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V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE YLA
INDUCCIÓN ALADOCENCIA
Eje temático: Procesos de socialización profesional docente
INFORMES DE INVESTIGACIÓN
AS APRENDIZAGENS DOCENTES DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO
FÍSICA INICIANTES
Gariglio, José Angelo
angelogariglio@hotmail.com
UFMG
Resumen
Este artigo relata os achados de uma pesquisa que trata dos aspectos singulares dos
processos de iniciação a docência e aprendizagem docente vivida por professores de
Educação Física licenciados, egressos de uma universidade da rede federal de ensino. A
metodologia de pesquisa é de cunho qualitativo, de caráter descritivo. O estudo foi
realizado com 13 professores iniciantes (9 homens e 4 mulheres) e fez uso de duas
técnicas de coleta de dados: entrevista e análises de casos de ensino. Os dados da
pesquisa mostram que o pertencimento a um determinado campo disciplinar é um
elemento importante a considerar para análise dos processos de inserção profissional e
aprendizagem docente, já que definem modos particulares e cruciais de ser professor e
de se inserir na profissão.
Palabras clave
Iniciação a Docência - Desenvolvimento profissional - Educação Física Escolar -
Professores de Educação Física.
Introdução
Nas últimas décadas, o tema relativo aos processos de inserção profissional de
professores iniciantes tem sido objeto de preocupação de autoridades políticas
vinculadas ao campo da educação, bem como de investigadores no âmbito das
Universidades. Tal preocupação se justifica porque há muito as pesquisas têm constado
que os primeiros anos de inserção na carreira docente são críticos, seja pelos altos
índices de abandono da profissão, seja pelas dificuldades encontradas pelos professores
iniciantes de crescerem, desenvolverem e aprenderem as artes desse profissional.
A problemática da iniciação à docência tem sido analisada sob diferentes ângulos,
notadamente: desenvolvimento da identidade profissional (ENDO; REECE-MILLER;
SANTAVICCA, 2010), caracterização da fase de indução (DALGARNO; COLGAN, 2007;
VONK, 1993), problemas relativos à retenção de professores novatos (COCHRAN-
SMITH et al., 2012), apreciação da formação inicial em relação à experiência da inserção
profissional (MOULDING; STEWART; DUNMEYER, 2014), programas de
acompanhamento retenção de professores iniciantes (VONK, 1993); aprendizagem
docente (COCHRAN-SMITH, 2012A).
Neste artigo, vamos tratar da temática relativa aos processos de aprendizagem docente
de professores de Educação Física (EF) iniciantes. Particularmente, pretendemos
relacionar a aprendizagem docente, a iniciação à docência e o caráter situado da ação
docente de professores de Educação Física dada a vinculação desses a um determinado
campo disciplinar peculiar.
V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE YLA
INDUCCIÓN ALADOCENCIA
Uma primeira discussão importante a ser feita dentro da tríade tomada como pressuposto
orientador das análises que vamos realizar diz respeito aos aspectos peculiares da fase
denominada de “indução”. A noção de indução, entendida como uma fase única na vida
de um professor, transporta duas ideias que estão relacionadas. A primeira ressalta o
caráter especial do encontro inicial com o mundo "real" (em oposição à experiência como
estudante na formação inicial) de ensino. A segunda destaca a posição central da fase de
indução num contínuo mais amplo de preparação e desenvolvimento de professores.
Nesta linha, a indução seria compreendida como uma arena complexa e variada de
experiências singulares com a atividade educativa, isto é, uma fase de aprendizagem
para ensinar, um processo de enculturação e um programa formal e informal de apoio,
desenvolvimento e avaliação de professores iniciantes (SHARON FEIMAN-NEMSER;
SCHWILLE; CARVER; YUSKO, 1999).
Parte importante de debate teórico sobre o período relativo à inserção profissional tem
insistido na ideia de que esse tempo de inserção deveria ser tomado como singular na
trajetória de torna-se professor. A indução não seria vista, dessa forma, como um salto no
vazio entre a formação inicial e o desenvolvimento profissional.1
Ao contrário, essa fase
tem, ao mesmo tempo, caráter distintivo e determinante ao alcance da maturidade
profissional. Nessa perspectiva, o que ocorre com os professores novatos no tempo
específico, no período da indução, pode ter repercussão tanto positivas como negativas,
que impactarão o restante da trajetória profissional dos professores, influenciando na sua
decisão de ficar ou não na profissão e definindo que tipo de professor haverão de tornar-
se (FANTILLI; MCDOUGALL, 2009). A inserção profissional seria, assim, parte de um
contínuo processo de desenvolvimento profissional dos professores, de transição de um
professor em formação até chegar a ser um profissional mais autônomo e com maior
capacidade de autorregulação (VONK, 1993).
Nessa perspectiva, os estudos têm ratificado a ideia de que o período de indução
caracteriza-se por ser um momento crítico e intenso no processo de aprendizagem
docente. Tal descrição explica-se basicamente por duas razões: a primeira tem relação
com o fato de que os professores iniciam a profissão de forma muito solitária e sem o
suporte de outros profissionais mais experientes que os ajudem no enfrentamento de
uma realidade a qual desconhecem. A segunda razão está relacionada com as
exigências profissionais que recaem sobre os professores novatos, que em nada se
diferem das dos professores experientes, e para as quais esses professores não estão
suficientemente preparados para lidar. Mesmo assim, deles esperam-se respostas ágeis
e satisfatórias ante os desafios impostos por uma realidade tão complexa como que
desconhecida.
Apesar de prevalecer ainda a percepção equivocada de que a aprendizagem docente
está diretamente relacionada à formação inicial, muitas pesquisas têm apontado que o
desenvolvimento profissional dos professores está fortemente ligado às experiências que
esses terão nas escolas quando assumirem a responsabilidade de conduzir suas ações
de ensino. Assim, o processo de desenvolvimento profissional dos professores tem sido
visto mais como uma experiência de aprendizagem contínua e diversa (forma e informal),
contrariamente aos modelos mais tradicionais de formação nos quais professores-
estudantes, reunidos em auditórios, são “equipados” com teorias e métodos para, em
seguida, serem enviados para ensinar na "prática". Nessa medida, tem ganhado espaço
a perspectiva de que a formação continuada de professores é um processo ininterrupto
de desenvolvimento pessoal e profissional. Contrariamente à perspectiva que entende a
formação como aquela que ocorre somente em momentos isolados, o processo de
aprendizagem docente tem sido visto como uma experiência contínua e interminável.
1
A aprendizagem profissional contínua incluiria assim três fases distintas e interdependentes: a formação
inicial, o período de indução e o desenvolvimento profissional (FEIMAN-NEMSER, 1983).
V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE YLA
INDUCCIÓN ALADOCENCIA
Sabemos, agora, que aprender a ensinar trata-se mais dos levantamentos de questões
advindas da experiência profissional, por meio de ações de reflexão individuais e
coletivas dos professores, do que do recebimento de técnicas de ensino de peritos
externos (COCHRAN-SMITH, 2012b).
Nessa perceptiva, os professores principiantes têm, segundo Feiman (1983), duas tarefas
simultâneas a cumprir quando adentram os sistemas de ensino: devem ensinar e
aprender a ensinar. Independentemente da qualidade do programa de formação inicial
que cursaram, há alguns aprendizados sobre a profissão que somente são assimilados
na prática e que repercutem sobre a própria experiência de inserção profissional, seja ela
de sobrevivência, de descobrimento, seja ela de adaptação e aprendizagem. As
principais tarefas com que se defrontam os professores principiantes nesse processo de
aprendizagem docente, no período de indução, são: adquirir conhecimentos sobre os
estudantes, o currículo e o contexto escolar; desenvolver ações de ensino que sejam
significativas; manter a disciplina na sala de aula; criar um ambiente e comunidade de
aprendizagem na sala de aula, ou seja, construir um repertório docente que lhes permita
sobreviver esse “desenvolver-se como professor” (MARCELO, 2011).
A discussão relativa à aprendizagem docente é tratada também sob a perspectiva da
diferença entre professores principiantes e professores experientes. Estudos têm
tentando mostrar que a experiência profissional, em muitos casos, possibilitaria aos
docentes um conjunto de conhecimentos práticos2
que os ajudaria a solucionar dilemas e
desafios que a profissão os impõe cotidianamente nas escolas, de forma mais
autorregulada. O que parece tão fácil ao professor experiente e, contrariamente, tão
complexo ao professor novato é o resultado de inúmeras horas de contato3
e
experiências de primeira mão com o universo do trabalho e de experiências de reflexão
sobre esse (SMITH, 2005).
Estudos nessa linha de investigação mostram que os professores iniciantes estariam
mais vulneráveis ao peso da complexidade e das exigências da vida escolar
comparativamente àqueles mais experientes. Para estes o domínio da sala de aula é algo
mais familiar, têm um repertório de estados de conhecimento (contato visual, proximidade
com os estudantes, habilidade para lidar com pessoas em grupo, comportamento
calmante, baixo nível de voz) que permitirá a ele desenvolver um caminho eficiente nesse
espaço de ensino. Além disso, o professor experiente teria maior capacidade de
antecipar e solucionar situações-problema por meio da utilização da memória de longa
duração, alcançando objetivos de maneira menos exigente; isso pode até parecer algo
fácil aos olhos de um professor iniciante (BEIJAARD; VERLOOP, 1996).
Nessa etapa do processo de socialização profissional, os professores iniciantes
aprendem, a duras penas, alguns dos elementos centrais da profissão docente e também
um conjunto de práticas vinculadas às tradições de uma comunidade de profissionais que
exercem aquela prática e sobre o mundo no qual habitam. Aprendem suas convenções,
seus limites, suas linguagens e seus sistemas apreciativos, seu repertório de modelos e
seu conhecimento sistemático apreciativo (SCHON, 2000). Mais especificamente, a
2
Ao designar o termo “conhecimento prático”, estamos nos valendo das reflexões de Schon (2000) acerca do
que ele define como “talento artístico”: aos tipos de competência que os profissionais demonstram em certas
situações da prática que são únicas, incertas e conflituosas. Nesse processo, diferentes níveis e formas de
refletir fazem-se presentes: reflexão para a ação, conhecer na ação, reflexão na ação e a reflexão sobre a
ação.
3
Parece-nos importante fazer uma ressalva sobre o caráter sempre positivo da experiência prática na escola
e seu impacto no processo de desenvolvimento profissional dos professores. Existe uma crença socialmente
compartilhada de que a experiência, a prática de ensinar ou que o contato com a realidade é o que
verdadeiramente contribui para aprender a ensinar. Zeichner (1980) utiliza a palavra "mito" para referir-se às
crenças segundo as quais as experiências práticas nas escolas contribuem necessariamente para formar
melhores professores. Assume-se que a prática é melhor que nenhuma e que, quanto mais tempo se dedica
às experiências práticas, melhor será.
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INDUCCIÓN ALADOCENCIA
socialização profissional dos professores seria o processo mediante o qual o professor
adquire o conhecimento e as destrezas sociais necessárias para assumir um papel na
organização escolar (VAN MAANEN; SHEIN, 1979). Durante a fase da indução, criam-se
ou não condições que fazem com que esses novos membros internalizem as normas da
profissão até que o principal meio de controle social seja o autocontrole (FRIESEN &
BESLEY, 2013).
O processo de aprendizagem com as primeiras experiências de ensino impacta a
compreensão que os novos professores têm do ensino e de sua identidade como
docentes e a maneira como eles se comportam profissionalmente. Um componente
importante do processo de aprender a se tornar um professor é o desenvolvimento da
identidade profissional docente. Nesse entendimento, a aprendizagem docente seria mais
do que o saber como ensinar e/ou ser alguém que ensina. Aprender a ser professor
estaria relacionado a uma visão mais ampla da função docente, ou seja, ao aprender a
pensar como um professor, ao aprender a se conhecer como um professor, ao aprender
a sentir como um professor e ao aprender a agir como um professor (FEIMAN-NEMSER,
2008).
O desenvolvimento da identidade do professor é componente importante do processo da
aprendizagem docente. Isso porque aprender faz sentido à história do sujeito, às suas
expectativas, às suas referências, sua concepção de vida, às relações com os outros, à
imagem que tem de si e a que quer dar de si aos outros (CHARLOT, 2003). É uma
autoconstrução profissional que evolui ao longo da carreira sendo influenciado pela
escola, pelas reformas e contextos políticos, pelo compromisso pessoal dos professores,
pela vontade de aprender a ensinar, pelas crenças, pelos valores, pelo conhecimento do
material ensinado, pela experiência passada e pela vulnerabilidade profissional
(AKKERMAN & MEIJER, 2011).
Essa relação estreita entre identidade profissional docente e aprendizagem docente nos
remete ao caráter situado da aprendizagem docente. Isso porque professores ensinam
conteúdos particulares para estudantes singulares e em contextos particulares.
Consequentemente, algumas das mais importantes aprendizagens profissionais são
precisamente locais. Sobre esse ponto, vale citar algumas reflexões produzidas por
Sharon Feiman-Nemser & Floden (1984), quando apontam a necessidade de olharmos a
profissão docente como um campo de atuação profissional em que se edificam múltiplas
e diversas culturas docentes. Em uma revisão densa da produção teórica no campo da
formação de professores, os autores criticam a crença reconfortante da existência de
uma cultura docente comum. Para eles, a suposição da existência de uma uniformidade
cultural na docência é insustentável. Eles defendem a tese de que, no campo de atuação
profissional, convivem não apenas uma, mas várias culturas docentes. Isso porque os
professores se diferem em idade, experiência, origem social, bagagem cultural, gênero,
nível de ensino onde atuam, tipo de escola onde são lotados e pertencimento a um
campo disciplinar específico.
Nesses diferentes contextos nos quais a profissão docente se desenvolve, forjar-se-iam
culturas docentes diversas mediante o contato dos docentes com diferentes normas e
interações sociais provenientes dos distintos contextos de atuação profissional e da
produção diversa de recompensas intrínsecas e extrínsecas associadas ao exercício do
métier profissional. Segundo esses autores, as normas e as interações conformam estilos
peculiares de como os docentes percebem seu trabalho, a maneira como veem sua
relação com os alunos, com outros professores, com os administradores da escola, com
os pais.
O cumprimento dessas normas e as interações estabelecidas teriam variações entre os
diferentes grupos de professores. Sobre as recompensas profissionais advindas das
atividades profissionais, os autores as classificam como intrínsecas e extrínsecas.
Recompensas extrínsecas são os benefícios públicos, como salários dignos, horas de
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trabalho, status elevado e poder. Recompensas intrínsecas são as recompensas
psíquicas, subjetivas, aspectos do trabalho valorizados e visíveis aos olhos dos
professores. Tais recompensas intrínsecas seriam a constatação por parte dos docentes
de que seus alunos estão aprendendo, e de que há ligação emocional estabelecida com
os estudantes, interação com os colegas, satisfação em realizar um serviço valioso e
gozo em desenvolver atividades de ensino. Ao desenvolver essa discussão, os autores
denominam “cultura profissional” como um conjunto de sentimentos partilhados, de
hábitos mentais, crenças profissionais e de modelos de interação com os alunos, os
colegas, os administradores e os parentes.
Tomando essa discussão como referência, buscamos acessar e compreender a
percepção que professores iniciantes de Educação Física têm sobre os processos de
aprendizagem profissional. Mais especificamente, pretende-se saber se a experiência
nos primeiros anos da profissão favorece a edificação de aprendizagens profissionais
significativas necessárias ao desenvolvimento profissional contínuo. E, caso aprendam,
que aprendizagens seriam essas e qual a relação existente entre as possíveis
aprendizagens obtidas e o caráter situado do trabalho desses professores.
Metodologia
Os sujeitos da pesquisa
A pesquisa4
foi realizada com 13 licenciados/as (4 homens e 9 mulheres) formados pela
Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da UFMG e que tinham,
no momento da realização da pesquisa, até dois anos de experiência com a docência em
EF na escola. A escolha desses sujeitos de pesquisa foi aleatória, respeitando somente
os critérios de tempo experiência profissional na escola (todos teriam que ter menos de
três anos de trabalho na escola) e serem formados em uma única instituição. A opção por
trabalhar com docentes formados apenas em uma única instituição teve como objetivo
analisar as relações entre as experiências de formativas vividas em um determinado
currículo de formação inicial e a iniciação à docência.
Casos de ensino
Realizamos análise de textos escritos de casos de ensino, confeccionados pelos
professores, relacionados às suas experiências práticas no período da iniciação à
docência. Dos 13 professores participantes da pesquisa, apenas 7 produziram e
retornaram os relatos escritos. Tal descrição reflexiva sobre essa experiência prática
levou em conta duas vertentes fundamentais: a referencial e a existencial (ZABALA,
1994). A vertente referencial descreve o objeto narrado, ou seja, as características dos
alunos, os objetivos da aula, as situações da escola. Já a vertente existencial narra sobre
si mesmo, o que envolve as decisões do professor, as emoções e as intenções.
Entrevistas
A entrevista, de caráter semi-estruturado, foi construída levando em consideração quatro
eixos aglutinadores: a percepção sobre a iniciação à docência; as ações e estratégias
pensadas e realizadas pelos professores com vistas ao enfrentamento da realidade e as
aprendizagens docentes mais significativas e a relação entre a formação inicial e a
iniciação à docência. Foram realizadas duas entrevistas, uma primeira com 13
professores e uma segunda com os 7 professores que produziram os casos de ensino.
Achados de pesquisa e conclusões iniciais
Os achados centrais desta investigação confirmam o que os estudos sobre a
aprendizagem docente vêm mostrando há algumas décadas, ou seja, que o processo de
aprendizagem docente não cessa com a formação inicial. Os relatos e a percepção dos
nossos sujeitos de pesquisa revelam que a experiência profissional é fonte de
4
A pesquisa foi concluída no ano de 2015 e contou com os financiamentos da CAPES, FAPEMIG e CNPq.
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aprendizagens significativas, seja para fins de solidificação do desejo de permanecer na
profissão, seja para fins de continuidade do desenvolvimento profissional na carreira.
Os dados apontam que as aprendizagens incorporadas no período de indução não
apenas complementam, mas transformam e aprofundam os conhecimentos obtidos na
formação inicial. Tais aprendizagens trazem consigo características próprias da
experiência no período da indução. Os professores expressam em seus discursos um
conjunto de aprendizagens incorporadas mediante o contato inicial com o ofício docente:
o desenvolvimento da capacidade de manter o equilíbrio emocional necessário ante os
conflitos provenientes da relação com os alunos; as aprendizagens relacionadas ao
ensino de conteúdos não tratados no currículo da formação inicial; as aprendizagens
relacionadas ao planejamento de ensino e as aprendizagens relacionadas à organização
da vida pessoal e a conexão desta com a experiência profissional.
A pesquisa ainda aponta que boa parte dessas aprendizagens mostrou-se fortemente
ancorada ao contexto situado de trabalho dos professores. De um lado, os professores
descobrem muito rapidamente as agruras de ter de lecionar uma disciplina que sofre com
um déficit crônico de legitimidade acadêmica e pedagógica. Tal contexto dificulta os
processos de construção de uma identidade profissional docente mais positiva, o que cria
dificuldades extras ao processo de aprendizagem profissional. Em razão dos conflitos e
das tensões geradas na relação com os alunos, os pares e os pais, sobretudo pelas
baixas expectativas que a comunidade escolar tem no que concerne ao ensino da EF,
parte da energia e atenção que deveria ser canalizada para a reflexão sobre o ensino e a
aprendizagem dos alunos é desviada para lutas por reconhecimento e valorização
profissional.
Simultaneamente, parte do estranhamento dos professores ante sua realidade de
trabalho específica parece ter relação com o fato de terem de ensinar uma disciplina
diferente daquelas que representam o modelo hegemônico de disciplina escolar ou de
uma forma escolar5
dominante. Modelo com o qual convivem durante anos, seja na
educação básica, seja na educação superior. A entrada na profissão para esses
professores envolve, ao mesmo tempo, a aprendizagem de novos conhecimentos,
reflexões e práticas e o exercício de desaprender um conjunto de ideias e crenças sobre
o ensino e a profissão docente que muitas vezes são difíceis de erradicar. A palavra
“desaprender” pode significar tanto um crescimento profissional não linear, mais sofrido e
lento, tanto uma desconstrução/reconstrução desse processo de desenvolvimento na
profissão. Tal contradição assinala não só o potencial, mas também a enorme
complexidade inerente à formação continuada dos educadores (MARILYN COCHRAN-
SMITH, 2003).
Os professores ressaltam, também, as dificuldades de aprender a lidar com uma
disciplina para a qual não há livro didático ou outros referentes curriculares que orientem
de forma mais concreta e objetiva a elaboração do planejamento de ensino e desenvolver
relações epistêmicas com conteúdos não tratados e/ou tratados de forma inadequada na
formação inicial com os quais se busca construir uma relação de maior intimidade. Em
razão da experiência de aprender a planejar sem esses referentes curriculares, ao
mesmo tempo que gera nesses professores sentimentos de insegurança e tensão em
relação ao trabalho, também aviva as possibilidades de aprendizagens profissionais que
5
Vincent (2001), ao teorizar sobre a existência de uma forma escolar, revela que a escola e a pedagogização
das relações sociais de aprendizagem estão ligadas à constituição de saberes escriturais formalizados,
saberes objetivados, delimitados, codificados, concernentes tanto ao que é ensinado quanto à maneira de
ensinar, tanto às práticas dos alunos quanto à prática dos mestres. A pedagogia (no sentido restrito da
palavra) se articula a um modelo explícito, objetivado e fixo do saber a transmitir. Historicamente, a
pedagogização, ou seja, a escolarização das relações sociais de aprendizagem é indissociável de uma
escrituralização-codificação de saberes e das práticas. O modelo de socialização escolar é, portanto,
indissociável da natureza escritural dos saberes a transmitir.
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são fundamentais ao exercício da docência. Sobre esse ponto, vale citar o que diz
Durand (1996) sobre as diferenças entre as disciplinas de alto e baixo status no currículo
escolar. Para o autor, aquelas tidas como “menores” (Educação Física e Educação
Artística) possuem maior margem para a interpretação pessoal dos professores. Já os
professores de disciplinas tidas como “maiores” (Matemática, Física, Português)
disporiam de manuais, programas, que são, “ao final das contas”, memórias externas que
nutrem seus conteúdos em classe. Professores das disciplinas “menores”, por não
possuírem guias didáticos ou programas escolares prescritos, são incitados a propor
conteúdos mais personalizados, segundo a confiança que eles têm na própria
capacidade.
Tais aprendizagens são incorporadas via experiência prática na sala de aula; via
exercício de observação de colegas de trabalho; via interação com os alunos;participação
em comunidades de aprendizagem constituída por profesores de EF, conversas informais
com professores mais experientes; pesquisa individual e em experiências de
experimentação corporal que possibilitem conhecer mais profundamente conteúdos com
os quais os professores têm pouca intimidade (inclusive corporal). Sobre esse último
ponto, nossos sujeitos de pesquisa colocam em relevo que o conhecimento do objeto a
ser ensinado exige duas relações epistêmicas diferentes com o saber: a primeira trata de
tentar dominar corporalmente uma atividade (dominar algumas destrezas motoras das
lutas); a segunda é saber referir-se a essa atividade como um conjunto de enunciados
(normativos) que constituem um saber-objeto (o que são as lutas, sua história)
(CHARLOT, 2000).
Tal ambiguidade na relação com o saber da EF reflete em parte um dos elementos
constituintes da especificidade pedagógica da EF. Sobre isso, Bracht (1997) vai
argumentar que os saberes transmitidos pela escola provêm, na sua maioria, de
disciplinas científicas ou, então, de forma mais geral, de saberes de caráter teórico-
conceitual. O autor entende que, diferentemente do saber conceitual, o saber de que trata
a EF (e as Artes) expressa ambiguidade interna ou duplo caráter: a) ser um saber que se
traduz num saber-fazer, num realizar “corporal” pedagógico; b) ser um saber sobre esse
realizar corporal. Betti (1994) acrescenta à caracterização proclamada por Bracht,
afirmando que a ação pedagógica a que se propõe a EF estará sempre impregnada da
corporeidade do sentir e do relacionar-se.
Aprender aqui tem relação com o domínio de uma atividade, ou capacitar-se a utilizar um
objeto de forma pertinente. Não é passar da não posse à posse de objeto (o saber), mas,
sim, do não domínio ao domínio de uma atividade.6
Esse domínio se inscreve no corpo.
Aprender a lutar é aprender também a própria atividade, de maneira que o produto do
aprendizado não pode ser separado da atividade. O sujeito epistêmico é, então, o sujeito
encarnado em um corpo, entendendo-se por isso, no caso, não um sistema de órgãos
distintos da alma. O corpo é um lugar de apropriação do mundo, um conjunto de
significações vivenciadas, um sistema de ações em direção ao mundo, aberto às
instituições reais, mas também virtuais. O corpo é sujeito, conquanto engajado no
movimento da existência, na qualidade de habitante do espaço e do tempo. Existe,
assim, um Eu nessa relação epistêmica com o aprender, mas não é o Eu reflexivo que
abre um universo de saberes-objetos; é um Eu imerso em dada situação; um Eu que é
corpo, percepção, sistema de atos em um mundo correlato de seus atos (com
possibilidades de agir, como valor de certas ações como efeito dos atos). Isso é o que o
6
Não estamos com isso afirmando que, para ser um professor de EF, esses teriam de dominar as diferentes
destrezas motoras provenientes dos distintos conteúdos dessa disciplina (lutas, ginásticas, esportes, danças,
jogos). Isso seria impraticável dada a diversidade de práticas corporais possíveis de ser tematizadas e
ensinadas nas escolas. O que estamos a dizer é que a experiência estética com os conteúdos torna-se um
elemento mediador potente ao processo de aprendizagem sobre esses.
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autor chama de “imbricação do Eu na situação”, ou seja, o processo epistêmico em que o
aprender é o domínio de uma atividade “engajada” no mundo. (CHARLOT, 2000).
Assim, o domínio de certos saberes de ordem corporal constitui para os professores de
EF parte importante do conhecimento pedagógico do conteúdo. Tal conhecimento se
vincula com a forma como os professores ajudam os estudantes a compreender
determinado conteúdo. Inclui as maneiras de representá-los e formulá-los para fazê-los
compreensíveis aos estudantes (SHULMAN, 1987). A relação de intimidade corporal com
os temas da EF apresenta-se como desafio à construção do conhecimento pedagógico
do conteúdo.
Tal achado nos instiga a pensar outras formas de organização dos currículos dos
programas de formação inicial e continuada que geralmente enfatizam o tratamento de
saberes de ordem teórico-conceitual, em detrimento de aprendizagens construídas
mediante as experiências estéticas7
(experimentação corporal). Infelizmente essas
aprendizagens têm ocupado, cada vez mais, um lugar marginal mesmo dentro dos
currículos dos cursos de formação inicial de EF, dado o predomínio do modelo da
racionalidade técnica. Como bem lembra Charlot (2000), quanto mais a atividade for
submetida a minivariações da situação, tanto mais estará inscrita no corpo, e maior será
a dificuldade de expô-la integralmente sob a forma de enunciados. Inversamente, quanto
mais atividade estiver próxima de algoritmos (sucessão de atos normatizados e sem
ambiguidade), maior a possibilidade enunciá-la.
Essas dimensões situadas de trabalho dos professores de EF, ao mesmo tempo em que
criam uma série de dilemas, dificuldades e limites ao processo de construção de
identidade profissional docente positiva, são, por outro lado, são geradoras de um campo
propício a uma experimentação mais rica e autoral da profissão. Tal contexto pode criar
condições favoráveis à incorporação de aprendizagens docentes significativas que
potencialize o processo de desenvolvimento profissional.
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Aprendizagem de professores iniciantes de Educação Física

  • 1. V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE YLA INDUCCIÓN ALADOCENCIA Eje temático: Procesos de socialización profesional docente INFORMES DE INVESTIGACIÓN AS APRENDIZAGENS DOCENTES DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA INICIANTES Gariglio, José Angelo angelogariglio@hotmail.com UFMG Resumen Este artigo relata os achados de uma pesquisa que trata dos aspectos singulares dos processos de iniciação a docência e aprendizagem docente vivida por professores de Educação Física licenciados, egressos de uma universidade da rede federal de ensino. A metodologia de pesquisa é de cunho qualitativo, de caráter descritivo. O estudo foi realizado com 13 professores iniciantes (9 homens e 4 mulheres) e fez uso de duas técnicas de coleta de dados: entrevista e análises de casos de ensino. Os dados da pesquisa mostram que o pertencimento a um determinado campo disciplinar é um elemento importante a considerar para análise dos processos de inserção profissional e aprendizagem docente, já que definem modos particulares e cruciais de ser professor e de se inserir na profissão. Palabras clave Iniciação a Docência - Desenvolvimento profissional - Educação Física Escolar - Professores de Educação Física. Introdução Nas últimas décadas, o tema relativo aos processos de inserção profissional de professores iniciantes tem sido objeto de preocupação de autoridades políticas vinculadas ao campo da educação, bem como de investigadores no âmbito das Universidades. Tal preocupação se justifica porque há muito as pesquisas têm constado que os primeiros anos de inserção na carreira docente são críticos, seja pelos altos índices de abandono da profissão, seja pelas dificuldades encontradas pelos professores iniciantes de crescerem, desenvolverem e aprenderem as artes desse profissional. A problemática da iniciação à docência tem sido analisada sob diferentes ângulos, notadamente: desenvolvimento da identidade profissional (ENDO; REECE-MILLER; SANTAVICCA, 2010), caracterização da fase de indução (DALGARNO; COLGAN, 2007; VONK, 1993), problemas relativos à retenção de professores novatos (COCHRAN- SMITH et al., 2012), apreciação da formação inicial em relação à experiência da inserção profissional (MOULDING; STEWART; DUNMEYER, 2014), programas de acompanhamento retenção de professores iniciantes (VONK, 1993); aprendizagem docente (COCHRAN-SMITH, 2012A). Neste artigo, vamos tratar da temática relativa aos processos de aprendizagem docente de professores de Educação Física (EF) iniciantes. Particularmente, pretendemos relacionar a aprendizagem docente, a iniciação à docência e o caráter situado da ação docente de professores de Educação Física dada a vinculação desses a um determinado campo disciplinar peculiar.
  • 2. V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE YLA INDUCCIÓN ALADOCENCIA Uma primeira discussão importante a ser feita dentro da tríade tomada como pressuposto orientador das análises que vamos realizar diz respeito aos aspectos peculiares da fase denominada de “indução”. A noção de indução, entendida como uma fase única na vida de um professor, transporta duas ideias que estão relacionadas. A primeira ressalta o caráter especial do encontro inicial com o mundo "real" (em oposição à experiência como estudante na formação inicial) de ensino. A segunda destaca a posição central da fase de indução num contínuo mais amplo de preparação e desenvolvimento de professores. Nesta linha, a indução seria compreendida como uma arena complexa e variada de experiências singulares com a atividade educativa, isto é, uma fase de aprendizagem para ensinar, um processo de enculturação e um programa formal e informal de apoio, desenvolvimento e avaliação de professores iniciantes (SHARON FEIMAN-NEMSER; SCHWILLE; CARVER; YUSKO, 1999). Parte importante de debate teórico sobre o período relativo à inserção profissional tem insistido na ideia de que esse tempo de inserção deveria ser tomado como singular na trajetória de torna-se professor. A indução não seria vista, dessa forma, como um salto no vazio entre a formação inicial e o desenvolvimento profissional.1 Ao contrário, essa fase tem, ao mesmo tempo, caráter distintivo e determinante ao alcance da maturidade profissional. Nessa perspectiva, o que ocorre com os professores novatos no tempo específico, no período da indução, pode ter repercussão tanto positivas como negativas, que impactarão o restante da trajetória profissional dos professores, influenciando na sua decisão de ficar ou não na profissão e definindo que tipo de professor haverão de tornar- se (FANTILLI; MCDOUGALL, 2009). A inserção profissional seria, assim, parte de um contínuo processo de desenvolvimento profissional dos professores, de transição de um professor em formação até chegar a ser um profissional mais autônomo e com maior capacidade de autorregulação (VONK, 1993). Nessa perspectiva, os estudos têm ratificado a ideia de que o período de indução caracteriza-se por ser um momento crítico e intenso no processo de aprendizagem docente. Tal descrição explica-se basicamente por duas razões: a primeira tem relação com o fato de que os professores iniciam a profissão de forma muito solitária e sem o suporte de outros profissionais mais experientes que os ajudem no enfrentamento de uma realidade a qual desconhecem. A segunda razão está relacionada com as exigências profissionais que recaem sobre os professores novatos, que em nada se diferem das dos professores experientes, e para as quais esses professores não estão suficientemente preparados para lidar. Mesmo assim, deles esperam-se respostas ágeis e satisfatórias ante os desafios impostos por uma realidade tão complexa como que desconhecida. Apesar de prevalecer ainda a percepção equivocada de que a aprendizagem docente está diretamente relacionada à formação inicial, muitas pesquisas têm apontado que o desenvolvimento profissional dos professores está fortemente ligado às experiências que esses terão nas escolas quando assumirem a responsabilidade de conduzir suas ações de ensino. Assim, o processo de desenvolvimento profissional dos professores tem sido visto mais como uma experiência de aprendizagem contínua e diversa (forma e informal), contrariamente aos modelos mais tradicionais de formação nos quais professores- estudantes, reunidos em auditórios, são “equipados” com teorias e métodos para, em seguida, serem enviados para ensinar na "prática". Nessa medida, tem ganhado espaço a perspectiva de que a formação continuada de professores é um processo ininterrupto de desenvolvimento pessoal e profissional. Contrariamente à perspectiva que entende a formação como aquela que ocorre somente em momentos isolados, o processo de aprendizagem docente tem sido visto como uma experiência contínua e interminável. 1 A aprendizagem profissional contínua incluiria assim três fases distintas e interdependentes: a formação inicial, o período de indução e o desenvolvimento profissional (FEIMAN-NEMSER, 1983).
  • 3. V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE YLA INDUCCIÓN ALADOCENCIA Sabemos, agora, que aprender a ensinar trata-se mais dos levantamentos de questões advindas da experiência profissional, por meio de ações de reflexão individuais e coletivas dos professores, do que do recebimento de técnicas de ensino de peritos externos (COCHRAN-SMITH, 2012b). Nessa perceptiva, os professores principiantes têm, segundo Feiman (1983), duas tarefas simultâneas a cumprir quando adentram os sistemas de ensino: devem ensinar e aprender a ensinar. Independentemente da qualidade do programa de formação inicial que cursaram, há alguns aprendizados sobre a profissão que somente são assimilados na prática e que repercutem sobre a própria experiência de inserção profissional, seja ela de sobrevivência, de descobrimento, seja ela de adaptação e aprendizagem. As principais tarefas com que se defrontam os professores principiantes nesse processo de aprendizagem docente, no período de indução, são: adquirir conhecimentos sobre os estudantes, o currículo e o contexto escolar; desenvolver ações de ensino que sejam significativas; manter a disciplina na sala de aula; criar um ambiente e comunidade de aprendizagem na sala de aula, ou seja, construir um repertório docente que lhes permita sobreviver esse “desenvolver-se como professor” (MARCELO, 2011). A discussão relativa à aprendizagem docente é tratada também sob a perspectiva da diferença entre professores principiantes e professores experientes. Estudos têm tentando mostrar que a experiência profissional, em muitos casos, possibilitaria aos docentes um conjunto de conhecimentos práticos2 que os ajudaria a solucionar dilemas e desafios que a profissão os impõe cotidianamente nas escolas, de forma mais autorregulada. O que parece tão fácil ao professor experiente e, contrariamente, tão complexo ao professor novato é o resultado de inúmeras horas de contato3 e experiências de primeira mão com o universo do trabalho e de experiências de reflexão sobre esse (SMITH, 2005). Estudos nessa linha de investigação mostram que os professores iniciantes estariam mais vulneráveis ao peso da complexidade e das exigências da vida escolar comparativamente àqueles mais experientes. Para estes o domínio da sala de aula é algo mais familiar, têm um repertório de estados de conhecimento (contato visual, proximidade com os estudantes, habilidade para lidar com pessoas em grupo, comportamento calmante, baixo nível de voz) que permitirá a ele desenvolver um caminho eficiente nesse espaço de ensino. Além disso, o professor experiente teria maior capacidade de antecipar e solucionar situações-problema por meio da utilização da memória de longa duração, alcançando objetivos de maneira menos exigente; isso pode até parecer algo fácil aos olhos de um professor iniciante (BEIJAARD; VERLOOP, 1996). Nessa etapa do processo de socialização profissional, os professores iniciantes aprendem, a duras penas, alguns dos elementos centrais da profissão docente e também um conjunto de práticas vinculadas às tradições de uma comunidade de profissionais que exercem aquela prática e sobre o mundo no qual habitam. Aprendem suas convenções, seus limites, suas linguagens e seus sistemas apreciativos, seu repertório de modelos e seu conhecimento sistemático apreciativo (SCHON, 2000). Mais especificamente, a 2 Ao designar o termo “conhecimento prático”, estamos nos valendo das reflexões de Schon (2000) acerca do que ele define como “talento artístico”: aos tipos de competência que os profissionais demonstram em certas situações da prática que são únicas, incertas e conflituosas. Nesse processo, diferentes níveis e formas de refletir fazem-se presentes: reflexão para a ação, conhecer na ação, reflexão na ação e a reflexão sobre a ação. 3 Parece-nos importante fazer uma ressalva sobre o caráter sempre positivo da experiência prática na escola e seu impacto no processo de desenvolvimento profissional dos professores. Existe uma crença socialmente compartilhada de que a experiência, a prática de ensinar ou que o contato com a realidade é o que verdadeiramente contribui para aprender a ensinar. Zeichner (1980) utiliza a palavra "mito" para referir-se às crenças segundo as quais as experiências práticas nas escolas contribuem necessariamente para formar melhores professores. Assume-se que a prática é melhor que nenhuma e que, quanto mais tempo se dedica às experiências práticas, melhor será.
  • 4. V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE YLA INDUCCIÓN ALADOCENCIA socialização profissional dos professores seria o processo mediante o qual o professor adquire o conhecimento e as destrezas sociais necessárias para assumir um papel na organização escolar (VAN MAANEN; SHEIN, 1979). Durante a fase da indução, criam-se ou não condições que fazem com que esses novos membros internalizem as normas da profissão até que o principal meio de controle social seja o autocontrole (FRIESEN & BESLEY, 2013). O processo de aprendizagem com as primeiras experiências de ensino impacta a compreensão que os novos professores têm do ensino e de sua identidade como docentes e a maneira como eles se comportam profissionalmente. Um componente importante do processo de aprender a se tornar um professor é o desenvolvimento da identidade profissional docente. Nesse entendimento, a aprendizagem docente seria mais do que o saber como ensinar e/ou ser alguém que ensina. Aprender a ser professor estaria relacionado a uma visão mais ampla da função docente, ou seja, ao aprender a pensar como um professor, ao aprender a se conhecer como um professor, ao aprender a sentir como um professor e ao aprender a agir como um professor (FEIMAN-NEMSER, 2008). O desenvolvimento da identidade do professor é componente importante do processo da aprendizagem docente. Isso porque aprender faz sentido à história do sujeito, às suas expectativas, às suas referências, sua concepção de vida, às relações com os outros, à imagem que tem de si e a que quer dar de si aos outros (CHARLOT, 2003). É uma autoconstrução profissional que evolui ao longo da carreira sendo influenciado pela escola, pelas reformas e contextos políticos, pelo compromisso pessoal dos professores, pela vontade de aprender a ensinar, pelas crenças, pelos valores, pelo conhecimento do material ensinado, pela experiência passada e pela vulnerabilidade profissional (AKKERMAN & MEIJER, 2011). Essa relação estreita entre identidade profissional docente e aprendizagem docente nos remete ao caráter situado da aprendizagem docente. Isso porque professores ensinam conteúdos particulares para estudantes singulares e em contextos particulares. Consequentemente, algumas das mais importantes aprendizagens profissionais são precisamente locais. Sobre esse ponto, vale citar algumas reflexões produzidas por Sharon Feiman-Nemser & Floden (1984), quando apontam a necessidade de olharmos a profissão docente como um campo de atuação profissional em que se edificam múltiplas e diversas culturas docentes. Em uma revisão densa da produção teórica no campo da formação de professores, os autores criticam a crença reconfortante da existência de uma cultura docente comum. Para eles, a suposição da existência de uma uniformidade cultural na docência é insustentável. Eles defendem a tese de que, no campo de atuação profissional, convivem não apenas uma, mas várias culturas docentes. Isso porque os professores se diferem em idade, experiência, origem social, bagagem cultural, gênero, nível de ensino onde atuam, tipo de escola onde são lotados e pertencimento a um campo disciplinar específico. Nesses diferentes contextos nos quais a profissão docente se desenvolve, forjar-se-iam culturas docentes diversas mediante o contato dos docentes com diferentes normas e interações sociais provenientes dos distintos contextos de atuação profissional e da produção diversa de recompensas intrínsecas e extrínsecas associadas ao exercício do métier profissional. Segundo esses autores, as normas e as interações conformam estilos peculiares de como os docentes percebem seu trabalho, a maneira como veem sua relação com os alunos, com outros professores, com os administradores da escola, com os pais. O cumprimento dessas normas e as interações estabelecidas teriam variações entre os diferentes grupos de professores. Sobre as recompensas profissionais advindas das atividades profissionais, os autores as classificam como intrínsecas e extrínsecas. Recompensas extrínsecas são os benefícios públicos, como salários dignos, horas de
  • 5. V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE YLA INDUCCIÓN ALADOCENCIA trabalho, status elevado e poder. Recompensas intrínsecas são as recompensas psíquicas, subjetivas, aspectos do trabalho valorizados e visíveis aos olhos dos professores. Tais recompensas intrínsecas seriam a constatação por parte dos docentes de que seus alunos estão aprendendo, e de que há ligação emocional estabelecida com os estudantes, interação com os colegas, satisfação em realizar um serviço valioso e gozo em desenvolver atividades de ensino. Ao desenvolver essa discussão, os autores denominam “cultura profissional” como um conjunto de sentimentos partilhados, de hábitos mentais, crenças profissionais e de modelos de interação com os alunos, os colegas, os administradores e os parentes. Tomando essa discussão como referência, buscamos acessar e compreender a percepção que professores iniciantes de Educação Física têm sobre os processos de aprendizagem profissional. Mais especificamente, pretende-se saber se a experiência nos primeiros anos da profissão favorece a edificação de aprendizagens profissionais significativas necessárias ao desenvolvimento profissional contínuo. E, caso aprendam, que aprendizagens seriam essas e qual a relação existente entre as possíveis aprendizagens obtidas e o caráter situado do trabalho desses professores. Metodologia Os sujeitos da pesquisa A pesquisa4 foi realizada com 13 licenciados/as (4 homens e 9 mulheres) formados pela Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da UFMG e que tinham, no momento da realização da pesquisa, até dois anos de experiência com a docência em EF na escola. A escolha desses sujeitos de pesquisa foi aleatória, respeitando somente os critérios de tempo experiência profissional na escola (todos teriam que ter menos de três anos de trabalho na escola) e serem formados em uma única instituição. A opção por trabalhar com docentes formados apenas em uma única instituição teve como objetivo analisar as relações entre as experiências de formativas vividas em um determinado currículo de formação inicial e a iniciação à docência. Casos de ensino Realizamos análise de textos escritos de casos de ensino, confeccionados pelos professores, relacionados às suas experiências práticas no período da iniciação à docência. Dos 13 professores participantes da pesquisa, apenas 7 produziram e retornaram os relatos escritos. Tal descrição reflexiva sobre essa experiência prática levou em conta duas vertentes fundamentais: a referencial e a existencial (ZABALA, 1994). A vertente referencial descreve o objeto narrado, ou seja, as características dos alunos, os objetivos da aula, as situações da escola. Já a vertente existencial narra sobre si mesmo, o que envolve as decisões do professor, as emoções e as intenções. Entrevistas A entrevista, de caráter semi-estruturado, foi construída levando em consideração quatro eixos aglutinadores: a percepção sobre a iniciação à docência; as ações e estratégias pensadas e realizadas pelos professores com vistas ao enfrentamento da realidade e as aprendizagens docentes mais significativas e a relação entre a formação inicial e a iniciação à docência. Foram realizadas duas entrevistas, uma primeira com 13 professores e uma segunda com os 7 professores que produziram os casos de ensino. Achados de pesquisa e conclusões iniciais Os achados centrais desta investigação confirmam o que os estudos sobre a aprendizagem docente vêm mostrando há algumas décadas, ou seja, que o processo de aprendizagem docente não cessa com a formação inicial. Os relatos e a percepção dos nossos sujeitos de pesquisa revelam que a experiência profissional é fonte de 4 A pesquisa foi concluída no ano de 2015 e contou com os financiamentos da CAPES, FAPEMIG e CNPq.
  • 6. V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE YLA INDUCCIÓN ALADOCENCIA aprendizagens significativas, seja para fins de solidificação do desejo de permanecer na profissão, seja para fins de continuidade do desenvolvimento profissional na carreira. Os dados apontam que as aprendizagens incorporadas no período de indução não apenas complementam, mas transformam e aprofundam os conhecimentos obtidos na formação inicial. Tais aprendizagens trazem consigo características próprias da experiência no período da indução. Os professores expressam em seus discursos um conjunto de aprendizagens incorporadas mediante o contato inicial com o ofício docente: o desenvolvimento da capacidade de manter o equilíbrio emocional necessário ante os conflitos provenientes da relação com os alunos; as aprendizagens relacionadas ao ensino de conteúdos não tratados no currículo da formação inicial; as aprendizagens relacionadas ao planejamento de ensino e as aprendizagens relacionadas à organização da vida pessoal e a conexão desta com a experiência profissional. A pesquisa ainda aponta que boa parte dessas aprendizagens mostrou-se fortemente ancorada ao contexto situado de trabalho dos professores. De um lado, os professores descobrem muito rapidamente as agruras de ter de lecionar uma disciplina que sofre com um déficit crônico de legitimidade acadêmica e pedagógica. Tal contexto dificulta os processos de construção de uma identidade profissional docente mais positiva, o que cria dificuldades extras ao processo de aprendizagem profissional. Em razão dos conflitos e das tensões geradas na relação com os alunos, os pares e os pais, sobretudo pelas baixas expectativas que a comunidade escolar tem no que concerne ao ensino da EF, parte da energia e atenção que deveria ser canalizada para a reflexão sobre o ensino e a aprendizagem dos alunos é desviada para lutas por reconhecimento e valorização profissional. Simultaneamente, parte do estranhamento dos professores ante sua realidade de trabalho específica parece ter relação com o fato de terem de ensinar uma disciplina diferente daquelas que representam o modelo hegemônico de disciplina escolar ou de uma forma escolar5 dominante. Modelo com o qual convivem durante anos, seja na educação básica, seja na educação superior. A entrada na profissão para esses professores envolve, ao mesmo tempo, a aprendizagem de novos conhecimentos, reflexões e práticas e o exercício de desaprender um conjunto de ideias e crenças sobre o ensino e a profissão docente que muitas vezes são difíceis de erradicar. A palavra “desaprender” pode significar tanto um crescimento profissional não linear, mais sofrido e lento, tanto uma desconstrução/reconstrução desse processo de desenvolvimento na profissão. Tal contradição assinala não só o potencial, mas também a enorme complexidade inerente à formação continuada dos educadores (MARILYN COCHRAN- SMITH, 2003). Os professores ressaltam, também, as dificuldades de aprender a lidar com uma disciplina para a qual não há livro didático ou outros referentes curriculares que orientem de forma mais concreta e objetiva a elaboração do planejamento de ensino e desenvolver relações epistêmicas com conteúdos não tratados e/ou tratados de forma inadequada na formação inicial com os quais se busca construir uma relação de maior intimidade. Em razão da experiência de aprender a planejar sem esses referentes curriculares, ao mesmo tempo que gera nesses professores sentimentos de insegurança e tensão em relação ao trabalho, também aviva as possibilidades de aprendizagens profissionais que 5 Vincent (2001), ao teorizar sobre a existência de uma forma escolar, revela que a escola e a pedagogização das relações sociais de aprendizagem estão ligadas à constituição de saberes escriturais formalizados, saberes objetivados, delimitados, codificados, concernentes tanto ao que é ensinado quanto à maneira de ensinar, tanto às práticas dos alunos quanto à prática dos mestres. A pedagogia (no sentido restrito da palavra) se articula a um modelo explícito, objetivado e fixo do saber a transmitir. Historicamente, a pedagogização, ou seja, a escolarização das relações sociais de aprendizagem é indissociável de uma escrituralização-codificação de saberes e das práticas. O modelo de socialização escolar é, portanto, indissociável da natureza escritural dos saberes a transmitir.
  • 7. V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE YLA INDUCCIÓN ALADOCENCIA são fundamentais ao exercício da docência. Sobre esse ponto, vale citar o que diz Durand (1996) sobre as diferenças entre as disciplinas de alto e baixo status no currículo escolar. Para o autor, aquelas tidas como “menores” (Educação Física e Educação Artística) possuem maior margem para a interpretação pessoal dos professores. Já os professores de disciplinas tidas como “maiores” (Matemática, Física, Português) disporiam de manuais, programas, que são, “ao final das contas”, memórias externas que nutrem seus conteúdos em classe. Professores das disciplinas “menores”, por não possuírem guias didáticos ou programas escolares prescritos, são incitados a propor conteúdos mais personalizados, segundo a confiança que eles têm na própria capacidade. Tais aprendizagens são incorporadas via experiência prática na sala de aula; via exercício de observação de colegas de trabalho; via interação com os alunos;participação em comunidades de aprendizagem constituída por profesores de EF, conversas informais com professores mais experientes; pesquisa individual e em experiências de experimentação corporal que possibilitem conhecer mais profundamente conteúdos com os quais os professores têm pouca intimidade (inclusive corporal). Sobre esse último ponto, nossos sujeitos de pesquisa colocam em relevo que o conhecimento do objeto a ser ensinado exige duas relações epistêmicas diferentes com o saber: a primeira trata de tentar dominar corporalmente uma atividade (dominar algumas destrezas motoras das lutas); a segunda é saber referir-se a essa atividade como um conjunto de enunciados (normativos) que constituem um saber-objeto (o que são as lutas, sua história) (CHARLOT, 2000). Tal ambiguidade na relação com o saber da EF reflete em parte um dos elementos constituintes da especificidade pedagógica da EF. Sobre isso, Bracht (1997) vai argumentar que os saberes transmitidos pela escola provêm, na sua maioria, de disciplinas científicas ou, então, de forma mais geral, de saberes de caráter teórico- conceitual. O autor entende que, diferentemente do saber conceitual, o saber de que trata a EF (e as Artes) expressa ambiguidade interna ou duplo caráter: a) ser um saber que se traduz num saber-fazer, num realizar “corporal” pedagógico; b) ser um saber sobre esse realizar corporal. Betti (1994) acrescenta à caracterização proclamada por Bracht, afirmando que a ação pedagógica a que se propõe a EF estará sempre impregnada da corporeidade do sentir e do relacionar-se. Aprender aqui tem relação com o domínio de uma atividade, ou capacitar-se a utilizar um objeto de forma pertinente. Não é passar da não posse à posse de objeto (o saber), mas, sim, do não domínio ao domínio de uma atividade.6 Esse domínio se inscreve no corpo. Aprender a lutar é aprender também a própria atividade, de maneira que o produto do aprendizado não pode ser separado da atividade. O sujeito epistêmico é, então, o sujeito encarnado em um corpo, entendendo-se por isso, no caso, não um sistema de órgãos distintos da alma. O corpo é um lugar de apropriação do mundo, um conjunto de significações vivenciadas, um sistema de ações em direção ao mundo, aberto às instituições reais, mas também virtuais. O corpo é sujeito, conquanto engajado no movimento da existência, na qualidade de habitante do espaço e do tempo. Existe, assim, um Eu nessa relação epistêmica com o aprender, mas não é o Eu reflexivo que abre um universo de saberes-objetos; é um Eu imerso em dada situação; um Eu que é corpo, percepção, sistema de atos em um mundo correlato de seus atos (com possibilidades de agir, como valor de certas ações como efeito dos atos). Isso é o que o 6 Não estamos com isso afirmando que, para ser um professor de EF, esses teriam de dominar as diferentes destrezas motoras provenientes dos distintos conteúdos dessa disciplina (lutas, ginásticas, esportes, danças, jogos). Isso seria impraticável dada a diversidade de práticas corporais possíveis de ser tematizadas e ensinadas nas escolas. O que estamos a dizer é que a experiência estética com os conteúdos torna-se um elemento mediador potente ao processo de aprendizagem sobre esses.
  • 8. V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE YLA INDUCCIÓN ALADOCENCIA autor chama de “imbricação do Eu na situação”, ou seja, o processo epistêmico em que o aprender é o domínio de uma atividade “engajada” no mundo. (CHARLOT, 2000). Assim, o domínio de certos saberes de ordem corporal constitui para os professores de EF parte importante do conhecimento pedagógico do conteúdo. Tal conhecimento se vincula com a forma como os professores ajudam os estudantes a compreender determinado conteúdo. Inclui as maneiras de representá-los e formulá-los para fazê-los compreensíveis aos estudantes (SHULMAN, 1987). A relação de intimidade corporal com os temas da EF apresenta-se como desafio à construção do conhecimento pedagógico do conteúdo. Tal achado nos instiga a pensar outras formas de organização dos currículos dos programas de formação inicial e continuada que geralmente enfatizam o tratamento de saberes de ordem teórico-conceitual, em detrimento de aprendizagens construídas mediante as experiências estéticas7 (experimentação corporal). Infelizmente essas aprendizagens têm ocupado, cada vez mais, um lugar marginal mesmo dentro dos currículos dos cursos de formação inicial de EF, dado o predomínio do modelo da racionalidade técnica. Como bem lembra Charlot (2000), quanto mais a atividade for submetida a minivariações da situação, tanto mais estará inscrita no corpo, e maior será a dificuldade de expô-la integralmente sob a forma de enunciados. Inversamente, quanto mais atividade estiver próxima de algoritmos (sucessão de atos normatizados e sem ambiguidade), maior a possibilidade enunciá-la. Essas dimensões situadas de trabalho dos professores de EF, ao mesmo tempo em que criam uma série de dilemas, dificuldades e limites ao processo de construção de identidade profissional docente positiva, são, por outro lado, são geradoras de um campo propício a uma experimentação mais rica e autoral da profissão. Tal contexto pode criar condições favoráveis à incorporação de aprendizagens docentes significativas que potencialize o processo de desenvolvimento profissional. Bibliografia AKKERMAN, S. F.; MEIJER, P. C. A dialogical approach to conceptualizing teacher identity. Teaching and Teacher Education, v. 27, n. 2, p. 308–319, 2011. BERLINER, D. C. A personal response to those who bash teacher education. Journal of Teacher Education, 51(5), 358-371, 2000. BOLIVAR, A. La identidade professional del professorado de secundária: crisis y reconstruccion. M´laga: Aljibe. 2005, 260p. COCHRAN-SMITH, M. A Tale of Two Teachers: Learning to Teach Over Time. Kappa Delta Pi Record, v. 48, n. February 2015, p. 108–122, 2012. COCHRAN-SMITH, M. Learning and unlearning: The education of teacher educators. Teaching and Teacher Education, v. 19, n. May 2002, p. 5–28, 2003. COCHRAN-SMITH, M. Why people teach and why they stay. Bank Street College of Education - Occasional Paper Series, v. 16, p. 23p, 2006. DALGARNO, N.; COLGAN, L. Supporting novice elementary mathematics teachers’ induction in professional communities and providing innovative forms of pedagogical content knowledge development through information and communication technology. Teaching and Teacher Education, v. 23, p. 1051–1065, 2007. DARLING-HAMMOND, L. El derecho de aprender. Crear buenas escuelas para todos. Ariel – Barcelona, 2001, 464 p. DARLING-HAMMOND, Linda. Experiência e educação: implicações para o ensino e a educação atuais. In: Coleção textos fundantes de educação. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010. 128145p. 7 A palavra “estética” vem do grego aisthesis, que significa “sensação”, “sentimento”. Os estudos filosóficos sobre a estética analisam o complexo dos sentimentos e das sensações e sua integração nas atividades físicas e mentais dos homens (ROSENFIELD, 2006).
  • 9. V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE YLA INDUCCIÓN ALADOCENCIA ENDO, H.; REECE-MILLER, P. C.; SANTAVICCA, N. Surviving in the trenches: A narrative inquiry into queer teachers’ experiences and identity. Teaching and Teacher Education, v. 26, n. 4, p. 1023–1030, 2010. FEIMAN-NEMSER, S. et al. A Conceptual Review of Literature on New Teacher Induction. National Partnership for excellence and accountability in teaching, p. 1–48p., 1999. FEIMAN-NEMSER, S. Learning to teach. The Institute for research on teaching, v. 64, p. 1– 40 p., 1983. FEIMAN-NEMSER, S.; FLODEN, R. E. The cultures of teaching. The Institute for research on teaching, v. 74, p. 80p, 1984. FRIESEN, M. D.; BESLEY, S. C. Teacher identity development in the first year of teacher education: A developmental and social psychological perspective. Teaching and Teacher Education, v. 36, p. 23–32, 2013. KELCHTERMANS, G., & BALLET, K. Micropolitical literacy: reconstructing a neglected dimension in teacher development. International Journal of Educational Research, 37, 755-767p, 2002a. KELCHTERMANS, G., & BALLET, K. The micropolitics of teacher induction. A narrative- biographical study on teacher socialisation. Teaching and Teacher Education, 18(1), 105- 120p, 2002b. MARCELO GARCÍA, C. Los comienzos en la docencia: un profesorado con buenos principios. Profesorado. Revista de Currículum y Formación de Profesorado, v. 13, 2011. MARCELO, C. Aprender a enseñar: un estudio sobre el proceso de socialización de profesores principiantes. Madrid: Ed. CIDE, p. 298, 1991. MOULDING, L. R.; STEWART, P. W.; DUNMEYER, M. L. Pre-service teachers’ sense of efficacy: Relationship to academic ability, student teaching placement characteristics, and mentor support. Teaching and Teacher Education, v. 41, p. 60–66, 2014. SCHWAB, J. J. Education and the estructure of the disciplines. Em I. Weastbury & N. Wilkof (Eds.), Science, curriculum, and liberal educacion: selected essays of Joseph L. Schwab (pp. 229-272.) Chicago: University of Chicago Press, 1961. SHULMAN, L. L. Knowledge and teaching: foundations of the new reform. Harvard Educational Review. v. 57, n., 1. Feb. 1987. p. 1-22. SHULMAN, L.S. Toward a pedagogy of cases. In: SHULMAN, J.H. (org.) Case methods in teacher education. New York : Teacher’s College Press, 1992. SMITH, K. Teacher educators’ expertise: What do novice teachers and teacher educators say? Teaching and Teacher Education, v. 21, p. 177–192, 2005. VEENMAN, S. Perceived Problems of Beginning Teachers. Review of Educational Research, 54(2), 143-178, 1984. VONK, J. Mentoring Beginning Teachers: Development of a Knowledge Base for Mentors. American Educational Research Association, v. 1, p. 1–26, 1993. ZABALZA, M. A. Diários de aula. Porto/Portugal: Porto Editora, 1994.