1. A infertilidade pode ter causas tanto no homem quanto na mulher, sendo responsável por problemas em conceber em cerca de 20% dos casais.
2. As principais causas de infertilidade feminina incluem disfunções hormonais, problemas nos ovários ou nas trompas de Falópio, infecções, endometriose, e idiopatia em alguns casos.
3. Exames como análises hormonais, ultrassonografias, laparoscopias e biopsias podem ajudar a identificar problemas e orientar o tratamento mais adequado para cada
2. Durante muito tempo, difundiu-se o pensamento de
que era a mulher a responsável pela geração dos
filhos do casal. Logo, se o casal não tivesse filhos, o
problema era da mulher.
Atualmente, sabe-se que as causas de infertilidade
são iguais tanto no homem como na mulher; o
problema pode ser de qualquer um, ou até dos dois
simultaneamente.
3. É a incapacidade de conceber uma criança
após dois anos de atividade sexual regular
e sem uso de contracetivos.
5. Subfertilidade
É aplicado a casais que conseguem conceber
naturalmente mas que, para tal, necessitam de
um período de tempo mais longo do que o
habitual.
6. Infertilidade idiopática
Casos em que a mulher não consegue engravidar, mas
não são encontradas causas aparentes.
Este tipo de infertilidade pode englobar-se dentro de
casos de Esterilidade (embora nunca sejam detetadas as
causas).
7. Esterilidade
Corresponde a problemas de incapacidade para
engravidar por meios naturais.
Existe a esterilidade masculina e a esterilidade
feminina, que iremos abordar seguidamente.
8. Infertilidade e causas
As etapas do processo reprodutivo precisam estar
em perfeito funcionamento para ocorrer a gravidez.
As principais fases são a ovulação, a captação do
óvulo pelas trompas de Falópio, a fecundação deste
pelo espermatozóide e, por fim, a implantação do
embrião formado no útero (nidação).
10. ₰ Disfunções hormonais, como:
– Secreção
insuficiente
das
hormonas
gonadotrópicas (FSH e LH), que pode estar
relacionada com um tumor na hipófise ou nos
ovários.
– Excesso de produção de prolactina;
– Hipotiroidismo ou utilização de medicamentos
à base de esteroides, como cortisona.
11. ₰ Ovários anormais, que não permitem a
ovulação como, por exemplo, camadas
celulares
exteriores
espessas,
não
permitindo deste modo a sua rutura e a
posterior libertação do oócito II.
₰ Endometriose - presença de células
endometriais em locais fora do útero, como
na área entre o útero e o reto, na zona
pélvica e nos ovários (encerrando-os e não
permitindo a libertação do oócito II).
12. ₰ Infeções – doenças sexualmente
transmissíveis, inflamações provocadas pelo
DIU, salpingite, etc
₰ Malformações congénitas – tratamento,
quando possível, por cirurgia
₰ Endometriose
13. ₰ Secreções vaginais agressivas – secreções
muito ácidas. Tratamento com duches vaginais
alcalinos.
₰ Secreção de muco anormal pelo cérvix – um
tampão de muco viscoso impede a fecundação.
14. ₰ Tumores uterinos, como fibromiomas.
₰ Degeneração prematura do corpo amarelo,
que faz baixar a secreção de progesterona (e
de estrogénios) e o endométrio é destruído.
₰ Endometriose
15. ₰ Aumento da probabilidade de formação de
oócitos com número anormal de
cromossomas.
A incidência de erros de meiose aumenta
com a idade. Os embriões são abortados
espontaneamente numa fase muito precoce
e o aborto não é identificado como tal,
confundindo-se com a menstruação.
16. Outras origens da infertilidade
₰ Doenças sexualmente transmissíveis: prevenir
e tratar rapidamente
₰ Peso: evitar baixo peso ou obesidade
₰ Tabagismo: parar de fumar, uma vez que o
cigarro reduz a fertilidade.
17. Exames que determinam as causas
responsáveis pela dificuldade em
engravidar, tais como:
₰ Análises hormonais femininas
₰ Estudo das trompas de Falópio- para despistar a
existência de obstruções e proceder à sua
remoção
₰ Ecografia- para verificar o estado do útero,
ovários e controlar o ciclo ovárico
₰ Análise do muco cervical- com o objetivo de se
avaliar a mobilidade dos espermatozoides no
cérvix
18. ₰ Laparoscopia- técnica cirúrgica que permite detetar
e corrigir problemas do sistema reprodutor
feminino (ex: bloqueios que impedem o transporte
dos oócitos e dos espermatozoides)
₰ Biopsia endometrialrecolha e analise de porções
do endométrio
19. Cerca de 10% dos casos de infertilidade
parecem apresentar todo o sistema genital
sem problemas, mas mesmo assim são
inférteis. Em muitos casos, existem anomalias
genéticas dos oócitos, para as quais não
existem testes de deteção. Estas só se
descobrem durante a fecundação in vitro,
momento em que se podem observar os
oócitos, a fecundação e o desenvolvimento
embrionário.
20. Podem causar incapacidade de fecundação,
paragem do desenvolvimento embrionário,
falhas na nidação, abortos, ou fetos com
anomalias estruturais.
21. Curiosidades
₰ Em 90% dos casos de infertilidade, as causas são
físicas - cerca de 30% com origem no homem e 60%
com origem na mulher.
₰ Um casal apresenta uma probabilidade de
engravidar de cerca de 20% num mês.
₰ A probabilidade de uma gravidez num casal fértil é
de 90% ao fim de um ano, se esse casal mantiver um
relacionamento sexual ativo periódico, sem utilizar
qualquer contracetivo.
22.
23. 1 - A cada cinco ou seis casais, um terá
dificuldade para engravidar.
Os dados são da European Society of Human
Reproduction and Embriology e da Sociedade
Brasileira de Reprodução Humana e referem-se à
incidência dos problemas de infertilidade em todo o
mundo.
24. 2 - Se eu fizer tratamento para engravidar,
vou ter gémeos.
Em todos os tipos de tratamento para combater a
infertilidade, incluindo inseminações artificiais e
fertilizações, apenas 20% das mulheres geram mais
de um filho numa única tentativa.
25. 3 - Mesmo tendo útero invertido, é
possível engravidar.
Nascer com o útero nessa posição não carateriza
nenhuma anormalidade para a mulher, é uma
condição natural. Porém, as probabilidades de
engravidar podem ser reduzidas se não houver a
orientação de um especialista. Em geral, basta adotar
algumas posições específicas durante o ato sexual para
evitar perda do semen e, consequentemente, facilitar
a conceção.
26. 4 - O uso de pílula anticoncecional por
tempo prolongado pode levar à infertilidade
A pílula não interfere no processo de conceção. Basta
parar o medicamento e a mulher já está apta a
engravidar. O que pode acontecer é que, com a
suspensão do uso da pílula, a mulher note outro
problema no organismo que esteja relacionado à
fertilidade, como a endometriose, cujos sintomas o
remédio estava apenas ajudando a mascarar.
27. 5 - Se eu conseguir ter relações sexuais no
dia certinho da ovulação, vou engravidar
Mesmo se o casal tiver relações sexuais todos os dias,
durante um mês, incluindo o período fértil, a
probabilidade de engravidar é de apenas 20%. Por
outro lado, em muitos casos, basta uma única relação
no mês para a conceção. Isso porque a ovulação
ocorre no meio do ciclo menstrual (14 dias a partir do
primeiro dia da menstruação) e a mulher permanece
fértil, em média, por apenas 48 horas.
28. 6 - É possível engravidar com apenas um
ovário e uma trompa
Mulheres que se submeteram a cirurgia para ser
retirado um ovário ou uma trompa - extraídos após
ocorrência de problemas como gravidez na trompa,
tumor no ovário, quisto no ovário, entre outros,
continuam aptas a gerar um bebé. Para isso, basta que
tenham o útero, um ovário e uma trompa em
condições normais.
29. 7 - Quem faz muito exercício físico pode
ter mais dificuldade de engravidar
Atletas que praticam exercícios esgotantes, como
corridas de longa distância, podem sofrer de
amenorreia, quadro caraterizado pela completa
ausência de menstruação. Isso acontece porque elas
estão expostas a uma dieta de pouca gordura e alta
carga de stresse físico e emocional. Tudo isso provoca
a queda nos níveis de estrogénios e produz a
amenorreia.
30. 8 - Mulheres com ovário poliquístico não
podem engravidar
As portadoras desta disfunção podem não ovular
todos os meses ou ter dificuldade para ovular, o que
dificulta a conceção. No entanto, é possível contornar
o problema com o uso de medicamentos específicos.
31. 9 - Quanto mais idade, mais difícil
engravidar
A partir dos 35 anos, tanto a quantidade como a
qualidade dos oócitos produzidos pelo organismo vão
diminuindo gradualmente. É comum que mulheres
acima dos 35 levem até 1 ano para engravidar. Além
disso, há um aumento da probabilidade de síndromes
genéticos, como a Síndrome de Down - em crianças
geradas por mães acima dessa faixa etária.
32. 10 - Alimentos popularmente conhecidos
como afrodisíacos aumentam a fertilidade
O desejo sexual não tem relação direta com a
capacidade de gerar um bebé. Logo, ainda que o casal
pratique atividade sexual com regularidade, pode não
conseguir engravidar facilmente.
33. 11 - Quem provoca aborto terá reduzidas
probabilidades de engravidar no futuro
Se o aborto for realizado com condições mínimas de
higiene e segurança, é provável que ele não acarrete
consequências
mais
importantes.
Abortos
espontâneos, até nove semanas de gestação, também
não costumam apresentar risco para mulher, já que a
anatomia do útero permanece completa.
34. 12 - O uso de pílula do dia seguinte pode
interferir na fertilidade
A pílula do dia seguinte não é 100% eficaz, e a gravidez
pode ocorrer mesmo após o seu uso. Além disso, ela
não tem influência sobre tentativas futuras de
conceção, já que não causa qualquer dano ao aparelho
reprodutor.
35. 13 - Mesmo recorrendo a todos os tratamentos
disponíveis no mercado, e seguindo-os à risca, há
a possibilidade de que eu não consiga engravidar
Em apenas 10% dos casos, os problemas que levam à
infertilidade são indefinidos. Em alguns casos, como
menopausa, ausência de útero, azoospermia (ausência
de espermatozoides), o casal não vai poder gerar uma
criança a menos que recorra aos serviços de banco de
óvulo e banco de sémen, que podem ajudar casais a
realizar o seu sonho de ter um filho.
36. O casal com problemas de infertilidade deve
consultar
um
especialista
de
Reprodução
Medicamente Assistida, quer nas consultas de
infertilidade dos hospitais públicos, quer nas clínicas
privadas dessa especialidade.