SlideShare uma empresa Scribd logo
Noções de Cálculo Vetorial
Prof. Alberto Ricardo Präss
Linguagem e conceitos
Linguagem é um ingrediente essencial do pensamento abstrato. É difícil pensar
clara e facilmente sobre conceitos sofisticados e abstratos, numa linguagem que
não tem palavras apropriadas a tais conceitos. Para exprimir novos conceitos
científicos novas palavras são inventadas e adicionadas às línguas.
Um vetor é uma quantidade que tem direção e sentido além de magnitude.
Notação Vetorial
Uma vez que símbolos são os componentes da linguagem matemática, uma parte
importante da arte da análise matemática é a técnica de usar uma boa notação. A
notação vetorial tem duas grandes propriedades:
1. A formulação de uma lei física em termos de vetores é independente da
escolha dos eixos de coordenadas. A notação vetorial oferece uma linguagem na
qual enunciados têm um conteúdo físico independente do sistema de
coordenadas.
2. A notação vetorial é concisa. Muitas leis físicas têm formas simples e
transparentes, que são pouco aparentes quando estas leis são escritas em termos
de um sistema particular de coordenadas.
Algumas das leis mais complicadas, que não podem ser expressas em
forma vetorial, podem ser expressas em termos de tensores. Um tensor é uma
generalização de um vetor e inclui um vetor como um caso especial. A análise
vetorial que conhecemos hoje é em grande parte o resultado do trabalho feito no
fim do século XIX por Josiah Willard Gibbs e Oliver Heaviside.
A notação vetorial que adotamos é a seguinte:
r
A.
A utilidade e aplicabilidade de vetores em problemas físicos é baseada, em
parte, na geometria Euclidiana. O enunciado de uma lei em termos de vetores
usualmente acarreta a hipótese de que a geometria de Euclides é válida. Se a
geometria não for Euclidiana, a adição de dois vetores de uma forma simples e
inequívoca pode não ser possível. Para o espaço curvo existe uma linguagem
mais geral, a geometria diferencial métrica, que é a linguagem da Teoria da
Relatividade Geral, domínio da Física no qual a geometria Euclidiana não é mais
válida.
Consideramos um vetor como sendo uma grandeza tendo direção, sentido e
intensidade. Esta propriedade não tem nenhuma relação com um sistema
particular de referência1
. Um escalar é definido como sendo uma quantidade cujo
valor não depende do sistema de coordenadas. O módulo de um vetor é um
escalar.
As principais grandezas físicas e a sua classificação como escalar ou vetorial
são:
Grandezas Escalares Grandezas Vetoriais
Grandeza Símbolo Unidade Grandeza Símb
olo
Unidade
Comprimento L m Posição
r
x m
Área A m2
Deslocamento ∆∆
r
x m
Volume V m3
Velocidade
r
v m/s
Massa m kg Aceleração
r
a m/s2
Pressão p Pa Força
r
F N
Densidade d kg/m3
Momentum
r
Q N.kg/s
Tempo t s Impulso
r
I N.s
Temperatura T K Campo Elétrico
r
E V/m
Energia E J Campo Magnético
r
B T
Potência P W
Corrente Elétrica i A
Potencial Elétrico V V
Resistência Elétrica R Ω
Resistividade Elétrica ρ Ω.m
Igualdade de vetores
Dois vetores A e B
r r
são definidos como sendo iguais se tiverem o mesmo
módulo, direção e sentido. Um vetor não tem, necessariamente, uma localização,
apesar de que um vetor possa se referir a uma quantidade definida em um ponto.
Dois vetores podem ser comparados, mesmo que meçam quantidades físicas
definidas, em diferentes pontos do espaço e de tempo.
Operações com Vetores
Vamos estudar agora a maneira de operar com as grandezas físicas vetoriais (ou
com vetores). Já estamos bastante familiarizados em somar ou subtrair
grandezas escalares de uma mesma espécie:
a) assim, a adição de um comprimento de 20 m de tecido com 40 m de outro nos
fornece cerca de 20 m + 40 m = 60 m;
b) b) um volume de 5 litros somado com um outro de 10 litros nos fornece um
volume resultante de 15 litros;
c) se subtrairmos 4 horas, de um intervalo de tempo de 15 horas, obteremos 15
h – 4 h = 11 h;
d) já a operação 10 litros + 2 horas não é possível ser efetuada visto tratar-se de
grandezas de espécies diferentes.
E com os vetores, de que forma podemos operar? Existem métodos gráficos e
analíticos. Veremos os métodos gráficos.
Adição de Vetores2
O vetor resultante ou soma
r r r
R A B== ++ é obtido da seguinte maneira:
a) escolhe-se um ponto qualquer (ponto P).
b) desloca-se em qualquer ordem todos os vetores que se deseja somar de modo
que a origem do primeiro fique sobre o ponto P e os demais fiquem dispostos
de tal forma que a origem de um coincida com o vértice de outro.
c) o vetor que vai da origem do primeiro (ponto P) à extremidade do último
(ponto Q) é, por definição, o vetor resultante
r r r
R A B== ++ .
1º Caso: dois vetores de mesma direção e sentido.
r
A u== 4
r
B u== 3
P
r
A u== 4
r
B u== 3 Q
r
R u== 7
2º Caso: dois vetores de mesma direção e sentidos opostos.
r
A u== 4
r
B u== 3
P Q
r
A u== 4
r
B u== 3
r
R u== 1
3º Caso: dois vetores de direções perpendiculares.
r
A u== 4
r
B u== 3
P
r
A u== 4
r
B u== 3
r
R == ?
Para achar o módulo do vetor resultante R
v
, usa-se o Teorema de Pitágoras:
r
A u== 4
r
B u== 3
r
R == ?
r r r
R A B
2 2 2
== ++
r r r
R A B== ++
2 2
r
R == ++4 32 2
r
R == ++16 9
r
R == 25 è
r
R u== 5
Também estaria correto se ao invés de começar com
r
A começássemos com
r
B :
P
r
B u== 3
r
R u== 5
Q
r
A u== 4
Podemos usar a “Regra do Paralelogramo”.
*Escolhe-se um ponto qualquer (ponto P).
*Coloca-se a origem dos dois vetores nesse ponto.
*Completa-se o paralelogramo usando linhas imaginárias.
*O vetor resultante tem origem no ponto P e tem a mesma direção da diagonal
que parte de P.
P
r
A u== 4
r
R u== 5
r
B u== 3
4º Caso: dois vetores com direções oblíquas.
r
A
30º
r
B
r
B u== 3 Q
r
A u== 4
P
r
R == ?
Utilizando-se a Lei dos Cossenos pode-se deduzir que:
r r r r r
R A B A B== ++ ++
2 2
2. . .cosθθ , onde θθ é o ângulo entre as direções dos dois vetores.
No exemplo em questão temos:
2 2
R 4 3 2.4.3.cos30º R 16 9 12 3 R 6,77u= + + → = + + → ≅
r r r
Também estaria correto se ao invés de começar com
r
A começássemos com
r
B :
Q
r
R r
A
P 30º
r
B
Poderíamos usar a “Regra do Paralelogramo”.
r
Rr
A
P
r
B
5º Caso: vários vetores com direções quaisquer.
r
A
r
B
r
C
37º
P
r
A
r
R
Q
r
B
r
C
Subtração de Vetores
Seja o vetor
r
Achamamos de vetor oposto −−
r
A a um vetor de mesmo
módulo, direção e sentido oposto.
r
A
−−
r
A
Exemplo:
Dados os vetores A e B
r r
, o vetor diferença
r r r
D A B== −− é obtido fazendo-se a
adição de
r
A com −−
r
B, ou seja: (( ))
r r r r r r
D A B D A B== −− ⇒⇒ == ++ −−
r
A
r
B
r
A
−−
r
B
r
D −−
r
B
r
A
Produto de um número real por um vetor
O produto de um vetor
r
A por um número real “n” é um vetor de mesma
direção que
r
A, com o mesmo sentido de
r
A se “n” for positivo e sentido contrário
ao de
r
A se “n” for negativo. Seu módulo é n A.
r
.
Exemplos:
r
A 2.
r
A
r
B −− 1.
r
B
Produto escalar de dois vetores
Definição:
O produto escalar de A e B
r r
é definido como uma grandeza “escalar” que é
obtida tomando o produto do módulo de
r
A pelo de
r
B , vezes o cosseno do ângulo
entre eles:
A B A.B.cos• = θ
r r r r
onde θ é o ângulo entre os dois vetores.
Lemos
r r
A B•• como " A ponto B "
r r
.
O exemplo mais importante é o cálculo do trabalho ( )τ feito por uma força (F)
r
ao
longo de um deslocamento ( x)∆
r
:
F x F . x.cosτ = • ∆ ⇒ τ = ∆ θ
r rr r
Outro exemplo é o cálculo da potência (P) de uma força
r
F quando a velocidade é
(v)
r
:
P F v F.v.cos= • = θ
r rr r
Produto vetorial de dois vetores
Definição:
o “produto vetorial”
r r
A B×× é definido como sendo um vetor (C)
r
perpendicular ao
plano que inclui A e B
r r
e que tem módulo :
C A B C A.B.sen= × ⇒ = θ
r rr r r r
O sentido de
r
C é determinado por uma convenção que é a regra do saca-rolhas
(também pode-se usar a regra da mão esquerda ou a regra do tapa).
REGRA DO TAPA REGRA DA MÃO ESQUERDA
O exemplo mais importante é o da determinação da força (F)
r
que atua sobre uma
carga elétrica (q) que se move com uma velocidade (v)
r
em um campo magnético
(B):
r
F qv B F q.v.B.sen= × ⇒ = θ
r r r rr r
Decomposição de Vetores
Seja um vetor
r
F inclinado de αα em relação ao eixo Ox e inclinado de ββ em
relação ao eixo Oy.
y
r
F
r
Fy
β
α xr
Fx
x
y
F componente de F segundo Ox
F componente de F segundo Oy
→
→
r r
r r
Da figura temos:
sen αα ==
r
r
F
F
y
cosαα ==
r
r
F
F
x
sen ββ ==
r
r
F
F
x
cos ββ ==
r
r
F
F
y
Portanto:
r r r
r r r
F F F
F F F
x
y
== ==
== ==
.cos .sen
.cos .sen
αα ββ
ββ αα
OBSERVAÇÕES:
Admitimos que a direção de um vetor pode ser definida. Para algumas
finalidades podemos referir a sua direção ao laboratório e para outras às estrelas
fixas ou à Terra.
Nem todas as quantidades que tem intensidade e direção são
necessariamente vetoriais (por exemplo, corrente elétrica).
Os valores usados como módulo são apenas para exemplificar. A unidade
“u” é arbitrária.
Admitimos que a direção de um vetor pode ser definida. Para algumas
finalidades podemos referir a sua direção ao laboratório e para outras às estrelas
fixas ou à Terra.
Nem todas as quantidades que tem intensidade e direção são
necessariamente vetoriais (por exemplo, corrente elétrica).
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1.Duas forças
r
F N1 40== e
r
F N2 30== atuam num corpo conforme a figura.
Determinar a força resultante
r
R (módulo, direção e sentido).
r
F2
r
F1
2. Duas forças
r
F N1 40== e
r
F N2 30== atuam num corpo conforme a figura.
Determinar a força única que produz o mesmo efeito que as duas juntas.
r
F2
60º
r
F1
3. Num ponto atuam 3 forças conforme o esquema anexo. Determine a
resultante.
r r r
F N F N F N1 2 340 30 30== == ==, ,
r
F2
53º
r
F3
r
F1
4. Um barco sob a ação do motor fica sujeito a uma velocidade
r
v1 ; a correnteza
puxa o barco com velocidade
r
v m s2 3 0== , / rio abaixo. O barco deve cruzar o rio de
modo que fique sujeito a uma velocidade
r
v m s== 4 0, / , perpendicular a correnteza.
Veja a figura e determine o módulo de
r
v1 .
5. Na figura temos um avião voando a 600 km/h. num determinado instante
passa a soprar um vento com velocidade de 100 km/h, conforme indica a figura.
Determinar a velocidade resultante do avião.
6. Na figura anexa a velocidade do barco é vB=8 m/s dirigida perpendicularmente
à correnteza que tem velocidade vC=6 m/s.
Determine a velocidade resultante no barco e o ângulo que esta resultante faz
com a correnteza. (Este ângulo é a direção do deslocamento do barco.)
7. O diagrama vetorial mostra, em escala, duas forças atuando num objeto de
massa m.
O módulo da resultante dessas forças que estão atuando no objeto é, em
newtons:
(A) 2,0
(B) 10
(C) 4,0
(D) 6,0
(E) 8,0
8. Considere os vetores deslocamentos
r
a ,
r
b ,
r
c e
r
d desenhados a seguir:
Os vetores
r
a ,
r
b ,
r
c e
r
d satisfazem a relação:
(A)
r r r r
a b c d++ ++ ==
(B)
r r r
b c d−− ==
(C)
r r r
a b c++ ==
(D)
r r r
b c d++ ==
(E)
r r r
a c b++ ==
9. Um jogador de futebol encontra-se no ponto P, a 50m de distância do centro
do gol e a 30m da linha de fundo. Em um dado momento, o jogador avança com
uma velocidade de módulo v = 5,0m/s , em direção ao gol. Nesse instante, a
velocidade com que ele se aproxima da linha de fundo tem módulo igual a:
(A) 5,0 m/s
(B) 2,5 m/s
(C) 50 m/s
(D) 3,0 m/s
(E) 30 m/s
10. Dois alunos estão no Shopping Center Bongo. Os alunos A e B estão subindo
e descendo, respectivamente, duas escadas rolantes. Cada escada tem
velocidade constante de módulo 1,0 m/s e estão inclinadas de 45º em relação à
horizontal, conforme indica a figura.
11. A figura representa um carro que percorre a trajetória ABC em 50 s.
Sabendo-se que AB = 200 m e BC = 150 m, pede-se:
a) representar os vetores deslocamentos correspondentes aos trechos AB e BC e
o deslocamento resultante.
b) determine o valor do deslocamento resultante do percurso.
c) determine a velocidade escalar média.
d) determine o módulo da velocidade vetorial média.
12. Num ponto atuam as forças F1 = 25 N; F2 = 20 N e F3 = 15 N, conforme
ilustra o esquema. Determine a resultante delas.
13. Num corpo atuam duas forças conforme o esquema.
Determinar a resultante (módulo, direção e sentido) destas forças.
14. No ponto A atuam as forças indicadas. A resultante deve ser vertical para
baixo; e apresentar intensidade R = 15 N.
Determinar o valor de
r
F3 e o ângulo θ que ela faz com a horizontal.
15. Duas forças de intensidade F1 = F2 = 50N estão aplicadas num corpo,
conforme indica a figura. Determine a força
r
F3 que aplicada no corpo torne a
resultante
r r r r
R F F F== ++ ++1 2 3 nula.
16. Uma pessoa desloca-se 200 m para o norte, em seguida 300 m para leste e
finalmente 400 m para o sul. Escolha a escala conveniente e represente os
deslocamentos; determine o deslocamento resultante.
17. Uma partícula está sujeita a duas forças, conforme a figura.
y
r
F2
r
F1
53o
37o
x
O
Considere sen53º = 0,80; cos 53º = 0,60 e F1 = F2 = 10N.
Determine:
a) as componentes da força resultante nas direções Ox e Oy.
b) a intensidade da força resultante.
18. No esquema ao lado uma bola atinge uma parede com velocidade v1 = 10
m/s e volta com velocidade v2 = 10 m/s. Determinar a variação de velocidade
∆∆
r r r
v v v== −−2 1 , sofrida pela bola nesta interação com a parede.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Relatório 2ª lei de newton turma t5
Relatório 2ª lei de newton   turma t5Relatório 2ª lei de newton   turma t5
Relatório 2ª lei de newton turma t5
Roberto Leao
 
Relatório lei de hooke turma t5
Relatório lei de hooke   turma t5Relatório lei de hooke   turma t5
Relatório lei de hooke turma t5
Roberto Leao
 
Aceleração normal e tangencial
Aceleração normal e tangencialAceleração normal e tangencial
Aceleração normal e tangencial
奈莫 里玛
 
Fisica 02 - Equilíbrio e elasticidade
Fisica 02  - Equilíbrio e elasticidadeFisica 02  - Equilíbrio e elasticidade
Fisica 02 - Equilíbrio e elasticidade
Walmor Godoi
 
Capítulo 29 fundamentos da física 3 - halliday 8ªed.
Capítulo 29   fundamentos da física 3 - halliday 8ªed.Capítulo 29   fundamentos da física 3 - halliday 8ªed.
Capítulo 29 fundamentos da física 3 - halliday 8ªed.
Swéle Rachel
 
Geometria espacial de posição
Geometria espacial de posiçãoGeometria espacial de posição
Geometria espacial de posição
ELIZEU GODOY JR
 

Mais procurados (20)

Relatório 2ª lei de newton turma t5
Relatório 2ª lei de newton   turma t5Relatório 2ª lei de newton   turma t5
Relatório 2ª lei de newton turma t5
 
Plano e Retas no Espaço: Exercícios Resolvidos
Plano e Retas no Espaço:  Exercícios ResolvidosPlano e Retas no Espaço:  Exercícios Resolvidos
Plano e Retas no Espaço: Exercícios Resolvidos
 
Lista de exercícios
Lista de exercícios    Lista de exercícios
Lista de exercícios
 
Exercicios de torção
Exercicios de torçãoExercicios de torção
Exercicios de torção
 
Afa 2010
Afa 2010Afa 2010
Afa 2010
 
Relatório lei de hooke turma t5
Relatório lei de hooke   turma t5Relatório lei de hooke   turma t5
Relatório lei de hooke turma t5
 
Trabalho e Energia Slide
Trabalho e Energia SlideTrabalho e Energia Slide
Trabalho e Energia Slide
 
Exercícios Mecânica vetorial para Engenheiros
Exercícios Mecânica vetorial para Engenheiros Exercícios Mecânica vetorial para Engenheiros
Exercícios Mecânica vetorial para Engenheiros
 
Aula 4 vetores
Aula 4  vetoresAula 4  vetores
Aula 4 vetores
 
Aceleração normal e tangencial
Aceleração normal e tangencialAceleração normal e tangencial
Aceleração normal e tangencial
 
equilibrio quimico slide 3.pdf
equilibrio quimico slide 3.pdfequilibrio quimico slide 3.pdf
equilibrio quimico slide 3.pdf
 
Mecanica aplicada-apostila 2
Mecanica aplicada-apostila 2Mecanica aplicada-apostila 2
Mecanica aplicada-apostila 2
 
4 cinematica dos fluidos exercícios
4 cinematica dos fluidos exercícios4 cinematica dos fluidos exercícios
4 cinematica dos fluidos exercícios
 
Hidráulica apostila 1
Hidráulica   apostila 1Hidráulica   apostila 1
Hidráulica apostila 1
 
Relatório de tração
Relatório de traçãoRelatório de tração
Relatório de tração
 
áRea de uma superfície de revolução
áRea de uma superfície de revoluçãoáRea de uma superfície de revolução
áRea de uma superfície de revolução
 
Mecanica exercicios resolvidos
Mecanica exercicios resolvidosMecanica exercicios resolvidos
Mecanica exercicios resolvidos
 
Fisica 02 - Equilíbrio e elasticidade
Fisica 02  - Equilíbrio e elasticidadeFisica 02  - Equilíbrio e elasticidade
Fisica 02 - Equilíbrio e elasticidade
 
Capítulo 29 fundamentos da física 3 - halliday 8ªed.
Capítulo 29   fundamentos da física 3 - halliday 8ªed.Capítulo 29   fundamentos da física 3 - halliday 8ªed.
Capítulo 29 fundamentos da física 3 - halliday 8ªed.
 
Geometria espacial de posição
Geometria espacial de posiçãoGeometria espacial de posição
Geometria espacial de posição
 

Semelhante a Cálculo vetorial

Fisica vetores
Fisica vetoresFisica vetores
Fisica vetores
comentada
 
03 Mecânica - Vetores
03 Mecânica - Vetores03 Mecânica - Vetores
03 Mecânica - Vetores
Eletrons
 
Apostila geometria analítica plana 2º ed.
Apostila geometria analítica plana   2º ed.Apostila geometria analítica plana   2º ed.
Apostila geometria analítica plana 2º ed.
day ....
 
Apostilageometriaanalticaplana 2ed-130825062334-phpapp01
Apostilageometriaanalticaplana 2ed-130825062334-phpapp01Apostilageometriaanalticaplana 2ed-130825062334-phpapp01
Apostilageometriaanalticaplana 2ed-130825062334-phpapp01
Carlos Andrade
 
Astronomia e astrof´+¢sica parte 001
Astronomia e astrof´+¢sica parte 001Astronomia e astrof´+¢sica parte 001
Astronomia e astrof´+¢sica parte 001
Thommas Kevin
 
Apostila de geometria analítica espacial (1)
Apostila de geometria analítica espacial (1)Apostila de geometria analítica espacial (1)
Apostila de geometria analítica espacial (1)
day ....
 

Semelhante a Cálculo vetorial (20)

Fisica vetores
Fisica vetoresFisica vetores
Fisica vetores
 
03 grandezas e vetores
03 grandezas e vetores03 grandezas e vetores
03 grandezas e vetores
 
03 Mecânica - Vetores
03 Mecânica - Vetores03 Mecânica - Vetores
03 Mecânica - Vetores
 
Apostila geometria analítica plana 2º ed.
Apostila geometria analítica plana   2º ed.Apostila geometria analítica plana   2º ed.
Apostila geometria analítica plana 2º ed.
 
Apostilageometriaanalticaplana 2ed-130825062334-phpapp01
Apostilageometriaanalticaplana 2ed-130825062334-phpapp01Apostilageometriaanalticaplana 2ed-130825062334-phpapp01
Apostilageometriaanalticaplana 2ed-130825062334-phpapp01
 
Aula 03 mecância - vetores
Aula 03   mecância - vetoresAula 03   mecância - vetores
Aula 03 mecância - vetores
 
Aula1.pdf
Aula1.pdfAula1.pdf
Aula1.pdf
 
Aula fisica vetores
Aula fisica   vetoresAula fisica   vetores
Aula fisica vetores
 
Vetores oficina - teoria
Vetores  oficina - teoriaVetores  oficina - teoria
Vetores oficina - teoria
 
Trabalho2
Trabalho2Trabalho2
Trabalho2
 
Vetores2
Vetores2Vetores2
Vetores2
 
Astronomia e astrof´+¢sica parte 001
Astronomia e astrof´+¢sica parte 001Astronomia e astrof´+¢sica parte 001
Astronomia e astrof´+¢sica parte 001
 
Aula de vetores
Aula de vetoresAula de vetores
Aula de vetores
 
Apostila de geometria analítica espacial (1)
Apostila de geometria analítica espacial (1)Apostila de geometria analítica espacial (1)
Apostila de geometria analítica espacial (1)
 
Apostila estatica
Apostila estaticaApostila estatica
Apostila estatica
 
Vetores
VetoresVetores
Vetores
 
Prova 1 2014-1 (site)
Prova 1 2014-1 (site)Prova 1 2014-1 (site)
Prova 1 2014-1 (site)
 
Reproducao sp-matematica-1-unidade-2-capitulo-4
Reproducao sp-matematica-1-unidade-2-capitulo-4Reproducao sp-matematica-1-unidade-2-capitulo-4
Reproducao sp-matematica-1-unidade-2-capitulo-4
 
Física vetores
Física  vetoresFísica  vetores
Física vetores
 
Apostila Análise Matemática para Engenharia II - CCE1433.pdf
Apostila Análise Matemática para Engenharia II - CCE1433.pdfApostila Análise Matemática para Engenharia II - CCE1433.pdf
Apostila Análise Matemática para Engenharia II - CCE1433.pdf
 

Mais de XequeMateShannon

The different faces of mass action in virus assembly
The different faces of mass action in virus assemblyThe different faces of mass action in virus assembly
The different faces of mass action in virus assembly
XequeMateShannon
 
Countermeasures Against High-Order Fault-Injection Attacks on CRT-RSA
 Countermeasures Against High-Order Fault-Injection Attacks on CRT-RSA Countermeasures Against High-Order Fault-Injection Attacks on CRT-RSA
Countermeasures Against High-Order Fault-Injection Attacks on CRT-RSA
XequeMateShannon
 

Mais de XequeMateShannon (20)

LCS35
LCS35LCS35
LCS35
 
Wow! Signal Decoded as Foundations of Theory of Everything
Wow! Signal Decoded as Foundations of Theory of EverythingWow! Signal Decoded as Foundations of Theory of Everything
Wow! Signal Decoded as Foundations of Theory of Everything
 
Número normal
Número normalNúmero normal
Número normal
 
A Teoria de Cordas e a Unificação das Forças da Natureza
A Teoria de Cordas e a Unificação das Forças da NaturezaA Teoria de Cordas e a Unificação das Forças da Natureza
A Teoria de Cordas e a Unificação das Forças da Natureza
 
Algoritmos genéticos: princípios e aplicações
Algoritmos genéticos: princípios e aplicaçõesAlgoritmos genéticos: princípios e aplicações
Algoritmos genéticos: princípios e aplicações
 
Hamiltonian design in readout from room-temperature Raman atomic memory
 Hamiltonian design in readout from room-temperature Raman atomic memory  Hamiltonian design in readout from room-temperature Raman atomic memory
Hamiltonian design in readout from room-temperature Raman atomic memory
 
An efficient algorithm for the computation of Bernoulli numbers
 An efficient algorithm for the computation of Bernoulli numbers An efficient algorithm for the computation of Bernoulli numbers
An efficient algorithm for the computation of Bernoulli numbers
 
Intel Random Number Generator
Intel Random Number GeneratorIntel Random Number Generator
Intel Random Number Generator
 
Information Theory for Intelligent People
Information Theory for Intelligent PeopleInformation Theory for Intelligent People
Information Theory for Intelligent People
 
A Teoria Algorítmica da Aleatoriedade
 A Teoria Algorítmica da Aleatoriedade A Teoria Algorítmica da Aleatoriedade
A Teoria Algorítmica da Aleatoriedade
 
Quantum Computation and Information
Quantum Computation and InformationQuantum Computation and Information
Quantum Computation and Information
 
Quantum Cryptography: from Theory to Practice
 Quantum Cryptography: from Theory to Practice Quantum Cryptography: from Theory to Practice
Quantum Cryptography: from Theory to Practice
 
The Security of Practical Quantum Key Distribution
 The Security of Practical Quantum Key Distribution The Security of Practical Quantum Key Distribution
The Security of Practical Quantum Key Distribution
 
Experimental realisation of Shor's quantum factoring algorithm using qubit r...
 Experimental realisation of Shor's quantum factoring algorithm using qubit r... Experimental realisation of Shor's quantum factoring algorithm using qubit r...
Experimental realisation of Shor's quantum factoring algorithm using qubit r...
 
A smooth exit from eternal inflation?
A smooth exit from eternal inflation?A smooth exit from eternal inflation?
A smooth exit from eternal inflation?
 
The different faces of mass action in virus assembly
The different faces of mass action in virus assemblyThe different faces of mass action in virus assembly
The different faces of mass action in virus assembly
 
A Digital Signature Based on a Conventional Encryption Function
A Digital Signature Based on a Conventional Encryption FunctionA Digital Signature Based on a Conventional Encryption Function
A Digital Signature Based on a Conventional Encryption Function
 
Quantum algorithm for solving linear systems of equations
 Quantum algorithm for solving linear systems of equations Quantum algorithm for solving linear systems of equations
Quantum algorithm for solving linear systems of equations
 
Shor's discrete logarithm quantum algorithm for elliptic curves
 Shor's discrete logarithm quantum algorithm for elliptic curves Shor's discrete logarithm quantum algorithm for elliptic curves
Shor's discrete logarithm quantum algorithm for elliptic curves
 
Countermeasures Against High-Order Fault-Injection Attacks on CRT-RSA
 Countermeasures Against High-Order Fault-Injection Attacks on CRT-RSA Countermeasures Against High-Order Fault-Injection Attacks on CRT-RSA
Countermeasures Against High-Order Fault-Injection Attacks on CRT-RSA
 

Cálculo vetorial

  • 1. Noções de Cálculo Vetorial Prof. Alberto Ricardo Präss Linguagem e conceitos Linguagem é um ingrediente essencial do pensamento abstrato. É difícil pensar clara e facilmente sobre conceitos sofisticados e abstratos, numa linguagem que não tem palavras apropriadas a tais conceitos. Para exprimir novos conceitos científicos novas palavras são inventadas e adicionadas às línguas. Um vetor é uma quantidade que tem direção e sentido além de magnitude. Notação Vetorial Uma vez que símbolos são os componentes da linguagem matemática, uma parte importante da arte da análise matemática é a técnica de usar uma boa notação. A notação vetorial tem duas grandes propriedades: 1. A formulação de uma lei física em termos de vetores é independente da escolha dos eixos de coordenadas. A notação vetorial oferece uma linguagem na qual enunciados têm um conteúdo físico independente do sistema de coordenadas. 2. A notação vetorial é concisa. Muitas leis físicas têm formas simples e transparentes, que são pouco aparentes quando estas leis são escritas em termos de um sistema particular de coordenadas. Algumas das leis mais complicadas, que não podem ser expressas em forma vetorial, podem ser expressas em termos de tensores. Um tensor é uma generalização de um vetor e inclui um vetor como um caso especial. A análise vetorial que conhecemos hoje é em grande parte o resultado do trabalho feito no fim do século XIX por Josiah Willard Gibbs e Oliver Heaviside. A notação vetorial que adotamos é a seguinte: r A. A utilidade e aplicabilidade de vetores em problemas físicos é baseada, em parte, na geometria Euclidiana. O enunciado de uma lei em termos de vetores usualmente acarreta a hipótese de que a geometria de Euclides é válida. Se a geometria não for Euclidiana, a adição de dois vetores de uma forma simples e inequívoca pode não ser possível. Para o espaço curvo existe uma linguagem mais geral, a geometria diferencial métrica, que é a linguagem da Teoria da Relatividade Geral, domínio da Física no qual a geometria Euclidiana não é mais válida.
  • 2. Consideramos um vetor como sendo uma grandeza tendo direção, sentido e intensidade. Esta propriedade não tem nenhuma relação com um sistema particular de referência1 . Um escalar é definido como sendo uma quantidade cujo valor não depende do sistema de coordenadas. O módulo de um vetor é um escalar. As principais grandezas físicas e a sua classificação como escalar ou vetorial são: Grandezas Escalares Grandezas Vetoriais Grandeza Símbolo Unidade Grandeza Símb olo Unidade Comprimento L m Posição r x m Área A m2 Deslocamento ∆∆ r x m Volume V m3 Velocidade r v m/s Massa m kg Aceleração r a m/s2 Pressão p Pa Força r F N Densidade d kg/m3 Momentum r Q N.kg/s Tempo t s Impulso r I N.s Temperatura T K Campo Elétrico r E V/m Energia E J Campo Magnético r B T Potência P W Corrente Elétrica i A Potencial Elétrico V V Resistência Elétrica R Ω Resistividade Elétrica ρ Ω.m Igualdade de vetores Dois vetores A e B r r são definidos como sendo iguais se tiverem o mesmo módulo, direção e sentido. Um vetor não tem, necessariamente, uma localização, apesar de que um vetor possa se referir a uma quantidade definida em um ponto. Dois vetores podem ser comparados, mesmo que meçam quantidades físicas definidas, em diferentes pontos do espaço e de tempo. Operações com Vetores Vamos estudar agora a maneira de operar com as grandezas físicas vetoriais (ou com vetores). Já estamos bastante familiarizados em somar ou subtrair grandezas escalares de uma mesma espécie: a) assim, a adição de um comprimento de 20 m de tecido com 40 m de outro nos fornece cerca de 20 m + 40 m = 60 m; b) b) um volume de 5 litros somado com um outro de 10 litros nos fornece um volume resultante de 15 litros; c) se subtrairmos 4 horas, de um intervalo de tempo de 15 horas, obteremos 15 h – 4 h = 11 h;
  • 3. d) já a operação 10 litros + 2 horas não é possível ser efetuada visto tratar-se de grandezas de espécies diferentes. E com os vetores, de que forma podemos operar? Existem métodos gráficos e analíticos. Veremos os métodos gráficos. Adição de Vetores2 O vetor resultante ou soma r r r R A B== ++ é obtido da seguinte maneira: a) escolhe-se um ponto qualquer (ponto P). b) desloca-se em qualquer ordem todos os vetores que se deseja somar de modo que a origem do primeiro fique sobre o ponto P e os demais fiquem dispostos de tal forma que a origem de um coincida com o vértice de outro. c) o vetor que vai da origem do primeiro (ponto P) à extremidade do último (ponto Q) é, por definição, o vetor resultante r r r R A B== ++ . 1º Caso: dois vetores de mesma direção e sentido. r A u== 4 r B u== 3 P r A u== 4 r B u== 3 Q r R u== 7 2º Caso: dois vetores de mesma direção e sentidos opostos. r A u== 4 r B u== 3 P Q r A u== 4 r B u== 3 r R u== 1 3º Caso: dois vetores de direções perpendiculares.
  • 4. r A u== 4 r B u== 3 P r A u== 4 r B u== 3 r R == ? Para achar o módulo do vetor resultante R v , usa-se o Teorema de Pitágoras: r A u== 4 r B u== 3 r R == ? r r r R A B 2 2 2 == ++ r r r R A B== ++ 2 2 r R == ++4 32 2 r R == ++16 9 r R == 25 è r R u== 5 Também estaria correto se ao invés de começar com r A começássemos com r B : P r B u== 3 r R u== 5 Q r A u== 4 Podemos usar a “Regra do Paralelogramo”. *Escolhe-se um ponto qualquer (ponto P). *Coloca-se a origem dos dois vetores nesse ponto. *Completa-se o paralelogramo usando linhas imaginárias. *O vetor resultante tem origem no ponto P e tem a mesma direção da diagonal que parte de P. P r A u== 4 r R u== 5 r B u== 3
  • 5. 4º Caso: dois vetores com direções oblíquas. r A 30º r B r B u== 3 Q r A u== 4 P r R == ? Utilizando-se a Lei dos Cossenos pode-se deduzir que: r r r r r R A B A B== ++ ++ 2 2 2. . .cosθθ , onde θθ é o ângulo entre as direções dos dois vetores. No exemplo em questão temos: 2 2 R 4 3 2.4.3.cos30º R 16 9 12 3 R 6,77u= + + → = + + → ≅ r r r Também estaria correto se ao invés de começar com r A começássemos com r B : Q r R r A P 30º r B Poderíamos usar a “Regra do Paralelogramo”. r Rr A P r B 5º Caso: vários vetores com direções quaisquer. r A r B r C 37º P r A r R Q r B r C
  • 6. Subtração de Vetores Seja o vetor r Achamamos de vetor oposto −− r A a um vetor de mesmo módulo, direção e sentido oposto. r A −− r A Exemplo: Dados os vetores A e B r r , o vetor diferença r r r D A B== −− é obtido fazendo-se a adição de r A com −− r B, ou seja: (( )) r r r r r r D A B D A B== −− ⇒⇒ == ++ −− r A r B r A −− r B r D −− r B r A Produto de um número real por um vetor O produto de um vetor r A por um número real “n” é um vetor de mesma direção que r A, com o mesmo sentido de r A se “n” for positivo e sentido contrário ao de r A se “n” for negativo. Seu módulo é n A. r . Exemplos:
  • 7. r A 2. r A r B −− 1. r B Produto escalar de dois vetores Definição: O produto escalar de A e B r r é definido como uma grandeza “escalar” que é obtida tomando o produto do módulo de r A pelo de r B , vezes o cosseno do ângulo entre eles: A B A.B.cos• = θ r r r r onde θ é o ângulo entre os dois vetores. Lemos r r A B•• como " A ponto B " r r . O exemplo mais importante é o cálculo do trabalho ( )τ feito por uma força (F) r ao longo de um deslocamento ( x)∆ r : F x F . x.cosτ = • ∆ ⇒ τ = ∆ θ r rr r Outro exemplo é o cálculo da potência (P) de uma força r F quando a velocidade é (v) r : P F v F.v.cos= • = θ r rr r Produto vetorial de dois vetores Definição: o “produto vetorial” r r A B×× é definido como sendo um vetor (C) r perpendicular ao plano que inclui A e B r r e que tem módulo : C A B C A.B.sen= × ⇒ = θ r rr r r r O sentido de r C é determinado por uma convenção que é a regra do saca-rolhas (também pode-se usar a regra da mão esquerda ou a regra do tapa). REGRA DO TAPA REGRA DA MÃO ESQUERDA
  • 8. O exemplo mais importante é o da determinação da força (F) r que atua sobre uma carga elétrica (q) que se move com uma velocidade (v) r em um campo magnético (B): r F qv B F q.v.B.sen= × ⇒ = θ r r r rr r Decomposição de Vetores Seja um vetor r F inclinado de αα em relação ao eixo Ox e inclinado de ββ em relação ao eixo Oy. y r F r Fy β α xr Fx x y F componente de F segundo Ox F componente de F segundo Oy → → r r r r Da figura temos: sen αα == r r F F y cosαα == r r F F x sen ββ == r r F F x cos ββ == r r F F y
  • 9. Portanto: r r r r r r F F F F F F x y == == == == .cos .sen .cos .sen αα ββ ββ αα OBSERVAÇÕES: Admitimos que a direção de um vetor pode ser definida. Para algumas finalidades podemos referir a sua direção ao laboratório e para outras às estrelas fixas ou à Terra. Nem todas as quantidades que tem intensidade e direção são necessariamente vetoriais (por exemplo, corrente elétrica). Os valores usados como módulo são apenas para exemplificar. A unidade “u” é arbitrária. Admitimos que a direção de um vetor pode ser definida. Para algumas finalidades podemos referir a sua direção ao laboratório e para outras às estrelas fixas ou à Terra. Nem todas as quantidades que tem intensidade e direção são necessariamente vetoriais (por exemplo, corrente elétrica).
  • 10. EXERCÍCIOS PROPOSTOS 1.Duas forças r F N1 40== e r F N2 30== atuam num corpo conforme a figura. Determinar a força resultante r R (módulo, direção e sentido). r F2 r F1 2. Duas forças r F N1 40== e r F N2 30== atuam num corpo conforme a figura. Determinar a força única que produz o mesmo efeito que as duas juntas. r F2 60º r F1 3. Num ponto atuam 3 forças conforme o esquema anexo. Determine a resultante. r r r F N F N F N1 2 340 30 30== == ==, , r F2 53º r F3 r F1 4. Um barco sob a ação do motor fica sujeito a uma velocidade r v1 ; a correnteza puxa o barco com velocidade r v m s2 3 0== , / rio abaixo. O barco deve cruzar o rio de modo que fique sujeito a uma velocidade r v m s== 4 0, / , perpendicular a correnteza. Veja a figura e determine o módulo de r v1 .
  • 11. 5. Na figura temos um avião voando a 600 km/h. num determinado instante passa a soprar um vento com velocidade de 100 km/h, conforme indica a figura. Determinar a velocidade resultante do avião. 6. Na figura anexa a velocidade do barco é vB=8 m/s dirigida perpendicularmente à correnteza que tem velocidade vC=6 m/s. Determine a velocidade resultante no barco e o ângulo que esta resultante faz com a correnteza. (Este ângulo é a direção do deslocamento do barco.) 7. O diagrama vetorial mostra, em escala, duas forças atuando num objeto de massa m.
  • 12. O módulo da resultante dessas forças que estão atuando no objeto é, em newtons: (A) 2,0 (B) 10 (C) 4,0 (D) 6,0 (E) 8,0 8. Considere os vetores deslocamentos r a , r b , r c e r d desenhados a seguir: Os vetores r a , r b , r c e r d satisfazem a relação: (A) r r r r a b c d++ ++ == (B) r r r b c d−− == (C) r r r a b c++ == (D) r r r b c d++ == (E) r r r a c b++ == 9. Um jogador de futebol encontra-se no ponto P, a 50m de distância do centro do gol e a 30m da linha de fundo. Em um dado momento, o jogador avança com uma velocidade de módulo v = 5,0m/s , em direção ao gol. Nesse instante, a velocidade com que ele se aproxima da linha de fundo tem módulo igual a:
  • 13. (A) 5,0 m/s (B) 2,5 m/s (C) 50 m/s (D) 3,0 m/s (E) 30 m/s 10. Dois alunos estão no Shopping Center Bongo. Os alunos A e B estão subindo e descendo, respectivamente, duas escadas rolantes. Cada escada tem velocidade constante de módulo 1,0 m/s e estão inclinadas de 45º em relação à horizontal, conforme indica a figura. 11. A figura representa um carro que percorre a trajetória ABC em 50 s. Sabendo-se que AB = 200 m e BC = 150 m, pede-se:
  • 14. a) representar os vetores deslocamentos correspondentes aos trechos AB e BC e o deslocamento resultante. b) determine o valor do deslocamento resultante do percurso. c) determine a velocidade escalar média. d) determine o módulo da velocidade vetorial média. 12. Num ponto atuam as forças F1 = 25 N; F2 = 20 N e F3 = 15 N, conforme ilustra o esquema. Determine a resultante delas. 13. Num corpo atuam duas forças conforme o esquema. Determinar a resultante (módulo, direção e sentido) destas forças.
  • 15. 14. No ponto A atuam as forças indicadas. A resultante deve ser vertical para baixo; e apresentar intensidade R = 15 N. Determinar o valor de r F3 e o ângulo θ que ela faz com a horizontal. 15. Duas forças de intensidade F1 = F2 = 50N estão aplicadas num corpo, conforme indica a figura. Determine a força r F3 que aplicada no corpo torne a resultante r r r r R F F F== ++ ++1 2 3 nula. 16. Uma pessoa desloca-se 200 m para o norte, em seguida 300 m para leste e finalmente 400 m para o sul. Escolha a escala conveniente e represente os deslocamentos; determine o deslocamento resultante. 17. Uma partícula está sujeita a duas forças, conforme a figura. y r F2 r F1 53o 37o x O
  • 16. Considere sen53º = 0,80; cos 53º = 0,60 e F1 = F2 = 10N. Determine: a) as componentes da força resultante nas direções Ox e Oy. b) a intensidade da força resultante. 18. No esquema ao lado uma bola atinge uma parede com velocidade v1 = 10 m/s e volta com velocidade v2 = 10 m/s. Determinar a variação de velocidade ∆∆ r r r v v v== −−2 1 , sofrida pela bola nesta interação com a parede.