1. Lavagem Nasal
Auro Gonçalves
Médico Residente
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PROF. EDGARD
SANTOS
SERVIÇO DE OTORRINOLARINGOLOGIA
Outubro de 2019
2. Lavagem
Nasal
2
Lavagem nasal é um procedimento que enxágua a cavidade nasal com
solução aquosa, isotônica ou hipertônica.
Têm sido usadas para o tratamento clínico das doenças do nariz e seios
paranasais há séculos.
Seus benefícios são muito bem conhecidos, e seus efeitos têm sido
estudados há muitos anos.
O que é?
3. Lavagem
Nasal
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• A limpeza das fossas nasais com soro fisiológico
provavelmente se originou na tradição indiana
Ayurveda com relatos de seu uso na Índia em
rotinas de purificação na Yoga.
• Durante o século XIX, estágios precoces de
infecção da sífilis e da tuberculose a lavagem nasal era
considerada tratamento de escolha.
• No século XIX o rinologista Dr. Arthur W. Proetz
(1888-1966) escreveu um clássico trabalho e
mostrava que o uso da solução salina instilada com
seringa melhorava a função ciliar.
Histórico
4. Lavagem
Nasal
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• Trata-se não apenas de adjuvante sendo considerada um importante
componente do tratamento segundo a American Academy of Otolaryngol-Head
Neck Surgery e American Academy of Allergy, Asthma and Immunology.
Aplicações da solução salina
Rinossinusite Aguda Perfuração De Septo
Rinossinusite Crônica Cuidados Pós-operatórios
Rinite Alérgica Fibrose Cística
Rinite Não Alérgica HIV
Sintomas Inespecíficos (ex.: gotejamento nasal) Radioterapia Da Cavidade Nasal
5. Lavagem
Nasal
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• Há estudos que relacionam o uso da solução salina a diminuição na prescrição
de outras medicações e a diminuição no número de consultas médicas.
• Seu uso em pós-operatório, principalmente após cirurgias endoscópicas dos
seios paranasais, é bastante difundido, devido remoção de crostas hemáticas e
por evitar aderências.
• Schwartz (1997) afirma nos quadros de rinossinusite em crianças que a solução
salina auxilia na tranquilização dos pais por diminuir a rinorréia na fase inicial,
podendo retardar e diminuir o uso de antibióticos.
Aplicações da solução salina
6. Lavagem
Nasal
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• Holmström et al (1997) analisa o uso da solução salina isotônica em
trabalhadores de indústrias que se expõe a formaldeído e solventes se
beneficiam do uso da solução salina, com melhora nos sintomas, no pico de
fluxo expiratório e do clearence mucociliar.
• Rabone e Saraswati (1999) semelhante a Holmström et al (1997)observaram a
mesma melhora nos sintomas em trabalhadores expostos ao pó da madeira.
• Utilidade como método diagnóstico, através da avaliação do lavado com
solução salina obtêm-se os principais agentes contaminantes ambientais e
infecciosos da cavidade nasal, sendo considerado método não-invasivo, seguro
e reprodutível.
Aplicações da solução salina
7. Lavagem
Nasal
7
• Melhora da função mucociliar
• Diminuição de edema da mucosa
• Diminuição de mediadores inflamatórios (histamina, prostaglandina D2,
leucotrienosC4)
• Limpeza mecânica
• Em pós-operatório reduz as crostas e o risco de adesão, evitando infecção
secundária e ajudando na cicatrização
• Melhora a distribuição das drogas tópicas sobre a mucosa nasal
Mecanismos de ação da solução salina
8. Lavagem
Nasal
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• Várias soluções de irrigação nasal estão disponíveis:
Diferentes recipientes, soluções manufaturadas e
caseiras, variação da tonicidade, inclusão de aditivos,
mudanças no pH e numerosos aparelhos.
• Solução isotônica ( soro fisiológico a 0.9%)
• Solução hipertônica
Caseira: sal marinho + bicarbonato de sódio + água
Industriais com Cloreto de sódio a 3%
*Com mel Karo
Tipos de solução
9. Lavagem
Nasal
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• Para fazer solução:
570 ml de agua filtrada ou fervida
Uma colher de chá de sal
Meia colher de chá de bicarbonato
ENT UK, Royal College of Surgeons, 2016.Commissioning guide:
chronic rhinosinusitis
Preparo da solução salina
10. Lavagem
Nasal
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• A solução salina é bem tolerada, de baixo custo, efetiva e não há dúvidas
quanto a seus benefícios, mas sim sobre a forma mais adequada de prescrevê-
la.
• várias soluções de irrigação nasal estão disponíveis: diferentes recipientes,
soluções manufaturadas e caseiras, variação da tonicidade, inclusão de aditivos,
mudanças no ph e numerosos aparelhos
Modos de uso
12. Lavagem
Nasal
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• Tanto o método de irrigação quanto a tonicidade (concentração) da solução
salina pode ter um impacto na sua eficácia, no entanto, não há consenso sobre
a superioridade de qualquer solução ou método.
• Um artigo de revisão concluiu que grande volume, e baixa pressão de irrigação
usando soluções hipertônicas parecia ser mais eficaz que a solução isotônica.
Incluindo o pós-operatório, pois resultou em uma maior efeito sobre a
depuração mucociliar do que a solução salina isotônica.
• Estudo randomizado comparou soro fisiológico (normal) x solução salina
hipertônica em 80 pacientes com rinossinusite e ambas as soluções
melhoraram os sintomas de obstrução nasal, mas solução hipertônica causou
mais queimação e irritação nasal.
Tipos de solução
13. Lavagem
Nasal
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• Estudo usando radiomarcador mostraram que duchas nasais de grande volume
(>150ml) penetram melhor nos seios paranasais e cavidade nasal superior em
comparação com sprays ou pequeno volume de solução nebulizada.
• A sugestão de que grandes lavagens de volume podem ser superiores aos
métodos de baixo volume para sinusite é consistente com as evidências de
melhor distribuição em os seios para este método.
Tipos de solução
14. Lavagem
Nasal
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• Há diferentes aparelhos e técnicas para instilar a solução salina nasal. Nenhum
modelo de recomendação uniforme existe para o uso da irrigação nasal.
• Pode-se instilar apenas sobre ação da gravidade através de gotas, sobre pressão
positiva através de seringa, pressão negativa quando aspiradas pelo paciente
ou uso de aplicadores como nebulizadores e sprays.
• Estudos recentes consideram as pressões positiva e negativa métodos mais
efetivos que os nebulizadores.
Técnicas de administração
18. Lavagem
Nasal
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• As lavagens nasais mostraram-se muito seguras pelo seu uso mais que
centenário.
• Os efeitos adversos encontrados foram mínimos.
• Irritação local, prurido, queimação, otalgia, epistaxe e sensação de pressão no
rosto foram descritos por poucos pacientes. Isto tende a ocorrer em ensaios
utilizando soluções hipertônicas .
• A demonstração ao paciente do método e seu seguimento para rever se este
está sendo efetivo e responder às duvidas possam surgir.
• Levar em conta a praticidade de uso e facilidade de conservação adequada da
solução.
Segurança da lavagem nasal
19. Lavagem
Nasal
19
• As lavagens nasais mostraram-se muito seguras pelo seu uso mais que
centenário.
• Os efeitos adversos encontrados foram mínimos.
• Irritação local, prurido, queimação, otalgia, epistaxe e sensação de pressão no
rosto foram descritos por poucos pacientes. Isto tende a ocorrer em ensaios
utilizando soluções hipertônicas .
• A demonstração ao paciente do método e seu seguimento para rever se este
está sendo efetivo e responder às duvidas possam surgir.
• Levar em conta a praticidade de uso e facilidade de conservação adequada da
solução.
Segurança da lavagem nasal
20. Lavagem
Nasal
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Recomendada para resfriados comuns, rinossinusite, sinusite crônica, rinite
alérgica e após a cirurgia nasal.
Hidrata a membrana mucosa, reduz crostas e aumenta a eliminação do muco
do nariz e seios nasais.
Potencial de reduzir o número de prescrições de antibióticos para sinusite
aguda e crônica, e melhorar os resultados para os pacientes.
Lavam o muco e humedecem a cavidade nasal, e estimulam a cílios para bater
mais rápido e provavelmente lavando os alérgenos do nariz.
Grandes volumes penetram os melhor os seios, que é provavelmente mais
importante se o tratamento de uma infecção crônica
Pontos chave
21. Lavagem
Nasal
Referências Bibliográficas21
Bibliografia:
1. Atualizações em condutas pediátricas; Higienização nasal na prevenção de doenças respiratórias. Ed: 80.
Departamento de Otorrinolaringologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo – São Paulo: SPSP, 2017
2. Rama S, Ballentyne R, Hymes A. A science of breath: a practical guide to breath and prana. Honesdale PA:
The Himalayan Institute Press, 1998.
3. Olsen DEI, Rasgon BM, Hilsinger RI. Radiographic comparison of three methods for nasal saline irrigation.
Laryngoscope 2002;112:1394–8.
4. Bastier P-L, Lechot A, Bordenave L, et al. Nasal irrigation: from empiricism to evidence-based medicine. A
review. Eur Ann Otorhinolaryngol Head Neck Dis 2015;132:281–5.
5. Hauptman G, Ryan MW. The effect of saline solutions on nasal patency and mucociliary clearance in
rhinosinusitis patients. Otolaryngol Head Neck Surg 2007;137:815–21.
6. ENT UK, Royal College of Surgeons, 2016.Commissioning guide: chronic rhinosinusitis [online]. Available:
https://www.rcseng.ac.uk/-/media/files/rcs/standards-and-research/commissioning/rhinosinusitis-
commissioning-guide-for-republication.pdf [Acessado 06 de Outubro de 2019].
7. Head K, Chong LY, Piromchai P, et al. Systemic and topical antibiotics for chronic rhinosinusitis. Cochrane
Database Syst Ver 2016;4:10.1002/14651858.CD011994.pub2.
8. King D. What role for saline nasal irrigation?Drug and Therapeutics Bulletin 2019;57:56-59
24. Lavagem
Nasal
Introdução
• Várias consensos nacionais e internacionais agora recomendam a irrigação
nasal como tratamento adjuvante em inúmeras patologias nasais;
• Fornece limpeza mecânica;
•
• Reduz as concentrações locais de mediadores pró-inflamatórios;
• Aumenta a depuração mucociliar e reduz o tempo de contato do muco
com elementos transportados pelo ar;
•
• Umedece a mucosa nasal, principalmente no pós-operatório e em muitas
patologias sinonasais crônicas;
24
25. Lavagem
Nasal
Introdução
Uma metanálise recente de 10 estudos controlados, realizados em uma
revisão de 11.500 estudos, incluiu mais de 400 pacientes com rinite alérgica:
• A irrigação salina regular em adultos e crianças melhorou a sintomatologia
nasal em 35% dos casos e qualidade de vida em 30%
• A depuração mucociliar no teste de sacarina aumentou cerca de 30%
• O impacto no consumo de medicamentos foi mais difícil de quantificar
limitando o valor científico do estudo
25
26. Lavagem
Nasal
Introdução
• A heterogeneidade da literatura dificulta a ideia clara sobre as várias
soluções e meios de administração.
• A composição da solução de irrigação parece ser uma questão
importante.
• Pacientes crônicos às vezes relatam melhora com banho do mar
26
27. Lavagem
Nasal
Objetivo
• O presente artigo inclui uma revisão da literatura e atualização das
várias soluções e meios de administração disponíveis para irrigação
nasal.
27
28. Lavagem
Nasal
Meios de irrigação
• Não há consenso sobre os meios de irrigação;
• Um estudo em indivíduos saudáveis relatou benefícios com irrigação por
pressão positiva vs. pressão negativa ou nebulização;
• Não foram encontrados estudos, comparativos ou não, na literatura, com
foco na administração de seringas, apesar de este ser o método mais
difundido;
• Vários estudos relataram maior eficácia com irrigação em grande volume.
28
29. Lavagem
Nasal
Meios de irrigação
• Um estudo recente comparou 26 dispositivos de irrigação nasal disponíveis no mercado
alemão, testando-os em um modelo de cavidade nasal de resina com base em narinas
normais não congestionadas.
• Os volumes de irrigação variaram de 30 a 500 mL, para uma média de 200 a 250 mL.
• Quanto maior o volume de irrigação, maior a área da cavidade coberta pela irrigação.
• Somente os sistemas de compressão com pressão ≥120 bar atingiram toda a cavidade.
• O ajuste do bico no vestíbulo a 45 ° e pra cima otimiza a cobertura da cavidade
• A qualidade de irrigação e segurança microbiana estavam associadas a dispositivos
transparentes, com bico anti-refluxo, plástico de alta qualidade, flexíveis e laváveis.
29
30. Lavagem
Nasal
Meios de irrigação
• Um estudo prospectivo randomizado, único-cego comparou a eficácia pós-
operatória entre dois dispositivos de irrigação comercial disponíveis em 31
pacientes submetidos à cirurgia endonasal:
• A irrigação de grande volume e baixa pressão foi associada a uma melhor
limpeza pós-operatória da cavidade nasal no escore de endoscopia pós-
operatória de Lund-Mackay do que a irrigação de alta pressão e baixo
volume.
30
32. Lavagem
Nasal
Composição das soluções disponíveis
• Soluções comerciais (Physiomer®,Stérimar®, Marimer®, Vicks®)
• Existem várias “receitas” para solução salina “caseira”.
• Ao contrário da solução salina normal (NaCl 0,9%), composição e a
esterilidade não é controlável, reproduzível ou confiável nas soluções
caseiras
32
33. Lavagem
Nasal
Papel dos vários componentes
• In vitro, esses íons apresentam reação não negligenciável nas células
epiteliais.
• Sódio: pode inibir o fluxo de cálcio das células ciliadas, reduzindo assim a
frequência de batimento ciliar
• Magnésio: reduz a inflamação local, reduzindo a secreção do mediador e a
degranulação nas células implicadas na alergia. Paradoxicamente,
aumentam a secreção de IL-8 pelas células epiteliais nasais
• Zinco e Magnesio podem reduzir a apoptose das células da mucosa
respiratória durante processos inflamatórios
33
34. Lavagem
Nasal
Papel dos vários componentes
• O cálcio está envolvido na regulação da frequência e sincronização do
batimento ciliar
• O fluxo de ar também estimula a entrada de cálcio nas células e a
mecanotransdução aumentando o batimento ciliar
• O potássio promove a reparação do epitélio respiratório
• Os íons bicarbonato, além de atuarem como tampão, reduzem a
viscosidade do muco facilitando a eliminação
34
35. Lavagem
Nasal
35
• In vitro, soluções com pH <7 ou> 10 reduziram a frequência de batimento
mucociliar traqueal em ratos e embriões de galinha;
• Em humanos, soluções com pH ácido também reduziram a frequência de
batimentos ciliares, enquanto soluções levemente alcalinas aumentaram;
• In vivo, em humanos, o impacto do pH na depuração mucociliar é mais
difícil de determinar;
• England et al. não encontraram correlação estatística entre pH e
depuração mucociliar em 56 não fumantes saudáveis;
Papel do pH e da tonicidade
36. Lavagem
Nasal
36
• Chusakul et al. relataram clara melhora nos sintomas com soluções
isotônicas alcalinas na rinite alérgica;
• In vitro irrigação hipertônica (1,5%) e hipotônica (0,45%) reduziram a
frequência do batimento ciliar em comparação com a solução
fisiológica (0,9%);
• Outros autores relataram melhora da depuração mucociliar in vivo em
testes de sacarina em indivíduos saudáveis com soluções hipertônicas
entre 3% e 5%.
Papel do pH e da tonicidade
37. Lavagem
Nasal
37
• Desde 1995, foi demonstrado que a água do mar promove o
crescimento celular, com um efeito eutrófico significativamente mais
forte do que a solução salina normal;
• Em um estudo in vitro mais recente, a exposição de 2 a 4 horas ao mar
eletrodializado aumentou a viabilidade em células epiteliais
brônquicas, em comparação com a solução salina isotônica normal;
• Em outros estudos, a água do mar protegeu significativamente a
mucosa nasal de porcos contra os efeitos da oximetazolina
Vantagens da água do mar
38. Lavagem
Nasal
38
• Alguns estudos relataram superioridade clínica para soluções ricas em
minerais em comparação com a solução salina clássica, mas os dados
são escassos (Tabela 2)
Vantagens clínicas da água do mar
39. Lavagem
Nasal
39
Na rinite alérgica, a solução salina iso e hipertônica melhorou os sintomas
em crianças, reduzindo o uso de anti-histamínicos e corticosteróides.
Em 2007, um estudo randomizado multicêntrico avaliou a eficácia da água
do mar, em 238 pacientes com RSC alérgica ou não alérgica, e encontrou
uma superioridade significativa para irrigação nasal em termos de
sintomas e de retorno aos corticosteróides
Cordray et al. também relataram que a irrigação nasal com água do Mar
Morto, sem anti-histamínicos, foi tão eficaz quanto os corticosteróides
locais no controle dos sintomas nasais e oculares na rinite alérgica sazonal
leve a moderada
Vantagens clínicas da água do mar
40. Lavagem
Nasal
40
Na infecção aguda, dois estudos prospectivos randomizados mostraram
melhor tratamento com irrigação nasal:
• O primeiro, um estudo multicêntrico controlado de 390 crianças com
rinite, encontrou melhoria na permeabilidade nasal na qualidade e
quantidade de secreção com irrigação por água do mar eletrodializada
do que em um grupo controle sem irrigação;
• A irrigação reduziu o número de episódios, complicações
otorrinolaringológicas e medicamentos em crianças que sofrem de
rinite.
Vantagens clínicas da água do mar
41. Lavagem
Nasal
41
• O segundo estudo, de centro único, de 69 crianças com sinusite aguda,
descobriu que o tratamento padrão reduz os sintomas de maneira
mais eficaz quando associado à irrigação nasal com solução isotônica
• Ambos os estudos mostraram a eficácia da irrigação nessas respectivas
patologias, mas não demonstraram superioridade de nenhuma das
soluções, pois não havia braço comparativo
Vantagens clínicas da água do mar
42. Lavagem
Nasal
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• No uso no pós-operatório, a irrigação nasal é essencial para a limpeza das
crostas e secreções inerentes a qualquer cirurgia nasossinusal.
• Reduz significativamente a secreção nasal e mostra uma tendência a
reduzir o edema pós-cirúrgico.
• O Ringer Lactato, rico em cálcio e potássio e menos rico em íons sódio e
cloreto que a salina isotonica, proporcionou um aumento no transporte
mucociliar maior do que a solução salina isotônica após cirurgia
endonasal
Vantagens clínicas da água do mar
43. Lavagem
Nasal
43
• Poucos estudos se concentraram na irrigação pós-operatória de água
do mar e não possuíam grupos de controle sem cuidados pós-
operatórios
• Pigret e Jankowski não encontraram diferença significativa entre os
efeitos do mar pressurizado e da solução salina com anti-sépticos e
mucolíticos, em uma pequena série (10 pacientes por grupo)
• Keerl et al., Em um estudo observacional de 121 pacientes,
constataram que a irrigação nasal era bem tolerada e que alguns
pacientes continuaram a longo prazo, incluindo a irrigação em sua
rotina diária de vida
Vantagens clínicas da água do mar
44. Lavagem
Nasal
44
• Certos conservantes, antissépticos e mucolíticos já foram associados
às soluções de irrigação. Eles retardaram a parada do batimento ciliar
e não mostraram benefício clínico
• Uma metanálise recente confirmou a não superioridade da adição de
um antibiótico e um agente antifúngico à solução de irrigação
rinossinusite crônica.
Vantagens clínicas da água do mar
45. Lavagem
Nasal
45
• Fundada na prática empírica e no senso comum, a irrigação nasal
agora desempenha um papel essencial e evidente pela grande maioria
dos praticantes.
• A heterogeneidade de protocolos e estudos gera confusão.
• A irrigação em grande volume fornece boa distribuição ao longo das
cavidades sinonasais; e uma solução isotônica com pH levemente
alcalino e uma composição próxima à da água do mar, otimiza a
recuperação trófica e funcional do epitélio respiratório.
Conclusão
46. Lavagem
Nasal
46
• Clinicamente, a literatura falha em provar qualquer clara
superioridade de um produto em relação aos outros;
• No entanto, as propriedades in vitro da água do mar parecem fornecer
vantagem definitiva em muitas situações clínicas, em comparação com
a solução salina fisiológica.
• Serão necessários mais estudos para confirmar as presentes
conclusões.
Conclusão
Durante o século XIX, a doença nasal e dos seios paranasais eram de grande
importância, uma das mais comuns complicações da sífilis e da tuberculose era a perda da
estrutura nasal. Nos estágios precoces de infecção a lavagem nasal era considerada tratamento
de escolha, pois ainda não havia antibióticos e a solução além de baixo custo podia ser
administrada pelos pacientes em suas próprias casa
e crônica, na e não-alérgica, em sintomas nasais inespecíficos (incluindo gotejamento pós-nasal),,,, e para pacientes que sofreram
Holmström et al (1997) analisa o uso da solução salina isotônica através de pressão
positiva em trabalhadores de indústrias moveleiras. Relata que os trabalhadores que se expõe
a formaldeído e solventes, além do pó da madeira sofrem de rinite por irritantes e se
beneficiam do uso da solução salina, com melhora nos sintomas, melhora no pico de fluxo
expiratório e melhora do clearence mucociliar.29
Rabone e Saraswati (1999) semelhante a Holmström et al (1997)observaram a mesma
melhora nos sintomas em trabalhadores expostos ao pó da madeira em acompanhamento
realizado em período de 1 ano.39
.41
Há várias teorias para explicar a melhora do clearence mucociliar, primeiramente falase
em maior liberação de muco devido aumento da secreção de muco já pronto e previamente
armazenado nas glândulas mucosas e não ao aumento na produção através de transcrição
genética.41 Talbot (1997)15 e Holmström (1997)29 em seus estudos sugerem que a melhora do
clearence tem como principal fator as alterações reológicas do muco. O transporte mucociliar
depende não somente de uma atividade coordenada dos cílios mas também das propriedades
reológicas do muco. Sabe-se que o muco funciona como um fluido não-Newtoniano, com
propriedades viscoelásticas heterogêneas. Após a exposição aos alérgenos, os valores de
elasticidade e viscosidade tem se mostrado diminuídos.42
Vários estudos tem mostrado que a irrigação com solução salina age através de
liquefação do muco, o que melhoraria estas propriedades reológicas que são afetadas nos
processos alérgicos.15,29,42 A melhora na freqüência de batimento dos cílios parece melhorar o
clearence.19 Em 2001 um estudo demonstrou que o ciclo nasal tem um marcado efeito sobre o
clearence mucociliar. O clearence mostrou-se aumentado quando a narina estava
desobstruída. Isto teria implicações práticas na absorção de medicamentos pela mucosa
nasal.43 Pode-se correlacionar com a ação da solução salina, que através da redução do edema
deixaria a via aérea mais patente e por isso talvez se relacione a melhora do clearence
mucociliar.
Sabe-se que os benefícios da solução sobre o bloqueio nasal é aparentemente mais
devido ao efeito da lavagem mecânica que a alguma ação farmacológica.12
Há evidência de que a solução salina sob pressão positiva poderia ajudar na remoção
de bactérias da mucosa
Nos EUA, tem havido relatos de uma complicação rara de abscesso cerebral amebiana da água da torneira contaminada usada para
a solução salina de lavagem.
Anteriormente considerado inteiramente infeccioso em etiologia, sinusite crônica é agora reconhecida como uma doença multifatorial, envolvendo biofilmes bacterianos e super antígenos, inflamação e remodelação de tecidos. Assim, tratamentos eficazes precisarão reduzir a inflamação da mucosa, remover o muco e modular fatores ambientais.
Muitos dos estudos que foram incluídos nas revisões sistemáticas não relataram
efeitos adversos. Um pequeno número tinha relatórios de ardor, irritação e, ocasionalmente, aumento das taxas de epistaxe. e menos comum em pessoas com solução salina
isotónica.
Muitos dos estudos que foram incluídos nas revisões sistemáticas não relataram
efeitos adversos. Um pequeno número tinha relatórios de ardor, irritação e, ocasionalmente, aumento das taxas de epistaxe. e menos comum em pessoas com solução salina
isotónica.
Muitos dos estudos que foram incluídos nas revisões sistemáticas não relataram
efeitos adversos. Um pequeno número tinha relatórios de ardor, irritação e, ocasionalmente, aumento das taxas de epistaxe. e menos comum em pessoas com solução salina
isotónica.
Aumenta a depuração mucociliar e reduz o tempo de contato com o muco dos elementos transportados pelo arumedeça a mucosa nasal, principalmente no pós-operatório e em muitas patologias sinonasais crônicas
Vários estudos relataram maior eficácia com irrigação em grande volume [16,17]. Um estudo recente comparou 26 dispositivos de irrigação nasal disponíveis no mercado alemão [18], testando-os em um modelo de cavidade nasal de resina com base em narinas normais não congestionadas. Os volumes de irrigação variaram de 30 a 500 mL, para uma média de 200 a 250 mL. Quanto maior o volume de irrigação, maior a área da cavidade coberta pela irrigação: a irrigação em grande volume alcança uma proporção maior das cavidades nasais. Dependendo do volume e do dispositivo, o tempo de aplicação variou entre 6 e 54 s e a produção entre 3,9 e 27,2 mL / s. Somente os sistemas de compressão com pressão ≥120 mbar atingiram toda a cavidade nasal. Os autores acrescentaram que o ajuste apertado entre o bico e a narina e a possibilidade de inserir o bico no vestíbulo e orientá-lo 45 coverage cobertura da cavidade otimizada para cima e perda minimizada da solução de irrigação [18]. Pareceu-se também que boa ergonomia, qualidade de irrigação e segurança microbiana estavam associadas a dispositivos transparentes, equipados com um bico anti-refluxo, em plástico de alta qualidade, flexível e compressível, com ≥5 mL / s de saída ou ≥120 mbar pressão de administração, que poderia ser desmontado e lavado à mão ou em uma máquina de lavar louça e foram adaptados para fornos de microondas.
Existem várias “receitas” para solução salina “caseira”, com ou sem tampão, que os pacientes podem fazer em casa, usando água, sal e, em alguns casos, bicarbonato de sódio. Ao contrário da solução salina normal (NaCl 0,9%), composição e a esterilidade não é controlável, reproduzível ou confiável. As soluções caseiras que usam sal “marinho” contêm apenas íons cloreto e sódio. Também existem produtos disponíveis comercialmente, consistindo em água do mar diluída em um terço em água destilada (por exemplo, Stérimar®2, Marimer®3, Vicks®4) para obter uma solução isotônica.
Existem várias “receitas” para solução salina “caseira”, com ou sem tampão, que os pacientes podem fazer em casa, usando água, sal e, em alguns casos, bicarbonato de sódio. Ao contrário da solução salina normal (NaCl 0,9%), composição e a esterilidade não é controlável, reproduzível ou confiável. As soluções caseiras que usam sal “marinho” contêm apenas íons cloreto e sódio. Também existem produtos disponíveis comercialmente, consistindo em água do mar diluída em um terço em água destilada (por exemplo, Stérimar®2, Marimer®3, Vicks®4) para obter uma solução isotônica.