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ATENÇÃO ÀS
MULHERES
RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO:
ADEQUABILIDADE DA AMOSTRA
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RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO:
ADEQUABILIDADE DA AMOSTRA
• O Câncer do colo do útero, apesar de prevenível e tratável, ainda é o
responsável pela morte de cerca de 5 mil mulheres por ano no Brasil.
(Brasil, 2018)
• A realização do exame citopatológico (Papanicolaou) é ação importante
para o rastreamento adequado em mulheres entre 25 e 64 anos.
• Deve ser realizado a cada 3 anos após dois resultados negativos
consecutivos com intervalo de um ano.
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RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO:
ADEQUABILIDADE DA AMOSTRA
• Um dos eixos do Plano de Ação para Redução da Incidência e Mortalidade por Câncer
do Colo do Útero é a
• Garantia da qualidade do exame citopatológico.
• Diversas ações em decorrência estão em curso, como o Monitoramento
Externo e incentivo à concentração de análise das amostras por laboratórios
de maior porte (Brasil, 2010)
• As amostras insatisfatórias comprometem o adequado rastreamento das mulheres,
não devendo ultrapassar 5% das amostras realizadas.
• A proporção de amostras Insatisfatórias em exames citopatológicos do colo do útero é
um indicador. Ele está relacionado à qualidade da coleta, informa o percentual de
amostras consideradas inadequadas ou insuficientes para diagnóstico, necessitando de
repetição do exame. E ainda, permite avaliar e programar ações de capacitação de
recursos humanos visando otimizar recursos e evitar perdas na adesão das mulheres à
realização do exame.
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RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO:
ADEQUABILIDADE DA AMOSTRA
Objetivos dessa apresentação
Apresentar os requisitos para a adequabilidade
da amostra coletada no exame cipatológico,
segundo as Diretrizes Brasileiras para o
Rastreamento do Câncer do Colo do Útero,
2016.
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RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO:
ADEQUABILIDADE DA AMOSTRA
Introdução
• Na atual Nomenclatura Citológica Brasileira, a adequabilidade da amostra é
definida como satisfatória ou insatisfatória.
• O termo anteriormente utilizado “satisfatório, mas limitado” foi abolido.
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RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO:
ADEQUABILIDADE DA AMOSTRA
Classificação das amostras
Amostra cuja leitura esteja prejudicada
por razões de natureza técnica e/ou
outras de amostragem celular
Podem ser assim classificadas:
1. Material acelular ou hipocelular (<10% do esfregaço).
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Recomendações: O exame deve ser repetido em 6 a
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problema que motivou o resultado insatisfatório
Amostra insatisfatória para avaliação
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RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO:
ADEQUABILIDADE DA AMOSTRA
Células presentes na amostra
• Podem estar presentes células representativas dos epitélios do colo do útero:
Células escamosas.
Células glandulares (não inclui o epitélio endometrial)
Células metaplásicas
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RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO:
ADEQUABILIDADE DA AMOSTRA
Células presentes na amostra
• Podem estar presentes células representativas dos epitélios do colo do útero:
Células escamosas
A presença exclusiva de células escamosas deve ser
avaliada pelo médico assistente.
Células glandulares
(não inclui o epitélio endometrial)
Células metaplásicas
A presença de células metaplásicas ou células
endocervicais (glandulares) tem sido considerada
como indicador da qualidade da coleta, pelo fato
de essa coleta buscar obter elementos
representativos da Zona de Transformação e
Junção Escamo-colunar (JEC)
É muito importante que os profissionais de saúde atentem para a
representatividade da JEC nos esfregaços cervicovaginais, sob pena de não
propiciar à mulher todos os benefícios da prevenção do câncer do colo do útero.
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RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO:
ADEQUABILIDADE DA AMOSTRA
Esfregaços normais somente com células escamosas em mulheres com colo do
útero presente devem ser repetidos com intervalo de um ano e, com dois
exames normais anuais consecutivos, o intervalo passará a ser de três anos.
Para garantir boa representação celular do epitélio do colo do útero, o exame
citopatológico deve conter amostra do canal cervical, preferencialmente,
coletada com escova apropriada, e da ectocérvice, coletada com espátula tipo
ponta longa (espátula de Ayre).
Recomendações
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RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO:
ADEQUABILIDADE DA AMOSTRA
O que considerar nas coletas em situações especiais
Gestantes
Recomendações
O rastreamento em gestantes deve seguir as recomendações de periodicidade e
faixa etária como para as demais mulheres, devendo sempre ser considerada uma
oportunidade a procura ao serviço de saúde para realização de pré-natal.
Gestantes têm o mesmo risco que não gestantes de apresentarem câncer do colo do útero ou suas
lesões precursoras. O achado dessas alterações durante o ciclo grávido puerperal reflete a
portunidade do rastreamento durante o pré-natal. Apesar de a JEC no ciclo gravídico-puerperal
encontrar-se exteriorizada na ectocérvice na maioria das vezes, o que dispensaria a coleta
endocervical, a coleta de espécime endocervical não parece aumentar o risco sobre a gestação
quando utilizada uma técnica adequada.
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RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO:
ADEQUABILIDADE DA AMOSTRA
O que considerar nas coletas em situações especiais
Mulheres na pós-menopausa
Recomendações
Mulheres na pós-menopausa devem ser rastreadas de acordo com as orientações para as demais
mulheres. Se necessário, proceder à estrogenização previamente à realização da coleta, conforme
sugerido adiante (vide Exame citopatológico normal – Resultado indicando atrofia com inflamação).
Mulheres na pós-menopausa, sem história de diagnóstico ou tratamento de lesões precursoras do câncer de
colo uterino, apresentam baixo risco para desenvolvimento de câncer. O rastreamento citológico em
mulheres menopausadas pode levar a resultados falso-positivos causados pela atrofia secundária ao
hipoestrogenismo, gerando ansiedade na mulher e procedimentos diagnósticos e terapêuticos
desnecessários. É fato que o diagnóstico de casos novos de câncer do colo uterino está associado, em todas
as faixas etárias, com a ausência ou irregularidade do rastreamento. O seguimento de mulheres na pós-
menopausa deve levar em conta seu histórico de exames.
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RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO:
ADEQUABILIDADE DA AMOSTRA
O que considerar nas coletas em situações especiais
Mulheres Histerectomizadas
Recomendações
Mulheres submetidas à histerectomia total por lesões benignas, sem história prévia de diagnóstico ou
tratamento de lesões cervicais de alto grau, podem ser excluídas do rastreamento, desde que
apresentem exames anteriores normais. Em casos de histerectomia por lesão precursora ou câncer do
colo do útero, a mulher deverá ser acompanhada de acordo com a lesão tratada.
O rastreamento realizado em mulheres sem colo do útero devido à histerectomia por condições
benignas apresenta menos de um exame citopatológico alterado por mil exames realizados.
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ADEQUABILIDADE DA AMOSTRA
O que considerar nas coletas em situações especiais
Mulheres sem história de atividade sexual
Recomendações
Mulheres sem história de atividade sexual não devem ser
submetidas ao rastreamento do câncer do colo do útero.
Considerando os conhecimentos atuais em relação ao papel do HPV na carcinogênese do colo
uterino e que a infecção viral ocorre por transmissão sexual, o risco de uma mulher que não tenha
iniciado atividade sexual desenvolver essa neoplasia é desprezível.
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ADEQUABILIDADE DA AMOSTRA
O que considerar nas coletas em situações especiais
Imunossuprimidas
Recomendações
O exame citopatológico deve ser realizado nesse grupo de mulheres após o início da atividade
sexual com intervalos semestrais no primeiro ano e, se normais, manter seguimento anual
enquanto se mantiver o fator de imunossupressão. Mulheres HIV positivas com contagem de
linfócitos CD4+ abaixo de 200 células/mm3 devem ter priorizada a correção dos níveis de
CD4+ e, enquanto isso, devem ter o rastreamento citológico a cada seis meses.
Alguns fatores de risco diretamente relacionados à resposta imunológica têm sido associados à
maior chance de desenvolvimento de lesões precursoras do câncer do colo do útero. Mulheres
infectadas pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), imunossuprimidas por uso de
imunossupressores após transplante de órgãos sólidos, em tratamentos de câncer e usuárias
crônicas de corticosteroides constituem os principais exemplos desse grupo.
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RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO:
ADEQUABILIDADE DA AMOSTRA
• O sucesso na prevenção do câncer do colo do útero depende de uma
série de etapas
• Uma delas, de grande importância, é a coleta adequada, na
periodicidade e faixa etária recomendadas
• Monitore as amostras coletadas! As amostras insatisfatórias não
podem representar mais de 5% das amostras, pois pode comprometer
os benefícios do rastreamento
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RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO:
ADEQUABILIDADE DA AMOSTRA
• Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Coordenação de Prevenção e Vigilância. Divisão de Detecção Precoce e Apoio à Organização
de Rede. Diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer do colo do útero / Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva.
Coordenação de Prevenção e Vigilância. Divisão de Detecção Precoce e Apoio à Organização de Rede. – 2. ed. rev. atual. – Rio de Janeiro: INCA, 2016.
• La Vecchia C, Decarli A, Gallus G. Epidemiological data on cervical carcinoma relevant to cytopathology. Appl Pathol. 1987;5(1):25-32. PubMed PMID:
3620205.
• Miller MG, Sung HY, Sawaya GF, Kearney KA, Kinney W, Hiatt RA. Screening interval and risk of invasive squamous cell cervical cancer. Obstet Gynecol.
2003 Jan;101(1):29-37. PubMed PMID: 12517642.
• Sawaya GF, McConnell KJ, Kulasingam SL, Lawson HW, Kerlikowske K, Melnikow J, Lee NC, Gildengorin G, Myers ER, Washington AE. Risk of cervical
cancer associated with extending the interval between cervical-cancer screenings. N Engl J Med. 2003 Oct 16;349(16):1501-9. PubMed PMID:
14561792.
• Simonella L, Canfell K. The impact of a two- versus three-yearly cervical screening interval recommendation on cervical cancer incidence and mortality:
an analysis of trends in Australia, New Zealand, and England. Cancer Causes Control. 2013 Sep;24(9):1727-36. doi: 10.1007/s10552-013-0250-9. Epub
2013 Jul 6. Erratum in: Cancer Causes Control. 2013 Nov;24(11):2035. PubMed PMID: 23832659.
Referências bibliográficas
ATENÇÃO ÀS
MULHERES
portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
Material de 05 de julho de 2018
Disponível em: portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
Eixo: Atenção às Mulheres
Aprofunde seus conhecimentos acessando artigos disponíveis na biblioteca do Portal.
RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO:
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Diabetes Mellitus na Gestação: classificação e diagnóstico
 

Amostra adequada rastreamento câncer colo útero

  • 1. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br ATENÇÃO ÀS MULHERES RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO: ADEQUABILIDADE DA AMOSTRA
  • 2. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO: ADEQUABILIDADE DA AMOSTRA • O Câncer do colo do útero, apesar de prevenível e tratável, ainda é o responsável pela morte de cerca de 5 mil mulheres por ano no Brasil. (Brasil, 2018) • A realização do exame citopatológico (Papanicolaou) é ação importante para o rastreamento adequado em mulheres entre 25 e 64 anos. • Deve ser realizado a cada 3 anos após dois resultados negativos consecutivos com intervalo de um ano.
  • 3. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO: ADEQUABILIDADE DA AMOSTRA • Um dos eixos do Plano de Ação para Redução da Incidência e Mortalidade por Câncer do Colo do Útero é a • Garantia da qualidade do exame citopatológico. • Diversas ações em decorrência estão em curso, como o Monitoramento Externo e incentivo à concentração de análise das amostras por laboratórios de maior porte (Brasil, 2010) • As amostras insatisfatórias comprometem o adequado rastreamento das mulheres, não devendo ultrapassar 5% das amostras realizadas. • A proporção de amostras Insatisfatórias em exames citopatológicos do colo do útero é um indicador. Ele está relacionado à qualidade da coleta, informa o percentual de amostras consideradas inadequadas ou insuficientes para diagnóstico, necessitando de repetição do exame. E ainda, permite avaliar e programar ações de capacitação de recursos humanos visando otimizar recursos e evitar perdas na adesão das mulheres à realização do exame.
  • 4. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO: ADEQUABILIDADE DA AMOSTRA Objetivos dessa apresentação Apresentar os requisitos para a adequabilidade da amostra coletada no exame cipatológico, segundo as Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do Colo do Útero, 2016.
  • 5. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO: ADEQUABILIDADE DA AMOSTRA Introdução • Na atual Nomenclatura Citológica Brasileira, a adequabilidade da amostra é definida como satisfatória ou insatisfatória. • O termo anteriormente utilizado “satisfatório, mas limitado” foi abolido.
  • 6. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO: ADEQUABILIDADE DA AMOSTRA Classificação das amostras Amostra cuja leitura esteja prejudicada por razões de natureza técnica e/ou outras de amostragem celular Podem ser assim classificadas: 1. Material acelular ou hipocelular (<10% do esfregaço). 2. Leitura prejudicada (>75% do esfregaço) por presença de sangue, piócitos, artefatos de dessecamento, contaminantes externos ou intensa superposição celular Amostra satisfatória para avaliação Amostra que apresente células em quantidade representativa, bem distribuídas, fixadas e coradas, de tal modo que sua observação permita uma conclusão diagnóstica. Recomendações: O exame deve ser repetido em 6 a 12 semanas com correção, quando possível, do problema que motivou o resultado insatisfatório Amostra insatisfatória para avaliação
  • 7. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO: ADEQUABILIDADE DA AMOSTRA Células presentes na amostra • Podem estar presentes células representativas dos epitélios do colo do útero: Células escamosas. Células glandulares (não inclui o epitélio endometrial) Células metaplásicas
  • 8. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO: ADEQUABILIDADE DA AMOSTRA Células presentes na amostra • Podem estar presentes células representativas dos epitélios do colo do útero: Células escamosas A presença exclusiva de células escamosas deve ser avaliada pelo médico assistente. Células glandulares (não inclui o epitélio endometrial) Células metaplásicas A presença de células metaplásicas ou células endocervicais (glandulares) tem sido considerada como indicador da qualidade da coleta, pelo fato de essa coleta buscar obter elementos representativos da Zona de Transformação e Junção Escamo-colunar (JEC) É muito importante que os profissionais de saúde atentem para a representatividade da JEC nos esfregaços cervicovaginais, sob pena de não propiciar à mulher todos os benefícios da prevenção do câncer do colo do útero.
  • 9. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO: ADEQUABILIDADE DA AMOSTRA Esfregaços normais somente com células escamosas em mulheres com colo do útero presente devem ser repetidos com intervalo de um ano e, com dois exames normais anuais consecutivos, o intervalo passará a ser de três anos. Para garantir boa representação celular do epitélio do colo do útero, o exame citopatológico deve conter amostra do canal cervical, preferencialmente, coletada com escova apropriada, e da ectocérvice, coletada com espátula tipo ponta longa (espátula de Ayre). Recomendações
  • 10. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO: ADEQUABILIDADE DA AMOSTRA O que considerar nas coletas em situações especiais Gestantes Recomendações O rastreamento em gestantes deve seguir as recomendações de periodicidade e faixa etária como para as demais mulheres, devendo sempre ser considerada uma oportunidade a procura ao serviço de saúde para realização de pré-natal. Gestantes têm o mesmo risco que não gestantes de apresentarem câncer do colo do útero ou suas lesões precursoras. O achado dessas alterações durante o ciclo grávido puerperal reflete a portunidade do rastreamento durante o pré-natal. Apesar de a JEC no ciclo gravídico-puerperal encontrar-se exteriorizada na ectocérvice na maioria das vezes, o que dispensaria a coleta endocervical, a coleta de espécime endocervical não parece aumentar o risco sobre a gestação quando utilizada uma técnica adequada.
  • 11. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO: ADEQUABILIDADE DA AMOSTRA O que considerar nas coletas em situações especiais Mulheres na pós-menopausa Recomendações Mulheres na pós-menopausa devem ser rastreadas de acordo com as orientações para as demais mulheres. Se necessário, proceder à estrogenização previamente à realização da coleta, conforme sugerido adiante (vide Exame citopatológico normal – Resultado indicando atrofia com inflamação). Mulheres na pós-menopausa, sem história de diagnóstico ou tratamento de lesões precursoras do câncer de colo uterino, apresentam baixo risco para desenvolvimento de câncer. O rastreamento citológico em mulheres menopausadas pode levar a resultados falso-positivos causados pela atrofia secundária ao hipoestrogenismo, gerando ansiedade na mulher e procedimentos diagnósticos e terapêuticos desnecessários. É fato que o diagnóstico de casos novos de câncer do colo uterino está associado, em todas as faixas etárias, com a ausência ou irregularidade do rastreamento. O seguimento de mulheres na pós- menopausa deve levar em conta seu histórico de exames.
  • 12. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO: ADEQUABILIDADE DA AMOSTRA O que considerar nas coletas em situações especiais Mulheres Histerectomizadas Recomendações Mulheres submetidas à histerectomia total por lesões benignas, sem história prévia de diagnóstico ou tratamento de lesões cervicais de alto grau, podem ser excluídas do rastreamento, desde que apresentem exames anteriores normais. Em casos de histerectomia por lesão precursora ou câncer do colo do útero, a mulher deverá ser acompanhada de acordo com a lesão tratada. O rastreamento realizado em mulheres sem colo do útero devido à histerectomia por condições benignas apresenta menos de um exame citopatológico alterado por mil exames realizados.
  • 13. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO: ADEQUABILIDADE DA AMOSTRA O que considerar nas coletas em situações especiais Mulheres sem história de atividade sexual Recomendações Mulheres sem história de atividade sexual não devem ser submetidas ao rastreamento do câncer do colo do útero. Considerando os conhecimentos atuais em relação ao papel do HPV na carcinogênese do colo uterino e que a infecção viral ocorre por transmissão sexual, o risco de uma mulher que não tenha iniciado atividade sexual desenvolver essa neoplasia é desprezível.
  • 14. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO: ADEQUABILIDADE DA AMOSTRA O que considerar nas coletas em situações especiais Imunossuprimidas Recomendações O exame citopatológico deve ser realizado nesse grupo de mulheres após o início da atividade sexual com intervalos semestrais no primeiro ano e, se normais, manter seguimento anual enquanto se mantiver o fator de imunossupressão. Mulheres HIV positivas com contagem de linfócitos CD4+ abaixo de 200 células/mm3 devem ter priorizada a correção dos níveis de CD4+ e, enquanto isso, devem ter o rastreamento citológico a cada seis meses. Alguns fatores de risco diretamente relacionados à resposta imunológica têm sido associados à maior chance de desenvolvimento de lesões precursoras do câncer do colo do útero. Mulheres infectadas pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), imunossuprimidas por uso de imunossupressores após transplante de órgãos sólidos, em tratamentos de câncer e usuárias crônicas de corticosteroides constituem os principais exemplos desse grupo.
  • 15. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO: ADEQUABILIDADE DA AMOSTRA • O sucesso na prevenção do câncer do colo do útero depende de uma série de etapas • Uma delas, de grande importância, é a coleta adequada, na periodicidade e faixa etária recomendadas • Monitore as amostras coletadas! As amostras insatisfatórias não podem representar mais de 5% das amostras, pois pode comprometer os benefícios do rastreamento
  • 16. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO: ADEQUABILIDADE DA AMOSTRA • Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Coordenação de Prevenção e Vigilância. Divisão de Detecção Precoce e Apoio à Organização de Rede. Diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer do colo do útero / Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Coordenação de Prevenção e Vigilância. Divisão de Detecção Precoce e Apoio à Organização de Rede. – 2. ed. rev. atual. – Rio de Janeiro: INCA, 2016. • La Vecchia C, Decarli A, Gallus G. Epidemiological data on cervical carcinoma relevant to cytopathology. Appl Pathol. 1987;5(1):25-32. PubMed PMID: 3620205. • Miller MG, Sung HY, Sawaya GF, Kearney KA, Kinney W, Hiatt RA. Screening interval and risk of invasive squamous cell cervical cancer. Obstet Gynecol. 2003 Jan;101(1):29-37. PubMed PMID: 12517642. • Sawaya GF, McConnell KJ, Kulasingam SL, Lawson HW, Kerlikowske K, Melnikow J, Lee NC, Gildengorin G, Myers ER, Washington AE. Risk of cervical cancer associated with extending the interval between cervical-cancer screenings. N Engl J Med. 2003 Oct 16;349(16):1501-9. PubMed PMID: 14561792. • Simonella L, Canfell K. The impact of a two- versus three-yearly cervical screening interval recommendation on cervical cancer incidence and mortality: an analysis of trends in Australia, New Zealand, and England. Cancer Causes Control. 2013 Sep;24(9):1727-36. doi: 10.1007/s10552-013-0250-9. Epub 2013 Jul 6. Erratum in: Cancer Causes Control. 2013 Nov;24(11):2035. PubMed PMID: 23832659. Referências bibliográficas
  • 17. ATENÇÃO ÀS MULHERES portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br Material de 05 de julho de 2018 Disponível em: portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br Eixo: Atenção às Mulheres Aprofunde seus conhecimentos acessando artigos disponíveis na biblioteca do Portal. RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO: ADEQUABILIDADE DA AMOSTRA