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4. A condição vivida por Isaura difere, em muito, do que acontecia às escravas
brasileiras nos séculos XVII, XVIII e XVIII. A abordagem presente no romance de
Bernardo Guimarães é idealizada. Por isso, assinale-se a alternativa “c”.
SOLUÇÃO COMENTADA
ENEM-2009
6. O romance romântico teve fundamental importância na formação da ideia de
nação. Considerando o trecho acima, é possível reconhecer que uma das principais
e permanentes contribuições do Romantismo para construção da identidade da
nação é a
a) possibilidade de apresentar uma dimensão desconhecida da natureza nacional,
marcada pelo subdesenvolvimento e pela falta de perspectiva de renovação.
b) consciência da exploração da terra pelos colonizadores e pela classe dominante
local, o que coibiu a exploração desenfreada das riquezas naturais do país.
c) construção, em linguagem simples, realista e documental, sem fantasia ou
exaltação, de uma imagem da terra que revelou o quanto é grandiosa a natureza
brasileira.
d) expansão dos limites geográficos da terra, que promoveu o sentimento de
unidade do território nacional e deu a conhecer os lugares mais distantes do Brasil
aos brasileiros.
e) valorização da vida urbana e do progresso, em detrimento do interior do Brasil,
formulando um conceito de nação centrado nos modelos da nascente burguesia
brasileira.
QUESTÃO 02
ENEM-2009
9. O núcleo temático do soneto citado é típico da segunda geração romântica, porém
configura um lirismo que o projeta para além desse momento específico. O
fundamento desse lirismo é
a) a angústia alimentada pela constatação da irreversibilidade da morte.
b) a melancolia que frustra a possibilidade de reação diante da perda.
c) o descontrole das emoções provocado pela autopiedade.
d) o desejo de morrer como alívio para a desilusão amorosa.
e) o gosto pela escuridão como solução para o sofrimento.
QUESTÃO 03
ENEM-2010
10. O estado em que o sujeito poético se encontra se aproxima da catatonia. Sua
prostração é tamanha que parece que não fará coisa alguma. Isso pode ser
comprovado pela leitura da segunda estrofe – na qual o locutor afirma que está
parado no leito. Sendo assim, assinale-se a alternativa “b”.
SOLUÇÃO COMENTADA
ENEM-2010
12. QUESTÃO 04
primeira aplicação do ENEM-2014
As rubricas, em itálico, como as trazidas no trecho de Martins Pena, em uma
atuação teatral, constituem
a) necessidade, porque as encenações precisam ser fieis às diretrizes do autor.
b) possibilidade, porque o texto pode ser mudado, assim como outros elementos.
c) preciosismo, porque são irrelevantes para o texto ou para a encenação.
d) exigência, porque elas determinam as características do texto teatral.
e) imposição, porque elas anulam a autonomia do diretor.
13. SOLUÇÃO COMENTADA
primeira aplicação do ENEM-2014
As rubricas fazem parte do texto teatral. Na contemporaneidade, entretanto, os
diretores teatrais não se preocupam tanto em ser fieis às indicações do autor da
peça. Posto isso, deve-se assinalar a alternativa “b”.
15. QUESTÃO 05
segunda aplicação do ENEM-2014
A produção de Awlvares de Azevedo situa-se na década de 1850, período conhecido
na literatura brasileira como Ultrarromantismo. Nesse poema, a força expressiva da
exacerbação romântica identifica-se com o (a)
a) amor materno, que surge como possibilidade de salvação para o eu lírico.
b) saudosismo da infância, indicado pela menção às figuras da mãe e da irmã.
c) construção de versos irônicos e sarcásticos, apenas com aparência melancólica.
d) presença do tédio sentido pelo eu lírico, indicado pelo seu desejo de dormir.
e) fixação do eu lírico com a ideia da morte, o que o leva a sentir um tormento constante.
16. SOLUÇÃO COMENTADA
segunda aplicação do ENEM-2014
No poema em análise, percebe-se claramente que o sujeito poético apresenta-se
obcecado com a morte. Tal obsessão pode ser percebida mais claramente na
primeira [Páginas da vida que eu amava/ Rompei-vos…] e na terceira [Pressinto a
morte na fatal doença] estrofes. Deve-se, pois, assinalar a alternativa “e”. Atente-se
para o fato de que o locutor não justifica sua fixação com a morte; no entanto, na
poesia ultrarromântica em geral, essa atitude aparece como desdobramento do
sofrimento amoroso.
19. QUESTÃO 06
segunda aplicação do ENEM-2012
O fragmento do poema de Castro Alves exemplifica a afirmação de João Cabral de
Melo Neto porque
a) exalta o nacionalismo, embora lhe imprima um fundo ideológico retórico.
b) canta a paisagem local, no entanto, defende ideais do liberalismo.
c) mantém o canto saudosista da terra pátria, mas renova o tema amoroso.
d) explora a subjetividade do eu lírico, ainda que tematize a injustiça social.
e) inova na abordagem de aspecto social, mas mantém a visão lírica da pátria.
20. SOLUÇÃO COMENTADA
segunda aplicação do ENEM-2012
“A canção do africano” é uma peça de lirismo social, em que se denunciam as
atrocidades da escravidão.
Há, no trecho em análise, uma contraposição entre a terra em que se está e a terra
de que se tem saudade. Tal qual em Gonçalves Dias, em Castro Alves, nota-se a
presença de um nacionalismo de cunho ufanista [Esta terra é mais bonita,/ Mas à
outra eu quero bem].
Como a crítica que se faz à escravidão não possui um estofo real [não se
apresentam dados, tampouco se apresenta uma alternativa que vise à inserção
social do elemento africano], pode-se afirmar que ela seja retórica: é mais discurso
e emotividade do que razão e pensamento voltado para a ação].
Posto isso, deve-se assinalar a alternativa “e”, pois é em Castro Alves que a
escravidão do africano é vista como um problema social, entretanto, os dois
últimos versos se inserem na corrente do nacionalismo ufanista da primeira
geração do romantismo brasileiro.
21. Quem não se recorda de Aurélia Camargo, que atravessou o firmamento da corte
como brilhante meteoro, e apagou-se de repente no meio do deslumbramento que
produzira seu fulgor? Tinha ela dezoito anos quando apareceu a primeira vez na
sociedade. Não a conheciam; e logo buscaram todos com avidez informações
acerca da grande novidade do dia. Dizia-se muita coisa que não repetirei agora,
pois a seu tempo saberemos a verdade, sem os comentos malévolos de que usam
vesti-la os noveleiros. Aurélia era órfã; tinha em sua companhia uma velha parenta,
viúva, D. Firmina Mascarenhas, que sempre a acompanhava na sociedade. Mas
essa parenta não passava de mãe de encomenda, para condescender com os
escrúpulos da sociedade brasileira, que naquele tempo não tinha admitido ainda
certa emancipação feminina. Guardando com a viúva as deferências devidas à
idade, a moça não declinava um instante do firme propósito de governar sua casa e
dirigir suas ações como entendesse. Constava também que Aurélia tinha um tutor;
mas essa entidade era desconhecida, a julgar pelo caráter da pupila, não devia
exercer maior influência em sua vontade, do que a velha parenta.
ALENCAR, J. Senhora. São Paulo: Ática, 2006.
22. QUESTÃO 07
segunda aplicação do ENEM-2015
O romance Senhora, de José de Alencar, foi publicado em 1875. No fragmento
transcrito, a presença de D. Firmina Mascarenhas como “parenta” de Aurélia
Camargo assimila práticas e convenções sociais inseridas no contexto do
Romantismo, pois
a) o trabalho ficcional do narrador desvaloriza a mulher ao retratar a condição
feminina na sociedade brasileira da época.
b) o trabalho ficcional do narrador mascara os hábitos sociais no enredo de seu
romance.
c) as características da sociedade em que Aurélia vivia são remodeladas na
imaginação do narrador romântico.
d) o narrador evidencia o cerceamento sexista à autoridade da mulher,
financeiramente independente.
e) o narrador incorporou, em sua ficção, hábitos muito avançados para a sociedade
daquele período histórico.
23. SOLUÇÃO COMENTADA
segunda aplicação do ENEM-2015
Da leitura do fragmento depreende-se que Aurélia era uma mulher independente e
que isso não era comum para a sociedade da época: “essa parenta não passava de
mãe de encomenda, para condescender com os escrúpulos da sociedade brasileira,
que naquele tempo não tinha admitido ainda certa emancipação feminina”. Deve-
se, pois, assinalar a alternativa “d”.
24. Estas palavras ecoavam docemente pelos atentos ouvidos de Guaraciaba, e lhe
ressoavam n’alma como um hino celestial. Ela sentia-se ao mesmo tempo
enternecida e ufana por ouvir aquele altivo e indômito guerreiro pronunciar a seus
pés palavras do mais submisso e mavioso amor, e respondeu-lhe cheia de emoção:
— Itajiba, tuas falas são mais doces para minha alma que os favos de jataí, ou o
suco delicioso do abacaxi. Elas fazem-me palpitar o coração como a flor que
estremece ao bafejo perfumado das brisas da manhã. Tu me amas, bem o sei, e o
amor que te consagro também não é para ti nenhum segredo, embora meus lábios
não o tenham revelado. A flor, mesmo nas trevas, se trai pelo seu perfume; o fonte
do deserto, escondida entre os rochedos, revela-se por seu murmúrio ao
caminhante sequioso. Desde os primeiros momentos, tu viste meu coração abrir-se
para ti, como a flor do manacá aos primeiros raios de sol.
GUIMARÃES, B. O ermitão de Muquém. Disponível; em: www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 7 out. 2015.
25. QUESTÃO 08
terceira aplicação do ENEM-2016
O texto de Bernardo Guimarães é representativo da estética romântica. Entre as
marcas textuais que evidenciam a filiação a esse movimento literário está em
destaque a
a) referência a elementos da natureza local.
b) exaltação de Itajiba como nobre guerreiro.
c) cumplicidade entre o narrador e a paisagem.
d) representação idealizada do cenário descrito.
e) expressão da desilusão amorosa de Guaraciaba.
26. SOLUÇÃO COMENTADA
terceira aplicação do ENEM-2016
No texto de Bernardo Guimarães, o autor insere elementos da paisagem brasileira
na construção discursiva da personagem, o que se nota tanto em “Itajiba, tuas falas
são mais doces para minha alma que os favos de jataí] quanto do narrador” quanto
em “tu viste meu coração abrir-se para ti, como a flor do manacá aos primeiros
raios de sol”. Por isso, deve-se assinalar a alternativa “a”.