SlideShare uma empresa Scribd logo
Texto e Discurso Prof. Msc. Roberta Scheibe
Os textos têm a propriedade intrínseca de se constituir a partir de outros textos. Por isso, todos eles são atravessados, ocupados, habitados pelo discurso do outro. Por conseguinte, a linguagem é fundamentalmente constitutivamente heterogênea. Um texto remete a duas concepções diferentes: aquela que ele defende e aquela oposição à qual ele se constrói. Nele, ressoam duas vozes, dois pontos de vista. As vozes presentes no Texto
Sob as palavras de um discurso, há outras palavras, outro discurso, outro ponto de vista social. Para constituir sua concepção sobre um dado tema, o falante leva sempre em conta a de outro, que, de certa forma, está, pois, também presente no discurso construído (p.29). O discurso é sempre a arena em que lutam esses pontos de vista em oposição. O discurso é sempre, pois, a materialização de uma maneira social de consideração por questão. Todo discurso é histórico.
Uma VOZ importante demarcada no texto é a questão do DISCURSO DIRETO E DISCURSO INDIRETO. O DISCURSO DIRETO é uma espécie de teatralização da fala dos outros. Por isso, produz um efeito de sentido de verdade. O leitor ou ouvinte tem a impressão de que quem cita preservou a integridade do discurso citado e que, portanto, é autêntico o que ele reproduziu. É como se ouvisse a pessoa citada falar com suas próprias palavras e com a mesma carga de subjetividade.
Como há dois tipos de discurso indireto (o que analisa o conteúdo e o que analisa a expressão), esse procedimento de citação do discurso alheio pode criar diferentes espécies de efeito de sentido. Dado que o primeiro tipo elimina os elementos emocionais ou afetivos presentes no discurso direto (por exemplo, as interrogações, as exclamações, as formas imperativas, as interjeições), produz um efeito de sentido de objetividade analítica. Nele o narrador revela somente o conteúdo do discurso da personagem e não o modo como ela o disse.
“Há procedimentos lingüísticos que servem para mostrar diferentes vozes no texto, mas que não demarcam com precisão os limites entre elas. Um deles é o discurso indireto livre.”  DISCURSO DIRETO:  Fabiano pensou: - eu estou indeciso. DISCURSO INDIRETO: Fabiano pensou que estava indeciso. DISCURSO INDIRETO LIVRE: Ele estava indeciso.
Um texto tem muitas significações. Pode ser temático ou figurativo. Um texto figurativo é uma fábula, um texto também pode ser dissertativo no sentido de ser abstrato.
“Há duas formas básicas de discurso: os predominantemente concretos e os predominantemente abstratos. Os primeiros são os chamados figurativos. Os segundos, temáticos. Aqueles são constituídos com figuras, ou seja, termos concretos; estes, com temas, isto é, palavras abstratas. (...) Os textos figurativos produzem um efeito de realidade e, por isso, representam o mundo, criam uma imagem do mundo, com seus seres, seus acontecimentos, etc.; os temáticos explicam as coisas do mundo, ordenam-nas, classificam-nas, interpretam-nas, estabelecem relações e dependências entre elas, fazem comentários sobre suas propriedades. Os primeiros criam um efeito de realidade, porque trabalham com o concreto; os segundos explicam, porque operam com aquilo que é apenas conceito. Os primeiros têm uma função representativa e os segundos uma função interpretativa.” A figuratividade de um texto (as figuras, o que não é abstrato) deve dialogar com a verossimilhança.
É importante lembrar que nos textos e nos discursos há variações lingüísticas; ou seja, uma característica de todas as línguas do mundo, segundo FIORIN e SAVIOLI, é que elas não são unas, não são uniformes, mas apresentam variedades, ou seja, não são faladas da mesma maneira por todos os seus usuários. As línguas têm formas variáveis porque a sociedade é dividida em grupos identitários. Essa variação lingüística pode ser em nível de sons (pronúncia por região), morfologia (erros de conjugação); sintaxe (tu vai), léxico (carapanã e mosquito).
Na fala, o planejamento e a execução do texto são simultâneos. O texto falado é cheio de pausas, frases truncadas, repetições, correções, períodos começados... O texto escrito não contém marcas de planejamento e de execução. Elas são retiradas dele. Apresenta-se o produto pronto e não em elaboração na fala. Na fala alternam-se os papéis do falante e do ouvinte. Há diálogo. Na escrita, não há essa possibilidade de alternância, pois, mesmo que se crie um diálogo, ele será uma simulação de conversa e não um diálogo real, com interrupções, tentativas de não deixar o outro tomar a palavra, etc.
Em jornais sensacionalistas, por exemplo, o uso de termos da linguagem oral é um dos recursos utilizados para aproximar o jornal de seu público, normalmente constituído de pessoas menos habituadas ao padrão da escrita. Não se escrevem da mesma maneira os artigos do folhateen, suplemento para jovens do jornal folha de s Paulo e os editoriais desse jornal.
“O funcionamento dos discursos espontâneos, dos discursos que trocamos uns com os outros no decurso da vida quotidiana, é intermitente, pontuado por todo um conjunto de hesitações, de esperas, de rupturas, de silêncio, de derivas. O discurso midiático, pelo contrário, flui de maneira constante e ininterrupta, encadeia enunciados que se apresentam habitualmente de forma acabada, escondendo os seus processos de gestação” (RODRIGUES, Adriano Duarte. In: MOUILLAUD; PORTO. 2002, p. 217) Discursos...
“Este efeito de completude resulta da camuflagem do processo de enunciação, através do uso predominante da terceira pessoa que, como sabemos, é forma verbal da não-pessoa. O uso predominante da terceira pessoa garante o discurso midiático, como aliás também aos discursos histórico e científico, como estratégia de universalidade referencial dos enuncidos, uma credibilidade da narração dos fatos independente do lugar de fala do enunciador”. (RODRIGUES, Adriano Duarte. In: MOUILLAUD; PORTO. 2002, p. 217)
“No discurso midiático, os silêncios são insuportáveis, uma vez que assinalam a perda da relação com o público e são, por conseguinte, encarados como um risco letal para o próprio funcionamento do seu dispositivo de enunciação. Falar, falar sempre, mesmo que seja para não dizer nada; falar apenas para manter a antena aberta, para não perder o contato com o público, para preencher a programação, para enchera a página do jornal. É por isso que uma das funções comunicacionais mais importantes do discurso midiático, além da FUNÇÃO REFERENCIAL,  que consiste em dar conta dos acontecimentos que ocorrem no mundo, é a função fática, que consistem na manutenção do contato com o público”. (RODRIGUES, Adriano Duarte. In: MOUILLAUD; PORTO. 2002, p. 218) “E, no entanto, existem diversas modalidades de silêncio no funcionamento do discurso da mídia. E, antes de mais, a do silêncio dos destinatários, a ausência da palavra por parte do público. É este silêncio que torna o público presente, instituindo-o como uma autêntica instância de interlocução”.
FIORIN, José Luiz; PLATÃO, Francisco Savioli. Lições de texto: leitura e redação. 4. ed. São Paulo: Ática, 2004. VANOYE, F. Usos da linguagem: problemas e técnicas na produção oral e escrita. São Paulo: Martins Fontes, 1987. Bibliografias:

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Formação das palavras
Formação das palavrasFormação das palavras
Formação das palavrascolveromachado
 
AULA 01 - TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO - ESTRUTURA
AULA 01 - TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO - ESTRUTURAAULA 01 - TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO - ESTRUTURA
AULA 01 - TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO - ESTRUTURA
Marcelo Cordeiro Souza
 
Compreensão e Interpretação de Textos
Compreensão e Interpretação de Textos Compreensão e Interpretação de Textos
Compreensão e Interpretação de Textos
Professor Rômulo Viana
 
Leitura e produção textual
Leitura e produção textualLeitura e produção textual
Leitura e produção textual
Jose Arnaldo Silva
 
Aula intertextualidade
Aula intertextualidadeAula intertextualidade
Aula intertextualidade
Abrahão Costa de Freitas
 
Uso da vírgula
Uso da vírgulaUso da vírgula
Uso da vírgula
Débora Costa
 
VariaçãO LinguíStica
VariaçãO LinguíSticaVariaçãO LinguíStica
VariaçãO LinguíSticaElza Silveira
 
Concordancia verbal e nominal
Concordancia verbal e nominalConcordancia verbal e nominal
Concordancia verbal e nominalRebeca Kaus
 
Intertextualidade
IntertextualidadeIntertextualidade
Intertextualidade
Francis Paula
 
Artigo de opinião
Artigo de opiniãoArtigo de opinião
Artigo de opinião
Kátia Silva da Costa
 
Semântica
SemânticaSemântica
Semântica
Cláudia Heloísa
 
Paráfrase
ParáfraseParáfrase
AULA 03 - Introdução - Diversas formas de iniciar uma redação - PRONTO
AULA 03 - Introdução - Diversas formas de iniciar uma redação  - PRONTOAULA 03 - Introdução - Diversas formas de iniciar uma redação  - PRONTO
AULA 03 - Introdução - Diversas formas de iniciar uma redação - PRONTO
Marcelo Cordeiro Souza
 
Tudo sobre POEMAS
Tudo sobre POEMASTudo sobre POEMAS
Tudo sobre POEMAS
Jaicinha
 
Gêneros textuais - Marcuschi (Thiago Hermont)
Gêneros textuais - Marcuschi (Thiago Hermont)Gêneros textuais - Marcuschi (Thiago Hermont)
Gêneros textuais - Marcuschi (Thiago Hermont)
thiagohermont
 
Aposto e vocativo
Aposto e vocativoAposto e vocativo
Aposto e vocativo
Cynthia Funchal
 

Mais procurados (20)

Formação das palavras
Formação das palavrasFormação das palavras
Formação das palavras
 
AULA 01 - TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO - ESTRUTURA
AULA 01 - TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO - ESTRUTURAAULA 01 - TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO - ESTRUTURA
AULA 01 - TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO - ESTRUTURA
 
Compreensão e Interpretação de Textos
Compreensão e Interpretação de Textos Compreensão e Interpretação de Textos
Compreensão e Interpretação de Textos
 
Leitura e produção textual
Leitura e produção textualLeitura e produção textual
Leitura e produção textual
 
Aula intertextualidade
Aula intertextualidadeAula intertextualidade
Aula intertextualidade
 
Uso da vírgula
Uso da vírgulaUso da vírgula
Uso da vírgula
 
Morfologia - Classes Gramaticais
Morfologia - Classes GramaticaisMorfologia - Classes Gramaticais
Morfologia - Classes Gramaticais
 
VariaçãO LinguíStica
VariaçãO LinguíSticaVariaçãO LinguíStica
VariaçãO LinguíStica
 
Concordancia verbal e nominal
Concordancia verbal e nominalConcordancia verbal e nominal
Concordancia verbal e nominal
 
Intertextualidade
IntertextualidadeIntertextualidade
Intertextualidade
 
Artigo de opinião
Artigo de opiniãoArtigo de opinião
Artigo de opinião
 
Semântica
SemânticaSemântica
Semântica
 
Crônicas
CrônicasCrônicas
Crônicas
 
Paráfrase
ParáfraseParáfrase
Paráfrase
 
Conjunções
ConjunçõesConjunções
Conjunções
 
AULA 03 - Introdução - Diversas formas de iniciar uma redação - PRONTO
AULA 03 - Introdução - Diversas formas de iniciar uma redação  - PRONTOAULA 03 - Introdução - Diversas formas de iniciar uma redação  - PRONTO
AULA 03 - Introdução - Diversas formas de iniciar uma redação - PRONTO
 
Tipologia textual
Tipologia textualTipologia textual
Tipologia textual
 
Tudo sobre POEMAS
Tudo sobre POEMASTudo sobre POEMAS
Tudo sobre POEMAS
 
Gêneros textuais - Marcuschi (Thiago Hermont)
Gêneros textuais - Marcuschi (Thiago Hermont)Gêneros textuais - Marcuschi (Thiago Hermont)
Gêneros textuais - Marcuschi (Thiago Hermont)
 
Aposto e vocativo
Aposto e vocativoAposto e vocativo
Aposto e vocativo
 

Destaque

Discurso citado
Discurso citadoDiscurso citado
Discurso citado
Edson Alves
 
Linguagem, Discurso E Texto
Linguagem, Discurso E TextoLinguagem, Discurso E Texto
Linguagem, Discurso E TextoPré Master
 
O texto as propriedades de um texto
O texto   as propriedades de um textoO texto   as propriedades de um texto
O texto as propriedades de um texto
Roberta Scheibe
 
Texto, vozes e sentido
Texto, vozes e sentidoTexto, vozes e sentido
Texto, vozes e sentidoEva Rocha
 
Texto, discurso, intertextualidade e interdiscursividade
Texto, discurso, intertextualidade e interdiscursividadeTexto, discurso, intertextualidade e interdiscursividade
Texto, discurso, intertextualidade e interdiscursividadeA vida
 
Dialogismo e Intertextualidade
Dialogismo e IntertextualidadeDialogismo e Intertextualidade
Dialogismo e Intertextualidade
Entreter Ong
 
Texto E Textualidade
Texto E TextualidadeTexto E Textualidade
Texto E Textualidade
kerolzinha73
 
AULA 02 - FATORES DE TEXTUALIDADE - PRONTO
AULA 02 -  FATORES DE TEXTUALIDADE  - PRONTOAULA 02 -  FATORES DE TEXTUALIDADE  - PRONTO
AULA 02 - FATORES DE TEXTUALIDADE - PRONTO
Marcelo Cordeiro Souza
 
Discurso direto e indireto
Discurso direto e indiretoDiscurso direto e indireto
Discurso direto e indiretoprofessoraIsabel
 
Linguagem, lingua, fala, discurso adm
Linguagem, lingua, fala, discurso admLinguagem, lingua, fala, discurso adm
Linguagem, lingua, fala, discurso adm
elizabeth gil
 
Intertextualidade interdiscursividade
Intertextualidade interdiscursividadeIntertextualidade interdiscursividade
Intertextualidade interdiscursividadeFrancione Brito
 
Intertextualidade e polifonia cap 5 parte 1_apresentar_koch
Intertextualidade e polifonia cap 5 parte 1_apresentar_kochIntertextualidade e polifonia cap 5 parte 1_apresentar_koch
Intertextualidade e polifonia cap 5 parte 1_apresentar_koch
marimidlej
 
Texto e textualidade
Texto e textualidadeTexto e textualidade
Texto e textualidade
Marcx Winchester
 
Exercícios sobre tipos de discurso
Exercícios sobre tipos de discursoExercícios sobre tipos de discurso
Exercícios sobre tipos de discursoma.no.el.ne.ves
 

Destaque (20)

Discurso citado
Discurso citadoDiscurso citado
Discurso citado
 
Linguagem, Discurso E Texto
Linguagem, Discurso E TextoLinguagem, Discurso E Texto
Linguagem, Discurso E Texto
 
O texto as propriedades de um texto
O texto   as propriedades de um textoO texto   as propriedades de um texto
O texto as propriedades de um texto
 
Texto e discurso
Texto e discursoTexto e discurso
Texto e discurso
 
Texto, vozes e sentido
Texto, vozes e sentidoTexto, vozes e sentido
Texto, vozes e sentido
 
Análise de um texto jornalístico
Análise de um texto jornalísticoAnálise de um texto jornalístico
Análise de um texto jornalístico
 
Texto, discurso, intertextualidade e interdiscursividade
Texto, discurso, intertextualidade e interdiscursividadeTexto, discurso, intertextualidade e interdiscursividade
Texto, discurso, intertextualidade e interdiscursividade
 
Dialogismo e Intertextualidade
Dialogismo e IntertextualidadeDialogismo e Intertextualidade
Dialogismo e Intertextualidade
 
Texto E Textualidade
Texto E TextualidadeTexto E Textualidade
Texto E Textualidade
 
AULA 02 - FATORES DE TEXTUALIDADE - PRONTO
AULA 02 -  FATORES DE TEXTUALIDADE  - PRONTOAULA 02 -  FATORES DE TEXTUALIDADE  - PRONTO
AULA 02 - FATORES DE TEXTUALIDADE - PRONTO
 
Discurso direto e indireto
Discurso direto e indiretoDiscurso direto e indireto
Discurso direto e indireto
 
Linguagem, lingua, fala, discurso adm
Linguagem, lingua, fala, discurso admLinguagem, lingua, fala, discurso adm
Linguagem, lingua, fala, discurso adm
 
Intertextualidade interdiscursividade
Intertextualidade interdiscursividadeIntertextualidade interdiscursividade
Intertextualidade interdiscursividade
 
Intertextualidade e polifonia cap 5 parte 1_apresentar_koch
Intertextualidade e polifonia cap 5 parte 1_apresentar_kochIntertextualidade e polifonia cap 5 parte 1_apresentar_koch
Intertextualidade e polifonia cap 5 parte 1_apresentar_koch
 
Texto e textualidade
Texto e textualidadeTexto e textualidade
Texto e textualidade
 
Slides narração
Slides narraçãoSlides narração
Slides narração
 
Exercícios sobre tipos de discurso
Exercícios sobre tipos de discursoExercícios sobre tipos de discurso
Exercícios sobre tipos de discurso
 
Crônica
CrônicaCrônica
Crônica
 
Fatores de textualidade
Fatores de textualidadeFatores de textualidade
Fatores de textualidade
 
Noção de Texto
Noção de TextoNoção de Texto
Noção de Texto
 

Semelhante a Texto e discurso as vozes presentes no texto

Análise de (do) discurso
Análise de (do) discursoAnálise de (do) discurso
anlisededodiscurso-140409123243-phpapp02.ppt
anlisededodiscurso-140409123243-phpapp02.pptanlisededodiscurso-140409123243-phpapp02.ppt
anlisededodiscurso-140409123243-phpapp02.ppt
adrianomcosta3
 
Análise do discurso
Análise do discursoAnálise do discurso
Análise do discurso
Cândida Castro
 
O que é linguagem e tipologia textual - Profª Ma. Gláuci H Mora Dias
O que é linguagem e tipologia textual - Profª Ma. Gláuci H Mora DiasO que é linguagem e tipologia textual - Profª Ma. Gláuci H Mora Dias
O que é linguagem e tipologia textual - Profª Ma. Gláuci H Mora DiasUniversidade de Sorocaba
 
Estudos da linguagem
Estudos da linguagemEstudos da linguagem
Estudos da linguagem
Dllubia
 
Resenha crítica do livro "Linguagem e Ideologia" de José Luiz Fiorin
Resenha crítica do livro "Linguagem e Ideologia" de José Luiz FiorinResenha crítica do livro "Linguagem e Ideologia" de José Luiz Fiorin
Resenha crítica do livro "Linguagem e Ideologia" de José Luiz Fiorin
Jean Michel Gallo Soldatelli
 
O silêncio é de ouro e a palavra é de prata considerações ...
O silêncio é de ouro e a palavra é de prata   considerações ...O silêncio é de ouro e a palavra é de prata   considerações ...
O silêncio é de ouro e a palavra é de prata considerações ...
Clóvis Gualberto
 
Capitulo 1
Capitulo 1Capitulo 1
Capitulo 1
BrunaLuque
 
O que é discurso helena brandão
O que é discurso helena brandãoO que é discurso helena brandão
O que é discurso helena brandãoRose Moraes
 
Lingua em uso linguagem e lingua
Lingua em uso   linguagem e linguaLingua em uso   linguagem e lingua
Lingua em uso linguagem e linguaMoises Ribeiro
 
Sociolinguística
SociolinguísticaSociolinguística
Sociolinguística
Maria Glalcy Fequetia Dalcim
 
Grupo 06 generos textuais grupo 06
Grupo 06 generos textuais  grupo 06Grupo 06 generos textuais  grupo 06
Grupo 06 generos textuais grupo 06silvia-9616
 
concepção sociointeracionista no ensino
concepção sociointeracionista no ensinoconcepção sociointeracionista no ensino
concepção sociointeracionista no ensinoNadia Biavati
 
A concepção de sujeito da psicanalise a analise do discurso carmem e chagas
A concepção de sujeito da psicanalise a analise do discurso    carmem e chagasA concepção de sujeito da psicanalise a analise do discurso    carmem e chagas
A concepção de sujeito da psicanalise a analise do discurso carmem e chagasMarcos Silvabh
 
Texto-discurso.ppt
Texto-discurso.pptTexto-discurso.ppt
Texto-discurso.ppt
ROSIANERODRIGUESALVE1
 
O Mutualismo Linguagem-Contexto
O Mutualismo Linguagem-ContextoO Mutualismo Linguagem-Contexto
O Mutualismo Linguagem-Contexto
Lucas Moraes
 
Discurso
DiscursoDiscurso
Discurso
Roberta Scheibe
 

Semelhante a Texto e discurso as vozes presentes no texto (20)

Análise de (do) discurso
Análise de (do) discursoAnálise de (do) discurso
Análise de (do) discurso
 
anlisededodiscurso-140409123243-phpapp02.ppt
anlisededodiscurso-140409123243-phpapp02.pptanlisededodiscurso-140409123243-phpapp02.ppt
anlisededodiscurso-140409123243-phpapp02.ppt
 
Análise do discurso
Análise do discursoAnálise do discurso
Análise do discurso
 
O que é linguagem e tipologia textual - Profª Ma. Gláuci H Mora Dias
O que é linguagem e tipologia textual - Profª Ma. Gláuci H Mora DiasO que é linguagem e tipologia textual - Profª Ma. Gláuci H Mora Dias
O que é linguagem e tipologia textual - Profª Ma. Gláuci H Mora Dias
 
Estudos da linguagem
Estudos da linguagemEstudos da linguagem
Estudos da linguagem
 
Resenha
ResenhaResenha
Resenha
 
Resenha crítica do livro "Linguagem e Ideologia" de José Luiz Fiorin
Resenha crítica do livro "Linguagem e Ideologia" de José Luiz FiorinResenha crítica do livro "Linguagem e Ideologia" de José Luiz Fiorin
Resenha crítica do livro "Linguagem e Ideologia" de José Luiz Fiorin
 
O silêncio é de ouro e a palavra é de prata considerações ...
O silêncio é de ouro e a palavra é de prata   considerações ...O silêncio é de ouro e a palavra é de prata   considerações ...
O silêncio é de ouro e a palavra é de prata considerações ...
 
Capitulo 1
Capitulo 1Capitulo 1
Capitulo 1
 
O que é discurso helena brandão
O que é discurso helena brandãoO que é discurso helena brandão
O que é discurso helena brandão
 
Lingua em uso linguagem e lingua
Lingua em uso   linguagem e linguaLingua em uso   linguagem e lingua
Lingua em uso linguagem e lingua
 
Sociolinguística
SociolinguísticaSociolinguística
Sociolinguística
 
Grupo 06 generos textuais grupo 06
Grupo 06 generos textuais  grupo 06Grupo 06 generos textuais  grupo 06
Grupo 06 generos textuais grupo 06
 
concepção sociointeracionista no ensino
concepção sociointeracionista no ensinoconcepção sociointeracionista no ensino
concepção sociointeracionista no ensino
 
A concepção de sujeito da psicanalise a analise do discurso carmem e chagas
A concepção de sujeito da psicanalise a analise do discurso    carmem e chagasA concepção de sujeito da psicanalise a analise do discurso    carmem e chagas
A concepção de sujeito da psicanalise a analise do discurso carmem e chagas
 
Texto-discurso.ppt
Texto-discurso.pptTexto-discurso.ppt
Texto-discurso.ppt
 
Bakhtin simone
Bakhtin simoneBakhtin simone
Bakhtin simone
 
O Mutualismo Linguagem-Contexto
O Mutualismo Linguagem-ContextoO Mutualismo Linguagem-Contexto
O Mutualismo Linguagem-Contexto
 
Slide ivan generos2
Slide ivan generos2Slide ivan generos2
Slide ivan generos2
 
Discurso
DiscursoDiscurso
Discurso
 

Mais de Roberta Scheibe

Gênero opinativo artigo
Gênero opinativo   artigoGênero opinativo   artigo
Gênero opinativo artigo
Roberta Scheibe
 
a informacao, o jornalismo e a noticia
a informacao, o jornalismo e a noticiaa informacao, o jornalismo e a noticia
a informacao, o jornalismo e a noticia
Roberta Scheibe
 
Funções da linguagem
Funções da linguagemFunções da linguagem
Funções da linguagem
Roberta Scheibe
 
Letramento como prática social
Letramento como prática socialLetramento como prática social
Letramento como prática socialRoberta Scheibe
 
A oralidade e a escrita prof roberta scheibe1
A oralidade e a escrita   prof roberta scheibe1A oralidade e a escrita   prof roberta scheibe1
A oralidade e a escrita prof roberta scheibe1Roberta Scheibe
 
A leitura e suas múltiplas linguagens
A leitura e suas múltiplas linguagensA leitura e suas múltiplas linguagens
A leitura e suas múltiplas linguagens
Roberta Scheibe
 
Os princípios da comunicação
Os princípios da comunicaçãoOs princípios da comunicação
Os princípios da comunicaçãoRoberta Scheibe
 

Mais de Roberta Scheibe (8)

Gênero opinativo artigo
Gênero opinativo   artigoGênero opinativo   artigo
Gênero opinativo artigo
 
a informacao, o jornalismo e a noticia
a informacao, o jornalismo e a noticiaa informacao, o jornalismo e a noticia
a informacao, o jornalismo e a noticia
 
Funções da linguagem
Funções da linguagemFunções da linguagem
Funções da linguagem
 
Funções da linguagem
Funções da linguagemFunções da linguagem
Funções da linguagem
 
Letramento como prática social
Letramento como prática socialLetramento como prática social
Letramento como prática social
 
A oralidade e a escrita prof roberta scheibe1
A oralidade e a escrita   prof roberta scheibe1A oralidade e a escrita   prof roberta scheibe1
A oralidade e a escrita prof roberta scheibe1
 
A leitura e suas múltiplas linguagens
A leitura e suas múltiplas linguagensA leitura e suas múltiplas linguagens
A leitura e suas múltiplas linguagens
 
Os princípios da comunicação
Os princípios da comunicaçãoOs princípios da comunicação
Os princípios da comunicação
 

Último

"Está o lascivo e doce passarinho " de Luís Vaz de Camões
"Está o lascivo e   doce passarinho " de Luís Vaz de Camões"Está o lascivo e   doce passarinho " de Luís Vaz de Camões
"Está o lascivo e doce passarinho " de Luís Vaz de Camões
goncalopecurto
 
Química orgânica e as funções organicas.pptx
Química orgânica e as funções organicas.pptxQuímica orgânica e as funções organicas.pptx
Química orgânica e as funções organicas.pptx
KeilianeOliveira3
 
Saudações e como se apresentar em português
Saudações e como se apresentar em portuguêsSaudações e como se apresentar em português
Saudações e como se apresentar em português
jacctradutora
 
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptx
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptxSlides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptx
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptx
LuizHenriquedeAlmeid6
 
Unificação da Itália e a formação da Alemanha
Unificação da Itália e a formação da AlemanhaUnificação da Itália e a formação da Alemanha
Unificação da Itália e a formação da Alemanha
Acrópole - História & Educação
 
AULA-8-PARTE-2-MODELO-DE-SITE-EDITÁVEL-ENTREGA2-CURRICULARIZAÇÃO-DA-EXTENSÃO-...
AULA-8-PARTE-2-MODELO-DE-SITE-EDITÁVEL-ENTREGA2-CURRICULARIZAÇÃO-DA-EXTENSÃO-...AULA-8-PARTE-2-MODELO-DE-SITE-EDITÁVEL-ENTREGA2-CURRICULARIZAÇÃO-DA-EXTENSÃO-...
AULA-8-PARTE-2-MODELO-DE-SITE-EDITÁVEL-ENTREGA2-CURRICULARIZAÇÃO-DA-EXTENSÃO-...
CrislaineSouzaSantos
 
Aula01 - ensino médio - (Filosofia).pptx
Aula01 - ensino médio - (Filosofia).pptxAula01 - ensino médio - (Filosofia).pptx
Aula01 - ensino médio - (Filosofia).pptx
kdn15710
 
Roteiro para análise do Livro Didático .pptx
Roteiro para análise do Livro Didático .pptxRoteiro para análise do Livro Didático .pptx
Roteiro para análise do Livro Didático .pptx
pamellaaraujo10
 
BULLYING NÃO É AMOR.pdf LIVRO PARA TRABALHAR COM ALUNOS ATRAVÉS DE PROJETOS...
BULLYING NÃO É AMOR.pdf LIVRO PARA TRABALHAR COM ALUNOS ATRAVÉS DE PROJETOS...BULLYING NÃO É AMOR.pdf LIVRO PARA TRABALHAR COM ALUNOS ATRAVÉS DE PROJETOS...
BULLYING NÃO É AMOR.pdf LIVRO PARA TRABALHAR COM ALUNOS ATRAVÉS DE PROJETOS...
Escola Municipal Jesus Cristo
 
CIDADANIA E PROFISSIONALIDADE 4 - PROCESSOS IDENTITÁRIOS.pptx
CIDADANIA E PROFISSIONALIDADE 4 - PROCESSOS IDENTITÁRIOS.pptxCIDADANIA E PROFISSIONALIDADE 4 - PROCESSOS IDENTITÁRIOS.pptx
CIDADANIA E PROFISSIONALIDADE 4 - PROCESSOS IDENTITÁRIOS.pptx
MariaSantos298247
 
Acróstico - Reciclar é preciso
Acróstico   -  Reciclar é preciso Acróstico   -  Reciclar é preciso
Acróstico - Reciclar é preciso
Mary Alvarenga
 
PROPOSTA CURRICULAR EDUCACAO FISICA.docx
PROPOSTA CURRICULAR  EDUCACAO FISICA.docxPROPOSTA CURRICULAR  EDUCACAO FISICA.docx
PROPOSTA CURRICULAR EDUCACAO FISICA.docx
Escola Municipal Jesus Cristo
 
Correção do 1º Simulado Enem 2024 - Mês de Abril.pdf
Correção do 1º Simulado Enem 2024 - Mês de Abril.pdfCorreção do 1º Simulado Enem 2024 - Mês de Abril.pdf
Correção do 1º Simulado Enem 2024 - Mês de Abril.pdf
Edilson431302
 
Anatomia I - Aparelho Locomotor e Cardiovascular
Anatomia I - Aparelho Locomotor e CardiovascularAnatomia I - Aparelho Locomotor e Cardiovascular
Anatomia I - Aparelho Locomotor e Cardiovascular
PatrickMuniz8
 
MÁRTIRES DE UGANDA Convertem-se ao Cristianismo - 1885-1887.pptx
MÁRTIRES DE UGANDA Convertem-se ao Cristianismo - 1885-1887.pptxMÁRTIRES DE UGANDA Convertem-se ao Cristianismo - 1885-1887.pptx
MÁRTIRES DE UGANDA Convertem-se ao Cristianismo - 1885-1887.pptx
Martin M Flynn
 
proposta curricular ou plano de cursode lingua portuguesa eja anos finais ( ...
proposta curricular  ou plano de cursode lingua portuguesa eja anos finais ( ...proposta curricular  ou plano de cursode lingua portuguesa eja anos finais ( ...
proposta curricular ou plano de cursode lingua portuguesa eja anos finais ( ...
Escola Municipal Jesus Cristo
 
DeClara n.º 76 MAIO 2024, o jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara de...
DeClara n.º 76 MAIO 2024, o jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara de...DeClara n.º 76 MAIO 2024, o jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara de...
DeClara n.º 76 MAIO 2024, o jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara de...
IsabelPereira2010
 
2021-7o-ano-PPt-Oracoes-coordenadas..pptx
2021-7o-ano-PPt-Oracoes-coordenadas..pptx2021-7o-ano-PPt-Oracoes-coordenadas..pptx
2021-7o-ano-PPt-Oracoes-coordenadas..pptx
BarbaraBeatriz15
 
Arundhati Roy - O Deus das Pequenas Coisas - ÍNDIA.pdf
Arundhati Roy - O Deus das Pequenas Coisas - ÍNDIA.pdfArundhati Roy - O Deus das Pequenas Coisas - ÍNDIA.pdf
Arundhati Roy - O Deus das Pequenas Coisas - ÍNDIA.pdf
Ana Da Silva Ponce
 
Eurodeputados Portugueses 2019-2024 (nova atualização)
Eurodeputados Portugueses 2019-2024 (nova atualização)Eurodeputados Portugueses 2019-2024 (nova atualização)
Eurodeputados Portugueses 2019-2024 (nova atualização)
Centro Jacques Delors
 

Último (20)

"Está o lascivo e doce passarinho " de Luís Vaz de Camões
"Está o lascivo e   doce passarinho " de Luís Vaz de Camões"Está o lascivo e   doce passarinho " de Luís Vaz de Camões
"Está o lascivo e doce passarinho " de Luís Vaz de Camões
 
Química orgânica e as funções organicas.pptx
Química orgânica e as funções organicas.pptxQuímica orgânica e as funções organicas.pptx
Química orgânica e as funções organicas.pptx
 
Saudações e como se apresentar em português
Saudações e como se apresentar em portuguêsSaudações e como se apresentar em português
Saudações e como se apresentar em português
 
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptx
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptxSlides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptx
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptx
 
Unificação da Itália e a formação da Alemanha
Unificação da Itália e a formação da AlemanhaUnificação da Itália e a formação da Alemanha
Unificação da Itália e a formação da Alemanha
 
AULA-8-PARTE-2-MODELO-DE-SITE-EDITÁVEL-ENTREGA2-CURRICULARIZAÇÃO-DA-EXTENSÃO-...
AULA-8-PARTE-2-MODELO-DE-SITE-EDITÁVEL-ENTREGA2-CURRICULARIZAÇÃO-DA-EXTENSÃO-...AULA-8-PARTE-2-MODELO-DE-SITE-EDITÁVEL-ENTREGA2-CURRICULARIZAÇÃO-DA-EXTENSÃO-...
AULA-8-PARTE-2-MODELO-DE-SITE-EDITÁVEL-ENTREGA2-CURRICULARIZAÇÃO-DA-EXTENSÃO-...
 
Aula01 - ensino médio - (Filosofia).pptx
Aula01 - ensino médio - (Filosofia).pptxAula01 - ensino médio - (Filosofia).pptx
Aula01 - ensino médio - (Filosofia).pptx
 
Roteiro para análise do Livro Didático .pptx
Roteiro para análise do Livro Didático .pptxRoteiro para análise do Livro Didático .pptx
Roteiro para análise do Livro Didático .pptx
 
BULLYING NÃO É AMOR.pdf LIVRO PARA TRABALHAR COM ALUNOS ATRAVÉS DE PROJETOS...
BULLYING NÃO É AMOR.pdf LIVRO PARA TRABALHAR COM ALUNOS ATRAVÉS DE PROJETOS...BULLYING NÃO É AMOR.pdf LIVRO PARA TRABALHAR COM ALUNOS ATRAVÉS DE PROJETOS...
BULLYING NÃO É AMOR.pdf LIVRO PARA TRABALHAR COM ALUNOS ATRAVÉS DE PROJETOS...
 
CIDADANIA E PROFISSIONALIDADE 4 - PROCESSOS IDENTITÁRIOS.pptx
CIDADANIA E PROFISSIONALIDADE 4 - PROCESSOS IDENTITÁRIOS.pptxCIDADANIA E PROFISSIONALIDADE 4 - PROCESSOS IDENTITÁRIOS.pptx
CIDADANIA E PROFISSIONALIDADE 4 - PROCESSOS IDENTITÁRIOS.pptx
 
Acróstico - Reciclar é preciso
Acróstico   -  Reciclar é preciso Acróstico   -  Reciclar é preciso
Acróstico - Reciclar é preciso
 
PROPOSTA CURRICULAR EDUCACAO FISICA.docx
PROPOSTA CURRICULAR  EDUCACAO FISICA.docxPROPOSTA CURRICULAR  EDUCACAO FISICA.docx
PROPOSTA CURRICULAR EDUCACAO FISICA.docx
 
Correção do 1º Simulado Enem 2024 - Mês de Abril.pdf
Correção do 1º Simulado Enem 2024 - Mês de Abril.pdfCorreção do 1º Simulado Enem 2024 - Mês de Abril.pdf
Correção do 1º Simulado Enem 2024 - Mês de Abril.pdf
 
Anatomia I - Aparelho Locomotor e Cardiovascular
Anatomia I - Aparelho Locomotor e CardiovascularAnatomia I - Aparelho Locomotor e Cardiovascular
Anatomia I - Aparelho Locomotor e Cardiovascular
 
MÁRTIRES DE UGANDA Convertem-se ao Cristianismo - 1885-1887.pptx
MÁRTIRES DE UGANDA Convertem-se ao Cristianismo - 1885-1887.pptxMÁRTIRES DE UGANDA Convertem-se ao Cristianismo - 1885-1887.pptx
MÁRTIRES DE UGANDA Convertem-se ao Cristianismo - 1885-1887.pptx
 
proposta curricular ou plano de cursode lingua portuguesa eja anos finais ( ...
proposta curricular  ou plano de cursode lingua portuguesa eja anos finais ( ...proposta curricular  ou plano de cursode lingua portuguesa eja anos finais ( ...
proposta curricular ou plano de cursode lingua portuguesa eja anos finais ( ...
 
DeClara n.º 76 MAIO 2024, o jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara de...
DeClara n.º 76 MAIO 2024, o jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara de...DeClara n.º 76 MAIO 2024, o jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara de...
DeClara n.º 76 MAIO 2024, o jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara de...
 
2021-7o-ano-PPt-Oracoes-coordenadas..pptx
2021-7o-ano-PPt-Oracoes-coordenadas..pptx2021-7o-ano-PPt-Oracoes-coordenadas..pptx
2021-7o-ano-PPt-Oracoes-coordenadas..pptx
 
Arundhati Roy - O Deus das Pequenas Coisas - ÍNDIA.pdf
Arundhati Roy - O Deus das Pequenas Coisas - ÍNDIA.pdfArundhati Roy - O Deus das Pequenas Coisas - ÍNDIA.pdf
Arundhati Roy - O Deus das Pequenas Coisas - ÍNDIA.pdf
 
Eurodeputados Portugueses 2019-2024 (nova atualização)
Eurodeputados Portugueses 2019-2024 (nova atualização)Eurodeputados Portugueses 2019-2024 (nova atualização)
Eurodeputados Portugueses 2019-2024 (nova atualização)
 

Texto e discurso as vozes presentes no texto

  • 1. Texto e Discurso Prof. Msc. Roberta Scheibe
  • 2. Os textos têm a propriedade intrínseca de se constituir a partir de outros textos. Por isso, todos eles são atravessados, ocupados, habitados pelo discurso do outro. Por conseguinte, a linguagem é fundamentalmente constitutivamente heterogênea. Um texto remete a duas concepções diferentes: aquela que ele defende e aquela oposição à qual ele se constrói. Nele, ressoam duas vozes, dois pontos de vista. As vozes presentes no Texto
  • 3. Sob as palavras de um discurso, há outras palavras, outro discurso, outro ponto de vista social. Para constituir sua concepção sobre um dado tema, o falante leva sempre em conta a de outro, que, de certa forma, está, pois, também presente no discurso construído (p.29). O discurso é sempre a arena em que lutam esses pontos de vista em oposição. O discurso é sempre, pois, a materialização de uma maneira social de consideração por questão. Todo discurso é histórico.
  • 4. Uma VOZ importante demarcada no texto é a questão do DISCURSO DIRETO E DISCURSO INDIRETO. O DISCURSO DIRETO é uma espécie de teatralização da fala dos outros. Por isso, produz um efeito de sentido de verdade. O leitor ou ouvinte tem a impressão de que quem cita preservou a integridade do discurso citado e que, portanto, é autêntico o que ele reproduziu. É como se ouvisse a pessoa citada falar com suas próprias palavras e com a mesma carga de subjetividade.
  • 5. Como há dois tipos de discurso indireto (o que analisa o conteúdo e o que analisa a expressão), esse procedimento de citação do discurso alheio pode criar diferentes espécies de efeito de sentido. Dado que o primeiro tipo elimina os elementos emocionais ou afetivos presentes no discurso direto (por exemplo, as interrogações, as exclamações, as formas imperativas, as interjeições), produz um efeito de sentido de objetividade analítica. Nele o narrador revela somente o conteúdo do discurso da personagem e não o modo como ela o disse.
  • 6. “Há procedimentos lingüísticos que servem para mostrar diferentes vozes no texto, mas que não demarcam com precisão os limites entre elas. Um deles é o discurso indireto livre.” DISCURSO DIRETO: Fabiano pensou: - eu estou indeciso. DISCURSO INDIRETO: Fabiano pensou que estava indeciso. DISCURSO INDIRETO LIVRE: Ele estava indeciso.
  • 7. Um texto tem muitas significações. Pode ser temático ou figurativo. Um texto figurativo é uma fábula, um texto também pode ser dissertativo no sentido de ser abstrato.
  • 8. “Há duas formas básicas de discurso: os predominantemente concretos e os predominantemente abstratos. Os primeiros são os chamados figurativos. Os segundos, temáticos. Aqueles são constituídos com figuras, ou seja, termos concretos; estes, com temas, isto é, palavras abstratas. (...) Os textos figurativos produzem um efeito de realidade e, por isso, representam o mundo, criam uma imagem do mundo, com seus seres, seus acontecimentos, etc.; os temáticos explicam as coisas do mundo, ordenam-nas, classificam-nas, interpretam-nas, estabelecem relações e dependências entre elas, fazem comentários sobre suas propriedades. Os primeiros criam um efeito de realidade, porque trabalham com o concreto; os segundos explicam, porque operam com aquilo que é apenas conceito. Os primeiros têm uma função representativa e os segundos uma função interpretativa.” A figuratividade de um texto (as figuras, o que não é abstrato) deve dialogar com a verossimilhança.
  • 9. É importante lembrar que nos textos e nos discursos há variações lingüísticas; ou seja, uma característica de todas as línguas do mundo, segundo FIORIN e SAVIOLI, é que elas não são unas, não são uniformes, mas apresentam variedades, ou seja, não são faladas da mesma maneira por todos os seus usuários. As línguas têm formas variáveis porque a sociedade é dividida em grupos identitários. Essa variação lingüística pode ser em nível de sons (pronúncia por região), morfologia (erros de conjugação); sintaxe (tu vai), léxico (carapanã e mosquito).
  • 10. Na fala, o planejamento e a execução do texto são simultâneos. O texto falado é cheio de pausas, frases truncadas, repetições, correções, períodos começados... O texto escrito não contém marcas de planejamento e de execução. Elas são retiradas dele. Apresenta-se o produto pronto e não em elaboração na fala. Na fala alternam-se os papéis do falante e do ouvinte. Há diálogo. Na escrita, não há essa possibilidade de alternância, pois, mesmo que se crie um diálogo, ele será uma simulação de conversa e não um diálogo real, com interrupções, tentativas de não deixar o outro tomar a palavra, etc.
  • 11. Em jornais sensacionalistas, por exemplo, o uso de termos da linguagem oral é um dos recursos utilizados para aproximar o jornal de seu público, normalmente constituído de pessoas menos habituadas ao padrão da escrita. Não se escrevem da mesma maneira os artigos do folhateen, suplemento para jovens do jornal folha de s Paulo e os editoriais desse jornal.
  • 12.
  • 13.
  • 14.
  • 15. “O funcionamento dos discursos espontâneos, dos discursos que trocamos uns com os outros no decurso da vida quotidiana, é intermitente, pontuado por todo um conjunto de hesitações, de esperas, de rupturas, de silêncio, de derivas. O discurso midiático, pelo contrário, flui de maneira constante e ininterrupta, encadeia enunciados que se apresentam habitualmente de forma acabada, escondendo os seus processos de gestação” (RODRIGUES, Adriano Duarte. In: MOUILLAUD; PORTO. 2002, p. 217) Discursos...
  • 16. “Este efeito de completude resulta da camuflagem do processo de enunciação, através do uso predominante da terceira pessoa que, como sabemos, é forma verbal da não-pessoa. O uso predominante da terceira pessoa garante o discurso midiático, como aliás também aos discursos histórico e científico, como estratégia de universalidade referencial dos enuncidos, uma credibilidade da narração dos fatos independente do lugar de fala do enunciador”. (RODRIGUES, Adriano Duarte. In: MOUILLAUD; PORTO. 2002, p. 217)
  • 17. “No discurso midiático, os silêncios são insuportáveis, uma vez que assinalam a perda da relação com o público e são, por conseguinte, encarados como um risco letal para o próprio funcionamento do seu dispositivo de enunciação. Falar, falar sempre, mesmo que seja para não dizer nada; falar apenas para manter a antena aberta, para não perder o contato com o público, para preencher a programação, para enchera a página do jornal. É por isso que uma das funções comunicacionais mais importantes do discurso midiático, além da FUNÇÃO REFERENCIAL, que consiste em dar conta dos acontecimentos que ocorrem no mundo, é a função fática, que consistem na manutenção do contato com o público”. (RODRIGUES, Adriano Duarte. In: MOUILLAUD; PORTO. 2002, p. 218) “E, no entanto, existem diversas modalidades de silêncio no funcionamento do discurso da mídia. E, antes de mais, a do silêncio dos destinatários, a ausência da palavra por parte do público. É este silêncio que torna o público presente, instituindo-o como uma autêntica instância de interlocução”.
  • 18. FIORIN, José Luiz; PLATÃO, Francisco Savioli. Lições de texto: leitura e redação. 4. ed. São Paulo: Ática, 2004. VANOYE, F. Usos da linguagem: problemas e técnicas na produção oral e escrita. São Paulo: Martins Fontes, 1987. Bibliografias: