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Infertilidade conjugal
Infertilidade
Conjugal
Acadêmicos: Guilherme Ceranto
Kiarah de Lima
Kiella de Lima
Preceptor: Dr. Maciel Costa
● A infertilidade deve ser considerada como um grave problema
de saúde pública, já que, por mudança no comportamento da
população, há decréscimo significativo na taxa de natalidade
no mundo todo.
● Apesar de não ser um agravo de saúde que ameace a vida do
indivíduo, está relacionado com a diminuição da qualidade de
vida, com problemas sociais, psíquicos e mentais.
Definição:
● Infertilidade é considerada a ausência de concepção após 1 ano de
tentativa sem a utilização de um método contraceptivo ou a
presença de outras morbidades.
● Com frequência de 3-4x de tentativas regulares.
● E pode também ser antecipada para apenas 6 meses de tentativa de
gravidez, em mulheres acima de 35 anos.
● A infertilidade, é uma condição presente em 15% a 20% dos casais;
● A prevalência da infertilidade conjugal tem aumentado entre os
casais nos últimos tempos, principalmente em razão do adiamento
da gestação e pelo envelhecimento da população;
● Espera-se um aumento entre 5% a 10% da infertilidade nas próximas
décadas.
● Estimando-se que os casais que tentam a concepção, cerca de 50%
ficaram grávidos em 3 meses, 60% em 6 meses, e aproximadamente
85% engravidaram em um ano. Daqueles que não engravidaram no
primeiro ano, 92% concebem no segundo ano.
É importante diferenciar os conceitos de infertilidade e de
esterilidade:
• Infertilidade é a dificuldade em obter gestação espontaneamente após
12 meses de atividade sexual regular, três a quatro vezes por semana, e
sem uso de métodos contraceptivos naturais e artificiais. Enquanto
esterilidade é a incapacidade permanente para a concepção.
• Importante não confundir infertilidade com abortamento de
repetição. No primeiro caso, não ocorre a concepção, no último, a
paciente engravida, mas a gestação é interrompida.
Classificação:
● Infertilidade primária: quando nunca houve gestações prévias.
● Infertilidade secundária: infertilidade atual com história pregressa
de gestação, embora não necessariamente com um nascido vivo.
Etiologia da Infertilidade:
● Quando se trata de infertilidade, deve haver a abordagem do casal,
pois, hoje, sabemos que 30% das causas são masculinas isoladas, 35%
femininas isoladas, 30% mistas e 10% idiopáticas (Infertilidade Sem
Causa Aparente – ISCA).
Causas da infertilidade:
Masculina:
Oligospermia ou azoospermia;
Causas obstrutivas
Disfunções hormonais (PRL, TSH, FSH)
Trauma
Agentes tóxicos externos
Uso de anabolizantes
Causas femininas:
● Fator tubário: 40% - O fator tuboperitoneal corresponde às afecções
que podem levar à obstrução tubária, alteração da motilidade tubária
e modificação do seu posicionamento na cavidade pélvica,
impedindo a fecundação. A principal causa de infertilidade feminina
no Brasil ainda é fator tubário em razão de sequelas de doença
inflamatória pélvica.
● Fator ovulatório: 30% - O fator ovulatório compreende tanto a
diminuição da reserva ovariana, que ocorre progressivamente com a
idade, quanto os distúrbios ovulatórios por alterações hormonais
(hipotalâmicas, hipofisárias, ovarianas, tireoidianas ou de
suprarrenal). A principal causa de disfunção ovulatória é a Síndrome
dos Ovários Policísticos (SOP).
● Endometriose: 20% - é classificada como fator tuboperitoneal,
pelas distorções anatômicas causadas pela doença avançada.
Todavia, o mecanismo pelo qual a doença provoca infertilidade
são alterações mecânicas, alterações hormonais e imunológicas
que dificultam a concepção, além de interferir na maturação
folicular.
Fatores anatômicos:
Obstrução, alteração ou aderências tubárias:
● Infecção/DIP
● Endometriose
● Cicatrizes e aderências pós-cirúrgicas
Deformidades uterinas, endometriais e cervicais:
● Miomas
● Endometriose
● Adenomiose
● Pólipos
Fatores hormonais :
● Oligoanovulação
● SOP
● Hiperprolactinemia
● Hipotireoidismo ou hipertireoidismo
● Hiperplasia suprarrenal de aparecimento tardio
História para hipótese diagnóstica de infertilidade
● Idade
● Duração da infertilidade e história prévia de
fertilidade;
● História menstrual (menarca, tensão pré-
menstrual, padrão menstrual, dismenorreia,
dispareunia);
● História obstétrica e de doenças dos filhos,
antecedentes de gravidez ectopica (ligada a
danos tubarios), abortos;
● Frequência de relações sexuais;
● História patológica prévia;
● História prévia de cirurgia abdominal ou
pélvica;
● História prévia de DSTs;
● História de endocrinopatias (doenças da
tireoide, galactorreia, hiperandrogenismo,
diabetes,hipertensão);
● Exame citopatológico prévio
● Uso de medicamentos (especialmente
hormônios);
História familiar
● Problemas genéticos ao nascimento
● Atraso de desenvolvimento
● Menopausa precoce
● Problemas reprodutivos
● Uso de tabaco, álcool, drogas ilícitas e
exposição a substâncias tóxicas ou
fatores ambientais
Exame físico:
● Peso e altura/IMC
● PA, FC
● Distribuição de pelos e tecido gorduroso
● Avaliação da tireoide e palpação
● Exame das mamas
● Sinais de hiperandrogenismo
● Genitália feminina: Exame especular e toque vaginal para
avaliação de secreções, colo do útero, mobilidade, posição,
tamanho e formato uterino, dor pélvica, avaliação anexial e do
fundo de saco.
● Genitália masculina: história reprodutiva, criptorquidia uni ou
bilateral, histórico de parotidite, traumatismo testiculares,
dificuldade de ereção e ejaculação, presença de varicocele, uso de
Diagnóstico:
O fundamental é a história referindo a ausência de sucesso na
obtenção da gestação após 12 meses de tentativas.
Na mulher, a fertilidade atinge nível máximo aos 25 anos e cai
consideravelmente após os 35 anos.
Já a fertilidade masculina atinge seu pico aos 35 anos, diminuindo após
os 45 anos.
Para a mulher, os fatores de risco fundamentais são idade superior a 35
anos, obesidade, alterações hormonais, infecções, endometriose e outros,
como tabagismo, drogas ilícitas, alcoolismo.
Investigação:
12 meses de tentativas sem sucesso em mulheres com menos de 35 anos, e seis meses
para aquelas com mais de 35 anos
Em casos de:
Mulheres:
Idade maior de 40 anos
Histórico de amenorreia ou mentruações irregulares
Histórico de quimioterapia ou radiotrapia ou
Diagnóstico de endometriose em estágios avançados
Doenças uterinas/ tubárias suspeita ou desconhecida
Homens :
Cirurgia testicular ou no canal inguinal
Caxumba na fase adulta
Quimioterapia ou radioterapia e
História de infertilidade com outra parceira.
Deve se iniciar mais precocemente
Investigação laboratorial
Causas:
Fator ovulatório
Fator masculino
Fator tuboperineal
Fator uterino
Infertilidade sem causa aparente
Fator ovulatório:
Dosagem de LH
Progesterona na fase lutea
USTV ( foliculos 2 a 3 cm) ** (fenomeno pré ovulatorio)
Curva da temperatura basal
P.O para avaliar ovulação:
Biopsia de endometrio !
2º fase do ciclo menstrual
invasiva .
- Endometrio de padrão secretor
Fator Masculino:
Espermograma:
3 a 5 dias de abstinência
Oligoespermia
vol: acima de 1,5 ml
Numero: 15 milhoes / ml de espermatozoides
Diante de um espermograma normal : Não repetir
Se alterado: repetir em no minimo 15 dias e maximo de 3 meses entre
as amostras
Fator tuboperitoneal:
Sequelas de DIP
Endometriose
Exame: Histerossalpingografia
Histerossalpingografia:
Fator tuboperitoneal: observar a retenção do contraste e
a dilatação tubária (provável hidrossalpinge);
Trompas “em arame”, sugestivas de aderência
pélvica ou tuberculose pélvica.
Infertilidade sem causa aparente
Tratamento:
Individualizado
Fator ovulatório:
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● FSH e LH
● Hipogonadismo hipergonadotrófico
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● Fator tuboperitoneal
● Obstrução tubária
● Hidrossalpinge
● Endometriose*
● Cauterização
● FIV
Fator masculino:
● Varicocele
● Cirúrgica de correção
● Outras causas, sequelas, etc.
● Inseminação intratuterina (IIU) / Inseminação
artificial
Fator uterino:
● Histeroscopia cirúrgia
● Infertilidade sem causa aparente
● FIV ou ICSI
Fertilização in vitro (FIV)
x
Injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI)
● Doação de gametas
● Homens - até 45 anos.
● Mulheres – até 37 anos.
● Anônimo
● Proibido remuneração
● Características fenotípicas e sociais.
Ética em reprodução assistida:
● Fertilização in vitro
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● até 37 anos – 2 embriões
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idade.
Regras para reprodução
assistida:
● Mulheres com 50 anos ou mais, tem o direito de fazer.
● Proibido a escolha de (sexo, cor dos olhos, cabelos, etc)
● Casais homoafetivos
● Mulher – Mulher à Uma doa o oócito e a outra gesta o
embrião.
Homem – Homem à Coleta de gametas + Útero de
substituição.
● Criopeservação
● Tempo para descarte – 3 anos
● Necessário autorização judicial, para descarte.
Obrigado!
Obrigado!!
Referências
PASSOS, Eduardo Pandolfi. Rotinas em Ginecologia 7 ed. Artmed, 2017
Propedêutica básica da infertilidade conjugal - Protocolo Febrasgo

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  • 1. Infertilidade conjugal Infertilidade Conjugal Acadêmicos: Guilherme Ceranto Kiarah de Lima Kiella de Lima Preceptor: Dr. Maciel Costa
  • 2. ● A infertilidade deve ser considerada como um grave problema de saúde pública, já que, por mudança no comportamento da população, há decréscimo significativo na taxa de natalidade no mundo todo. ● Apesar de não ser um agravo de saúde que ameace a vida do indivíduo, está relacionado com a diminuição da qualidade de vida, com problemas sociais, psíquicos e mentais.
  • 3. Definição: ● Infertilidade é considerada a ausência de concepção após 1 ano de tentativa sem a utilização de um método contraceptivo ou a presença de outras morbidades. ● Com frequência de 3-4x de tentativas regulares. ● E pode também ser antecipada para apenas 6 meses de tentativa de gravidez, em mulheres acima de 35 anos.
  • 4. ● A infertilidade, é uma condição presente em 15% a 20% dos casais; ● A prevalência da infertilidade conjugal tem aumentado entre os casais nos últimos tempos, principalmente em razão do adiamento da gestação e pelo envelhecimento da população; ● Espera-se um aumento entre 5% a 10% da infertilidade nas próximas décadas. ● Estimando-se que os casais que tentam a concepção, cerca de 50% ficaram grávidos em 3 meses, 60% em 6 meses, e aproximadamente 85% engravidaram em um ano. Daqueles que não engravidaram no primeiro ano, 92% concebem no segundo ano.
  • 5. É importante diferenciar os conceitos de infertilidade e de esterilidade: • Infertilidade é a dificuldade em obter gestação espontaneamente após 12 meses de atividade sexual regular, três a quatro vezes por semana, e sem uso de métodos contraceptivos naturais e artificiais. Enquanto esterilidade é a incapacidade permanente para a concepção. • Importante não confundir infertilidade com abortamento de repetição. No primeiro caso, não ocorre a concepção, no último, a paciente engravida, mas a gestação é interrompida.
  • 6. Classificação: ● Infertilidade primária: quando nunca houve gestações prévias. ● Infertilidade secundária: infertilidade atual com história pregressa de gestação, embora não necessariamente com um nascido vivo.
  • 7. Etiologia da Infertilidade: ● Quando se trata de infertilidade, deve haver a abordagem do casal, pois, hoje, sabemos que 30% das causas são masculinas isoladas, 35% femininas isoladas, 30% mistas e 10% idiopáticas (Infertilidade Sem Causa Aparente – ISCA).
  • 8. Causas da infertilidade: Masculina: Oligospermia ou azoospermia; Causas obstrutivas Disfunções hormonais (PRL, TSH, FSH) Trauma Agentes tóxicos externos Uso de anabolizantes
  • 9. Causas femininas: ● Fator tubário: 40% - O fator tuboperitoneal corresponde às afecções que podem levar à obstrução tubária, alteração da motilidade tubária e modificação do seu posicionamento na cavidade pélvica, impedindo a fecundação. A principal causa de infertilidade feminina no Brasil ainda é fator tubário em razão de sequelas de doença inflamatória pélvica. ● Fator ovulatório: 30% - O fator ovulatório compreende tanto a diminuição da reserva ovariana, que ocorre progressivamente com a idade, quanto os distúrbios ovulatórios por alterações hormonais (hipotalâmicas, hipofisárias, ovarianas, tireoidianas ou de suprarrenal). A principal causa de disfunção ovulatória é a Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP).
  • 10. ● Endometriose: 20% - é classificada como fator tuboperitoneal, pelas distorções anatômicas causadas pela doença avançada. Todavia, o mecanismo pelo qual a doença provoca infertilidade são alterações mecânicas, alterações hormonais e imunológicas que dificultam a concepção, além de interferir na maturação folicular.
  • 11. Fatores anatômicos: Obstrução, alteração ou aderências tubárias: ● Infecção/DIP ● Endometriose ● Cicatrizes e aderências pós-cirúrgicas Deformidades uterinas, endometriais e cervicais: ● Miomas ● Endometriose ● Adenomiose ● Pólipos
  • 12. Fatores hormonais : ● Oligoanovulação ● SOP ● Hiperprolactinemia ● Hipotireoidismo ou hipertireoidismo ● Hiperplasia suprarrenal de aparecimento tardio
  • 13. História para hipótese diagnóstica de infertilidade ● Idade ● Duração da infertilidade e história prévia de fertilidade; ● História menstrual (menarca, tensão pré- menstrual, padrão menstrual, dismenorreia, dispareunia); ● História obstétrica e de doenças dos filhos, antecedentes de gravidez ectopica (ligada a danos tubarios), abortos; ● Frequência de relações sexuais; ● História patológica prévia; ● História prévia de cirurgia abdominal ou pélvica; ● História prévia de DSTs; ● História de endocrinopatias (doenças da tireoide, galactorreia, hiperandrogenismo, diabetes,hipertensão); ● Exame citopatológico prévio ● Uso de medicamentos (especialmente hormônios); História familiar ● Problemas genéticos ao nascimento ● Atraso de desenvolvimento ● Menopausa precoce ● Problemas reprodutivos ● Uso de tabaco, álcool, drogas ilícitas e exposição a substâncias tóxicas ou fatores ambientais
  • 14. Exame físico: ● Peso e altura/IMC ● PA, FC ● Distribuição de pelos e tecido gorduroso ● Avaliação da tireoide e palpação ● Exame das mamas ● Sinais de hiperandrogenismo ● Genitália feminina: Exame especular e toque vaginal para avaliação de secreções, colo do útero, mobilidade, posição, tamanho e formato uterino, dor pélvica, avaliação anexial e do fundo de saco. ● Genitália masculina: história reprodutiva, criptorquidia uni ou bilateral, histórico de parotidite, traumatismo testiculares, dificuldade de ereção e ejaculação, presença de varicocele, uso de
  • 15. Diagnóstico: O fundamental é a história referindo a ausência de sucesso na obtenção da gestação após 12 meses de tentativas. Na mulher, a fertilidade atinge nível máximo aos 25 anos e cai consideravelmente após os 35 anos. Já a fertilidade masculina atinge seu pico aos 35 anos, diminuindo após os 45 anos. Para a mulher, os fatores de risco fundamentais são idade superior a 35 anos, obesidade, alterações hormonais, infecções, endometriose e outros, como tabagismo, drogas ilícitas, alcoolismo.
  • 16. Investigação: 12 meses de tentativas sem sucesso em mulheres com menos de 35 anos, e seis meses para aquelas com mais de 35 anos Em casos de: Mulheres: Idade maior de 40 anos Histórico de amenorreia ou mentruações irregulares Histórico de quimioterapia ou radiotrapia ou Diagnóstico de endometriose em estágios avançados Doenças uterinas/ tubárias suspeita ou desconhecida Homens : Cirurgia testicular ou no canal inguinal Caxumba na fase adulta Quimioterapia ou radioterapia e História de infertilidade com outra parceira. Deve se iniciar mais precocemente Investigação laboratorial
  • 17. Causas: Fator ovulatório Fator masculino Fator tuboperineal Fator uterino Infertilidade sem causa aparente
  • 18. Fator ovulatório: Dosagem de LH Progesterona na fase lutea USTV ( foliculos 2 a 3 cm) ** (fenomeno pré ovulatorio) Curva da temperatura basal
  • 19. P.O para avaliar ovulação: Biopsia de endometrio ! 2º fase do ciclo menstrual invasiva . - Endometrio de padrão secretor
  • 20. Fator Masculino: Espermograma: 3 a 5 dias de abstinência Oligoespermia vol: acima de 1,5 ml Numero: 15 milhoes / ml de espermatozoides Diante de um espermograma normal : Não repetir Se alterado: repetir em no minimo 15 dias e maximo de 3 meses entre as amostras
  • 21.
  • 22. Fator tuboperitoneal: Sequelas de DIP Endometriose Exame: Histerossalpingografia
  • 23. Histerossalpingografia: Fator tuboperitoneal: observar a retenção do contraste e a dilatação tubária (provável hidrossalpinge); Trompas “em arame”, sugestivas de aderência pélvica ou tuberculose pélvica.
  • 24.
  • 27. Fator ovulatório: ● SOP ● Reduzir peso ● Metformina ● Indução de ovulação – Clomifeno e Letrozol. ● Hipogonadismo hipogonadotrófico ● FSH e LH ● Hipogonadismo hipergonadotrófico ● Doação de oócitos
  • 28. ● Fator tuboperitoneal ● Obstrução tubária ● Hidrossalpinge ● Endometriose* ● Cauterização ● FIV
  • 29. Fator masculino: ● Varicocele ● Cirúrgica de correção ● Outras causas, sequelas, etc. ● Inseminação intratuterina (IIU) / Inseminação artificial
  • 31. ● Infertilidade sem causa aparente ● FIV ou ICSI
  • 32. Fertilização in vitro (FIV) x Injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI)
  • 33. ● Doação de gametas ● Homens - até 45 anos. ● Mulheres – até 37 anos. ● Anônimo ● Proibido remuneração ● Características fenotípicas e sociais. Ética em reprodução assistida:
  • 34. ● Fertilização in vitro ● Número de embriões – 8 ● Transferência ● até 37 anos – 2 embriões ● 37 anos ou mais – 3 embriões ● Se todos euploides – 2 embriões em qualquer idade.
  • 35. Regras para reprodução assistida: ● Mulheres com 50 anos ou mais, tem o direito de fazer. ● Proibido a escolha de (sexo, cor dos olhos, cabelos, etc) ● Casais homoafetivos ● Mulher – Mulher à Uma doa o oócito e a outra gesta o embrião. Homem – Homem à Coleta de gametas + Útero de substituição.
  • 36. ● Criopeservação ● Tempo para descarte – 3 anos ● Necessário autorização judicial, para descarte.
  • 38. Referências PASSOS, Eduardo Pandolfi. Rotinas em Ginecologia 7 ed. Artmed, 2017 Propedêutica básica da infertilidade conjugal - Protocolo Febrasgo