O documento discute a fisiologia do ciclo menstrual normal, que geralmente dura 28 dias e é dividido em 3 fases de acordo com as alterações hormonais: a fase folicular, a fase ovulatória e a fase lútea. Detalha cada uma das fases e explica que após a fase lútea ocorre a menstruação, que dura entre 5 a 7 dias.
2. Assistência Materno - Infantil
Turbilhão de sentimentos. Sofrimento. Felicidade. Intensidade.
Maternidade. Amor. Loucura. Muita Solidão. Ninguém entende o seu
mundo, a não ser, quem passou por isso recentemente, e mesmo assim,
precisa ter alguma identificação. Tudo escuro. Neblina. Noite. Mas ... Lua
cheia. Bonita. Grande. Majestosa. Lua cheia que ilumina, e, ao mesmo
tempo, trás mistérios. Maternidade. Lua, lua ...
Carol Valente
Prof. (a) Cristina Renolphi
3. Fisiologia da Menstruação
O ciclo menstrual geralmente dura cerca de 28 dias e é dividido em 3
fases, de acordo com as alterações hormonais que ocorrem durante o
mês. A menstruação representa os anos férteis da vida da mulher, que
iniciam na adolescência e duram até a menopausa.
No entanto, é normal que a duração do ciclo varie entre 25 e 35 dias, mas
ciclos com intervalos mais curtos ou mais longos do que estes podem
representar problemas de saúde como ovários policísticos.
5. Ciclo Menstrual Normal
O ciclo menstrual normal dura em média 28 dias, tendo início no primeiro
dia de menstruação e terminando quando a menstruação do mês seguinte
inicia. Cada ciclo é dividido em 3 fases:
Fase folicular: começa no primeiro dia da menstruação e dura em média
12 dias;
Fase ovulatória/ovulação: dura cerca de 8 dias, e é quando ocorre a
ovulação, que normalmente acontece na metade do ciclo. Para um ciclo
de 28 dias, por exemplo, a ovulação acontece no 14º dia;
Fase lútea: dura em média 10 dias e prepara o útero para o início da
próxima menstruação.
Após finalizadas as 3 fases, ocorre a menstruação, que é o descolamento
do revestimento do útero, caracterizada por sangramento vaginal que
dura cerca de 5 a 7 dias.
6. Ciclo Menstrual Irregular
O ciclo menstrual irregular é aquele em que não se sabe quando a
menstruação irá vir. As causas mais comuns de ciclo irregular são:
Início da vida fértil na adolescência, até 2 anos após a primeira
menstruação;
Período pós gravidez;
Pré-menopausa, devido às intensas alterações hormonais;
Distúrbios da alimentação que causam perda de peso em excesso, como
anorexia nervosa;
Excesso de atividade física intensa, principalmente em mulheres atletas;
Hipertireoidismo;
Ovários policísticos;
Mudança de anticoncepcional;
7. Ciclo Menstrual Irregular
Estresse ou distúrbios emocionais;
Presença de inflamação, pólipos ou tumores no aparelho
reprodutor feminino.
Na presença de ciclo menstrual irregular ou quando o ciclo
menstrual não ocorre por mais de 3 meses, deve-se procurar
o ginecologista para investigar a causa do problema.
8. Hipófise:A hipófise, também chamada de pituitária, é uma glândula
pequena que se localiza na base do encéfalo. Muitos a classificam como a
glândula mestra do corpo, pois os hormônios que ela produz regulam o
funcionamento de outras glândulas.
9. Hormônio FSH e LH
O FSH, hormônio foliculotrófico ou folículo-estimulante, é produzido
pela hipófise e é uma das gonadotrofinas, juntamente com o LH.
Apresenta como funções: regular o desenvolvimento, o crescimento, a
maturação puberal, os processos reprodutivos e a secreção de esteróides
sexuais, nas gônadas (testículos e ovários).
O LH ou Hormônio Luteinizante é um hormônio produzido na hipófise
(glândula pituitária) em homens e mulheres. Nas mulheres, o LH é uma
parte importante do ciclo menstrual. Ele trabalha em conjunto com o
hormônio folículo-estimulante (FSH), que também é produzido na hipófise.
10. Hormônio Prolactina
A prolactina é um hormônio estimulado pela hipófise, glândula que fica no
cérebro, ela é responsável não só pela prolactina, mas também por diversos
outros hormônios do corpo humano. No caso exatamente da prolactina, ela é
a responsável pela estimulação do leite na mulher. Logo após o parto, o
corpo manda sinal para a hipófise que o nascimento aconteceu e assim por
sua vez envia ao corpo o sinal de que a amamentação já pode se
iniciar. Porém não só após o parto a prolactina pode aparecer, ela pode surgir
de uma hora para outra no corpo da mulher. A hipófise pode enviar sinais
para produção de prolactina mesmo sem a mulher ter dado a luz. Isso
explicaria diversos casos de mulheres que podem ter leite em algum
momento do ciclo. O aumento da prolactina também pode se dar nos
homens! Ao contrário do que se pensa, eles podem sim produzir quantidades
mínimas de prolactina se a hipófise enviar esse sinal. Porém as
consequências da prolactina no corpo do homem é um pouco diferente do
que para a mulher.
12. Exame das mamas:
As mamas devem ser inspecionadas com a paciente sentada, com os
braços pendentes ao lado do corpo (inspeção estática). A palpação das
mamas abrange o exame dos linfonodos das cadeias axilares, que deve
ser realizado com a paciente na posição sentada. Após examinar toda a
mama, o mamilo deve ser espremido delicadamente para determinar se
existe alguma secreção.
Devem ser relatadas as seguintes alterações: presença de nódulos,
adensamentos, secreções mamilares ou areolares, entre outras.
Nas mulheres submetidas à mastectomia, deve-se examinar
minuciosamente a cicatriz cirúrgica e toda a parede torácica.
13.
14.
15. Exame ginecológico
A posição ginecológica ou de litotomia é a preferida para a realização do
exame ginecológico. Coloca-se a paciente em decúbito dorsal, com as
nádegas na borda da mesa, as pernas fletidas sobre as coxas e, estas,
sobre o abdômen, amplamente abduzidas.
O exame dos órgãos genitais deve ser feito numa seqüência lógica:
a) órgãos genitais externos- vulva
b) órgãos genitais internos- vagina, útero, trompas e ovários
23. Definição
Sífilis
A sífilis é doença infecciosa crônica, que desafia há séculos a humanidade.
Acomete praticamente todos os órgão e sistemas, e, apesar de ter tratamento
eficaz e de baixo custo, vem-se mantendo como problema de saúde pública até os
dias atuais. É uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum.
24. Transmissão
A penetração do treponema é realizada por pequenas abrasões decorrentes da
relação sexual. Logo após, o treponema atinge o sistema linfático regional e, por
disseminação hematogênica, outras partes do corpo. A resposta da defesa local
resulta em erosão e ulceração no ponto de inoculação.
A sífilis é doença transmitida pela via sexual (sífilis adquirida) e verticalmente (sífilis
congênita) pela placenta da mãe para o feto. O contato com as lesões contagiantes
(cancro duro e lesões secundárias) pelos órgãos genitais é responsável por 95%
dos casos de sífilis.
Outras formas de transmissão mais raras e com menor interesse epidemiológico são
por via indireta (objetos contaminados, tatuagem) e por transfusão sangüínea.
25. SÍFILIS PRIMÁRIA
A lesão específica é o cancro duro, que surge no local da inoculação em média três
semanas após a infecção. É inicialmente uma pápula de cor rósea, que evolui para
um vermelho mais intenso e ulceração. Em geral o cancro é único, indolor,
praticamente sem manifestações inflamatórias . Após uma ou duas semanas aparece
uma reação ganglionar de nódulos duros e indolores.
Localiza-se na região genital em 90% a 95% dos casos. No homem é mais comum
na glânde. Na mulher é mais freqüente nos pequenos lábios, parede vaginal e colo
uterino.
O cancro regride espontaneamente em período que varia de quatro a cinco semanas
sem deixar cicatriz.
26.
27.
28.
29.
30. SÍFILIS SECUNDÁRIA
Após período de latência (período sem aparecimento de sintomas visíveis) que pode
durar de seis a oito semanas, a doença entrará novamente em atividade. O
acometimento afetará a pele e os órgãos internos correspondendo à distribuição do T.
pallidum por todo o corpo.
Na pele, as lesões ocorrem de forma regular. Podem apresentar-se sob a forma de
máculas de cor eritematosa (roséola sifilítica).
O acometimento das regiões palmares e plantares é bem característico. Algumas
vezes a descamação é intensa.
31.
32.
33. SÍFILIS TERCIÁRIA (Neurosífilis)
Os pacientes nessa fase desenvolvem lesões localizadas envolvendo pele e
mucosas, sistema cardiovascular e nervoso. Em geral a característica das lesões
terciárias é a formação de granulomas e ausência quase total de treponemas.
Podem estar acometidos ainda ossos, músculos e fígado.
34.
35. A sífilis congênita é o resultado da disseminação via sistema sanguíneo do T.
pallidum da gestante infectada não tratada ou inadequadamente tratada para o
concepto por via transplacentária (transmissão vertical).
A infecção do embrião pode ocorrer em qualquer fase gestacional ou estágio da
doença materna. Os principais fatores que determinam a probabilidade de
transmissão são o estágio da sífilis na mãe e a duração da exposição do feto no
útero. Portanto, a transmissão será maior nas fases iniciais da doença, quando há
mais bactérias na circulação. A contaminação do feto pode ocasionar abortamento,
óbito fetal e morte neonatal em 40% dos conceptos infectados ou o nascimento de
crianças com sífilis.
Definição
36. O Ministério da Saúde determina que grávidas façam três exames para sífilis:
um logo no começo da gestação, um no terceiro trimestre e outro logo antes
do parto. O governo recomenda ainda que o parceiro da gestante também
seja testado.
Quando não há evidencia de sinais e ou sintomas, é necessário fazer um testes
laboratoriais (sorologia) . Mas, como o exame busca por anticorpos contra a
bactéria, só pode ser feito trinta dias após o contágio.
Diagnóstico
O Exame do líquido cefalorraquidiano (LCR) é necessário para detectar ou afastar
a neurossífilis. Alterações na contagem de linfócitos (>25 leucócitos/mm3); e na
dosagem de proteínas (>100 mg/dl) do recém-nascido (após o período neonatal,
os valores são > 5 leucócitos e > 40 MG/D1, respectivamente) associados ou não
com VDRL reagente, definem o quadro.
37. Classificação
Sífilis Congênita Precoce
Os sinais e sintomas surgem até os 2 anos de vida.
Sífilis Congênita Tardia
Os sinais e sintomas surgem a partir dos 2 anos de vida.
Natimorto por Sífilis
Todo caso de óbito fetal com mais de 22 semanas de gestação ou peso maior que
500g, de mãe não tratada ou inadequadamente tratada para sífilis.
38.
39.
40. Tratamento: Feito com Penicilina G Benzatina, e em casos Alérgicos utiliza-se a Eritromicina,
Tetraciclina ou Doxiciclina.
41. Exame dos órgãos genitais internos
Citologia Oncótica (Papanicolau)
O teste de Papanicolau é um exame ginecológico de citologia cervical de
realizado como prevenção ao câncer do colo do útero.
Seu nome traz a identidade de seu idealizador, o médico grego Geórgios
Papanicolau, considerado o pai da citopatológia.
O exame deve ser realizado em todas as mulheres com vida sexual ativa
ou não, pelo menos uma vez ao ano. Após três exames anuais
consecutivos normais, o teste de Papanicolau pode ser realizado com
menor freqüência, podendo ser, em mulheres de baixo risco, até a cada
três anos, de acordo com a análise do médico, porém mulheres com pelo
menos um fator de risco para câncer do colo uterino devem continuar se
submetendo ao exame anual.
É realizado através de um instrumento denominado espéculo, podendo
ser metálicos ou de plástico, descartáveis, apresentando quatro
tamanhos: pequeno (nº 1), médio (nº 2) ou grande (nº3). Deve-se escolher
sempre o menor espéculo que possibilite o exame adequado, de forma a
não provocar desconforto na paciente.
42.
43.
44.
45. Classificação e interpretação do
Papanicolau
O exame Papanicolau, também chamado de exame ginecológico
preventivo ou citologia vaginal, é atualmente a principal arma que
dispomos na prevenção do câncer do colo do útero, o terceiro tipo mais
comum de câncer na população feminina em todo o mundo.
O principal objetivo do exame Papanicolau é detectar precocemente
alterações pré-malignas na mucosa do colo do útero, geralmente
provocadas pelo vírus HPV, de forma que o ginecologista possa intervir a
tempo, impedindo o surgimento de uma câncer invasivo. Quando
detectado em fases iniciais, o câncer de colo do útero é plenamente
curável.
O Papanicolau é um exame de rastreio, ou seja, ele não faz o diagnóstico
do câncer de colo uterino. Quem faz o diagnóstico do câncer é a biópsia
do colo do útero. O papel do exame Papanicolau é dizer quais são as
mulheres que possuem um risco maior de terem lesões pré-malignas e,
portanto, precisam ser submetidas à biópsia e tratamento.
46. Classificação
A forma como cada laboratório fornece o laudo do teste de Papanicolau
pode ser bastante diferente. É importante também frisar que a
nomenclatura mudou recentemente, por isso, se você for comparar um
exame atual como outro mais antigo, eles podem ter resultados
semelhantes, mas descrições bem diferentes.
Antigamente os laudos vinham descrevendo as classes do Papanicolau:
Papanicolau classe I – ausência de células anormais.
Papanicolau classe II – alterações celulares benignas, geralmente
causadas por processo inflamatórios.
Papanicolau classe III – Presença de células anormais (incluindo NIC 1,
NIC 2 e NIC 3).
Papanicolau classe IV – Citologia sugestiva de malignidade.
Papanicolau classe V – Citologia indicativa de câncer do colo uterino.
Atualmente se descreve : ASCUS (ASC-US), ASC-H, LSIL, HSIL, NIC 1,
NIC 2, NIC 3…
47.
48. Colposcopia
Colposcopia é um exame que permite visualizar a vagina e o colo do
útero através de um aparelho chamado colposcópio. Estes exames são
grandes aliados no diagnóstico e tratamento do HPV, Human Papiloma
Vírus, da vagina e do colo do útero. A colposcopia é indicada nos casos
de resultados anormais do exame de papanicolau para se identificar as
lesões precursoras do câncer de colo de útero
Este aparelho permite o aumento de 10 a 40 vezes do tamanho normal.
O exame é realizado no próprio consultório médico com a paciente na
mesa de exame. Após colocar o espéculo vaginal o médico examina a
vulva, a vagina e o colo do útero com o colposcópio.
53. Ultrassonografia Obstétrico
O objetivo da ultrassonografia obstétrica é auxiliar o médico no
acompanhamento do crescimento do feto, planejamento dos exames pré-
natais e a previsão da data do parto.
Nele são realizadas medidas do bebê, avaliação dos órgãos internos do
feto, da placenta e da quantidade de líquido amniótico.
Esse recurso é importante durante a gestação e por isso deve ser feito o
mais cedo possível, assim que a gravidez for constatada, pois revela ao
médico se o pequeno feto está bem acomodado na parede do útero, ou
se há mais de um bebê sendo gerado.
55. Ultrassom no Pré-Natal
OMS preconiza a realização de três exames ultrassonográficos na gestação:
Primeiro trimestre: entre 11 e 14 semanas.
-Segundo trimestre: entre 20 e 24 semanas.
- Terceiro trimestre: entre 32 e 36 semanas.
57. ULTRASSONOGRAFIA NO PRIMEIRO
TRIMESTRE
Primeira ultrassonografia:
- Transvaginal
- Idade gestacional: 7 semanas
- Finalidade: determinar a IG e viabilidade da gestação.
Estruturas avaliadas:
-Saco gestacional (4/5 semanas)
-Vesícula vitelínica (5 semanas)
-Embrião (5/6 semanas)
- Atividade cardíaca (6 semanas)
58. ULTRASSONOGRAFIA DO PRIMEIRO
TRIMESTRE – SEGUNDO EXAME
Segunda Ultrassonografia:
- Preferencialmente via abdominal
- IG: 11 a 13 semanas mais 6 dias
- Viabilidade, IG, Corionicidade e Medida de Translucência Nucal (TN),
que é o principal marcador
cromossômico para trissomias.
A translucência nucal (ou TN) é uma medida realizada na região da nuca do
feto. Esta medida ajuda a estimar o risco do feto ter algumas doenças, entre
elas a Síndrome de Down e as cardiopatias congênitas. Fetos com
malformações ou doenças genéticas possuem uma tendência a acumular
liquido na região da nuca.
59.
60.
61. ULTRASSONOGRAFIA NO
TERCEIRO TRIMESTRE
Estimativa do peso e crescimento
Avaliação do Líquido Amniótico
Número de vasos
Inserção
O cordão umbilical é uma estrutura que liga o feto à placenta. É uma espécie
de via de comunicação entre o bebé e a mãe, constituída por 3 canais (vasos
sanguíneos) - duas artérias e uma veia - envolvidos por uma espécie de
substância gelatinosa (a geleia de Wharton).
62. Avaliação da Placenta:
- Localização – Relação com OCI do colo
- Maturidade – GPS ( Graduação Placentária
Simplificada – Hamilton Julio, 1996 )