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SUPERANDO A PRESSÃO E O STRESS NO
           TRABALHO POLICIAL


Nesse sentido, começo a informar nosso leitor
que 78% dos profissionais brasileiros que
desenvolvem atividades na área da Segurança
Pública sentem-se “angustiados” com relação
ao “trabalho desenvolvido” em seu mister. E
isso, ao meu ver é no mínimo “extremamente
preocupante” face ao percentual obtido nessa
pesquisa.

Então, continuei refletindo sobre o assunto e fiz
outra pergunta: “Como superar pressões e
adversidades no trabalho?”

Quero compartilhar com o leitor e destacar os
estudos da International Stress Management
Association - ISMA, entidade presente em vários
países, incluindo o Brasil, que retratam um
trabalhador cada vez mais cansado, nervoso,
ansioso     e   preocupado.    E   fazendo    um
retrospecto das pesquisas da ISMA realizadas
em nosso país nos últimos 05 (cinco) anos
mostra os efeitos da pressão corporativa sobre
o comportamento e a saúde dos POLICIAIS
brasileiros   das    mais    diversas   carreiras
profissionais, bem como de outras atividades
profissionais. E, por essa razão, apresento aqui
alguns números que em minha humilde opinião
é alarmante:
   82%     dos     profissionais  pesquisados
     apresentavam traços de ansiedade em
     diversos graus;
    78% sentem-se angustiados em relação ao
     trabalho;
    52% momentos de agressividade em casa
     oriundo do stress na corporação; e,
    32% têm problemas gastro-intestinais.

Esses dados apenas ilustram o que sentimos,
isto é, está cada vez mais difícil lidar com as
pressões no trabalho. Não quero parecer
pessimista, nem bancar o cavaleiro do
apocalipse corporativo, mas, para ser bem
franco, não acredito que a situação vá
melhorar.

Você acredita? Acho que também não.

Tudo indica que, pelo menos nos próximos
anos, a velocidade das mudanças continuará
acelerada, a competitividade prosseguirá se
intensificando e as empresas continuarão
perseguindo    resultados    cada   vez mais
ambiciosos, afinal precisam sobreviver.

Agora vamos ao que é mais importante:

Como suportar estas crescentes pressões no
trabalho?

Como enfrentar problemas e crises sem ficar
tão desgastado?
Como lidar com as incertezas e instabilidades
do mundo real e atual sem se deixar dominar
pela preocupação?

Infelizmente não há uma única resposta para
estas questões, na verdade são várias. Mas se
você me colocasse na parede e exigisse uma
resposta direta e certeira ela seria a célebre
frase de Dale Carnigie: “As pressões e
dificuldades na vida se dissipam a luz do
conhecimento”.

Uma das formas de reduzir os problemas e
adversidades no ambiente de trabalho é
conjugar o verbo aprender, isto mesmo, a letra
“A” no começo de algumas palavras têm o
sentido de negação, no caso da palavra
“aprender” o resultado seria mais ou menos
assim: NÃO se PRENDER a conceitos e atitudes
antigas, que talvez não funcionem mais nos dias
turbulentos de hoje e se PRENDER a novas
formas de fazer as mesmas coisas e quem sabe
o resultado venha de forma diferente.

A coisa funciona mais ou menos assim:

Caso você tenha um problema com o tempo,
isto é, 24 horas não são mais suficientes para
você, leia o livro “Os 12 mandamentos da
administração do tempo”, eu garanto que se
você colocar em prática pelo menos três dos
mandamentos do livro você ganha 20% a mais
de produtividade.

Talvez o seu problema não seja com o tempo e
sim a sua relação com o seu chefe ou superior
hierárquico complicado ou com os seus colegas
de trabalho. Neste caso faça um treinamento de
gestão    de    conflitos,   para    conquistar
competências de como agir assertivamente
com estas pessoas.

Se você trabalha na área de investigação,
perícias ou administrativa e o seu resultado não
está bom, talvez seja hora de ler sobre como
persuadir e influenciar pessoas, pois existem
técnicas que podem auxiliar muito este
processo.

Quer outro exemplo?

Talvez você seja um líder e não está
conseguindo fazer a sua equipe produzir com
eficácia, leia livros de como liderar melhor, faça
um treinamento, converse com líderes que
conseguem resultados, veja o que eles fazem e
o que você não faz.

E talvez você esteja pensando que artigo mais
doido é esse Dr. Jeferson Camillo! Será que ele
desconhece a verdade? E, a bem da verdade é
que nós POLICIAIS precisamos ser bem
preparados       física,    mentalmente       e
tecnicamente. Obtermos bons, ou melhor,
ótimos equipamentos, armamentos, viaturas,
aeronaves para socorrismo e localização de
foragidos em lugares inóspitos. E mais…

Mas pera lá! E o homem… e o ser humano por
debaixo dessa farda, uniforme que jurou
defender o cidadão com sua própria vida se
preciso for que cuida e zela por uma sociedade
ordeira, mantendo a justiça, separando os bons
dos maus. Esse profissional não precisa de
RECONHECIMENTO,          não     precisa    de
investimentos pesados nesse ser humano,
devendo ELE ser valorizado pelo ESTADO com
um salário DIGNO, principalmente nos dias
atuais.

E talvez você continue pensando: “Dr. Jeferson
Camillo o problema do POLICIAL no Brasil são
os péssimos vencimentos que estão recebendo
e a ausência total de treinamento efetivo com
valorização financeira face aos risco que esse
profissional é submetido e, o que é pior, não
reconhecido pelo chefe dos Executivos em cada
Estado”.

Neste ponto, começo a entender o profissional
da Segurança Pública no Brasil – o Policial, com
suas dificuldades, desafios e preocupações
próprias  de    um   profissional   extremante
competente e admirado por pessoas comuns do
mundo inteiro, porém com frustrações comuns
de qualquer chefe de família que necessita
levar para mesa de sua casa o fruto de seu
labor   admirado,  necessário,  mas    não
reconhecido pelo Governado e/ou Presidente
desta nação.

A resposta para o problema de        todos   os
POLICIAIS do Brasil é Resiliência.

Recomeçar, apesar dos desafios. Entenda mais
sobre resiliência e transforme revezes em
vitórias. E saiba “Como uma palavra tão
diferente pode ter um significado tão prático e
um resultado tão poderoso?”

Modismos à parte, resiliência passa a ser vista
cada dia mais como um comportamento
fundamental na vida de todo o ser humano que
está disposto a experimentar um patamar
superior em sua vida.

Podemos entender isso simplesmente como
melhorar de vida, padrão social, carro, casa,
emprego, carreira e assim por diante, ou
perceber o infinito de possibilidades que
existem contidos nesse conceito.

Afinal o que é resiliência?

Resiliência surgiu na física e significa a
capacidade humana de superar tudo, tirando
proveito   dos    sofrimentos, inerentes  às
dificuldades, é trabalhado em todas as áreas
como saúde, finanças, indústria, sociologia, e
psicologia. Embora seja um assunto muito
recente entre nós, já é trabalhado à anos na
América do Norte, com sucesso.

O estresse profissional é uma realidade
observada hoje nas mais diferentes áreas e
setores do mercado de trabalho, diferentemente
do que muitos imaginam, não está restrito
apenas para profissionais que exercem altos
cargos em grandes empresas. O problema está
presente nos mais distintos níveis hierárquicos,
em corporações e empresas de todos os portes,
isso se intensifica à medida que se aumentam
cobrança, pressão etc.

Neste mundo globalizado um grande diferencial
representa a pessoa resiliente, pois o mercado
procura profissionais que saibam trabalhar com
altos níveis de cobrança. Esses profissionais
recuperam-se     e    se   moldam     a   cada
“deformação” (obstáculo) situacional.

O equilíbrio humano é como a estrutura de um
prédio, se a pressão for maior que a resistência,
aparecerão      rachaduras     como     doenças
psicossomáticas que se manifestam nos
indivíduos que não possuem esta característica
ex: gastrite entre outras.

O   ser  humano   resiliente desenvolve  a
capacidade de recuperar – se e moldar – se
novamente a cada obstáculo e a cada desafio.
Quando mais resiliente for o indivíduo maior
será o desenvolvimento pessoal, isso torna uma
pessoa mais motivada e com capacidade de
contornar situações que apresente maior grau
de tensão.

Assim, um indivíduo submetido a situações de
estresse que tem a capacidade de superá-las
sem lesões mais severas – rachaduras – é um
resiliente.

Já o profissional que não possui este perfil é o
chamado “homem de vidro”, que se “quebra” ao
ser submetido às pressões e situações
estressantes.




Nesse sentido, a idéia de resiliência pode ser
comparada às modificações da forma de uma
bexiga parcialmente inflada. Se comprimida,
pode adquirir as formas mais diversas e em
seguida retorna ao estado inicial.

Existe dois tipos de indivíduos, aqueles que
nascem e os que se tornam resilientes. E todos
nós podemos nos tornar resiliêntes. Seguem
algumas dicas:
   Mentalizar seu projeto de vida, mesmo que
    não possa ser colocado em prática
    imediatamente;
   Sonhar com seu projeto é confortante e
    reduz a ansiedade;
   Aprender e adotar métodos práticos de
    relaxamento e meditação;
   Praticar esporte para aumentar o ânimo e a
    disposição.    Os    exercícios   aumentam
    endorfinas       e     testosterona      que,
    conseqüentemente, proporcionam sensação
    de bem-estar;
   Procurar manter o lar em harmonia, pois
    este é o “ponto de apoio para recuperar-se”;
   Aproveitar parte do tempo para ampliar os
    conhecimentos, pois isso aumenta a
    autoconfiança;
   Transformar-se em um otimista incurável,
    visualizando sempre um futuro bom;
   Assumir riscos – ter coragem;
   Tornar-se um “sobrevivente” repleto de
    recursos no mercado profissional;
   Apurar o senso de humor – desarmar os
    pessimistas;
   Separar bem quem você é e o que faz;
   Usar a criatividade para quebrar a rotina;
   Examinar e sobre a sua relação com o
    dinheiro; e,
   Permitir-se sentir dor, recuar e, às vezes,
    enfraquecer para em seguida retornar ao
    estado original.
A resiliência consiste no equilíbrio entre a
tensão e a habilidade de lutar, de atingir outro
nível de consciência, que nos traz uma
mudança de comportamento e a capacidade de
lidar com os obstáculos da vida e do
profissional.

Assim,   percebemos    que  “resiliência”  e a
“superação       de     adversidades”       são
comportamentos e é um conjunto de palavra
que poucas pessoas estão familiarizadas, ainda
desconhecendo o seu sentido e significado por
completo, pois, trata-se de um atributo pessoal
que atualmente a maioria das corporações,
órgãos governamentais e empresas buscam
encontrar nos profissionais das mais variadas
profissões, não somente nos cargos de chefia e
liderança mas em qualquer que seja o nível
hierárquico do profissional.

Mas tudo isso ainda é pouco.

Ser resiliente é balançar e não cair, se curvar
mas não se quebrar, levar punhos seqüenciais
no fígado e permanecer de pé, ir ao inferno e
voltar dele incólume, e ainda extrair dessa
chamuscante experiência idéias construtivas e
uma lição de vida.

Não é fácil. É privilégio de poucos. E de onde
essas pessoas tiram essa incrível capacidade
de superação?
Algumas são resilientes por natureza, porém,
segundo     pesquisadores,  é    perfeitamente
possível o desenvolvimento desse atributo.

O psiquiatra austríaco Viktor Frankl, fundador
da escola de “Logoterapia” foi praticamente o
pioneiro a desenvolver estudos sobre a
resiliência baseado na sua própria experiência
de vida quando foi prisioneiro no campo de
concentração em Auschwitz.

Em seu livro “A Busca do Sentido da Vida”,
Viktor Frankl diz que “só sobrevive aquele que
consegue    transcender   sua  existência  e
encontrar sentido em algo que está fora de si
próprio, como um amor ou um projeto”.

Enquanto prisioneiro, Viktor Frankl concentrou
seu pensamento no reencontro de sua esposa,
seus pais e nas aulas que iria ministrar quando
a guerra acabasse.

Preste atenção! A chave é sempre a busca de
um sentido para a vida.

Pesquisadores do assunto detectaram em
pessoas resilientes algumas características em
comum:     autoconfiança,     ampliação     dos
conhecimentos, flexibilidade, nível elevado de
improvisação,    empatia   e    facilidade  em
estabelecer    relacionamentos,   bom     humor
contagiante, rir da própria desgraça, apoio
moral e sempre visando algum projeto ou sonho
como disse o mestre Viktor Frankl.

O profissional resiliente sabe como gerenciar
dificuldades, enfrentar pressões por metas e
resultados, sabe recuar quando preciso, sabe
como lidar com o imprevisto, e até mesmo com
a perda do emprego e problemas dolorosos de
ordem pessoal sem se abalar, ou jogar a toalha.

As situações traumáticas são inevitáveis. Por
isso, as corporações, órgãos governamentais e
empresas de todos os portes cobiçam esses
profissionais.  Com     certeza,  são   esses
profissionais que fazem a diferença no quadro
corporativo.

A resiliência pode ser, também, o talento oculto
e quem não consegue reagir bem às mudanças,
acaba se tornando resistente – uma posição
antagônica à resiliência.

Resistente é aquele que prefere não sofrer
mudanças, procura evitar qualquer tipo de risco
e desafio, preferindo a zona de conforto. É
aquele camarada conhecido por “osso duro de
roer” e acaba trazendo problemas para seu
superior hierárquico e/ou gestor.

Conheci duas pessoas que retratam muito bem
essas duas figuras: Roberto, o resiliente e Júlio,
o resistente. Eles fizeram faculdade juntos e
Júlio começou a carreira com Roberto, no
mesmo posto, graduação ou cargo, como queira
entender o leitor. Ganhando um salário mínimo
e trabalhando bastante. Trabalhavam em uma
grande corporação, sob bastante pressão e
precisavam entregar resultados em curto prazo.
Eles se adaptaram rápido e, em alguns meses,
Roberto conseguiu sua primeira promoção. Júlio
não queria se inscrever em programas de
recrutamento interno tinha medo do novo. Sabia
que estava em uma posição confortável, onde já
dominava o trabalho e não precisava correr
“riscos desnecessários”.

Hoje, cinco anos depois, Roberto, o resiliente, é
Oficial Superior da corporação – ganha quinze
vezes mais que Júlio, o resistente, que está no
mesmo lugar, apontando a “sorte” de Roberto
na carreira.

Quem costuma ler meus livros, artigos e/ou
textos sabe que não gosto muito da sorte.
“Assim Falou Zaratustra” (Nietzsche) e “O
Príncipe” (Maquiavel), ensinaram lições que
mudaram minha postura em relação à carreira.
Júlio estava à mercê da sorte, resistente às
mudanças. Roberto “fez sua própria sorte”,
aceitou desafios e soube ser resiliente quando
necessário.

Entendo que a resiliência é uma espécie de
talento oculto, uma espécie de competência
que fica adormecida e só vem à tona quando há
realmente muita pressão sobre o profissional –
se ele a possuir, é claro.

Então, reflita sobre sua atual capacidade de
reagir às adversidades, à extrema pressão, e
procure trabalhar essa competência, tão
necessária quanto possuir liderança, boa
comunicação e trabalho em equipe.

Procuro descrever a resiliência como equilíbrio
emocional – uma competência que exige muita
maturidade, percepção do ambiente e auto-
avaliação contínua de sua posição perante o
grupo de trabalho.

Ser resiliente é um pré-requisito para buscar o
crescimento na carreira e aceitar novos
desafios. E, em minha opinião resiliência “é a
arte de transformar toda energia        de   um
problema em uma solução criativa”.




A grandeza de um ser humano não é medida
pelas suas realizações, mas sim pela coragem
que ele tem de pedir perdão, se perdoar e seguir
em frente, aprendendo transformando-se num
pessoa melhor a cada dia.
“O homem deve ser grande demais para
  reconhecer seus erros, esperto o suficiente
             para beneficiar-se deles
      e forte o suficiente para corrigi-los.”

Pressões por resultados melhores, dificuldades
nos   relacionamentos    e   instabilidade  na
corporação são coisas comuns hoje em dia e
como falamos tendem a ficar mais intensa com
esta explosão de crescimento que o nosso país
está passando. A diferença entre suportar e
superar tudo isto está na forma de lidar com
estas questões e talvez esteja na hora de você
aprender e desenvolver formas diferentes para
resolver velhos problemas.

E você… Consegue reagir bem às adversidades?
É resiliente ou resistente?

Pense nisso!

Um grande abraço de seu amigo de sempre e
até a próxima

                           Dr. Jeferson Camillo

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Como desenvolver resiliência no trabalho policial

  • 1. SUPERANDO A PRESSÃO E O STRESS NO TRABALHO POLICIAL Nesse sentido, começo a informar nosso leitor que 78% dos profissionais brasileiros que desenvolvem atividades na área da Segurança Pública sentem-se “angustiados” com relação ao “trabalho desenvolvido” em seu mister. E isso, ao meu ver é no mínimo “extremamente preocupante” face ao percentual obtido nessa pesquisa. Então, continuei refletindo sobre o assunto e fiz outra pergunta: “Como superar pressões e adversidades no trabalho?” Quero compartilhar com o leitor e destacar os estudos da International Stress Management Association - ISMA, entidade presente em vários países, incluindo o Brasil, que retratam um trabalhador cada vez mais cansado, nervoso, ansioso e preocupado. E fazendo um retrospecto das pesquisas da ISMA realizadas em nosso país nos últimos 05 (cinco) anos mostra os efeitos da pressão corporativa sobre o comportamento e a saúde dos POLICIAIS brasileiros das mais diversas carreiras profissionais, bem como de outras atividades profissionais. E, por essa razão, apresento aqui alguns números que em minha humilde opinião é alarmante:
  • 2. 82% dos profissionais pesquisados apresentavam traços de ansiedade em diversos graus;  78% sentem-se angustiados em relação ao trabalho;  52% momentos de agressividade em casa oriundo do stress na corporação; e,  32% têm problemas gastro-intestinais. Esses dados apenas ilustram o que sentimos, isto é, está cada vez mais difícil lidar com as pressões no trabalho. Não quero parecer pessimista, nem bancar o cavaleiro do apocalipse corporativo, mas, para ser bem franco, não acredito que a situação vá melhorar. Você acredita? Acho que também não. Tudo indica que, pelo menos nos próximos anos, a velocidade das mudanças continuará acelerada, a competitividade prosseguirá se intensificando e as empresas continuarão perseguindo resultados cada vez mais ambiciosos, afinal precisam sobreviver. Agora vamos ao que é mais importante: Como suportar estas crescentes pressões no trabalho? Como enfrentar problemas e crises sem ficar tão desgastado?
  • 3. Como lidar com as incertezas e instabilidades do mundo real e atual sem se deixar dominar pela preocupação? Infelizmente não há uma única resposta para estas questões, na verdade são várias. Mas se você me colocasse na parede e exigisse uma resposta direta e certeira ela seria a célebre frase de Dale Carnigie: “As pressões e dificuldades na vida se dissipam a luz do conhecimento”. Uma das formas de reduzir os problemas e adversidades no ambiente de trabalho é conjugar o verbo aprender, isto mesmo, a letra “A” no começo de algumas palavras têm o sentido de negação, no caso da palavra “aprender” o resultado seria mais ou menos assim: NÃO se PRENDER a conceitos e atitudes antigas, que talvez não funcionem mais nos dias turbulentos de hoje e se PRENDER a novas formas de fazer as mesmas coisas e quem sabe o resultado venha de forma diferente. A coisa funciona mais ou menos assim: Caso você tenha um problema com o tempo, isto é, 24 horas não são mais suficientes para você, leia o livro “Os 12 mandamentos da administração do tempo”, eu garanto que se você colocar em prática pelo menos três dos
  • 4. mandamentos do livro você ganha 20% a mais de produtividade. Talvez o seu problema não seja com o tempo e sim a sua relação com o seu chefe ou superior hierárquico complicado ou com os seus colegas de trabalho. Neste caso faça um treinamento de gestão de conflitos, para conquistar competências de como agir assertivamente com estas pessoas. Se você trabalha na área de investigação, perícias ou administrativa e o seu resultado não está bom, talvez seja hora de ler sobre como persuadir e influenciar pessoas, pois existem técnicas que podem auxiliar muito este processo. Quer outro exemplo? Talvez você seja um líder e não está conseguindo fazer a sua equipe produzir com eficácia, leia livros de como liderar melhor, faça um treinamento, converse com líderes que conseguem resultados, veja o que eles fazem e o que você não faz. E talvez você esteja pensando que artigo mais doido é esse Dr. Jeferson Camillo! Será que ele desconhece a verdade? E, a bem da verdade é que nós POLICIAIS precisamos ser bem preparados física, mentalmente e
  • 5. tecnicamente. Obtermos bons, ou melhor, ótimos equipamentos, armamentos, viaturas, aeronaves para socorrismo e localização de foragidos em lugares inóspitos. E mais… Mas pera lá! E o homem… e o ser humano por debaixo dessa farda, uniforme que jurou defender o cidadão com sua própria vida se preciso for que cuida e zela por uma sociedade ordeira, mantendo a justiça, separando os bons dos maus. Esse profissional não precisa de RECONHECIMENTO, não precisa de investimentos pesados nesse ser humano, devendo ELE ser valorizado pelo ESTADO com um salário DIGNO, principalmente nos dias atuais. E talvez você continue pensando: “Dr. Jeferson Camillo o problema do POLICIAL no Brasil são os péssimos vencimentos que estão recebendo e a ausência total de treinamento efetivo com valorização financeira face aos risco que esse profissional é submetido e, o que é pior, não reconhecido pelo chefe dos Executivos em cada Estado”. Neste ponto, começo a entender o profissional da Segurança Pública no Brasil – o Policial, com suas dificuldades, desafios e preocupações próprias de um profissional extremante competente e admirado por pessoas comuns do mundo inteiro, porém com frustrações comuns
  • 6. de qualquer chefe de família que necessita levar para mesa de sua casa o fruto de seu labor admirado, necessário, mas não reconhecido pelo Governado e/ou Presidente desta nação. A resposta para o problema de todos os POLICIAIS do Brasil é Resiliência. Recomeçar, apesar dos desafios. Entenda mais sobre resiliência e transforme revezes em vitórias. E saiba “Como uma palavra tão diferente pode ter um significado tão prático e um resultado tão poderoso?” Modismos à parte, resiliência passa a ser vista cada dia mais como um comportamento fundamental na vida de todo o ser humano que está disposto a experimentar um patamar superior em sua vida. Podemos entender isso simplesmente como melhorar de vida, padrão social, carro, casa, emprego, carreira e assim por diante, ou perceber o infinito de possibilidades que existem contidos nesse conceito. Afinal o que é resiliência? Resiliência surgiu na física e significa a capacidade humana de superar tudo, tirando proveito dos sofrimentos, inerentes às dificuldades, é trabalhado em todas as áreas
  • 7. como saúde, finanças, indústria, sociologia, e psicologia. Embora seja um assunto muito recente entre nós, já é trabalhado à anos na América do Norte, com sucesso. O estresse profissional é uma realidade observada hoje nas mais diferentes áreas e setores do mercado de trabalho, diferentemente do que muitos imaginam, não está restrito apenas para profissionais que exercem altos cargos em grandes empresas. O problema está presente nos mais distintos níveis hierárquicos, em corporações e empresas de todos os portes, isso se intensifica à medida que se aumentam cobrança, pressão etc. Neste mundo globalizado um grande diferencial representa a pessoa resiliente, pois o mercado procura profissionais que saibam trabalhar com altos níveis de cobrança. Esses profissionais recuperam-se e se moldam a cada “deformação” (obstáculo) situacional. O equilíbrio humano é como a estrutura de um prédio, se a pressão for maior que a resistência, aparecerão rachaduras como doenças psicossomáticas que se manifestam nos indivíduos que não possuem esta característica ex: gastrite entre outras. O ser humano resiliente desenvolve a capacidade de recuperar – se e moldar – se
  • 8. novamente a cada obstáculo e a cada desafio. Quando mais resiliente for o indivíduo maior será o desenvolvimento pessoal, isso torna uma pessoa mais motivada e com capacidade de contornar situações que apresente maior grau de tensão. Assim, um indivíduo submetido a situações de estresse que tem a capacidade de superá-las sem lesões mais severas – rachaduras – é um resiliente. Já o profissional que não possui este perfil é o chamado “homem de vidro”, que se “quebra” ao ser submetido às pressões e situações estressantes. Nesse sentido, a idéia de resiliência pode ser comparada às modificações da forma de uma bexiga parcialmente inflada. Se comprimida, pode adquirir as formas mais diversas e em seguida retorna ao estado inicial. Existe dois tipos de indivíduos, aqueles que nascem e os que se tornam resilientes. E todos nós podemos nos tornar resiliêntes. Seguem algumas dicas:
  • 9. Mentalizar seu projeto de vida, mesmo que não possa ser colocado em prática imediatamente;  Sonhar com seu projeto é confortante e reduz a ansiedade;  Aprender e adotar métodos práticos de relaxamento e meditação;  Praticar esporte para aumentar o ânimo e a disposição. Os exercícios aumentam endorfinas e testosterona que, conseqüentemente, proporcionam sensação de bem-estar;  Procurar manter o lar em harmonia, pois este é o “ponto de apoio para recuperar-se”;  Aproveitar parte do tempo para ampliar os conhecimentos, pois isso aumenta a autoconfiança;  Transformar-se em um otimista incurável, visualizando sempre um futuro bom;  Assumir riscos – ter coragem;  Tornar-se um “sobrevivente” repleto de recursos no mercado profissional;  Apurar o senso de humor – desarmar os pessimistas;  Separar bem quem você é e o que faz;  Usar a criatividade para quebrar a rotina;  Examinar e sobre a sua relação com o dinheiro; e,  Permitir-se sentir dor, recuar e, às vezes, enfraquecer para em seguida retornar ao estado original.
  • 10. A resiliência consiste no equilíbrio entre a tensão e a habilidade de lutar, de atingir outro nível de consciência, que nos traz uma mudança de comportamento e a capacidade de lidar com os obstáculos da vida e do profissional. Assim, percebemos que “resiliência” e a “superação de adversidades” são comportamentos e é um conjunto de palavra que poucas pessoas estão familiarizadas, ainda desconhecendo o seu sentido e significado por completo, pois, trata-se de um atributo pessoal que atualmente a maioria das corporações, órgãos governamentais e empresas buscam encontrar nos profissionais das mais variadas profissões, não somente nos cargos de chefia e liderança mas em qualquer que seja o nível hierárquico do profissional. Mas tudo isso ainda é pouco. Ser resiliente é balançar e não cair, se curvar mas não se quebrar, levar punhos seqüenciais no fígado e permanecer de pé, ir ao inferno e voltar dele incólume, e ainda extrair dessa chamuscante experiência idéias construtivas e uma lição de vida. Não é fácil. É privilégio de poucos. E de onde essas pessoas tiram essa incrível capacidade de superação?
  • 11. Algumas são resilientes por natureza, porém, segundo pesquisadores, é perfeitamente possível o desenvolvimento desse atributo. O psiquiatra austríaco Viktor Frankl, fundador da escola de “Logoterapia” foi praticamente o pioneiro a desenvolver estudos sobre a resiliência baseado na sua própria experiência de vida quando foi prisioneiro no campo de concentração em Auschwitz. Em seu livro “A Busca do Sentido da Vida”, Viktor Frankl diz que “só sobrevive aquele que consegue transcender sua existência e encontrar sentido em algo que está fora de si próprio, como um amor ou um projeto”. Enquanto prisioneiro, Viktor Frankl concentrou seu pensamento no reencontro de sua esposa, seus pais e nas aulas que iria ministrar quando a guerra acabasse. Preste atenção! A chave é sempre a busca de um sentido para a vida. Pesquisadores do assunto detectaram em pessoas resilientes algumas características em comum: autoconfiança, ampliação dos conhecimentos, flexibilidade, nível elevado de improvisação, empatia e facilidade em estabelecer relacionamentos, bom humor contagiante, rir da própria desgraça, apoio
  • 12. moral e sempre visando algum projeto ou sonho como disse o mestre Viktor Frankl. O profissional resiliente sabe como gerenciar dificuldades, enfrentar pressões por metas e resultados, sabe recuar quando preciso, sabe como lidar com o imprevisto, e até mesmo com a perda do emprego e problemas dolorosos de ordem pessoal sem se abalar, ou jogar a toalha. As situações traumáticas são inevitáveis. Por isso, as corporações, órgãos governamentais e empresas de todos os portes cobiçam esses profissionais. Com certeza, são esses profissionais que fazem a diferença no quadro corporativo. A resiliência pode ser, também, o talento oculto e quem não consegue reagir bem às mudanças, acaba se tornando resistente – uma posição antagônica à resiliência. Resistente é aquele que prefere não sofrer mudanças, procura evitar qualquer tipo de risco e desafio, preferindo a zona de conforto. É aquele camarada conhecido por “osso duro de roer” e acaba trazendo problemas para seu superior hierárquico e/ou gestor. Conheci duas pessoas que retratam muito bem essas duas figuras: Roberto, o resiliente e Júlio, o resistente. Eles fizeram faculdade juntos e
  • 13. Júlio começou a carreira com Roberto, no mesmo posto, graduação ou cargo, como queira entender o leitor. Ganhando um salário mínimo e trabalhando bastante. Trabalhavam em uma grande corporação, sob bastante pressão e precisavam entregar resultados em curto prazo. Eles se adaptaram rápido e, em alguns meses, Roberto conseguiu sua primeira promoção. Júlio não queria se inscrever em programas de recrutamento interno tinha medo do novo. Sabia que estava em uma posição confortável, onde já dominava o trabalho e não precisava correr “riscos desnecessários”. Hoje, cinco anos depois, Roberto, o resiliente, é Oficial Superior da corporação – ganha quinze vezes mais que Júlio, o resistente, que está no mesmo lugar, apontando a “sorte” de Roberto na carreira. Quem costuma ler meus livros, artigos e/ou textos sabe que não gosto muito da sorte. “Assim Falou Zaratustra” (Nietzsche) e “O Príncipe” (Maquiavel), ensinaram lições que mudaram minha postura em relação à carreira. Júlio estava à mercê da sorte, resistente às mudanças. Roberto “fez sua própria sorte”, aceitou desafios e soube ser resiliente quando necessário. Entendo que a resiliência é uma espécie de talento oculto, uma espécie de competência
  • 14. que fica adormecida e só vem à tona quando há realmente muita pressão sobre o profissional – se ele a possuir, é claro. Então, reflita sobre sua atual capacidade de reagir às adversidades, à extrema pressão, e procure trabalhar essa competência, tão necessária quanto possuir liderança, boa comunicação e trabalho em equipe. Procuro descrever a resiliência como equilíbrio emocional – uma competência que exige muita maturidade, percepção do ambiente e auto- avaliação contínua de sua posição perante o grupo de trabalho. Ser resiliente é um pré-requisito para buscar o crescimento na carreira e aceitar novos desafios. E, em minha opinião resiliência “é a arte de transformar toda energia de um problema em uma solução criativa”. A grandeza de um ser humano não é medida pelas suas realizações, mas sim pela coragem que ele tem de pedir perdão, se perdoar e seguir em frente, aprendendo transformando-se num pessoa melhor a cada dia.
  • 15. “O homem deve ser grande demais para reconhecer seus erros, esperto o suficiente para beneficiar-se deles e forte o suficiente para corrigi-los.” Pressões por resultados melhores, dificuldades nos relacionamentos e instabilidade na corporação são coisas comuns hoje em dia e como falamos tendem a ficar mais intensa com esta explosão de crescimento que o nosso país está passando. A diferença entre suportar e superar tudo isto está na forma de lidar com estas questões e talvez esteja na hora de você aprender e desenvolver formas diferentes para resolver velhos problemas. E você… Consegue reagir bem às adversidades? É resiliente ou resistente? Pense nisso! Um grande abraço de seu amigo de sempre e até a próxima Dr. Jeferson Camillo