1. Sofistas Crítica de Platão aos sofistas
I- Quem são? Sofistas:na GréciaAntiga,nosséculosV e IV a.
C., professores privados, que viajavam de
cidade em cidade, dando lições e cursos a
troco de muito dinheiro.
Platão(c. 429 – 347 a. C.),
filósofoateniense;
Criticou o ensino da retórica (uso manipulador),
contrapondo-o à atividade filosófica. Segundo Platão, a
verdade é objetivae universal e é conhecida pela razão.
O objetivo do filósofo é distinto do objetivo do sofista,
pois visa descobrir a verdade enquanto o do sofista é o
de conquistar o poder pela manipulação.
2. Relação
entre
Democracia e
Retórica
Foi na Grécia Antiga que surgiram as
primeiras cidades com constituições
democráticas.
A mais conhecida de todas e a que atingiu
uma forma mais perfeita foi a democracia
ateniense.
Democracia significa governo do povo
(dêmos).
Democracia direta e democracia
representativa.
As instituiçõesdademocraciade Atenas:
Assembleia;
Conselho;
Tribunais.
A liberdade de expressão.
A educação grega tradicional consistia
basicamente em aprender a ler e a escrever,
estudaras obras dos poetas,aprendermúsica
e praticar exercício físico.
Sofistas deram resposta à necessidade de
uma “educação superior” dirigida aos
adolescentes e aos jovens adultos que
Críticas:
A retórica não é uma arte, mas uma forma de
manipulação.
A retóricaé uma formade atividade empírica(adulação)
que temporfimproduzirnoauditórioumsentimentode
agrado e de prazer. É de ter presente que a “arte”
obedece aduas condições:1) deve basear-se narazão;e
2) ter por fim o bem. Ora a retórica não está ao serviço
dobeme daverdade.ParaPlatão,aretóricaé umaforma
de manipulação. Os oradores instrumentalizam os
auditórios, fazendo deles meios para os seus próprios
finsouosfinsdaquelesquerepresentam.Conseguemser
frequentemente bem-sucedidos em influenciar atitudes
e comportamentos. A que se deve tal sucesso? Às
limitações cognitivas do auditório (ignorância).
A retórica não está ao serviço da verdade ou da justiça.
Não procurando a verdade, a retórica afasta-nos do
triunfo do bem e da justiça. Os sofistas manifestam
desprezo pela verdade e pelo conhecimento. Mais do
que o uso que fazem da retórica, o que opõe
fundamentalmente Platão aos sofistas é o relativismo
destes, a sua recusa em admitir que haja verdades
universais e objetivas.
Platãoe Sócratesconcebema filosofiacomoprocura de
verdades objetivas, universais, impessoais, e rejeitam o
relativismo dos sofistas.
2. tivessem mais ambições na vida — e que
pudessem pagá-la.
A democracia ateniense:
Apelava à participação dos cidadãos;
Exigia capacidade de argumentação na
aprovação das propostas;
Criou as condições favoráveis ao
desenvolvimentodaretóricae dos mestresda
retórica – os sofistas.
As vantagens da retórica numa cidade
democrática): as principais instituições
democráticastinhamuma forma de funcionar
que tornava a capacidade de falar em público
sobre os assuntos mais diversos,conseguindo
persuadir cada audiência, um bem precioso,
essencial para uma vida bem-sucedida.
Os tribunais eram públicos e cada cidadão
podia defender a sua própria causa,
argumentando de modo persuasivo.
Sócrates
Sócratesconsideraque aeficáciadaretóricadepende da
ignorância geral do auditória. A retórica, tal como é
usada pelos sofistas,é completamente inútil na procura
do verdadeiro conhecimento - verdade universal.
3. 3. Doutrina
dos Sofistas
Ensinavam a retórica e a “aretê”
política(virtude política);
Visavam a formação política dos
cidadãos;
Interessavam-se por todos os ramos
do saber: gramática, matemática,
antropologia, e evoluçãodohomeme
da sociedade;
Pretendiam ser capazes de
DISCURSAR sobre todos osassuntos e
de responderaqualquerperguntaque
lhes fizessem.
Adotavam um ponto de vista
fenomenista, relativista e CÉPTICO;
Defendiam uma perspetiva empirista
– conhecimento provém da
experiência (problema da origem do
conhecimento) e cética – negação de
uma verdade universal (problema da
possibilidade do conhecimento) com
base em dois argumentos: 1) na
imperfeição das nossas capacidades e
2) na inexistência de uma realidade
estável que pudesse ser objeto de
conhecimento.
RELATIVISMO
Convencionalidade das instituições
políticas, isto é, das normas que
governam a vida dos homens em
sociedade.
Os conceitos morais fundamentais
sofrem igualmente uma relativização:
o bem e o mal não são conceitos
universalmente válidos, imutáveis,
pois para cada indivíduo bem e mal,
justo e injusto possuem significações
diferentes.
4. CETICISMO
O ceticismode Górgias - as trêsteses:
(1) Nadaexiste.
(2) Mesmo que existaalgumacoisa, o homem
não a pode conhecer.
(3) Mesmo que o homem a possa conhecer,
não a pode comunicar aos outros.
ARGUMENTAÇÃO:
1. SENÃO HÁ VERDADES ABSOLUTAS E UNIVERSAIS, ENTÃO O
CONHECIMENTO É OPINIÃO E OS HOMENS PODEM SER
PERSUADIDOS.
2. NÃO HÁ VERDADES ABSOLUTAS E UNIVERSAIS.
3. LOGO, O CONECIMENTO É OPINIÃO E OS HOMENS PODEM
SER PERSUADIDOS.
4.
SIGNIFICADO
DA FRASE DE
PROTÁGORAS:
“O HOMEM É
A MEDIDA DE
TODAS AS
COISAS, DAS
QUE SÃO
ENQUANTO
SÃO E DAS
QUE NÃO SÃO
ENQUANTO
NÃO SÃO”
Esse homem, dito medida de todas as coisas,
não é um sujeitouniversal,constante,alheioa
paixões e interesses. É o indivíduo sensível,
mutável,submetidoaumagrande diversidade
de estados de espírito, inconstante.
A verdade é relativa e não absoluta (válida
para todos). Existemapenasopiniões,ouseja,
a “verdade” é a experiência de cada homem.