Este documento discute a atuação do psicólogo escolar. Sugere que o psicólogo atue como agente de mudança na instituição escolar ao invés de focar nos problemas dos alunos. Defende uma abordagem multirreferencial e escuta clínica para compreender os fenômenos da escola.
O documento discute o papel do psicólogo escolar. O psicólogo escolar atua na promoção da saúde mental da comunidade escolar, incluindo alunos, professores e pais. Seu trabalho envolve não apenas a remediação de problemas, mas também a prevenção através do desenvolvimento de conhecimentos sobre o processo de ensino-aprendizagem e o desenvolvimento infantil. O psicólogo escolar deve ter formação em psicologia e educação para poder auxiliar e orientar adequadamente a comunidade escolar.
08 pesquisa - significações sobre a atuação do psicólogo escolarGLEYDSON ROCHA
O documento discute a identidade profissional do psicólogo escolar e sua atuação multifacetada. A identidade profissional é construída socialmente através das expectativas da sociedade e das representações sociais sobre o papel do psicólogo. A atuação do psicólogo mudou ao longo do tempo, passando de um modelo clínico focado no aluno problema para modelos de prevenção e promoção com abordagem multidisciplinar.
1) O documento discute a Psicologia Escolar no Brasil e suas possibilidades de atuação.
2) Historicamente, a Psicologia Escolar focava em testes psicológicos individuais e "consertar" alunos, ignorando fatores sociais.
3) Hoje há uma mistura de práticas tradicionais e inovadoras, mas é necessário que o psicólogo atue de forma mais ampla e contextualizada com todos os envolvidos no processo educacional.
Este documento discute três áreas da psicologia: a Psicologia Educacional e suas funções no processo de ensino e aprendizagem, a Psicologia Clínica como método de diagnóstico de problemas emocionais e comportamentais, e a Psicologia Vocacional e Profissional como meio de orientação escolar e profissional.
O documento discute o papel do psicólogo escolar no contexto da psicologia escolar e educacional. O psicólogo escolar atua na promoção da saúde mental da comunidade escolar, realizando intervenções grupais com alunos, professores e pais. O psicólogo também deve atuar na prevenção e não apenas na remediação de problemas, utilizando seus conhecimentos sobre o desenvolvimento infantil.
O documento discute a história e o campo da psicologia educacional, descrevendo como ela estuda o processo de ensino-aprendizagem em diferentes idades e contextos. Também aborda as origens de áreas relacionadas como a psicologia escolar e seu papel em apoiar o desenvolvimento cognitivo, humano e social dos estudantes.
11 a atuação da psicologia escolar no atendimento aos estudantes encaminhados...GLEYDSON ROCHA
O documento discute o papel da psicologia escolar no atendimento de estudantes com queixas escolares. Ele descreve os procedimentos de avaliação e intervenção, incluindo entrevistas iniciais, aplicação de testes, encaminhamento para psicoterapia e orientação aos pais. Além disso, enfatiza a necessidade de superar abordagens individuais e considerar determinantes sociais e contextuais.
O documento discute a psicologia escolar, definindo-a como uma área aplicada da psicologia educacional voltada para o processo de escolarização. Apresenta a história da psicologia escolar no Brasil e como ela evoluiu de uma abordagem clínica para um modelo crítico que não culpabiliza as crianças por dificuldades escolares. Também descreve atividades comuns de psicólogos escolares como avaliação de alunos, orientação de professores e melhoria do clima escolar.
O documento discute o papel do psicólogo escolar. O psicólogo escolar atua na promoção da saúde mental da comunidade escolar, incluindo alunos, professores e pais. Seu trabalho envolve não apenas a remediação de problemas, mas também a prevenção através do desenvolvimento de conhecimentos sobre o processo de ensino-aprendizagem e o desenvolvimento infantil. O psicólogo escolar deve ter formação em psicologia e educação para poder auxiliar e orientar adequadamente a comunidade escolar.
08 pesquisa - significações sobre a atuação do psicólogo escolarGLEYDSON ROCHA
O documento discute a identidade profissional do psicólogo escolar e sua atuação multifacetada. A identidade profissional é construída socialmente através das expectativas da sociedade e das representações sociais sobre o papel do psicólogo. A atuação do psicólogo mudou ao longo do tempo, passando de um modelo clínico focado no aluno problema para modelos de prevenção e promoção com abordagem multidisciplinar.
1) O documento discute a Psicologia Escolar no Brasil e suas possibilidades de atuação.
2) Historicamente, a Psicologia Escolar focava em testes psicológicos individuais e "consertar" alunos, ignorando fatores sociais.
3) Hoje há uma mistura de práticas tradicionais e inovadoras, mas é necessário que o psicólogo atue de forma mais ampla e contextualizada com todos os envolvidos no processo educacional.
Este documento discute três áreas da psicologia: a Psicologia Educacional e suas funções no processo de ensino e aprendizagem, a Psicologia Clínica como método de diagnóstico de problemas emocionais e comportamentais, e a Psicologia Vocacional e Profissional como meio de orientação escolar e profissional.
O documento discute o papel do psicólogo escolar no contexto da psicologia escolar e educacional. O psicólogo escolar atua na promoção da saúde mental da comunidade escolar, realizando intervenções grupais com alunos, professores e pais. O psicólogo também deve atuar na prevenção e não apenas na remediação de problemas, utilizando seus conhecimentos sobre o desenvolvimento infantil.
O documento discute a história e o campo da psicologia educacional, descrevendo como ela estuda o processo de ensino-aprendizagem em diferentes idades e contextos. Também aborda as origens de áreas relacionadas como a psicologia escolar e seu papel em apoiar o desenvolvimento cognitivo, humano e social dos estudantes.
11 a atuação da psicologia escolar no atendimento aos estudantes encaminhados...GLEYDSON ROCHA
O documento discute o papel da psicologia escolar no atendimento de estudantes com queixas escolares. Ele descreve os procedimentos de avaliação e intervenção, incluindo entrevistas iniciais, aplicação de testes, encaminhamento para psicoterapia e orientação aos pais. Além disso, enfatiza a necessidade de superar abordagens individuais e considerar determinantes sociais e contextuais.
O documento discute a psicologia escolar, definindo-a como uma área aplicada da psicologia educacional voltada para o processo de escolarização. Apresenta a história da psicologia escolar no Brasil e como ela evoluiu de uma abordagem clínica para um modelo crítico que não culpabiliza as crianças por dificuldades escolares. Também descreve atividades comuns de psicólogos escolares como avaliação de alunos, orientação de professores e melhoria do clima escolar.
Definiçao de conceito (salvo automaticamente)crisostomopedro
O documento discute a psicologia educacional, definindo-a como a área da psicologia que estuda o processo de ensino-aprendizagem e seu objetivo de compreender o que ocorre nas situações educacionais. Também descreve as principais formas de intervenção do psicólogo educacional, incluindo avaliação, orientação a alunos, professores e pais, e elaboração de projetos educativos.
O documento discute a história, origem e campos de atuação da psicopedagogia. A psicopedagogia surgiu para ajudar pessoas com problemas de aprendizagem e atua na prevenção em instituições e em atendimentos individuais. Ela se baseia em várias áreas como psicanálise, associacionismo e construtivismo. Os psicopedagogos atuam na clínica, em instituições e na pesquisa para apoiar a aprendizagem.
Histório e contextualização da Psicopedagogiajanpsicoped
A psicopedagogia surgiu da necessidade de entender melhor os processos de aprendizagem humana e resolver as dificuldades de aprendizagem nas escolas. Antigamente, problemas de aprendizagem eram tratados por médicos ou psicólogos, mas a psicopedagogia busca uma abordagem multidisciplinar considerando fatores individuais, sociais e pedagógicos. Atualmente, psicopedagogos têm formação superior e pós-graduação na área, atuando principalmente para melhorar o aprendizado e prevenir
Este documento propõe um projeto de psicologia em uma escola para fornecer orientação aos alunos, pais e professores e promover um ambiente positivo de aprendizagem através de atividades como caixa de conversa, roda de leitura e clube de pais. As psicólogas se apresentariam à comunidade escolar e estariam disponíveis 2-3 vezes por semana para apoiar o bem-estar emocional de todos.
1. O documento apresenta os resultados de uma pesquisa realizada com estudantes de Educação Física sobre as atuações do psicólogo, pedagogo e psicopedagogo.
2. Os estudantes demonstraram não ter discutido em sua formação as diferenças entre psicólogo e pedagogo.
3. Quanto às atuações, os estudantes associaram o psicólogo a estudos de problemas emocionais e comportamentais e o pedagogo a educar e ensinar. Sobre o psicopedagogo, as respostas foram variadas.
Este documento fornece uma introdução à psicopedagogia, discutindo sua origem, objeto de estudo, profissionais envolvidos e possibilidades de atuação. Ele também aborda a trajetória histórica da psicopedagogia, desde seu surgimento na Europa no século XIX até sua consolidação no Brasil a partir da década de 1970, quando passou a lidar com problemas de aprendizagem e fracasso escolar.
O documento discute o papel do psicólogo educacional na educação. Ele define psicologia como a ciência que estuda o comportamento e processos mentais e descreve como o psicólogo educacional atua para melhorar o processo de ensino-aprendizagem, as relações interpessoais e processos intrapessoais levando em conta fatores políticos, econômicos, sociais e culturais. O psicólogo educacional também realiza pesquisa, diagnóstico e intervenção psicopedagógica para promover a educação.
83 cge 2010 novos paradigmas do psicologo escolarJanio Clímaco
O documento discute novos paradigmas na prática do psicólogo escolar. Apresenta como a psicologia escolar evoluiu de uma abordagem clínica e individual para uma abordagem contextualizada e multifacetada. Também descreve como os psicólogos escolares atualmente participam do planejamento educacional, capacitação de professores, e apoiam estudantes, famílias e comunidades.
O documento discute a configuração clínica da prática psicopedagógica, enfatizando a importância de uma abordagem individualizada e contextualizada para cada situação. Também aborda os papéis do psicopedagogo na escola, clínica e outras instituições, assim como os princípios éticos que regem a profissão.
O documento discute a psicologia escolar/educacional, incluindo seu histórico, objetivos e onde atua. O psicólogo escolar apoia o desenvolvimento global do estudante através de avaliações, diagnósticos e orientação para professores, diretores e famílias, visando a aprendizagem e saúde mental.
O documento discute os principais conceitos e abordagens da psicopedagogia, incluindo:
1) A psicopedagogia estuda os processos de aprendizagem e possíveis dificuldades, integrando vários campos do conhecimento como psicologia, pedagogia e neurociência.
2) Ela busca entender os processos de desenvolvimento e aprendizagem humanos usando diferentes estratégias pedagógicas.
3) A psicopedagogia lida com as melhores estratégias para que os sujeitos ad
O documento discute a história e o desenvolvimento da psicopedagogia, desde suas origens na Europa até sua prática no Brasil atual. Apresenta os principais desafios da profissão como a falta de regulamentação e a necessidade de definir procedimentos de avaliação e intervenção. Também discute os limites da atuação do psicopedagogo e a importância da formação continuada.
Mapas mentais criados pelos alunos do curso de Psicopedagogia Institucional, oferecido na modalidade a distância pelo Instituto A Vez do Mestre, durante o encontro presencial do mês de junho de 2009.
Introdução e fundamentos da Psicopedagogia
O objeto de estudo
Visão histórica e atual
Concepções que sustentam a Psicopedagogia
O papel da Psicopedagogia no contexto clínico e institucional
O fazer psicopedagógico: formas de atuação
O processo de formação do profissional em Psicopedagogia.
O código de Ética do psicopedagogo
Abordagem sistêmica no contexto da psicopedagogia dinâmicaEdith Rubinstein
O documento discute a abordagem sistêmica no contexto da psicopedagogia dinâmica e como o construcionismo social pode ajudar a dissolver desafios e conflitos. Apresenta cinco portais que contribuíram para o desenvolvimento dessa abordagem: a psicanálise, a transdisciplinaridade, os trabalhos de Reuven Feuerstein, e o construcionismo social. Também descreve como essa abordagem é aplicada na prática através do trabalho de uma OSCIP que utiliza tutoria entre pares e capacitação de educadores.
Este documento discute a Psicopedagogia Institucional Empresarial e suas contribuições para a capacitação de colaboradores com dificuldades de aprendizado. Apresenta uma revisão bibliográfica sobre o surgimento e evolução da Psicopedagogia, suas definições fundamentais e possibilidades de atuação nas empresas. Também detalha uma pesquisa de campo realizada com profissionais sobre o tema.
Pós-graduação em Psicopedagogia e Educação Especial - Pós Educa+ EADGrupo Educa Mais EAD
http://bit.ly/GB4yHS
Pós-graduação em Psicopedagogia e Educação Especial
Objetivo
Capacitar o especialista no estudo dos processos de aprendizagem por meio da abordagem clínica e institucional, diagnosticando, identificando, prevenindo e corrigindo problemas e dificuldades apresentadas pela criança. Preparar o profissional para lidar com a Educação Especial, seus fundamentos e as práticas dentro do ambiente escolar, de modo a promover a integração do aluno portador de necessidades especiais, respeitando as diferenças, limitações e possibilidades que esta inclusão propicia para o ensino-aprendizagem e a prática pedagógica.
Público Alvo
Educadores, psicólogos, pedagogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, assim como outros profissionais que atuam em instituições de ensino.
Metodologia
Os cursos de pós-graduação são 100% online, com apenas uma avaliação presencial final. A participação é acompanhada por professores e tutores qualificados, pós-graduados, mestres e doutores, no desenvolvimento do conteúdo pedagógico, além de sanarem as dúvidas dos alunos. Por meio de uma plataforma de ensino, todos os materiais didáticos, como: livros, videoaulas e atividades serão disponibilizados. O aluno terá todo o suporte online através de chats com tutores preparados para atendê-lo.
Programa
40h - Didática do Ensino Superior
40h - Metodologia da Pesquisa Científica
40h - Orientação e Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)
50h - Educação Especial: Fundamentos Legais, Filosóficos e Contexto Socioeconômico
40h - Transtornos Globais de Desenvolvimento e Altas Habilidades: Estratégias Educacionais para o Trabalho de Inclusão
40h - Teorias e Fundamentos da Psicopedagogia
50h - Práticas Psicopedagógicas Aplicadas à Educação
40h - Deficiência Intelectual: Estratégias Educacionais para o Trabalho de Inclusão
40h - Transtornos Invasivos do Desenvolvimento e Transtornos de Comportamento: Estratégias Educacionais para o Trabalho de Inclusão
40h - O Contexto Socioeducacional na Perspectiva da Inclusão
Certificação
Pós-graduação (lato sensu) – Psicopedagogia e Educação Especial expedida pela Universidade Candido Mendes.
Os cursos de pós-graduação, oferecidos pela Universidade Candido Mendes na modalidade a distância, obedecem à Resolução n.º 01 de 8 de junho de 2.007, do MEC/CNE. A UCAM é credenciada, na modalidade a distância, pela Portaria do MEC n.º 1.282, de 26 de outubro de 2010.
Psicologia da educação como um saber necessário para a formação de professore...Deusilande Luz
Este documento discute a importância da psicologia da educação na formação de professores no contexto das reformas educacionais brasileiras. A pesquisa investigou como a psicologia da educação integra os saberes necessários à formação docente de acordo com as propostas de quatro cursos de licenciatura em matemática. Os resultados mostraram que a psicologia da educação é reconhecida como área de conhecimento importante, mas sua inserção nos projetos de formação depende da relação complexa entre conhecimentos universitários, saberes docentes e prá
03 psicologia e educação nossa historia nossa realidadeGLEYDSON ROCHA
O documento discute o papel do psicólogo nos meios educacionais. Afirma que antigamente o fracasso escolar era atribuído ao indivíduo e à família, mas que a partir da década de 1980 passou-se a considerar a interação com o meio. Também reflete sobre como a formação dos psicólogos deve prepará-los para atender às demandas atuais da educação de forma crítica e inovadora.
O documento discute o papel do psicopedagogo na educação especial. Ele descreve como a psicopedagogia pode contribuir para uma educação inclusiva ao fornecer estratégias de avaliação e intervenção para estudantes com dificuldades de aprendizagem. Também enfatiza a importância da colaboração interdisciplinar entre psicopedagogos e educadores para promover o desenvolvimento de cada estudante.
1) A psicologia escolar envolve aspectos da psicologia e educação e promove a saúde mental na escola atuando com alunos, educadores e pais.
2) O psicólogo escolar atua na prevenção e remediação de problemas, aplicando conhecimentos de desenvolvimento infantil e processo de aprendizagem.
3) Os papéis do psicólogo escolar incluem avaliação, diagnóstico, orientação psicológica, participação na elaboração de currículos e programas, e supervisão de programas de
A IMPORTÂNCIA DO PSICOPEDAGOGO INSTITUCIONAL NA INTERFACE ENTRE A FAMÍLIA E A...Amanda Peixoto de Oliveira
Este estudo aborda a importância do psicopedagogo
institucional inserido no âmbito escolar, auxiliando na relação família-escola, com a finalidade principal de contribuir para sanar as principais dificuldades de aprendizagem encontradas na avaliação diagnóstica dos professores. Com base na
Psicopedagogia que agrega conhecimentos de pedagogia e psicologia, uma vez que se trata de uma ciência que estuda o processo de ensino aprendizagem humano – a colaboração desse profissional é de importância crucial para que o educando alcance a construção de conhecimento em sua
potencialidade. A pesquisa propicia uma reflexão sobre o papel do psicopedagogo na instituição escolar. O psicopedagogo institucional pode facilitar junto às escolas e às famílias esse processo que, por vezes, torna-se absolutamente prejudicado pelas mais diversas dificuldades de aprendizagem apresentadas na sala de aula da atualidade, advindas de diversos fatores, como mudanças sócio-econômicas importantes.
Definiçao de conceito (salvo automaticamente)crisostomopedro
O documento discute a psicologia educacional, definindo-a como a área da psicologia que estuda o processo de ensino-aprendizagem e seu objetivo de compreender o que ocorre nas situações educacionais. Também descreve as principais formas de intervenção do psicólogo educacional, incluindo avaliação, orientação a alunos, professores e pais, e elaboração de projetos educativos.
O documento discute a história, origem e campos de atuação da psicopedagogia. A psicopedagogia surgiu para ajudar pessoas com problemas de aprendizagem e atua na prevenção em instituições e em atendimentos individuais. Ela se baseia em várias áreas como psicanálise, associacionismo e construtivismo. Os psicopedagogos atuam na clínica, em instituições e na pesquisa para apoiar a aprendizagem.
Histório e contextualização da Psicopedagogiajanpsicoped
A psicopedagogia surgiu da necessidade de entender melhor os processos de aprendizagem humana e resolver as dificuldades de aprendizagem nas escolas. Antigamente, problemas de aprendizagem eram tratados por médicos ou psicólogos, mas a psicopedagogia busca uma abordagem multidisciplinar considerando fatores individuais, sociais e pedagógicos. Atualmente, psicopedagogos têm formação superior e pós-graduação na área, atuando principalmente para melhorar o aprendizado e prevenir
Este documento propõe um projeto de psicologia em uma escola para fornecer orientação aos alunos, pais e professores e promover um ambiente positivo de aprendizagem através de atividades como caixa de conversa, roda de leitura e clube de pais. As psicólogas se apresentariam à comunidade escolar e estariam disponíveis 2-3 vezes por semana para apoiar o bem-estar emocional de todos.
1. O documento apresenta os resultados de uma pesquisa realizada com estudantes de Educação Física sobre as atuações do psicólogo, pedagogo e psicopedagogo.
2. Os estudantes demonstraram não ter discutido em sua formação as diferenças entre psicólogo e pedagogo.
3. Quanto às atuações, os estudantes associaram o psicólogo a estudos de problemas emocionais e comportamentais e o pedagogo a educar e ensinar. Sobre o psicopedagogo, as respostas foram variadas.
Este documento fornece uma introdução à psicopedagogia, discutindo sua origem, objeto de estudo, profissionais envolvidos e possibilidades de atuação. Ele também aborda a trajetória histórica da psicopedagogia, desde seu surgimento na Europa no século XIX até sua consolidação no Brasil a partir da década de 1970, quando passou a lidar com problemas de aprendizagem e fracasso escolar.
O documento discute o papel do psicólogo educacional na educação. Ele define psicologia como a ciência que estuda o comportamento e processos mentais e descreve como o psicólogo educacional atua para melhorar o processo de ensino-aprendizagem, as relações interpessoais e processos intrapessoais levando em conta fatores políticos, econômicos, sociais e culturais. O psicólogo educacional também realiza pesquisa, diagnóstico e intervenção psicopedagógica para promover a educação.
83 cge 2010 novos paradigmas do psicologo escolarJanio Clímaco
O documento discute novos paradigmas na prática do psicólogo escolar. Apresenta como a psicologia escolar evoluiu de uma abordagem clínica e individual para uma abordagem contextualizada e multifacetada. Também descreve como os psicólogos escolares atualmente participam do planejamento educacional, capacitação de professores, e apoiam estudantes, famílias e comunidades.
O documento discute a configuração clínica da prática psicopedagógica, enfatizando a importância de uma abordagem individualizada e contextualizada para cada situação. Também aborda os papéis do psicopedagogo na escola, clínica e outras instituições, assim como os princípios éticos que regem a profissão.
O documento discute a psicologia escolar/educacional, incluindo seu histórico, objetivos e onde atua. O psicólogo escolar apoia o desenvolvimento global do estudante através de avaliações, diagnósticos e orientação para professores, diretores e famílias, visando a aprendizagem e saúde mental.
O documento discute os principais conceitos e abordagens da psicopedagogia, incluindo:
1) A psicopedagogia estuda os processos de aprendizagem e possíveis dificuldades, integrando vários campos do conhecimento como psicologia, pedagogia e neurociência.
2) Ela busca entender os processos de desenvolvimento e aprendizagem humanos usando diferentes estratégias pedagógicas.
3) A psicopedagogia lida com as melhores estratégias para que os sujeitos ad
O documento discute a história e o desenvolvimento da psicopedagogia, desde suas origens na Europa até sua prática no Brasil atual. Apresenta os principais desafios da profissão como a falta de regulamentação e a necessidade de definir procedimentos de avaliação e intervenção. Também discute os limites da atuação do psicopedagogo e a importância da formação continuada.
Mapas mentais criados pelos alunos do curso de Psicopedagogia Institucional, oferecido na modalidade a distância pelo Instituto A Vez do Mestre, durante o encontro presencial do mês de junho de 2009.
Introdução e fundamentos da Psicopedagogia
O objeto de estudo
Visão histórica e atual
Concepções que sustentam a Psicopedagogia
O papel da Psicopedagogia no contexto clínico e institucional
O fazer psicopedagógico: formas de atuação
O processo de formação do profissional em Psicopedagogia.
O código de Ética do psicopedagogo
Abordagem sistêmica no contexto da psicopedagogia dinâmicaEdith Rubinstein
O documento discute a abordagem sistêmica no contexto da psicopedagogia dinâmica e como o construcionismo social pode ajudar a dissolver desafios e conflitos. Apresenta cinco portais que contribuíram para o desenvolvimento dessa abordagem: a psicanálise, a transdisciplinaridade, os trabalhos de Reuven Feuerstein, e o construcionismo social. Também descreve como essa abordagem é aplicada na prática através do trabalho de uma OSCIP que utiliza tutoria entre pares e capacitação de educadores.
Este documento discute a Psicopedagogia Institucional Empresarial e suas contribuições para a capacitação de colaboradores com dificuldades de aprendizado. Apresenta uma revisão bibliográfica sobre o surgimento e evolução da Psicopedagogia, suas definições fundamentais e possibilidades de atuação nas empresas. Também detalha uma pesquisa de campo realizada com profissionais sobre o tema.
Pós-graduação em Psicopedagogia e Educação Especial - Pós Educa+ EADGrupo Educa Mais EAD
http://bit.ly/GB4yHS
Pós-graduação em Psicopedagogia e Educação Especial
Objetivo
Capacitar o especialista no estudo dos processos de aprendizagem por meio da abordagem clínica e institucional, diagnosticando, identificando, prevenindo e corrigindo problemas e dificuldades apresentadas pela criança. Preparar o profissional para lidar com a Educação Especial, seus fundamentos e as práticas dentro do ambiente escolar, de modo a promover a integração do aluno portador de necessidades especiais, respeitando as diferenças, limitações e possibilidades que esta inclusão propicia para o ensino-aprendizagem e a prática pedagógica.
Público Alvo
Educadores, psicólogos, pedagogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, assim como outros profissionais que atuam em instituições de ensino.
Metodologia
Os cursos de pós-graduação são 100% online, com apenas uma avaliação presencial final. A participação é acompanhada por professores e tutores qualificados, pós-graduados, mestres e doutores, no desenvolvimento do conteúdo pedagógico, além de sanarem as dúvidas dos alunos. Por meio de uma plataforma de ensino, todos os materiais didáticos, como: livros, videoaulas e atividades serão disponibilizados. O aluno terá todo o suporte online através de chats com tutores preparados para atendê-lo.
Programa
40h - Didática do Ensino Superior
40h - Metodologia da Pesquisa Científica
40h - Orientação e Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)
50h - Educação Especial: Fundamentos Legais, Filosóficos e Contexto Socioeconômico
40h - Transtornos Globais de Desenvolvimento e Altas Habilidades: Estratégias Educacionais para o Trabalho de Inclusão
40h - Teorias e Fundamentos da Psicopedagogia
50h - Práticas Psicopedagógicas Aplicadas à Educação
40h - Deficiência Intelectual: Estratégias Educacionais para o Trabalho de Inclusão
40h - Transtornos Invasivos do Desenvolvimento e Transtornos de Comportamento: Estratégias Educacionais para o Trabalho de Inclusão
40h - O Contexto Socioeducacional na Perspectiva da Inclusão
Certificação
Pós-graduação (lato sensu) – Psicopedagogia e Educação Especial expedida pela Universidade Candido Mendes.
Os cursos de pós-graduação, oferecidos pela Universidade Candido Mendes na modalidade a distância, obedecem à Resolução n.º 01 de 8 de junho de 2.007, do MEC/CNE. A UCAM é credenciada, na modalidade a distância, pela Portaria do MEC n.º 1.282, de 26 de outubro de 2010.
Psicologia da educação como um saber necessário para a formação de professore...Deusilande Luz
Este documento discute a importância da psicologia da educação na formação de professores no contexto das reformas educacionais brasileiras. A pesquisa investigou como a psicologia da educação integra os saberes necessários à formação docente de acordo com as propostas de quatro cursos de licenciatura em matemática. Os resultados mostraram que a psicologia da educação é reconhecida como área de conhecimento importante, mas sua inserção nos projetos de formação depende da relação complexa entre conhecimentos universitários, saberes docentes e prá
03 psicologia e educação nossa historia nossa realidadeGLEYDSON ROCHA
O documento discute o papel do psicólogo nos meios educacionais. Afirma que antigamente o fracasso escolar era atribuído ao indivíduo e à família, mas que a partir da década de 1980 passou-se a considerar a interação com o meio. Também reflete sobre como a formação dos psicólogos deve prepará-los para atender às demandas atuais da educação de forma crítica e inovadora.
O documento discute o papel do psicopedagogo na educação especial. Ele descreve como a psicopedagogia pode contribuir para uma educação inclusiva ao fornecer estratégias de avaliação e intervenção para estudantes com dificuldades de aprendizagem. Também enfatiza a importância da colaboração interdisciplinar entre psicopedagogos e educadores para promover o desenvolvimento de cada estudante.
1) A psicologia escolar envolve aspectos da psicologia e educação e promove a saúde mental na escola atuando com alunos, educadores e pais.
2) O psicólogo escolar atua na prevenção e remediação de problemas, aplicando conhecimentos de desenvolvimento infantil e processo de aprendizagem.
3) Os papéis do psicólogo escolar incluem avaliação, diagnóstico, orientação psicológica, participação na elaboração de currículos e programas, e supervisão de programas de
A IMPORTÂNCIA DO PSICOPEDAGOGO INSTITUCIONAL NA INTERFACE ENTRE A FAMÍLIA E A...Amanda Peixoto de Oliveira
Este estudo aborda a importância do psicopedagogo
institucional inserido no âmbito escolar, auxiliando na relação família-escola, com a finalidade principal de contribuir para sanar as principais dificuldades de aprendizagem encontradas na avaliação diagnóstica dos professores. Com base na
Psicopedagogia que agrega conhecimentos de pedagogia e psicologia, uma vez que se trata de uma ciência que estuda o processo de ensino aprendizagem humano – a colaboração desse profissional é de importância crucial para que o educando alcance a construção de conhecimento em sua
potencialidade. A pesquisa propicia uma reflexão sobre o papel do psicopedagogo na instituição escolar. O psicopedagogo institucional pode facilitar junto às escolas e às famílias esse processo que, por vezes, torna-se absolutamente prejudicado pelas mais diversas dificuldades de aprendizagem apresentadas na sala de aula da atualidade, advindas de diversos fatores, como mudanças sócio-econômicas importantes.
O documento discute os fundamentos básicos da psicopedagogia, definindo-a como um campo interdisciplinar que estuda o processo de aprendizagem humana considerando influências do meio. Apresenta diferentes concepções de aprendizagem e descreve a história, conceituação, campo de atuação e dimensões analisadas pela psicopedagogia, como cognitiva, emocional, orgânica, social e pedagógica.
psicopedagógica baseados em análises pedagógicas, comportamentais e situacionais, compreenderá a atividade educativa como uma prática que se dá em diversos ambientes, por meio da articulação de conceitos teóricos e filosóficos da Pedagogia e da Psicologia, considerando valores e princípios de ética e responsabilidade sobre os processos de aprendizagem e saberá avaliar as necessidades institucionais e de aprendizagem e/ou desempenho de alunos e/ou colaboradores, por meio de técnicas de diagnóstico apropriadas ao fazer profissional do psicopedagogo, contribuindo para a consolidação de um processo de ensino-aprendizagem mais efetivo.
1) O documento analisa as percepções e práticas de psicólogos e professores em uma escola pública baseado em teorias educacionais;
2) Foi realizada entrevista com dois professores e um psicólogo da escola;
3) Os resultados apontam que a prática ainda diverge da teoria, mas esforços integrados da escola podem melhorar a formação dos profissionais.
1. O documento é um estudo de caso clínico de uma jovem de 22 anos que apresenta dificuldades de aprendizagem no 7o ano do ensino fundamental.
2. A metodologia do estudo inclui entrevistas, testes projetivos, provas operatórias e pedagógicas, e anamnese para diagnosticar os sintomas e possíveis causas das dificuldades de aprendizagem da jovem.
3. O estudo é fundamentado na Epistemologia Convergente, que analisa tanto os aspectos cognit
A contribuição do pscopedagogo no processo educativomkbariotto
Este documento trata da contribuição do psicopedagogo na atuação dos professores das séries iniciais do ensino fundamental. No documento, as autoras realizam uma pesquisa bibliográfica sobre o tema e apresentam: 1) o papel do psicopedagogo no processo de aprendizagem e na escola; 2) as limitações dos professores e a realidade das crianças nas séries iniciais; 3) a contribuição do psicopedagogo para a superação das dificuldades de aprendizagem. O objetivo é compreender como o psicoped
Este documento é uma monografia de conclusão de curso de especialização em psicopedagogia de Ludmila dos Santos e Rafaela Juliana Mangolin Dionizio sobre a contribuição do psicopedagogo na atuação do professor do ensino fundamental de 1o ao 5o ano. O documento apresenta o resumo, introdução, capítulos sobre o papel do psicopedagogo no processo de aprendizagem e no cotidiano das séries iniciais, além de conclusões e referências bibliográficas.
INTENVENÇÃO PSICOLOGICA NA EDUCAÇÃO INFANTILDaniela636268
Este documento discute o papel do psicólogo nas creches/pré-escolas da USP, com foco na promoção da saúde mental por meio de intervenções baseadas na psicanálise. Apresenta como exemplo o processo de adaptação/acolhimento de crianças, enfatizando a importância da continuidade do vínculo família-criança no ambiente escolar por meio do conceito de creche aberta.
Artigo edinalva aimportância do psicopedagogo nos anos iniciais do ensino fun...Bene1979
1. O documento discute a importância do psicopedagogo nos anos iniciais do ensino fundamental.
2. O psicopedagogo pode atuar de forma preventiva e terapêutica, compreendendo os processos de desenvolvimento e aprendizagem para identificar e solucionar problemas.
3. O autor argumenta que o psicopedagogo é essencial para apoiar crianças com dificuldades de aprendizagem, trabalhando com professores e famílias para promover o desenvolvimento dos estudantes.
O documento discute os fundamentos básicos da psicopedagogia. A psicopedagogia estuda o processo de aprendizagem humana, considerando a influência do meio social e familiar no desenvolvimento, utilizando abordagens da psicologia e pedagogia. O campo também recebe influências de outras áreas como psicanálise, linguística e neurociência. O documento descreve concepções sobre aprendizagem e o papel do psicopedagogo no diagnóstico e tratamento de dificuldades no processo de aprendizagem.
O documento discute os fundamentos da psicopedagogia, definindo seu objeto de estudo como a aprendizagem humana e os processos de aprendizagem. A psicopedagogia é interdisciplinar e se baseia em conhecimentos de diversas áreas como psicologia, pedagogia e psicanálise. Ela atua de forma clínica, preventiva e na compreensão dos processos de aprendizagem e suas dificuldades.
Este documento discute como a psicologia pode contribuir para a educação. Aborda como os fatores psicológicos influenciam o processo educativo, tanto para professores quanto para alunos, e como o currículo pode ser melhorado levando em conta os estágios de desenvolvimento. Também analisa questões como violência na escola e a importância da orientação vocacional.
O documento discute o papel da psicologia escolar na educação, incluindo compreender processos de aprendizagem, apoiar professores, e ajudar alunos com necessidades especiais. A psicologia escolar tem como objetivo a prevenção através de ações com diretores, professores, pais e alunos para melhorar o ambiente escolar.
O documento discute a importância da humanização na educação. Apresenta um caso de um aluno com dificuldades de aprendizagem e sugere seu encaminhamento para avaliações neurológicas e psicológicas. Defende que tais encaminhamentos devem ser vistos como apoio ao trabalho pedagógico do professor e não como substituto. Também discute a necessidade de se considerar a complexidade humana e evitar a meramente patologização de comportamentos.
1) Os profissionais de saúde discutem suas perspectivas sobre distúrbios de aprendizagem e fracasso escolar.
2) Eles atribuem causas diferentes para distúrbios de aprendizagem, como problemas no sistema educacional, fatores neurológicos ou multideterminados.
3) Os profissionais também descrevem como abordam casos de alunos com dificuldades de aprendizagem em seus atendimentos.
1) O documento discute o atendimento psicopedagógico de adolescentes, enfatizando a importância de entender esta fase de desenvolvimento, que traz conflitos para a escola e família.
2) A adolescência é uma época de mudanças físicas e emocionais, onde os jovens lutam para ganhar autonomia enquanto mantêm proteção. Isso pode causar dificuldades de aprendizagem.
3) Um atendimento psicopedagógico efetivo com adolescentes requer compreender
Este documento discute a evolução histórica da Psicologia Escolar/Educacional no Brasil. Inicialmente, o foco era nos testes psicológicos individuais e no diagnóstico de fracasso escolar. Mais recentemente, passou-se a considerar também fatores contextuais e sociais, e a promover a saúde e aprendizagem na escola. Atualmente, busca-se compreender as relações entre alunos, professores e contexto, visando contribuir para o processo de ensino-aprendizagem.
DISCALCULIA NO ENSINO MÉDIO: DAS CONDIÇÕES DE CONTORNAR O DISTÚRBIO - Relatório Elisângela Feitosa
1. O documento trata da experiência de estágio psicopedagógico realizado em uma escola no Rio Grande do Norte, com foco na discalculia no ensino médio.
2. Foi observado e analisado o caso de uma adolescente de 16 anos com dificuldades de aprendizagem em matemática. Foram realizadas entrevistas com pais, professores e aplicado um jogo psicopedagógico como intervenção.
3. O relatório discute a importância do psicopedagogo no contexto escolar, no auxílio aos al
Semelhante a A atuação do psicólogo escolar multirreferencialidade, implicação e escuta clínica (20)
DISCALCULIA NO ENSINO MÉDIO: DAS CONDIÇÕES DE CONTORNAR O DISTÚRBIO - Relatório
A atuação do psicólogo escolar multirreferencialidade, implicação e escuta clínica
1. A ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO ESCOLAR: MULTIRREFERENCIALIDADE,
IMPLICAÇÃO E ESCUTA CLÍNICA
*
João Batista Martins
RESUMO. Este artigo discute a noção de clínica no contexto da psicologia escolar. Na medida em que nós sugerimos como
metodologia de pesquisa e de intervenção para o psicólogo escolar a observação participante, entendemos que tal discussão
também se refere a questões epistemológicas - uma vez que a produção de conhecimento se dá na ordem da implicação, pois
é construção intersubjetiva. Além disso, considerando a complexidade do cotidiano escolar, apresentamos a abordagem
multirreferencial e a escuta clínica como perspectivas para a compreensão dos fenômenos que ali se desenrolam.
Palavras-chave: psicologia escolar, multirreferencialidade, escuta clínica.
THE PERFORMANCE OF A SCHOOL PSYCHOLOGIST: MULTI-REFERENTIALITY,
IMPLICATIONS AND CLINIC LISTENING
ABSTRACT. This article discusses the notion of clinic in the school psychology context. As we suggest the participant
observation as research methodology and of intervention for the school psychologist, we understand that such discussion also
refers to epistemological questions - once the knowledge production occurs in the order of implication, because it is an
intersubjective production. Besides, considering the complexity of the school quotidian, we present the multi-referential
approach and clinic listening as perspectives for the understanding of the phenomena that are developed in the school context.
Key words: school psychology, multi-referential approach, clinic listening.
Em minha prática docente é comum discutir com um número maior de psicólogos passou a fazer parte
meus alunos sobre o campo da Psicologia Escolar, e a das escolas públicas, questões que dizem respeito ao
pergunta mais freqüente que me é colocada diz seu papel tornaram-se importantes, e, segundo ele,
respeito à postura e ao papel do psicólogo no contexto determinar qual o papel do psicólogo escolar ajudaria
escolar. De certa forma, o que os alunos me solicitam a esclarecer vários problemas que atualmente não
expressa a necessidade de estabelecermos uma podem ser focalizados.
diferença entre os campos de atuação profissional do Para Reger, o psicólogo atuaria como clínico no
psicólogo, quais sejam: psicologia clínica, psicologia contexto escolar quando baseia sua intervenção num
organizacional e a psicologia escolar. modelo médico. “Seu interesse gira em torno da saúde
Esta discussão é muito antiga no contexto da e da doença mental e do diagnóstico e cura de
psicologia. No que diz respeito à identidade do problemas de comportamento.” (Reger, 1989, p. 13).
psicólogo escolar, geralmente ela passa pela superação Para ele há um modelo mais apropriado para o
do modelo médico (o que nos remeteria para os profissional que deseja atuar no contexto escolar, qual
fundamentos da psicologia clínica), que estabelece seja, assumir um papel de educador. Nesse sentido,
seus parâmetros em torno da dicotomia saúde x seu objetivo seria o de “ajudar a aumentar a qualidade
doença, normal x anormal, enfatizando-se o papel de e a eficiência do processo educacional através da
educador que este profissional pode assumir quando aplicação dos conhecimentos psicológicos (...) Ele está
atua no contexto da escola. nas escolas para ajudar a planejar programas
É esta posição que encontramos num texto de educacionais para as crianças” (p.13).
Roger Reger intitulado Psicólogo escolar: educador Reger (1989) também afirma que, além de um
ou clínico? De acordo com esse autor, à medida que profissional,
* Departamento de Psicologia Social e Institucional – Universidade Estadual de Londrina. Doutor em Educação pela Universidade
Federal de São Carlos - UFSCar
Psicologia em Estudo, Maringá, v. 8, n. 2, p. 39-45, 2003
2. 40 Martins
(...) o psicólogo escolar é um cientista, um um desmembramento da área clínica, gerando uma
engenheiro educacional ou projetista de visão de psicologia escolar clínica.
planos educacionais que usa das mais Segundo a autora, os psicólogos escolares têm
modernas metodologias e técnicas. À medida
feito um trabalho clínico dentro da escola, usando
que busca utilizar o sistema educacional tão
efetivamente quanto possível para cada
testes variados, como de QI, de personalidade, e
criança ou grupos de crianças, tem muito em elaborando diagnósticos e orientações detalhadas, ou
comum com o administrador educacional e então, oferecendo psicoterapia para os alunos
com o professor. Assim como os outros considerados como portadores de distúrbios
educadores, ele daria mais ênfase ao emocionais, de conduta, e até mesmo de
crescimento e desenvolvimento da criança do psicomotricidade. Tal atitude pode acarretar em uma
que à ‘patologia’. Mas diferencia-se do série de problemas, como o risco de discriminar e
administrador e do professor conforme visa à estigmatizar os alunos que se beneficiam desta forma
aplicação mais consistente do método
de serviço. O sigilo pode não ser mantido pelos
científico na resolução e problemas
educacionais e psicológicos. (p. 14) próprios alunos, uma vez que a escola é uma
organização onde a privacidade é restrita etc.
Ainda segundo o autor, o psicólogo escolar seria Sob a perspectiva da “psicologia escolar clínica”,
um elo entre o mundo acadêmico e o sistema escolar. o trabalho do psicólogo tem como papel evitar
O psicólogo escolar serve, no modelo clínico, como desajustes ou desadaptações do aluno. Estes, por sua
elo entre várias agências de saúde mental e o sistema vez, são equacionados em termos de saúde x doença, o
escolar. Enquanto agente de ligação entre o mundo que, na escola, é retraduzido como problemas de
acadêmico e o sistema escolar, o psicólogo escolar ajustamento e adaptação. A escola, como instituição, é
está interessado em metodologias científicas e tomada como adequada, cumpridora dos objetivos
resultados de pesquisas, geralmente obtidos no ideais que foram propostos.
ambiente acadêmico. De certa forma, sob a perspectiva acima, os
Enquanto profissional vinculado ao campo problemas que surgem no contexto escolar são
educacional, traduziria estas metodologias e resultados centrados nos alunos, e investe-se o psicólogo de um
em ação nas escolas. Fazendo isso, poderia atender a caráter de onipotência, e seu papel acaba sendo tratar
dois objetivos: ajudar a superar o descompasso entre estes ‘alunos-problema’, devolvendo-os à sala de aula
educação e aplicação de resultados de pesquisa e ‘bem-adaptados’. Isso leva, freqüentemente, a uma
encorajar atividades de pesquisa nas escolas, servindo atitude de ambivalência e resistência por parte da
instituição escolar, que muitas vezes dificulta ou até
como elemento de ligação para os acadêmicos que
mesmo impede a continuidade dos serviços de
queiram fazer contato com indivíduos que falem a sua
psicologia.
linguagem nas escolas. Como educador comprometido
A alternativa mais adequada para a intervenção do
com a identidade acadêmica, pode também tentar
psicólogo no contexto escolar sugerida por Andaló
ensinar a outros profissionais no sistema escolar,
(1984) é aquela em que, sem excluir as contribuições
fornecendo condições de aprendizagem para os que
da psicologia clínica e acadêmica, o profissional
podem tomar as melhores decisões referentes a
assuma o papel de agente de mudanças dentro da
programas educacionais. “O psicólogo escolar
instituição escolar. Ele atuaria como um elemento
experiente poderia exercer com facilidade os papéis de
centralizador de reflexões e conscientizador dos
consultor, orientador, professor e pesquisador.”
papéis representados pelos vários grupos que
(Reger, 1989, p.15)
compõem tal instituição. Ou seja, em vez de abordar
Uma outra caracterização do trabalho do
os problemas escolares centrando seu olhar sobre os
psicólogo escolar é proposta por Carmem S. de A.
alunos, o psicólogo atuaria sobre as relações que se
Andaló, que, em 1984, publicou um texto intitulado O
estabelecem neste contexto, levando em consideração
papel do psicólogo escolar, onde discute a inserção
o meio social em que estas relações estão inseridas e o
desse profissional no âmbito da escola. Para ela, a
tipo de clientela que atende, assim como os grupos
psicologia escolar é considerada uma área secundária
que a compõem. Ele atuaria, portanto, sobre a
da psicologia, que não requer muito preparo nem
instituição escolar1.
experiência profissional. Dentro da escola, o psicólogo
Nossa experiência no atendimento às demandas
é pouco valorizado ou mesmo considerado
das escolas no contexto da cidade de Londrina, no
dispensável, pois inexistem serviços dessa natureza.
Tal perspectiva talvez seja proveniente do fato de que
a área escolar foi caracterizada historicamente como 1
Mais detalhes sobre essa perspectiva, ver Andaló, 1993.
Psicologia em Estudo, Maringá, v. 8, n. 2, p. 39-45, 2003
3. Atuação do psicólogo escolar 41
entanto, tem demonstrado que as coisas não são tão diversas ordens (conscientes e/ou inconscientes), que
claras assim. Apesar das mudanças ocorridas no o implicam,o capturam e estão presentes em seu
contexto das teorias psicológicas e educacionais, as campo de trabalho, vínculos estes que devem ser
expectativas sociais acerca do trabalho do psicólogo reconhecidos. Nesse sentido, o trabalho do psicólogo
na escola ainda esbarram no modelo médico. Uma se inscreve na ordem da intersubjetividade, do vivido,
pesquisa realizada em 1994, junto às escolas que da experiência, o que nos leva a reconsiderar a questão
recebem atendimento da Área de Psicologia Escolar da clínica no âmbito da psicologia escolar enquanto
do Departamento de Psicologia Social e uma escuta clínica, caracterizando o trabalho do
Institucional/UEL, revelou que as solicitações de psicólogo como uma espécie de acompanhamento dos
trabalho feitas por estas instituições estavam fenômenos que emergem no cotidiano escolar. Tais
diretamente relacionadas ao "modelo médico" referido dimensões serão ampliadas e discutidas nas sessões
anteriormente - esperava-se que as crianças com que se seguem.
dificuldades fossem tratadas fora do contexto escolar
e, após “a cura”, fossem novamente inseridas nas salas
de aula (Costa, Kumata & Siqueira, 1994). MULTIRREFERENCIALIDADE E IMPLICAÇÃO
Machado e cols. (1993), numa investigação sobre
a relação do psicólogo escolar com outros Em 1996 (Martins, 1996) indicava que o
profissionais em escolas (públicas e particulares) da psicólogo, ao tomar o cotidiano escolar como o espaço
cidade de Ribeirão Preto, nos mostram que a função para sua intervenção, utilizando-se da metodologia da
mais exercida por estes profissionais no contexto observação participante, teria acesso às várias
escolar é a de mantenedor da disciplina escolar - dimensões da instituição – a sua história
entendida como uma “ação de suspensão de alunos documentada e a sua história não-documentada,
quando necessário, conversa com pais tendo em vista conforme nos diz Ezpeleta e Rockwell (1986) – o dito
a adaptação escolar dos alunos às normas da e o não-dito na perspectiva da análise institucional
instituição.” (p. 51). (Lourau, 1995. Martins, 2000).
O mesmo autor apontava ainda que, ao intervir no
Tais fatos revelam a dificuldade da inserção do
cotidiano, o psicólogo propiciaria situações onde as
psicólogo no contexto escolar sob novas perspectivas -
práticas sociais teriam condições de ser
perspectivas que superem o modelo médico. No
ressignificadas, assim como a percepção acerca da sua
entanto, entendemos que a tentativa de Reger (1989)
atuação. A estruturação do trabalho deveria, portanto,
em atribuir a priori uma série de papéis ao psicólogo
envolver o coletivo escolar, assegurando e
escolar não avança na superação destas dificuldades,
proporcionando a participação democrática de todos
uma vez que o lugar ocupado por esse profissional na
os segmentos que vivenciam a escola.
instituição escolar se estrutura em função do contexto
Tal fato, por sua vez, nos leva a compreender a
e do cotidiano institucional. escola como um campo propício para a emergência
Já a perspectiva desenhada por Andaló (1984, das contradições socioculturais e econômicas que
1993) – uma inserção profissional que tenha como marcam nossa sociedade, e nossa intervenção pode
perspectiva a instituição – se revela mais promissora. propiciar a expressão destas contradições através da
Em que pese às expectativas sociais atribuídas ao organização dos diversos segmentos (estudantes, pais,
psicólogo escolar, este deve compreender os fatores professores, etc.) que participam de seu cotidiano. Tal
sociais e institucionais que possibilitaram a possibilidade de trabalho permite uma reflexão acerca
emergência das representações a respeito de seu dos objetivos da escola, seus procedimentos, seus
trabalho – seja no contexto escolar, seja no contexto métodos de avaliação, e um redirecionamento de suas
social em que está inserido – pois será no âmbito das práticas – assegurando-se assim o processo de
relações que estabelece no interior da instituição democratização da escola.
escolar que terá condições de proporcionar novas Como podemos observar, ao considerar estas
alternativas para seu trabalho. dimensões acerca da instituição escolar, o “olhar” do
É no âmbito desta perspectiva – a institucional – psicólogo se amplia: multirreferencializa-se e se
que apresentamos a abordagem multirreferencial como complexifica2. Isto significa, por sua vez, reconhecer
uma possibilidade analítica e de intervenção para este que o fenômeno educativo e seus desdobramentos
profissional, uma vez que ela assegura a complexidade
do contexto escolar. Além disso, tal abordagem coloca
questões epistemológicas e metodológicas, uma vez 2
A idéia de complexidade aqui referida está vinculada à obra
que psicólogo escolar se vê às voltas com vínculos de de Edgard Morin. Mais detalhes ver Morin, 1996a e 1996b.
Psicologia em Estudo, Maringá, v. 8, n. 2, p. 39-45, 2003
4. 42 Martins
psicológicos se dão em várias dimensões - a dos estabelecido con ella. Es dicer, conforma un
sujeitos, a dos grupos, a da organização, a da nuevo campo del qual, a la vez que forma
instituição e a da sociedade - e que a psicologia – parte, se distancia, efectuando lo que se ha
lhamado una "disociación instrumental": es
exclusivamente – não dá conta de explicitar todas as
objeto que participa de la situación y por
suas nuanças. ende la condiciona y, al mismo tiempo,
Destarte, para compreendermos um pouco sujeto que se auto-observa a fin de
melhor os fenômenos que se apresentam no contexto discriminar cómo y quánto condiciona su
escolar, temos que lançar mão de outras disciplinas – presencia la situación que estudia. (p. 20-1)
sociologia, antropologia, psicanálise, economia,
psicologia social, psicossociologia, etc. A Isto significa dizer que a possibilidade de
complexidade destes fenômenos nos incita a abordá- pesquisa/intervenção será circunscrita na/pela
los multirreferencialmente – a partir de várias interatividade: o conhecimento e a prática profissional
referências teóricas3. se realizam na/pela relação mesma entre sujeito e
Cabe ressaltar que a análise multirreferencial aqui objeto – na relação intersubjetiva.
proposta não tem como pretensão “esgotar” seu objeto Nesse sentido, o trabalho do psicólogo escolar
de estudo. Analisar, neste contexto, não se define não é neutro e nem objetivo, pois além de ele não
mais através da nossa capacidade de recortar, de dominar (no sentido de controle) seu objeto – a
decompor, de dividir, reduzir a elementos mais dinâmica da escola – ele está implicado com (n)ele.4
simples, mas através de nossas possibilidades de Queremos dizer com isso que esta relação –
“compreensão”, de “acompanhamento” dos psicólogo x “escola” – entendida como um encontro
fenômenos vivos e dinâmicos (Ardoino, 1995, p. 9). intersubjetivo, requer o reconhecimento de
Tal postura nos aproxima de um tipo específico de dimensões que não estão relacionadas nem com os
metodologia de trabalho que tem como pressuposto o aspectos teóricos nem com os aspectos metodológicos
reconhecimento do caráter implicacional da que ele pode utilizar quando da realização de seu
atividade de pesquisa ou de intervenção. trabalho. Tais dimensões estão circunscritas pela
Ao indicar a observação participante como uma ordem do psíquico, do desejo, da vontade, que
metodologia de trabalho para o psicólogo escolar, implicam afetos nem sempre “dizíveis” no cotidiano
Martins (1996) quis enfatizar que esse profissional ao acadêmico, mas que emergem durante a inserção
se inserir no contexto escolars se confronta com uma profissional.5
certa tensão. De um lado, ele deve estabelecer um
certo distanciamento do seu objeto de estudo e de
intervenção, de tal modo que possa conhecer seus A ESCUTA CLÍNICA
interstícios; por outro lado, deve buscar estabelecer
uma relação de implicação junto aos agentes É no contexto das considerações anteriores que
envolvidos no processo, sem a qual seria impossível vislumbramos a “escuta clínica” como uma forma de
desenvolver sua atividade. abordar os fenômenos que se desenrolam no cotidiano
Tal fato, por sua vez, traz em si mesmo um escolar.
problema epistemológico, que diz respeito, Tradicionalmente o termo clínico, seja ele
fundamentalmente, à questão da relação entre sujeito e empregado como substantivo, seja como adjetivo,
objeto. Como assinala Bohoslavsky (1976): indica ou um tipo de prática, de experiência, de
formação, ou um estabelecimento onde as pessoas
El psicólogo tiene en su cuenta ... que su rol
de observador modifica, aun por su sola 4
Entendemos implicação como o “... engajamento pessoal e
presencia, el campo de observación; es, por coletivo do pesquisador em e por sua práxis científica, em
lo tanto, un observador participante y função de sua história familiar e libidinal, de suas posições
consciente de esa participación en el passadas e atual nas relações de produção e de classe, e
fenómeno que está bajo su mirada. Al de seu projeto sócio-político em ato, de tal modo que o
observar una situación, está por consiguiente investimento que resulte inevitavelmente de tudo isso seja
observándose a sí mesmo y al vínculo que ha parte integrante e dinâmica de toda atividade de
conhecimento.” (Barbier, 1985, p. 120)
3 5
O conhecimento produzido sob esta perspectiva aproximar- Muitas vezes as informações provenientes deste tipo de
se-ia da atividade da bricolagem, pois tais disciplinas experiência são registradas em nossas anotações, em nossos
seriam operacionalizadas de tal forma que elas não se cadernos de campo, e “lapidados” e “re-elaborados” sob o
reduzissem umas às outras, conforme nos indica Ardoino, prisma da razão. Sobre esta questão ver Borba, 1997,
1998 e Lapassade, 1998. Ver também, Martins, 2000. especialmente o capítulo intitulado “Jornal de Pesquisa”.
Psicologia em Estudo, Maringá, v. 8, n. 2, p. 39-45, 2003
5. Atuação do psicólogo escolar 43
procuram um tratamento para suas doenças: clínica à ação do médico sobre o doente; as práticas sociais
psicológica, clínica médica etc. que implicam alterações, como é o caso tanto das
No âmbito da medicina, este termo nos remete psicoterapias e socioterapias, como em certos aspectos
para o trabalho do médico junto a seu paciente, o da educação, da formação etc., trazem novos sentidos
que traz implícita a idéia de uma certa evolução para o termo. Estes últimos, por sua vez, incorporam-
favorável da doença que o paciente apresenta, em se ao sentido original, ampliando-o, suportando
função da atenção que ele recebe6. Nesse sentido, algumas contradições, o que o localiza no âmbito de
entende-se que há uma certa relação entre o uma certa polissemia.
conceito de clínico e a noção de mudança – o que A noção de clínico, portanto, se inscreve na
implica uma dimensão histórica. No entanto, ordem da praxiologia, enquanto ação-reflexão, seja no
Ardoino (1990) nos alerta que as expectativas âmbito da escola, seja no âmbito do hospital... Assim,
implícitas nestas mudanças estão relacionadas com “clínico” passa a ser um “conceito chave, na
um retorno a uma norma, a uma situação anterior e confluência da ciência fundamental com a ciência
a ação do médico será reparatória, pressupondo-se aplicada no que se refere ao homem.” (Barbier, 1985,
o restabelecimento de um estado considerado p. 46).
anteriormente como “normal”. Para Ardoino:
No âmbito das Ciências do Homem e da
Sociedade, o sentido original do termo clínico, (...) o procedimento clínico e sua teorização
encontra-se consideravelmente modificado7. A devem conquistar o lugar que lhes foi até
questão não está mais colocada sobre uma qualidade agora recusado (...) o que é fundamental ao
procedimento clínico é o respeito, ou melhor,
ou estado de um paciente, o que demandaria um certo
a sensibilidade ao que é ambíguo, ao duplo
tipo de trabalho e, por conseqüência, uma determinada sentido e à hipercomplexidade. (Ardoino
prática e/ou metodologia de intervenção, mas “[O] citado por Barbier, 1985, p. 46)
projeto do clínico está-se tornando fundamental para a
inteligibilidade de sua prática. Ao questionamento Podemos caracterizar o olhar clínico como
metodológico se superpõe... uma interrogação aquele que toma em consideração um campo - de
epistemológica.” (Ardoino, 1990, p. 37). pesquisa ou de intervenção - estruturado por um
De uma certa maneira, as considerações jogo de relações e de interações dinâmicas e
tradicionais sobre o clinicar nos remete para um tipo complexas. No entanto, ele também supõe que o
de familiaridade (com o “doente”), para o prático e o pesquisador estejam convenientemente
conhecimento pela experiência. Mas, à essas idéias, deslocados na relação, isto é, que eles assumam
acrescenta-se, atualmente, a idéia de intervenção do uma postura de implicação-distanciamento. Tal
prático e o postulado de uma capacidade de evolução, postura, por sua vez, possibilitar-lhes-á estar
de aquisições, que se dão pela integração e pelo jogo efetivamente co-presentes na situação que eles
de alterações8. Nesse sentido Ardoino afirma: “É analisam, sem perder, para tanto, suas especificidades
justamente essa hipótese de transformações possíveis, e suas competências.
(...), que se torna essencial quando se trata de práticas Da Matta (1987) aproxima-se bastante desta
sociais definidas como clínicas.” (1990, p. 37). perspectiva ao analisar possibilidades do trabalho
Apesar de ainda encontrarmos o emprego do
antropológico no âmbito das sociedades em que o
termo “clínico” em sua acepção original, vinculando-o
antropólogo está inserido. Ele nos aponta que a tarefa
do antropólogo nessa situação será transformar o que
6 lhe é “familiar” em “exótico". Isto requer, o que
Etimológicamente "clínica" deriva de "cama". Utilizado
para caracterizar la labor de los médicos, este término podemos denominar de uma atitude de
señala el trabajo concreto sobre un paciente específico. “estranhamento” para o que é vivenciado como
Luego se extiende hasta abarcar un ámbito geográfico: el rotineiro, comum, próximo, conhecido etc., o que
hospital, o una rama de las enseñanzas médicas. significa, concomitantemente, um “estranhamento de
(Bohoslavsky, 1976, p. 23, n. 3) si mesmo”, um “auto-estranhamento”. Tal atitude,
7
Ver Lévy (2001) e Araújo e Carreteiro (2001). portanto, implica a busca de novos sentidos para a
8
A alteração é entendida aqui como uma dinâmica onde se relação que o antropólogo estabelece com seu objeto,
reconhece que numa relação entre pessoas, elas se reconhecendo nela - na relação – a possibilidade de
influenciarão entre si, modificando-se. Neste processo estão
implícitos não apenas os aspectos conscientes de cada um,
dar novos sentidos para as suas próprias
mas também esse processo é marcado por desejos, vontades representações.
etc. traços muito mais relacionados com o inconsciente. Ardoino, por sua vez, nos lembra, nesse caso
Psicologia em Estudo, Maringá, v. 8, n. 2, p. 39-45, 2003
6. 44 Martins
(...) o tipo de análise em questão não tem atribuídos, pela abertura ao desconhecido, pela
mais grande relação com a análise entendida disponibilidade para a alteração (e por conseqüência
etimologicamente (decomposição, redução da heterogeneidade), para a escuta do inefável.
do complicado em elementos mais simples) É
mais uma sagacidade (perspicácia), vinculada
a um processo de acompanhamento numa
CONSIDERAÇÕES FINAIS
duração, a intimidade partilhada, donde
(...) os exemplos: psicanalítico,
socioanalítico, etnológico, etnográfico, e até Abordar a escola multirreferencialmente, o que
etnometodológico, podem nos dar alguma isso significa para o psicólogo escolar? Tal questão
idéia. (Ardoino, 1990, p. 38) nos remete para várias dimensões da atuação do
psicólogo no contexto da escola. Inicialmente cabe
Cabe salientar que a clínica se apóia registrar que a abordagem multirreferencial possibilita
fundamentalmente na observação - no olhar mais ou ao profissional compreender a instituição em sua
menos caracterizado por uma ambição de controle, complexidade, abordando os fenômenos que ali se
como o que caracteriza a postura médica tradicional. desenvolvem sob várias óticas disciplinares:
No entanto, quando à ela (à observação) aproximamos sociologia, psicologia, antropologia, etc... de tal forma
a importância da escuta, mais temporal, aquela do que elas não se reduzam umas as outras. O
não-dito. “O ouvido aí se encontra assim conjugado conhecimento produzido acerca desta realidade é um
com o visto.” (Ardoino, 1990, p. 39). conhecimento conjugado, tecido, localizado,
Isto significa que as funções do “olhar” e da historicizado; conhecimento que, em princípio, deve
“escuta”, que se apóiam sobre visões de mundo ser construído coletivamente.
diferentes – ou seja, implicam paradigmas diferentes Cabe registrar que a complexidade não é
(os primeiros mais voltados para dimensões espaciais intrínseca aos fenômenos, mas ela se constrói a partir
enquanto que os relativos ao segundo mais voltados dos olhares que são colocados sobre ele. Isto significa
para as dimensões temporais) e conseqüentemente que a atuação do psicólogo – enquanto
em metodologias específicas – devem ser articuladas pesquisador/interventor no contexto escolar - é
convenientemente a fim de estabelecer pontos de marcada pela sua implicação, ou seja, o conhecimento
referência no tempo e no espaço, concomitantemente. produzido e/ou a intervenção efetivada se
Para Ardoino há nessa escuta, como na circunscrevem a partir relações intersubjetivas que são
interpretação que a acompanha, uma primeira forma estabelecidas no cotidiano escolar, o que significa
de multirreferencialidade reconhecer a influência do desejo, da vontade, dos
afetos etc... que emergem durante sua inserção
(...) é a língua do outro, sua indexicabilidade profissional e que estão presentes (mas muitas vezes
que é necessário apreender e falar, para negados) nos encontros entabulados na escola.
encontrar os fios de sua pré-história e os Abordar multirreferencialmente a instituição
avatares de seu desejo. [Na relação clínica] o escolar significa também assumir uma outra postura
discurso não tem necessidade de ser explícito em seu cotidiano, uma postura que não se inspire nos
pois ela joga essencialmente ao nível do sub- modelos positivistas nem cartesianos – cujo objetivo é
entendido. (Ardoino, 1990, p. 40) simplificar a realidade para melhor controlá-la. Uma
postura que se estruture numa escuta, numa escuta
Em vista do reconhecimento da heterogeneidade clínica, que aqui deve ser entendida como uma forma
que a abordagem clínica pressupõe em si mesma, ela é de acompanhamento, um acompanhar da realidade
notadamente multirreferencial quando se trata de escolar em sua historicidade, resgatando-se o vivido, o
sujeitos coletivos. Nesse caso, para compreendê-los, é experienciado. Não se trata de trabalhar no eixo
necessário recorrer a “(...)óticas de leitura e de doença x saúde, como pressupõe Andaló em sua
linguagem diferentes (psicológica, psicossociológica, crítica ao modelo médico, mas criar espaços onde as
sociológica, econômica etc.), heterogêneas, que é vivências escolares possam ser ditas e escutadas – seja
necessário saber combinar e articular.” (Ardoino, sob na perspectiva da sociedade, seja na perspectiva
1990, p. 40). da instituição, seja na perspectiva dos indivíduos ou
Tal perspectiva, no plano das práticas do grupos, etc...
psicólogo escolar, permite o reconhecimento de Tal lugar – o da escuta – possibilita ao psicólogo
elementos até então desconsiderados na abordagem criar situações coletivas, espaços de construção de
dos processos educativos, possibilitando uma conhecimentos sobre si mesmo – sobre a escola, sobre
reapropriação da experiência e dos sentidos, a eles as experiências dos envolvidos no processo
Psicologia em Estudo, Maringá, v. 8, n. 2, p. 39-45, 2003
7. Atuação do psicólogo escolar 45
educacional, etc. - de tal forma que os problemas (Coord.). Multirreferencialidade nas ciências e na
vividos sejam amplamente discutidos e a busca de educação (pp. 24-41). São Carlos: Editora da UFSCar.
soluções para os mesmos, compartilhada. O exercício Barbier, R. (1985). A pesquisa-ação na instituição educativa.
da escuta clínica, por suas vez, tem como perspectiva Rio de Janeiro: Jorge Zahar.
desvelar dimensões do cotidiano escolar e das relações Bohoslavsky, R. (1976). Orientación vocacional: la estrategia
clínica (3ed.). Buenos Aires: Nueva Visión.
que o estruturam até então impensadas,
desconhecidas, mas que tangenciam as práticas que aí Borba, S. C. (1997). Multirreferencialidade na formação do
“professor-pesquisador”: da conformidade à
se estabelecem. complexidade. Maceió: Do Autor.
O psicólogo, nesse lugar, tem a condição de sair
Costa, A. C.; Kumata, L. Y. & Siqueira, S. L. (1994).
da desconfortável situação de bombeiro – onde sua Esclarecimento do papel do psicólogo em instituição
ação se restringe a “apagar incêndios” – e contribuir escolar e levantamento nas escolas das
para com a organização dos envolvidos com a escola, facilidades/dificuldades encontradas pelos estagiários
criar no coletivo novas pautas de compreensão da (mimeo). Relatório de Pesquisa. Londrina: Dep. Psicologia
realidade vivida, sugerir novas formas de avaliação Social e Institucional/UEL.
dos processos que se desdobram no contexto escolar Da Matta, R. (1987). Relativizando: uma introdução à
antropologia social. Rio de Janeiro: Rocco.
(de aprendizagem, de avaliação, referentes a
organização, a instituição, etc...). Ezpeleta, J. & Rockwell, E. (1986). Pesquisa participante.
São Paulo: Cortez/Autores Associados.
Cabe registrar, no entanto, que este lugar que
“desenhamos” para o psicólogo não existe, ainda não Lapassade, G. (1998). Da multirreferencialidade como
“bricolagem”. Em: J. G. Barbosa (Coord.).
se consolidou, pois as expectativas depositadas sobre Multirreferencialidade nas ciências e na educação (pp.51-
sua atuação ainda se estruturam no eixo doença x 65). São Carlos: Editora da UFSCar.
saúde. Lévy, A. (2001). Ciências clínicas e organizações sociais. Belo
A mudança, por sua vez, pode ser vislumbrada, Horizonte: Autêntica/FUMEC.
desde que seja promovida no contexto das relações Lourau, R. (1995). A análise institucional. Petrópolis: Vozes.
sociais que se estabelecem tanto no contexto escolar Machado, V. L. S., Xavier, A. P. M, Papa, G. R., Wierman, M.
como na sociedade mais ampla. É no âmbito dessas L., Castaldelli, V., Domínguez, V. (1993). Psicólogo
relações que vislumbramos as possibilidades de escolar, orientador pedagógico e assistente pedagógico na
mudança, pois é aí que o profissional terá a escola: um trabalho em cooperação? Paidéia. 4,45-63.
oportunidade de negociar sentidos, ampliar o Martins, J. B. (1996). Observação participante: uma abordagem
significado de sua prática, apresentar novas metodológica para a psicologia escolar. Semina: Ciências
Sociais/Humanas. 17 (3), 266-273.
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realidade. Martins, J. B. (2000) Abordagem multirreferencial:
contribuições epistemológicas e metodológicas para o
estudo dos fenômenos educativos. Tese de Doutorado,
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Ardoino, J. (1998). Abordagem multirreferencial (plural) das
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Endereço para correspondência: João Batista Martins, Rua Anísio Figueiredo, 476 – Londrina – PR. CEP 86065-800. Email:
jbmartin@sercomtel.com.br.
Psicologia em Estudo, Maringá, v. 8, n. 2, p. 39-45, 2003