Este documento apresenta os resultados de uma pesquisa sobre as concepções de dois professores de física em início de carreira sobre inovação curricular e implementação de física moderna e contemporânea em sala de aula. A pesquisa utilizou questionários aplicados antes e depois dos professores participarem de cursos de formação continuada. Os resultados indicam que ambos os professores alteraram suas concepções sobre inovação curricular e tentaram implementar novos conteúdos e metodologias em sala, apesar de enfrentarem dificuldades como falta de recursos
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PROFESSORES EM INÍCIO DE CARREIRA: CONCEPÇÕES SOBRE INOVAÇÃO CURRICULAR E IMPLEMENTAÇÃO DE FÍSICA MODERNA E CONTEMPORÂNEA EM SALA DE AULA
1. Problemas sobre os professores principiantes em seus processos de inserção
profissional
INFORME DE INVESTIGAÇÃO
PROFESSORES EM INÍCIO DE CARREIRA: CONCEPÇÕES SOBRE
INOVAÇÃO CURRICULAR E IMPLEMENTAÇÃO DE FÍSICA MODERNA E
CONTEMPORÂNEA EM SALA DE AULA
LAWALL, Ivani Teresinha
ivani@joinville.udesc.br
Instituição UDESC - CCT
BAUMER, Ana Luiza
ana.baumer@gmail.com
Instituição: Bolsista de Iniciação Científica: UDESC - CCT
Palavras-chave: Formação continuada - Professor iniciante - Física Moderna.
RESUMO
Este trabalho apresentará o resultado de uma pesquisa qualitativa, realizada por meio de
questionário, no qual se pretende identificar as concepções sobre Inovação Curricular, na
inserção de Física Moderna no Ensino Medio apresentadas por dois professores de
física, de um grupo de cento e noventa e quatro professores (194), em início de carreira
ao participaram de duas edições de um curso de formação continuada. Para identificar as
concepções foram feitas as comparações das respostas do questionário aplicado no
início do curso de cada curso. Os resultados indicam que os professores alteraram suas
concepções sobre inovação curricular e que os cursos, além de auxiliarem os professores
na inserção de novos conteúdos, também apresentam novas metodologias que podem
ser utilizadas nos conteúdos tradicionais.
INTRODUÇÃO
Segundo Tardif (2002) o desenvolvimento do saber profissional é associado tanto às
suas fontes e lugares de aquisição quanto aos seus momentos e fases de construção.
Acredita-se que estes diferentes fatores podem ser levados em conta ao analisar um
grupo de professores que se insere dentro de um projeto de inovação de conteúdos no
currículo de Física de escolas brasileiras.
A proposta desse trabalho é contribuir para esclarecer o papel do professor no inicio da
carreira acadêmica no contexto da atualização curricular, por meio da inserção da Física
Moderna na sala de aula do Ensino Médio. O objetivo da pesquisa é identificar as
concepções sobre inovação curricular, inserção de Física Moderna as dificuldades,
atitudes e comportamentos que tanto influenciam o professor no momento dessa
inserção.
2. Ao iniciarem sua vivência escolar como professores, os novatos passam por uma fase
denominada por Huberman (2000) como início de carreira, que compreende o tempo de
magistério entre zero e três anos. Esta fase é marcada pelo chamado ‘choque de
realidade’, este termo foi concebido pelo holandês Simon Veenman (1988) em referência
às situações que muitos professores enfrentam nos primeiros anos de profissão.
Segundo ele, esse conceito dá ideia do corte entre a teoria adquirida na formação inicial
e o dia a dia da cultura escolar. Fuller (1969) propôs um modelo de desenvolvimento de
professores novatos, que posteriormente foi ampliado por Fuller & Bown (1975, citado por
Bejarano, 2001). Neste modelo, os professores iniciantes se identificam inicialmente
como alunos e não como professores, os autores chamam este estágio de pré-ensino,
ou, um estágio anterior a sua entrada em sala de aula. No segundo estágio do
desenvolvimento destes professores, os mesmos são chamados de novatos, o que
caracterizam os professores no início do ensino ou dentro de programas de pré-serviço.
Neste estágio, os professores desenvolvem preocupações com a sobrevivência na sala
de aula e no ambiente escolar, buscando aspectos ligados a sobrevivência, como o
controle de sala e também o domínio de conteúdo. É interessante observar que neste
momento, não há uma preocupação com questões de ensino e aprendizagem.
Em um trabalho apresentado em 1992, Kagan ressalta no desenvolvimento do professor
novato, a importância da imagem pessoal e das crenças prévias trazidas pelos sujeitos
quando ingressam em um programa de formação inicial, mostrando ainda a importância
da emergência de conflitos entre essas imagens e crenças pessoais e a realidade
complexa da sala de aula, usando o termo de dissonância cognitiva. A fase de entrada na
carreira é onde o professor está experimentando. No início da carreira é comum o
professor encontrar-se entusiasmado com a profissão e as situações que encontra,
questionando se o seu desempenho está ou não satisfatório e se conseguirá superar os
problemas com a disciplina dos alunos, com o material didático inadequado e outros que
possam surgir, conforme Huberman (2000) que marcam o processo de evolução da
profissão docente, delimitando cinco fases no desenvolvimento profissional.
O estágio de sobrevivência relaciona-se com o choque de realidade, no qual o professor
nota a distância entre suas crenças, muitas vezes estudadas e analisadas em sua
formação e a realidade encontrada no cotidiano escolar. As questões de sala de aula, os
problemas que lhes são apresentados, fazem parte de seu processo de construção
pessoal e determina o professor o qual ele irá se tornar.
METODOLOGIA
Com a finalidade de identificar as concepções de dois professores sobre inovação
curricular, sobre inserção de Física Moderna e Contemporânea (FMC) e suas
dificuldades ao tentarem implementar esse conteúdo em sala de aula, realizou-se uma
pesquisa de natureza qualitativa, pois nesta “a preocupação com o processo é muito
maior do que com o produto” (Lüdke E André, 1986, p. 12).
Os dois professores foram selecionados dentre 194 participantes de um curso sobre FMC
oferecido pela Universidade de São Paulo (USP) por encontrarem-se na fase descrita por
Huberman (2000) como início de carreira, caracterizada pela presença de professores
que estão conhecendo a realidade pedagógica analisada durante sua formação
acadêmica e por terem participado de duas edições deste curso.
O projeto consistia de três cursos de formação continuada que foram oferecidos em três
edições, a primeira em 2010, outra 2011 e a 3ª edição em 2011, abordando os temas de
3. Relatividade, Linhas Espectrais e Partículas Elementares. Cada curso é composto por
dois módulos: o primeiro consiste em cinco encontros presenciais, nos quais são
apresentados os conteúdos e discutidas as atividades, e o segundo módulo, no qual os
professores aplicam na sala de aula do EM uma sequência de ensino.
O objeto desta pesquisa foi um questionário respondido individualmente pelos
professores, no inicio e ao final de cada curso. Este questionário foi respondido duas
vezes pelos professores, pois o mesmo foi distribuído ao longo de cada edição do curso
que participaram, permitindo-nos a analise dos questionários de cada professor em cada
edição do curso.
O questionário permitiu que fosse realizado um estudo exploratório, o qual possibilita ao
“investigador aumentar sua experiência em torno de determinado problema” (Triviños
1987, p.110), descrito aqui em forma de estudo de caso. Este método de exposição da
pesquisa foi escolhido porque “os relatos do estudo de caso utilizam uma linguagem e
uma forma mais acessível do que os outros relatórios de pesquisa” (Lüdke E André,
1986, p. 20). Os dois professores, chamados aqui de Professor A e Professor B, tiveram
suas descrições e respostas relatadas separadamente, possibilitando que a comparação
fosse feita ao término dos dois relatos.
RESULTADOS
Levando-se em conta as informações obtidas no questionário aplicado aos 194
professores no início do curso tais como: formação profissional e tempo de magistério,
observa-se a partir das respostas que 62% dos docentes são formados em Física, 22%
são formados em Matemática, 3% são formados em Química e 6% são formados em
outros cursos, em sua maioria de cursos de Engenharia, esta característica fica visível,
pois a condição para o professor participar do curso é que estivesse ministrando a
disciplina de Física.
Pela análise das respostas dos 194 professores pode-se observar que, a maioria, 61%
encontra-se na fase de Diversificação e Experimentação (de 7 a 25 anos de profissão),
também aponta que 11% dos professores encontram-se na fase de Entrada de Carreira
(de 1 a 3 anos de profissão), 21% encontram-se na fase de estabilização (de 4 a 6 anos
de profissão), ou seja, ainda estão se acostumando com a vida escolar, 4% já estão na
fase de Serenidade e Distanciamento Afetivo (de 25 a 35 anos de profissão), aqui fica
evidente que as fases descritas por Huberman (2000) não são regras, pois esses
professores ainda frequentam cursos de inovação, demonstrando interesse em inovar e
aprender novos métodos de ensino.
Primeiramente descreveremos o Professor A, sua formação, suas concepções a respeito
de Inovação Curricular, Inserção de Física Moderna em sala de aula e se este tentou
implementar conteúdos deste gênero. Em seguida, serão abordadas essas mesmas
questões, mas com relação ao Professor B.
Professor A
O professor A, formado em Licenciatura em Física, possuía três anos de magistério
quando respondeu ao questionário e havia participado de um curso de formação
continuada sobre Eletromagnetismo, oferecido pela USP, em 2008. Com relação à
questão sobre concepção sobre Inovação Curricular, apresentada da seguinte forma: “O
que você acredita que seja inovação curricular? Você já implantou alguma inovação,
pode nos relatar como foi a sua experiência? Poderia descartar suas principais
dificuldades?”, este professor respondeu o seguinte: “Sim, eu ainda não implantei em
4. sala de aula, mas pretendo trabalhar neste ano” (Professor A). Podemos notar que o
professor não demonstrou claramente o que pensa ser a Inovação Curricular, e afirmou
não ter implantado algo deste gênero em sala de aula, mas que pretende implantar,
evidenciando que ele quer experimentar coisas novas, uma das características de
professores de Início de Carreira (Huberman, 2000), que estão no estágio da descoberta.
A mesma questão foi respondida por ele na segunda edição do curso que participou, e
percebemos um amadurecimento no conceito formado por ele sobre o significado de
Inovação Curricular. A resposta atribuída pelo Professor A no segundo questionário foi:
“Uma nova maneira de se abordar os conteúdos, eles estarão mais
próximos do cotidiano. Já implantei aulas utilizando simuladores de
internet e multimídia e foi muito legal, houve a aceitação pelos alunos.
Entrar em detalhes sobre os conceitos é um pouco complicado”
(Professor A).
É possível notar que o Professor A considera Inovação Curricular a abordagem de Novas
Metodologias em sala de aula, pois cita o fato de abordar os conteúdos de formas
diferentes da tradicional, permitindo aos alunos estarem mais próximos ao cotidiano
vivenciado por eles. O professor ainda expõe exemplos de como utilizou essas Novas
Metodologias em sala de aula quando cita os “simuladores de internet e multimídia” como
formas de Inovação Curricular. Podemos perceber que o professor tem dificuldade em
abordar os detalhes sobre os conceitos, isso talvez seja reflexo de uma formação
deficitária, na qual o professor não tem conhecimento do conteúdo a ser abordado, ou da
falta de experiência do professor com as aulas diferenciadas.
Com relação à questão “O que você pensa sobre a inserção de conteúdos de Física
Moderna e Contemporânea (FMC) no Ensino Médio?”, no primeiro questionário, o
Professor A respondeu que é “extremamente necessária, tendo em vista as novas
tecnologias” (Professor A). No segundo questionário, o Professor A continuou com a
opinião dada anteriormente sobre a extrema necessidade de inserir esses conteúdos em
sala de aula e acrescentou que será difícil no início, porém não deu maiores explicações
sobre o motivo dessa dificuldade inicial, fazendo com que as autoras acreditassem que é
pela falta de experiência do professor em sala de aula, aspecto que dificulta na
introdução de metodologias e conteúdos novos, pois o professor muitas vezes ainda não
tem a maturidade para lidar com essas situações.
Quando questionado a respeito das tentativas de implementação de conteúdos de FMC
em sala de aula, cuja pergunta estava enunciada da seguinte forma: “O que você pensa
sobre a inserção de conteúdos de Física Moderna e Contemporânea (FMC) no Ensino
Médio?”, o Professor A respondeu no primeiro questionário: “Sim, e encontrei um pouco
de dificuldades, devido a grande abstração do tema”. Ou seja, ele já implementou esse
conteúdo em sala de aula, mas a sua maior dificuldade foi com relação ao conteúdo
abordado, evidenciando a formação deficitária ou a dificuldade que o professor tem em
expor certos conteúdos aos alunos.
No segundo questionário, quando a mesma questão sobre a implementação de
conteúdos de FMC foi abordada, o Professor A respondeu que:
“Sim, no 3º ano do Ensino Médio a partir do 3º bimestre. Os assuntos
que trabalhei foram: Radiações e Energia Nuclear. O obstáculo é que a
aula tem que ser com audiovisual” (Professor A).
Podemos notar que ele manteve sua resposta de que tentou implementar FMC em sala
de aula, acrescentou os exemplos de quais os temas que abordou e a dificuldade
5. encontrada pelo professor nesse momento é com relação a aula depender de tecnologia
audiovisual, obstáculo encontrado por muitos professores que lecionam nas escolas
públicas do Brasil, em específico de São Paulo, onde foi realizada a pesquisa.
Professor B
O Professor B, assim como o Professor A, é formado em Licenciatura em Física quando
respondeu aos questionários possuía dois anos e meio de magistério e participou de
curso de extensão na área de Eletromagnetismo, oferecido pela USP.
Quando questionado a respeito de suas concepções sobre Inovação Curricular e se já
havia implantado alguma em sala de aula, o Professor B informou que “Inovação
curricular é quando abordamos um tema não contemplado na atual proposta” (Professor
B), podemos concluir que para o Professor B, Inovação Curricular é Alteração no
Currículo, ou seja, é inserir novos conteúdos e temas no programa que ele segue
normalmente. As maiores dificuldades apontadas por ele foram “encontrar material de
suporte e condições na escola, falta de motivação de outros professores para abordar o
tema” (Professor B).
Ao responder pela segunda vez a essa questão, não houve alteração na concepção do
Professor B, ou seja, ele continuou considerando Inovação Curricular como a inserção de
conteúdos não contemplados no currículo oficial. Com relação às suas dificuldades, o
mesmo respondeu que elas “estão na estrutura da escola e o fato de não sabermos que
séries (anos) teremos aula no inicio do ano” (Professor B).
Este professor ainda complementa sua resposta com a seguinte colocação: “entendo que
desde o fundamental se deveria falar sobre física moderna, preparando o aluno para o
EM” (Professor B), nos permitindo concluir que o mesmo acredita que a inserção de FMC
em sala de aula é importante desde o ensino fundamental.
Na questão sobre inserção de FMC em sala de aula, primeiramente o Professor B
respondeu ser “perfeitamente viável” e afirmou abordar esse conteúdo sempre que
possível. Este mesmo professor não respondeu a esta pergunta no segundo questionário,
porém, ao observarmos a resposta que ele atribuiu na questão sobre Inovação Curricular,
podemos notar que ele considera importante inserir esses assuntos nas aulas, pois citou
que os temas de FMC deveriam ser abordados desde o ensino fundamental.
Ao ser questionado sobre as tentativas de implementação de FMC em sala de aula, no
primeiro questionário, o Professor B respondeu que já tentou fazer essa implementação,
e relatou que as maiores dificuldades que enfrenta ao fazer essa inserção são:
“(...) pouco tempo disponível (poucas aulas) para tal, poucos
experimentos práticos, dificuldades em matemática por parte dos alunos.
Apoio dos colegas que dão aulas de Física, dificuldades com apoio
tecnológico” (Professor B).
Notamos com essa resposta que o Professor B tem dificuldade em administrar o tempo
com a implementação de conteúdos de FMC em sala de aula, talvez pela sua falta de
experiência com essa atividade, além de não encontrar experimentos práticos,
característica dos temas de FMC. O relato de que os alunos tem dificuldade em
matemática pode ser visto como uma crítica ao colega de trabalho, ou como a falta de
formação qualificada do professor, que às vezes não tem o conhecimento necessário
para extinguir as dúvidas que os alunos têm, algo que fica claro quando o professor
responde pela segunda vez a essa questão.
Na segunda vez em que o Professor B responde a questão sobre a implementação de
FMC em sala de aula, a fala dele é a seguinte:
6. “Sim, falta de material e muita pesquisa. O grupo de professores de
física não tem aprofundado e tem pouco conhecimento do assunto,
evitando abordar o tema em suas aulas” (Professor B).
Notamos claramente a formação deficitária que os professores possuem, pois o
Professor B deixa claro que os professores de Física tem pouco conhecimento sobre
esses temas (de FMC).
CONCLUSÕES
Quando se trata de professores na fase descrita por Huberman (2000) como Início de
Carreira, estes estão verificando as diferenças presentes entre a teoria adquirida na
formação inicial e o dia a dia da cultura escolar.
Ao analisarmos as concepções sobre Inovação Curricular, o Professor A não respondeu
no primeiro questionário, no segundo ele considerou Inovação Curricular como Novas
Metodologias, mostrando uma mudança após realizar o curso. O Professor B atribuiu a
Alteração no Currículo como significado para esse conceito, nas suas respostas dos
questionários.
Com relação à segunda questão, inserção de FMC em sala de aula, ambos os
professores concordaram ser importante e necessária, e as respostas para a terceira
questão de pesquisa, sobre implementação de FMC em sala de aula, os dois professores
admitiram já terem feito alguma tentativa de implementação desses conteúdos.
Os professores Licenciados em Física relataram que o que foi aprendido na
Universidade, durante sua graduação, não foi o suficiente para abordar diferentes tópicos
de FMC no EM. Como a falta desses conteúdos leva a insegurança, desconforto e
frustração por parte dos professores (Nilsson, 2008), estes acabam por não inserir esses
temas em sala de aula.
No entanto, acreditamos que apesar da importância e necessidade dos cursos de
formação continuada, deveriam ser oferecidos já na formação inicial dos professores,
conteúdos e instrumentos didáticos que favoreçam sua adesão a inovação curricular.
Infelizmente alguns aspectos impedem os professores em implantar a FMC no EM.
Mesmo com os conteúdos e com as atividades em mãos, oferecidos pelos cursos de
formação, os professores mencionaram que a falta de estrutura da escola e a falta de
tempo para preparação e aplicação das aulas, são fatores que dificultam que essa
proposta seja implementada.
REFERÊNCIAS
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FULLER, F. F., Concerns of Teachers: A developmental Conceptualization. American
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LÜDKE, M.; ANDRÉ, M. E. D. A. Pesquisa em Educação: abordagens qualitativas. São
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NILSSON, P. Teaching for Understanding: The complex nature of pedagogical content
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No. 10, 13 August 2008, p. 1281–1299. 2008
TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. 2. Petrópolis: Vozes, 2002.
7. TRIVIÑOS, Augusto N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa
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VEENMAN, S. Perceived problems of beginning teachers. Review of Educational
Research, 54(2), 143-178, 1984.