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SOLUÇÕES NASAIS


             Aluna: Safia Naser
SOLUÇÕES NASAIS
O nariz é uma via de passagem para que o ar chegue aos
pulmões e serve como um importante mecanismo
protetor. Sua superfície é recorberta por uma mucosa
(com valor de pH entre 5,5 e 6,5) que contém lisozimas,
glicoproteínas e imunoglubilinas que atuam contra
bactérias e servem como barreira para a sua entrada nos
pulmões. Quando se utiliza fármacos por via nasal, seu
emprego tradicional é principalmente na obtenção de
um     efeito    local, como      por    exemplo     os
descongestionantes.
Características
   Numerosos fármacos podem ser preparados
    na forma de uma solução nasal, podendo ser
    administrados na forma de gotas ou aerossóis.

   Outras formas farmacêuticas possíveis são os
    géis, geléias ou pomadas nasais. Alguns
    fármacos são suficientemente voláteis para
    serem introduzidos nas cavidades nasais por
    meio de inalação.
Características
    As preparações nasais geralmente contém
     anti-sépticos, analgésicos locais ou vaso-
     constritores, que não podem ser irritantes e
     interferir no movimento ciliar.

    É importante que os medicamentos possuam
     osmolaridade (tonicidade), viscosidade e pH
     adequados, prevenindo efeitos deletérios
     sobre a ação dos cílios nasais.
Definições

 ⇒Soluções nasais são soluções isotônicas
  preparadas para administração nasal na forma
  de gotas ou aerossóis.
 ⇒Suspensões nasais são preparações líquidas
  contendo       materiais      insolúveis para
  administração nasal.
 ⇒Géis nasais são preparações semi-sólidas
  para aplicação nasal e podem ser usadas para
  se obter efeito local ou sistêmico.
Definições
   ⇒Inalantes são preparações contendo
    fármacos com uma pressão de vapor elevada,
    que podem ser carregados por uma corrente
    de ar para dentro da passagem nasal onde
    exercerão seus efeitos. O fármaco pode ser
    um sólido (mentol) ou um líquido saturado
    em um chumaço de algodão. Uma alternativa
    poderia ser colocar o fármaco em um bastão
    para ser esfregado no nariz, de forma que o
    fármaco pudesse ser liberado e inalado
Composição

   Além dos componentes ativos, uma
    preparação nasal pode conter diversos
    excipientes, incluindo veículos, tampões,
    conservantes, agentes isotonizantes, agentes
    gelificantes e antioxidantes. É importante para
    o processo de formulação, que os
    componentes não sejam irritantes e não
    interferiram na atividade ciliar,mas sim
    compatíveis com a mucosa nasal.
Características dos veículos das preparações nasais

 Ter um valor de pH na faixa de 5,5 a 7,5.
 Não modificar a viscosidade normal da
  mucosa nasal.
 Ter uma tonicidade que não interfira com a
  motilidade dos cílios (isotonia). Ser compatível
  com o movimento ciliar normal e com os
  componentes iônicos das secreções nasais.
Características dos veículos das preparações
        nasais
   Ter uma certa capacidade tamponante (em
    preparações nasais é utilizado normalmente o
    tampão fosfato). Os tampões são adicionados para
    minimizar qualquer alteração no valor do pH
    durante o tempo de prateleira do produto.
    Alterações no valor do pH podem afetar a
    solubilidade e a estabilidade dos fármacos.
   Ser compatível com os medicamentos nele a
    dissolver.
Características dos veículos das preparações nasais

 Possuir uma estabilidade que se mantenha por
  longo tempo.
 Conter      antimicrobianos em quantidade
  suficiente para inibir o crescimento de
  bactérias que nele sejam introduzidas pelo
  conta-gotas utilizados para aplicação do
  medicamento ao paciente (normalmente o
  conservante de escolha para preparações
  nasais é o clorobutanol a 0,5% ou cloreto de
  benzalcônio 0,01%).
 Ser estéril.
Características dos veículos das preparações nasais


   A concentração de agente adrenérgico na
    maior parte das soluções descongestionantes
    nasais é bastante baixa, variando de cerca de
    0,05 a 1,0%.
Tonicidade
   O fluído nasal possui um valor de tonicidade similiar ao
    de uma solução de cloreto de sódio 0,9%. Caso o
    mesmo não esteja dentro dessa faixa o movimento ciliar
    pode diminuir ou até mesmo parar.
   Valores de tonicidade, na forma de equivalentes de
    cloreto de sódio, entre 0,6 a 1,8% são geralmente
    aceitáveis. Se a solução que contém o fármaco ativo é
    hipotônica, pode ser necessário adicionar um agente
    isotonizante para obter uma tonicidade apropriada.
    Cloreto de sódio, ácido bórico e dextrose são
    geralmente       usados.    Soluções     extremamente
    hipertônicas devem ser evitadas.
Via de administração nasal para efeitos sistêmicos

 A via nasal é foco de interesse, por causa da
  necessidade de desenvolver uma via não oral
  e não parenteral para peptídeos e
  polipeptídeos sintéticos biologicamente ativos
  recém-desenvolvidos.
 Os polipeptídeos, como a insulina, que estão
  sujeitos à destruição pelos líquidos
  gastrointestinais são hoje administrados por
  injeção.
Via de administração nasal para efeitos sistêmicos

   Demonstrou-se que a mucosa nasal é
    passível de absorção sistêmica de certos
    peptídeos, assim como de moléculas de
    fármacos      não-peptídeos,     inclusive
    escopolamina, hidralazina, progesterona e
    propranolol.
Via de administração nasal para efeitos sistêmicos

   A cavidade do nariz do adulto tem
    capacidade de aproximadamente 20mL,
    com uma grande área de superfície (cerca
    de 180cm2) para a absorção de fármacos,
    garantida pelas microvilosidades situadas
    ao longo das células epiteliais colunares
    pseudo-estratificadas da mucosa nasal.
Via de administração nasal para efeitos sistêmicos

   O tecido nasal é altamente vascularizado,
    proporcionando um local atraente para a
    absorção sistêmica rápida e eficiente.
    Uma grande vantagem da absorção é que
    ela evita o metabolismo de primeira
    passagem pelo fígado.
Esterilidade
   Preparações nasais devem ser estéreis. A
    esterilidade pode ser obtida através de
    filtração    esterilizante   utilizando uma
    membrana filtrante com porosidade entre 0,1
    e 0,2 micrômetros, recolhendo o filtrado em
    um frasco estéril. Outros métodos de
    esterilização como calor seco, calor úmido
    (autoclave) e óxido de etileno também podem
    ser usados.
Sugestão de veículo geral para soluções nasais


 Fosfato monossódico ..........0,65%
 Fosfato dissódico ...............0,54%
 Cloreto de sódio ................0,45%
 Cloreto de benzalcônio ......0,01%
 Água destilada .............qsp 100%
Solução salina para nebulização

 Cloreto de sódio .........................650mg
 Fosfato de potássio monobásico ....40mg
 Fosfato dibásico de potássio ..........90mg
 Cloreto benzalcônio ......................10mg
 Água estéril para injeção ............qsp 100ml
Conservação
 Visto que muitas formulações para uso nasal
  são preparadas em frascos multi-doses elas
  devem conter conservante. O conservante
  deve ser compatível com o fármaco ativo e
  com todos os componentes da formulação.
    Pode ser necessário adicionar anti-
  oxidantes, para manter a estabilidade de
  determinados fármacos.
Controle de qualidade
Algumas provas de controle de qualidade que
  devem ser realizadas incluem :
 o controle da limpidez (soluções),
 pH
 determinações do volume ou peso.


    O controle da esterilidade também deve ser
    realizado se muitas unidades forem
    preparadas.
Acondicionamento
 A maioria das soluções para uso nasal é
  acondicionada em frascos conta-gotas ou em
  frascos de plástico com nebulizador,
  contendo, normalmente 15 a 30mL de
  medicação. É preciso garantir que os
  produtos são estáveis nos recipientes, e as
  embalagens devem ser hermeticamente
  fechadas durante os períodos em que não há
  uso.
 Geralmente as preparações de uso nasal são
  conservadas em temperatura ambiente ou em
  geladeira, mas nunca devem ser congeladas.
Modo de aplicação correta de gotas nasais

   Assoe o nariz
   Sente-se e incline a cabeça para atrás ou
    deite-se com um travesseiro embaixo dos
    ombros, mantenha a cabeça reta.
   Coloque o conta-gotas um centímetro para
    dentro da narina.
   Aplique a quantidade de gotas prescritas.
Modo de aplicação correta de gotas nasais

 Imediatamente depois incline a cabeça com
  força para frente (cabeça entre os joelhos).
 Sente-se por alguns segundos, as gotas
  pingarão na faringe.
 Repita o procedimento para a outra narina se
  necessário.
 Lave o conta-gotas com água fervida.
SOLUÇÕES OTOLÓGICAS (ÓTICAS) OU AURICULARES



   As preparações otológicas normalmente são
    usadas para a remoção do cerúmem (cera do
    ouvido) ou para tratamento de infecções,
    inflamação ou dor otológica.

   As preparações otológias podem ser: líquidas
    (soluções, suspensões e emulsões), pastosas
    (pomadas) e, pós.
DEFINIÇÕES
   Cerúmem é uma combinação das secreções
    das glândulas sudoríparas e sebáceas do
    ouvido. As secreções, quando ficam
    ressecadas, formam uma massa semi-sólida e
    pegajosa que abriga células epiteliais, pêlos,
    poeira e outros corpos estranhos que
    penetram no meato acústico auditivo externo.
    O acúmulo excessivo de cerúmem na orelha
    pode causar coceira, dor, audição deficiente e
    constitui impedimento ao exame otológico.
Definições
   Soluções e suspensões óticas, são formas
    líquidas destinadas à instilação no canal
    auditivo. Soluções otológicas para irrigação
    podem ser compostas de surfactantes fracos,
    bicarbonato de sódio, ácido bórico (0,5 a 1%)
    ou solução de acetato de alumínio na forma
    de líquido morno, geralmente a cerca de
    37°C. Essas soluções para irrigação podem
    ser usadas para remover a cera do ouvido,
    exsudatos purulentos de infecções e corpos
    estranhos do canal auditivo.
Definições
   Pomadas óticas são preparações semi-sólidas que
    são aplicadas no exterior do ouvido. Pomadas
    otológicas não são utilizados com frequência. No
    entanto, elas podem ser preparadas usando qualquer
    pomada base e podem conter substâncias
    antifúngicas, antimicrobianas ou corticosteróides.
   São aplicadas diretamente na porção exterior do
    ouvido. Uma pomada a base de polietilenoglicol
    pode ser facilmente removida do ouvido com água
    morna ou soluções diluídas de um surfactante.
Definições
   Pós finos insuflados podem conter agentes
    antifúngicos ou bactericidas que irão atuar
    como um reservatório do fármaco. Um
    pequeno insuflador de plástico ou de
    borracha pode ser usado para aspergir ou
    insuflar o pó dentro do ouvido.
Composição

 Veículos para soluções geralmente contém:
  glicerina, propilenoglicol, água e/ou álcool. As
  pomadas otológicas contém principalmente,
  vaselina sólida. Os pós otológicos podem
  conter talco ou lactose.
 Conservantes: clorobutanol a 0,5% e os
  parabenos a 0,01%.
 Antioxidantes como o bissulfito de sódio e
  outros estabilizantes também são usados, se
  necessário.
Fisico-química dos componentes mais comuns


   Os veículos mais utilizados em preparações
    otológicas são: a glicerina, o propilenoglicol e outros
    PEGs de baixo peso molecular, especialmente o PEG
    300. Esses veículos são viscosos e irão aderir ao
    canal auditivo.
Fisico-química dos componentes mais comuns

         Álcool puro e óleos vegetais, principalmente o
          óleo de oliva tem sido usados como veículos.
          Óleo mineral tem sido empregados como um
          veículo para alguns medicamentos antibióticos e
          antiinflamatórios.

         Água e álcool (etanol e isopropanol) podem ser
          usados como veículos e como solventes para
          alguns medicamentos.
Fisico-química dos componentes mais comuns

   Geralmente, são usados primariamente
    para a finalidade de irrigação, uma vez
    que em muitos casos um dos objetivos
    terapêuticos é manter o canal auditivo
    seco para minimizar o crescimento de
    bactérias e fungos.
Prevenção de otite média em ouvido de
      nadador
 Além das combinações antibióticos-
  esteróides, utilizam-se ácido acético (2%) em
  solução de acetato de alumínio e ácido bórico
  (2,75%) em álcool isopropílico.
 Esses fármacos ajudam a re-acidificar o meato
  acústico externo e os veículos ajudam a secá-
  lo. Ao secar o canal, o meio de crescimento
  dos microorganismos invasores, em geral
  Pseudomonas aeruginosa, fica desativado.
Dor de ouvido
   Acompanha as infecções otológicas ou inflamação e
    edema dos tecidos auriculares, e costuma ser
    desproporcional com relação à afecção real, pois o
    meato acústico externo é muito estreito, e, mesmo
    uma leve inflamação pode causar dor e desconforto
    intensos para o paciente.
Dor de ouvido
   Geralmente se empregam analgésicos
    tópicos e sistêmicos. Os analgésicos
    tópicos para os ouvidos são em sua
    maioria soluções e contém o analgésico
    antipirina e o anestésico benzocaína em
    um veículo de propilenoglicol ou
    glicerina.
Características das preparações otológicas

   produto semi-estéril.

   veículo viscoso, para aderir às paredes do
    canal auditivo, como a glicerina,
    propilenoglicol, óleo e até mesmo a água.

   pH de 5 a 7,8.
Embalagem e Armazenamento
   As preparações otológicas são acondicionadas
    em recipientes pequenos (5 a 15mL) de vidro
    ou de plástico, com um conta-gotas. Devem
    ser geralmente estocadas a temperatura
    ambiente ou em geladeira.
Fontes:
 ANSEL, Howard C.; POPOVICH,
  Nicholas G.; ALLEN JR, Loyd V.
  Farmacotécnica: Formas Farmacêuticas &
  Sistemas de Liberação de Fármacos. 6 ed.
  São Paulo: Premier, 2000.
 FERREIRA, Anderson de Oliveira. Guia
  Prático da Farmácia Magistral. 2 ed. Juiz
  de Fora: Pharmabooks, 2002.

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Soluções nasais

  • 1. SOLUÇÕES NASAIS Aluna: Safia Naser
  • 2. SOLUÇÕES NASAIS O nariz é uma via de passagem para que o ar chegue aos pulmões e serve como um importante mecanismo protetor. Sua superfície é recorberta por uma mucosa (com valor de pH entre 5,5 e 6,5) que contém lisozimas, glicoproteínas e imunoglubilinas que atuam contra bactérias e servem como barreira para a sua entrada nos pulmões. Quando se utiliza fármacos por via nasal, seu emprego tradicional é principalmente na obtenção de um efeito local, como por exemplo os descongestionantes.
  • 3. Características  Numerosos fármacos podem ser preparados na forma de uma solução nasal, podendo ser administrados na forma de gotas ou aerossóis.  Outras formas farmacêuticas possíveis são os géis, geléias ou pomadas nasais. Alguns fármacos são suficientemente voláteis para serem introduzidos nas cavidades nasais por meio de inalação.
  • 4. Características  As preparações nasais geralmente contém anti-sépticos, analgésicos locais ou vaso- constritores, que não podem ser irritantes e interferir no movimento ciliar.  É importante que os medicamentos possuam osmolaridade (tonicidade), viscosidade e pH adequados, prevenindo efeitos deletérios sobre a ação dos cílios nasais.
  • 5. Definições  ⇒Soluções nasais são soluções isotônicas preparadas para administração nasal na forma de gotas ou aerossóis.  ⇒Suspensões nasais são preparações líquidas contendo materiais insolúveis para administração nasal.  ⇒Géis nasais são preparações semi-sólidas para aplicação nasal e podem ser usadas para se obter efeito local ou sistêmico.
  • 6. Definições  ⇒Inalantes são preparações contendo fármacos com uma pressão de vapor elevada, que podem ser carregados por uma corrente de ar para dentro da passagem nasal onde exercerão seus efeitos. O fármaco pode ser um sólido (mentol) ou um líquido saturado em um chumaço de algodão. Uma alternativa poderia ser colocar o fármaco em um bastão para ser esfregado no nariz, de forma que o fármaco pudesse ser liberado e inalado
  • 7. Composição  Além dos componentes ativos, uma preparação nasal pode conter diversos excipientes, incluindo veículos, tampões, conservantes, agentes isotonizantes, agentes gelificantes e antioxidantes. É importante para o processo de formulação, que os componentes não sejam irritantes e não interferiram na atividade ciliar,mas sim compatíveis com a mucosa nasal.
  • 8. Características dos veículos das preparações nasais  Ter um valor de pH na faixa de 5,5 a 7,5.  Não modificar a viscosidade normal da mucosa nasal.  Ter uma tonicidade que não interfira com a motilidade dos cílios (isotonia). Ser compatível com o movimento ciliar normal e com os componentes iônicos das secreções nasais.
  • 9. Características dos veículos das preparações nasais  Ter uma certa capacidade tamponante (em preparações nasais é utilizado normalmente o tampão fosfato). Os tampões são adicionados para minimizar qualquer alteração no valor do pH durante o tempo de prateleira do produto. Alterações no valor do pH podem afetar a solubilidade e a estabilidade dos fármacos.  Ser compatível com os medicamentos nele a dissolver.
  • 10. Características dos veículos das preparações nasais  Possuir uma estabilidade que se mantenha por longo tempo.  Conter antimicrobianos em quantidade suficiente para inibir o crescimento de bactérias que nele sejam introduzidas pelo conta-gotas utilizados para aplicação do medicamento ao paciente (normalmente o conservante de escolha para preparações nasais é o clorobutanol a 0,5% ou cloreto de benzalcônio 0,01%).  Ser estéril.
  • 11. Características dos veículos das preparações nasais  A concentração de agente adrenérgico na maior parte das soluções descongestionantes nasais é bastante baixa, variando de cerca de 0,05 a 1,0%.
  • 12. Tonicidade  O fluído nasal possui um valor de tonicidade similiar ao de uma solução de cloreto de sódio 0,9%. Caso o mesmo não esteja dentro dessa faixa o movimento ciliar pode diminuir ou até mesmo parar.  Valores de tonicidade, na forma de equivalentes de cloreto de sódio, entre 0,6 a 1,8% são geralmente aceitáveis. Se a solução que contém o fármaco ativo é hipotônica, pode ser necessário adicionar um agente isotonizante para obter uma tonicidade apropriada. Cloreto de sódio, ácido bórico e dextrose são geralmente usados. Soluções extremamente hipertônicas devem ser evitadas.
  • 13. Via de administração nasal para efeitos sistêmicos  A via nasal é foco de interesse, por causa da necessidade de desenvolver uma via não oral e não parenteral para peptídeos e polipeptídeos sintéticos biologicamente ativos recém-desenvolvidos.  Os polipeptídeos, como a insulina, que estão sujeitos à destruição pelos líquidos gastrointestinais são hoje administrados por injeção.
  • 14. Via de administração nasal para efeitos sistêmicos  Demonstrou-se que a mucosa nasal é passível de absorção sistêmica de certos peptídeos, assim como de moléculas de fármacos não-peptídeos, inclusive escopolamina, hidralazina, progesterona e propranolol.
  • 15. Via de administração nasal para efeitos sistêmicos  A cavidade do nariz do adulto tem capacidade de aproximadamente 20mL, com uma grande área de superfície (cerca de 180cm2) para a absorção de fármacos, garantida pelas microvilosidades situadas ao longo das células epiteliais colunares pseudo-estratificadas da mucosa nasal.
  • 16. Via de administração nasal para efeitos sistêmicos  O tecido nasal é altamente vascularizado, proporcionando um local atraente para a absorção sistêmica rápida e eficiente. Uma grande vantagem da absorção é que ela evita o metabolismo de primeira passagem pelo fígado.
  • 17. Esterilidade  Preparações nasais devem ser estéreis. A esterilidade pode ser obtida através de filtração esterilizante utilizando uma membrana filtrante com porosidade entre 0,1 e 0,2 micrômetros, recolhendo o filtrado em um frasco estéril. Outros métodos de esterilização como calor seco, calor úmido (autoclave) e óxido de etileno também podem ser usados.
  • 18. Sugestão de veículo geral para soluções nasais  Fosfato monossódico ..........0,65%  Fosfato dissódico ...............0,54%  Cloreto de sódio ................0,45%  Cloreto de benzalcônio ......0,01%  Água destilada .............qsp 100%
  • 19. Solução salina para nebulização  Cloreto de sódio .........................650mg  Fosfato de potássio monobásico ....40mg  Fosfato dibásico de potássio ..........90mg  Cloreto benzalcônio ......................10mg  Água estéril para injeção ............qsp 100ml
  • 20. Conservação  Visto que muitas formulações para uso nasal são preparadas em frascos multi-doses elas devem conter conservante. O conservante deve ser compatível com o fármaco ativo e com todos os componentes da formulação.  Pode ser necessário adicionar anti- oxidantes, para manter a estabilidade de determinados fármacos.
  • 21. Controle de qualidade Algumas provas de controle de qualidade que devem ser realizadas incluem :  o controle da limpidez (soluções),  pH  determinações do volume ou peso.  O controle da esterilidade também deve ser realizado se muitas unidades forem preparadas.
  • 22. Acondicionamento  A maioria das soluções para uso nasal é acondicionada em frascos conta-gotas ou em frascos de plástico com nebulizador, contendo, normalmente 15 a 30mL de medicação. É preciso garantir que os produtos são estáveis nos recipientes, e as embalagens devem ser hermeticamente fechadas durante os períodos em que não há uso.  Geralmente as preparações de uso nasal são conservadas em temperatura ambiente ou em geladeira, mas nunca devem ser congeladas.
  • 23. Modo de aplicação correta de gotas nasais  Assoe o nariz  Sente-se e incline a cabeça para atrás ou deite-se com um travesseiro embaixo dos ombros, mantenha a cabeça reta.  Coloque o conta-gotas um centímetro para dentro da narina.  Aplique a quantidade de gotas prescritas.
  • 24. Modo de aplicação correta de gotas nasais  Imediatamente depois incline a cabeça com força para frente (cabeça entre os joelhos).  Sente-se por alguns segundos, as gotas pingarão na faringe.  Repita o procedimento para a outra narina se necessário.  Lave o conta-gotas com água fervida.
  • 25. SOLUÇÕES OTOLÓGICAS (ÓTICAS) OU AURICULARES  As preparações otológicas normalmente são usadas para a remoção do cerúmem (cera do ouvido) ou para tratamento de infecções, inflamação ou dor otológica.  As preparações otológias podem ser: líquidas (soluções, suspensões e emulsões), pastosas (pomadas) e, pós.
  • 26. DEFINIÇÕES  Cerúmem é uma combinação das secreções das glândulas sudoríparas e sebáceas do ouvido. As secreções, quando ficam ressecadas, formam uma massa semi-sólida e pegajosa que abriga células epiteliais, pêlos, poeira e outros corpos estranhos que penetram no meato acústico auditivo externo. O acúmulo excessivo de cerúmem na orelha pode causar coceira, dor, audição deficiente e constitui impedimento ao exame otológico.
  • 27. Definições  Soluções e suspensões óticas, são formas líquidas destinadas à instilação no canal auditivo. Soluções otológicas para irrigação podem ser compostas de surfactantes fracos, bicarbonato de sódio, ácido bórico (0,5 a 1%) ou solução de acetato de alumínio na forma de líquido morno, geralmente a cerca de 37°C. Essas soluções para irrigação podem ser usadas para remover a cera do ouvido, exsudatos purulentos de infecções e corpos estranhos do canal auditivo.
  • 28. Definições  Pomadas óticas são preparações semi-sólidas que são aplicadas no exterior do ouvido. Pomadas otológicas não são utilizados com frequência. No entanto, elas podem ser preparadas usando qualquer pomada base e podem conter substâncias antifúngicas, antimicrobianas ou corticosteróides.  São aplicadas diretamente na porção exterior do ouvido. Uma pomada a base de polietilenoglicol pode ser facilmente removida do ouvido com água morna ou soluções diluídas de um surfactante.
  • 29. Definições  Pós finos insuflados podem conter agentes antifúngicos ou bactericidas que irão atuar como um reservatório do fármaco. Um pequeno insuflador de plástico ou de borracha pode ser usado para aspergir ou insuflar o pó dentro do ouvido.
  • 30. Composição  Veículos para soluções geralmente contém: glicerina, propilenoglicol, água e/ou álcool. As pomadas otológicas contém principalmente, vaselina sólida. Os pós otológicos podem conter talco ou lactose.  Conservantes: clorobutanol a 0,5% e os parabenos a 0,01%.  Antioxidantes como o bissulfito de sódio e outros estabilizantes também são usados, se necessário.
  • 31. Fisico-química dos componentes mais comuns  Os veículos mais utilizados em preparações otológicas são: a glicerina, o propilenoglicol e outros PEGs de baixo peso molecular, especialmente o PEG 300. Esses veículos são viscosos e irão aderir ao canal auditivo.
  • 32. Fisico-química dos componentes mais comuns  Álcool puro e óleos vegetais, principalmente o óleo de oliva tem sido usados como veículos. Óleo mineral tem sido empregados como um veículo para alguns medicamentos antibióticos e antiinflamatórios.  Água e álcool (etanol e isopropanol) podem ser usados como veículos e como solventes para alguns medicamentos.
  • 33. Fisico-química dos componentes mais comuns  Geralmente, são usados primariamente para a finalidade de irrigação, uma vez que em muitos casos um dos objetivos terapêuticos é manter o canal auditivo seco para minimizar o crescimento de bactérias e fungos.
  • 34. Prevenção de otite média em ouvido de nadador  Além das combinações antibióticos- esteróides, utilizam-se ácido acético (2%) em solução de acetato de alumínio e ácido bórico (2,75%) em álcool isopropílico.  Esses fármacos ajudam a re-acidificar o meato acústico externo e os veículos ajudam a secá- lo. Ao secar o canal, o meio de crescimento dos microorganismos invasores, em geral Pseudomonas aeruginosa, fica desativado.
  • 35. Dor de ouvido  Acompanha as infecções otológicas ou inflamação e edema dos tecidos auriculares, e costuma ser desproporcional com relação à afecção real, pois o meato acústico externo é muito estreito, e, mesmo uma leve inflamação pode causar dor e desconforto intensos para o paciente.
  • 36. Dor de ouvido  Geralmente se empregam analgésicos tópicos e sistêmicos. Os analgésicos tópicos para os ouvidos são em sua maioria soluções e contém o analgésico antipirina e o anestésico benzocaína em um veículo de propilenoglicol ou glicerina.
  • 37. Características das preparações otológicas  produto semi-estéril.  veículo viscoso, para aderir às paredes do canal auditivo, como a glicerina, propilenoglicol, óleo e até mesmo a água.  pH de 5 a 7,8.
  • 38. Embalagem e Armazenamento  As preparações otológicas são acondicionadas em recipientes pequenos (5 a 15mL) de vidro ou de plástico, com um conta-gotas. Devem ser geralmente estocadas a temperatura ambiente ou em geladeira.
  • 39. Fontes:  ANSEL, Howard C.; POPOVICH, Nicholas G.; ALLEN JR, Loyd V. Farmacotécnica: Formas Farmacêuticas & Sistemas de Liberação de Fármacos. 6 ed. São Paulo: Premier, 2000.  FERREIRA, Anderson de Oliveira. Guia Prático da Farmácia Magistral. 2 ed. Juiz de Fora: Pharmabooks, 2002.