A síndrome dos ovários poliquísticos é uma desordem endócrina que afeta os ovários e causa anovulação crônica e hiperandrogenismo. Ela ocorre quando os ovários produzem muitos folículos pequenos que não amadurecem e não ovulam, resultando em quistos nos ovários. Isso pode levar a problemas de fertilidade e outros sintomas como acne e crescimento excessivo de pelos. O tratamento depende dos sintomas e pode incluir anticoncepcionais ou indução da ovulação.
2. A infertilidade é uma
incapacidade temporária ou
permanente (situação rara)
de conceber um filho e levar
até ao fim a gravidez.
É um problema comum.
Pode provir de homens
(cerca de 40% dos casos) e/
ou de mulheres (cerca 40%
dos casos).
3. Independentemente de
quem esteja na origem,
afecta ambos.
Em 85% dos casos, as
causas podem ser
diagnosticadas através do
estudo adequado do casal,
podendo assim ser aplicado
o tratamento mais adequado
para solucionar o problema.
4. A ovulação consiste Anovulação é o termo
na libertação de um médico que designa a
óvulo maduro por um ausência de ovulação
ovário e é (falha dos ovários em
fundamental para o libertar um oócito).
processo de
reprodução.
5. Pode ter início na puberdade.
Afecta 20 a 25 % das mulheres e
é relativamente comum
É o principal factor para o
desencadeamento da síndrome
do ovário poliquístico (SOP).
Pode ser causada por :
1. desequilíbrios hormonais ou
químicos
2. ou problemas funcionais
(entre os quais a idade e a
menopausa precoce)
6. Desequilíbrio hormonal é a causa mais
comum -70% dos casos.
Consiste na não produção de
folículos suficientes para o
desenvolvimento do óvulo.
O hipotálamo controla a glândula
pituitária;
A glândula pituitária controla a
maioria das glândulas hormonais no
corpo humano, afectando-as.
7. Alguns dos sintomas são :
falta
de menstruação (amenorreia)- 20%
das mulheres,
menstruação não frequente e de pouco
fluxo - 40% das mulheres,
dor
ou sensibilidade nos seios (falta de
mastalgia)- 20% das mulheres,
aumento de pêlos masculinos na face e
no corpo,
variação da temperatura corporal.
8. Para o tratamento da anovulação, que
é adaptável a cada paciente ,é
necessário, primeiro, diagnosticar o
tipo de anovulação de que se trata.
9. Esta síndrome foi descrita pela primeira vez em
1935 por Stein e Leventhal (daí também se poder
chamar síndrome de Stein e Leventhal).
Afecta cerca de 5 a 10% das mulheres.
Nos casos de infertilidade é o caso mais comum,
afectando 70% das mulheres.
Existem também 20 a 30% de mulheres, que têm
quistos nos ovários mas que nao apresentam a
síndrome.
10.
11. A SOP normalmente inicia-se na puberade e é
progressiva até à menopausa, piorando com a
idade.
A relevância da doença define-se de acordo com
a fase da vida em que a mulher se encontra.
A maior parte das mulheres só se apercebe da
doença quando tenta engravidar e não consegue.
12. Ter ovários poliquisticos significa que uma
mulher tem no(s) seu(s) ovário(s) vários
quistos.
Já a síndrome dos ovários poliquisticos é
uma desordem complexa de origem
endrócrina que afecta quatro compartimentos
endócrinos: ovários, glândulas supra-renais,
pele e, principalmente, provoca uma disfunção
e tem como principais elementos a
anovulação crónica e o hiperandrogenismo.
13. Em cada ciclo normal, cada ovário produz
folículos (normalmente dez por mês) e um
deles vai amadurecendo até estar na altura
própria para ser expulso pelo ovário-
ovulação.
Todas as mulheres, nos seus ovários,
produzem, fisiologicamente, androgénios –
testosterona-, responsáveis pelo estímulo
sexual.
As mulheres com ovários poliquísticos
produzem uma quantidade maior de
hormonas masculinas.
Este desequilíbrio hormonal leva a uma
maior produção de testosterona que, além
de aumentar a possibilidade de incidência
de quistos interfere na ovulação impedindo-
a.
14. O folículo de cada mês, devido às
alerações hormonais, não
completa o seu amdurecimento e
por isso não ocorre a ovulação,
acabando por atrofiar e se
degenerarem nos ovários
juntamente com outros folículos.
São estes folículos atrofiados-
quistos- que se vêem quando se
faz uma ultra-sonografia.
Normalmente estes quistos são
em número de 10 a 20 e medem
aproximadamente meio
centrímetro de diâmetro.
Visto que não hà ovulação é obvio
que é impossivel a fecundação e
daí a SOP ser uma problema de
infertilidade.
15. Apesarde toda a tecnologia actual e
da quantidade de casos existentes,
ainda não é certa a fisiopatologia desta
síndrome e as razões para o seu
desenvolvimento
16. Pensa-se que a SOP está relacionada com o
aumento da hormona LH (Hormona Lutioestimulina)
que estimula os ovários a produzirem mais
androgénios (neste caso a testosterona)
Isto desregula o controlo da produção de outras
hormonas impedindo o amadurecimento do folículo
até à altura da ovulação.
O que ainda está em estudo é o que provoca este
desiquilibrio a nível hormonal e para isto,
actualmente, relaciona-se com a resistência à
insulina, hiperandrogenismo e a alteração na
dinâmica das gonadotropinas.
17. Estes problemas acabam por se
manifestar através do acne, do
hirsutismo, seborreia e
alopecia.
Todos estes fenómenos,
relacionados com a unidade
polissebacea, fazem com que
muitas vezes sejam os
dermatologistas a fazer um
diagnóstico precoce evitando o
atraso na aplicação de medidas
terapeutico-preventivas.
18. Uma outra hipótese explicativa é,
por exemplo, numa mulher obesa, a
insulina não conseguir metabolizar
todo o açúcar que entra no corpo
da mulher e isso obrigar a que o
pâncreas produza mais insulina -
hiperinsulinémica.
Esta produção leva os ovários a
produzir hormonas masculinas em
maior quantidade que o normal
(podendo afectar a fertilidade
feminina) o que por sua vez leva à
libertação da hormona LH
(produzida pela hipófise para
estimular os ovários),
desregularizando todo o ciclo de
hormonas afectando a ovulação.
19.
20. Irregularidademenstrual
(cerca de 29% dos casos)
Ausência de menstruação
(cerca de 51% dos casos)
Aparecimento de acne e virilização
(cerca de 21% dos casos)
Hisurtismo ou aparecimento de pêlos
masculinos (cerca de 69% dos casos)
21. É NECESSÁRIO FAZER EXAMES NÃO BASTAM OS SINTOMAS!
Quando se manifestam alguns destes sintomas as pacientes
realizam exames (ultra- sonografia) ou uma medição da dosagem
hormonal
22.
23. Se não existe o desejo de engravidar:
Anticoncepcionais orais Medicamentos à
(pílula) base de progesterona
24. Existem também métodos cirúrgicos
para o tratamento desta doença mas
actualmente são pouco usados.
25. Muitas vezes a síndrome está associada
à resistência da paciente à insulina e um
dos possíveis tratamentos é o uso de
medicamentos para a diabetes.
26. Quando há desejo de engravidar:
Induzir a ovulação é um possível
tratamento.
27. Pretendendo ou não engravidar qualquer mulher
portadora da síndrome terá que ter alguns cuidados.
28.
29. Pacientes que possuam esta doença deveram ser correctamente
avaliadas em relação à resistência à insulina e a síndrome
metabólica, pois são doenças que abrem o caminho para se
desenvolverem alterações vasculares, diabetes, hipertensão
arterial e aumentar o risco cardiovascular.
30. Posicionamento
do quisto
ovariano dentro
de um saco
laparoscópico
(endobag)
Aspiração do
conteúdo do
quisto
Descolamento da
parede do quisto
do tecido
ovariano