de Números Racionais
Potenciação e Radiciação de Números Racionais
 
epidemias endemia-pandemia-e-epidemia (1).ppt
epidemias endemia-pandemia-e-epidemia (1).pptepidemias endemia-pandemia-e-epidemia (1).ppt
epidemias endemia-pandemia-e-epidemia (1).ppt
 
2020_09_17 - Biomas Mundiais [Salvo automaticamente].pptx
2020_09_17 - Biomas Mundiais [Salvo automaticamente].pptx2020_09_17 - Biomas Mundiais [Salvo automaticamente].pptx
2020_09_17 - Biomas Mundiais [Salvo automaticamente].pptx
 
Aula 1 do livro de Ciências do aluno - sons
Aula 1 do livro de Ciências do aluno - sonsAula 1 do livro de Ciências do aluno - sons
Aula 1 do livro de Ciências do aluno - sons
 
Reino-Vegetal plantas e demais conceitos .pptx
Reino-Vegetal plantas e demais conceitos .pptxReino-Vegetal plantas e demais conceitos .pptx
Reino-Vegetal plantas e demais conceitos .pptx
 

Transformação linear

  • 1. Faculdade dos Guararapes Escola de Engenharia Departamento de Engenharia Mecânica Aluno: Disciplina: TRANSFORMAÇÃO LINEAR DEPENDÊNCIA E INDEPENDÊNCIA LINEAR: CONCEITOS, EXEMPLOS E APLICAÇÕES DESEMBRO / 2015
  • 2. Transformação Linear Transformação linear é um tipo particular de função entre dois espaços vetoriais que preserva as operações de adição vetorial e multiplicação por escalar. Sejam V e W espaços vetoriais. Diz-se que F: V W é uma aplicação linear se satisfaz às duas propriedades seguintes: 1. Para quaisquer u, v U: F(u + v) = F(u) + F(v). 2. Para qualquer k R e qualquer v U: F(k.v) = k.F(v). Definição alternativa 1: Sejam V e W espaços vetoriais. F: V W é uma aplicação linear se, para quaisquer u, v U e quaisquer a, b R se tem que F(au+bv) = aF(u) + bF(v) Definição alternativa 2: Sejam V e W espaços vetoriais. F:V W é uma aplicação linear se, para quaisquer u,v U e qualquer b R se tem que F(u+bv) = F(u) + bF(v) Graficamente temos algo como: Observações importantes: 1. Uma aplicação linear também recebe o nome de Transformação linear. 2. Na literatura mais recente sobre Álgebra Linear, quando V=W, a aplicação F recebe o nome de operador linear e quando W = R, recebe o nome de funcional linear. 3. Se F: V W é uma aplicação linear, então F(0) = 0, onde o primeiro 0 é o vetor nulo de V e o segundo 0 é o vetor nulo de W. 4. Para provar que uma aplicação é linear, devemos demonstrar que valem as duas propriedades descritas na definição, mas para mostrar que uma transformação não é linear, basta exibir a propriedade que não é satisfeita. Teoremas sobre a Composta de Transformações Lineares 1. Sejam F: U V e G: V W transformações lineares. A composta GoF: U W também é uma transformação linear. Demonstração:Sejam u, v U e k R. Assim (GoF)(u+kv) = G(F(u+kv)) Definição de composta = G(F(u)+F(kv)) Linearidade de F
  • 3. = G(F(u))+G(k.F(v)) Aditividade de G = G(F(u))+k.G(F(v)) Homotetia de G = (GoF)(u)+k.(GoF)(v) Definição de composta Exemplo: Dadas as transformações lineares S: R³ R² definida por S(x,y,z) = (x,y+z) e T: R² R³ definida por T(x, y)=(3x,2y,x+y), a transformação composta P:R² R² tal que P = SoT é linear, pois (SoT)(x,y) = S(T(x,y)) = S(3x,2y,x+y) = (3x,2y+x+y) = (3x,3y+x) 2. Sejam V e W espaços vetoriais reais, uma base de V denotada por {v1,...,vn} e {w1,w2,...,wn} um conjunto de elementos de W. Existe uma única transformação linear T: V W tal que T(v1) = w1, T(v2) = w2, ..., T(vn) = wn Se considerarmos a combinação linear v = a1 v1 + a2 v2 + ... + an vn , então T(v) = a1 T(v1) + a2 T(v2) + ... + an T(vn) = a1 w1 + a2 w2 + ... + an wn Devemos provar que T é uma transformação linear, verificando que: 1. Para quaisquer u, v U: F(u+v) = F(u)+F(v). 2. Para qualquer k R e qualquer v U: F(kv) = k.F(v). Exemplo: Seja a aplicação T: Rn Rm definida por TA(v) = A . v1 v2 ... vn = w1 w2 ... wn onde A é uma matriz de ordem m×n e v = v1 ... vn é um vetor coluna. T é linear pois, TA(u+bv) = A(u+bv) = A(u) + A(bv) = A(u) + b.A(v) = TA(u)+ b.TA(v) Exemplo: Se A = 1 0 0 0 0 0
  • 4. e TA: R² R³,então TA(u) = 1 0 0 0 0 0 . u1 u2 = u1 0 0 Então TA(u1,u2) = (u1, 0, 0) Exemplo. Verifique se a aplicação T se qualifica como transformação linear T : R2 → R2 e T (x, y) = (2x − y, 0) Solução: Temos de verificar se T (αu + βv) = αT (u) + βT (v), ∀ u, v ∈ R2 , ∀ α, β ∈ R. Façamos então u = (u1, u2) e v = (v1, v2). T (αu + βv) = = T (α (u1, u2) + β (v1, v2)) = T (αu1 + βv1, αu2 + βv2) = (2 (αu1 + βv1) − (αu2 + βv2),0) = (2αu1 − αu2 + 2βv1 − βv2,0) = (2αu1 − αu2, 0) + (2βv1 − βv2, 0) = α (2u1 − u2, 0) + β (2v1 − v2, 0) = αT (u) + βT (v) Imagem e Núcleo de uma Transformação Linear Seja F: U V uma transformação linear. A Imagem de F é o conjunto de todos os vetores F(v) V, isto é; Im(F) = {F(v) V: v V} A imagem de F, denotada por Im(F), é um subespaço vetorial de V. Seja F: U V uma transformação linear. O conjunto de todos os vetores u U tal que F(u) = 0 é denominado Núcleo de F, sendo denotado por Nuc(F), isto é; Nuc(F) = {v V: F(u) = 0} O núcleo de F, denotado por Nuc(F),é um subconjunto de U e também é um subespaço vetorial de U. Aplicações: Injetora, Sobrejetora e Bijetora 1. Uma aplicação F: U V,F é Injetora se dados u, v U com F(u) = F(v) se tem necessariamente que u = v. Outro modo equivalente: F é Injetora,se dados u, v U com u vimplicar que F(u) F(v). 2. Uma aplicação F: U V é Sobrejetora se a imagem de F coincide com V, isto é, F(U) = V, significando que, dado v V, existe u U tal que F(u) = v. 3. Uma aplicação F:U V, F é Bijetora se é injetora e sobrejetora.
  • 5. Operador Diferencial Linear Seja V o espaço vetorial de todas as funções reais infinitamente e contínuamente diferenciáveis no intervalo [a,b] da reta. 1. A aplicação D: V V definida por D(f) = f ', onde f ' é primeira derivada primeira da função. Esta aplicação é linear, pois D(af+bg) = aD(f) + bD(g) 2. A partir do operador diferencial D é possível definir a composta D (2) = DoD. Pode-se mostrar que é linear a aplicação D (2) : V V definida por D (2) (f) = f'', onde f'' é segunda derivada da função f, pois D(2) (af+bg) = a D(2) (f) + b D(2) (g) 3. A aplicação D n+1 : V V definida por Dn (f) = f (n) onde f (n) é a derivada de ordem n da função f. Demonstra-se que é linear a aplicação Dn definida recursivamente por D 0 = In e para cada n N: Dn = D o D n−1 4. A aplicação L: V V definida por L(D) = a D² + b D + c Id é linear. 5. A aplicação L: V V definida por L(D) = n k=0 ak Dk é linear. Realmente, [L(D)](f+g) =[ n k=0 akDk ](f+g)= n k=0 akDk (f+g)= n k=0 ak[Dk (f)+Dk (g)] = n k=0 ak Dk (f) + n k=0 ak Dk (g) = [L(D)](f) + [L(D)](g) Aplicações A matemática tem relação direta com várias áreas do conhecimento (física, química, engenharia, informática, economia, biologia, medicina, ciências humanas), ocupando um lugar de destaque no mundo científico contemporâneo. A álgebra linear ocupa lugar de destaque nas diversas áreas da matemática – da análise à estatística, onde se utilizam, constantemente,o cálculo matricial e vetorial. Também se aplica na modelagem matemática de problemas e situações concretas em engenharia são: - Equações lineares em decisões gerenciais; circuitos eletrônicos e exploração de petróleo, entre outros. - Álgebra matricial em computação gráfica. - Determinantes em cálculo de áreas de volumes de sólidos poliédricos. - Espaços vetoriais em sistemas de controle. - Autovalores e autovetores em sistemas dinâmicos. - aplicação na engenharia civil através de estruturas metálicas.
  • 6. Dependência e Independência Linear Definição Sejam V um espaço vetorial e v1, v2, . . . , vn ∈ V. Consideremos a equação vetorial a1v1 + a2v2 + · · · + anvn = 0. Se a única solução da equação acima for a1 = a2 =. . . = an = 0 dizemos que v1, v2, . . . , vn são linearmente independentes (LI). Se a equação acima tiver mais que uma solução, dizemos que v1, v2, . . . , vn são linearmente dependentes (LD). Exemplo. Os vetores v1 = (1, 1, 0), v2 = (1, 0, 1) e v3 = (5, 2, 3) de R3 são LD, pois 2v1 + 3v2 − v3 = 0. Exemplo. Sejam n ∈ N e V = P o espaço dos polinômios em t. Os vetores abaixo são LI. p1 = 1 + t, p2 = t + t 2 , . . . , pn = t n−1 + t n Até o momento, definimos as noções de dependência e independência linear para conjuntos finitos. Iremos, agora, estender tais noções para conjuntos infinitos. Seja V um espaço vetorial e X ⊂ V não vazio. Dizemos que X é linearmente dependente (LD) se existem v1, v2, . . . , vn ∈ X linearmente dependentes. Caso contrário, dizemos que X é linearmente independente (LI). Exemplo Seja X = {v = (x, y) ; x, y ∈ Z} ⊂ R2 . Este conjunto é LD. Exemplo Seja X = {pn = t n ; n ∈ N ∪ {0}} contido no espaço P dos polinômios em t. Então X é LI. Propriedades Sejam V um espaço vetorial e v1, v2, . . . , vn ∈ V. São válidas as seguintes propriedades: 1. Qualquer conjunto X que contenha o vetor nulo é LD. Em particular, o conjunto {0} ⊂ V é LD. 2. v1, v2 não nulos são LD se, e somente se, um é múltiplo escalar do outro. 3. Se v1, v2, . . . , vn são LD, então, qualquer que seja v ∈ V, v1, v2, . . . , vn, v são LD. 4. Se X é LI e Y ⊂ X, então Y é LI. 5. Um conjunto {v1, v2, . . . , vn, } é LD se, e somente se,ao menos um dos vetores é combinação linear dos demais. 6. A interseção de dois conjuntos linearmente independentes é linearmente independente - podendo ser o conjunto vazio. 7. A interseção de um número qualquer de conjuntos linearmente independentes é linearmente independente.