O documento apresenta um projeto de horta escolar desenvolvido na Escola Prof. Pedro Madóglio com o objetivo de promover a educação ambiental dos estudantes e da comunidade local por meio do cultivo de hortaliças. O projeto tem como objetivos ensinar sobre plantio, cuidados com o solo e plantas, alimentação saudável e responsabilidade socioambiental. O documento descreve detalhadamente como implantar e manter a horta escolar de forma sustentável.
1. EE PROF. PEDRO MADÓGLIO
PROJETOEDUCANDO COMA HORTA ESCOLAR
Prof. Gomes Técnicoem agropecuária: CREA 17026 EF e EM - 2016
EQUIPE GESTORA:
PROFº FABIO
- DIRETOR –
PROFª ALICE
- VICE-DIRETORA –
PROFª ELIZABETE
- COORDENADORA PEDAGÓGICA –
PROF. FRANCISCO GOMES DE LIMA
TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA
CREA: 17026
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APRESENTAÇÃO
Como podemos construir uma sociedade sustentável a partir da horta escolar (PHE)?
Primeiro, é importante que cada pessoa se descubra como parte do ecossistema local. Ao
construirmos uma horta sustentável na escola, estamos desenvolvendo uma série de novas
aprendizagens e valores em nós e nos educandos. Estaremos assumindo uma tarefa
conjuntamente e aprendendo a trabalhar em grupo com pessoas diferentes em gostos e
habilidades. Estaremos oportunizando que os alunos aprendam a ouvir, a tomar decisões, a
socializar, a seguir instruções, a ler manuais, entre outras tantas habilidades inatas. Ou seja, os
indivíduos não nascem com tais capacidades, daí a importância e tarefa da escola. O Projeto
“Educando com a horta Escolar” parte do entendimento de que, por meio da promoção da ação
escolar e de uma educação integral dos educandos, é possível gerar mudanças na cultura da
comunidade no que se refere à alimentação, à nutrição, à saúde e à qualidade de vida de todos,
sobretudo, tendo a horta escolar como eixo gerador de tais mudanças.
Este Projeto é desenvolvido a partir da cooperação técnica dos professores(as), da EE Prof.
Pedro Madóglio, com o apoio da Diretoria Regional de Ensino de Diadema e da Secretaria de
Educação do Estado de São Paulo, seguindo as orientações técnicas do Prof. Francisco Gomes de
Lima, técnico responsável pelo projeto.
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Sumário
OBJETIVO GERAL .................................................................................................................................... 4
OBJETIVOS ESPECÍFICOS.......................................................................................................................... 4
JUSTIFICATIVA........................................................................................................................................ 5
BENEFÍCIOS DO PROJETO........................................................................................................................ 5
RESULTADOS ESPERADOS........................................................................................................................ 6
FLUXOGRAMA DEMONSTRANDOCOMO O CURRÍCULO PODE SER TRABALHADOA PARTIRDA HORTA
ESCOLAR................................................................................................................................................ 7
RELATO DA EXPERIÊNCIA ........................................................................................................................ 8
Como construir uma Horta Escolar.......................................................................................................... 9
Época de cultivo das principais hortaliças............................................................................................10
Culturas de transplante .......................................................................................................................10
Escolhendo o que e onde plantar............................................................................................................11
Semeando em bandejas.....................................................................................................................11
Como semear?................................................................................................................................11
Onde deixar a bandeja semeada?..............................................................................................12
Aguarde o desenvolvimento das plantas ....................................................................................12
Como preparar o canteiro......................................................................................................................12
1. Afofe bem a terra..................................................................................................................12
2. Dê forma ao canteiro............................................................................................................12
3. Hora de misturar o adubo no solo .......................................................................................13
Plantando as mudas ou sementes...........................................................................................................13
Marque o espaçamento...............................................................................................................13
Plante na profundidade certa ......................................................................................................13
Enfim, como plantar? ......................................................................................................................13
O que é desbaste? .............................................................................................................................14
Arranque as plantas certas..........................................................................................................14
Regue após o desbaste...............................................................................................................14
Manutenção do canteiro........................................................................................................................14
Como devo regar? ..........................................................................................................................14
O que fazer com as ervas daninhas?.............................................................................................14
Controle os insetos......................................................................................................................15
Lidando com as plantas doentes.................................................................................................15
Devo adubar? ..............................................................................................................................15
Referências Bibliográficas.......................................................................................................................16
Assinaturas ...........................................................................................................................................17
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OBJETIVO GERAL
Promover a educação ambiental dos educandos e da comunidade em seu entorno através
da horta escolar.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Levar os alunos a vivência e o contato direto com o meio ambiente natural.
Oportunizar ao aluno a conquista do seu espaço, preservando o meio ambiente onde
vivemos.
Proporcionar como atividade extracurricular um espaço de estudo, descoberta e
aprendizagem.
Proporcionar aos alunos a descoberta das técnicas de plantio, manejo do solo, cuidado
com as plantas assim como técnicas de proteção da estrutura do solo.
Desenvolver de modo integrado, a consciência da responsabilidade para o meio ambiente,
respeitando o espaço biótico e abiótico a sua volta.
Promover a responsabilidade social pela participação em grupo, incentivando o respeito pelo
outro e o dialogo.
Criar um intercâmbiosistemáticode informaçõesnocontextoambiental através de observações,
ações concretas e praticas a serem realizadas no ambiente escolar.
Levar os alunos a perceberem a horta como um espaço vivo, onde todos os organismos juntos
formamuma cadeia,proporcionandoumaproduçãosustentável e fonte de alimentação saudável.
Trabalhar com motricidade sociabilidade das crianças.
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JUSTIFICATIVA
Sendo a escola um espaço onde a criança dará sequência ao seu processo de socialização, é
fundamental o papel da educação ambiental na formação de cidadãos conscientes e críticos do
seu papel na sociedade. A escola deve abordar os princípios da educação ambiental de forma
sistemática e transversal em todos os níveis de ensino. Os conteúdos ambientais devem envolver
todas as disciplinas do currículo e estarem interligados com a realidade da comunidade, para que
o aluno perceba a correlação dos fatos e tenha uma visão integral do mundo em que vive. Nesse
sentido a escola deverá promover através de ações a preservação e a conservação do meio
ambiente para que o aluno tome consciência de sua responsabilidade. Assim com as atividades
extraclasse viabilizar ao aluno conhecimentos e praticas que envolvem todas as dependências da
escola, estabelecendo a relação entre teoria e pratica e os cuidados com a alimentação.
BENEFÍCIOS DO PROJETO
Estímulo à inserção da educação alimentar e nutricional no currículo e no cotidiano
da prática educacional;
Favorecimento da mudança do hábito alimentar dos escolares;
Valorização do intercâmbio de conhecimentos e de experiências entre entidades
envolvidas com a promoção da alimentação saudável;
Respeito à diversidade cultural e à preferência alimentar regional;
Estímulo a uma real participação da sociedade civil no acompanhamento da
execução do Programa Nacional de Alimentação Escolar.
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RESULTADOS ESPERADOS
Trabalhar com as diversidades sejam étnicas, sociais, raciais, religiosas ou culturais é um
desafio que a escola hoje, precisa enfrentar. Um desafio como cidadãos e educadores. Nesse
aspecto, a sobrevivência da sociedade dependerá da alfabetização cultural, social e ecológica.
Sendo a terra nossa casa maior, é responsabilidade de cada indivíduo criar um mundo sustentável
para as futuras gerações, não apenas respeitando os diferentes, mas, sobretudo, valorizando as
diferenças. O laboratório horta escolar vem com a proposta de oportunizar essa construção
coletiva da cultura sustentável e interdisciplinar dentro do ambiente escolar envolvendo, inclusive,
a comunidade no seu entorno.
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FLUXOGRAMA DEMONSTRANDO COMO O CURRÍCULO PODE SER
TRABALHADO A PARTIR DA HORTA ESCOLAR
É possível ter a horta escolar como elemento que irá nortear o desenvolvimento de todo o
projeto educativo, desenhando uma rede de saberes interdisciplinares, que podem ser
trabalhados a partir dela.
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RELATO DA EXPERIÊNCIA
Colocar a mão na terra, manusear sementes e mudas de hortaliças, aprender o processo de
germinação e desenvolver valores relacionados às questões ambientais, se tornaram rotina para
os alunos do 1º Ciclo, principalmente para os alunos que participam do Programa Mais Educação
das escolas municipais de Fortaleza-CE. Além de conciliar teoria e prática, as verduras e legumes
cultivados sem agrotóxicos com ajuda dos próprios alunos enriquecem a merenda escolar. Desta
forma com a alface, a cenoura, o rabanete, a rúcula e o pepino colhidos fresquinhos todos os dias
tornam a merenda mais rica em vitaminas, essenciais para os alunos em fase de crescimento,
gerando mudanças no hábito alimentar, e a conscientização de uma alimentação saudável com
mais saúde e qualidade de vida. O Projeto Horta Escolar já vem sendo desenvolvido nas escolas há
alguns anos. No entanto neste ano de 2010, iniciou com o Projeto Horta Sustentável, onde os
alunos desenvolvem a atividade no contra turno escolar, fortalecendo assim, as ações pedagógicas
com melhoria na qualidade de ensino. O trabalho com a horta escolar tem colaborado na melhoria
não só da aprendizagem dos alunos, mas também, como mais uma alternativa na tentativa de
minimizar os problemas sociais que o bairro encara, ou seja, uma saída para manter as crianças
mais tempo afastadas das ruas, da internet, da televisão, dos jogos eletrônicos. A Horta que tem o
formato de uma Mandala traz no centro o galinheiro com criação de frangos, de onde é retirado o
adubo orgânico, que faz as verduras e legumes crescerem livres de agrotóxicos. Os canteiros
construídos com garrafas Pets promovem a ação de preservação e conservação do Meio
Ambiente. As folhas secas que antes sujavam o Meio Ambiente, vão para a compostagem, onde se
transformam em composto orgânico utilizado na Horta. As sobras da merenda escolar, os talos e
restos de verduras servem de alimento para os frangos, reduzindo assim a 0% o desperdício de
alimentos na escola, formando um ciclo de produção sustentável e fonte de alimentação saudável.
“A sobrevivência e o bem estar do homem dependem grande parte dos alimentos que
come e da maneira como se relaciona com o meio em que vive.” Comprovamos através de relatos
dos pais e alunos que o contato com as verduras e legumes levou nossos alunos a mudança de
hábitos alimentares. Relato de pais: “O trabalho desenvolvido pela escola, levou minha filha a
gostar mais de verduras e incentivou que fizesse sua própria hortinha em casa”. “Antes era difícil
comermos verduras, agora não pode faltar na mesa na hora do almoço”. “Minha filha não estava
habituada a comer verduras e estava acima do seu peso. Com o trabalho da escola Ela aceitou
mudar seus hábitos alimentares e já está surtindo efeito.” Relato de alunos: “Adoro mexer na
terra e ajudar a plantar e regar”. “Depois que aprendi a plantar a verdura, aprendi a comer”.
“Aprendi que comer verdura faz bem pra saúde”.
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Como construir uma Horta Escolar
A horta é um excelente meio para potencializar o aprendizado do aluno e despertar seu
interesse para a alimentação saudável.
O contato com a natureza é uma experiência muito válida para crianças e adolescentes. Ao
montar uma horta na escola, professores de todas as áreas terão um laboratório vivo, podendo
trabalhar os mais variados temas.
Os professores podem usar a interdisciplinaridade e desenvolver um projeto sobre
alimentação saudável com os alunos, que terão a oportunidade de conhecer melhor os alimentos e
experimentá-los na cozinha ou na merenda escolar, o que os auxiliará na promoção da saúde.
O professor de matemática poderá trabalhar as formas dos alimentos cultivados, poderá
associar o tempo de cultivo, floração e frutificação com o desenvolvimento dos alunos. Na área de
português, os professores podem sugerir temas de redações ligados ao consumo de frutas e
verduras. Professores da área de história podem trabalhar as origens dos nomes de frutas e verduras,
como são consumidas e se são empregadas na medicina popular. O professor de geografia pode
trabalhar as frutas e verduras típicas de cada região do país, resgatando, assim, a cultura culinária de
cada região. Enfim, todas as áreas do conhecimento podem se beneficiar de alguma forma de uma
horta ou mini-horta na escola.
Em escolas que não possuem espaço disponível para montar uma horta, há a possibilidade
de construí-la com garrafas pet. Sendo assim, o professor pode trabalhar o conceito de
sustentabilidade e colocar o tema para discussão entre os alunos.
Para a construção da horta, o professor deve ter a participação de todos os alunos. Pode-se
dividir a responsabilidade por cada espécie plantada por turma. Ficam a critério do professor os
meios de aquisição das mudas ou sementes.
Em primeiro lugar, deve-se escolher um local apropriado. O local escolhido deve receber a
luz do sol direta na maior parte do dia, mas principalmente na parte da manhã. Observe se no local
escolhido há trânsito de animais ou pessoas; se sim, escolha outro local. No local escolhido deve
haver água disponível para irrigar os vegetais.
Depois de escolhido o local é hora de preparar a terra para o plantio. Retire ervas daninha,
revire a terra a uns 15 cm de profundidade para que ela fique fofa e, se necessário, corrija o solo
com cal hidratada ou serragem. Nesse caso, é necessária a ajuda de um agrônomo ou jardineiro.
Para a adubação dos canteiros, pode-se utilizar o adubo natural, como pó de café usado,
cascas e polpas de frutas, esterco, palhas e galhos, que, ao apodrecerem, formarão o adubo
orgânico. É importante frisar com os alunos que alimentos processados industrialmente não podem
virar adubo vegetal, por alterarem o pH do solo.
As covas para o plantio das hortaliças devem ser espaçadas e medir 20x20cm ou 30x30cm
com 20cm ou 30cm de profundidade. Para melhor aproveitamento das culturas é importante saber a
melhor época do ano para seu plantio. Abaixo, segue uma tabela com algumas informações.
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Época de cultivo das principais hortaliças
Fonte: http://vsites.unb.br/fs/opsan/escolasaudavel/horta.pdf
Culturas de transplante
Fonte: http://vsites.unb.br/fs/opsan/escolasaudavel/horta.pdf
A irrigação da horta difere quanto à região do país e à estação do ano, mas o recomendado é
irrigar diariamente, duas vezes ao dia. Cuidado para que o solo não fique encharcado, pois isso
propicia o aparecimento de fungos. Ao irrigar, observe se há ervas daninhas nascendo; se houver,
retire-as e, a cada colheita, reponha o adubo. Isso garantirá o sucesso das colheitas seguintes.
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Escolhendo o que e onde plantar
Antes de tudo, devemos ver qual é o espaço no qual iremos fazer nossa horta,
checando o nosso local disponível. Cheque se há iluminação suficiente, se o solo está em
boas condições, etc.
A escolha do que plantar é primordial para iniciarmos a nossa horta. Existem
muitas hortaliças com sementes disponíveis à venda em pequenas embalagens. O que
devemos levar em conta para escolher o que plantar?
• clima exigido pela planta. Geralmente essa informação é encontrada na
embalagem das sementes.
Espaço disponível para a horta
• grau de dificuldade de cultivo - preste atenção, há plantas que são difíceis de
manter.
• Número de colheitas possíveis - plantas como o repolho são colhidas de uma vez só, já
a couve-manteiga, ou alface podem ser colhidas aos poucos, ao longo da vida da planta.
Semeando em bandejas
Caso seja necessária a semeadura em bandejas, siga os passos desse item. Caso
a semeadura possa ser feita diretamente no solo, pule ao item seguinte do nosso artigo.
As bandejas de isopor podem ser encontradas em casas agrícolas. Mas há um
custo, o número de células (divisões) é normalmente só acima de cem, além de às vezes,
não ser tão fácil encontrá-las à venda para uso doméstico, só para produções comerciais.
Como semear?
Atenção, essa etapa é muito importante e deve ser feita com cautela. A semeadura
fica melhor se feita com o solo pouco úmido, não muito seco, muito menos molhado. É
melhor colocarmos sempre um pouco de sementes em cada espaço.
Para sementes grandes, cave uma linha de acordo com a profundidade
recomendada. Coloque as sementes com o espaço desejado, e cubra o local devolvendo
o solo cuidadosamente.
Para sementes pequenas, um truque é separar um pouco de solo, o suficiente para
cobrir as sementes. Quebre os torrões que, deixando o solo retirado como um pó leve.
Coloque as sementes cuidadosamente sobre o solo, na quantidade e espaço desejados.
Coloque uma fina camada do solo refinado sobre as sementes.
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Para terminar a semeadura, a rega é essencial. Mas lembrem-se, nos primeiros
dias devemos regar bem, mas com uma lâmina bem fina de água, nunca jogando jatos de
água. Para uma melhor rega, visite a nossa seção.
Onde deixar a bandeja semeada?
A bandeja deve ser colocada em um local com um pouco de luz, não em pleno sol,
de preferência um local fresco, podendo ser à meia sombra. Se estiver utilizando as
bandejas de isopor, não a coloque apoiada em uma superfície lisa, isso impediria o
escoamento de água.
A bandeja deve ser regada regularmente, pois a terra nessas bandejas seca muito
rápido. Mas não devemos encharcar demais a terra, procurando molhá-la com uma
lâmina fina de água, nunca jogando jatos de água, isso deslocaria o solo e derrubaria as
pequenas e frágeis plantas emergidas.
Aguarde o desenvolvimento das plantas
Deixe a bandeja em descanso até que as plantas atinjam uma certa altura,
normalmente de uns 5 a 10 cm(essa altura é especificada na embalagem da semente).
Isso normalmente leva de 10 a 20 dias, quando as plantas estão suficientemente fortes
para serem plantadas na horta.
O tamanho que as plantas devem estar para serem transplantadas é especificado
nas embalagens das sementes, não ultrapasse muito esse tempo, pois isso fará com que
a planta fique atrofiada.
Ao fim desse passo, teremos pronta a nossa muda pronta para ser plantada no
canteiro definitivo.
Como preparar o canteiro
Antes de plantar no canteiro, precisamos prepará-lo para receber as plantas.
Passos bem simples devem ser seguidos:
1. Afofe bem a terra
A maioria das hortaliças têm raízes frágeis, que não conseguem crescer em solos
compactados. Sendo assim, devemos afofar a terra do canteiro. É recomendado o uso de
enchadões para essa etapa, mas se não possuir, pode-se usar uma pá, mas o trabalho
fica bem maior. Só faça isso como solo seco ou levemente úmido, pois trabalhar com solo
molhado torna o solo duro como um tijolo.
2. Dê forma ao canteiro
Em espaços maiores, é preferível que sejam feitos canteiros elevados. Eles servem
principalmente para podermos caminhar entre as plantas sem esmagar o solo utilizado
pela planta, e também para evitar o empoçamento de água. Em espaços muitos
pequenos isso não teria utilidade.
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3. Hora de misturar o adubo no solo
Se desejar adubar o solo incluindo húmus de minhoca, esterco curtido, terra vegetal, NPK,
uréia agrícola, entre outros adubos orgânicos ou minerais, essa é uma boa hora de misturá-los à
terra do canteiro. Misture-os bem no solo até uma camada de uns 10cm de profundidade, sempre
utilizando as medidas recomendadas. Nunca devemos exagerar no adubo, seu excesso pode matar
a planta.
Depois da adubação, é recomendável que aguardemos um período de 10 a 15 dias para
que o adubo entre em equilíbrio no solo, evitando assim futuros problemas.
Plantando as mudas ou sementes
Essa é uma das etapas mais gratificantes. Caso for transplantar mudas feitas em
bandejas, evite dias muito quentes, prefira dias nublados.
Marque o espaçamento
Na embalagem das sementes sempre há uma indicação sobre o espaçamento
entre linhas e entre plantas. Mas não fique muito preocupado em deixar exatamente
naquele espaçamento recomendado na embalagem, ele não precisa ser seguido à risca.
O importante é não deixar as plantas muito juntas, já que isso pode prejudicar o
desenvolvimento da planta.
Para facilitar, faça alguns riscos no solo, marcando as linhas onde as sementes ou
mudas serão colocadas.
Plante na profundidade certa
Caso vá plantar com sementes, é importante verificar a profundidade recomendada
para a semente. Esse dado pode ser facilmente encontrado na embalagem da semente.
Sementes plantadas muito fundas podem não conseguir subir à superfície e
morrer. Sementes plantadas muito rasas podem gerar plantas fracas que tombam
facilmente. Não precisa ser a medida exata, mas evite erros grosseiros.
Enfim, como plantar?
• Para sementes: Abra pequenos sulcos nas linhas, com a profundidade desejada,
colocando as sementes com cuidado. Lembre-se que nem todas as sementes germinam,
por isso, recomenda-se colocar sempre um pouco a mais de sementes. O excesso de
plantas será retirado no desbaste, como veremos a seguir. Cubra as sementes com terra
fina ou serragem, evite cobrir com torrões de terra, que podem impedir a emergência da
planta.
• Para plantar mudas:Cave uma pequena cova e coloque a muda com cuidado, evitando
a quebra de raízes, cobrindo a base com um pouco de terra. Aperte levemente a terra ao
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redor da muda para acomoda-la. É o melhor modo para tomates, por exemplo.
Regas nos primeiros dias
Para terminar a semeadura, a rega é altamente recomendável, sempre que
possível. Mas lembrem-se, nos primeiros dias devemos regar bem, mas com uma lâmina
bem fina de água, nunca jogando jatos de água. Esse cuidado torna as regas dos
primeiros dias bem mais demoradas, mas essa demora compensa pelo resultado.
Acompanhe o desenvolvimento
Devemos aguardar a emergência das plantas, até que elas atinjam uma certa
altura, normalmente de uns 5 a 10 cm(essa altura é especificada na embalagem da
semente), para que passemos para a etapa seguinte.
O que é desbaste?
A ideia do desbaste é simples: arrancar as plantas mais fracas e deixar só as mais
fortes. Uma planta precisa de espaço para crescer saudável. Se as deixarmos muito
juntas, elas competirão entre si e todas acabarão pequenas. Portanto, deixe as plantas
mais saudáveis, com espaço suficiente para crescerem bem.
Arranque as plantas certas
O importante do desbaste é que a maioria das plantas estejam espaçadas umas
das outras, na distância recomendada. Essa etapa depende muito do bom senso de quem
faz. É claro, damos preferência em manter as plantas que estão mais fortes. Arranque as
plantas escolhidas, puxando-as lentamente pela base.
Regue após o desbaste
O desbaste é um processo que pode quebrar um pouco as raízes das plantas que
permanecerão na nossa horta. Para que as plantas se recuperem rapidamente, é
recomendável que reguemos a horta logo em seguida.
Manutenção do canteiro
Como devo regar?
Não tem segredo. Algumas plantas precisam de regas mais frequentes, como as
alfaces. Outras já podem ter regas mais esparsas, como a couve manteiga. Via de regra,
regue diariamente, deixando a terra úmida, mas evitando o empoçamento de água. Veja
mais sobre regas no nosso artigo
O que fazer com as ervas daninhas?
Uma planta daninha é qualquer planta indesejável que esteja crescendo na sua
horta. Elas podem ser prejudiciais por puxarem a água e nutrientes do solo para que
cresçam, diminuindo a quantidade de água e nutrientes disponíveis à planta que
queremos cultivar. Não recomendamos a utilização de herbicidas (os conhecidos mata-
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matos) nas residências, pois são venenos, e podem gerar intoxicações. Para controlar as
daninhas no jardim a melhor forma é a insistência. Sempre que nascer, arranque.
Controle os insetos.
Caso a horta esteja sendo atacada por insetos, devemos analisar caso a caso. A
presença de insetos variados no solo, não significa que eles devam ser mortos. Só
devemos eliminar os insetos que estão atacando a planta. Uma boa diversidade de
insetos é sinal de que o solo é um solo saudável, em equilíbrio. A presença de uma ou
duas espécies infestando, de forma dominante, é sinal de que sua horta está
desequilibrada. Na maioria das vezes, uma simples catação manual já é o suficiente.
Poucas vezes precisamos recorrer aos inseticidas.
Lidando com as plantas doentes.
Por melhor que cuidemos do nosso jardim, algumas plantas sempre terão alguma
doença. O importante é sabermos como conviver com essas doenças. Nem pensem em
aplicar veneno nas folhas, já que você poderá se intoxicar, e raramente você estará
aplicando o remédio correto. Quase sempre a melhor forma de lidar com as doenças é
arrancando as partes doentes e queimando-as. Quanto mais tempo você deixa, mais a
doença se espalha. Se a doença persiste, o melhor pode ser escolher outra planta para
plantar na sua horta.
Devo adubar?
As plantas precisam de nutrientes para crescer bem. Devemos adubar a nossa
horta tanto no plantio quanto uma ou duas vezes durante o desenvolvimento das plantas,
fazendo com que elas cresçam com mais vigor. Adubos químicos como o NPK podem ser
usados, mas os adubos orgânicos costumam ser melhores alternativas nas hortas
domésticas, por serem mais fáceis de lidar. Mas cuidado, utilize sempre a dosagem
recomendada na embalagem dos produtos, mesmo no caso do húmus de minhoca. O
excesso de adubo pode matar as suas plantas.
Finalmente, podemos nos sentir capazes de lidar com a produção de hortas com
semeadura direta no canteiro!
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Referências Bibliográficas
Ministério da Educação. Rede de saberes mais educação: pressupostos para projetos
pedagógicos de educação integral. 1ª Edição. Brasília, 2009. 92p.
Ministério da Educação / Ministério do Meio Ambiente / UNESCO. Vamos cuidar do Brasil:
conceitos e práticas em educação ambiental na escola. Brasília, 2007. 248 p.
Ministério da Educação. Panorama da educação ambiental no ensino fundamental. Brasília,
2001. 149 p.
Ministério da Educação. A horta escolar dinamizando o currículo da escola – caderno 1.
Brasília, 2009. 116p.
Prefeitura municipal de Fortaleza- Projeto horta comunitária e escolar.
Apoio: EMATER
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Assinaturas
PROJETO EDUCANDO COM HORTA ESCOLAR
______________________________________________________
Prof. Fabio
Diretor
______________________________________________________
Profª Alice Barbosa Medeiros de Brito
Vice Diretora
______________________________________________________
Profª Elizabete Nascimento
Coordenadora Pedagógica- EM
______________________________________________________
Profª Nalva
Coordenado pedagógica - EF
______________________________________________________
Prof. Francisco Gomes de Lima Técnico-Responsável: CREA 17026