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NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 04 /2022
Práticas seguras para a prevenção de incidentes envolvendo cateter
intravenoso periférico em serviços de saúde – 26 de julho de 2022
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NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/DIRE3/ANVISA
Nº 04 / 2022
Práticas seguras para a prevenção de
incidentes envolvendo cateter intravenoso
periférico em serviços de saúde
Gerência de Vigilância e Monitoramento em Serviços de Saúde
Gerência Geral de Tecnologia em Serviços de Saúde
Terceira Diretoria
Agência Nacional de Vigilância Sanitária
Brasília, 26 de julho de 2022
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Práticas seguras para a prevenção de incidentes envolvendo cateter
intravenoso periférico em serviços de saúde – 26 de julho de 2022
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Diretor-Presidente
Antônio Barra Torres
Chefe de Gabinete
Karin Schuck Hemesath Mendes
Diretores
Antônio Barra Torres
Alex Machado Campos
Cristiane Rose Jourdan Gomes
Meiruze Sousa Freitas
Rômison Rodrigues Mota
Terceira Diretoria
Cristiane Rose Jourdan Gomes
Gerente Geral de Tecnologia em Serviços de Saúde – GGTES
Renata Faria Pereira Hurtado
Gerente de Vigilância e Monitoramento em Serviços de Saúde - GVIMS/GGTES
Magda Machado de Miranda Costa
Equipe Técnica GVIMS/GGTES
Ana Clara Ribeiro Bello dos Santos
André Anderson Carvalho
Andressa Honorato Miranda de Amorim
Cleide Felicia de Mesquita Ribeiro
Daniela Pina Marques Tomazini
Heiko Thereza Santana
Humberto Luiz Couto Amaral de Moura
Lilian de Souza Barros
Luciana Silva da Cruz de Oliveira
Mara Rúbia Santos Gonçalves
Maria Dolores Santos da Purificação Nogueira
Estagiárias
Monique Elisa Silva de Oliveira
Stefani Priscila de Assis Ferreira
Thais Maria Silveira de Morais
Elaboração
Equipe Técnica GVIMS/GGTES
Revisão Externa
Aline Schio - Gerência Técnica de Serviços de Saúde - CVISA/DGVS/SES/MS
Fernanda Raphael Escobar Gimenes de Sousa - Universidade de São Paulo – USP - Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto
Maria de Lourdes de Oliveira Moura – Coordenação de Segurança do Paciente e Gestão de Risco - Vigilância Sanitária do Rio
de Janeiro - RJ
Viviane Peixoto dos Santos Pennafort - Hospital Universitário Onofre Lopes - HUOL/EBSERH/UFRN
Zenewton Gama – Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – ANVISA
É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim
comercial. A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra é da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária – Anvisa.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.....................................................................................................................4
I. Objetivo .........................................................................................................................5
II. Breve revisão da literatura.............................................................................................6
III. Medidas de prevenção de eventos adversos associados aos cateteres intravenosos
periféricos (CIVP)..................................................................................................................7
IV. Recomendações: ........................................................................................................15
V. Indicadores..................................................................................................................19
Referências........................................................................................................................20
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intravenoso periférico em serviços de saúde – 26 de julho de 2022
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INTRODUÇÃO
O Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) foi estabelecido pela
publicação da Portaria MS n° 529/2013 (1), reforçando a gestão de riscos e a
implantação de ações e estratégias que possibilitem aos gestores e profissionais
de saúde a redução de incidentes, incluindo eventos adversos (EA) relacionados à
assistência à saúde.
Por sua vez, desde a publicação da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) da
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) n° 36/2013 (2), a Agência, em
conjunto com os Núcleos de Segurança do Paciente (NSP) das Vigilâncias
Sanitárias (VISA) nos estados, Distrito Federal (DF) e municípios (NSP VISA) vem
monitorando as notificações de EA enviadas pelos NSPs dos serviços de saúde ao
Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), por meio do sistema Notivisa -
módulo assistência à saúde (3). O monitoramento dos incidentes pelo SNVS é
realizado de acordo com os fluxos definidos no Plano Integrado para a Gestão
Sanitária da Segurança do Paciente em Serviços de Saúde (4) e orientações gerais
para a notificação de EA relacionados à assistência à saúde contidas na Nota
Técnica n° 5/2019 (5).
Além da vigilância e monitoramento de incidentes relacionados à assistência à
saúde, um papel importante do SNVS é promover o retorno de informações aos
notificadores. Neste contexto, a Gerência de Vigilância e Monitoramento em
Serviços de Saúde (GVIMS), da Gerência Geral de Tecnologia em Serviços de
Saúde (GGTES/Anvisa) tem publicado, mensalmente, os Relatórios de Incidentes
Relacionados à Assistência à Saúde contendo os resultados das notificações
realizadas no Notivisa - módulo Assistência à Saúde (por UF e Brasil) no Portal da
Agência (https://www.gov.br/anvisa/pt-
br/centraisdeconteudo/publicacoes/servicosdesaude/relatorios-de-notificacao-dos-
estados/eventos-adversos).
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Cabe ressaltar que, de junho de 2021 a maio de 2022, foram notificados ao SNVS
39.994 incidentes envolvendo cateteres intravenosos, representando 16% do total
de notificações de incidentes feitas pelos NSPs dos serviços de saúde no período,
constituindo o terceiro incidente mais reportado no Sistema Notivisa - módulo
Assistência à Saúde (6).
Diante desses antecedentes, sabe-se que é fundamental, a identificação de riscos,
a determinação dos fatores contribuintes destes EA e a implementação de práticas
de segurança do paciente para a redução destes agravos (7).
Outrossim, medidas nacionais e locais para prevenção destes EA devem ser
instituídas, contribuindo para melhorias na segurança do paciente em serviços de
saúde.
I. Objetivo
Esta Nota Técnica (NT) tem como objetivo disponibilizar orientações aos gestores,
profissionais de saúde que atuam na Comissão de Controle de Infecção Hospitalar
(CCIH), no NSP, Comissão de Terapia Intravenosa e Cateteres, e na assistência à
saúde em geral, além daqueles que atuam no SNVS, para a instituição de medidas
de prevenção de incidentes, incluindo EA associados ao uso de cateteres
intravenosos periféricos (CIVP), e definir indicadores de monitoramento destes
eventos.
Nota:
As recomendações constantes neste documento são especificamente para a
prevenção de incidentes associados aos CIVP. Ressalta-se que as medidas de
prevenção de Infecção da Corrente Sanguínea (ICS) Associada a Cateter Central
estão descritas na publicação da Anvisa: Medidas de Prevenção de Infecção
Relacionada à Assistência à Saúde, 2017, e suas atualizações (8).
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II. Breve revisão da literatura
Atualmente, existe uma grande variedade de CIVP, conexões e acessórios para
infusão intravenosa disponíveis no mercado. A despeito da relevância destes
produtos em serviços de saúde, seu uso está relacionado ao risco de complicações,
como infecção local e sistêmica, flebite, tromboflebite, oclusão, trombose e lesão
por pressão (LPP) relacionada a dispositivo para a saúde (conforme sistema de
classificação de LPP da National Pressure Ulcer Advisory Panel - NPUAP), além
de infiltração, extravasamento e hematomas (9, 10).
Sabe-se que cerca de 90% dos pacientes internados recebem soluções e
medicamentos por via intravenosa (11). Além disso, 50% a 75 % dos pacientes que
estão em uso de terapia intravenosa periférica (TIVP), procedimento terapêutico e
diagnóstico que viabiliza a administração de medicamentos, fluidos e outros
componentes sanguíneos e nutricionais no organismo, podem desenvolver
complicações locais ou sistêmicas (9, 11). Sendo assim, o uso apropriado de CIVP
é necessário para a TIVP. Além dos cuidados quanto à observância do calibre do
dispositivo e material do CIVP, devem ser instituídas medidas preventivas de EA
associados ao CIVP (8).
No que se refere à flebite, ela pode ser classificada em: Grau 1 – presença de
eritema com ou sem dor local; Grau 2 – presença de dor, com eritema e/ou edema;
Grau 3 – presença de dor, com eritema e/ou edema, com endurecimento e
presença de um cordão fibroso palpável; Grau 4 – presença de dor, com eritema
e/ou edema, com endurecimento e presença de um cordão fibroso palpável maior
que 1 polegada (2,54cm), com drenagem purulenta (9, 12).
Considerando a relevância dos dados epidemiológicos, é imprescindível a adoção
das medidas de prevenção de EA associados aos CIVP nos serviços de saúde.
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III. Medidas de prevenção de eventos adversos associados aos cateteres
intravenosos periféricos (CIVP)
Higiene das mãos
- Higienizar as mãos antes e após a inserção de CIVP e para qualquer tipo de
manipulação destes dispositivos.
- A higiene das mãos com foco no cuidado do paciente com CIVP deve ser feita
nos 5 momentos abaixo descritos (13,14):
1. Antes de tocar o paciente;
2. Antes de realizar procedimento limpo/asséptico: imediatamente antes
de realizar quaisquer tipos de manipulação do CIVP e do sistema de
administração de medicamento intravenoso, tais como: a. inserir ou retirar
CIVP (antes de calçar luvas não estéreis), trocar curativo, coletar sangue e
antes de preparar materiais ou equipamentos relacionados a estes
procedimentos; b. acessar (abrir) o sistema de administração/ infusão; e c.
preparar medicamentos para infusão pelo CIVP.
3. Após risco de exposição a fluidos corporais: imediatamente após
quaisquer tarefas que possam envolver uma exposição potencial a fluidos
corporais, tais como: a. inserir ou remover o CIVP; e b. coletar sangue do
CIVP.
4. Após tocar o paciente;
5. Após tocar superfícies próximas ao paciente.
Seleção do cateter e sítio de inserção (8)
- Selecionar o CIVP com base no objetivo pretendido, na duração da terapia, na
viscosidade componentes do fluido e nas condições de acesso venoso.
- Não usar CIVPs para infusão contínua de produtos vesicantes, para nutrição
parenteral com mais de 10% de dextrose ou outros aditivos que resultem em
osmolaridade final acima de 900 mOsm/L, ou para qualquer solução com
osmolaridade acima de 900 mOsm/L.
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- Para atender à necessidade da terapia intravenosa devem ser selecionados
cateteres de menor calibre e comprimento de cânula.
- Cateteres com menor calibre causam menos flebite mecânica (irritação da parede
da veia pela cânula) e menor obstrução do fluxo sanguíneo dentro do vaso. Um
bom fluxo sanguíneo, por sua vez, ajuda na distribuição dos medicamentos
administrados e reduz o risco de flebite química (irritação da parede da veia por
produtos químicos).
- Agulha de aço só deve ser utilizada para coleta de amostra sanguínea e
administração de medicamento em dose única, sem manter o dispositivo no sítio.
Notas:
- Pacientes com acesso vascular difícil requer avaliação cuidadosa da real
necessidade de acesso venoso periférico e trabalho colaborativo entre a equipe de
saúde para discutir opções apropriadas (9).
- Na prática assistencial, há preferência, em adultos, de inserção do CIVP em veias
dos membros superiores do antebraço, uma vez que acomodam cateteres de maior
dimensão, tais como, cefálica, basílica, medianas do antebraço, cotovelo e do dorso
da mão. Caso não se obtenha sucesso ao puncionar as veias supracitadas, as
veias dorsais do pé e as safenas magna e parva podem ser puncionadas (9).
- Para pacientes adultos: as veias de escolha para inserção do CIVP são as das
superfícies dorsal e ventral dos antebraços, que podem acomodar cateteres de
maior dimensão, tais como, cefálica, basílica, medianas do antebraço, cotovelo e
do dorso da mão. Veias de membros inferiores não devem ser utilizadas a menos
que seja absolutamente necessário, em virtude do risco de embolias e
tromboflebites.
- Para pacientes pediátricos: selecionar o vaso com maior probabilidade de duração
de toda a terapia prescrita, considerando as veias da mão, do antebraço e braço
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(região abaixo da axila). Evite a área antecubital.
- Para crianças menores de 03 (três anos) também podem ser consideradas as
veias da cabeça.
- Caso a criança não caminhe, considere as veias do pé.
- Considerar a preferência do paciente para a seleção do membro para inserção do
CIVP, incluindo a recomendação de utilizar sítios no membro não dominante.
- Evitar região de flexão, membros comprometidos por lesões como feridas abertas,
infecções nas extremidades, veias já comprometidas (infiltração, flebite, necrose),
áreas com infiltração ou extravasamento prévios, áreas com outros procedimentos
planejados.
- Remover o excesso de pelos do local de inserção, se necessário, para facilitar a
aplicação de curativos/coberturas; utilizar tesoura de uso individual para aparar os
pelos (não raspar a pele, pois pode aumentar o risco de infecção (embora as
pesquisas sejam limitadas) (9).
- Não puncionar os vasos de membros com presença de fístula arteriovenosa (FAV)
funcionante.
- Usar metodologia de visualização para instalação de CIVP em adultos e crianças
com rede venosa difícil e/ou após tentativas de punção sem sucesso.
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Antissepsia da pele (8)
- Realizar fricção da pele com solução a base de álcool (gliconato de clorexidina a
0,5%, iodopovidona – PVP-I alcoólico 10% ou álcool a 70%).
- O tempo de aplicação da clorexidina é de 30 segundos, enquanto o do PVPI é de
1,5 a 2,0 minutos. A aplicação da clorexidina deve ser realizada por meio de
movimentos de vai e vem e do PVPI com movimentos circulares (dentro para fora).
- A antissepsia da pele com gaze e álcool a 70% deve ser realizada em movimento
espiral centrífugo, por três vezes.
- Aguardar a secagem espontânea do antisséptico antes de proceder à punção.
- Evitar tocar no local da punção após a antissepsia. Não voltar a tocar o local da
punção.
Notas:
- No caso de sujidade visível no local selecionado para punção, removê-la com
água e sabão ou com clorexidina degermante a 2% antes da aplicação do
antisséptico a base de álcool.
- Um novo CIVP deve ser utilizado a cada tentativa de punção no mesmo paciente.
- Limitar no máximo a duas tentativas de punção periférica por profissional e, no
máximo, quatro no total. Múltiplas tentativas de punções causam dor, atrasam o
início do tratamento, comprometem o vaso, aumentam custos e os riscos de
complicações.
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Estabilização (8)
- Para estabilização, deve ser utilizado CIVP com mecanismo de estabilização
integrado, combinado com um curativo de poliuretano com bordas reforçadas ou
CIVP tradicional, combinado a dispositivo adesivo específico para estabilização.
Notas:
- O uso de dispositivos de imobilização física (ou restrições) para proteger os locais
de punção não deve ser implementado rotineiramente e deve ser evitado sempre
que possível (9).
- Empregar técnica asséptica para estabilização.
- Não utilizar suturas para estabilizar CIVP.
- Não utilizar fitas adesivas não estéreis (esparadrapo comum e fitas do tipo
microporosa não estéreis, como micropore) para estabilização ou coberturas de
cateteres.
Coberturas (8)
- Utilizar cobertura para CIVP estéril, semioclusiva (gaze e fita adesiva estéril) ou
membrana transparente semipermeável.
- Realizar a identificação do curativo do CIVP com a data, hora, calibre do cateter
e nome do profissional responsável pela inserção.
- Utilizar gaze e fita adesiva estéril apenas quando a previsão de acesso for menor
que 48h. Caso a necessidade de manter o cateter seja maior que 48h não utilizar
gaze para cobertura devido ao risco de perda do acesso durante sua troca.
- Proteger o sítio de inserção e conexões com plástico durante o banho.
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Nota:
A cobertura deve ser trocada imediatamente se houver suspeita de contaminação
e sempre quando úmida, solta, suja ou com a integridade comprometida. Manter
técnica asséptica durante a troca.
Flushing e manutenção do cateter periférico (8)
- Realizar flushing e aspiração para verificar o retorno de sangue antes de cada
infusão.
- Realizar flushing antes de cada administração para prevenir a mistura de
medicamentos incompatíveis.
- Utilizar frascos de dose única ou seringas preenchidas comercialmente
disponíveis para a prática de flushing e lock do cateter.
- Realizar flushing e lock de cateteres periféricos imediatamente após cada uso.
- O profissional deve promover a desinfecção na conexão de duas vias tipo y, injetor
lateral e oclusores com álcool a 70% ou clorexidina solução alcoólica a 0,5%, antes
de administrar o medicamento por meio do cateter.
Notas:
- Realizar a desinfecção da superfície dos conectores antes do flushing e lock do
CIVP.
- Não utilizar soluções em grandes volumes (como, por exemplo, bags (bolsas) e
frascos de soro) como fonte para obtenção de soluções para flushing.
- Utilizar solução de cloreto de sódio 0,9% isenta de conservantes para flushing e
lock dos CIVPs.
- Não utilizar água estéril para realização do flushing e lock dos CIVPs.
- Usar volume mínimo equivalente a duas vezes o lúmen interno do cateter mais a
extensão para flushing. Ainda, considerar na escolha do volume, o tipo e tamanho
do CIVP, idade do paciente, restrição hídrica e tipo de terapia infusional. Infusões
de hemocomponentes e hemoderivados, nutrição parenteral, contrastes e outras
soluções viscosas podem requerer volumes maiores.
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- Avaliar a permeabilidade e funcionalidade do CIVP utilizando seringas de 10 ml
para gerar baixa pressão no lúmen do cateter e registrar qualquer tipo de
resistência.
- Não forçar o flushing utilizando qualquer tamanho de seringa. Em caso de
resistência, avaliar possíveis fatores (como, por exemplo, clamps fechados ou
extensores e linhas de infusão dobrados).
- Utilizar técnica da pressão positiva para minimizar o retorno de sangue para o
lúmen do CIVP.
- O refluxo de sangue que ocorre durante a desconexão da seringa é reduzido com
a sequência: flushing, fechar o clamp e desconectar a seringa. Solicitar orientações
do fabricante, de acordo com o tipo de conector valvulado utilizado.
Cuidados com o sítio de inserção (8)
- Avaliar o sítio de inserção do CIVP e áreas adjacentes quanto à presença de
rubor, calor, edema, dor e drenagem de secreções por inspeção visual e palpação
sobre o curativo intacto e valorizar as queixas do paciente em relação a qualquer
sinal de desconforto, como dor e parestesia. Considerar outros sinais como
sangramento, hematoma, lesões bolhosas ou abrasivas associadas às coberturas
utilizadas. A frequência ideal de avaliação do sítio de inserção é a cada quatro
horas ou conforme a criticidade do paciente.
- Pacientes de qualquer idade em terapia intensiva, sedados ou com déficit
cognitivo: avaliar a cada 1 – 2 horas.
- Pacientes pediátricos: avaliar no mínimo duas vezes por turno.
- Pacientes em unidades de internação: avaliar uma vez por turno.
- Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto aos cuidados na manutenção do
cateter e sinais de alerta.
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Remoção do cateter (8)
- Avaliar diariamente a necessidade de permanência do cateter.
- Remover o CIVP tão logo não haja medicamentos intravenosos prescritos e caso
o mesmo não tenha sido utilizado nas últimas 24 horas.
- Trocar o CIVP instalado em situação de emergência (com comprometimento da
técnica asséptica) tão logo quanto possível.
- Remover o CIVP na suspeita de contaminação, complicações ou mau
funcionamento.
Notas:
- O CIVP não deve ser trocado em um período inferior a 96 h. A decisão de estender
a frequência de troca para prazos superiores ou quando clinicamente indicado
dependerá: da avaliação rotineira e frequente das condições do paciente, sítio de
inserção, integridade da pele e do vaso, duração e tipo de terapia prescrita, local
de atendimento, integridade e permeabilidade do dispositivo, integridade da
cobertura estéril e estabilização estéril.
- Para pacientes neonatais e pediátricos, não trocar o CIVP rotineiramente. Porém,
é imprescindível que os serviços garantam as boas práticas, tais como: avaliação
rotineira e frequente das condições do paciente, sítio de inserção, integridade da
pele e do vaso, duração e tipo de terapia prescrita, local de atendimento,
integridade e permeabilidade do dispositivo, integridade da cobertura estéril e
estabilização estéril.
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IV. Recomendações
Aos gestores/administradores dos serviços de saúde:
1. Cumprir a legislação/normativa vigente quanto às ações para a segurança do
paciente (1, 2), instituindo o NSP e apoiando suas ações.
2. Cumprir a legislação vigente quanto às ações de prevenção e controle das
IRAS (14), instituindo a CCIH e apoiando suas ações.
3. Fortalecer a política institucional de segurança do paciente, sendo que a alta
gestão do serviço de saúde deve prover meios técnicos, financeiros,
administrativos, recursos humanos e materiais (gestão de estoque de produtos)
para a prevenção de EA associados a CIVP em serviços de saúde.
4. Engajar os profissionais de saúde nas atividades/estratégias de melhoria da
qualidade voltadas para a promoção da segurança do paciente e a excelência na
TIVP. Os programas de melhoria da qualidade devem incluir vigilância,
monitoramento contínuo, análise das notificações de eventos adversos infecciosos
e não infecciosos; práticas de prevenção de infecções; morbidade e taxas de
mortalidade associadas a infecção; e indicadores de qualidade do paciente
relacionados à infusão e aos EA associados a TIVP. Comparar os resultados
obtidos com as bases de dados nacionais.
5. Apoiar a implementação de mudanças nas estruturas ou processos baseadas
em dados.
6. Apoiar a promoção de uma cultura de segurança transparente e não punitiva na
instituição, estimulando a notificação de EA associados a CIVP, além de óbitos
resultantes destes eventos, bem como incentivando a aprendizagem a partir da
análise das falhas e instituindo medidas de prevenção destes eventos em serviços
de saúde.
7. Assegurar atividades de capacitação dos profissionais no tema para melhorar a
qualidade da assistência prestada, em todos os níveis de atenção à saúde.
8. Priorizar a escolha de CIVPs desenvolvidos com dispositivos que previnam
conexões incorretas e contribuam para a segurança do paciente.
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9. Envolver o paciente e sua família nos cuidados diários para prevenção destes
incidentes em serviços de saúde.
Aos profissionais que atuam no NSP, na CCIH e Comissão de Terapia
Intravenosa e Cateteres:
1. Implantar Protocolos de Prevenção de EA associados a CIVP nas unidades da
instituição.
2. Organizar e apoiar a capacitação dos profissionais da assistência nestes
Protocolos.
3. Disponibilizar formulários (impressos ou eletrônicos) para preenchimento de
dados de indicadores (flebite).
4. CCIH: Orientar medidas gerais de prevenção de infecção e apoiar as atividades
de capacitação.
5. NSP: Notificar os casos de EA associados a CIVP no Notivisa – módulo
assistência à saúde, em: https://www8.anvisa.gov.br/notivisa/frmLogin.asp.
6. NSP: no caso de óbitos relacionados à EA associados a CIVP, notificar ao
SNVS no prazo de 72 horas e proceder à investigação dentro do prazo de 60 dias.
Concluir o processo de notificação do EA, preenchendo as etapas de 5 a 10 do
módulo assistência à saúde do sistema Notivisa, utilizando as informações obtidas
no processo de investigação, anexando o Plano de Ação para melhoria e prevenção
da recorrência do evento na instituição.
7. Divulgar os resultados do monitoramento dos incidentes relacionados à CIVP
e investigação destes eventos para a alta direção e equipes.
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Aos profissionais que atuam na assistência à saúde:
Além da adoção às principais medidas de prevenção de EA associado a CIVP
descritas no item IV deste documento, os profissionais que atuam na assistência à
saúde devem:
1. Selecionar dispositivo antes da punção, de acordo com a avaliação do paciente
e propriedades do fármaco que será infundido (como no caso de medicamentos
irritantes e vesicantes).
2. Identificar todos os cateteres ligados ao paciente para garantir o manuseio
seguro.
3. Identificar precocemente quaisquer fatores contribuintes ao EA, adotando as
medidas preventivas.
4. Seguir protocolo institucional, adotando as medidas de prevenção de EA
associado a CIVP.
5. Participar das atualizações dos procotolos na prevenção de EA associados ao
CIVP junto ao NSP, CCIH e Comissão de Terapia Intravenosa e Cateteres.
6. Avaliar pelo menos a cada 4 horas (e a cada 1 a 2 horas em pacientes
graves/sedados ou com déficits cognitivos; a cada uma hora em pacientes
neonatais/pediátricos; e mais frequentemente em pacientes que recebem infusões
de medicamentos vesicantes) o local de inserção do CIVP e região adjacente
diariamente, quanto à presença de sinais flogísticos (edema, rubor, sangramento,
secreção, dor, calor, endurecimento e drenagem de secreção) e outras
complicações como hematoma, equimose, lesões bolhosas e abrasivas associadas
às coberturas e estabilizações do CIVP (9).
7. Remover cateteres, na presença de quaisquer complicações, e quando
prescrito.
8. Trocar o local de inserção do dispositivo intravenoso, de acordo com as normas
da instituição.
9. Realizar a desinfecção das conexões de CIVP utilizando álcool a 70% e gaze,
por três vezes com movimentos circulares, antes de desconectar os sistemas.
10. Proteger o acesso venoso periférico durante o banho.
11. Registrar diariamente os achados do local de inserção do CIVP e região
adjacente no prontuário.
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12. Realizar a notificação interna de incidentes, incluindo eventos adversos
associados a CIVP.
13. Seguir as recomendações do fabricante quanto ao uso dos CIVPs.
Às Secretarias de Saúde Municipais, Estaduais e DF – CECIH e NSP VISA
(estaduais/DF/municipais):
1. Reforçar as ações de vigilância, monitoramento, prevenção e mitigação de EA
associados a CIVP, apoiando as equipes dos NSP VISA e CECIH, conforme
previsto, respectivamente, no Plano Integrado para a Gestão Sanitária da
Segurança do Paciente (4) e Programa nacional de prevenção e controle de
infecções relacionadas à assistência à saúde (PNPCIRAS) (15).
2. Apoiar a ação de análise, acompanhamento e investigação de EA associado
a CIVP pelas VISAS distrital, estadual e municipal.
3. Divulgar os resultados do monitoramento de EA associados a CIVP,
estimulando a notificação e adoção de outros mecanismos de captação de
informação pelos serviços de saúde.
4. Apoiar o processo de capacitação para prevenção de EA associados a CIVP
em serviços de saúde.
5. Estimular, promover e monitorar a avaliação anual das práticas de segurança
do paciente em serviços de saúde com UTI.
6. Apoiar a o fortalecimento da cultura de segurança nos serviços de saúde.
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Práticas seguras para a prevenção de incidentes envolvendo cateter
intravenoso periférico em serviços de saúde – 26 de julho de 2022
19
V. Indicadores
Indicadores a serem monitorados pelos serviços de saúde:
a) Incidência de perda do acesso vascular periférico
Nº de casos de perda de cateter periférico no período / Nº de pacientes com
cateter intravenoso periférico/dia x 100
b) Avaliação para o risco de flebite
Nº de pacientes com avaliação para risco de flebite documentado / Nº de
pacientes que receberam inserção de cateter intravenoso periférico/dia X 100
c) Incidência de flebite
Incidência de Flebite = Nº de casos de Flebite no período / Nº de pacientes
com acesso venoso/dia x 100
NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 04 /2022
Práticas seguras para a prevenção de incidentes envolvendo cateter
intravenoso periférico em serviços de saúde – 26 de julho de 2022
20
Referências
1. Brasil. Portaria nº 529, de 1º de abril de 2013. Institui o Programa Nacional de
Segurança do Paciente (PNSP). Diário Oficial da União, 2 abr 2013.
2. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria
Colegiada - RDC n° 36 de 25 de julho de 2013 que institui ações para a segurança
do paciente em serviços de saúde e dá outras providências. Diário Oficial da União
2013;26 jul.
3. Sistema Nacional de Informações em Vigilância Sanitária – Notivisa. Módulo
Assistência à Saúde [Internet]. Disponível em:
http://portal.anvisa.gov.br/notificacoes .
Brasil. Ministério da Saúde. Portaria 2.616 de 12 de maio de 1998. Brasília: Diário
Oficial da União,13 de maio de 1998. Seção 1, p. 133.
4. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Plano Integrado para a Gestão
Sanitária da Segurança do Paciente em Serviços de Saúde. Gerência Geral de
Tecnologia em Serviços de Saúde - GGTES. Brasília:ANVISA; 2021.
5. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Nota Técnica n° 05/2019. Orientações
gerais para a notificação de eventos adversos relacionados à assistência à saúde.
Brasília:ANVISA; 2019.
6. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Boletim Incidentes relacionados à
assistência à saúde. Resultados das notificações realizadas no Notivisa – módulo
Assistência à Saúde - Brasil, junho de 2021 a maio de 2022. Brasília: ANVISA,
2022. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-
br/centraisdeconteudo/publicacoes/servicosdesaude/relatorios-de-notificacao-dos-
estados/eventos-adversos/brasil/view.
7. Shekelle PG, et al. Making Health Care Safer II: An Updated Critical Analysis of
the Evidence for Patient Safety Practices. Comparative Effectiveness Review No.
211. (Prepared by the Southern California-RAND Evidence-based Practice Center
under Contract No. 290-2007-10062- I.) AHRQ Publication No. 13-E001-EF.
Rockville, MD: Agency for Healthcare Research 44 and Quality. March 2013.
NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 04 /2022
Práticas seguras para a prevenção de incidentes envolvendo cateter
intravenoso periférico em serviços de saúde – 26 de julho de 2022
21
8. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Medidas de Prevenção de
Infecção Relacionada à Assistência à Saúde. Capítulo 3 – Medidas de Prevenção
de Infecção da Corrente Sanguínea. Brasília: Anvisa, 2017.
9. Infusion Nurses Society. Infusion Therapy Standards of Practice. J Infus Nurs.
2016; 39(1S).
10. European pressure Ulcer advisory panel; National pressure ulcer advisory panel
and Pan Pacific Pressure injury alliance. Prevention and treatment of pressure
ulcers/Injuries: Clinical Practice Guideline. The International Guideline. Emily
Haesler (Ed.). EPUAP/NPIAP/PPPIA; 2019.
11. Danski MTR, Oliveira GLR, Johann DA, Pedrolo E, Vayego SA. Incidência de
complicações locais no cateterismo venoso periférico e fatores de risco associados.
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http://www.scielo.br/pdf/ape/v28n6/en_1982-0194-ape-28-06-0517.pdf.
12. Royal College of Nursing (UK). Standards for infusion therapy. 3rd ed. London;
2010 [cited 2022 Jan 20]. Available from: http://www.bbraun.it/documents/ RCN-
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13. World Health Organization. The WHO Guidelines on Hand Hygiene in Health
Care. First Global Patient Safety Challenge Clean Care Is Safer Care. Geneva:
WHO Press, 2009. 262p.
14. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC n°. 42, de 25 de outubro
de 2010. Dispõe sobre a obrigatoriedade de disponibilização de preparação
alcoólica para fricção antisséptica das mãos, pelos serviços de saúde do país e dá
outras providências. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 26 out. 2010.
15.Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Programa Nacional de Prevenção e
Controle de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (PNPCIRAS).
Disponível em https://www.gov.br/anvisa/pt-
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ciras-2016-2020.pdf/view. Acesso em: 5 jan. 2022.
16. Araújo LM, Rocha FC, Araújo GSMM, Medeiros WR, Pennafort VPS, Mendonça
AEO. Avaliação e melhoria da qualidade na prevenção de flebite em pacientes com
cateter intravenoso periférico.2021[cited 2022 Jul 17]; 10(1):24-33. Available from:
NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 04 /2022
Práticas seguras para a prevenção de incidentes envolvendo cateter
intravenoso periférico em serviços de saúde – 26 de julho de 2022
22
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17. Salgueiro-Oliveira AS, Bastos ML, Braga LM, Arreguy-sena C, Melo MN,
Parreira PMSD. Práticas de enfermagem no cateterismo venoso periférico: a flebite
e a segurança do paciente doente. Texto Contexto Enferm [Internet]. 2019 [cited
2022 17 Jul]; 28:e20180109. Available from: http://dx.doi.org/10.1590/1980-265X-
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19]; 26:(e3002). Available from:
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Prevenção de incidentes com cateteres intravenosos

  • 1. NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 04 /2022 Práticas seguras para a prevenção de incidentes envolvendo cateter intravenoso periférico em serviços de saúde – 26 de julho de 2022 1 NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/DIRE3/ANVISA Nº 04 / 2022 Práticas seguras para a prevenção de incidentes envolvendo cateter intravenoso periférico em serviços de saúde Gerência de Vigilância e Monitoramento em Serviços de Saúde Gerência Geral de Tecnologia em Serviços de Saúde Terceira Diretoria Agência Nacional de Vigilância Sanitária Brasília, 26 de julho de 2022
  • 2. NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 04 /2022 Práticas seguras para a prevenção de incidentes envolvendo cateter intravenoso periférico em serviços de saúde – 26 de julho de 2022 2 Diretor-Presidente Antônio Barra Torres Chefe de Gabinete Karin Schuck Hemesath Mendes Diretores Antônio Barra Torres Alex Machado Campos Cristiane Rose Jourdan Gomes Meiruze Sousa Freitas Rômison Rodrigues Mota Terceira Diretoria Cristiane Rose Jourdan Gomes Gerente Geral de Tecnologia em Serviços de Saúde – GGTES Renata Faria Pereira Hurtado Gerente de Vigilância e Monitoramento em Serviços de Saúde - GVIMS/GGTES Magda Machado de Miranda Costa Equipe Técnica GVIMS/GGTES Ana Clara Ribeiro Bello dos Santos André Anderson Carvalho Andressa Honorato Miranda de Amorim Cleide Felicia de Mesquita Ribeiro Daniela Pina Marques Tomazini Heiko Thereza Santana Humberto Luiz Couto Amaral de Moura Lilian de Souza Barros Luciana Silva da Cruz de Oliveira Mara Rúbia Santos Gonçalves Maria Dolores Santos da Purificação Nogueira Estagiárias Monique Elisa Silva de Oliveira Stefani Priscila de Assis Ferreira Thais Maria Silveira de Morais Elaboração Equipe Técnica GVIMS/GGTES Revisão Externa Aline Schio - Gerência Técnica de Serviços de Saúde - CVISA/DGVS/SES/MS Fernanda Raphael Escobar Gimenes de Sousa - Universidade de São Paulo – USP - Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto Maria de Lourdes de Oliveira Moura – Coordenação de Segurança do Paciente e Gestão de Risco - Vigilância Sanitária do Rio de Janeiro - RJ Viviane Peixoto dos Santos Pennafort - Hospital Universitário Onofre Lopes - HUOL/EBSERH/UFRN Zenewton Gama – Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – ANVISA É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial. A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra é da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa.
  • 3. NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 04 /2022 Práticas seguras para a prevenção de incidentes envolvendo cateter intravenoso periférico em serviços de saúde – 26 de julho de 2022 3 SUMÁRIO INTRODUÇÃO.....................................................................................................................4 I. Objetivo .........................................................................................................................5 II. Breve revisão da literatura.............................................................................................6 III. Medidas de prevenção de eventos adversos associados aos cateteres intravenosos periféricos (CIVP)..................................................................................................................7 IV. Recomendações: ........................................................................................................15 V. Indicadores..................................................................................................................19 Referências........................................................................................................................20
  • 4. NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 04 /2022 Práticas seguras para a prevenção de incidentes envolvendo cateter intravenoso periférico em serviços de saúde – 26 de julho de 2022 4 INTRODUÇÃO O Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) foi estabelecido pela publicação da Portaria MS n° 529/2013 (1), reforçando a gestão de riscos e a implantação de ações e estratégias que possibilitem aos gestores e profissionais de saúde a redução de incidentes, incluindo eventos adversos (EA) relacionados à assistência à saúde. Por sua vez, desde a publicação da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) n° 36/2013 (2), a Agência, em conjunto com os Núcleos de Segurança do Paciente (NSP) das Vigilâncias Sanitárias (VISA) nos estados, Distrito Federal (DF) e municípios (NSP VISA) vem monitorando as notificações de EA enviadas pelos NSPs dos serviços de saúde ao Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), por meio do sistema Notivisa - módulo assistência à saúde (3). O monitoramento dos incidentes pelo SNVS é realizado de acordo com os fluxos definidos no Plano Integrado para a Gestão Sanitária da Segurança do Paciente em Serviços de Saúde (4) e orientações gerais para a notificação de EA relacionados à assistência à saúde contidas na Nota Técnica n° 5/2019 (5). Além da vigilância e monitoramento de incidentes relacionados à assistência à saúde, um papel importante do SNVS é promover o retorno de informações aos notificadores. Neste contexto, a Gerência de Vigilância e Monitoramento em Serviços de Saúde (GVIMS), da Gerência Geral de Tecnologia em Serviços de Saúde (GGTES/Anvisa) tem publicado, mensalmente, os Relatórios de Incidentes Relacionados à Assistência à Saúde contendo os resultados das notificações realizadas no Notivisa - módulo Assistência à Saúde (por UF e Brasil) no Portal da Agência (https://www.gov.br/anvisa/pt- br/centraisdeconteudo/publicacoes/servicosdesaude/relatorios-de-notificacao-dos- estados/eventos-adversos).
  • 5. NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 04 /2022 Práticas seguras para a prevenção de incidentes envolvendo cateter intravenoso periférico em serviços de saúde – 26 de julho de 2022 5 Cabe ressaltar que, de junho de 2021 a maio de 2022, foram notificados ao SNVS 39.994 incidentes envolvendo cateteres intravenosos, representando 16% do total de notificações de incidentes feitas pelos NSPs dos serviços de saúde no período, constituindo o terceiro incidente mais reportado no Sistema Notivisa - módulo Assistência à Saúde (6). Diante desses antecedentes, sabe-se que é fundamental, a identificação de riscos, a determinação dos fatores contribuintes destes EA e a implementação de práticas de segurança do paciente para a redução destes agravos (7). Outrossim, medidas nacionais e locais para prevenção destes EA devem ser instituídas, contribuindo para melhorias na segurança do paciente em serviços de saúde. I. Objetivo Esta Nota Técnica (NT) tem como objetivo disponibilizar orientações aos gestores, profissionais de saúde que atuam na Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), no NSP, Comissão de Terapia Intravenosa e Cateteres, e na assistência à saúde em geral, além daqueles que atuam no SNVS, para a instituição de medidas de prevenção de incidentes, incluindo EA associados ao uso de cateteres intravenosos periféricos (CIVP), e definir indicadores de monitoramento destes eventos. Nota: As recomendações constantes neste documento são especificamente para a prevenção de incidentes associados aos CIVP. Ressalta-se que as medidas de prevenção de Infecção da Corrente Sanguínea (ICS) Associada a Cateter Central estão descritas na publicação da Anvisa: Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde, 2017, e suas atualizações (8).
  • 6. NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 04 /2022 Práticas seguras para a prevenção de incidentes envolvendo cateter intravenoso periférico em serviços de saúde – 26 de julho de 2022 6 II. Breve revisão da literatura Atualmente, existe uma grande variedade de CIVP, conexões e acessórios para infusão intravenosa disponíveis no mercado. A despeito da relevância destes produtos em serviços de saúde, seu uso está relacionado ao risco de complicações, como infecção local e sistêmica, flebite, tromboflebite, oclusão, trombose e lesão por pressão (LPP) relacionada a dispositivo para a saúde (conforme sistema de classificação de LPP da National Pressure Ulcer Advisory Panel - NPUAP), além de infiltração, extravasamento e hematomas (9, 10). Sabe-se que cerca de 90% dos pacientes internados recebem soluções e medicamentos por via intravenosa (11). Além disso, 50% a 75 % dos pacientes que estão em uso de terapia intravenosa periférica (TIVP), procedimento terapêutico e diagnóstico que viabiliza a administração de medicamentos, fluidos e outros componentes sanguíneos e nutricionais no organismo, podem desenvolver complicações locais ou sistêmicas (9, 11). Sendo assim, o uso apropriado de CIVP é necessário para a TIVP. Além dos cuidados quanto à observância do calibre do dispositivo e material do CIVP, devem ser instituídas medidas preventivas de EA associados ao CIVP (8). No que se refere à flebite, ela pode ser classificada em: Grau 1 – presença de eritema com ou sem dor local; Grau 2 – presença de dor, com eritema e/ou edema; Grau 3 – presença de dor, com eritema e/ou edema, com endurecimento e presença de um cordão fibroso palpável; Grau 4 – presença de dor, com eritema e/ou edema, com endurecimento e presença de um cordão fibroso palpável maior que 1 polegada (2,54cm), com drenagem purulenta (9, 12). Considerando a relevância dos dados epidemiológicos, é imprescindível a adoção das medidas de prevenção de EA associados aos CIVP nos serviços de saúde.
  • 7. NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 04 /2022 Práticas seguras para a prevenção de incidentes envolvendo cateter intravenoso periférico em serviços de saúde – 26 de julho de 2022 7 III. Medidas de prevenção de eventos adversos associados aos cateteres intravenosos periféricos (CIVP) Higiene das mãos - Higienizar as mãos antes e após a inserção de CIVP e para qualquer tipo de manipulação destes dispositivos. - A higiene das mãos com foco no cuidado do paciente com CIVP deve ser feita nos 5 momentos abaixo descritos (13,14): 1. Antes de tocar o paciente; 2. Antes de realizar procedimento limpo/asséptico: imediatamente antes de realizar quaisquer tipos de manipulação do CIVP e do sistema de administração de medicamento intravenoso, tais como: a. inserir ou retirar CIVP (antes de calçar luvas não estéreis), trocar curativo, coletar sangue e antes de preparar materiais ou equipamentos relacionados a estes procedimentos; b. acessar (abrir) o sistema de administração/ infusão; e c. preparar medicamentos para infusão pelo CIVP. 3. Após risco de exposição a fluidos corporais: imediatamente após quaisquer tarefas que possam envolver uma exposição potencial a fluidos corporais, tais como: a. inserir ou remover o CIVP; e b. coletar sangue do CIVP. 4. Após tocar o paciente; 5. Após tocar superfícies próximas ao paciente. Seleção do cateter e sítio de inserção (8) - Selecionar o CIVP com base no objetivo pretendido, na duração da terapia, na viscosidade componentes do fluido e nas condições de acesso venoso. - Não usar CIVPs para infusão contínua de produtos vesicantes, para nutrição parenteral com mais de 10% de dextrose ou outros aditivos que resultem em osmolaridade final acima de 900 mOsm/L, ou para qualquer solução com osmolaridade acima de 900 mOsm/L.
  • 8. NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 04 /2022 Práticas seguras para a prevenção de incidentes envolvendo cateter intravenoso periférico em serviços de saúde – 26 de julho de 2022 8 - Para atender à necessidade da terapia intravenosa devem ser selecionados cateteres de menor calibre e comprimento de cânula. - Cateteres com menor calibre causam menos flebite mecânica (irritação da parede da veia pela cânula) e menor obstrução do fluxo sanguíneo dentro do vaso. Um bom fluxo sanguíneo, por sua vez, ajuda na distribuição dos medicamentos administrados e reduz o risco de flebite química (irritação da parede da veia por produtos químicos). - Agulha de aço só deve ser utilizada para coleta de amostra sanguínea e administração de medicamento em dose única, sem manter o dispositivo no sítio. Notas: - Pacientes com acesso vascular difícil requer avaliação cuidadosa da real necessidade de acesso venoso periférico e trabalho colaborativo entre a equipe de saúde para discutir opções apropriadas (9). - Na prática assistencial, há preferência, em adultos, de inserção do CIVP em veias dos membros superiores do antebraço, uma vez que acomodam cateteres de maior dimensão, tais como, cefálica, basílica, medianas do antebraço, cotovelo e do dorso da mão. Caso não se obtenha sucesso ao puncionar as veias supracitadas, as veias dorsais do pé e as safenas magna e parva podem ser puncionadas (9). - Para pacientes adultos: as veias de escolha para inserção do CIVP são as das superfícies dorsal e ventral dos antebraços, que podem acomodar cateteres de maior dimensão, tais como, cefálica, basílica, medianas do antebraço, cotovelo e do dorso da mão. Veias de membros inferiores não devem ser utilizadas a menos que seja absolutamente necessário, em virtude do risco de embolias e tromboflebites. - Para pacientes pediátricos: selecionar o vaso com maior probabilidade de duração de toda a terapia prescrita, considerando as veias da mão, do antebraço e braço
  • 9. NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 04 /2022 Práticas seguras para a prevenção de incidentes envolvendo cateter intravenoso periférico em serviços de saúde – 26 de julho de 2022 9 (região abaixo da axila). Evite a área antecubital. - Para crianças menores de 03 (três anos) também podem ser consideradas as veias da cabeça. - Caso a criança não caminhe, considere as veias do pé. - Considerar a preferência do paciente para a seleção do membro para inserção do CIVP, incluindo a recomendação de utilizar sítios no membro não dominante. - Evitar região de flexão, membros comprometidos por lesões como feridas abertas, infecções nas extremidades, veias já comprometidas (infiltração, flebite, necrose), áreas com infiltração ou extravasamento prévios, áreas com outros procedimentos planejados. - Remover o excesso de pelos do local de inserção, se necessário, para facilitar a aplicação de curativos/coberturas; utilizar tesoura de uso individual para aparar os pelos (não raspar a pele, pois pode aumentar o risco de infecção (embora as pesquisas sejam limitadas) (9). - Não puncionar os vasos de membros com presença de fístula arteriovenosa (FAV) funcionante. - Usar metodologia de visualização para instalação de CIVP em adultos e crianças com rede venosa difícil e/ou após tentativas de punção sem sucesso.
  • 10. NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 04 /2022 Práticas seguras para a prevenção de incidentes envolvendo cateter intravenoso periférico em serviços de saúde – 26 de julho de 2022 10 Antissepsia da pele (8) - Realizar fricção da pele com solução a base de álcool (gliconato de clorexidina a 0,5%, iodopovidona – PVP-I alcoólico 10% ou álcool a 70%). - O tempo de aplicação da clorexidina é de 30 segundos, enquanto o do PVPI é de 1,5 a 2,0 minutos. A aplicação da clorexidina deve ser realizada por meio de movimentos de vai e vem e do PVPI com movimentos circulares (dentro para fora). - A antissepsia da pele com gaze e álcool a 70% deve ser realizada em movimento espiral centrífugo, por três vezes. - Aguardar a secagem espontânea do antisséptico antes de proceder à punção. - Evitar tocar no local da punção após a antissepsia. Não voltar a tocar o local da punção. Notas: - No caso de sujidade visível no local selecionado para punção, removê-la com água e sabão ou com clorexidina degermante a 2% antes da aplicação do antisséptico a base de álcool. - Um novo CIVP deve ser utilizado a cada tentativa de punção no mesmo paciente. - Limitar no máximo a duas tentativas de punção periférica por profissional e, no máximo, quatro no total. Múltiplas tentativas de punções causam dor, atrasam o início do tratamento, comprometem o vaso, aumentam custos e os riscos de complicações.
  • 11. NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 04 /2022 Práticas seguras para a prevenção de incidentes envolvendo cateter intravenoso periférico em serviços de saúde – 26 de julho de 2022 11 Estabilização (8) - Para estabilização, deve ser utilizado CIVP com mecanismo de estabilização integrado, combinado com um curativo de poliuretano com bordas reforçadas ou CIVP tradicional, combinado a dispositivo adesivo específico para estabilização. Notas: - O uso de dispositivos de imobilização física (ou restrições) para proteger os locais de punção não deve ser implementado rotineiramente e deve ser evitado sempre que possível (9). - Empregar técnica asséptica para estabilização. - Não utilizar suturas para estabilizar CIVP. - Não utilizar fitas adesivas não estéreis (esparadrapo comum e fitas do tipo microporosa não estéreis, como micropore) para estabilização ou coberturas de cateteres. Coberturas (8) - Utilizar cobertura para CIVP estéril, semioclusiva (gaze e fita adesiva estéril) ou membrana transparente semipermeável. - Realizar a identificação do curativo do CIVP com a data, hora, calibre do cateter e nome do profissional responsável pela inserção. - Utilizar gaze e fita adesiva estéril apenas quando a previsão de acesso for menor que 48h. Caso a necessidade de manter o cateter seja maior que 48h não utilizar gaze para cobertura devido ao risco de perda do acesso durante sua troca. - Proteger o sítio de inserção e conexões com plástico durante o banho.
  • 12. NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 04 /2022 Práticas seguras para a prevenção de incidentes envolvendo cateter intravenoso periférico em serviços de saúde – 26 de julho de 2022 12 Nota: A cobertura deve ser trocada imediatamente se houver suspeita de contaminação e sempre quando úmida, solta, suja ou com a integridade comprometida. Manter técnica asséptica durante a troca. Flushing e manutenção do cateter periférico (8) - Realizar flushing e aspiração para verificar o retorno de sangue antes de cada infusão. - Realizar flushing antes de cada administração para prevenir a mistura de medicamentos incompatíveis. - Utilizar frascos de dose única ou seringas preenchidas comercialmente disponíveis para a prática de flushing e lock do cateter. - Realizar flushing e lock de cateteres periféricos imediatamente após cada uso. - O profissional deve promover a desinfecção na conexão de duas vias tipo y, injetor lateral e oclusores com álcool a 70% ou clorexidina solução alcoólica a 0,5%, antes de administrar o medicamento por meio do cateter. Notas: - Realizar a desinfecção da superfície dos conectores antes do flushing e lock do CIVP. - Não utilizar soluções em grandes volumes (como, por exemplo, bags (bolsas) e frascos de soro) como fonte para obtenção de soluções para flushing. - Utilizar solução de cloreto de sódio 0,9% isenta de conservantes para flushing e lock dos CIVPs. - Não utilizar água estéril para realização do flushing e lock dos CIVPs. - Usar volume mínimo equivalente a duas vezes o lúmen interno do cateter mais a extensão para flushing. Ainda, considerar na escolha do volume, o tipo e tamanho do CIVP, idade do paciente, restrição hídrica e tipo de terapia infusional. Infusões de hemocomponentes e hemoderivados, nutrição parenteral, contrastes e outras soluções viscosas podem requerer volumes maiores.
  • 13. NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 04 /2022 Práticas seguras para a prevenção de incidentes envolvendo cateter intravenoso periférico em serviços de saúde – 26 de julho de 2022 13 - Avaliar a permeabilidade e funcionalidade do CIVP utilizando seringas de 10 ml para gerar baixa pressão no lúmen do cateter e registrar qualquer tipo de resistência. - Não forçar o flushing utilizando qualquer tamanho de seringa. Em caso de resistência, avaliar possíveis fatores (como, por exemplo, clamps fechados ou extensores e linhas de infusão dobrados). - Utilizar técnica da pressão positiva para minimizar o retorno de sangue para o lúmen do CIVP. - O refluxo de sangue que ocorre durante a desconexão da seringa é reduzido com a sequência: flushing, fechar o clamp e desconectar a seringa. Solicitar orientações do fabricante, de acordo com o tipo de conector valvulado utilizado. Cuidados com o sítio de inserção (8) - Avaliar o sítio de inserção do CIVP e áreas adjacentes quanto à presença de rubor, calor, edema, dor e drenagem de secreções por inspeção visual e palpação sobre o curativo intacto e valorizar as queixas do paciente em relação a qualquer sinal de desconforto, como dor e parestesia. Considerar outros sinais como sangramento, hematoma, lesões bolhosas ou abrasivas associadas às coberturas utilizadas. A frequência ideal de avaliação do sítio de inserção é a cada quatro horas ou conforme a criticidade do paciente. - Pacientes de qualquer idade em terapia intensiva, sedados ou com déficit cognitivo: avaliar a cada 1 – 2 horas. - Pacientes pediátricos: avaliar no mínimo duas vezes por turno. - Pacientes em unidades de internação: avaliar uma vez por turno. - Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto aos cuidados na manutenção do cateter e sinais de alerta.
  • 14. NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 04 /2022 Práticas seguras para a prevenção de incidentes envolvendo cateter intravenoso periférico em serviços de saúde – 26 de julho de 2022 14 Remoção do cateter (8) - Avaliar diariamente a necessidade de permanência do cateter. - Remover o CIVP tão logo não haja medicamentos intravenosos prescritos e caso o mesmo não tenha sido utilizado nas últimas 24 horas. - Trocar o CIVP instalado em situação de emergência (com comprometimento da técnica asséptica) tão logo quanto possível. - Remover o CIVP na suspeita de contaminação, complicações ou mau funcionamento. Notas: - O CIVP não deve ser trocado em um período inferior a 96 h. A decisão de estender a frequência de troca para prazos superiores ou quando clinicamente indicado dependerá: da avaliação rotineira e frequente das condições do paciente, sítio de inserção, integridade da pele e do vaso, duração e tipo de terapia prescrita, local de atendimento, integridade e permeabilidade do dispositivo, integridade da cobertura estéril e estabilização estéril. - Para pacientes neonatais e pediátricos, não trocar o CIVP rotineiramente. Porém, é imprescindível que os serviços garantam as boas práticas, tais como: avaliação rotineira e frequente das condições do paciente, sítio de inserção, integridade da pele e do vaso, duração e tipo de terapia prescrita, local de atendimento, integridade e permeabilidade do dispositivo, integridade da cobertura estéril e estabilização estéril.
  • 15. NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 04 /2022 Práticas seguras para a prevenção de incidentes envolvendo cateter intravenoso periférico em serviços de saúde – 26 de julho de 2022 15 IV. Recomendações Aos gestores/administradores dos serviços de saúde: 1. Cumprir a legislação/normativa vigente quanto às ações para a segurança do paciente (1, 2), instituindo o NSP e apoiando suas ações. 2. Cumprir a legislação vigente quanto às ações de prevenção e controle das IRAS (14), instituindo a CCIH e apoiando suas ações. 3. Fortalecer a política institucional de segurança do paciente, sendo que a alta gestão do serviço de saúde deve prover meios técnicos, financeiros, administrativos, recursos humanos e materiais (gestão de estoque de produtos) para a prevenção de EA associados a CIVP em serviços de saúde. 4. Engajar os profissionais de saúde nas atividades/estratégias de melhoria da qualidade voltadas para a promoção da segurança do paciente e a excelência na TIVP. Os programas de melhoria da qualidade devem incluir vigilância, monitoramento contínuo, análise das notificações de eventos adversos infecciosos e não infecciosos; práticas de prevenção de infecções; morbidade e taxas de mortalidade associadas a infecção; e indicadores de qualidade do paciente relacionados à infusão e aos EA associados a TIVP. Comparar os resultados obtidos com as bases de dados nacionais. 5. Apoiar a implementação de mudanças nas estruturas ou processos baseadas em dados. 6. Apoiar a promoção de uma cultura de segurança transparente e não punitiva na instituição, estimulando a notificação de EA associados a CIVP, além de óbitos resultantes destes eventos, bem como incentivando a aprendizagem a partir da análise das falhas e instituindo medidas de prevenção destes eventos em serviços de saúde. 7. Assegurar atividades de capacitação dos profissionais no tema para melhorar a qualidade da assistência prestada, em todos os níveis de atenção à saúde. 8. Priorizar a escolha de CIVPs desenvolvidos com dispositivos que previnam conexões incorretas e contribuam para a segurança do paciente.
  • 16. NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 04 /2022 Práticas seguras para a prevenção de incidentes envolvendo cateter intravenoso periférico em serviços de saúde – 26 de julho de 2022 16 9. Envolver o paciente e sua família nos cuidados diários para prevenção destes incidentes em serviços de saúde. Aos profissionais que atuam no NSP, na CCIH e Comissão de Terapia Intravenosa e Cateteres: 1. Implantar Protocolos de Prevenção de EA associados a CIVP nas unidades da instituição. 2. Organizar e apoiar a capacitação dos profissionais da assistência nestes Protocolos. 3. Disponibilizar formulários (impressos ou eletrônicos) para preenchimento de dados de indicadores (flebite). 4. CCIH: Orientar medidas gerais de prevenção de infecção e apoiar as atividades de capacitação. 5. NSP: Notificar os casos de EA associados a CIVP no Notivisa – módulo assistência à saúde, em: https://www8.anvisa.gov.br/notivisa/frmLogin.asp. 6. NSP: no caso de óbitos relacionados à EA associados a CIVP, notificar ao SNVS no prazo de 72 horas e proceder à investigação dentro do prazo de 60 dias. Concluir o processo de notificação do EA, preenchendo as etapas de 5 a 10 do módulo assistência à saúde do sistema Notivisa, utilizando as informações obtidas no processo de investigação, anexando o Plano de Ação para melhoria e prevenção da recorrência do evento na instituição. 7. Divulgar os resultados do monitoramento dos incidentes relacionados à CIVP e investigação destes eventos para a alta direção e equipes.
  • 17. NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 04 /2022 Práticas seguras para a prevenção de incidentes envolvendo cateter intravenoso periférico em serviços de saúde – 26 de julho de 2022 17 Aos profissionais que atuam na assistência à saúde: Além da adoção às principais medidas de prevenção de EA associado a CIVP descritas no item IV deste documento, os profissionais que atuam na assistência à saúde devem: 1. Selecionar dispositivo antes da punção, de acordo com a avaliação do paciente e propriedades do fármaco que será infundido (como no caso de medicamentos irritantes e vesicantes). 2. Identificar todos os cateteres ligados ao paciente para garantir o manuseio seguro. 3. Identificar precocemente quaisquer fatores contribuintes ao EA, adotando as medidas preventivas. 4. Seguir protocolo institucional, adotando as medidas de prevenção de EA associado a CIVP. 5. Participar das atualizações dos procotolos na prevenção de EA associados ao CIVP junto ao NSP, CCIH e Comissão de Terapia Intravenosa e Cateteres. 6. Avaliar pelo menos a cada 4 horas (e a cada 1 a 2 horas em pacientes graves/sedados ou com déficits cognitivos; a cada uma hora em pacientes neonatais/pediátricos; e mais frequentemente em pacientes que recebem infusões de medicamentos vesicantes) o local de inserção do CIVP e região adjacente diariamente, quanto à presença de sinais flogísticos (edema, rubor, sangramento, secreção, dor, calor, endurecimento e drenagem de secreção) e outras complicações como hematoma, equimose, lesões bolhosas e abrasivas associadas às coberturas e estabilizações do CIVP (9). 7. Remover cateteres, na presença de quaisquer complicações, e quando prescrito. 8. Trocar o local de inserção do dispositivo intravenoso, de acordo com as normas da instituição. 9. Realizar a desinfecção das conexões de CIVP utilizando álcool a 70% e gaze, por três vezes com movimentos circulares, antes de desconectar os sistemas. 10. Proteger o acesso venoso periférico durante o banho. 11. Registrar diariamente os achados do local de inserção do CIVP e região adjacente no prontuário.
  • 18. NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 04 /2022 Práticas seguras para a prevenção de incidentes envolvendo cateter intravenoso periférico em serviços de saúde – 26 de julho de 2022 18 12. Realizar a notificação interna de incidentes, incluindo eventos adversos associados a CIVP. 13. Seguir as recomendações do fabricante quanto ao uso dos CIVPs. Às Secretarias de Saúde Municipais, Estaduais e DF – CECIH e NSP VISA (estaduais/DF/municipais): 1. Reforçar as ações de vigilância, monitoramento, prevenção e mitigação de EA associados a CIVP, apoiando as equipes dos NSP VISA e CECIH, conforme previsto, respectivamente, no Plano Integrado para a Gestão Sanitária da Segurança do Paciente (4) e Programa nacional de prevenção e controle de infecções relacionadas à assistência à saúde (PNPCIRAS) (15). 2. Apoiar a ação de análise, acompanhamento e investigação de EA associado a CIVP pelas VISAS distrital, estadual e municipal. 3. Divulgar os resultados do monitoramento de EA associados a CIVP, estimulando a notificação e adoção de outros mecanismos de captação de informação pelos serviços de saúde. 4. Apoiar o processo de capacitação para prevenção de EA associados a CIVP em serviços de saúde. 5. Estimular, promover e monitorar a avaliação anual das práticas de segurança do paciente em serviços de saúde com UTI. 6. Apoiar a o fortalecimento da cultura de segurança nos serviços de saúde.
  • 19. NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 04 /2022 Práticas seguras para a prevenção de incidentes envolvendo cateter intravenoso periférico em serviços de saúde – 26 de julho de 2022 19 V. Indicadores Indicadores a serem monitorados pelos serviços de saúde: a) Incidência de perda do acesso vascular periférico Nº de casos de perda de cateter periférico no período / Nº de pacientes com cateter intravenoso periférico/dia x 100 b) Avaliação para o risco de flebite Nº de pacientes com avaliação para risco de flebite documentado / Nº de pacientes que receberam inserção de cateter intravenoso periférico/dia X 100 c) Incidência de flebite Incidência de Flebite = Nº de casos de Flebite no período / Nº de pacientes com acesso venoso/dia x 100
  • 20. NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 04 /2022 Práticas seguras para a prevenção de incidentes envolvendo cateter intravenoso periférico em serviços de saúde – 26 de julho de 2022 20 Referências 1. Brasil. Portaria nº 529, de 1º de abril de 2013. Institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). Diário Oficial da União, 2 abr 2013. 2. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada - RDC n° 36 de 25 de julho de 2013 que institui ações para a segurança do paciente em serviços de saúde e dá outras providências. Diário Oficial da União 2013;26 jul. 3. Sistema Nacional de Informações em Vigilância Sanitária – Notivisa. Módulo Assistência à Saúde [Internet]. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/notificacoes . Brasil. Ministério da Saúde. Portaria 2.616 de 12 de maio de 1998. Brasília: Diário Oficial da União,13 de maio de 1998. Seção 1, p. 133. 4. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Plano Integrado para a Gestão Sanitária da Segurança do Paciente em Serviços de Saúde. Gerência Geral de Tecnologia em Serviços de Saúde - GGTES. Brasília:ANVISA; 2021. 5. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Nota Técnica n° 05/2019. Orientações gerais para a notificação de eventos adversos relacionados à assistência à saúde. Brasília:ANVISA; 2019. 6. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Boletim Incidentes relacionados à assistência à saúde. Resultados das notificações realizadas no Notivisa – módulo Assistência à Saúde - Brasil, junho de 2021 a maio de 2022. Brasília: ANVISA, 2022. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt- br/centraisdeconteudo/publicacoes/servicosdesaude/relatorios-de-notificacao-dos- estados/eventos-adversos/brasil/view. 7. Shekelle PG, et al. Making Health Care Safer II: An Updated Critical Analysis of the Evidence for Patient Safety Practices. Comparative Effectiveness Review No. 211. (Prepared by the Southern California-RAND Evidence-based Practice Center under Contract No. 290-2007-10062- I.) AHRQ Publication No. 13-E001-EF. Rockville, MD: Agency for Healthcare Research 44 and Quality. March 2013.
  • 21. NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 04 /2022 Práticas seguras para a prevenção de incidentes envolvendo cateter intravenoso periférico em serviços de saúde – 26 de julho de 2022 21 8. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde. Capítulo 3 – Medidas de Prevenção de Infecção da Corrente Sanguínea. Brasília: Anvisa, 2017. 9. Infusion Nurses Society. Infusion Therapy Standards of Practice. J Infus Nurs. 2016; 39(1S). 10. European pressure Ulcer advisory panel; National pressure ulcer advisory panel and Pan Pacific Pressure injury alliance. Prevention and treatment of pressure ulcers/Injuries: Clinical Practice Guideline. The International Guideline. Emily Haesler (Ed.). EPUAP/NPIAP/PPPIA; 2019. 11. Danski MTR, Oliveira GLR, Johann DA, Pedrolo E, Vayego SA. Incidência de complicações locais no cateterismo venoso periférico e fatores de risco associados. Acta paul enferm. 2015 [cited 2021 Dec 11];28(6):517-23. Available from: http://www.scielo.br/pdf/ape/v28n6/en_1982-0194-ape-28-06-0517.pdf. 12. Royal College of Nursing (UK). Standards for infusion therapy. 3rd ed. London; 2010 [cited 2022 Jan 20]. Available from: http://www.bbraun.it/documents/ RCN- Guidlines-for-IV-therapy.pdf. 13. World Health Organization. The WHO Guidelines on Hand Hygiene in Health Care. First Global Patient Safety Challenge Clean Care Is Safer Care. Geneva: WHO Press, 2009. 262p. 14. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC n°. 42, de 25 de outubro de 2010. Dispõe sobre a obrigatoriedade de disponibilização de preparação alcoólica para fricção antisséptica das mãos, pelos serviços de saúde do país e dá outras providências. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 26 out. 2010. 15.Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Programa Nacional de Prevenção e Controle de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (PNPCIRAS). Disponível em https://www.gov.br/anvisa/pt- br/centraisdeconteudo/publicacoes/servicosdesaude/publicacoes/publicacoes/pnp ciras-2016-2020.pdf/view. Acesso em: 5 jan. 2022. 16. Araújo LM, Rocha FC, Araújo GSMM, Medeiros WR, Pennafort VPS, Mendonça AEO. Avaliação e melhoria da qualidade na prevenção de flebite em pacientes com cateter intravenoso periférico.2021[cited 2022 Jul 17]; 10(1):24-33. Available from:
  • 22. NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 04 /2022 Práticas seguras para a prevenção de incidentes envolvendo cateter intravenoso periférico em serviços de saúde – 26 de julho de 2022 22 https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/renome/article/view/3495/4005 17. Salgueiro-Oliveira AS, Bastos ML, Braga LM, Arreguy-sena C, Melo MN, Parreira PMSD. Práticas de enfermagem no cateterismo venoso periférico: a flebite e a segurança do paciente doente. Texto Contexto Enferm [Internet]. 2019 [cited 2022 17 Jul]; 28:e20180109. Available from: http://dx.doi.org/10.1590/1980-265X- TCE-2018-0109 18. Braga LM, Parreira PM, Oliveira ASS, Mónico LSM, Arreguy-Sena C, Henriques MA. Phlebitis and infiltration: vascular trauma associated with the peripheral venous catheter. Rev Latino-Am Enfermagem. [Internet]. 2018 [cited 2018 Jul 19]; 26:(e3002). Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104- 11692018000100318&lng=en.