Este documento fornece recomendações sobre o vírus Monkeypox em gestantes, puérperas e lactantes. O surto atual está afetando muitos países onde a doença não é endêmica. Embora a gravidade da doença em gestantes não seja totalmente conhecida, elas são consideradas grupo de risco. O diagnóstico é clínico e laboratorial, e amostras devem ser enviadas para laboratórios de referência.
1) O documento apresenta uma revisão dos cuidados e orientações para gestantes, puérperas e crianças infectadas com o vírus monkeypox, identificando lacunas de pesquisa.
2) Foram encontrados poucos estudos sobre o assunto, com orientações genéricas de monitoramento e testagem, mas sem consenso sobre vacinas, parto e aleitamento materno.
3) Permanecem incertezas sobre vacinas, medicamentos, cuidados pré-natais e durante o parto seguros para essas populações, bem como orientações
Esta aula sobre Introdução à Segurança do Paciente é uma produção institucional do Centro Colaborador para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente (Proqualis) e foi elaborada pelos professores Lucas Zambom, Renata Galotti e Maria Duthil Novaes (FM-USP)
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM A UM PACIENTE COM SIDA E TUBERCUL...Jonathan Sampaio
Apresentado ao Curso de Bacharelado e Licenciatura em Enfermagem, do Instituto de Ciências da Saúde, da Universidade Federal do Pará, como requisito para avaliação parcial da disciplina Enfermagem em Doenças Transmissíveis, sob orientação da Profª. Ana Sofia.
Segurança do Paciente na Atenção ao Parto e ao Nascimento_abril 2015Proqualis
O documento discute a qualidade da atenção em serviços obstétricos, abordando: 1) Fatores assistenciais como protocolos, treinamentos e estrutura organizacional influenciam os resultados; 2) O modelo dos Três Atrasos explica como atrasos no acesso ao cuidado estão relacionados a piores desfechos; 3) Intervenções nos sistemas de saúde podem melhorar a segurança modificando os fatores assistenciais.
Todo hospital deveria adotar pacotes de segurança para as principais causas de morbidade grave e mortalidade materna evitáveis, começando com prevenção de hemorragia, pré-eclâmpsia e tromboembolismo venoso.
Material de 23 de novembro de 2021
Disponível em: portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
Eixo: Atenção às Mulheres
Aprofunde seus conhecimentos acessando artigos disponíveis na biblioteca do Portal.
Disponível em: https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/
Fácil acesso. Diferentes recursos. As melhores evidências. Um olhar multidisciplinar.
O documento discute o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e as doenças e agravos relacionados ao trabalho. Ele explica que o SINAN coleta e dissemina dados sobre problemas de saúde da população para subsidiar decisões de saúde. Também descreve os objetivos, funcionamento e fluxos de notificação do SINAN em relação a agravos ocupacionais, além de discutir a evolução histórica das normas sobre notificação destes agravos.
O documento discute a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) no Brasil, que foi homologada em 2000 pelo Conselho Federal de Enfermagem. A SAE deve ser implementada em todas as instituições de saúde e registrada nos prontuários dos pacientes. Ela consiste em cinco passos - planejar, organizar, executar, avaliar - para fornecer cuidados de enfermagem sistematizados e melhorar a qualidade da assistência.
O documento discute o papel da atenção primária à saúde na rede de atendimento às urgências e emergências no Sistema Único de Saúde brasileiro. Ele descreve como as unidades básicas de saúde devem estruturar-se fisicamente e em recursos humanos para atender casos de urgência e emergência, além de apresentar protocolos e diretrizes do Ministério da Saúde sobre o tema.
1) O documento apresenta uma revisão dos cuidados e orientações para gestantes, puérperas e crianças infectadas com o vírus monkeypox, identificando lacunas de pesquisa.
2) Foram encontrados poucos estudos sobre o assunto, com orientações genéricas de monitoramento e testagem, mas sem consenso sobre vacinas, parto e aleitamento materno.
3) Permanecem incertezas sobre vacinas, medicamentos, cuidados pré-natais e durante o parto seguros para essas populações, bem como orientações
Esta aula sobre Introdução à Segurança do Paciente é uma produção institucional do Centro Colaborador para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente (Proqualis) e foi elaborada pelos professores Lucas Zambom, Renata Galotti e Maria Duthil Novaes (FM-USP)
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM A UM PACIENTE COM SIDA E TUBERCUL...Jonathan Sampaio
Apresentado ao Curso de Bacharelado e Licenciatura em Enfermagem, do Instituto de Ciências da Saúde, da Universidade Federal do Pará, como requisito para avaliação parcial da disciplina Enfermagem em Doenças Transmissíveis, sob orientação da Profª. Ana Sofia.
Segurança do Paciente na Atenção ao Parto e ao Nascimento_abril 2015Proqualis
O documento discute a qualidade da atenção em serviços obstétricos, abordando: 1) Fatores assistenciais como protocolos, treinamentos e estrutura organizacional influenciam os resultados; 2) O modelo dos Três Atrasos explica como atrasos no acesso ao cuidado estão relacionados a piores desfechos; 3) Intervenções nos sistemas de saúde podem melhorar a segurança modificando os fatores assistenciais.
Todo hospital deveria adotar pacotes de segurança para as principais causas de morbidade grave e mortalidade materna evitáveis, começando com prevenção de hemorragia, pré-eclâmpsia e tromboembolismo venoso.
Material de 23 de novembro de 2021
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O documento discute o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e as doenças e agravos relacionados ao trabalho. Ele explica que o SINAN coleta e dissemina dados sobre problemas de saúde da população para subsidiar decisões de saúde. Também descreve os objetivos, funcionamento e fluxos de notificação do SINAN em relação a agravos ocupacionais, além de discutir a evolução histórica das normas sobre notificação destes agravos.
O documento discute a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) no Brasil, que foi homologada em 2000 pelo Conselho Federal de Enfermagem. A SAE deve ser implementada em todas as instituições de saúde e registrada nos prontuários dos pacientes. Ela consiste em cinco passos - planejar, organizar, executar, avaliar - para fornecer cuidados de enfermagem sistematizados e melhorar a qualidade da assistência.
O documento discute o papel da atenção primária à saúde na rede de atendimento às urgências e emergências no Sistema Único de Saúde brasileiro. Ele descreve como as unidades básicas de saúde devem estruturar-se fisicamente e em recursos humanos para atender casos de urgência e emergência, além de apresentar protocolos e diretrizes do Ministério da Saúde sobre o tema.
Como contribuição à 1ª Semana de Mobilização pela Saúde das Mulheres o Portal de Boas Práticas do IFF/Fiocruz apresenta material sobre Mortalidade Materna, com o objetivo de expor suas causas e indicar ações necessárias para a sua redução.
A ocorrência de um óbito materno deve causar indignação nos profissionais de saúde e na sociedade. Todo óbito materno deve ser investigado pelos profissionais de maternidades, de unidades básicas e analisados pelos Comitês Municipais e Estaduais de Prevenção da Mortalidade Materna.
Material de 28 de maio de 2018
Disponível em: portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
Eixo: Atenção às Mulheres
Aprofunde seus conhecimentos acessando artigos disponíveis na biblioteca do Portal.
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Fácil acesso. Diferentes recursos. As melhores evidências. Um olhar multidisciplinar.
▪ O documento discute a vigilância epidemiológica e o sistema de informação SINAN, apresentando a evolução histórica da vigilância em saúde, as principais fontes de dados e desafios atuais. O documento também fornece um cronograma de atividades para uma aula sobre o tema.
O documento discute as evidências científicas que embasam a recomendação de aleitamento materno continuado por dois anos ou mais. Aponta que o aleitamento materno prolongado traz benefícios para a saúde da criança e da mãe, reduzindo riscos de doenças infecciosas, obesidade, problemas de desenvolvimento e cânceres. No entanto, muitas crianças não são amamentadas por tempo suficiente devido a mitos e dificuldades culturais.
As reações das crianças hospitalizadas e as intervenções de enfermagemuniversitária
O documento discute as reações das crianças à hospitalização e intervenções de enfermagem. A hospitalização causa sofrimento físico e emocional em crianças, que se sentem em um ambiente hostil onde passam por procedimentos dolorosos sem entendê-los. Isso pode levar a regressões e outros mecanismos de defesa. Cabe aos profissionais de saúde preparar emocionalmente as crianças e oferecer apoio aos pais para tornar a experiência menos traumática.
Este documento fornece orientações sobre práticas seguras para prevenção de incidentes envolvendo cateteres intravenosos periféricos em serviços de saúde. Detalha medidas como higiene das mãos, seleção adequada do cateter e local de inserção, e cuidados com o sítio de inserção para evitar complicações como infecção, flebite e lesão por pressão. Também define indicadores para monitoramento destes eventos adversos.
O controle da tuberculose (TB) envolve uma série de ações relacionadas a práticas clínicas, organização de serviços, interações com outras áreas dentro e fora do setor saúde e sistema de informação e vigilância (MS, 2019).
Material de 25 de abril de 2021
Disponível em: portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
Eixo: Atenção à Criança
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Disponível em: https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/
Fácil acesso. Diferentes recursos. As melhores evidências. Um olhar multidisciplinar.
O documento descreve o sistema brasileiro de notificação compulsória de doenças, incluindo a lista nacional de doenças sujeitas a notificação imediata e em unidades sentinelas, assim como os objetivos e funcionamento do sistema.
O documento descreve as principais teorias de enfermagem, incluindo teorias ambientalistas, de necessidades humanas, relacionais, de autocuidado e sistemas. As teorias foram desenvolvidas por pesquisadores como Nightingale, Henderson, Peplau, Orem, Rogers, Roy e Watson e focam nos aspectos físicos, mentais e sociais dos pacientes.
O documento discute técnicas de abordagem familiar na medicina de família e comunidade. Apresenta conceitos de família e ferramentas para trabalhar com famílias, incluindo associação, avaliação, educação em saúde, facilitação e referência. Também descreve ciclos de vida familiares e suas características e tarefas associadas, como famílias com filhos pequenos, adolescentes e idosos.
[1] A paciente A.P.S., de 57 anos, foi admitida no serviço apresentando dispneia, taquicardia, hipertensão e febre.
[2] Ao exame físico, observou-se úlcera de pressão grau I, tórax simétrico com roncos esparsos, abdome flácido e indolor, e escoriações genitais.
[3] Os principais diagnósticos de enfermagem possíveis incluem: Risco para úl
O documento discute as melhores práticas no cuidado ao recém-nascido no momento do parto e nascimento, enfatizando a importância do contato pele a pele imediato, do clampeamento oportuno do cordão umbilical e da amamentação na primeira hora de vida para a saúde do recém-nascido e da mãe.
O documento discute a epidemiologia, detecção, diagnóstico e tratamento da tuberculose no Brasil e no Hospital Universitário João de Barros Barreto. Apresenta dados sobre incidência no país e no hospital, com maior taxa nos estados do Norte e Nordeste. Detalha estratégias de busca ativa de casos, exames para diagnóstico e a importância do tratamento diretamente observado.
(1) O documento discute a história e conceito de Redes de Atenção à Saúde (RAS) no Brasil, incluindo seus componentes e atributos essenciais.
(2) As RAS visam integrar os serviços de saúde para fornecer cuidados contínuos e abrangentes à população de uma região definida.
(3) A Atenção Primária à Saúde (APS) desempenha um papel central como ponto de entrada para a rede e coordenação dos cuidados.
Este documento apresenta informações sobre o Processo de Enfermagem utilizado no Curso de Graduação em Enfermagem da UNIVAG. Ele descreve as etapas do Processo de Enfermagem, incluindo a coleta de dados através da anamnese e exame físico, o diagnóstico e planejamento de enfermagem, a implementação e avaliação das ações. O objetivo é orientar os alunos e professores no atendimento sistematizado aos pacientes.
A integração sistêmica de ações e serviços de saúde e a qualificação dos seus profissionais garante a redução da mortalidade materna e perinatal.
Material de 10 de outubro de 2019
Disponível em: portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
Eixo: Atenção às Mulheres
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Fácil acesso. Diferentes recursos. As melhores evidências. Um olhar multidisciplinar.
A correta atuação no rastreamento e condução pré-natal da infecção pelo HIV na gestação tem levado a transmissão vertical a níveis próximos de zero, além de impactar positivamente na qualidade de vida dessas mulheres.
Material de 10 de outubro de 2020, atualizado em 15 de fevereiro de 2022
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Eixo: Atenção às Mulheres
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A acreditação hospitalar é um programa de avaliação externa que visa instituir uma cultura de segurança e qualidade nos hospitais, aperfeiçoando os processos assistenciais e resultados. A Organização Nacional de Acreditação (ONA) certifica a qualidade de serviços de saúde no Brasil com foco na segurança do paciente. O documento descreve os princípios, instrumentos de avaliação, níveis de acreditação e o processo de visita das instituições acreditadoras.
O documento descreve os principais indicadores de saúde utilizados em estudos epidemiológicos, incluindo indicadores de mortalidade como coeficiente de mortalidade geral, coeficiente de mortalidade infantil e coeficiente de mortalidade materna. Também discute indicadores de morbidade como coeficiente de morbidade, coeficiente de incidência e coeficiente de prevalência.
Trabalho sobre a Teoria da adaptação de Callista Roy, enfermeira que nos mostra que a pessoa é um indivíduo que se adapta ao meio, tanto de forma física, como mental.
1) O documento fornece recomendações para a assistência no parto de recém-nascidos de mães com suspeita ou confirmação de infecção pelo vírus Monkeypox.
2) É recomendado que a equipe se prepare com antecedência, use equipamentos de proteção e minimize o contato com a mãe infectada durante o parto e estabilização do bebê.
3) O procedimento de reanimação deve ser realizado de forma a proteger o recém-nascido, a equipe e evitar a disseminação do vírus.
Este documento discute a dengue, incluindo sua transmissão pelo mosquito Aedes aegypti, aspectos clínicos que variam de assintomático a forma grave, e diagnóstico e tratamento. A dengue é uma arbovirose que pode apresentar amplo espectro clínico, desde febre autolimitada até choque e óbito. Não há tratamento específico, apenas suporte sintomático. O controle do vetor é a medida mais efetiva de prevenção, já que não existe vacina disponível.
Como contribuição à 1ª Semana de Mobilização pela Saúde das Mulheres o Portal de Boas Práticas do IFF/Fiocruz apresenta material sobre Mortalidade Materna, com o objetivo de expor suas causas e indicar ações necessárias para a sua redução.
A ocorrência de um óbito materno deve causar indignação nos profissionais de saúde e na sociedade. Todo óbito materno deve ser investigado pelos profissionais de maternidades, de unidades básicas e analisados pelos Comitês Municipais e Estaduais de Prevenção da Mortalidade Materna.
Material de 28 de maio de 2018
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Fácil acesso. Diferentes recursos. As melhores evidências. Um olhar multidisciplinar.
▪ O documento discute a vigilância epidemiológica e o sistema de informação SINAN, apresentando a evolução histórica da vigilância em saúde, as principais fontes de dados e desafios atuais. O documento também fornece um cronograma de atividades para uma aula sobre o tema.
O documento discute as evidências científicas que embasam a recomendação de aleitamento materno continuado por dois anos ou mais. Aponta que o aleitamento materno prolongado traz benefícios para a saúde da criança e da mãe, reduzindo riscos de doenças infecciosas, obesidade, problemas de desenvolvimento e cânceres. No entanto, muitas crianças não são amamentadas por tempo suficiente devido a mitos e dificuldades culturais.
As reações das crianças hospitalizadas e as intervenções de enfermagemuniversitária
O documento discute as reações das crianças à hospitalização e intervenções de enfermagem. A hospitalização causa sofrimento físico e emocional em crianças, que se sentem em um ambiente hostil onde passam por procedimentos dolorosos sem entendê-los. Isso pode levar a regressões e outros mecanismos de defesa. Cabe aos profissionais de saúde preparar emocionalmente as crianças e oferecer apoio aos pais para tornar a experiência menos traumática.
Este documento fornece orientações sobre práticas seguras para prevenção de incidentes envolvendo cateteres intravenosos periféricos em serviços de saúde. Detalha medidas como higiene das mãos, seleção adequada do cateter e local de inserção, e cuidados com o sítio de inserção para evitar complicações como infecção, flebite e lesão por pressão. Também define indicadores para monitoramento destes eventos adversos.
O controle da tuberculose (TB) envolve uma série de ações relacionadas a práticas clínicas, organização de serviços, interações com outras áreas dentro e fora do setor saúde e sistema de informação e vigilância (MS, 2019).
Material de 25 de abril de 2021
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O documento descreve o sistema brasileiro de notificação compulsória de doenças, incluindo a lista nacional de doenças sujeitas a notificação imediata e em unidades sentinelas, assim como os objetivos e funcionamento do sistema.
O documento descreve as principais teorias de enfermagem, incluindo teorias ambientalistas, de necessidades humanas, relacionais, de autocuidado e sistemas. As teorias foram desenvolvidas por pesquisadores como Nightingale, Henderson, Peplau, Orem, Rogers, Roy e Watson e focam nos aspectos físicos, mentais e sociais dos pacientes.
O documento discute técnicas de abordagem familiar na medicina de família e comunidade. Apresenta conceitos de família e ferramentas para trabalhar com famílias, incluindo associação, avaliação, educação em saúde, facilitação e referência. Também descreve ciclos de vida familiares e suas características e tarefas associadas, como famílias com filhos pequenos, adolescentes e idosos.
[1] A paciente A.P.S., de 57 anos, foi admitida no serviço apresentando dispneia, taquicardia, hipertensão e febre.
[2] Ao exame físico, observou-se úlcera de pressão grau I, tórax simétrico com roncos esparsos, abdome flácido e indolor, e escoriações genitais.
[3] Os principais diagnósticos de enfermagem possíveis incluem: Risco para úl
O documento discute as melhores práticas no cuidado ao recém-nascido no momento do parto e nascimento, enfatizando a importância do contato pele a pele imediato, do clampeamento oportuno do cordão umbilical e da amamentação na primeira hora de vida para a saúde do recém-nascido e da mãe.
O documento discute a epidemiologia, detecção, diagnóstico e tratamento da tuberculose no Brasil e no Hospital Universitário João de Barros Barreto. Apresenta dados sobre incidência no país e no hospital, com maior taxa nos estados do Norte e Nordeste. Detalha estratégias de busca ativa de casos, exames para diagnóstico e a importância do tratamento diretamente observado.
(1) O documento discute a história e conceito de Redes de Atenção à Saúde (RAS) no Brasil, incluindo seus componentes e atributos essenciais.
(2) As RAS visam integrar os serviços de saúde para fornecer cuidados contínuos e abrangentes à população de uma região definida.
(3) A Atenção Primária à Saúde (APS) desempenha um papel central como ponto de entrada para a rede e coordenação dos cuidados.
Este documento apresenta informações sobre o Processo de Enfermagem utilizado no Curso de Graduação em Enfermagem da UNIVAG. Ele descreve as etapas do Processo de Enfermagem, incluindo a coleta de dados através da anamnese e exame físico, o diagnóstico e planejamento de enfermagem, a implementação e avaliação das ações. O objetivo é orientar os alunos e professores no atendimento sistematizado aos pacientes.
A integração sistêmica de ações e serviços de saúde e a qualificação dos seus profissionais garante a redução da mortalidade materna e perinatal.
Material de 10 de outubro de 2019
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A correta atuação no rastreamento e condução pré-natal da infecção pelo HIV na gestação tem levado a transmissão vertical a níveis próximos de zero, além de impactar positivamente na qualidade de vida dessas mulheres.
Material de 10 de outubro de 2020, atualizado em 15 de fevereiro de 2022
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Fácil acesso. Diferentes recursos. As melhores evidências. Um olhar multidisciplinar.
A acreditação hospitalar é um programa de avaliação externa que visa instituir uma cultura de segurança e qualidade nos hospitais, aperfeiçoando os processos assistenciais e resultados. A Organização Nacional de Acreditação (ONA) certifica a qualidade de serviços de saúde no Brasil com foco na segurança do paciente. O documento descreve os princípios, instrumentos de avaliação, níveis de acreditação e o processo de visita das instituições acreditadoras.
O documento descreve os principais indicadores de saúde utilizados em estudos epidemiológicos, incluindo indicadores de mortalidade como coeficiente de mortalidade geral, coeficiente de mortalidade infantil e coeficiente de mortalidade materna. Também discute indicadores de morbidade como coeficiente de morbidade, coeficiente de incidência e coeficiente de prevalência.
Trabalho sobre a Teoria da adaptação de Callista Roy, enfermeira que nos mostra que a pessoa é um indivíduo que se adapta ao meio, tanto de forma física, como mental.
1) O documento fornece recomendações para a assistência no parto de recém-nascidos de mães com suspeita ou confirmação de infecção pelo vírus Monkeypox.
2) É recomendado que a equipe se prepare com antecedência, use equipamentos de proteção e minimize o contato com a mãe infectada durante o parto e estabilização do bebê.
3) O procedimento de reanimação deve ser realizado de forma a proteger o recém-nascido, a equipe e evitar a disseminação do vírus.
Este documento discute a dengue, incluindo sua transmissão pelo mosquito Aedes aegypti, aspectos clínicos que variam de assintomático a forma grave, e diagnóstico e tratamento. A dengue é uma arbovirose que pode apresentar amplo espectro clínico, desde febre autolimitada até choque e óbito. Não há tratamento específico, apenas suporte sintomático. O controle do vetor é a medida mais efetiva de prevenção, já que não existe vacina disponível.
O documento resume a transmissão, aspectos clínicos, diagnóstico e tratamento da dengue. A dengue é transmitida principalmente pelo mosquito Aedes aegypti e pode causar doença assintomática ou formas graves que podem levar à morte. Não há tratamento específico, apenas suporte sintomático. O controle do vetor é a medida mais efetiva de prevenção, já que não existe vacina disponível.
O documento discute arboviroses, com foco na dengue. Apresenta conceitos sobre a dengue, seu histórico, epidemiologia, modo de transmissão, caracterização do mosquito vetor e do vírus, interação vírus-hospedeiro e resposta imune. Fornece detalhes sobre os ciclos de transmissão, alvos celulares de infecção e mecanismos de resposta imune.
O documento discute a dengue, incluindo suas características, agente causador, vetores, ciclo de transmissão, sintomas, diagnóstico e tratamento. Ele também aborda a definição de caso suspeito, classificação da febre hemorrágica da dengue, controle vetorial e educação em saúde sobre a doença.
O documento descreve as principais características da AIDS, incluindo sua definição como uma síndrome causada pela infecção pelo vírus HIV que compromete o sistema imunológico, levando a infecções oportunistas e eventualmente à morte. Também aborda formas de transmissão, período de incubação, diagnóstico e tratamento.
Este documento discute o papilomavírus humano (HPV), uma infecção sexualmente transmissível. Ele fornece informações sobre como o HPV é transmitido principalmente através do contato sexual, pode causar verrugas genitais e câncer de colo do útero, e é difícil de erradicar uma vez contraído.
Este documento apresenta uma revisão sobre a febre pelo vírus Zika. Resume que o Zika é um arbovírus transmitido principalmente por mosquitos e que tem se disseminado globalmente nos últimos anos, causando surtos na Polinésia Francesa e em outros países. Também descreve os sintomas clínicos da doença e seu histórico de identificação.
A toxoplasmose congênita é causada pela transmissão do parasita Toxoplasma gondii da mãe infectada para o feto durante a gestação, podendo causar danos graves ao feto, como calcificações cerebrais e retardo mental. O diagnóstico é feito por exames sorológicos na gestante e ultrassonografia no feto. O tratamento da mãe com antibióticos pode prevenir a infecção fetal, mas o bebê infectado também requer tratamento prolongado para evitar sequelas futuras.
1) O documento discute o surto de um novo coronavírus (COVID-19) identificado na China em dezembro de 2019.
2) O vírus é geneticamente semelhante aos coronavírus SARS e MERS e causa doença respiratória.
3) A transmissão ocorre principalmente por gotículas respiratórias, e o período de incubação é de aproximadamente 5 dias.
IST INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEISRamon Loreno
O documento discute infecções sexualmente transmissíveis como HPV, sífilis, herpes e uretrites. Apresenta informações sobre a epidemiologia, prevenção e controle destas infecções, incluindo distribuição, transmissão, sintomas, complicações e medidas como vacinação e rastreamento.
A origem da epidemia de HIV/AIDS foi identificada em meados de 1981 nos EUA, com o vírus da imunodeficiência humana (HIV) sendo identificado em 1983. Acredita-se que o HIV tenha origem na África subsaariana, onde vírus similares infectam macacos, e se espalhou pelo mundo moderno.
As três principais doenças discutidas no documento são:
1) Hepatite B, uma doença infecciosa causada pelo vírus da hepatite B que pode ser transmitida através de fluidos corporais e tem vacina disponível.
2) HPV, uma infecção comum transmitida principalmente por via sexual que pode causar verrugas genitais e, em alguns casos, câncer de colo do útero.
3) Toxoplasmose, uma doença causada pelo protozoário Toxoplasma gondii que é transmitida por meio de contato
O documento resume a história, agente causador, modo de transmissão, classificação, diagnóstico e tratamento da hanseníase. A doença é causada pelo Mycobacterium leprae e pode ser transmitida através de contato próximo com pessoas infectadas. Existem diferentes classificações da hanseníase com base nos sintomas e carga bacteriana. O tratamento envolve esquemas de poliquimioterapia para prevenir incapacidades e interromper a transmissão.
Apresentação sobre Doenças Sexualmente Transmissíveis para o trabalho final de Tecbio.
Integrantes:
Amanda Nogueira Lessa – 20091402165 (Líder)
Jéssica Oliveira Barreto da Silva - 20091402069
Maila dos Santos Coelho – 20091402104
Marcia Lopes Fidelis da Silva - 20091402383
Curso: Ciências Biológicas
Grupo: Biologia 2009
Pólo: Nova Iguaçu
PROTOCOLO PARA VIGILÂNCIA E ASSISTÊNCIA DE CASOS SUSPEITOS OU CONFIRMADOS DE ...Centro Universitário Ages
A Doença Aguda pelo Vírus Zika (DAVZ) era descrita apenas em países da África e Ásia, mas a partir de 2014, foram identificados os primeiros casos na região das Américas,
na Ilha de Páscoa, no Chile. Desde então, observou-se casos no Brasil, com rápida expansão pelo país e região das Américas, além de relatos de aumento de microcefalia e alterações neurológicas. No Município de São Paulo (MSP), a transmissão autóctone pelo Zika vírus foi identificada em 2016.
O documento discute a história, características, sinais e sintomas, tratamento e curiosidades sobre o HPV. Ele descreve como o HPV já era conhecido na antiguidade, mas foi melhor estudado nos últimos séculos. O documento também explica como o HPV pode causar verrugas genitais e raramente lesões em outras áreas, e como o tratamento inclui cauterização e vacinas.
O documento discute um estudo que avaliou a soropositividade para anticorpos antidengue em 184 pacientes do ambulatório de especialidades do SUS na região do Grande ABC. 15% dos pacientes testaram positivo para IgG contra o vírus da dengue sem IgM presente, indicando infecção assintomática anterior. O conhecimento sobre a dengue foi similar entre grupos socioeconômicos.
O documento discute a febre amarela no Brasil, definindo a doença e seus vetores de transmissão. Apresenta dados sobre o perfil epidemiológico de casos confirmados em São Paulo em 2018 e destaca a reemergência da doença. Discorre sobre os sintomas clínicos, diagnóstico, tratamento e vacinação contra a febre amarela.
Comunicação de Risco vírus Langya nº 08 _2022_ final.pdfsaulo montenegro
Este documento descreve um novo vírus, chamado Langya, detectado em humanos na China. O vírus pertence ao gênero Henipavírus e pode causar doenças graves. Foram detectados 35 casos na China, sem óbitos. O documento também descreve os sintomas dos pacientes, o monitoramento realizado no Brasil e medidas de prevenção e controle em caso de suspeita.
Semelhante a Nota Técnica Nº 46/2022-CGPAM/DSMI/SAPS/MS (20)
Muitas ações podem ser realizadas na promoção da saúde e prevenção de agravos. Disbiose e infecções genitais podem interferir com a fertilidade, acometendo a vagina, o colo do útero, as trompas ou a cavidade abdominal.
Material de 15 de maio de 2023
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Eixo: Atenção às Mulheres
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Fácil acesso. Diferentes recursos. As melhores evidências. Um olhar multidisciplinar.
O documento discute medidas para prevenção de infecção de sítio cirúrgico em pediatria, incluindo protocolos pré, trans e pós-operatórios como banho antisséptico, antibióticos, higiene das mãos e curativos adequados. A infecção de sítio cirúrgico é uma complicação comum que deve ser evitada através de cuidados específicos para crianças no centro cirúrgico e enfermaria.
O climatério é uma janela de vulnerabilidade para depressão e ansiedade, não uma causa. A avaliação de uma mulher deprimida ou ansiosa no climatério precisa levar em conta os fatores biopsicossociais.
Material de 28 de abril de 2023
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1) O documento discute estratégias para organizar e hierarquizar a rede de assistência à saúde para gestantes com diabetes, considerando a alta prevalência da doença no Brasil e a necessidade de garantir cuidados adequados.
2) É proposta uma rede com diferentes níveis de atenção (primário, secundário e terciário) definindo os requisitos mínimos e especialidades de cada nível para melhor atender as necessidades das gestantes.
3) O objetivo é melhorar a qualidade da assistência desde o rastreamento até o tratamento, otimiz
É necessário ter um programa organizado de rastreio populacional e fluxo adequado de exames de diagnóstico, buscando o tratamento das lesões precursoras do câncer de colo conforme diretrizes nacionais vigentes.
Material de 03 de março de 2023
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O documento discute a desospitalização de crianças com condições crônicas complexas de saúde e a atenção domiciliar no Brasil. Apresenta o programa Melhor em Casa, que promove a atenção domiciliar pelo SUS, e os principais desafios na desospitalização dessas crianças. Fornece dados sobre a implementação do programa no Brasil, com 1.854 equipes habilitadas até junho de 2022 atendendo a 42,5% da população. A maioria dos atendimentos pediátricos são para reabilitação, tratamento de ú
O excesso de cesarianas no Brasil é um problema de saúde pública, e impacta negativamente os principais indicadores de saúde materna e neonatal, incluindo a mortalidade materna.
Material de 03 de fevereiro de 2023
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Eixo: Atenção às Mulheres
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Embora se observe avanços significativos no cuidado de recém-nascidos nas últimas décadas, a mortalidade neonatal precoce ainda se mantém como o principal componente na ocorrência dos óbitos infantis, sendo as malformações congênitas a segunda principal causa de morbimortalidade neonatal e uma das principais demandas de serviços especializados – ambulatoriais e hospitalares.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) demonstram que as anomalias congênitas estão entre as principais causas de mortalidade infantil, condições crônicas e incapacidade no mundo. Estas constatações não são recentes e já levaram muitos países a unir esforços para a qualificação dos seus dados epidemiológicos, elaboração de diretrizes de diagnóstico/terapêuticas e definição de centros de referência para as anomalias congênitas.
Considerando que o manejo de recém-nascidos com malformações congênitas se torna complexo, principalmente, diante dos profissionais cujo manejo não é habitual, o desenvolvimento de um documento capaz de direcionar a equipe de saúde é fundamental. Sendo assim, o objetivo desta Diretriz de revisão foi traçar uma linha de cuidados para os recém-nascidos com Hérnia Diafragmática Congênita (HDC), baseado em evidências, na perspectiva do Sistema Único de Saúde, tentando definir estratégias factíveis que possam ser utilizadas por todos que tenham acesso a este documento.
Seu público-alvo são os profissionais de saúde, gestores, usuários, cuidadores e pesquisadores da área de saúde.
Este documento apresenta diretrizes clínicas brasileiras para o cuidado de pacientes com disrafismo espinhal aberto. As diretrizes abordam recomendações para pré-natal, parto, cuidados na UTI neonatal, abordagem neurocirúrgica e seguimento ambulatorial, com o objetivo de promover a organização dos serviços de saúde e qualificar o cuidado a esses pacientes de forma sistemática e humanizada.
O documento discute alterações metabólicas associadas ao diabetes mellitus na gestação, incluindo obesidade e dislipidemias. A obesidade está associada a maiores riscos para a mãe e feto, como diabetes gestacional. As dislipidemias também podem aumentar riscos se não tratadas. O documento fornece recomendações sobre monitoramento, ganho de peso, parto e pós-parto para gestantes com essas condições.
O pesar perante a perda gestacional/neonatal ainda é socialmente desconsiderado, um tema pouco debatido, mas que precisa ser adequadamente abordado dentro das equipes e com os familiares.
Material de 18 de janeiro de 2023
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Eixo: Atenção às Mulheres
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A identificação precoce dos sinais/sintomas de uma reação anafilática e o tratamento adequado são fundamentais para um bom desfecho desse evento agudo.
Material de 21 de dezembro de 2022
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Eixo: Atenção à Criança
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O documento discute os cuidados no parto e puerpério para mulheres com diabetes mellitus na gestação, incluindo a importância do controle glicêmico, momentos recomendados para o parto de acordo com o tipo de diabetes e complicações, e considerações sobre a via de parto.
É necessário manter o controle de doenças imunopreveníveis como o sarampo, a poliomielite, a gripe, o câncer de colo do útero, meningites e todas as outras cujas vacinas são disponibilizadas gratuitamente para a população, nos postos de saúde.
Material de 25 de novembro de 2022
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Eixo: Atenção à Criança
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O documento discute os cuidados com a saúde bucal durante a gestação. Ele ressalta que a falta de cuidados com a saúde bucal na gestação está associada a partos prematuros, bebês com baixo peso e outros riscos. O documento também explica que o tratamento odontológico durante a gestação é seguro e importante para a saúde da gestante e do bebê.
O documento discute como hábitos saudáveis como evitar o álcool, manter peso saudável, praticar exercícios físicos regularmente podem ajudar a prevenir o câncer de mama. Fatores como obesidade, consumo de álcool e inatividade física aumentam o risco da doença, enquanto uma dieta balanceada e exercícios podem reduzir o risco em até 30-50%. Embora não seja possível prevenir completamente o câncer de mama, a adoção de estilo de vida saudável melhora
O documento discute como diagnosticar a fibrose cística em crianças, abordando os critérios diagnósticos, os exames necessários e a importância do diagnóstico precoce.
O documento discute a osteogênese imperfeita, uma doença caracterizada por fragilidade óssea causada por defeitos no colágeno. Ele descreve os sintomas, classificação, diagnóstico e tratamento da doença, incluindo medicamentos como alendronato e pamidronato. O tratamento é multidisciplinar e tem como objetivo reduzir fraturas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
O documento discute o tratamento e cuidados de diabetes mellitus na gestação, enfatizando a importância do tratamento não farmacológico incluindo terapia nutricional, atividade física e monitorização da glicemia. Também fornece recomendações sobre o tratamento farmacológico e o acompanhamento pré-natal para diferentes tipos de diabetes gestacional.
O acesso à alimentação é um direito básico. E quando se trata da alimentação das crianças, é imperativo associar o ato de alimentar-se com o processo de crescimento e desenvolvimento.
Material de 15 de outubro de 2022
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Eixo: Atenção à Criança
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Mais de Portal de Boas Práticas em Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente (IFF/Fiocruz) (20)
Concepção, gravidez, parto e pós-parto: perspectivas feministas e interseccionais
Livro integra a coleção Temas em Saúde Coletiva
A mais recente publicação do Instituto de SP traça a evolução da política de saúde voltada para as mulheres e pessoas que engravidam no Brasil ao longo dos últimos cinquenta anos.
A publicação se inicia com uma análise aprofundada de dois conceitos fundamentais: gênero e interseccionalidade. Ao abordar questões de saúde da mulher, considera-se o contexto social no qual a mulher está inserida, levando em conta sua classe, raça e gênero. Um dos pontos centrais deste livro é a transformação na assistência ao parto, influenciada significativamente pelos movimentos sociais, que desde a década de 1980 denunciam o uso irracional de tecnologia na assistência.
Essas iniciativas se integraram ao movimento emergente de avaliação tecnológica em saúde e medicina baseada em evidências, resultando em estudos substanciais que impulsionaram mudanças significativas, muitas das quais são discutidas nesta edição. Esta edição tem como objetivo fomentar o debate na área da saúde, contribuindo para a formação de profissionais para o SUS e auxiliando na formulação de políticas públicas por meio de uma discussão abrangente de conceitos e tendências do campo da Saúde Coletiva.
Esta edição amplia a compreensão das diversas facetas envolvidas na garantia de assistência durante o período reprodutivo, promovendo uma abordagem livre de preconceitos, discriminação e opressão, pautada principalmente nos direitos humanos.
Dois capítulos se destacam: ‘“A pulseirinha do papai”: heteronormatividade na assistência à saúde materna prestada a casais de mulheres em São Paulo’, e ‘Políticas Públicas de Gestação, Práticas e Experiências Discursivas de Gravidez Trans masculina’.
Parabéns às autoras e organizadoras!
Prof. Marcus Renato de Carvalho
www.agostodourado.com
1. Ministério da Saúde
Secretaria de Atenção Primária à Saúde
Departamento de Saúde Materno Infantil
Coordenação-Geral de Saúde Perinatal e Aleitamento Materno
NOTA TÉCNICA Nº 46/2022-CGPAM/DSMI/SAPS/MS
1. ASSUNTO
1.1. Nota Técnica de recomendações sobre Monkeypox no Ciclo Gravídico-puerperal.
2. INTRODUÇÃO
2.1. No início de maio de 2022, um surto de Monkeypox foi identificado, com acometimento
em indivíduos de diversos países. Em 21 de maio de 2022, a OMS declarou a existência de um surto
global emergente de infecção pelo vírus Monkeypox (MPXV), com transmissão comunitária documentada
entre pessoas que tiveram contato com casos sintomáticos, em países não endêmicos.
2.2. Um total de 16.836 casos confirmados foram relatados em todo o mundo, com rápido
aumento desses números, segundo a última atualização do Centro de Controle e Prevenção de Doenças
(CDC) em 20 de julho de 2022. São 74 países com infecção por MPXV confirmada, sendo que 68 deles
nunca tinham reportado esta doença anteriormente. No Brasil, já foram confirmados cerca de 868 casos
até a data de 26/07/2022 (1).
2.3. O Ministério da Saúde instalou, em 23 de maio, a Sala de Situação que monitora as
notificações de casos de Monkeypox no Brasil e no mundo, além de investigar e elaborar documentos
técnicos para o fomento de ações públicas. A Sala de Situação tem atuado na padronização das
informações e na orientação dos fluxos de notificação e investigação para as Secretarias de Saúde
Estaduais, Municipais e do Distrito Federal, bem como para os Laboratórios Centrais e de Referência de
Saúde Pública.
2.4. Por meio deste grupo de trabalho, apresenta-se esta Nota Técnica de recomendações
frente à MPX em gestantes, puérperas e lactantes, considerando o risco de aparecimento de casos neste
grupo populacional.
2.4.1. Ressalta-se que, por ser uma doença nova, a infecção por MPXV tem muitos dos seus
aspectos desconhecidos, ainda que estejam sendo estudados intensamente para uma melhor assistência
à população. Deste modo, este documento está sujeito a ajustes decorrentes da sua utilização prática e
das modificações do cenário epidemiológico, podendo sofrer alterações conforme novos conhecimentos
acerca da doença forem divulgados.
2.5. O Monkeypox é uma doença zoonótica causada por vírus, sendo este classificado pelo
International Committee on Taxonomy of Viruses (ICTV) como pertencente à família Poxviridae, gênero
Orthopoxvirus e espécie Monkeypoxvírus (2). Esta família viral possui como material genético uma dupla
fita linear de DNA, codificando em seu genoma as proteínas necessárias para replicação, transcrição,
montagem e liberação viral. Um envelope lipoproteico circunda estes vírus que apresentam um formato
ovalado, com medidas entre 200 a 400 nm. A família Poxviridae, também inclui varíola, varíola bovina
(CPX) e vírus vaccínia.
2.6. O vírus MPX foi assim nomeado após ter sido primeiramente descoberto em macacos de
laboratório em 1958. Possui duas cepas diferentes, uma da África Ocidental (AO) e outra da Bacia do
Congo (BC). Historicamente, a cepa BC parece ser mais virulenta, com taxa de letalidade variando de 1% a
2. 10% (3,5,6), enquanto a cepa AO está associada à mortalidade geral mais baixa com índice entre 1,4 a 3%
(3,5).
2.7. As lesões cutâneas do MPXV assemelham-se às erupções da varíola, podendo ter aspecto
parecido a outras doenças infecciosas mais comuns, como as erupções observadas na sífilis secundária,
infecção por herpes simples e infecção pelo vírus varicela-zoster(6).
2.8. Em países endêmicos, a erupção cutânea assemelha-se à varíola, entretanto casos
relatados no atual cenário apresentam sinais e sintomas variados: cerca de 30% não apresentam
rash sistêmico e cerca de 11% não apresentam nenhuma erupção cutânea, segundo a OMS.
2.9. Os casos iniciais foram associados a viagens, no entanto, atualmente, já tem sido
constatada a presença de transmissão local. O contato pele a pele próximo e prolongado, inclusive
durante a atividade sexual, parece ser o principal meio de transmissão. Apesar do risco de transmissão
generalizada permanecer baixo, a rápida identificação e o isolamento dos indivíduos afetados são
fundamentais para evitar transmissão adicional (7).
2.10. Os casos, até o momento, foram descritos principalmente em homens e nos que mantem
contato íntimo com múltiplos parceiros. Pequeno número de casos foi referido como sendo devido a
contato com fômites.
2.11. Existem dados muito limitados sobre a infecção por varíola durante a gestação. Isto se
deve, principalmente, aos desafios socioeconômicos e conflitos civis em muitos dos países onde a doença
é endêmica, repercutindo em poucos relatos referentes à gestação na literatura médica. Entretanto, tem
sido verificado que a infecção pelo MPXV pode levar a resultados adversos, como óbito fetal e
abortamento espontâneo (5,8). A associação entre a gravidade da doença materna e esses desfechos não
é clara (8,9). Além disso, ainda persistem preocupações específicas ao período gravídico, como a
vitalidade fetal, possibilidade de transmissão vertical e o desfecho materno-fetal propriamente dito.
3. EPIDEMIOLOGIA
3.1. O MPXV, apesar do nome, tem como principal hospedeiro os roedores, porém, seu
reservatório natural permanece ainda desconhecido. Por ser uma doença que é transmitida de animais
para humanos, é classificada como zoonose. Ressalta-se, entretanto, que apesar de classicamente ser
considerada uma zoonose, atualmente, aventa-se a possibilidade de mutações que elevariam a
transmissibilidade entre humanos e, no último documento da OMS, a sigla MPXV foi alterada para
hMPXV (humano). A transmissão entre humanos é considerada secundária nos países endêmicos. É
interessante observar que nenhum caso diagnosticado neste ano, em países não endêmicos, teve contato
confirmado com animais.
3.2. O primeiro caso humano foi registrado em 1970 em uma criança no Congo e, desde então,
tornou-se endêmica na África Ocidental e Central. A maioria dos casos foram relatados na República
Democrática do Congo, onde milhares de casos ocorrem anualmente (10).
3.3. Importante ressaltar que a varíola era uma doença frequente que foi erradicada pela
vacinação mundial. O último caso natural de doença foi documentado na Somália em 1977. Após esse
período, a vacina contra a varíola foi descontinuada e, por esta razão, uma significativa proteção cruzada
que ela oferecia contra a MPXV foi perdida.
3.4. Em 2017, um grande surto de hMPX começou na Nigéria e permanece até os dias de
hoje. Pessoas infectadas cruzaram as fronteiras transportando o vírus para vários países (3,11). Em
relação a casos fora do continente africano, os primeiros registros foram no ano de 2003, sendo
reportados 47 casos confirmados e prováveis nos Estados Unidos, além de casos posteriores no Reino
Unido, Israel e Singapura (12).
3.5. A partir de maio de 2022, casos de Monkeypox foram progressivamente registrados em
diversos países da Europa, América do Norte, América do Sul, África, Ásia e Oceania, ou seja, tanto em
locais onde a doença é endêmica quanto em locais não endêmicos.
3.6. A maioria dos casos confirmados referem histórico de viagens para países da Europa e da
América do Norte, ao invés da África Ocidental ou Central, onde o vírus é endêmico.
4. Fonte: Kalil et al(31)
4.3. Para identificar a infecção por MPX, observa-se que as lesões são bem circunscritas,
profundas e com frequência desenvolvem umbilicação. Também, mostram-se relativamente do mesmo
tamanho e mesmo estágio de desenvolvimento em um único local do corpo. Aparecem lesões nas palmas
das mãos e plantas dos pés.
4.4. As lesões são frequentemente descritas como dolorosas até a fase de cicatrização, quando
começam a apresentar prurido. Devem ser diferenciadas das dermatoses da gravidez, varicela zoster ou
infecções sexualmente transmissíveis (IST). Também, é importante observar se não existe coinfecção com
essas últimas.
4.5. As gestantes apresentam quadro clínico com características semelhantes às não gestantes,
mas podem apresentar gravidade maior, sendo consideradas grupo de risco para evolução desfavorável.
4.6. É importante ressaltar, entretanto, que dentre os casos de MPX diagnosticados em 2022,
apresentações clínicas atípicas foram relatadas. A erupção pode começar nas áreas genital e perianal e
nem sempre se dissemina para outras partes do corpo. Os sinais e sintomas prodrômicos podem ser leves
ou estar ausentes. A OMS relata casos confirmados sem erupção cutânea visível, com manifestação
clínica de proctite, uretrite ou retenção urinária. Até a data de 31 de julho de 2022, o Brasil apresentou
apenas um caso de óbito pelo vírus. Nos países onde a MPX é endêmica, a letalidade varia entre 1% e
10% (13).
5. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
5.1. Aspectos gerais do diagnóstico
5.1.1. Como todas as doenças infecciosas que apresentam surtos epidêmicos, a MPX em
humanos exige um período inicial de adaptação da área de diagnóstico laboratorial, utilizando os
recursos já disponíveis, que evoluirão de acordo com a demanda. De forma geral, esta adaptação
depende de algumas variáveis, como a velocidade de disseminação e frequência da doença, além do
fomento para as pesquisas. Portanto, as orientações diagnósticas nesta Nota Técnica estarão sujeitas a
modificações de acordo com a evolução do conhecimento e do acesso aos eventuais progressos na área
diagnóstica.
5.1.2. Nesta fase inicial, existe uma dependência dos laboratórios oficiais que estão preparados
para o recebimento e processamento das amostras. Com o tempo e certificação de unidades diagnósticas
pelo país, será possível otimizar o acesso e reduzir os trâmites burocráticos e de segurança para o
encaminhamento das amostras. Portanto, a primeira orientação para unidades que cuidarão destas
gestantes é verificar qual é o seu laboratório de referência para o encaminhamento das amostras (14).
5. 5.1.3. Para o diagnóstico laboratorial da MPX, deve-se considerar algumas variáveis, como a fase
da doença, história prévia de exposição a situações de risco para a infecção (viagem, contato com pessoa
doente ou ligação epidemiológica com pessoas expostas a maior risco) e a concomitância de doenças que
partilhem algumas características clínicas, a exemplo da lesão primária da sífilis e da infecção pelo herpes
vírus, entre outras (14).
5.1.4. Considerando objetivamente os recursos laboratoriais disponíveis até o momento, o
Ministério da Saúde do Brasil indica apenas testes de biologia molecular usando diferentes métodos e
plataformas laboratoriais (14). Ainda não estão disponíveis os testes sorológicos e nem a detecção de
antígenos, recursos que fundamentam as várias plataformas dos testes de diagnóstico rápido.
5.1.5. Até o momento, são reconhecidos três grupos populacionais considerados de maior risco
para formas graves da MPX: crianças menores de 8 anos, pessoas imunossuprimidas (independente da
causa) e gestantes (14). Portanto, gestantes estão entre as prioridades para o diagnóstico laboratorial da
infecção, visto que complicações oculares, encefalite e óbito são mais frequentes nestes grupos (15).
5.1.6. De acordo com orientação do Ministério da Saúde, o diagnóstico laboratorial pode ser
realizado utilizando a reação em cadeia da polimerase em tempo real (qPCR) e/ou o sequenciamento (16)
(MS, 2022). Entretanto, a depender da demanda por exames no futuro, não se descarta a possibilidade
de que seja necessário utilizar também a PCR clássica e técnicas isotérmicas, visto que seus resultados
são mais rápidos e demandam recursos laboratoriais de menor complexidade. De forma geral, considera-
se elevado o desempenho de todas elas para este diagnóstico, apesar das variáveis inerentes aos exames,
como coleta da amostra, acondicionamento, manuseio, transporte e a execução do exame, considerando
os controles e eventual contaminação da reação.
5.2. Coleta das amostras
5.2.1. Para a confirmação laboratorial do diagnóstico da MPX, orienta-se a coleta de amostra de,
pelo menos, dois sítios diferentes. O melhor desempenho da qPCR é observado nas amostras obtidas
com o swab das lesões em fase aguda, período de maior carga viral nestes locais, preferencialmente das
lesões abertas.
5.2.2. Os swabs deverão ser estéreis, de nylon, poliester ou Dacron. As amostras devem ser
colocadas preferencialmente em tubo estéril seco, sem líquido preservante viral, uma vez que os poxvírus
mantêm-se estáveis na ausência de qualquer meio preservante. Mas, se optar por usar algum líquido
para preservar a amostra, indica-se o meio de transporte viral.
5.2.3. Nas vesículas, a amostra pode ser obtida pelo swab na superfície ou por meio de punção
com agulha fina. Nas lesões ulceradas, o raspado deve ser direto da lesão, ficando a critério a utilização
do preservante (meio de transporte viral).
5.2.4. Quando a gestante é encaminhada em fase mais tardia da infecção, o material deverá ser
coletado das crostas das lesões. As amostras das crostas também podem ser obtidas por swab ou coleta
de pequeno fragmento. Estas amostras devem ser armazenadas em frascos estéreis sem nenhum líquido
preservante, pois aqui, o uso de qualquer líquido reduz as taxas de recuperação de fragmentos do DNA
viral, prejudicando o desempenho da qPCR.
5.2.5. Para contatos de alto risco de um caso confirmado, sem manifestação cutânea ou lesões
para amostragem, mas que desenvolveram sintomas sistêmicos, deve ser coletado swab da orofaringe.
Mesmo que o swab da orofaringe seja negativo, a gestante deve continuar com o monitoramento e o
isolamento conforme as instruções e deve ser submetida a novas coletas se outros sintomas se
desenvolverem (17).
5.2.6. Visando ao diagnóstico diferencial, orienta-se a coleta de 10 ml de sangue sem
anticoagulante, para obtenção do soro, ou com EDTA, para obtenção do plasma, sendo a coleta realizada
até o 5º dia a partir do início dos sintomas. Desta amostra, deve-se aliquotar 2-3 ml do soro/plasma para
realizar o qPCR para pesquisar MPX vírus. O restante da amostra servirá para avaliar a concomitância de
outras doenças que poderiam causar lesões, principalmente nos genitais, a exemplo da sífilis e da
infecção herpética (16,17).
6. 5.2.7. Ressalta-se as informações referentes à segurança que visam a redução do risco de
acidentes ocupacionais e, para tal, orienta-se o uso de equipamentos de proteção individual, tanto para a
coleta de material, quanto para o processamento laboratorial das amostras. O laboratório de virologia
para o processamento destas amostras deve ser estruturado minimamente para segurança, considerando
adequado que seja, no mínimo, de nível 2 (15,18).
6. TRANSMISSÃO
6.1. Por se tratar de um vírus com reservatório animal, o contágio pode ser: animal-humano,
humano-humano e com ambientes contaminados por humanos (19,21).
6.2. Transmissão animal-humano: essa transmissão é pouco estudada mas se infere que possa
ocorrer por meio de arranhões, mordidas, caça ou manuseio de animais em armadilhas, manipulação de
carcaças contaminadas ou ingestão de animais contaminados (21).
6.3. Transmissão humano-humano: contato direto com indivíduos que apresentam lesões em
pele e mucosa, seja pele-pele, mucosa-mucosa ou ainda mucosa-pele, onde o vírus entra em lesões de
pele, mucosas (oral, faringe, ocular e genital). Descreve-se também a possibilidade de transmissão de
gotículas e aerossóis, onde o vírus entraria pelo trato respiratório, esta última forma, provavelmente,
necessitando de maior exposição para o contágio.
6.3.1. A transmissão se dá na fase de lesões de pele ativas, no contato próximo com o paciente
e o período de transmissão pode variar, sendo que em geral termina quando as lesões cicatrizam
completamente, com a formação de uma nova camada de pele (19,21).
6.3.2. Existem dúvidas na literatura se o contágio poderia ser anterior à fase de lesões cutâneas.
Na análise de 216 casos que ocorreram na República Democrática do Congo de 2007 a 2011, foi
identificado DNA viral em sangue e trato respiratório de pacientes antes da fase de lesões, mas não se
tem o real significado desse achado em relação à transmissão nessa fase da doença (5,21).
6.3.3. A transmissão sexual tem sido divulgada, não só pelo contato com mucosas lesionadas,
mas pelo fato de o vírus ter sido identificado em material seminal (21,22). Assim, a OMS recomenda
abstinência sexual na fase de lesões não cicatrizadas e uso de preservativo para qualquer forma de ato
sexual (anal, oral ou vaginal) nas 12 semanas subsequentes à cura das lesões (21).
6.4. Transmissão por superfícies ou fômites: existe relato de transmissão a partir de roupas de
pessoas contaminadas e roupas de camas das mesmas. A hipótese é que partículas virais ficariam
grudadas nesses tecidos e se estes forem sacudidos no ar, poderiam produzir partículas potencialmente
inaladas ou que penetrem em lesões de pele ou mucosa. A persistência da partícula viral em superfícies
de diferentes tipos varia de 1 a 56 dias, dependendo das condições de temperatura e de umidade do
ambiente. Embora a transmissão por superfície e fômites seja possível, o real papel dessa forma de
transmissão necessita de maiores estudos populacionais.
7. MEDIDAS DE PREVENÇÃO
7.1. Devem ser protocoladas para os diversos ambientes em que pode haver transmissão:
7.1.1. Ambientes de saúde: Recomenda-se o uso de precauções padrão, aplicadas a todos os
pacientes, incluindo indivíduos considerados para MPX.
7.1.2. Seleção de quarto: Paciente com infecção suspeita ou confirmada por MPX, deve ser
colocado em quarto individual (privado) com instalações sanitárias. Os pacientes não devem
compartilhar banheiro. O tratamento de ar especial geralmente não é necessário. Uma sala de
isolamento de infecções transmitidas pelo ar (com pressão negativa) é recomendada, quando possível,
para quaisquer procedimentos que possam espalhar secreções orais, especialmente na coleta de exames
da orofaringe.
7.1.3. Equipamento de proteção individual (OMS): O equipamento de proteção individual (EPI) é
necessário para todos os profissionais de saúde que interagem com um paciente com suspeita ou
confirmação da doença (23).
7.1.3.1. Na assistência a pacientes com MPX, todos os profissionais de saúde devem usar avental,
luvas, proteção para os olhos (óculos ou proteção facial) e máscara facial N95/PFF2 ou equivalente,
7. durante a realização de procedimentos geradores de aerossóis a pacientes suspeitos ou confirmados.
Esta combinação de EPI reflete as precauções de contato (avental e luvas), precauções contra gotículas
(proteção para os olhos) e proteção respiratória contra transmissão pelo ar. Embora não haja evidência
epidemiológica, até o momento, de que a MPX seja transmitida por via aérea, neste momento o CDC
recomenda o uso de proteção respiratória. Atenção especial deve ser dada à retirada (remoção) do EPI,
sendo realizado na ordem correta e de maneira a reduzir o risco de autocontaminação e contaminação
cruzada (21).
7.1.3.2. Todos os profissionais de saúde que tenham tido exposição ao MPX devem ser
monitorados quanto aos sintomas por 21 dias, a partir do dia da última interação. A abordagem de
monitoramento (ativo ou passivo) e a necessidade de profilaxia pós-exposição, dependem do tipo de
exposição, do uso de EPI e de regulamentos locais.
7.1.4. Transporte do paciente: Se o transporte for necessário, o paciente deve usar uma máscara
cirúrgica durante o transporte e quaisquer lesões cutâneas expostas devem ser cobertas com um lençol
limpo.
7.1.5. Cuidados com o meio ambiente: Os procedimentos padrão de limpeza e desinfecção
devem ser realizados. O contato com material de lesão que possa estar presente na roupa deve ser
evitado. A roupa suja deve ser prontamente contida em um saco de roupa apropriado, não devendo ser
sacudida ou manuseada de maneira que possa dispersar material infeccioso (24).
7.1.6. Gestão de resíduos: Resíduos (ou seja, fluidos corporais como urina, fezes
e sangue; objetos cortantes, EPI usados e outros resíduos gerados no curso de cuidados em saúde) são
geridos como resíduos hospitalares de rotina.
7.1.7. Domicílio: A maioria dos pacientes com MPX terá doença leve e pode ser cuidada em casa,
na comunidade. Os pacientes infectados pelo vírus devem ser isolados em uma sala ou área separada dos
outros membros da família e animais de estimação. Isto é particularmente importante para pessoas com
lesões extensas que não podem ser facilmente cobertas (excluindo lesões faciais) e àquelas com sintomas
respiratórios. Se houver necessidade de proximidade com outras pessoas, as lesões de pele devem ser
cobertas (por exemplo, com mangas compridas, calças compridas) para minimizar o risco de contato com
as lesões de pele/mucosa. Os membros da família também devem usar máscara facial na presença da
pessoa com a patologia.
7.1.8. Quando interromper o isolamento: Pessoas com MPX devem ser consideradas infectantes
e isoladas até que todas as crostas da lesão tenham caído e a reepitelização tenha ocorrido.
7.1.9. Precauções após a recuperação: A OMS sugere o uso consistente de preservativo durante
qualquer atividade sexual por 12 semanas após a recuperação. O vírus da MPX pode ser encontrado no
sêmen e nos fluidos vaginais, e o papel da transmissão sexual do vírus da MPX ainda está sendo avaliado
(21). Orienta-se, também, o cuidado da procura por lesões genitais em parceria sexual para evitar
eventual contato.
7.1.9.1. As precauções padrão incluem:
higiene das mãos;
higiene respiratória e etiqueta da tosse;
equipamento de proteção pessoal;
técnica asséptica;
injeções seguras e prevenção de ferimentos por objetos cortantes;
limpeza e desinfecção do ambiente;
manuseio apropriado de roupa;
descontaminação e reprocessamento de equipamentos reutilizáveis na assistência ao paciente; e
gestão de resíduos.
8. 8. TIPO DE EXPOSIÇÃO:
8.1. O CDC dos Estados Unidos define as exposições como risco alto, intermediário ou
baixo/incerto.
8.2. Exposição de alto risco (24):
Contato desprotegido entre a pele ou membranas mucosas, lesões ou fluidos corporais de uma
outra pessoa com MPX (por exemplo, contato sexual, respingos inadvertidos de saliva do paciente
nos olhos ou na cavidade oral de uma pessoa, contato com o paciente sem luvas) ou materiais
contaminados (por exemplo, roupas de cama, vestes).
Estar dentro do quarto ou a menos de um metro e oitenta centímetros de um paciente, durante
qualquer procedimento que possa criar aerossóis de secreções orais, lesões de pele ou suspensão
de exsudatos secos (por exemplo, sacudir lençóis sujos) sem usar um respirador N95 ou
equivalente (ou superior) e proteção para os olhos.
8.3. Exposição de risco intermediário:
Estar a menos de um metro e oitenta centímetros, por três horas ou mais, de uma pessoa sem
máscara com MPX, sem usar, no mínimo, uma máscara cirúrgica.
Envolver-se em atividade que resulta em contato entre as mangas e outras partes da roupa de um
indivíduo e as lesões de pele ou fluidos corporais do paciente, ou ainda, seus lençóis ou curativos
sujos (por exemplo, virar ou participar de banho ou ajudar na transferência de doente) usando
luvas, mas não usando um avental de proteção.
8.4. Exposição risco baixo/incerto:
Entrar no quarto de uma pessoa com MPX, sem usar proteção para os olhos em uma ou mais
ocasiões, independentemente da duração da exposição.
Estar usando avental, luvas, proteção para os olhos e, no mínimo, máscara cirúrgica durante todas
as entradas na área ou sala de atendimento ao paciente (exceto durante os procedimentos listados
acima na categoria de alto risco).
Estar a menos de um metro e oitenta centímetros de uma pessoa sem máscara com MPX, por
menos de três horas, sem usar, no mínimo, uma máscara cirúrgica.
8.5. Ressalta-se que o monitoramento após uma exposição requer que todos os indivíduos,
independentemente do nível de risco de exposição, sejam seguidos para identificar o aparecimento de
sintomas, por 21 dias após última exposição. Isso inclui aqueles que usaram equipamento de proteção
individual (EPI) apropriado ao cuidar de um paciente com MPX.
9. MONKEYPOX NA GESTAÇÃO
9.1. As publicações sobre MPX e gravidez são escassas.
9.2. Muito da preocupação com essa doença em gestantes, se baseia no que acontecia em
gestantes que foram acometidas pela varíola. Os desfechos da infecção pelo vírus da varíola, que é do
mesmo grupo (ortopoxvírus) do MPXV, associavam-se ao aumento na morbidade e mortalidade materna
e perinatal, com riscos maiores de abortamento espontâneo, morte fetal e parto pré-termo.
9.3. Na população não vacinada contra a varíola, as gestantes eram consideradas a população
com o estado fisiológico de maior susceptibilidade à doença grave e morte (24).
9.4. Uma publicação recente sobre a evolução da gestação em quatro mulheres
confirmadamente infectadas pela MPX, mostrou abortamento espontâneo de 1º trimestre em 2
pacientes, sem testagem dos produtos da concepção; e uma morte intrauterina de 2º trimestre, com
evidência clínica, histológica e laboratorial de doença fetal intrauterina na ausência de malformações
congênitas, deformidades ou anormalidades grosseiras da placenta, membranas e cordão umbilical. Uma
gestante com doença leve teve parto a termo de um recém-nascido saudável (21).
9. 9.5. A OMS reconhece a transmissão materno-fetal, a partir da passagem placentária,
originando a doença congênita e/ou através de contágio no contato íntimo, durante e após o parto.
9.6. Deste modo, com esse aumento de morbimortalidade materna e fetal, embora mais
estudos sejam necessários há uma preocupação das autoridades de saúde nos cuidados para essa
população.
9.7. Manejo de gestantes, puérperas e lactantes (20):
9.7.1. Em gestantes em que há suspeita de exposição ao MPX, sem quadro clínico, deve-se testar
com qPCR para MPX em swab orofaríngeo. Deve-se considerar teste em sangue, urina ou fluido vaginal.
9.7.1.1. Em gestante assintomática pós-exposição:
MPX negativo – suspende monitoração.
MPX positivo – isolamento domiciliar por 21 dias, sem visitas. Orientar automonitoração
(temperatura e lesões cutâneas). Importante monitoramento por teleatendimento pela equipe de
saúde.
9.7.1.2. Em gestante com sinais ou sintomas suspeitos de MPX:
MPX negativo – isolamento domiciliar por 21 dias, sem visitas. Orientar a automonitoração
(temperatura e lesões cutâneas), descartar outras causas potenciais. Retestar se os sintomas forem
persistentes.
MPX positivo – Levando em consideração maior risco, indica-se hospitalização nos casos
moderados, graves e críticos.
9.7.2. Escore de gravidade preconizado pela OMS:
Leve (< 25 lesões de pele);
Moderada (25-99 lesões de pele);
Grave (100-250 lesões de pele);
Crítico (> 250 lesões de pele).
9.7.3. A avaliação materna deve incluir análise de temperatura, de frequência cardíaca e de
pressão arterial (3-4 vezes/dia) (20).
10. TRATAMENTO E TRATAMENTO NA GRAVIDEZ
10.1. Apesar da doença transmitida pelo vírus MPX ser considerada uma doença autolimitada,
que geralmente apresenta cura espontânea, em alguns casos, pode haver a necessidade de tratamento
medicamentoso específico, sobretudo em pessoas imunossuprimidas.
10.2. Na maioria das vezes, só há indicação de uso de tratamento sintomático para febre e
dor, como o uso de Dipirona e Paracetamol, evitando-se o ácido acetilsalicílico.
10.3. Algumas vezes, em casos com lesões mais importantes, pode-se indicar o uso de
antibióticos para prevenção de infecção bacteriana secundária (amoxicilina sistêmica, cloranfenicol
ocular). Mas, existem alguns pacientes que apresentam agravamento do quadro, muitas vezes associado
à imunodepressão e nestas circunstâncias, existe a indicação de uso de antivirais.
10.4. Não há terapia antiviral específica para a MPX, mas os medicamentos antivirais cidofovir,
brincidofovir e tecovirimat podem ser considerados. Eles são antivirais desenvolvidos para pessoas com a
varíola humana (Smallpox) e outras doenças virais: tecovirimat (TPOXX), cidofovir (Vistide), brincidofovir
(Tembexa) (25).
10.5. No acompanhamento de pacientes com MPX, Thornhil et al (2022) relataram a
necessidade de antivirais em 5% dos pacientes (22).
10. 10.6. Não há ainda protocolos bem estabelecidos para aplicação destes antivirais em pacientes
infectados pelo MPX. Sua recomendação na gravidez só deve ser considerada se a mulher
apresentar quadro severo da doença.
10.7. Mais estudos serão necessários para que se analise a eficácia e os riscos destes
medicamentos na gravidez. Não existem estudos em seres humanos e, em animais, o tecovirimat não
induziu teratogenicidade, e o cidofovir e o brincidofovir foram classificados como classe C do FDA por
causarem alterações na morfologia dos animais em estudo.
10.8. Importante salientar que os riscos e benefícios da medicação devem ser discutidos com a
paciente e a decisão sobre seu uso deve ser compartilhada com a mesma (26).
10.9. Imunoglobulina
10.9.1. A imunoglobulina (VIG), que é uma mistura de anticorpos purificados do sangue de
indivíduos imunizados com a vacina contra varíola, já foi usada para prevenção/tratamento de MPX.
10.9.2. Não existem dados sobre a efetividade de VIG no tratamento da
Monkeypox; entretanto, ela já foi considerada como profilaxia em indivíduos expostos ao vírus que
apresentam imunodeficiência severa na função das células T e em quem a vacina propriamente dita teria
contraindicação.
10.10. Imunoglobulina na gravidez
10.10.1. Apesar de pouco se saber sobre VIG na gestação, outras imunoglobulinas já foram usadas
durante a gravidez e se mostraram seguras. Até o momento, este tipo de terapêutica não foi indicada
na gravidez (26).
11. VACINA PARA MONKEYPOX
11.1. Existem duas vacinas desenvolvidas para combater a varíola humana, doença considerada
erradicada pela OMS em 1980. Ambas se mostraram capazes de induzir a produção de anticorpos
protetores contra a MPX e já estão sendo usadas em alguns países. Entretanto, estas vacinas ainda não
estão disponíveis no Brasil.
11.2. A primeira vacina, denominada ACAM2000, é produzida pela Sanofi e já foi aprovada nos
EUA para a prevenção da MPX. Trata-se de uma versão moderna da vacina que foi aplicada nos anos 1970
e ajudou a erradicar a varíola humana. A tecnologia usada nesta vacina é o vírus vivo, chamado vaccinia,
do mesmo gênero que o smallpox (causador da varíola humana) e o Monkeypox (causador da MPX). O
vírus vacinal vaccinia se replica no organismo sem causar doença, mas induzindo a produção de uma
resposta imune protetora contra os três vírus.
11.2.1. A ACAM2000 é aplicada em dose única, sendo observada resposta imune quatro semanas
após a aplicação. De acordo com o CDC, a aplicação pode provocar efeitos comuns a qualquer vacina,
como dor, inchaço e vermelhidão no local da injeção, irritação na pele e febre além de adenomegalia em
pescoço, axilas e virilhas. Outros efeitos adversos podem incluir miocardite.
11.2.2. Por ser uma vacina de vírus vivo, a ACAM2000 é contraindicada para indivíduos com
imunodeficiência congênita ou adquirida, pois há risco de provocar quadros clínicos mais graves. O CDC
não recomenda seu uso em gestantes, crianças com menos de um ano, pessoas com doença cardíaca,
doença ocular tratada com esteróides tópicos, incluindo aqueles que tomam medicamentos
imunossupressores e com histórico de dermatite atópica ou eczema.
11.3. A segunda vacina contra o Monkeypox é conhecida como Vaccinia Ankara Modificada
(MVA - Modified Vaccinia Ankara, em inglês) ou MVA-BN, produzida pela farmacêutica dinamarquesa
Bavarian Nordic. É uma vacina de vírus vivo, atenuado, não replicante, de terceira geração contra uma
variedade de ortopoxvírus (27). É comercializada na Europa com o nome Imvamune ou Imvanex e nos
Estados Unidos como Jynneos. A MVA-BN é aprovada pela Food and Drug Administration para vacinação
contra a varíola humana e MPX (28). A vacina MVA-BN já é aplicada nos Estados Unidos, Reino Unido,
Canadá e Alemanha para conter o surto atual de MPX, sendo relatada 85% de eficácia na proteção contra
a MPX (29).
11. 11.3.1. Esta vacina contém o mesmo vírus vaccínia, utilizado na ACAM2000, mas ele é modificado
em laboratório, com reduzida capacidade de replicação, tornando-se incapaz de causar doença grave.
Devido ao alto grau de atenuação, esta vacina pode ser utilizada em imunossuprimidos. O CDC americano
libera esta vacina para pessoas com 18 anos ou mais com certas deficiências ou condições imunológicas,
como HIV e dermatite atópica.
11.3.2. O esquema vacinal recomendado da MVA-BN são duas doses com intervalo de quatro
semanas, via subcutânea, com técnica "habitual" (seringa de uma agulha). Observa-se proteção contra a
varíola duas semanas após a aplicação da segunda dose. As reações adversas mais comuns são: dor,
inchaço e vermelhidão no local da aplicação. Segundo o CDC, pessoas com alergia grave à proteína do
ovo ou qualquer componente da vacina (gentamicina, ciprofloxacina) não devem receber a MVA-BN.
11.3.3. Ainda não existem dados suficientes sobre o uso do imunizante em grávidas ou em
mulheres amamentando e, portanto, nenhuma vacina contra a MPX está aprovada para uso na gravidez.
Contudo, os estudos em animais não encontraram quaisquer efeitos fetais adversos; e dados sobre o seu
uso em menos de 300 mulheres grávidas, não demonstraram aumento nos resultados adversos (30).
Como a MVA-BN é uma vacina não replicante, não existiria uma razão teórica para impedir o seu uso na
gravidez, em situações de risco materno de aquisição desta infecção.
11.3.4. A vacina MVA-BN é considerada segura na amamentação (10), apesar de não estar claro se
a MVA-BN chega ao leite materno. Contudo, tal passagem parece improvável porque o vírus desta vacina
não se replica efetivamente em humanos. Assim, qualquer mulher que esteja amamentando, com
exposição substancial ao vírus, deve receber a vacinação, após considerar os riscos de infecção por MPX
para ela e seu filho.
11.4. Indicação de vacinação
11.4.1. A OMS ainda não recomenda a vacinação em massa da população contra a MPX por não
haver doses suficientes.
11.4.2. Nos EUA, a vacinação é recomendada para proteger o vacinado (profilaxia pré-exposição)
em:
Profissionais da saúde que têm maior risco de entrar em contato com o vírus (ao atender pacientes
infectados ou no laboratório); e
Homossexuais masculinos e bissexuais que moram em áreas onde há maior circulação do vírus e
que apresentem critérios de maior vulnerabilidade à infecção.
11.4.3. A profilaxia pós-exposição é indicada para proteger as pessoas que tiveram contato
próximo com indivíduos diagnosticados com a doença. Neste surto atual, a recomendação também é
vacinar contatos de casos confirmados, incluindo profissionais de saúde. A administração da vacina até
14 dias após a exposição pode não prevenir a doença, mas pode reduzir a gravidade dos sintomas.
11.4.4. A vacina deveria ser oferecida como profilaxia pré-exposição para profissionais de saúde
com maior probabilidade de encontrar casos suspeitos de varíola. Ambos os grupos (pré e pós-exposição)
podem incluir mulheres grávidas e lactantes, neste caso, a vacina indicada deve ser a MVA-BN.
12. AVALIAÇÃO FETAL
12.1. Há poucos relatos sobre MPX na gestação (8).
12.2. Sabe-se que o vírus pode atravessar a placenta e atingir o feto, levando à MPX congênita.
Assim como em outras infecções virais, pode aumentar o risco de abortamento, óbito fetal,
prematuridade e outras alterações ligadas ao acometimento fetal. No entanto, ainda não há como
quantificar esses riscos. Ainda assim, cuidados redobrados com a gestante e o feto são recomendados
diante da suspeita ou confirmação da infecção, até que dados mais robustos estejam disponíveis.
12.3. Na vigência de infecção aguda, a supervisão fetal vai depender da idade gestacional. No
primeiro trimestre, recomenda-se avaliação ultrassonográfica para análise da viabilidade da gestação.
Nos casos moderados, graves e críticos no segundo trimestre, sugere-se ultrassonografia detalhada com
biometria, avaliação anatômica cuidadosa e quantificação do líquido amniótico. No terceiro trimestre,
12. quando disponível, pode-se associar perfil biofísico fetal e a Dopplerfluxometria para complementar a
avaliação do bem-estar fetal. Após a 26ª semana, ainda é recomendada a cardiotocografia nos casos
moderados, graves e críticos (31).
12.4. Após a resolução da infecção, o risco para o feto é baixo. Ainda assim, deve-se realizar
ultrassonografia a cada 4 semanas para avaliação de crescimento e do bem-estar fetal. Seguimentos
individualizados podem ser necessários se houver evidência de hepatomegalia ou hidropisia fetal (20).
12.5. A sensibilidade para detecção molecular do vírus no líquido amniótico é desconhecida.
Pela analogia com outras infecções virais, supõe-se que o vírus possa ser encontrado no líquido amniótico
a partir de 18 a 21 semanas de gestação (20). A indicação de amniocentese, até o momento, não é
rotineira, ficando reservada a casos específicos ou cenários de pesquisa clínica.
13. MOMENTO E A VIA DO PARTO
13.1. Ainda há poucos estudos sobre o momento do parto na literatura. Em geral, as gestantes
com MPX apresentam quadros leves e autolimitados, não havendo indicação de antecipar o parto (21).
13.2. Nos casos graves ou com comprometimento fetal deve-se considerar o parto, avaliando a
idade gestacional e peso fetal estimado.
13.3. Nos casos de resolução da gestação em fetos prematuros, deve-se considerar o uso de
corticoide e sulfato de magnésio, seguindo os protocolos para situações de prematuridade.
13.4. Durante o trabalho de parto e parto, deve-se garantir a presença do acompanhante
saudável e enfatizar a importância do uso de EPI durante a permanência no hospital.
13.5. A via de parto deve ser individualizada, com base nas indicações obstétricas e na decisão
da paciente. É provável que a transmissão transplacentária seja possível, podendo a criança já estar
infectada antes do nascimento, portanto, a cesariana não apresentaria benefícios.
13.6. Nos casos em que a paciente apresenta lesões genitais, pode acarretar maior risco de
infecção neonatal através do contato no canal de parto. Nesta situação, a cesariana está indicada (19).
13.7. Não existem dados na literatura ou divulgação de experiências que possam fundamentar
indicação de cesárea em casos assintomáticos. Desta forma, a via de parto nestas situações obedece
a critérios obstétricos.
13.8. Recomenda-se que deve ser mantido o clampeamento tardio do cordão umbilical, pois não
há evidências de que este procedimento aumente a possibilidade de transmissão viral da mãe para o
recém-nascido.
14. AMAMENTAÇÃO E CUIDADOS COM O RN EM MULHERES COM MPX
14.1. Há poucas evidências para fazer recomendações sobre o cuidado de recém-nascidos de
mulheres com MPX (19).
14.2. As recomendações aqui apresentadas se baseiam no conhecimento de que o vírus pode
ser transmitido ao recém-nascido por contato próximo durante ou após o parto, e de que a doença pode
ter evolução severa em neonatos.
14.3. Uma vez que a melhor estratégia para impedir o contágio do RN é evitar o contato direto
com a mãe, as seguintes normas devem ser seguidas em instituições de assistência ao parto (32).
Desaconselhar o contato pele a pele entre a mãe e o RN;
Fazer exame macroscópico do RN imediatamente após o nascimento;
Quando disponível, colher swab de garganta e de eventuais lesões cutâneas do RN (19);
Informar à mulher sobre os riscos da infecção e da necessidade de manter mãe e filho em quartos
separados durante a fase de isolamento materno;
Se por qualquer motivo não for possível manter a mãe e o RN em quartos separados, precauções
estritas devem ser seguidas durante o contato mãe-filho:
13. a) o RN deve estar totalmente vestido ou envolto por um cobertor. Após o contato, a roupa
ou cobertor deve ser imediatamente substituídos;
b) a mãe deve usar luvas e avental, deixando coberta toda área de pele abaixo do pescoço; e
c) a mãe deve usar uma máscara cirúrgica bem ajustada à face.
As precauções devem ser mantidas até que os critérios para encerrar o isolamento tenham sido
alcançados: resolução de todas as lesões, queda das crostas e formação de uma nova camada de
pele;
Quando a testagem do RN tiver sido realizada e o resultado for positivo, pode se cancelar o
isolamento e permitir a permanência da mãe com o bebê (19);
O momento da alta deve ser ajustado considerando o tempo de isolamento materno, a capacidade
de aderir às recomendações para evitar o contágio do RN e a disponibilidade de pessoas para
auxiliar no cuidado do recém-nascido.
14.4. Dispõe-se de pouca informação sobre o efeito das drogas antivirais e da imunoglobulina
vacinal endovenosa na produção láctea ou sobre a excreção desses produtos no leite materno. Em
lactentes com indicação de tratamento farmacológico, o tecovirimat tem sido recomendado como
tratamento de primeira linha (32).
14.5. Atualmente, não se sabe se as vacinas utilizadas para prevenção da MPX têm algum efeito
na produção láctea ou se são excretadas no leite materno. No entanto, o conhecimento do tipo de
vacina e do seu mecanismo de ação, permite pressupor o risco de transmissão ao recém-nascido.
Mulheres lactentes elegíveis para a vacinação devem receber a informação de que as vacinas com vírus
vivo atenuado, não replicante, provavelmente não apresentam riscos para bebê e são seguras durante a
lactação. As vacinas com vírus replicantes são contraindicadas em gestantes e lactentes (31,32).
15. RECOMENDAÇÕES FINAIS
15.1. Considerando o rápido aumento do número de casos de MPX no Brasil e no mundo,
associado à transmissão por contato direto e, eventualmente, por via aérea, recomenda-se que as
gestantes, puérperas e lactantes:
Mantenham uso de máscaras, principalmente em ambientes com indivíduos potencialmente
contaminados com o vírus;
Afastem-se de pessoas que apresentem sintomas suspeitos como febre e lesões de pele-mucosa
(erupção cutânea, que habitualmente afeta o rosto e as extremidades e evolui de máculas para
pápulas, vesículas, pústulas e posteriormente crostas);
Usem preservativo em todos os tipos de relações sexuais (oral, vaginal, anal) uma vez que a
transmissão pelo contato íntimo tem sido a mais frequente;
Estejam alertas para observar se sua parceria sexual apresenta alguma lesão na área genital e, se
presente, não tenham contato;
Procurem assistência médica, caso apresentem algum sintoma suspeito, para que se estabeleça
diagnóstico clínico e, eventualmente, laboratorial.
15.2. Dentro do conhecimento disponível até o momento, os profissionais de saúde devem
saber que:
As gestantes devem ficar em isolamento domiciliar com acompanhamento pela equipe assistencial,
em caso de doença com quadro clínico leve;
As pacientes com casos de maior gravidade devem ser acompanhadas em regime de internação
hospitalar;
Não há ainda protocolo de tratamento específico com antivirais no ciclo gravídico-puerperal;
14. O monitoramento da vitalidade fetal deve ser cuidadoso nas pacientes com a doença moderada,
grave ou crítica, em vista da constatação de maior morbimortalidade do concepto nestes casos;
A via e o momento do parto têm indicação obstétrica e a cesárea como rotina não está indicada
nestes casos;
O aleitamento deve ser analisado de acordo com o quadro clínico.
16. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Poxvirus | CDC [Internet]. [cited 2022 Jul 25]. Available from:
https://www.cdc.gov/poxvirus/monkeypox/clinicians/pregnancy.html
17. AUTORES
16. Coordenadores:
Antonio Rodrigues Braga Neto
Lana de Lourdes Aguiar Lima
Raphael Câmara Medeiros Parente
Rosiane Mattar
Grupo de Trabalho
Antonio Rodrigues Braga Neto
Adriana G Luz
Alan Hatanaka
Alberto Zaconeta
Cristina A F Guazzelli
Evelyn Traina
Fernanda Sapadotto
Gabriel Osanan
Geraldo Duarte
Iracema Correia Veloso
Jose Geraldo Lopes Ramos
Luana Flausino Melo da Silva
Marcio Irita Haro
Maria Lucia Oppermann
Rosiane Mattar
Rossana P V Francisco
Sigrid Maria Loureiro De Queiroz Cardoso
Silvana Maria Quintana
Sue Yazaki Sun
Vera Therezinha Medeiros Borges
Documento assinado eletronicamente por Lana de Lourdes Aguiar Lima, Diretor(a) do
Departamento de Saúde Materno Infantil, em 01/08/2022, às 10:14, conforme horário oficial de
Brasília, com fundamento no § 3º, do art. 4º, do Decreto nº 10.543, de 13 de novembro de 2020; e
art. 8º, da Portaria nº 900 de 31 de Março de 2017.
Documento assinado eletronicamente por Raphael Camara Medeiros Parente, Secretário(a) de
Atenção Primária à Saúde, em 01/08/2022, às 10:25, conforme horário oficial de Brasília, com
fundamento no § 3º, do art. 4º, do Decreto nº 10.543, de 13 de novembro de 2020; e art. 8º, da
Portaria nº 900 de 31 de Março de 2017.
A autenticidade deste documento pode ser conferida no site
http://sei.saude.gov.br/sei/controlador_externo.php?
acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0, informando o código verificador
0028381567 e o código CRC 6870F906.
Referência: Processo nº 25000.105871/2022-63 SEI nº 0028381567
17.
Coordenação-Geral de Saúde Perinatal e Aleitamento Materno - CGPAM
Esplanada dos Ministérios, Bloco G - Bairro Zona Cívico-Administrativa, Brasília/DF, CEP 70058-900
Site - saude.gov.br