O documento descreve a evolução histórica da tabela periódica dos elementos desde as primeiras tentativas de classificação no século XIX até a versão moderna. Detalha os modelos propostos por Boebereiner, Hess, Chancourtoir e Newlands e destaca a contribuição fundamental de Mendeleev em 1869, que estabeleceu a primeira tabela periódica com padrões reconhecíveis. Também menciona as melhorias trazidas por Mosseley e Seaborg e resume as principais características dos grupos de elementos na tabela at
1. CENTRO UNIVERSITÁRIO NILTON LINS
QUÍMICA GERAL E ORGÂNICA
PERÍODO ______
TTaabbeellaa ppeerriióóddiiccaa
Histórico e Classificação dos Elementos Químicos
PROF: MAURÍCIO BRITO
2. Classificação dos Elementos Químicos
(O Primeiro Elemento)
"Ao lado, o fósforo (P).
Primeiro elemento a ser
descoberto.
Ponto de partida para a
construção da Tabela
Periódica".
3. Johann W. Boebereiner (1829)
(O Primeiro Modelo de Tabela Periódica)
A massa atômica do elemento central da
tríade era a média das massas atômicas
do primeiro e terceiro membro.
Muitos dos metais não podiam ser
agrupados em tríades.
Os elementos cloro, bromo e iodo eram
uma tríade, lítio, sódio e potássio
formavam outra.
4. Germain Henry Ivanovitch Hess (1849)
(O Segundo Modelo de Tabela Periódica)
O cientista sueco naturalizado
russo publicou no seu manual
Fundamentos da Química Pura
uma classificação de quatro grupos
de elementos (não-metais) com
propriedades químicas
semelhantes (tabela ao lado).
Hess escreveu:
“Esta classificação está ainda muito longe de ser natural. No entanto
ela reúne elementos em grupos muito semelhantes e pode ir
aperfeiçoando-se à medida que aumentarem os nossos
conhecimentos.”
5. Alexander Beguyer de Chancourtoir (1862)
(O Terceiro Modelo de Tabela Periódica)
O químico e geólogo francês
propôs um sistema denominado
“parafuso telúrico.”
Distribuiu os elementos na forma
de uma espiral de 45º que na
superfície de um cilindro.
Em cada volta da espiral ele
colocou 16 elementos em ordem
crescente de massa atômica, de
modo a posicionar os elementos
com propriedades semelhantes um
por baixo do outro na geratriz do
cilindro.
6. John A.R. Newlands (1864)
(O Quarto Modelo de Tabela Periódica)
Newlands, sugeriu que os elementos,
poderiam ser arranjados num modelo
periódico de oitavas, na ordem
crescente de suas massas atômicas.
Colocou o lítio, sódio e potássio
juntos. Esquecendo o grupo dos
elementos cloro, bromo e iodo, e os
metais comuns como o ferro e o
cobre.
A idéia de Newlands foi ridicularizada
pela analogia com os sete intervalos
da escala musical.
7. Dimitri Ivanovich Mendeleev (1869)
(O pai da Tabela Periódica dos elementos químicos)
Nasceu na Sibéria, sendo o mais novo de
dezessete irmãos.
Educado em St. Petersburg, e posteriormente
na França e Alemanha. Conseguiu o cargo de
professor de química na Universidade de St.
Petersburg.
Em 1869, enquanto escrevia seu livro de
química inorgânica, organizou os elementos na
forma da tabela periódica atual.
8. Dimitri Ivanovich Mendeleev (1869)
(O Quinto Modelo de Tabela Periódica)
Mendeleev criou uma carta para
cada um dos 63 elementos
conhecidos. Cada carta continha o
símbolo do elemento, a massa
atômica e suas propriedades
químicas e físicas.
A tabela periódica de Mendeleev
exibia semelhanças numa rede de
relações vertical, horizontal e
diagonal.
Em 1906, Mendeleev recebeu o
Prêmio Nobel por este trabalho.
9. Henry Mosseley (1913)
(O cientista britânico)
Britânico descobriu que o
número de prótons no núcleo de
determinado átomo era sempre o
mesmo.
Mosseley usou essa idéia para o
número atômico de cada átomo.
Quando os átomos foram
arranjados de acordo com o
aumento do número atômico, os
problemas existentes na tabela
de Mendeleev desapareceram.
10. Glenn Seaborg (1951)
(A Tabela Periódica nos dias de hoje)
Nasceu nos EUA, formou-se em química na
Universidade de Berkley, Califórnia e realizou a
última maior troca na tabela periódica em 1950.
Com a descoberta do plutônio em 1940,
descobriu todos os elementos transurânicos (do
número atômico 94 até 102).
Reconfigurou a tabela periódica colocando a
série dos actnídeos abaixo da série dos
lantanídeos.
Em 1951, recebeu o Prêmio Nobel em química,
pelo seu trabalho.
O elemento 106 tabela periódica é chamado
seabórgio, em sua homenagem.
11. As modificações mais recentes
da Tabela Periódica
O sistema de numeração dos grupos são recomendados pela União
Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC).
A numeração é feita em algarismos arábicos de 1 à 18, sendo o grupo 1, o dos
metais alcalinos e o 18, o dos gases nobres.
12. TTaabbeellaa ppeerriióóddiiccaa
O nome "Tabela Periódica" é devido à periodicidade, ou seja, à repetição
de propriedades, de intervalos em intervalos.
Ex: As fases da lua, que mudam durante o mês e se repetem mês após mês.
Classificação atual as propriedades dos elementos variam
periodicamente com seus números atômicos.
A Tabela Periódica é formada por 118 elementos distribuídos em 7
linhas horizontais, (período). Os elementos pertencentes ao mesmo
período possuem o mesmo número de camadas de elétrons.
13. VERIFICAÇÃ
3Li 6C 10Ne
K 2 K 2 K 2
L 1 L 4 L 8
O lítio, o carbono e o neônio possuem 2 camadas (K e L);
portanto são do segundo período.
As linhas verticais são denominadas de famílias e estão
divididas em 18 colunas.
Os elementos químicos que estão na mesma coluna na Tabela
Periódica possuem propriedades químicas e físicas semelhantes.
14. Características
A família é caracterizada pelos elétrons do subnível mais energético, os
elementos da mesma família apresentam a mesma configuração na
última camada.
Exemplos:
O berílio e o cálcio tem a mesma configuração na última camada,
isto é, s2; portanto ambos pertencem à família 2A ou 2.
15. Períodos ou séries
A localização dos elementos nos respectivos períodos está
relacionada com o número de níveis eletrônicos (camadas) dos
elementos, ou seja, a ordem do período corresponde ao número de
camadas que os elementos apresentam. Elementos situados num
mesmo período apresentam mesmo número de níveis.
16. Famílias
São constituídas pelos elementos representativos, todos esses
elementos apresentam o seu elétron mais energético situado nos
subníveis s ou p.
O número da família indica a quantidade de elétrons existentes na
camada de valência.
Exemplos:
17. A famílias A e Zero ou 8A indica que a reatividade dos seus
elementos em condições ambientes é nula.
A maioria, dos elementos dessa família apresentam oito elétrons na
camada de valência. O grupo zero também é conhecido como VIIIA.
Exemplos:
Famílias A e Zero
18. Colunas e seus nomes especiais.
Família 1 (1A) - Alcalinos
Família 2 (2A) - Alcalino-terrosos
Família 13 (3A) - Família do boro
Família 14 (4A) - Família do carbono
Família 15 (5A) - Família do nitrogênio
Família 16 (6A) - Calcogênios
Família 17 (7A) - Halogênios
Família 18 (Zero) - Gases Nobres
19. p Os elementos da Tabela Periódica pooddeemm sseerr ccllaassssiiffiiccaaddooss ccoommoo::
Metais: São a maioria dos elementos da tabela. São bons
condutores de eletricidade e calor, maleáveis e dúcteis, possuem
brilho metálico característico e são sólidos, com exceção do
mercúrio.
Não-Metais: Os mais abundantes na natureza, não são bons
condutores de calor e eletricidade, não são maleáveis e dúcteis e
não possuem brilho como os metais.
Gases Nobres: São 6 elementos e sua característica mais
importante é a inércia química. Hidrogênio: é um elemento
considerado à parte por ter um comportamento único.
22. Características dos metais alcalinos elementos representativos
Metais alcalinos: correspondem a 4,8% da superfície da terra,
oceanos e a atmosfera.
Por serem muito reativos, não são encontrados isolados, mas formando
compostos em minerais ou em sais dissolvidos na água do mar.
23. Metais alcalino-terrosos
Correspondem a 4,16% da crosta terrestre, sendo o cálcio e o
magnésio os mais abundantes. Por serem reativos, não são
encontrados isolados, mas combinados, na forma de silicatos,
carbonatos e sulfatos.
25. Algumas características dos elementos representativos
Família do nitrogênio: correspondem a 0,33% da superfície terrestre,
incluindo os oceanos e a atmosfera. Seus minerais são combinações
com oxigênio e metais (nitratos, fosfatos, etc.).
Calcogênios: incluem o elemento mais abundante da Terra: o
oxigênio, que corresponde a 50,5% em peso da crosta terrestre.
Halogênios: ocupam posições variadas na abundância dos elementos
na crosta terrestre. Todos são venenosos por seus efeitos corrosivos
sobre a pele e os órgãos respiratórios.
27. Halogênios
Ocupam posições variadas na abundância dos elementos na crosta
terrestre. Todos são venenosos por seus efeitos corrosivos sobre a pele
e os órgãos respiratórios.
Fazem parte dos elementos não metálicos e todos os seus
elementos possuem 7 elétrons de valência, genericamente ns2
np5;
A sua relatividade resulta da facilidade com que os seus átomos
originam íons mono negativos ou haletos ao captarem um elétron;
A relatividade diminui ao longo do grupo porque, aumentando o
número de camadas, a atração do núcleo sobre o elétrons a captar
torna-se cada vez menor.
29. Gases nobres
São seis os elementos deste grupo, o hélio, neônio, argônio,
criptônio, xenônio e o radônio;
Os átomos destes elementos têm todos os subníveis
eletrônicos totalmente ocupados, o que lhes confere uma enorme
estabilidade química;
São quimicamente inertes, não participam em reações
químicas.