O documento discute o movimento sanitarista em Leopoldina, Minas Gerais entre 1895-1930. O sanitarismo se espalhou pelo Brasil no início do século XX para promover a saúde pública e tornar a população mais produtiva. Em Leopoldina, os esforços sanitaristas aumentaram após 1918 com a criação de um posto de profilaxia rural sob a liderança do médico Irineu Lisbôa. O trabalho identifica fontes preliminares para investigar mais a fundo o impacto do sanitarismo na cidade mineira.
O documento apresenta estatísticas populacionais globais, com a Ásia concentrando 60% da população mundial, sendo a China e Índia os países mais populosos. Também discute conceitos demográficos como população absoluta e densidade demográfica, além de teorias como as de Malthus e a transição demográfica.
Este documento discute a teoria do crescimento populacional de Thomas Malthus. Apresenta os modelos de crescimento exponencial e logístico e descreve a biografia e teoria de Malthus, que argumentou que a população tende a crescer geometricamente enquanto os meios de subsistência crescem aritmeticamente, levando à fome e miséria se não houver freios à taxa de natalidade. Também analisa críticas recebidas pela teoria malthusiana.
O documento discute a teoria do crescimento populacional de Malthus. Apresenta dois modelos de crescimento populacional: exponencial e sinusoidal. Explora a biografia e teoria de Malthus, que argumentou que o crescimento populacional excederia os recursos disponíveis a menos que fosse controlado. A teoria recebeu críticas por ser pessimista e não considerar avanços tecnológicos.
O documento discute características e crescimento da população mundial, incluindo densidade demográfica, estatísticas gerais, envelhecimento populacional, taxas demográficas, teorias de Malthus, neomalthusianismo e marxismo sobre população.
O documento discute características e crescimento da população mundial, incluindo densidade demográfica, estatísticas gerais, envelhecimento populacional, taxas demográficas, teorias de Malthus, neomalthusianismo e marxismo sobre população.
O documento discute a antropologia econômica, que analisa as mudanças culturais e seu impacto nas instituições econômicas usando ferramentas da economia e antropologia. Também aborda conceitos econômicos como produção, distribuição e consumo de bens, bem como diferenças históricas na renda entre brancos e negros no Brasil.
O documento discute a antropologia econômica, que analisa as mudanças culturais e seu impacto nas instituições econômicas usando ferramentas da economia e antropologia. Também aborda conceitos econômicos como produção, distribuição e consumo de bens, bem como diferenças históricas na renda entre brancos e negros no Brasil.
I. O documento apresenta um exercício de fixação de história sobre o trabalho infantil, o Círio de Nazaré e a globalização. II. Inclui questões sobre esses temas com alternativas de respostas. III. A última questão trata de um texto sobre reformas políticas em Atenas.
O documento apresenta estatísticas populacionais globais, com a Ásia concentrando 60% da população mundial, sendo a China e Índia os países mais populosos. Também discute conceitos demográficos como população absoluta e densidade demográfica, além de teorias como as de Malthus e a transição demográfica.
Este documento discute a teoria do crescimento populacional de Thomas Malthus. Apresenta os modelos de crescimento exponencial e logístico e descreve a biografia e teoria de Malthus, que argumentou que a população tende a crescer geometricamente enquanto os meios de subsistência crescem aritmeticamente, levando à fome e miséria se não houver freios à taxa de natalidade. Também analisa críticas recebidas pela teoria malthusiana.
O documento discute a teoria do crescimento populacional de Malthus. Apresenta dois modelos de crescimento populacional: exponencial e sinusoidal. Explora a biografia e teoria de Malthus, que argumentou que o crescimento populacional excederia os recursos disponíveis a menos que fosse controlado. A teoria recebeu críticas por ser pessimista e não considerar avanços tecnológicos.
O documento discute características e crescimento da população mundial, incluindo densidade demográfica, estatísticas gerais, envelhecimento populacional, taxas demográficas, teorias de Malthus, neomalthusianismo e marxismo sobre população.
O documento discute características e crescimento da população mundial, incluindo densidade demográfica, estatísticas gerais, envelhecimento populacional, taxas demográficas, teorias de Malthus, neomalthusianismo e marxismo sobre população.
O documento discute a antropologia econômica, que analisa as mudanças culturais e seu impacto nas instituições econômicas usando ferramentas da economia e antropologia. Também aborda conceitos econômicos como produção, distribuição e consumo de bens, bem como diferenças históricas na renda entre brancos e negros no Brasil.
O documento discute a antropologia econômica, que analisa as mudanças culturais e seu impacto nas instituições econômicas usando ferramentas da economia e antropologia. Também aborda conceitos econômicos como produção, distribuição e consumo de bens, bem como diferenças históricas na renda entre brancos e negros no Brasil.
I. O documento apresenta um exercício de fixação de história sobre o trabalho infantil, o Círio de Nazaré e a globalização. II. Inclui questões sobre esses temas com alternativas de respostas. III. A última questão trata de um texto sobre reformas políticas em Atenas.
A teoria malthusiana prevê que a população cresce geometricamente enquanto a produção de alimentos aumenta aritmeticamente, levando a fome. Malthus propôs abstinência sexual e casamento tardio para controlar a população. Sua teoria recebeu críticas por ser muito pessimista e defender reduzir a natalidade dos pobres.
Geografia Humana - 8. RESUMO -ELZA BERQUÓ. “Evolução Demográfica” (Capitulo ...Jessica Amaral
O documento discute a transição demográfica brasileira, incluindo a queda das taxas de natalidade e mortalidade ao longo do século 20. Também analisa as mudanças na estrutura etária da população, com o envelhecimento da população e redução do tamanho das famílias. Por fim, discute a mobilidade espacial da população e a miscigenação no Brasil.
Geografia Humana - 6. DAMIANI, Amélia. População e Geografia. Resumo do livroJessica Amaral
O documento discute as teorias de Malthus e Marx sobre população e superpopulação. Apresenta dados sobre natalidade, mortalidade e migração no Brasil e no mundo. Também aborda como a demografia auxilia na análise geográfica da população e fatores que influenciam a distribuição populacional.
OS QUATRO CAVALEIROS DO APOCALIPSE PRESENTES NO BRASIL: A PESTE, A MORTE, A G...Fernando Alcoforado
1) O documento discute como a pandemia de COVID-19 e o governo Bolsonaro no Brasil representam os quatro cavaleiros do apocalipse - Peste, Morte, Guerra e Fome. 2) A pandemia e Bolsonaro são vistos como a "Peste". 3) A morte crescente da população pela COVID-19 e fome são associadas à "Morte". 4) A possibilidade de guerra civil no Brasil é associada à "Guerra". 5) A fome resultante da crise econômica é associada à "Fome".
1) O documento apresenta um resumo sobre demografia, a ciência da população. 2) Aborda a evolução histórica do pensamento sobre população desde a Grécia Antiga até ao século XVIII, quando a demografia emergiu como ciência. 3) Destaca pensadores como Malthus, que influenciaram o desenvolvimento da demografia como estudo científico da população.
www.CentroApoio.com - Geografia - Teorias Demográficas - Vídeo Aulas
Veja o vídeo referente a esse material em nosso site : www.CentroApoio.com
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O documento discute teorias demográficas como o malthusianismo e neomalthusianismo. Apresenta as ideias de Malthus sobre o equilíbrio entre crescimento populacional e produção de alimentos e sua diferença com Marx. Também discute como o neomalthusianismo questiona a pobreza generalizada e defende campanhas de antinatalidade, e como a teoria reformista liga população numerosa ao subdesenvolvimento.
1) O documento discute as teorias de Malthus, Neomalthus e Marx sobre população.
2) Malthus acreditava que a população cresce geometricamente enquanto os alimentos crescem aritmeticamente, levando à miséria.
3) Neomalthus defendia o controle populacional nos países pobres, enquanto Marx via a superpopulação como resultado da acumulação capitalista e não da falta de recursos.
O documento discute o debate sobre a relação entre população e disponibilidade de alimentos, revisitando as ideias de Thomas Malthus. Apresenta diferentes perspectivas sobre o tema ao longo da história, desde pensadores antigos como Han Fei-Tzu até autores contemporâneos. Conclui que embora Malthus tenha errado em suas previsões, ele acertou ao apontar os limites dos ecossistemas para continuar fornecendo recursos à população humana crescente.
O documento discute as teorias demográficas de Malthus, Neomalthus e os reformistas. A teoria de Malthus previa que a população cresceria geometricamente enquanto a produção de alimentos aumentaria aritmeticamente, levando à fome. Embora suas previsões não se concretizaram, a teoria Neomalthus defendia controle populacional. Já os reformistas acreditavam que a miséria, não a população em si, era a causa do crescimento populacional rápido e defendiam reformas socioeconômic
O documento discute a teoria populacional de Thomas Malthus, que previu que o crescimento populacional superaria a capacidade de produção de alimentos, levando a uma catástrofe global. Embora algumas catástrofes tenham ocorrido localmente, como na Irlanda do século 19, as previsões extremas de Malthus não se concretizaram globalmente graças aos avanços tecnológicos, ao controle de natalidade e ao desenvolvimento econômico. No entanto, a teoria ainda causa preocupação em alguns países subdesenvolvid
Aula 2010 05 Mar Crescimento Populacional Capitalismomauricio aquino
O documento discute a evolução das sociedades humanas e seus impactos no meio ambiente e na saúde. Aborda temas como crescimento populacional, urbanização, revolução industrial, desigualdades sociais e conceitos de desenvolvimento sustentável.
O documento descreve a Revolta da Vacina ocorrida no Rio de Janeiro em 1904. A vacina contra a varíola era obrigatória no Brasil desde 1837, mas sua aplicação não era universal. Em 1904, um surto de varíola levou o governo a tornar a vacinação compulsória, gerando protestos populares que se transformaram em revolta devido à repressão policial. A revolta durou cerca de duas semanas e deixou dezenas de mortos.
O documento discute teorias demográficas como o malthusianismo e neomalthusianismo. Apresenta as ideias de Malthus sobre o equilíbrio entre crescimento populacional e produção de alimentos e sua diferença com Marx. Também discute como o neomalthusianismo questiona a pobreza generalizada e defende campanhas de antinatalidade, e como a teoria reformista vê a população numerosa como fator de subdesenvolvimento.
O documento discute as teorias demográficas de Malthus, Neomalthus e Reformista. A teoria de Malthus previa que a população cresceria mais rápido que a produção de alimentos, levando a fome. Embora errada, influenciou as teorias posteriores. A teoria Neomalthus defende o controle populacional. A teoria Reformista enfatiza fatores socioeconômicos e a tendência natural de queda na taxa de natalidade.
O futebol surgiu no Brasil no final do século XIX e era praticado inicialmente por jovens de nível social elevado. Apenas sócios de clubes podiam jogar de forma amadora e sem custos. O primeiro clube a aceitar jogadores negros e mulatos foi o Bangu Athletic Club no Rio de Janeiro em 1904.
O documento resume o pensamento do historiador José Mattoso sobre a escrita da história. Mattoso não se alinha totalmente aos modernos ou pós-modernos e defende uma abordagem contemplativa que busca relacionar partes e todo na interpretação do passado. Ele também enfatiza a importância da interdisciplinaridade e do uso de diversas fontes para compreender a complexidade da existência humana no tempo.
O documento define termos-chave como dados, informações, conhecimento e sistema de informação. Também discute desafios de desenvolver um sistema de informação gerencial eficiente, como localizar informações de forma rápida. Aponta que pesquisas podem não confirmar resultados reais devido a falhas nos questionários, amostras ou análise. Empresas devem usar pesquisas como ferramenta para tomadas de decisão, reconhecendo problemas e oportunidades.
O documento apresenta 12 questões sobre diversos temas históricos, como a Atenas Antiga, as Cruzadas, Joana D'Arc, as catedrais no Renascimento, a Reforma Protestante, o Quilombo dos Palmares, Minas Gerais colonial, a identidade cultural dos escravos, a invasão holandesa no Brasil, a colonização portuguesa e o tráfico de escravos. As questões abordam aspectos políticos, econômicos, sociais e culturais desses diferentes períodos e contextos.
A teoria malthusiana prevê que a população cresce geometricamente enquanto a produção de alimentos aumenta aritmeticamente, levando a fome. Malthus propôs abstinência sexual e casamento tardio para controlar a população. Sua teoria recebeu críticas por ser muito pessimista e defender reduzir a natalidade dos pobres.
Geografia Humana - 8. RESUMO -ELZA BERQUÓ. “Evolução Demográfica” (Capitulo ...Jessica Amaral
O documento discute a transição demográfica brasileira, incluindo a queda das taxas de natalidade e mortalidade ao longo do século 20. Também analisa as mudanças na estrutura etária da população, com o envelhecimento da população e redução do tamanho das famílias. Por fim, discute a mobilidade espacial da população e a miscigenação no Brasil.
Geografia Humana - 6. DAMIANI, Amélia. População e Geografia. Resumo do livroJessica Amaral
O documento discute as teorias de Malthus e Marx sobre população e superpopulação. Apresenta dados sobre natalidade, mortalidade e migração no Brasil e no mundo. Também aborda como a demografia auxilia na análise geográfica da população e fatores que influenciam a distribuição populacional.
OS QUATRO CAVALEIROS DO APOCALIPSE PRESENTES NO BRASIL: A PESTE, A MORTE, A G...Fernando Alcoforado
1) O documento discute como a pandemia de COVID-19 e o governo Bolsonaro no Brasil representam os quatro cavaleiros do apocalipse - Peste, Morte, Guerra e Fome. 2) A pandemia e Bolsonaro são vistos como a "Peste". 3) A morte crescente da população pela COVID-19 e fome são associadas à "Morte". 4) A possibilidade de guerra civil no Brasil é associada à "Guerra". 5) A fome resultante da crise econômica é associada à "Fome".
1) O documento apresenta um resumo sobre demografia, a ciência da população. 2) Aborda a evolução histórica do pensamento sobre população desde a Grécia Antiga até ao século XVIII, quando a demografia emergiu como ciência. 3) Destaca pensadores como Malthus, que influenciaram o desenvolvimento da demografia como estudo científico da população.
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O documento discute teorias demográficas como o malthusianismo e neomalthusianismo. Apresenta as ideias de Malthus sobre o equilíbrio entre crescimento populacional e produção de alimentos e sua diferença com Marx. Também discute como o neomalthusianismo questiona a pobreza generalizada e defende campanhas de antinatalidade, e como a teoria reformista liga população numerosa ao subdesenvolvimento.
1) O documento discute as teorias de Malthus, Neomalthus e Marx sobre população.
2) Malthus acreditava que a população cresce geometricamente enquanto os alimentos crescem aritmeticamente, levando à miséria.
3) Neomalthus defendia o controle populacional nos países pobres, enquanto Marx via a superpopulação como resultado da acumulação capitalista e não da falta de recursos.
O documento discute o debate sobre a relação entre população e disponibilidade de alimentos, revisitando as ideias de Thomas Malthus. Apresenta diferentes perspectivas sobre o tema ao longo da história, desde pensadores antigos como Han Fei-Tzu até autores contemporâneos. Conclui que embora Malthus tenha errado em suas previsões, ele acertou ao apontar os limites dos ecossistemas para continuar fornecendo recursos à população humana crescente.
O documento discute as teorias demográficas de Malthus, Neomalthus e os reformistas. A teoria de Malthus previa que a população cresceria geometricamente enquanto a produção de alimentos aumentaria aritmeticamente, levando à fome. Embora suas previsões não se concretizaram, a teoria Neomalthus defendia controle populacional. Já os reformistas acreditavam que a miséria, não a população em si, era a causa do crescimento populacional rápido e defendiam reformas socioeconômic
O documento discute a teoria populacional de Thomas Malthus, que previu que o crescimento populacional superaria a capacidade de produção de alimentos, levando a uma catástrofe global. Embora algumas catástrofes tenham ocorrido localmente, como na Irlanda do século 19, as previsões extremas de Malthus não se concretizaram globalmente graças aos avanços tecnológicos, ao controle de natalidade e ao desenvolvimento econômico. No entanto, a teoria ainda causa preocupação em alguns países subdesenvolvid
Aula 2010 05 Mar Crescimento Populacional Capitalismomauricio aquino
O documento discute a evolução das sociedades humanas e seus impactos no meio ambiente e na saúde. Aborda temas como crescimento populacional, urbanização, revolução industrial, desigualdades sociais e conceitos de desenvolvimento sustentável.
O documento descreve a Revolta da Vacina ocorrida no Rio de Janeiro em 1904. A vacina contra a varíola era obrigatória no Brasil desde 1837, mas sua aplicação não era universal. Em 1904, um surto de varíola levou o governo a tornar a vacinação compulsória, gerando protestos populares que se transformaram em revolta devido à repressão policial. A revolta durou cerca de duas semanas e deixou dezenas de mortos.
O documento discute teorias demográficas como o malthusianismo e neomalthusianismo. Apresenta as ideias de Malthus sobre o equilíbrio entre crescimento populacional e produção de alimentos e sua diferença com Marx. Também discute como o neomalthusianismo questiona a pobreza generalizada e defende campanhas de antinatalidade, e como a teoria reformista vê a população numerosa como fator de subdesenvolvimento.
O documento discute as teorias demográficas de Malthus, Neomalthus e Reformista. A teoria de Malthus previa que a população cresceria mais rápido que a produção de alimentos, levando a fome. Embora errada, influenciou as teorias posteriores. A teoria Neomalthus defende o controle populacional. A teoria Reformista enfatiza fatores socioeconômicos e a tendência natural de queda na taxa de natalidade.
O futebol surgiu no Brasil no final do século XIX e era praticado inicialmente por jovens de nível social elevado. Apenas sócios de clubes podiam jogar de forma amadora e sem custos. O primeiro clube a aceitar jogadores negros e mulatos foi o Bangu Athletic Club no Rio de Janeiro em 1904.
O documento resume o pensamento do historiador José Mattoso sobre a escrita da história. Mattoso não se alinha totalmente aos modernos ou pós-modernos e defende uma abordagem contemplativa que busca relacionar partes e todo na interpretação do passado. Ele também enfatiza a importância da interdisciplinaridade e do uso de diversas fontes para compreender a complexidade da existência humana no tempo.
O documento define termos-chave como dados, informações, conhecimento e sistema de informação. Também discute desafios de desenvolver um sistema de informação gerencial eficiente, como localizar informações de forma rápida. Aponta que pesquisas podem não confirmar resultados reais devido a falhas nos questionários, amostras ou análise. Empresas devem usar pesquisas como ferramenta para tomadas de decisão, reconhecendo problemas e oportunidades.
O documento apresenta 12 questões sobre diversos temas históricos, como a Atenas Antiga, as Cruzadas, Joana D'Arc, as catedrais no Renascimento, a Reforma Protestante, o Quilombo dos Palmares, Minas Gerais colonial, a identidade cultural dos escravos, a invasão holandesa no Brasil, a colonização portuguesa e o tráfico de escravos. As questões abordam aspectos políticos, econômicos, sociais e culturais desses diferentes períodos e contextos.
O documento discute a congada, uma manifestação cultural brasileira que mistura elementos africanos e cristãos. A congada ocorre em diversas regiões e datas no Brasil, como em Minas Gerais em outubro ou na Bahia desde 1704.
O documento resume os principais conceitos e eventos do Iluminismo, Revolução Francesa, Revolução Industrial e liberalismo econômico no século XVIII. Também aborda os processos de unificação da Itália e Alemanha no século XIX, bem como a expansão territorial e Guerra Civil nos EUA.
1) O documento discute o processo de abolição da escravatura no Brasil no século XIX, os motivos para sua ocorrência e as mudanças econômicas e sociais resultantes, especialmente o crescimento da economia cafeeira.
2) A abolição ocorreu devido à pressão interna e externa contra a escravidão, porém desagradou os senhores de escravos.
3) A economia cafeeira trouxe enriquecimento para os grandes proprietários e possibilitou investimentos em outros setores, promovendo
O documento resume a origem e o desenvolvimento do cangaço no Nordeste brasileiro entre os séculos XIX e XX. O cangaço surgiu devido ao abandono do governo na região semi-árida e à pobreza e desigualdade social. Grupos armados como os de Lampião atacavam cidades, roubavam e impunham sua vontade. Nos anos 1930, o governo passou a caçar mais intensamente os cangaceiros, culminando na morte de Lampião em 1938, embora o cangaço tenha persistido por mais alguns anos
O documento apresenta uma avaliação de história do 1o ano do ensino médio sobre turismo, contendo 20 questões sobre conceitos e definições relacionados ao tema. As questões abordam tópicos como a definição de turismo, profissionais do setor, fatores que influenciam o turismo no Brasil e impactos econômicos.
1) Atenas se desenvolveu como uma cidade-estado marítima no século VIII a.C., passando por diferentes formas de governo até adotar a democracia nas reformas de Sólon em 594 a.C.
2) A República Romana foi marcada por antagonismos sociais entre patrícios e plebeus, culminando na tentativa de reforma agrária dos irmãos Graco no século II a.C.
3) A religiosidade dos antigos gregos e romanos estava ligada às forças da natureza e sentimentos humanos
33 mineradores chilenos ficaram presos por mais de duas semanas em uma mina de ouro e cobre após um desmoronamento. Equipes de resgate conseguiram se comunicar com os trabalhadores por meio de uma sonda, confirmando que eles estavam vivos. Levará meses para resgatá-los da mina.
O documento discute a história e conceitos relacionados como historiador, fontes históricas, historiografia e museus. Ele também diferencia patrimônio material e imaterial e usa imagens de Rugendas para ilustrar aspectos da vida colonial como escravidão e práticas indígenas.
O documento apresenta questões sobre a história do Brasil colonial, incluindo (1) o sistema de capitanias hereditárias, (2) a carta de Pero Vaz de Caminha descrevendo a terra e os povos nativos encontrados, e (3) a chegada de Tomé de Sousa como governador-geral em 1548.
1. O documento apresenta imagens históricas de máquinas movidas a energia animal e a tração humana, bem como perguntas sobre seu funcionamento e objetivo.
2. Há também uma imagem de um homem sendo punido e perguntas sobre o castigo.
3. Por fim, há imagens relacionadas à produção de açúcar no Brasil colonial e sobre o corte de pau-brasil, com perguntas sobre os processos.
1) A construção das pirâmides egípcias era realizada por trabalhadores assalariados recrutados entre a população egípcia, e não por escravos.
2) As pirâmides serviam para sepultar o corpo do faraó e de nobres poderosos, que esperavam reviver após a morte.
3) Hoje em dia, investir em obras de grande magnitude como as pirâmides levaria qualquer país à falência devido aos altos custos.
O poema e a pintura descrevem a terrível situação dos escravos transportados em porões de navios negreiros. Os escravos eram amontoados em porões insalubres e sofriam maus-tratos, como correntes e chicotadas. Muitos acabavam morrendo durante a longa viagem através do Atlântico.
O documento é uma avaliação de história sobre a Grécia Antiga com 15 questões de múltipla escolha. As questões abordam tópicos como as ruínas da Acrópole de Atenas, a democracia como legado político dos gregos, deuses da mitologia grega, a organização política em pólis, as ânforas gregas e seus usos, os jogos olímpicos, as principais pólis como Atenas e Esparta, e os persas como rivais dos gregos nas Guerras Médicas.
1) No final do século XIX e início do XX, a ideia de progresso e modernização se difundiu no Brasil e estimulou transformações sociais, culturais e econômicas.
2) Médicos brasileiros viam o país como atrasado em relação à Europa e defenderam a higienização e educação da população como forma de promover a civilização.
3) Esses médicos passaram a ver a escola como local privilegiado para disseminar seus ideais higienistas e civilizadores e transformá-la em um espaço higiênico,
O documento descreve dois importantes movimentos urbanos da Primeira República Brasileira: (1) A Revolta da Vacina de 1904, quando a população do Rio de Janeiro se opôs à vacinação obrigatória contra a varíola imposta pelo governo; (2) A Revolta da Chibata de 1910, quando marinheiros liderados pelo Almirante Negro se rebelaram contra os castigos corporais ainda praticados na Marinha Brasileira.
1) O documento discute os determinantes históricos e contextuais que levaram ao surgimento da enfermagem profissional no Brasil no início do século XX.
2) Aponta que, contrariamente à visão historiográfica tradicional, a enfermagem brasileira não se originou com foco na saúde pública, mas sim no espaço hospitalar em apoio à medicina clínica.
3) Analisa o contexto político, econômico e social da época, como a Primeira República, crises econômicas
A Primeira República foi estabelecida para atender aos interesses da elite cafeeira de São Paulo. No entanto, o governo republicano excluiu a maioria da população do processo político e implementou políticas autoritárias que geraram resistência de grupos marginalizados, como a Revolta da Vacina e a Revolta da Chibata. Conflitos messiânicos como os de Canudos e Contestado também surgiram em oposição ao caráter laico da República.
A Primeira República foi estabelecida para atender aos interesses da elite cafeeira de São Paulo, mas não estendeu a liberdade política e social aos demais grupos. Isso levou a resistências e conflitos dos trabalhadores e camponeses durante a República Velha (1889-1930). Reformas urbanas como as de Pereira Passos no Rio de Janeiro modernizaram a cidade, mas de forma autoritária e causaram revolta popular. A vacinação obrigatória contra epidemias também foi imposta de forma autoritária, levando à Revolta da Vac
Historia das-politicas-de-saude-no-brasil-[16-030112-ses-mt]Camila Viana
1) O documento descreve a história das políticas de saúde no Brasil desde o período colonial até a década de 1930, destacando os principais marcos como a criação do primeiro serviço de saúde na chegada da família real, a implementação do modelo campanhista de Oswaldo Cruz para combater epidemias, e o surgimento da previdência social com a Lei Eloi Chaves de 1923.
2) A saúde pública era praticamente inexistente no período colonial devido à falta de interesse do governo, e se limitava
1) O documento analisa a resistência contra a instalação de um leprosário em Itaboraí, Rio de Janeiro entre 1935-1938.
2) A região de Itaboraí sofreu um período de decadência econômica no início do século XX devido a epidemias e a abolição da escravatura.
3) Em 1935, médicos propuseram a instalação do primeiro leprosário do Rio de Janeiro em Itaboraí, gerando grande resistência da população local que temia contaminação.
Este documento discute os esforços de reforma educacional e de saúde pública na década de 1920 no Brasil. Menciona como modernistas, cientistas, educadores e outros viajaram pelo país implementando experimentos inspirados em modelos estrangeiros. Argumenta que a ciência moderna foi usada para legitimar as propostas de reforma e centralização dos serviços de educação e saúde sob o controle do Estado. No entanto, isso enfraqueceu a nação em detrimento do Estado e limitou a autonomia de atores motivados pela educação e saúde
O documento discute o movimento sanitarista em Leopoldina, Minas Gerais entre 1895-1930. Apresenta o contexto do higienismo no Brasil e como as cidades se tornaram foco de doenças, levando à campanha de saneamento. Destaca a instalação precoce de um Posto de Profilaxia Rural em Leopoldina, sob a liderança do médico Irineu Lisbôa, e as estratégias de saúde implementadas desde então.
As instituições de saúde em Belém compõem um importante acervo não só para a História da Saúde e da Medicina, mas por sua Arquitetura que forma conjuntos urbanos de valor histórico e artístico significativo. Devido às aceleradas mudanças nos métodos de tratamento médico, esses entes vem sofrendo alterações que comprometem sua leitura arquitetônica e ameaçam inclusive sua permanência material. O estudo sobre o patrimônio da saúde em Belém permitiu a compreensão dos processos de transformação e expansão urbana da cidade, com destaque para o século XIX. Neste período, com o auxílio de textos publicados em periódicos, Mensagens dos Presidentes de Província e Relatórios da Intendência, traçou-se o panorama das deficiências no cuidado a saúde e as divergências entre a medicina acadêmica e a popular, face às calamidades públicas como as epidemias. Tal situação redundou na adoção de políticas higienistas para a cidade, nos moldes adotados pelas demais capitais brasileiras de então. Do cruzamento com a fisionomia atual dos locais e prédios hospitalares permite-se revelar as perdas/apagamentos, de modo que, nos itinerários propostos, o morador da cidade e o visitante pode se reportar aos vestígios materiais da trajetória de mudanças urbanas.
As instituições de saúde em Belém compõem um importante acervo não só para a História da Saúde e da Medicina, mas por sua Arquitetura que forma conjuntos urbanos de valor histórico e artístico significativo. Devido às aceleradas mudanças nos métodos de tratamento médico, esses entes vem sofrendo alterações que comprometem sua leitura arquitetônica e ameaçam inclusive sua permanência material. O estudo sobre o patrimônio da saúde em Belém permitiu a compreensão dos processos de transformação e expansão urbana da cidade, com destaque para o século XIX. Neste período, com o auxílio de textos publicados em periódicos, Mensagens dos Presidentes de Província e Relatórios da Intendência, traçou-se o panorama das deficiências no cuidado a saúde e as divergências entre a medicina acadêmica e a popular, face às calamidades públicas como as epidemias. Tal situação redundou na adoção de políticas higienistas para a cidade, nos moldes adotados pelas demais capitais brasileiras de então. Do cruzamento com a fisionomia atual dos locais e prédios hospitalares permite-se revelar as perdas/apagamentos, de modo que, nos itinerários propostos, o morador da cidade e o visitante pode se reportar aos vestígios materiais da trajetória de mudanças urbanas.
História das Políticas Públicas de Saúde no Brasil - N1 (1) (1).pptxAnaPaulaCruz57
O documento descreve a história das políticas públicas de saúde no Brasil desde o período colonial até a criação do Sistema Único de Saúde (SUS). Inicialmente, a assistência à saúde era inexistente e limitada a instituições como a Santa Casa de Misericórdia. Ao longo dos séculos, foram criados órgãos de saúde pública e hospitais, mas a assistência individual permaneceu restrita. Somente na Constituição de 1988 que a saúde passou a ser um direito universal de todos os cidad
O documento discute a medicalização da sociedade brasileira no século XIX e XX. No século XIX, as epidemias se espalharam nas cidades brasileiras devido às péssimas condições sanitárias, forçando o Estado a buscar novas formas de regular a vida urbana e controlar a saúde pública, levando ao surgimento da medicalização. Médicos passaram a ter maior influência sobre a família e a sociedade. A medicalização se expandiu no século XX associada ao higienismo e ao pensamento eugenista, visando
A Revolta da Vacina ocorreu no Rio de Janeiro em 1904 contra a vacinação obrigatória decretada pelo governo para combater epidemias. A revolta popular cresceu devido à crise econômica e à reforma urbana que expulsou os pobres do centro. Após vários confrontos, o governo suspendeu a lei da vacinação obrigatória e deportou centenas de revoltosos para o Acre.
O documento discute o modelo de segregação compulsória de pessoas com hanseníase (lepra) no Brasil nos anos 1930 e 1940 sob o governo de Getúlio Vargas. Na época, os ideais eugênicos e nazifascistas estavam em alta e influenciaram as políticas de saúde pública no país. Milhares de pessoas foram internadas à força no Sanatório Padre Bento em busca de uma "sociedade pura, forte e trabalhadora". O documento analisa o contexto político, econômico e cultural que levou a essa
O documento descreve a revolta popular conhecida como Revolta da Vacina que ocorreu no Rio de Janeiro em 1904 contra a vacinação obrigatória. A revolta foi motivada pela aplicação forçada e violenta das vacinas sem o consentimento das pessoas, assim como pela crise econômica e reforma urbana que retirou os pobres do centro da cidade. O governo reprimiu a revolta com prisões em massa e envio de presos para o Acre sem direito a defesa.
O documento descreve a Revolta da Vacina de 1902 no Rio de Janeiro. A revolta foi protagonizada por trabalhadores negros contra a vacinação obrigatória, que era vista como mais um ataque do governo racista e explorador contra a população negra e pobre. A vacinação não foi precedida de esclarecimento adequado e ignorou as preocupações da população. A revolta refletia o contexto maior de opressão e desigualdade racial na época.
O estudo do Banco Mundial conclui que o setor da saúde no Brasil gasta mal os recursos, desperdiça e é mal gerido. Apenas 54 dos 7.426 hospitais analisados receberam selo de qualidade. Os pesquisadores afirmam que é necessário melhorar a gestão dos recursos, não apenas aumentá-los, e que o modelo atual tem o hospital como foco em vez da atenção primária.
Semelhante a Sanitarismo em leopoldina (1895-1930) (20)
Conteúdos para revisão - Currículo Referência de Minas Gerais, 3° ano do Ensino Médio, História. 4º bimestre.
Objetos do conhecimento: Década de 1980 e a emergência de governos neoliberais. Processo de globalização entre outros.
O documento contém 10 questões sobre a história do Brasil colonial e imperial, incluindo a independência em 1822. As questões abordam temas como o "Dia do Fico", a Primeira Constituição de 1824 e características conservadas após a independência como a escravidão e os latifúndios.
Este documento é uma avaliação de história contendo 25 questões sobre o Iluminismo e o Despotismo Esclarecido na Europa. As questões abordam tópicos como a sociedade estamental, as críticas da burguesia ao absolutismo monárquico, as ideias de Montesquieu sobre a separação de poderes, e as contribuições de filósofos iluministas como Voltaire, Rousseau e Adam Smith.
O documento descreve a formação dos estados nacionais europeus a partir da crise do feudalismo no século XIV. A centralização do poder real enfraqueceu a nobreza e fortaleceu a burguesia e o estado. Isso levou à definição de fronteiras, línguas e moedas nacionais. O absolutismo atingiu seu auge nos séculos XVI-XVII com teóricos como Maquiavel, Hobbes e Bossuet defendendo um poder centralizado e divino do monarca.
O documento contém 10 perguntas sobre o Renascimento. Ele caracteriza o Renascimento pela valorização da racionalidade humana e observação da natureza em vez de explicações religiosas. A mentalidade renascentista promove o antropocentrismo ao colocar o homem no centro do universo. As mudanças do Renascimento se refletiram principalmente nas artes, filosofia, ciência e religião.
O documento discute as Revoluções Inglesas entre 1640 e 1688, que transformaram a Inglaterra do século XVII. Isso resultou na transição do absolutismo para uma monarquia constitucional, limitando os poderes do monarca e fortalecendo o Parlamento.
O documento discute as ideologias do século XIX de liberalismo e socialismo. Apresenta um texto de John Locke que defende a origem do governo como uma proteção à vida, aos bens e aos direitos individuais, caracterizando o pensamento liberal. Também discute os princípios do socialismo científico de Marx e Engels sobre a luta de classes e a determinação das formas ideológicas pelas relações de produção.
1) O absolutismo monárquico ocorreu na Europa entre os séculos XVI-XVII.
2) A centralização político-administrativa era uma prática comum dos Estados Absolutistas na Europa.
3) O documento discute conceitos históricos como absolutismo, mercantilismo e o sistema político e econômico da Europa na era moderna.
1) O documento contém uma avaliação de história com 14 perguntas sobre a colonização da América do Norte pelos europeus no século XVII e os fatores que levaram à independência das Treze Colônias Inglesas em 1776.
2) As perguntas cobrem tópicos como as regiões colonizadas por ingleses, franceses e espanhóis, as Leis aprovadas pelo Parlamento Britânico para taxar as colônias, os princípios do Iluminismo presentes na Declaração de Independência dos EUA, e
1) O documento se refere ao conceito de absolutismo, que era a forma de governo centralizada no monarca na Europa entre os séculos XVI e XVII.
2) O documento lista consequências da formação dos Estados modernos na Europa, exceto a eliminação dos privilégios da nobreza feudal.
3) O documento discute a filosofia de Thomas Hobbes e sua defesa de um governo centralizador para evitar um estado de natureza de guerra entre todos.
A avaliação trata de revoluções socialistas do século XX, principalmente a Revolução Russa de 1917 e a Revolução Chinesa. As questões abordam a forma de governo da Rússia pré-revolução, os líderes Vladimir Lenin e Mao Tsé-Tung, e aspectos como a reforma agrária na URSS e a repressão de opositores na China e Cuba.
1) A atividade econômica predominante na Idade Média era a agricultura.
2) O feudalismo foi o sistema político, econômico e social que vigorou no período medieval.
3) O sistema de cultivo adotado nos feudos a partir do século X que aumentou a produtividade agrícola foi o sistema bienal de cultivo.
O documento contém uma avaliação de história com 8 perguntas sobre temas como autores de obras clássicas, características dos Estados Modernos europeus, teoria do direito divino dos reis, pensamento político de Maquiavel, alianças entre reinos medievais através de casamentos, e definição de absolutismo.
O documento contém perguntas e respostas sobre a história de Roma antiga. Aborda tópicos como a origem de Roma, os primeiros povos que habitaram a região, a estrutura social dividida entre patrícios e plebeus, a República, conquistas dos plebeus, fatores que influenciaram a expansão romana, influência da cultura grega, relação de Roma com as províncias, estrutura familiar romana, política do pão e circo, proposta de reforma agrária de Tibério Graco, e importância do
O documento lista os impostos cobrados sobre vários produtos e serviços no Brasil, como videogames (72,18%), gasolina (56,09%), cerveja (42,69%), conta de energia elétrica (48,28%), sorvete (38,97%) e carne (29%), e destaca a importância do pagamento de impostos para financiar serviços públicos como educação, saúde e infraestrutura.
O documento discute tópicos históricos como o Renascimento, a Reforma Protestante e o Absolutismo. Ele fornece perguntas sobre esses temas e sobre o Mercantilismo. As perguntas abordam conceitos como Humanismo, venda de indulgências, centralização do poder sob monarcas e intervenção estatal na economia.
Concepção, gravidez, parto e pós-parto: perspectivas feministas e interseccionais
Livro integra a coleção Temas em Saúde Coletiva
A mais recente publicação do Instituto de SP traça a evolução da política de saúde voltada para as mulheres e pessoas que engravidam no Brasil ao longo dos últimos cinquenta anos.
A publicação se inicia com uma análise aprofundada de dois conceitos fundamentais: gênero e interseccionalidade. Ao abordar questões de saúde da mulher, considera-se o contexto social no qual a mulher está inserida, levando em conta sua classe, raça e gênero. Um dos pontos centrais deste livro é a transformação na assistência ao parto, influenciada significativamente pelos movimentos sociais, que desde a década de 1980 denunciam o uso irracional de tecnologia na assistência.
Essas iniciativas se integraram ao movimento emergente de avaliação tecnológica em saúde e medicina baseada em evidências, resultando em estudos substanciais que impulsionaram mudanças significativas, muitas das quais são discutidas nesta edição. Esta edição tem como objetivo fomentar o debate na área da saúde, contribuindo para a formação de profissionais para o SUS e auxiliando na formulação de políticas públicas por meio de uma discussão abrangente de conceitos e tendências do campo da Saúde Coletiva.
Esta edição amplia a compreensão das diversas facetas envolvidas na garantia de assistência durante o período reprodutivo, promovendo uma abordagem livre de preconceitos, discriminação e opressão, pautada principalmente nos direitos humanos.
Dois capítulos se destacam: ‘“A pulseirinha do papai”: heteronormatividade na assistência à saúde materna prestada a casais de mulheres em São Paulo’, e ‘Políticas Públicas de Gestação, Práticas e Experiências Discursivas de Gravidez Trans masculina’.
Parabéns às autoras e organizadoras!
Prof. Marcus Renato de Carvalho
www.agostodourado.com
1. Sanitarismo em Leopoldina (1895-1930): fontes e perspectivas para uma pesquisa
histórica
Rodolfo Alves Pereira
Mestrando do Programa de Pós-Graduação em História do Brasil (PPGHB) da
Universidade Salgado de Oliveira; Professor de História da SEE-MG e da SEEDUC-RJ.
prof.rodolfopereira@gmail.com
Resumo
Sanear o Brasil, nas primeiras décadas do XX, era uma política de Estado. A necessidade
de erradicar as doenças que impediam o país de alcançar o progresso estava entre a
prioridade dos homens que dirigiam a república. O movimento sanitarista iniciou-se nas
capitais, sobretudo Rio e São Paulo, mas avançou pelo interior para higienizar os sertões
de vários estados, visando tornar seu povo mais saudável e produtivo. Em Leopoldina, na
Zona da Mata mineira, os ecos do sanitarismo também se fizeram presentes,
especialmente depois de 1918, após a instalação do posto de profilaxia rural sob a direção
do médico Irineu Lisbôa (1894-1987). Nosso trabalho suscita questões e possibilidades
de investigações sobre o tema e traz à tona um levantamento preliminar de documentos
que podem ser estudados para elucidar o movimento sanitarista no município mineiro.
Palavras-chaves: Sanitarismo, higienismo, Leopoldina, Século XIX-XX.
2. Breve histórico do Higienismo e do Sanitarismo
Desde os primórdios da civilização os humanos se preocupam com as regras de
limpeza e com a higiene. Aliás, a expressão higiene tem sua origem na Antiguidade
Clássica, sendo um desdobramento do substantivo próprio Hígia, a deusa grega da
limpeza e da saúde, cultuada pelos antigos helenos. Mas foi na segunda metade do século
XIX, na Europa Ocidental, que surgiu a crença de que a adoção de hábitos de higiene
ajudaria a promover o progresso econômico e social (SANT’ANNA, 2011). Nessa época,
a higiene não era apenas uma virtude, adquirindo status de ciência moderna. Ela tornou-
se fundamental para assegurar a saúde dos corpos, vistos apenas como um instrumento
de trabalho pelas elites dirigentes e pelos empresários ansiosos pela expansão do
capitalismo industrial.
Assim, o higienismo foi transformado em disciplina acadêmica e escolar, devendo
ser propagado para as massas, a fim de combater as doenças e epidemias que
representavam um obstáculo para o crescimento dos negócios e impediam a formação de
soldados fortes e saudáveis para compor as falanges dos exércitos nacionais.
As ideias higienistas não demoraram para seduzir as elites brasileiras desejosas de
colocar o Brasil nos rumos de nações como França e Inglaterra, as quais passavam por
grandes transformações urbanas e sanitárias no século XIX. Nesses países, avenidas eram
abertas, bulevares substituíam estreitas vielas, rios eram despoluídos, pobres eram
tocados dos centros das principais cidades, tudo em nome do saneamento e de um projeto
que visava higienizar e fortalecer a pátria.
No Rio de Janeiro, ao final dos oitocentos, o acelerado crescimento urbano
suscitava preocupações e debates entre os dirigentes do império. Nos aglomerados
urbanos, desprovidos de condições sanitárias básicas, grassavam epidemias de febre
amarela e varíola. As doenças espalhavam-se e vitimavam pessoas de todas as classes
sociais. Isso mobilizou as autoridades públicas que começaram a se preocupar e a buscar
uma “cidade saudável”1.
Podemos encontrar o melhor exemplo da presença do higienismo e do sanitarismo
brasileiro, provavelmente, nas reformas urbanas do Rio de Janeiro, levadas a cabo pelo
1 Cf. Alzira Alves de ABREU et al (coords.). PASSOS, Pereira. Rio de Janeiro: CPDOC, 2010. In: <
http://cpdoc.fgv.br/sites/default/files/verbetes/primeira-republica/PASSOS,%20Pereira.pdf.> Acesso em:
01/10/2016.
3. prefeito da cidade, Pereira Passos, entre os anos de 1902 e 1906. Inspirado pelo modelo
de Haussmann, o qual remodelou Paris em 1853, Pereira Passos empregou a engenharia
sanitária para reconstruir a cidade segundo as necessidades ditadas pelos médicos e
higienistas. Foi assim que ocorreu o “bota-abaixo” na capital da república, com a remoção
das habitações coletivas, isto é, os cortiços, do centro da cidade, abrindo espaço para a
construção de avenidas e novos prédios mais condizentes com o ideal civilizatório
almejado pelas elites.
Nos cortiços viviam cerca de 25% da população residente no centro. Eles
disputavam espaço com as estalagens, as quais agrupavam pequenas casas sem nenhum
tipo de planejamento sanitário e salubridade. Por conta da imundice peculiar desses tipos
de moradia, eles eram chamados pela imprensa de “oficinas da peste” (SANTUCCI,
2008). A demolição dos cortiços pôs na rua milhares de pessoas, empurrando-as para
outros cortiços ou morros, onde se intensificava a formação de favelas. Muitos ficaram à
mercê da especulação imobiliária que tirou proveito da situação e elevou o custo dos
aluguéis dos imóveis.
Na imprensa havia opiniões divergentes, ora louvando a ação do poder público, ora
cobrando das autoridades a construção de casas populares (SANTUCCI, 2008). As
mudanças implementadas iam além das obras de engenharia. Segundo José Murilo de
Carvalho, Pereira Passos baixou várias regras que interferiam na dinâmica e nos hábitos
dos cidadãos. O prefeito:
Proibiu cães vadios e vacas leiteiras nas ruas; mandou recolher a asilos os
mendigos; proibiu a cultura de hortas e capinzais, a criação de suínos,a venda
ambulante de bilhetes de loteria. Mandou também que não se cuspisse nas ruas
e dentro dos veículos, que não se urinasse fora dos mictórios, que não se
soltassempipas2.
Carvalho ressalta que muitas dessas posturas eram reedições de medidas pretéritas.
Embora não se saiba quantas delas se efetivaram de fato, a população percebera, dessa
vez, que havia forte atuação do governo no sentido de fazer cumprir as novas regras, tudo
com a intenção de tornar a cidade uma “réplica tropical da Paris”.
As reformas urbanas visavam melhorar a saúde pública e o aspecto da capital,
deixando-a mais atraente e apta a receber imigrantes europeus e a atrair novos
investimentos e capital estrangeiro. Nesse contexto, destacava-se a atuação do médico-
sanitarista Oswaldo Cruz (1872-1917), o qual havia sido nomeado pelo presidente
2 BENCHIMOL apud CARVALHO, 2006, p. 95.
4. Rodrigues Alves para o cargo de chefe do Serviço de Saúde Pública, e sua missão era
sanear o Rio de Janeiro, livrando a cidade das epidemias, principalmente a febre amarela,
a peste bubônica e a varíola. Assim que assumiu suas funções, Cruz criou o Serviço de
Profilaxia, cujas ações foram executadas pela brigada sanitária “composta de agentes
conhecidos como mata-mosquitos, que visitavam domicílios exterminando focos de
larvas do mosquito hospedeiro e agindo na prevenção de propagação” (SANTUCCI,
2008, p. 101-2). A despeito dos problemas enfrentados, as ações do médico surtiram
efeito, provocando queda abrupta no número de óbitos causados pelas epidemias, como
podemos verificar em relação à febre amarela no gráfico3 a seguir.
Uma das medidas mais polêmicas na gestão de Cruz à frente do Serviço de Saúde
Pública foi a que previa a vacinação obrigatória contra a varíola. Essa iniciativa causou
grande polêmica entre a população e isso se refletiu na imprensa, a qual ficava dividida
entre acusadores que denunciavam a truculência dos agentes de saúde e defensores que
viam a vacinação como uma medida de salvação pública.
Não entraremos em detalhe sobre o episódio da vacina4, já que não é nosso objeto
de estudo, mas cabe lembrar que ele terminou com uma revolta popular contra o governo
e contra o Dr. Cruz, sendo seguido de forte repressão policial e, por fim, o recuo do
governo com relação a obrigatoriedade da vacinação.
3 Gráfico elaborado segundo dados disponibilizados por TASCO (2008, p. 3).
4 Sobre o tema, sugerimos a leitura da obra: SEVCENKO, N. A Revolta da vacina: mentes insanas em
corpos rebeldes. São Paulo: Scipione, 1993.
0
100
200
300
400
500
600
1903 1904 1905 1906 1907 1908
584
48
289
42 39
4
Mortes por febre amarela no Rio de Janeiro (1903-1908)
Óbitos
5. Apesar de toda a polêmica e do repúdio das classes populares com a figura de
Oswaldo Cruz, a imagem do médico foi bastante celebrada pelas elites. Graças às suas
intervenções sanitaristas e também no campo da bacteriologia, Cruz fora elevado a
condição de herói, “representando o desenvolvimento técnico e científico brasileiro”5.
A idealização em torno de Oswaldo Cruz contribuía, acreditamos, para moldar o
imaginário popular segundo os interesses das elites que dirigiam a jovem república. Elas
almejavam um país moderno, por isso elegeram a figura do doutor Cruz um herói, um
homem de ciência capaz de salvar vidas. Ele tornou-se um símbolo que materializava as
aspirações de progresso dos políticos e dos agentes econômicos desejosos de ver o
capitalismo prosperar no país. A esse respeito, José Murilo de Carvalho nos ensina que
Heróis são símbolos poderosos,encarnações de ideias e aspirações,pontos de
referência, fulcros de identificação coletiva. São, por isso, instrumentos
eficazes para atingir a cabeça e o coração dos cidadãos a serviço da legitimação
de regimes políticos6.
Rui Barbosa cognominou o médico de “o Salvador”, por ter sido o precursor do
saneamento da capital. Monteiro Lobato, na obra o Problema Vital, dedicou um artigo
para exaltar a atuação do Dr. Cruz, alegando que a “escolha desse homem para chefe da
higiene no Rio foi o maior passo, talvez o único, dado pelo país durante a Republica para
arrancar-se ao atoleiro onde lentamente afundava” (LOBATO, 1951, p. 226). Assim,
parece-nos que a identificação do médico com a figura de um salvador esteve de algum
modo ligada ao esforço de legitimar a jovem república brasileira. O novo regime
substituíra a monarquia e carecia de heróis para serem cultuados.
Se entre os homens de letras sobravam elogios para Oswaldo Cruz, não podemos
afirmar que entre a população mais pobre sua imagem era bem recebida. O episódio da
Revolta da Vacina fez com que os populares nutrissem muita rejeição em relação ao
médico, como foi captado nos versos de João do Rio7:
5 MOTA, A. Quem é bom já nasce feito: sanitarismo e eugenia no Brasil. Rio de Janeiro: DP&A, 2003. p.
22.
6 CARVALHO, José Murilo de. A formação das almas: o imaginário da república no Brasil. São Paulo:
Companhia das letras, 1990.
7 Versos de presos, coletados por João do Rio. In: A alma encantadora das ruas. Disponível on-line em:
<http://objdigital.bn.br/Acervo_Digital/livros_eletronicos/alma_encantadora_das_ruas.pdf> Acesso: 14
nov. 2016.
6. “As pobres mães choravam
E gritavam por Jesus
O culpado disso tudo
É o Dr. Oswaldo Cruz”.
O relativo sucesso obtido na capital com o combate das epidemias de febre amarela
e de varíola causou furor nas elites, e isso conferia maior destaque para os médicos e para
a necessidade de saneamento de todo o país. Abreu e Vilarino (2009, p. 194) ressaltam
que o movimento pelo sanitarismo ocorreu em duas fases, a saber
a primeira, entre 1903 e 1909, com ênfase no saneamento urbano da capital
federal (Rio de Janeiro). Concentrou-se especialmente na área portuária, e no
combate à febre amarela, peste e varíola; visava garantir ao País condições de
manutenção, sem prejuízos causados por desordem sanitária, do comércio
exterior marítimo. A segunda fase, nas décadas de 1910 e 1920, teve como
marca principal a preocupação com o saneamento rural a partir do combate às
endemias que grassavam no interior (malária, ancilostomíase,
esquistossomose).
Concluída a primeira etapa, a ideia agora era expandir a campanha do saneamento
para os sertões, iniciando a segunda fase da cruzada em prol do higienismo da nação.
Nesse sentido, cumpre destacar a expedição científica e sanitária ao interior do Brasil,
liderada pelos médicos Belisário Penna e Arthur Neiva. Em 1912, durante nove meses,
os médicos percorreram os estados da Bahia, Pernambuco, Piauí e Goiás. Quatro anos
mais tarde, Penna e Neiva publicaram um relatório em que denunciavam as más
condições de saúde e o estado de abandono ao qual estavam sujeitas às populações do
interior do Brasil. No mesmo ano, o médico Miguel Pereira, em um discurso pronunciado
na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, bradou que “o Brasil é um imenso hospital”,
lançando, inconscientemente, o slogan da campanha pelo saneamento dos sertões. A
constatação de que o brasileiro era um povo doente foi um duro golpe nas teorias
deterministas que atribuíam a culpa pelos males nacionais às condições climáticas do
país, à miscigenação do povo e a sua inferioridade racial. A medicina sanitária provara
que a doença, o analfabetismo e as precárias condições de vida impediam o Brasil de
prosperar. Assim, cabia ao médico sanitarista se dirigir ao interior, diagnosticar os males
e tratá-los, a fim de erradicar as moléstias e cumprir sua “missão regeneradora nacional”.
7. O discurso médico ganhou a imprensa, reproduzido em inúmeros periódicos de São
Paulo, do Rio de Janeiro e do interior do Brasil. As publicações denunciavam a
inoperância do governo com a saúde pública, atribuindo-lhe a culpa pelo estado febril que
acometia boa parte da população e impedia o progresso nacional. O debate foi
reproduzido no parlamento, servindo como mais uma forma de pressionar a ação
governamental.
Então, a partir de 1920, com a criação do Departamento Nacional de Saúde Pública
(DNSP), o governo federal passou a centralizar os serviços de saúde, ampliando sua
atuação no setor. Os estados que solicitavam ajuda para combater surtos de doenças
recebiam apoio da União para organizarem seus serviços de profilaxia rural e programas
de educação.
Os serviços sanitários em Minas Gerais
Em Minas Gerais, o serviço sanitário foi regulamentado desde 1895. Ele era
composto por um Conselho de Saúde Pública e uma Diretoria de Higiene, além de
delegacias de higiene e vacinação nos municípios. (ABREU, 2010, p. 1)
No ano de 1910, o serviço sanitário mineiro foi restruturado, sem contudo provocar
grandes mudanças na ação do governo estadual na esfera da saúde pública (TORRES,
2007 apud ABREU, 2010, p. 1). Até 1918, o serviço sanitário mineiro limitou-se “à
fiscalização de gêneros alimentícios, fornecimento de soros e vacinas e do socorro público
em tempos de epidemias”8.
Os recursos – humanos e financeiros - eram escassos, portanto incapazes de fazerem
a política estadual de saúde avançar por um amplo território e grande população. Numa
situação tão adversa, com esforço político insuficiente no campo da saúde, o ambiente
tornava-se propício à proliferação das doenças. Em 1915, o responsável pela Diretoria de
Higiene, Zoroastro Rodrigues, relatava ao governo a urgência de se combater doenças
como o impaludismo, o mal de chagas e a ancilostomose (Abreu, 2010, p. 2). A situação
era tão precária que chamou a atenção de Belisário Penna, médico natural de Barbacena
e um dos expoentes do saneamento nacional, que classificou Minas Gerais como o estado
da doença, em artigo escrito em 1918. Em 1917, o governo mineiro criou o Serviço de
8 TORRES, 2007 apud ABREU, 2010, p. 1.
8. Profilaxia e Saneamento Rural, com o apoio da Fundação Rockefeller9, com o intuito de
mapear a dimensão das verminoses que grassavam entre a população do campo. Além
disso, os médicos, patrocinados pela instituição filantrópica, “realizavam exames de
fezes, diagnósticos e distribuição de medicamentos aos infectados”.10 Foi a partir desse
acordo que Minas Gerais recebeu um substancial investimento no setor sanitário e se
integrou ao movimento reformista brasileiro (MARQUES, 2004 apud ABREU, 2010, p.
3).
Em 1920, o estado celebrou um acordo com o Departamento Nacional de Saúde
Pública, comprometendo-se a adotar os parâmetros e as leis sanitárias nos municípios
mineiros, ao passo que recebia o apoio federal. O médico sanitarista Samuel Libânio
assumiu a Diretoria de Higiene e “se esforçou para estender os serviços de profilaxia à
maior parte dos municípios mineiros”. (ABREU e VILARINO, 2009, p. 193). Em Minas
Gerais, tal como ocorrera em São Paulo, o serviço de saneamento rural criou postos e
sub-postos de higiene os quais foram instalados por todo o território mineiro (ABREU,
2010, p. 4). O organograma11 abaixo ilustra algumas das principais atribuições dos
postos de higiene.
9 Há vários trabalhos que abordam a atuação da Fundação Rockefeller no saneamento dos estados
brasileiros. Ver mais em: Branstrom (2010), Faria (2002) e Marques (2004).
10 Abreu, Discurso médico-sanitário e estratégias de saneamento em Minas Gerais. In: 12º Seminário
Nacional de História da Ciência, 2010, Salvador. Anais do 12º Seminário Nacional de História da Ciência,
2010. v. 1. p. 1-15. p. 3.
11 Organograma elaborado segundo informações disponíveis por ABREU, 2010, op. Cit.
Postos de
Higiene
Combate às
endemias locais
e a surtos
epidêmicos
Inspeção
médico-
sanitária nas
escolas
Fiscalização de
gêneros
alimentícios
Higiene urbana
e rural.
9. Era nos postos que ocorriam os atendimentos à população das áreas urbanas e rurais.
Eles funcionavam em parceria com membros da Comissão constituída pela Fundação
Rockefeller. Dentre suas atividades estava a fiscalização dos alimentos, o combate às
epidemias, a educação higiênica por meio das escolas, a realização de palestras e de
cursos para a formação dos professores. Afinal, era fundamental modificar hábitos e
costumes, começando por incutir o higienismo nas crianças, ainda no ensino fundamental.
Desse modo, a “educação sanitária ganhava contornos normatizadores das condutas,
tendo por base argumentos como a saúde pelo progresso e da regeneração do povo”12.
A partir daí até a década de 1950, houve um grande esforço do governo e dos
sanitaristas para erradicar as doenças em várias partes do estado, combinando inúmeras
estratégias, como a criação de postos ambulantes, a ampliação do atendimento médico,
com medidas curativas e profiláticas, a realização de obras, a educação sanitária, a
reorganização do sistema de saúde pública etc. Embora os médicos sanitaristas
reconhecessem os avanços nas políticas públicas de saúde, é bastante comum encontrar
vários relatórios desses profissionais com queixas sobre a falta de verbas, de pessoal, das
distâncias a serem percorridas e, principalmente, sobre a ignorância da população rural
(ABREU, 2010, p. 7-9). A constatação de que os sertanejos eram ignorantes, atrasados e
abandonados pelo poder público reforçava o imaginário construído acerca das populações
rurais, cujo melhor exemplo é o personagem Jeca Tatu, criado por Monteiro Lobato, em
1914. De acordo com Lobato, o Jeca era o caboclo que vivia “a vegetar de cócoras,
incapaz de evolução, impenetrável ao progresso”. Segue o autor, gente “Feia e sorna, nada
a põe de pé” (LOBATO, J. B. M. 2009, p. 169). Ficou constatado que o problema do povo
era a doença, resultado do abandono e do descaso governamental com a saúde e com a
educação pública. Restava, portanto, a intervenção médica, a medicalização da sociedade
e a consequente regeneração nacional.
Importante destacar que o discurso médico-sanitarista em vigor associava a
promoção da saúde ao desenvolvimento econômico, sobretudo das atividades agrícolas
essenciais para o estado. Por isso, sanear o ambiente e debelar as moléstias iriam tornar o
trabalhador, seja o nativo ou o imigrante, mais saudável e, portanto, mais produtivo.
Nesse sentido, Abreu (2009 e 2010), notou que a política de saúde em Minas Gerais
atendia, principalmente, as regiões com valor econômico, isto é, com maior potencial de
geração de riqueza. Assim, as medidas sanitárias foram aplicadas primeiro em regiões,
12 CARVALHO, 2008 apud ABREU, 2010, p. 12.
10. como o Sul de Minas e a Zona da Mata, onde havia a linha férrea e a agropecuária,
sobretudo a produção de café, essencial para a economia mineira. Nas localidades não
contempladas com postos e centros de saúde, os sanitaristas faziam visitas, redigiam
relatórios anotando os problemas e surtos epidêmicos locais, realizavam atendimentos e
elaboravam planos de saneamento.
O critério do valor econômico e a prioridade na disponibilização dos serviços de saúde
devem ter contribuído para acentuar as desigualdades regionais, pois áreas que não
estavam inseridas na economia agrário-exportadora e também tinham difícil acesso, como
o Vale do Rio Doce e o Jequitinhonha, só foram beneficiadas tardiamente pela política
sanitária.
Passaremos a seguir ao exame do caso de Leopoldina, um dos municípios da Mata
mineira, que foi um dos primeiros do estado a ser contemplado pela política de saúde.
Para tanto, apresentaremos indícios e diversas fontes históricas que temos encontrado
desde o final de 2015, quando iniciamos uma pesquisa sobre o assunto. Os documentos
levantados até aqui são muito sugestivos da importância que o movimento sanitarista
desempenhou na cidade e ajudam a compreender, pelo menos em parte, como ocorreu o
processo de saneamento do município nos primeiros anos do século XX.
A cidade de Leopoldina no contexto da campanha do saneamento: alguns indícios
encontrados
A Zona da Mata mineira, desde a década de 1870, era a principal produtora de café
de Minas Gerais, respondendo por cerca de 60% da arrecadação da província.13 A
cafeicultura, baseada na mão de obra escrava, trouxe riqueza e prestígio para a região,
além de impulsionar a abertura de estradas e de ferrovias. Era o caso da cidade de
Leopoldina, cujas fazendas de café asseguravam o fluxo de divisas, lançando as bases de
seu desenvolvimento econômico e social, o que atraia um número cada vez maior de
pessoas, mascates e comerciantes que vinham de longe, a cavalo ou de trem.
Entretanto, apesar de a cidade ser um importante centro econômico da Zona da
Mata, enfrentava sérios problemas que representavam um obstáculo para a manutenção
do agronegócio e do avanço do capitalismo. Tratam-se das epidemias, surtos de doenças,
13 Fábio W. A. Pinheiro. O Tráfico de escravos na Zona da Mata Mineira: Minas Gerais, 1808 –
1850.In: Seminário de História Econômica e Social da Zona da Mata mineira, I: 2005, Juiz de Fora (MG).
Anais. CES 2005. (Disponível em CD-ROM).
11. como febre amarela e varíola, que faziam incontáveis vítimas. Ainda há que se verificar
o número de óbitos causados pelas doenças infecciosas e parasitárias entre o final do
século XIX e as primeiras décadas do século XX, mas pelo conteúdo alarmante das
publicações que encontramos em periódicos daquela época é certo que as doenças
preocupavam as elites e a população local. Paul Singer, ao analisar os problemas de saúde
provocados pela Revolução Industrial, enumerou três questões importantes:
Em primeiro lugar, elas [classes dominantes]não ficavam imunes às epidemias
que grassavam nos novos centros industriais. Em segundo lugar, as más
condições de vida e de saúde deveriam reduzir significativamente a
produtividade do trabalho. E, em terceiro lugar, a situação desesperadora em
que se encontrava a classe operária era terreno fértil para movimentos de
revolta, que punham em perigo a ordem constituída. Começou a ficar claro
para a própria classe dominante que urgia remediar esta situação, criando-se
condições mínimas para que a reprodução da força de trabalho pudesse se dar
de modo sistemático e para que a capacidade de trabalho dos operários fosse
preservada.14
Embora Singer se refira à sociedade europeia industrial, acreditamos que seja possível
transpor sua análise e as questões que suscitou para uma sociedade rural e escravocrata,
como a leopoldinense, no século XIX. As doenças não escolhiam entre pobres e ricos,
todos eram atingidos por elas, direta ou indiretamente, independente da classe social.
Além disso, as epidemias ceifavam vidas e reduziam a mão de obra disponível, o que
afetava o número de braços na lavoura e a produtividade no campo. Por isso, houve a
preocupação das elites locais em assegurar, através do poder público, as mínimas
condições sanitárias e higiênicas para que as epidemias fossem contidas, sem prejuízo da
reprodução da força de trabalho, seja ela escrava ou livre no período pós-1888. Sanear a
cidade seria, ao mesmo tempo, assegurar a manutenção da ordem vigente, minimizando
quaisquer distúrbios no sistema dominante.
Logo, as questões sanitárias preocupavam as elites locais de Leopoldina desde o
final do século XIX. Analisando um exemplar do periódico Correio de Leopoldina15,
disponível no acervo da Biblioteca Nacional, encontramos uma nota intitulada “Medidas
Urgentes”. No texto, o redator chefe afirmava que o chefe do executivo municipal,
recentemente eleito, iria multiplicar seus esforços para melhorar as condições higiênicas
14 SINGER, P. Prevenir e curar: o controle social através dos serviços de saúde. Rio de Janeiro: Forense-
Universitária, 1981. p. 21.
15 Correio de Leopoldina, nº 1, ano1 , 03 de janeiro de 1895. p. 2-3. Disponível na Hemeroteca Digital da
Biblioteca Nacional.
12. da cidade. Para justificar o seu ponto de vista, o autor apelou para um tom ameaçador,
imposto pela morte, apresentado da seguinte forma:
A peste se approxima com todo o seu cortejo fúnebre; já nos bate ás portas
desapiedadamente: como um corvo maldito, fareja faminto e brutal a bem-
aventurança da família, onde agora cada um de nós vê a existencia deslisando-
se calma e tranquila, cheia de paz e bem estar relativos16.
O texto também cobra e recomenda que os recursos disponíveis na Câmara
municipal sejam aplicados de maneira inteligente em obras de esgotamento e na
canalização das águas. Por último, interessante realçar a associação que a matéria faz
entre saúde pública e modernidade.
Transformemos a bella Leopoldina em uma cidade moderna, com todas as
condições de vida fácil e garantida. O saneamento se impõe como uma medida
de salvação publica. Cumpra a Camara esse dever imperioso e a sua missão
está completa gloriosamente, perante o municipio17.
Outro jornal – O Leopoldinense18 - estampava em sua primeira página que um
importante político local, o deputado Ribeiro Junqueira, membro de uma família de
proprietários de terra, havia apresentado um projeto de lei que autorizava o Estado a
conceder empréstimos para os municípios investirem em saneamento e se protegerem das
epidemias reinantes. A nota concluía com expectativa de que a medida fosse brevemente
implementada: “Attendas as difficuldades com que luctam algumas municipalidades –
aliás ricas para operações d’esta naturesa, é uma medida util e de todo ponto oportuna.
Resta que se torne efficaz no mais curto praso possivel”19.
Numa edição anterior, O Leopoldinense20 criticava a interrupção do tráfego na
Estrada de Ferro Leopoldina e o transtorno decorrente do risco de faltar gêneros para
subsistência no município, uma vez que o trem e o comércio ficaram parados, devido a
um surto de virgula morbus (cólera). O periódico aproveitou para questionar o governo
estadual e sua política fiscal, que prejudicava a cidade.
16 Op. cit. p. 2.
17 Op. cit. p. 3.
18 O Leopoldinense,nº 51, ano XVI , 02 de junho de 1895. p. 1. Disponível na Hemeroteca Digital da
Biblioteca Nacional.
19 Op. cit. p. 1.
20 O Leopoldinense,nº 38, ano XVI , 03 de fevereiro de 1895. p. 1. Disponível na Hemeroteca Digital da
Biblioteca Nacional.
13. Alem de todas estas eventualidades, que bem podiam encontrar remédio em
providencias tomadas com criterio pelo governo do Estado, vemos o nosso
municipio verdadeiramente desanimado e acabrunhado como peso terrivel que
esmaga a sua principal classe productora – a lavoura que está gemendo sob o
aguilhão do imposto arrocho de 11 % e actualmente está privada de obter os
generos de que carece para seu desenvolvimento21.
Há várias recomendações nos periódicos do final do século XIX as quais indicavam
a importância do saneamento da cidade e como se deveria tratar pessoas doentes,
isolando-as do convívio social. Em síntese, podemos depreender desses textos que
investir em saneamento deveria ser a prioridade do governo municipal, pois assim seria
possível evitar as epidemias, ao mesmo tempo que modernizaria a cidade, tornando-a
livre de infortúnios e obstáculos, para que seguisse rumo ao progresso.
O fato é que, no limiar do século XX, os problemas relacionados à saúde pública
ainda não tinham sido totalmente sanados, mas os esforços da imprensa e das lideranças
políticas locais lograram êxito, pois, quando o estado de Minas Gerais aderiu à campanha
nacional do saneamento, Leopoldina foi uma das pioneiras no estado a receber um posto
de profilaxia rural. O posto local foi inaugurado no dia 18 de agosto de 191822. Isso
ocorreu porque a cidade tinha valor econômico, conforme mencionado nos já citados
trabalhos de Abreu (2009, 2010), destacadamente no setor do agronegócio e também tinha
influência política em esfera estadual, por meio do deputado e depois senador José
Monteiro Ribeiro Junqueira (1871-1946).
Os postos de profilaxia eram unidades de saúde, as quais tinham como objetivo combater
as endemias rurais, como a malária e a ancilostomíase, prestar atendimento médico, além
de promover, junto à população do campo, campanhas educativas, educação higiênica e
práticas sanitárias para prevenção de doenças.
Um dos médicos responsáveis pelo atendimento no posto foi o jovem Irineu Lisbôa
(1894-1986), o qual se formou na primeira turma da Escola de Medicina de Belo
Horizonte, nomeado para o cargo por seu antigo professor e agora chefe da Diretoria de
Higiene do estado – Samuel Libânio. Lisbôa desembarcou em Leopoldina no dia 10 de
agosto de 1918 e logo em seguida começou a trabalhar. Na tabela23 a seguir, apresentamos
alguns dados levantados pelo movimento inicial do Posto de Profilaxia.
21 Op. cit. p. 1.
22 LISBOA, A. M. J. Memorial Dr. Irineu Lisboa: pioneiro da saúde pública e da radiologia no estado de
Minas Gerais. p. 9.
23 Dados extraídos do Memorial Dr. Irineu Lisboa: pioneiro da saúde pública e da radiologia no estado
de Minas Gerais. p. 9. Elaborado por Antonio Márcio Junqueira Lisboa.
14. Tabela 1 - Movimento do Posto de Profilaxia Rural (19 a 24 de agosto de 1918)
Latinhas distribuídas 575
Exames efetuados 407
Pessoas afetadas de opilação 225
Pessoas afetadas de outras verminoses 338
Exames negativos 70
Pessoas medicadas 234
Percentagem de opilação 55%
Percentagem de verminoses em geral 83%
Exames negativos 17%
Observe que os números eram por demais preocupantes, mais de 80% dos pacientes
examinados estavam contaminados com alguma verminose. A opilação atingia 55%, um
percentual bastante elevado. A conhecida frase proferida pelo médico Miguel Pereira, em
1916, parecia refletir diretamente a realidade que afligia a população leopoldinense – a
cidade era um imenso hospital.
Mediante os diagnósticos, o Posto de Profilaxia agia oferecendo medicamentos e
exames, realizando visitas nas residências para inspeção, tanto nas áreas rurais quanto na
urbana, fazendo palestras na escola e executando campanhas de vacinação.
A respeito das campanhas de vacinação, era uma medida fundamental na política
de saúde do estado de Minas Gerais. Daí a importância de se alcançar o maior número
15. possível de pessoas. O jornal Gazeta de Leopoldina24, ligado à família Ribeiro Junqueira,
chamava a atenção de seus leitores para o surto de varíola que ocorria no município de
Caratinga, não muito distante de Leopoldina. A publicação alertava para “o alto grau de
contagio do terrivel “morbus”, que, quando não mata, deforma”, por isso, seguia a nota,
“queremos crer que todos se esforçarão numa campanha de boa vontade para
circunscrever o surto ao local de seu aparecimento”. Finalizando o texto, só havia um
meio de se evitar a doença: vacinação.
Essas campanhas de vacinação contavam com a colaboração da imprensa local. O
jornal Gazeta de Leopoldina25 noticiou, alguns dias depois de alertar sobre o surto de
varíola numa cidade próxima, que a vacinação antivariólica ocorreria no Posto de
Higiene, mas poderia ser levada, mediante requisição, às fábricas, aos estabelecimentos
de ensino e a lugares onde habitavam várias pessoas. Os distritos também seriam
contemplados com a vacina.
As campanhas de saúde não se limitavam à imprensa. Como vimos anteriormente,
elas também eram levadas às escolas, através da educação higiênica, palestras para
estudantes e cursos ofertados aos professores. O grande público também era alcançado
pelo higienismo nas festas populares, como o carnaval, quando o Posto de Hygiene
municipal colocava nas ruas o carro alegórico intitulado Guerra ao mosquito. A ideia de
usar uma festa popular para conscientizar a população sobre os riscos gerados pela mosca
partiu da sensibilidade do médico Irineu Lisbôa e da relação de amizade que estabeleceu
com um grande artista local - Funchal Garcia (1889-1979), o qual certamente contribuiu
para a concretização de tão inventiva ideia. A fotografia26 abaixo, registrada no carnaval
de 1931, mostra a emblemática cena.
24 Gazeta de Leopoldina,nº 69, ano XXXIX , 12 de julho de 1933. p. 1. Disponível na Hemeroteca
Digital da Biblioteca Nacional.
25 Gazeta de Leopoldina,nº 72, ano XXXIX , 15 de JULHO de 1933. p. 1. Disponível na Hemeroteca
Digital da Biblioteca Nacional.
26 Fotografia disponível no site: < http://leopoldinense.com.br/noticia/965/dr-lisboa-e-funchal-garcia >
Acesso em 26 nov. 2016.
16. O carro alegórico trazia o mosquito Stegomyia fasciata ou Culex aegypti (Aedes),
transmissor da febre amarela, o inimigo da saúde do povo; numa atitude mórbida, estava
posicionada uma caveira humana, vítima da mosca; o médico, vestido de branco, em pé,
com postura altiva e redentora, representando a salvação pública. Segundo nos relatou27
o senhor Antonio Marcio Junqueira Lisboa, filho do Dr. Irineu Lisbôa, o médico na
fotografia é o seu pai e a caveira é o próprio Funchal Garcia.
Por fim, analisaremos uma última fonte iconográfica: uma fotografia28 registrada
em 1933. Trata-se do registro imagético de um concurso de robustez infantil, promovido
pelo Dr. Irineu Lisbôa no Centro de Saúde da cidade de Leopoldina.
27 Informação recebida por e-mail,no dia 16 de outubro de 2016.
28 Fotografia do Concurso de Robustez Infantil,Leopoldina (1933).Disponível on-lineem: <
http://leopoldinense.com.br/noticia/6530/concurso-de-robustez-infantil >Acesso em 26 nov. 2016.
17. A imagem mostra dezenas de mães exibindo suas respectivas crianças. Acreditamos que
tal concurso possa ser interpretado como um atestado de aprovação das políticas
sanitárias, uma vez que elas estavam associadas com a ideia de regenerar a raça brasileira,
tornando-a mais forte e saudável. As crianças nascidas de uma geração que viveu o
saneamento seriam eugenicamente menos suscetíveis às doenças venéreas e a desvios de
conduta, como o alcoolismo. O registro imagético torna-se então um documento com o
objetivo de demonstrar a eficácia da atuação do médico e dos serviços de saúde, tomando
a criança saudável como produto de seu trabalho.
A eugenia era um aspecto presente no pensamento de alguns médicos-sanitaristas, uma
vez que sanear o meio ambiente e disseminar a cultura do higienismo entre os indivíduos
poderiam ter como resultado o fortalecimento e a cura da raça. Alguns sanitaristas
acreditavam que as reformas “eram capazes de melhorar as condições hereditárias da
população, bem como combater certas enfermidades que podiam levar à degeneração,
como o alcoolismo”29.
29 ABREU, 2010,p. 11.
18. Considerações finais
Ao longo de nosso trabalho abordamos o movimento sanitarista no Brasil e vimos
que ele se dividiu em duas fases distintas: a primeira resumiu-se à higienização e ao
saneamento das capitais, sobretudo Rio de Janeiro e São Paulo; na segunda fase, o
movimento marchou em direção aos sertões brasileiros, adentrando a região norte e
também os demais estados do sul do país.
No desenrolar da segunda fase do movimento, insere-se o estado de Minas Gerais,
o qual aderiu à campanha nacional pelo saneamento. Embora o serviço sanitário mineiro
existisse desde o final do século XIX, foi só a partir de 1920 que ele trouxe mudanças
significativas na saúde pública mineira.
O município de Leopoldina, situado na Zona da Mata mineira, foi um dos primeiros
a ser beneficiado pelas políticas sanitárias, por se tratar de uma cidade inserida numa
região com valor econômico – a agropecuária – e contar com políticos influentes no
cenário regional.
As fontes ou vestígios históricos levantados e analisados neste trabalho
demonstraram que o Sanitarismo foi importante para a cidade mineira, ocupando as
páginas dos jornais e as preocupações das elites locais. Tal fato justifica-se,
provavelmente, devido à crença de que havia estreita associação entre saneamento, saúde
e modernidade, esta podendo ser entendida como uma possibilidade de desenvolvimento
do capitalismo agrário e da otimização dos negócios. Para os médicos-sanitaristas,
entretanto, sanear o ambiente era vital para regenerar a raça brasileira, fortalecendo o
povo e reforçando sua identidade nacional.
Enfim, ainda há muito por pesquisar, temos muitas perguntas que precisam de
respostas, mas pelos indícios que levantamos até aqui já colhemos provas suficientes para
sustentar a afirmação de que o movimento sanitarista foi bastante significativo em
Leopoldina e provocou impactos contundentes na saúde pública e na cultura da sociedade
local. Nossa busca por novas fontes permanecerá, pois entendemos que tal esforço é
relevante para a compreensão das relações políticas e sociais estabelecidas entre os
sujeitos históricos envolvidos no processo de constituição dos serviços de saúde na
cidade, médicos, dirigentes locais, autoridades estaduais, donos de terra e o povo, cuja
voz ainda não apareceu nas fontes, mas que tinha inegável importância tanto no
planejamento quanto na implementação das novas políticas públicas.
19. Fontes primárias
Correio de Leopoldina (1895), Edição n. 1.
O Leopoldinense (1895) nº 38 e 51, ano XVI.
Gazeta de Leopoldina (1933), nº 69 e 72, ano XXXIX.
Fotografias: Disponíveis no site do jornal Leopoldinense.
http://leopoldinense.com.br/inicio
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