O documento descreve um projeto de horta orgânica e cultivo de ervas medicinais em uma escola estadual em Aracaju, Sergipe. O projeto tem como objetivos utilizar o espaço da escola para cultivar hortaliças e ervas, ensinar os alunos sobre sustentabilidade e agricultura orgânica, e fornecer alimentos saudáveis para a merenda escolar.
1. 2019
SEMEAR IDEIAS ECOLÓGICAS E
PLANTAR SUSTENTABILIDADE
É TER A GARANTIA DE
COLHERMOS UM FUTURO
FÉRTIL E CONSCIENTE
Sivaldo Filho
Sustentabilidade Ambiental, Social e Cultural.
2. A satisfação está no esforço e não no resultado final.
Mahatma Gandhi
3. IDENTIFICAÇÃO
COLÉGIO: Estadual Barão de Mauá Código INEP: 28018435
LOGRADOURO: Rua José Araújo Neto, 119 - Conjunto Orlando Dantas.
BAIRRO: São Conrado CEP: 49.042-230
MUNICÍPIO: Aracaju Estado: SE
TELEFONE: (79) 3179 -1722 Fax: (79) 3179 -1722
E-mail: cebm.seed.se.gov.br/maua.barao@yahoo.com.br
LOCALIZAÇÃO: Urbana
DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA: Estadual
PROJETO BÁSICO: Sustentabilidade Ambiental, Social e Cultural.
PROPONENTE: Residência Pedagógica - CAPES
CURSO: Licenciatura em Química
FACULDADE: Associação De Ensino E Cultura Pio Décimo
BENEFICIÁRIOS: Alunos do colégio Estadual Barão de Mauá
IDEALIZADORA DO PROJETO:
COORDENADORES DO PROJETO:
EXECUTORES DO PROJETO:
ARTHUR FERREIRA LEMOS
CARLOS ALBERTO BISPO
CLAUDIA SOUZA
JACILEIDE ALVES DOS SANTOS
JOCIEL SANTOS SOARES
JOSEPH UBIRANI SANTOS GALVÃO
RENAN NASCIMENTO
SILVIA DE OLIVEIRA SANTOS
TASSYA REGINA DORIA FONTES DOS REIS
4. INTRODUÇÃO
A unidade escolar Barão de Mauá está situada no Bairro Orlando Dantas, na
capital sergipana (Aracaju), esta apresenta ensino regular abrangendo do 9º ano (ensino
fundamental maior) e os três anos do Ensino Médio. A estrutura física da escola apresenta
um local em que se adequa as condições favoráveis para instalação de uma horta orgânica,
e cultivo de ervas medicinais, sendo de fácil acesso à comunidade escolar como um todo.
A horta e o cultivo de ervas medicinais escolar tem como foco principal integrar as
diversas fontes e recursos de aprendizagem, integrando ao dia a dia da escola gerando
fonte de observação e pesquisa exigindo uma reflexão diária por parte dos educadores e
educandos envolvidos.
O projeto Horta e Ervas Medicinais visa proporcionar possibilidades para o
desenvolvimento de ações pedagógicas por permitir práticas em equipe explorando a
multiplicidade das formas de aprender.
A interdisciplinaridade na educação vem sendo utilizada enquanto um eixo
temático, cuja a finalidade é buscar ativar mecanismos de socialização e integração do
corpo de professores para amparar e repensar as dificuldades produzidas e reproduzidas
no cotidiano escolar. Deste modo, a interdisciplinaridade possibilita problematizar a
rigidez e inflexibilidade do planejamento educacional pautada em aulas direcionadas as
metodologias que não estimulam o raciocínio crítico e afetivo do discente. A produção
dos conhecimentos e a relação interpessoal dos docentes em suas específicas áreas, vem
promovendo mudanças estruturais no que diz respeito as práticas pedagógicas, e
reforçando os atos democráticos e políticos no ambiente escolar no que tange ao processo
de reinvenção da educação como ressalta Sodré (2012). E para dá suporte ao
protagonismo social do aluno, como jovem cientista, busca-se a transdisciplinaridade
como ferramenta de reflexão e interação com as diferentes realidades sociais, políticas,
econômicas e culturais existentes em nosso país. É nesse contexto que surge o objetivo
deste Projeto com o intuito de apresentar a formação de protagonistas juvenis para a
sustentabilidade social, cultural e ambiental no Colégio Estadual Barão de Mauá em
Aracaju/SE, articulado com a formação de professores desse ambiente escolar, que se dá
a partir das parceiras estabelecidas com outras instituições, entre elas destacam-se: a
Faculdade Pio X, por meio do projeto residência pedagógica promovido pelo CAPES.
5. JUSTIFICATIVA
Os residentes da Faculdade Pio Decimo pelo projeto da CAPES junto aos
educadores do Colégio Estadual Barão de Mauá tem por finalidade desenvolver
atividades pedagógicas interdisciplinares voltadas para Educação Ambiental visando
promover mudanças de valores e hábitos saudáveis, dando continuidade a outros projetos
já existentes nesta mesma vértice. Com o intuito de utilizar o terreno disponível de formas
ecológica e economicamente corretas e criar na escola um ambiente capaz de envolver
docentes, discentes, funcionários e colaboradores na criação de vínculo com a natureza,
a comunidade escolar mobilizando a restauração e criação de uma nova Horta e
implementando o cultivo de ervas medicinais,
A implementação e continuidade desse projeto está relacionada trajetória dos
residentes e a proposta colocada pelo CAPES junto aos professores que buscam a partir
do diagnóstico educacional dialogar com a comunidade escolar das diversas situações que
inibem o acolhimento, a integração e a socialização. E como somos canal de mudança, os
projetos interdisciplinares, são de suma importância de nós educadores, em estimular a
visão de mundo do educando, suas experiências, seus saberes, sua cultura, para o
despertar das identidades de nossos discentes na perspectiva de promover o cidadão
crítico e reflexivo sobre os fenômenos sociais existentes. Portanto, a ideia da formação
dos ‘jovens cientistas’ poderá ser pensada em conscientizar a comunidade estudantil para
a “escola que queremos”, desassociando exclusivamente o livro didático do plano de aula
e integrando as diversas literaturas que respaldam a formação desses jovens a se
expandirem na produção linguística, cultural e tecnológica e as medidas socioambientais.
Esses elementos abordados são cruciais para a escolha dessa temática. Ressaltando que a
promoção dessas atividades durante o decorrer do ano letivo deve ser refletida e colocada
em prática, que possibilitam formar novos agentes que atuem e transformem as realidades
sociais nas quais estão inseridos. Entre as medidas a serem refletidas nesse cenário,
destacam-se as temáticas sobre os impactos socioambientais com relação aos resíduos
sólidos, ao consumo consciente de água e energia e produção de hortaliças orgânicas para
consumo de uma alimentação saudável na escola, como também o bem estar que as ervas
medicinais trazem no cotidiano.
6. OBJETIVO GERAL
Dar continuidade ao projeto da Horta e implementando o cultivo de ervas
medicinais, oferecendo à comunidade escolar oportunidade de convivência com a
natureza, aquisição de conhecimentos, ampliação do aprendizado e acesso a produtos
naturais saudáveis para o preparo da merenda escolar.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Utilizar um dos espaços ociosos do colégio, de aspecto pouco agradável e local de
proliferação de ervas daninhas em horta e ervas medicinais,;
Estimular a mudança comportamental sobre as questões ambientais com relação
aos resíduos sólidos para a implementação de um projeto futuro de Coleta
Seletiva, produção de compostos orgânicos na manutenção da horta orgânica; e
consumo consciente dos recursos hídricos.
Oferecer aos alunos e professores mais um espaço para o desenvolvimento das
atividades interdisciplinares estabelecendo relações com a Educação Ambiental;
Trabalhar a área cognitiva do jovem, de forma que o aprendizado seja ampliado e
levado além da escola;
Utilizar os produtos colhidos na horta na preparação da merenda escolar
minimizando assim os custos diários;
Utilizar as ervas colhidas para fazer chás;
Contribuir para o consumo de alimentos saudáveis dos alunos previstos pelos
órgãos legais;
Fazer da educação ambiental uma ferramenta que promova uma nova cultura
alimentar nas escolas;
Unir teoria e prática de forma contextualizada e através do trabalho coletivo e
cooperado.
Valorizar a importância do trabalho e cultura do homem do campo;
Identificar técnicas de manuseio do solo e manuseio sadio dos vegetais;
Conhecer técnicas de cultura orgânica;
Estabelecer relações entre o valor nutritivo dos alimentos cultivados;
Compreender a relação entre solo, água e nutrientes;
Identificar processos de semeadura, adubação e colheita;
Análise e reflexão sobre prejuízos dos desperdícios alimentares;
7. Compreender a importância de uma alimentação equilibrada para a saúde;
ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO
Acompanhamento
O Projeto Sustentabilidade Ambiental, Social e Cultural será executado e
acompanhado pelos residentes e a professora preceptora, entre outros professores que
estejam disposto a ajudar.
Avaliação
Os professores das disciplinas envolvidas no projeto acompanharão o
desenvolvimento das etapas. Assim, tem-se a avaliação qualitativa, que enfocará na
participação e empenho dos alunos em relação ao projeto. A avaliação quantitativa será
realizada através dos Simulados, por conseguinte as disciplinas envolvidas abordarão a
temática do projeto em suas respectivas provas.
INSTALAÇÃO E MANEJO DA HORTA
A escolha do local está vinculada a disponibilidade de sol, água, condições de
terreno e proteção de ventos fortes e frios. Poderá ser implementada em área retangular,
cercada com alambrado e com um portão de acesso. Deve-se observar que o acesso dos
alunos a horta não deve oferecer risco algum de acidentes.
CRITÉRIOS PARA ESCOLHA DO LOCAL PARA IMPLANTAÇÃO HORTA
Local Ensolarado: as hortaliças são plantas de crescimento rápido, mas precisam
de muita luz para crescerem sadias e rapidamente.
Local próximo à água: água de boa qualidade e abundante é muito importante
para a horta.
Terreno bem drenado: as raízes das hortaliças respiram em terrenos compactados
ou encharcados a quantidade de ar disponível no solo é insuficiente para a respiração das
raízes, atrasando o crescimento e ocasionando em muitos casos o aparecimento de
doenças nas raízes.
Composição do solo: analisando o solo, encontramos 4 elementos (argila, areia, a
e matéria orgânica).
8. Local protegido: mesmo as plantas que vegetam na época fria, não apreciam
ventos fortes e frios: o vento além de estragar folhas e frutos, aumenta muito o consumo
de água.
MATERIAIS NECESSÁRIOS
Os materiais básicos definidos para um manejo adequado são:
Ancinho – utilizado para nivelar o terreno e retirada do mato capinado
Colher de Jardineiro – utilizado em operações de transplante de plantas
Enxada – usada para misturar adubos, terra e nas capinações.
Garfo – coleta de mato e folhagem
Regadores de diferentes tamanhos permitindo manuseio das crianças
Sacho – para aforamento da terra a capina entre linhas de plantas.
SEMEADURA OU PLANTIO
1) Sementeira – A sementeira pode ser de material reutilizável. Como regra, a
profundidade das sementes das hortaliças a serem semeadas dependerá do
tamanho da semente. A sementeira deve ser previamente umedecida e ser mentida
úmida com regas pela manhã e tarde.
2) Transplante – O transplante é feito após as mudas apresentarem 4 a 6 folhas.
Observar que a sementeira deverá ser molhada para a retirada das mudas.
SELEÇÃO DE HORTALIÇAS PARA PLANTIO
Classificação segundo o consumo (alguns exemplos):
a) Hortaliças Folhas – alface, almeirão, couve, chicória, repolho, acelga;
b) Hortaliças Frutos – tomate, berinjela, pimentão, pepino, quiabo, abobrinha;
c) Hortaliças Flores - couve flor, brócolos, alcachofra;
d) Hortaliças Raízes – cenoura, beterraba, rabanete, nabo;
e) Hortaliças Condimentos – alho, cebolinha, salsa, coentro.
MANEJO DA HORTA
Serão levadas a efeito no manejo da horta:
Irrigar diariamente observado o melhor horário para sua efetivação;
9. Retirar plantas invasoras;
Afofar a terra próxima ás mudas;
Completar nível de terra em plantas descobertas;
Observar fitossanidade da horta (insetos e pragas, fungos, bactérias e vírus);
COLHEITA E HIGIENIZAÇÃO
A colheita será feita obedecendo ao período de maturação das hortaliças. Será
realizada a higienização com auxílio das merendeiras.
CONSUMO
A colheita após higienização será servida como parte da merenda escolar
reforçando a alimentação dos alunos e proporcionando maior variedade nas opções
presentes.
CULTIVO DE ERVAS MEDICINAIS
O uso de plantas para tratar doenças é tão antigo quanto a história da humanidade,
mas saber conservar e usar cada tipo é fundamental para garantir que o remédio funcione.
São muitas variedades de plantas e muitos efeitos diferentes na saúde.
ALGUMAS PLANTAS MEDICINAIS
Alecrim - na Grécia antiga, ele era erva para tudo: de cosméticos a incensos,
passando por enfeite de coroas. Rico em óleos essenciais como limoneno e cânfora, hoje
seu uso medicinal mais comum é em compressas para aliviar contusões e hematomas. Há
indícios de que seus princípios ativos combateriam enxaquecas, para lapsos de memória
e baixa de imunidade, diminui dores reumáticas e articulares.
Babosa - A famosa Aloe vera entra na composição de vários xampus e cremes
feitos com a polpa branca de suas folhas. Tudo graças a uma dupla de princípios ativos,
aloeferon e antraquinona. Enquanto o primeiro age na multiplicação celular e acelera a
cicatrização, o outro funciona como antisséptico. Em alguns casos, é justamente essa
propriedade que evita a queda de cabelos. Ela também ajuda na cicatrização de feridas e
tem sido usada no combate à caspa, aos piolhos e às lêndeas. Há testes sobre seus efeitos
no tratamento de inflamações e queimaduras.
10. Boldo - O boldo é uma planta medicinal, também conhecida como boldo-do-chile,
boldo-afragans ou boldo-verdadeiro, muito utilizada como remédio caseiro para o fígado,
pode ser encontrada em jardins de casa, lojas de produtos naturais e farmácias de
manipulação. As propriedades do boldo incluem sua ação estimulante da vesícula biliar,
diurética, antiespasmódica, anestésica, anti-séptica, antibacteriana, anti-inflamatória,
antioxidante, depurativa, desintoxicante, estimulante, sedativa, tônica e vermífuga.
Camomila - Uma das plantas mais usadas popularmente, ela tem presença
garantida na grande maioria das chaleiras. Tanto que é um dos chás considerados mais
seguros. A erva é muito usada para acalmar cólicas e como anti-inflamatória, graças ao
camazuleno, óleo essencial com propriedades anti-inflamatórias. Suas flores são lotadas
de substâncias emolientes, que ajudam a manter a hidratação da pele. Por isso a camomila
é muito usada na indústria de cosméticos em sabonetes, colônias e xampus.
Carqueja - Extremamente popular no Brasil, ao que parece ela teria sido
introduzida aqui pelos escravos africanos. A planta é uma boa pedida quando aquela
refeição pesada cai mal e o estômago parece de chumbo: sabe-se que seus óleos
essenciais, como o carquejol, atuam nas células hepáticas aumentando a produção da bile.
A carqueja também está lotada de componentes amargos, o que também favorece o
trabalho do fígado e a digestão. Ela tem ainda um efeito diurético, ajudando a eliminar
toxinas.
Capim-limão - Na culinária tailandesa, essa erva de origem asiática aparece como
condimento. Mas na América do Sul é uma das plantas mais usadas na medicina popular,
tanto como analgésico quanto para tratar problemas gastrointestinais, pode ser ingerido
como um sedativo bem leve. O chá de capim-limão também é indicado para ajudar no
trabalho estomacal, para expulsar gases, além de ser ligeiramente analgésico e anti-
reumático. O capim-limão também é conhecido como falsa erva-cidreira: apesar de serem
duas plantas de aparência bem diferente, acabam sendo confundidas, talvez por causa do
forte cheiro cítrico de ambas.
Erva-cidreira (Melissa) - Também chamada de melissa, esta é uma daquelas ervas
que merecem atenção redobrada na hora da compra. Além de ser muito confundida o
capim-limão ou com a melissa-bastarda, ela é conhecida popularmente por nomes muito
diferentes. Seu chá é ótimo para combater cólicas e gases. Ele também ajuda a relaxar
naqueles dias mais tensos, graças ao efeito calmante de seus óleos essenciais. Também é
analgésico e antiespasmódico, além de funcionar topicamente (em extrato) contra herpes
labial.
11. Erva-doce (Funcho) - Conhecida desde os tempos dos antigos egípcios, seu sabor
está presente em alimentos, licores, balas, sabonetes e cremes. Mas além de emprestar
seu perfume a guloseimas e cosméticos. O Funcho serve para ajudar no tratamento de
cólicas, anorexia, bronquite, vômitos, nódulos no fígado ou baço, dores nos olhos,
problemas urinários, diarreia e vermes intestinais.
Manjericão - O manjericão é uma planta medicinal também conhecida como
Alfavaca ou Basilicão, muito utilizada para fazer remédios caseiros para aftas, tosse e dor
de garganta. O manjericão serve para ajudar no tratamento de tosse, catarro, feridas,
problemas de estômago, falta de apetite, gases, aftas, dor de garganta, rouquidão,
amigdalite, náusea, verruga, prisão de ventre, cólica, ansiedade, insônia, enxaqueca e
picadas de insetos. As partes usadas do manjericão são suas folhas e caules, em forma de
chá ou como tempero para saladas, carnes e massas.
CULTIVO DE ERVAS MEDICINAIS
Passo 01.: Preparo do solo de crescimento
O solo ideal de cultivo deve possuir alguns fatores que auxiliem no crescimento
do sistema radicular e foliar da planta para permitir uma bom desenvolvimento e produção
de flores e sementes. É importante que haja matéria orgânica no solo de crescimento, pois
possui boa capacidade de retenção de água. Esta matéria orgânica pode vir em um produto
como o Condicionador de Solo “Classe A”, húmus de minhoca, esterco animal
(importante estar curtido, esterilizado e peneirado) ou composto orgânico. Além disso, é
importante ter uma boa fonte de cálcio (calcário ou casca de ovo moída), fósforo
(superfosfato simples ou fosfato natural), potássio (cinzas de churrasqueira peneiradas) e,
adubo NPK, formulação de plantio 04-14-08. Fontes de tortas vegetais (algodão,
mamona, girassol, etc.) também são importantes desde que se tenha atenção à quantidade,
pois costumam serem muito fortes e queimar as plantas. As fontes de fósforo garantem
um bom crescimento e enraizamento do sistema radicular.
Passo 02.: Preparo da planta para o plantio
As plantas podem ser plantadas de duas formas:
12. Sementes: são comercializadas em supermercados, floriculturas e revendas
agrícolas. Sementes facilmente encontradas são as de: coentro, salsa, funcho, camomila,
hortelã, manjericão, alfavaca, pimentas, salvia, tomilho, etc.
Mudas: este é o método mais rápido de propagação de plantas. São feitas através
de estacas (com ou sem raízes) da planta matriz. Estas estacas com raízes podem ser
plantadas diretamente no solo ou vaso e, as sem estacas, devem ser plantadas na areia (de
construção, peneirada, granulometria média), para favorecer o enraizamento. Leva-se de
30 a 60 dias para o enraizamento completo da estaca. Este vaso deve ser colocado em um
local que haja claridade porém sem a luz direta do sol. A areia deve ser molhada sempre
que estiver seca. Plantas de estacas que enraizam facilmente são: manjericão, arruda,
alecrim, mirra, beldroega, babosa, capim limão, erva cidreira, hortelã, carqueja, etc.
Passo 03.: Plantio
Sementes: o ideal é semear as sementes no local definitivo, pois as mudas são
sensíveis ao transplante, mas também podem ser semeadas em pequenos vasos e outros
recipientes, transplantando as mudas com bastante cuidado quando atingem de 5 a 8 cm
de altura. Semeie a cerca de 0,5 cm de profundidade no solo. A germinação das sementes
geralmente ocorre entre 1 e 3 semanas. O espaçamento pode variar de 15 a 50 cm entre
as plantas, dependendo do tamanho da cultivar.
Mudas com raízes: deve-se retirar a embalagem plástica (saco ou vaso) e manter
o torrão intacto. O processo é o mesmo se o plantio for no chão ou no vaso. A cova a ser
preparada ou o vaso escolhido deve ser no mínimo 3 vezes maior que o torrão da muda
para propiciar o enraizamento e crescimento saudável da planta. Após a montagem do
vaso (drenagem e camada de solo no fundo do vaso), coloca-se o torrão da muda e
completa as laterais com o solo, apertando ao redor do torrão, para que a planta fique bem
firme. Deve-se cobrir o torrão até a altura de 2 cm acima do torrão inicial. Após o plantio
da muda deve-se fazer a irrigação da muda. É importante tomar cuidado para não lesionar
o caule da planta, caso isso aconteça, pincele um pouco de canela em pó umidecida em
água para que aconteça a assepcia do lugar machucado.
Passo 04.: Adubação
As plantas possuem respostas rápidas quando nutridas de forma adequada. O uso
de adubos orgânicos misturados ao solo de crescimento é benéfico ao sistema radicular e
13. foliar. Para a cobertura pós-plantio, faça uma reposição nutricional utilizando um adubo
mineral nas folhas. Assim a reposição nutricional do adubo propiciará o aumento da
brotação de galhos e folhas garantindo uma maior produção após a colheita das folhas e
produção de flores. É importante aplicar um adubo foliar com formulação completa, 1
vez a cada 7 dias, para suprir as deficiências nutricionais das plantas e garantir seu
desenvolvimento saudável.
Passo 05.: Colheita
As plantas medicinais, da mesma forma que outras plantas, como as hortaliças
apresentam um ponto de colheita ideal, que é o momento de maior concentração dos
princípios ativos. As substâncias com atividade terapêutica, ou princípios ativos,
encontrados nas plantas, geralmente concentram-se em maior quantidade em um
determinado órgão. Assim, em algumas plantas, os princípios ativos estão em maior
concentração nas folhas e hastes, em outras, estão nas flores. Os flavonoides, de modo
geral, estão mais concentrados na parte aérea da planta. É o caso da rutina, encontrada na
arruda. Já na camomila, as substâncias com atividade terapêutica estão mais concentradas
nas flores. Quanto ao dente-de-leão (Taraxacum officinale), os compostos fenólicos estão
mais concentrados nas flores e nas folhas. Devido a tal variação, é necessário conhecer
que parte deve ser colhida para se estabelecer o ponto ideal de colheita para cada planta
medicinal.
Ponto de colheita
Quando as partes a serem colhidas são as folhas e os talos, a coleta deve ser feita
antes que a planta medicinal floresça, pois haverá maior concentração de substâncias com
fins medicinais nesses órgãos. Este é o caso da tanchagem, cujas folhas são colhidas antes
da emissão do pendão. Em algumas plantas medicinais, os princípios ativos encontram-
se igualmente nas folhas e flores. Portanto, podem ser colhidas antes ou durante o
florescimento como o alecrim, a catinga-de-mulata, a mil-folhas, o manjericão, o guaco
e a manjerona.
As cascas são colhidas quando a planta medicinal atinge a plenitude do seu
crescimento, ao fim do ciclo anual, ou antes da floração, nas plantas perenes. Por isso,
você deve se informar sobre a época do ano em que a espécie floresce e colher a casca
14. antes desse acontecimento. Por exemplo, o mulungu floresce no inverno, na região
Sudeste do Brasil. Assim, a retirada de casca deve ser feita no final do outono.
No caso das sementes da planta medicinal, recomenda-se esperar até o seu
completo amadurecimento. Em casos de frutos que caem, quando maduros, a colheita
deve ser antecipada. É o que acontece com o funcho, cuja colheita é feita com os frutos
ainda não maduros.
Os frutos carnosos com finalidade medicinal são coletados completamente
maduros, como a romã.
As raízes são colhidas em plantas adultas, no final do seu ciclo de vida, momento
em que atingem o máximo desenvolvimento e concentração de princípios ativos. No
gengibre, elas são colhidas quando a parte aérea começa a definhar. As raízes da bardana
são colhidas depois da frutificação, que indica o fim de um ciclo. Já as raízes da alteia
devem ser retiradas no final do seu segundo ano de vida.
As flores das plantas medicinais devem ser colhidas plenamente desenvolvidas e
abertas. É o caso da camomila, da calêndula e do sabugueiro, cujas flores devem ser
colhidas sem o pedúnculo, quando estão com as pétalas abertas e formando um ângulo
reto com o eixo do pedúnculo.
16. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Sergipano. Aracaju/SE. Secretaria de Estado da Educação do Desporto e Lazer, 1998.
CANTO, E.L. Ciências naturais; aprendendo com o cotidiano, 8º ano.Ed.3 -São
Paulo.Moderna,2009.
FURLAN, J. Inteligência do Sucesso: a nova inteligência que explica a ciência do
sucesso. 3ª edição – São Paulo:Editorial Universidade da Inteligência, 2001.
SWEENEY, L.B. O Livro da Água SEED. A Incrível Ciência do SEED. 2012
Corrêa, Anderson Rodrigues – Plantas medicinais: do cultivo, á terapêutica,
Petrópolis, RJ: editora Vozes, 1998.
PREFEITURA MUNICIPAL DE JUNDIAÍ. Secretaria de Educação, Cultura e Esportes.
Horta Escolar, Jundiaí, 2003
RIBEIRO, Giorgio Mendes, et., al. EXPERIÊNCIA DO PROJETO HORTA DIDÁTICA
NAS ESCOLAS DE MOSSORÓ-RN COMO PROPOSTA DE EDUCAÇÃO
AMBIENTAL, ALIMENTAR E NUTRICIONAL Revista Extendere. V. 3. Nº1. Jan-
Jun 2015 http://periodicos.uern.br/index.php/extendere/article/viewFile/1754/940
Artigo Jardinagem .http://terral.agr.br/plus/modulos/noticias/ler.php?cdnoticia=60
acesso em 27 de janeiro de 2019 às 14:52