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DETECÇÃO DO VÍRUS DE EPSTEIN BARR (EBV) EM TECIDOS DE PACIENTES SUSPEITOS DE
                                             DOENÇA DE HODGKIN .
                                                                               Bolsis ta: Marcos Rogério Menezes da Costa
                                                                       Orientador (a): Talita F. Monteiro Serviço de Virologia Geral




      INTRODUÇÃO/OBJETIVO
    O vírus de Epstein Barr (EBV) é um herpesvírus linfotrópico B humano. Apesar das infecções sintomáticas
por esses vírus se apresentarem em geral de forma benigna, o EBV tem sido implicado na gênese de uma
variedade de desordens linfoproliferativas e neoplasias severas. Determinar a prevalência do EBV em
pacientes suspeitos de doença de Hodgkin foi o objeto deste estudo.




      MATERIAL E MÉTODOS

    Até o momento, foram analisadas 52 amostras de tecidos linfóide (biópsias) de pacientes com suspeita
clínica de linfomas; pertencentes ao Serviço de Patologia do Instituto Ofir Loiola (IOL-Hospital de Referência
para Câncer). As amostras de cortes histológicos parafinizados foram examinadas pelo procedimento de
                                                                                                                                 Figura 1 Doença de Hodgkin, subtipo esclerose nodular. Hibridização in situ para o gene EBER 1 do EBV.
hibridização in situ para a detecção de genes que codificam RNA (EBER1) do EBV expressos em células
latentemente infectadas, utilizando o "Kit" da "Novocastra laboratoriesTM ", fabricado no Reino Unido-
Inglaterra.




                           TÉCNICA DE HIBRIDAÇAÕ IN SITU PARA EBV




                                                                                                                                 Figura 2. Doença de Hodgkin. Hibridização in situ, sonda EBER 1 do EBV. Hematoxilina de Mayer (200X).




                                                                                                                            Tabela 1. FREQÜÊNCIA DE POSITIVIDADE PARA O GENE EBER 1 DO EBV SEGUNDO OS
                                                                                                                            SUBTIPOS DE DH DE BELÉM, PARÁ.

                                                                                                                                            Subtipos                    Nº de          Sexo          EBV +          Sexo
                                                                                                                                            Doença de Hodgkin         casos (%) Masc /Fem              (%)       Masc/Fem


                                                                                                                                            Esclerose Nodular 22 (78,6%)                13/9        17 (81%)        10 / 7

                                                                                                                                            Celularidade Mista 3 (10,7%)                 2/1        2 (9,5%)        2/ -

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                                                                                                                                           Fonte: Pesquisa do autor

       RESULTADOS
        Um total de 52 amostras de neoplasia linfoídes (biópsias), sendo 61,5% (32/52) do sexo
masculino e 38,5% (20/52) do feminino, com variação de idade entre 3 a 98 anos (média de 31,2 anos)                              CONCLUSÃO
foram analisadas. Vinte e oito tumores (53,8%) foram classificados como doença de Hodgkin (DH) e vinte e
quatro (46,2%) eram linfomas não-Hodgkin (LNH). A freqüência total de positividade para o gene EBER 1
do EBV foi de 75% (39/52). A presença do genoma do EBV na doença de Hodgkin revelou taxas de                              Os nossos resultados, demonstraram a presença do gene EBER 1 do EBV em 75% dos casos de
75%(21/28); com variação de idades de 6 a 48 anos (média de 26,4 anos). Quanto aos subtipos de DH                      doença de Hodgkin com elevado percentual de positividade (81%) para o subtipo esclerose nodular.
associados ao EBV tivemos as seguintes frequências: esclerose nodular 81% (17/21), predomínio                          Reforçando a hipótese que o EBV presente durante a transformação neoplásica seria um co-fator
linfocitário 9,5% (2/21), celularidade mista 9,5% (2/21) e depleção linfocitaria 0% (0/21).                            associado a predisposição genética e ao estado imune do paciente



                                                                                                                                                                                                                                     Adlai/INF-IEC
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Doença de hodgkin hibridizaçao

  • 1. DETECÇÃO DO VÍRUS DE EPSTEIN BARR (EBV) EM TECIDOS DE PACIENTES SUSPEITOS DE DOENÇA DE HODGKIN . Bolsis ta: Marcos Rogério Menezes da Costa Orientador (a): Talita F. Monteiro Serviço de Virologia Geral INTRODUÇÃO/OBJETIVO O vírus de Epstein Barr (EBV) é um herpesvírus linfotrópico B humano. Apesar das infecções sintomáticas por esses vírus se apresentarem em geral de forma benigna, o EBV tem sido implicado na gênese de uma variedade de desordens linfoproliferativas e neoplasias severas. Determinar a prevalência do EBV em pacientes suspeitos de doença de Hodgkin foi o objeto deste estudo. MATERIAL E MÉTODOS Até o momento, foram analisadas 52 amostras de tecidos linfóide (biópsias) de pacientes com suspeita clínica de linfomas; pertencentes ao Serviço de Patologia do Instituto Ofir Loiola (IOL-Hospital de Referência para Câncer). As amostras de cortes histológicos parafinizados foram examinadas pelo procedimento de Figura 1 Doença de Hodgkin, subtipo esclerose nodular. Hibridização in situ para o gene EBER 1 do EBV. hibridização in situ para a detecção de genes que codificam RNA (EBER1) do EBV expressos em células latentemente infectadas, utilizando o "Kit" da "Novocastra laboratoriesTM ", fabricado no Reino Unido- Inglaterra. TÉCNICA DE HIBRIDAÇAÕ IN SITU PARA EBV Figura 2. Doença de Hodgkin. Hibridização in situ, sonda EBER 1 do EBV. Hematoxilina de Mayer (200X). Tabela 1. FREQÜÊNCIA DE POSITIVIDADE PARA O GENE EBER 1 DO EBV SEGUNDO OS SUBTIPOS DE DH DE BELÉM, PARÁ. Subtipos Nº de Sexo EBV + Sexo Doença de Hodgkin casos (%) Masc /Fem (%) Masc/Fem Esclerose Nodular 22 (78,6%) 13/9 17 (81%) 10 / 7 Celularidade Mista 3 (10,7%) 2/1 2 (9,5%) 2/ - Depleção 1 (3,6%) 1/- - -/- Linfocitária Predominância 2 (7,1%) 2/- 2 (9,5%) 2/- linfocitária Total 28 (100%) 18/10 21 (100%) 14/7 Fonte: Pesquisa do autor RESULTADOS Um total de 52 amostras de neoplasia linfoídes (biópsias), sendo 61,5% (32/52) do sexo masculino e 38,5% (20/52) do feminino, com variação de idade entre 3 a 98 anos (média de 31,2 anos) CONCLUSÃO foram analisadas. Vinte e oito tumores (53,8%) foram classificados como doença de Hodgkin (DH) e vinte e quatro (46,2%) eram linfomas não-Hodgkin (LNH). A freqüência total de positividade para o gene EBER 1 do EBV foi de 75% (39/52). A presença do genoma do EBV na doença de Hodgkin revelou taxas de Os nossos resultados, demonstraram a presença do gene EBER 1 do EBV em 75% dos casos de 75%(21/28); com variação de idades de 6 a 48 anos (média de 26,4 anos). Quanto aos subtipos de DH doença de Hodgkin com elevado percentual de positividade (81%) para o subtipo esclerose nodular. associados ao EBV tivemos as seguintes frequências: esclerose nodular 81% (17/21), predomínio Reforçando a hipótese que o EBV presente durante a transformação neoplásica seria um co-fator linfocitário 9,5% (2/21), celularidade mista 9,5% (2/21) e depleção linfocitaria 0% (0/21). associado a predisposição genética e ao estado imune do paciente Adlai/INF-IEC MS - FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE INSTITUTO EVANDRO Conselho Nacional de Desenvolvimento CHAGAS Científico e Tecnológico www.iec.pa.gov.pa