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ATENÇÃO ÀS
MULHERES
RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO:
COBERTURA, PERIODICIDADE E POPULAÇÃO-ALVO
Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do Colo do Útero, 2016
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RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO:
COBERTURA, PERIODICIDADE E POPULAÇÃO-ALVO
• O Câncer do colo do útero, apesar de prevenível e tratável, ainda
é o responsável pela morte de cerca de 5 mil mulheres por ano
no Brasil. (Brasil, 2018)
• As ações para prevenção do câncer do colo do útero ocorrem por
meio de ações de educação em saúde, vacinação de grupos
indicados e detecção precoce do câncer e de suas lesões
precursoras por meio de seu rastreamento. (Brasil, 2016)
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RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO:
COBERTURA, PERIODICIDADE E POPULAÇÃO-ALVO
• O padrão predominante do rastreamento no Brasil é oportunístico, ou
seja, as mulheres têm realizado o exame de Papanicolaou quando
procuram os serviços de saúde por outras razões.
• Consequentemente, 20% a 25% dos exames têm sido realizados fora do
grupo etário recomendado e aproximadamente metade deles com
intervalo de um ano ou menos, quando o recomendado são três anos.
• Assim, há um contingente de mulheres superrastreadas e outro
contingente sem qualquer exame de rastreamento.
• Desafio: alcançar o rastreamento organizado, ofertando as ações às
mulheres do público-alvo na periodicidade adequada.
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RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO:
COBERTURA, PERIODICIDADE E POPULAÇÃO-ALVO
Objetivos dessa apresentação
Apresentar as recomendações de cobertura,
periodicidade e população-alvo para o rastreamento
do câncer do colo do útero, segundo as Diretrizes
Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do Colo do
Útero, 2016.
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RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO:
COBERTURA, PERIODICIDADE E POPULAÇÃO-ALVO
Introdução
• A realização periódica do exame citopatológico continua sendo a estratégia mais
amplamente adotada para o rastreamento do câncer do colo do útero.
• Atingir alta cobertura da população definida como alvo é o componente mais importante
no âmbito da atenção primária, para que se obtenha significativa redução da incidência e
da mortalidade por câncer do colo do útero.
• É consenso que o rastreamento organizado do câncer do colo do útero é o desafio a ser
vencido para que se obtenha a melhor relação custo-benefício possível com alta cobertura
populacional.
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RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO:
COBERTURA, PERIODICIDADE E POPULAÇÃO-ALVO
• A história natural do câncer do colo do útero geralmente apresenta um longo período de
lesões precursoras, assintomáticas, curáveis na quase totalidade dos casos quando
tratadas adequadamente.
• As recomendações da OMS (1988) para o rastreamento do câncer e suas lesões
precursoras que deram origem às normas brasileiras, basearam-se em estudo que
demonstrava proteção conferida em até dez anos por um exame prévio negativo era de
58% e de 80% se dois exames fossem negativos (evidência alta). (La Vecchia, 1987)
• Estudos mais recentes têm confirmado que o exame citológico realizado a cada três anos
é seguro após dois ou três resultados negativos (evidência moderada). (Miller et al, 2003; Sawaya, et al.
2003; Simonella e Canfell, 2013)
Periodicidade
Recomendação das diretrizes: Os dois primeiros exames devem ser
realizados com intervalo anual e, se ambos os resultados forem
negativos, os próximos devem ser realizados a cada 3 anos.
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RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO:
COBERTURA, PERIODICIDADE E POPULAÇÃO-ALVO
População-alvo do rastreamento: definição da faixa etária
• A definição de quais mulheres devem ser rastreadas tem sido objeto de muitos
questionamentos.
• O rastreamento em mulheres com menos de 25 anos não tem impacto na redução da
incidência ou mortalidade por câncer do colo do útero.
• Além da baixa incidência de câncer do colo do útero em mulheres jovens, há evidências
de que o rastreamento em mulheres com menos de 25 anos seja menos eficiente do que
em mulheres mais maduras e, podem acarretar em procedimentos diagnósticos ou
terapêuticos que podem comprometer sua vida reprodutiva.
• Há menos evidências objetivas sobre quando as mulheres devem encerrar o
rastreamento do câncer do colo do útero.
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RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO:
COBERTURA, PERIODICIDADE E POPULAÇÃO-ALVO
População-alvo do rastreamento: definição da faixa etária
• Mulheres com rastreamento citológico negativo entre 50 e 64 anos apresentam uma
diminuição de 84% no risco de desenvolver um carcinoma invasor entre 65 e 83 anos, em
relação às mulheres que não foram rastreadas. Por outro lado, à medida que aumenta o
intervalo desde o último exame, há aumento discreto do risco de desenvolvimento de um
novo carcinoma (CASTAÑÓN et al, 2014). Mesmo em países com população de alta longevidade, não
há dados objetivos de que o rastreamento seja efetivo após 65 anos de idade (Sasieni et al, 2010).
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RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO:
COBERTURA, PERIODICIDADE E POPULAÇÃO-ALVO
População-alvo do rastreamento: definição da faixa etária
• Na última edição das Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do Colo do
Útero, publicada em 2011, elevou-se de 59 para 64 anos a idade da mulher sem história
prévia de doença pré-invasiva para encerrar o rastreamento, o que está em concordância
com o conhecimento mais atual e com a grande maioria das recomendações vigentes.
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RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO:
COBERTURA, PERIODICIDADE E POPULAÇÃO-ALVO
• O rastreamento antes dos 25 anos deve ser evitado.
• O início da coleta deve ser aos 25 anos de idade para as mulheres que já tiveram ou têm
atividade sexual.
• Os exames periódicos devem seguir até os 64 anos de idade e, naquelas mulheres sem
história prévia de doença neoplásica pré-invasiva, interrompidos quando essas mulheres
tiverem pelo menos dois exames negativos consecutivos nos últimos cinco anos.
• Para mulheres com mais 64 anos de idade e que nunca se submeteram ao exame
citopatológico, deve-se realizar dois exames com intervalo de um a três anos. Se ambos
os exames forem negativos, essas mulheres podem ser dispensadas de exames adicionais.
População-alvo do rastreamento: Recomendações das diretrizes
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RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO:
COBERTURA, PERIODICIDADE E POPULAÇÃO-ALVO
• O método de rastreamento do câncer do colo do útero e de
suas lesões precursoras é o exame citopatológico.
• População alvo: mulheres de 25 a 64 anos.
• Periodicidade: a cada três anos, após dois exames anuais
sem anormalidade.
• Cobertura: todas as mulheres em idade de rastreamento
devem realizar o exame segundo a periodicidade
recomendada.
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RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO:
COBERTURA, PERIODICIDADE E POPULAÇÃO-ALVO
• INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA. Diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer do colo
do útero. 2. ed. rev. atual. Rio de Janeiro, 2016.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Sistema de informação sobre mortalidade (SIM). Brasília, DF: MS, [2018]. Disponível em:
<http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=0205&id=6937>. Acesso em: 8 jan. 2018.
• LA VECCHIA, C.; DECARLI, A.; GALLUS, G. Epidemiological data on cervical carcinoma relevant to cytopathology. Applied
Pathology, v. 5, n. 1, p. 25-32, 1987.
• MILLER, M. G. et al. Screening interval and risk of invasive squamous cell cervical cancer. Obstetrics Gynecology, v. 101, n. 1, p.
29-37, 2003.
• SAWAYA, G. F. et al. Risk of cervical cancer associated with extending the interval between cervicalcancer screenings. New
England Journal of Medicine, v. 349, n. 16, p. 1501-1509, 2003.
• SIMONELLA, L.; CANFELL, K. The impact of a two- versus three-yearly cervical screening interval recommendation on cervical
cancer incidence and mortality: an analysis of trends in Australia, New Zealand, and England. Cancer Causes Control, v. 24, n. 9,
p. 1727-1736, 2013.
• CASTAÑÓN, A. et al. Cervical screening at age 50-64 years and the risk of cervical cancer at age 65 years and older: population-
based case control study. PLoS Medicine, v. 11, n. 1, 2014.
• SASIENI, P.; CASTAÑON, A.; CUZICK, J. What is the right age for cervical cancer screening? Womens Health, v. 6, n. 1, p. 1-4,
2010.
Referências bibliográficas
ATENÇÃO ÀS
MULHERES
portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
Material de 20 de julho de 2018
Disponível em: portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
Eixo: Atenção às Mulheres
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Rastreamento do câncer do colo do útero: cobertura, periodicidade e população-alvo

  • 1. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br ATENÇÃO ÀS MULHERES RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO: COBERTURA, PERIODICIDADE E POPULAÇÃO-ALVO Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do Colo do Útero, 2016
  • 2. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO: COBERTURA, PERIODICIDADE E POPULAÇÃO-ALVO • O Câncer do colo do útero, apesar de prevenível e tratável, ainda é o responsável pela morte de cerca de 5 mil mulheres por ano no Brasil. (Brasil, 2018) • As ações para prevenção do câncer do colo do útero ocorrem por meio de ações de educação em saúde, vacinação de grupos indicados e detecção precoce do câncer e de suas lesões precursoras por meio de seu rastreamento. (Brasil, 2016)
  • 3. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO: COBERTURA, PERIODICIDADE E POPULAÇÃO-ALVO • O padrão predominante do rastreamento no Brasil é oportunístico, ou seja, as mulheres têm realizado o exame de Papanicolaou quando procuram os serviços de saúde por outras razões. • Consequentemente, 20% a 25% dos exames têm sido realizados fora do grupo etário recomendado e aproximadamente metade deles com intervalo de um ano ou menos, quando o recomendado são três anos. • Assim, há um contingente de mulheres superrastreadas e outro contingente sem qualquer exame de rastreamento. • Desafio: alcançar o rastreamento organizado, ofertando as ações às mulheres do público-alvo na periodicidade adequada.
  • 4. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO: COBERTURA, PERIODICIDADE E POPULAÇÃO-ALVO Objetivos dessa apresentação Apresentar as recomendações de cobertura, periodicidade e população-alvo para o rastreamento do câncer do colo do útero, segundo as Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do Colo do Útero, 2016.
  • 5. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO: COBERTURA, PERIODICIDADE E POPULAÇÃO-ALVO Introdução • A realização periódica do exame citopatológico continua sendo a estratégia mais amplamente adotada para o rastreamento do câncer do colo do útero. • Atingir alta cobertura da população definida como alvo é o componente mais importante no âmbito da atenção primária, para que se obtenha significativa redução da incidência e da mortalidade por câncer do colo do útero. • É consenso que o rastreamento organizado do câncer do colo do útero é o desafio a ser vencido para que se obtenha a melhor relação custo-benefício possível com alta cobertura populacional.
  • 6. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO: COBERTURA, PERIODICIDADE E POPULAÇÃO-ALVO • A história natural do câncer do colo do útero geralmente apresenta um longo período de lesões precursoras, assintomáticas, curáveis na quase totalidade dos casos quando tratadas adequadamente. • As recomendações da OMS (1988) para o rastreamento do câncer e suas lesões precursoras que deram origem às normas brasileiras, basearam-se em estudo que demonstrava proteção conferida em até dez anos por um exame prévio negativo era de 58% e de 80% se dois exames fossem negativos (evidência alta). (La Vecchia, 1987) • Estudos mais recentes têm confirmado que o exame citológico realizado a cada três anos é seguro após dois ou três resultados negativos (evidência moderada). (Miller et al, 2003; Sawaya, et al. 2003; Simonella e Canfell, 2013) Periodicidade Recomendação das diretrizes: Os dois primeiros exames devem ser realizados com intervalo anual e, se ambos os resultados forem negativos, os próximos devem ser realizados a cada 3 anos.
  • 7. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO: COBERTURA, PERIODICIDADE E POPULAÇÃO-ALVO População-alvo do rastreamento: definição da faixa etária • A definição de quais mulheres devem ser rastreadas tem sido objeto de muitos questionamentos. • O rastreamento em mulheres com menos de 25 anos não tem impacto na redução da incidência ou mortalidade por câncer do colo do útero. • Além da baixa incidência de câncer do colo do útero em mulheres jovens, há evidências de que o rastreamento em mulheres com menos de 25 anos seja menos eficiente do que em mulheres mais maduras e, podem acarretar em procedimentos diagnósticos ou terapêuticos que podem comprometer sua vida reprodutiva. • Há menos evidências objetivas sobre quando as mulheres devem encerrar o rastreamento do câncer do colo do útero.
  • 8. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO: COBERTURA, PERIODICIDADE E POPULAÇÃO-ALVO População-alvo do rastreamento: definição da faixa etária • Mulheres com rastreamento citológico negativo entre 50 e 64 anos apresentam uma diminuição de 84% no risco de desenvolver um carcinoma invasor entre 65 e 83 anos, em relação às mulheres que não foram rastreadas. Por outro lado, à medida que aumenta o intervalo desde o último exame, há aumento discreto do risco de desenvolvimento de um novo carcinoma (CASTAÑÓN et al, 2014). Mesmo em países com população de alta longevidade, não há dados objetivos de que o rastreamento seja efetivo após 65 anos de idade (Sasieni et al, 2010).
  • 9. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO: COBERTURA, PERIODICIDADE E POPULAÇÃO-ALVO População-alvo do rastreamento: definição da faixa etária • Na última edição das Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do Colo do Útero, publicada em 2011, elevou-se de 59 para 64 anos a idade da mulher sem história prévia de doença pré-invasiva para encerrar o rastreamento, o que está em concordância com o conhecimento mais atual e com a grande maioria das recomendações vigentes.
  • 10. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO: COBERTURA, PERIODICIDADE E POPULAÇÃO-ALVO • O rastreamento antes dos 25 anos deve ser evitado. • O início da coleta deve ser aos 25 anos de idade para as mulheres que já tiveram ou têm atividade sexual. • Os exames periódicos devem seguir até os 64 anos de idade e, naquelas mulheres sem história prévia de doença neoplásica pré-invasiva, interrompidos quando essas mulheres tiverem pelo menos dois exames negativos consecutivos nos últimos cinco anos. • Para mulheres com mais 64 anos de idade e que nunca se submeteram ao exame citopatológico, deve-se realizar dois exames com intervalo de um a três anos. Se ambos os exames forem negativos, essas mulheres podem ser dispensadas de exames adicionais. População-alvo do rastreamento: Recomendações das diretrizes
  • 11. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO: COBERTURA, PERIODICIDADE E POPULAÇÃO-ALVO • O método de rastreamento do câncer do colo do útero e de suas lesões precursoras é o exame citopatológico. • População alvo: mulheres de 25 a 64 anos. • Periodicidade: a cada três anos, após dois exames anuais sem anormalidade. • Cobertura: todas as mulheres em idade de rastreamento devem realizar o exame segundo a periodicidade recomendada.
  • 12. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO: COBERTURA, PERIODICIDADE E POPULAÇÃO-ALVO • INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA. Diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer do colo do útero. 2. ed. rev. atual. Rio de Janeiro, 2016. • BRASIL. Ministério da Saúde. Sistema de informação sobre mortalidade (SIM). Brasília, DF: MS, [2018]. Disponível em: <http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=0205&id=6937>. Acesso em: 8 jan. 2018. • LA VECCHIA, C.; DECARLI, A.; GALLUS, G. Epidemiological data on cervical carcinoma relevant to cytopathology. Applied Pathology, v. 5, n. 1, p. 25-32, 1987. • MILLER, M. G. et al. Screening interval and risk of invasive squamous cell cervical cancer. Obstetrics Gynecology, v. 101, n. 1, p. 29-37, 2003. • SAWAYA, G. F. et al. Risk of cervical cancer associated with extending the interval between cervicalcancer screenings. New England Journal of Medicine, v. 349, n. 16, p. 1501-1509, 2003. • SIMONELLA, L.; CANFELL, K. The impact of a two- versus three-yearly cervical screening interval recommendation on cervical cancer incidence and mortality: an analysis of trends in Australia, New Zealand, and England. Cancer Causes Control, v. 24, n. 9, p. 1727-1736, 2013. • CASTAÑÓN, A. et al. Cervical screening at age 50-64 years and the risk of cervical cancer at age 65 years and older: population- based case control study. PLoS Medicine, v. 11, n. 1, 2014. • SASIENI, P.; CASTAÑON, A.; CUZICK, J. What is the right age for cervical cancer screening? Womens Health, v. 6, n. 1, p. 1-4, 2010. Referências bibliográficas
  • 13. ATENÇÃO ÀS MULHERES portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br Material de 20 de julho de 2018 Disponível em: portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br Eixo: Atenção às Mulheres Aprofunde seus conhecimentos acessando artigos disponíveis na biblioteca do Portal.