O documento discute planejamento estratégico no setor elétrico em ambientes de incerteza. Ele explica como a estratégia e o planejamento diferem, analisa os níveis de decisão e incerteza no setor, e apresenta ferramentas como simulação e cenários para apoiar o planejamento estratégico sob incerteza.
2. Planejamento e estratégia
O que NÃO É planejamento?
Não é pensar no futuro
Não é “controlar” o futuro
Não é tomada de decisão
Não é tomada de decisão integrada
Planejamento é um procedimento formal para produzir um resultado
articulado, na forma de um sistema integrado de decisões (i.e., é a formalização
do processo de elaboração da estratégia)
O que é estratégia?
É um plano (para o futuro): estratégia pretendida ou intencional
É um padrão de comportamento ao longo do tempo (observável): estratégia
realizada
Estratégias emergentes: as estratégias realizadas devem ser sempre as
pretendidas?
3. Formas de estratégia e controle estratégico
Estratégia B
A Estratégia
não realizada
realizada D
Controle estratégico tradicional
C
A. Controle do desempenho
planejado
B. Controle de “implementação”
Controle estratégico estendido
C. Controle de realização Estratégia
D. Controle de desempenho
estratégico emergente
5. Principais participantes nos setores elétricos reestruturados
Geração Transmissão Distribuição Consumo
TransCos DisCos
Monopólio
Operador
Tarifas T/D
Regulação do sistema
T/D
Serviços ancilares
Contratos bilaterais Usuários finais
GenCos
Operador do
mercado Comercializadores
Competição
Mercado atacadista
Regulação
G/C
Preços no atacado Preços no varejo
6. Equilíbrio entre competição e regulação no setor elétrico
Regulação
-Decisões centralizadas
- Tarifas reguladas
- Minimização do custo
Competição
- Informação completa
- Baixo nível de incerteza
-Decisões descentralizadas
- Preços via competição
- Maximização do lucro
- Informação limitada
- Alto nível de incerteza
Eficiência em custos
Baixo nível de emissão
Segurança de
suprimento
7. Métodos de auxílio ao planejamento
estratégico em setores elétricos
reestruturados
8. 3 formas de representar a tomada de decisão nos modelos de apoio ao
planejamento estratégico no setor elétrico
Centralizado Descentralizado (multi) Descentralizado (único)
DM1 DM2 DM1 Mercado
DM Mercado
Outros
DMs
DM... DMn
Entradas exógenas Entradas exógenas Entradas exógenas
9. Entrada de Nível de incerteza nas principais Mudanças no ambiente de
planejamento entradas de planejamento incertezas no setor elétrico:
Mercado Mercado principais impactos sobre o
monopolístico competitivo planejamento estratégico
Preço Baixo Médio/Alto
Informação Baixo Alto
Demanda Médio Alto
Escolha do Baixo Médio/Alto
consumidor
Regulação Baixo Alto
Recursos Ambiente
Indicações de metodologias para Baixa incerteza Grande
auxílio ao planejamento estratégico incerteza
no setor elétrico
Baixo risco Otimização Simulação
Predição Otimização
Alto risco Otimização Simulação
Modelagem Modelagem
financeira financeira
Predição Otimização
Cenários
10. Metodologias de auxílio ao planejamento e formulação de estratégia, de acordo com o nível de tomada de decisão
Estratégico (longo prazo) Tático (médio prazo) Operacional (curto prazo)
Monopólio Modelagem técnica Modelagem técnica Modelagem técnica
Mercados competitivos Modelagem técnica, Modelagem técnica, Modelagem técnica,
simulação estratégica, simulação estratégica jogos
cenários
Ferramentas de auxílio à formulação de estratégias em empresas do setor elétrico
Método Nível de planejamento Aplicação típica
Modelagem de agentes Operacional Estratégias em leilões do
mercado à vista
Dinâmica de sistemas Estratégico/Tático Estratégica de investimento,
análise competitiva
Análise competitiva Estratégico/Tático Análise industrial, análise
competitiva
Modelagem do risco Tático/Operacional Portfolio de contratos
financeiro
Modelagem financeira Tático/Operacional Precificação, lucratividade
Teoria de jogos Operacional Leilões do mercado à vista
Opções reais Estratégico Decisões de investimento
Cenários Estratégico Avaliação de estratégias de
investimento
12. Representação comportamental das decisões de investimento em
capacidade de geração: um exemplo de diagrama causal
Subsídios Desenvolvimento
Impostos tecnológico
Custo de
combustíveis
Custos de
Custos
investimento
operacionais
Custo de +/0
manutenção
Custo total
Capacidade
L2 de geração
L1
Preço
Expectativa
Decisão de de preço
investimento futuro
13. Diagrama causal para a dinâmica no lado da demanda
Referência para Referência de
Elasticidade da
o crescimento preço
demanda (longo
da demanda prazo)
Demanda
Impostos indicada
L1
Demanda total
Preço ao usuário
final Demanda fixa
Tarifas T/D
Demanda
flexível
17. Grupos estratégicos na indústria de comercialização
Concessionária Concessionária
de gás natural de gás natural
Clientes Clientes Clientes
cativos cativos potencialmen
te livre
Comercializ
adoras
dependente
s
Comercializado
ras
Concessionária Concessionária independentes
de distribuição de distribuição
PIE
Conservação Autoproduto Conservação Autoproduto
de energia res de energia res
Antes da reforma Depois da reforma
18. Grupos estratégicos na indústria de distribuição
Concessionária Concessionária
de gás natural de gás natural
Clientes Clientes Clientes
cativos cativos potencialmen
te livre
Concessionária Concessionária
de distribuição de distribuição
Grandes clientes
Conservação Conservação ligados
de energia diretamente ao
de energia SIN
Antes da reforma Depois da reforma
19. Forças competitivas dos grupos estratégicos do segmento de clientes potencialmente
livres na indústria de comercialização
Entrantes
potenciais
Ameaça de
novos entrantes
Poder de negociação
Concorrentes na indústria de
dos clientes
comercialização
Fornecedores Clientes
Rivalidade interna
Concessionária de distribuição Clientes potencialmente livres
Geradora Autoprodutores
Concessionária de distribuição
Comercializadoras dependentes
Comercializadoras independentes
Poder de negociação PIE
dos fornecedores
Ameaça de produtos
ou serviços substitutos
Substitutos
Conservação de energia elétrica
Concessionária de gás natural
20. Cadeia de valores das distribuidoras brasileiras
Infraestrutura da empresa 3%
Atividades de apoio
Atividades de apoio
Margem 6%
Gerência de Recursos Humanos 6%
Desenvolvimento de tecnologia 1%
Tributos e
Aquisição 34% encargos
40%
Marketing, vendas
Operações e logística 9% e serviços 2%
Atividades primárias
21. Consolidação das avaliações estratégicas dos ambientes externo e interno
Ambiente externo Ambiente interno
Intensidade Oportunida Cadeia de
Forças e valores da
das forças des e
competitivas ameaças
Estratégia fraquezas EMPRESA e
da vetores de
das
INDÚSTRIAS
das competitiva EMPRESA valor dos
INDÚSTRIAS
stakeholder
Análise das Análise da
INDÚSTRIAS EMPRESA
22. S W O T
Strengths Weaknesses Opportunities Threats
FORÇAS FRAQUEZAS OPORTUNIDADES AMEAÇAS
Controle dos custos Incapacidade de Posição privilegiada de Grande rivalidade interna
gerenciáveis controlar os custos não comercializadora com as comercializadoras
gerenciáveis leva a um monopolista permite e PIEs no segmento de
aumenta das tarifas ao estreitar laços com clientes potencialmente
consumidor final clientes cativos que a livres da indústria de
médio-longo prazo comercialização
possam ganhar
liberdade de escolha
Melhores práticas de Investimentos em Posição de atual Redução da oferta de
governança corporativa marketing, vendas, comercializadora de energia por grupos de
serviços e tecnologia clientes potencialmente geração nos leilões
ainda são tímidos livres deve ser organizados no Ambiente
aproveitada para de Contratação Regulada
fidelizá-los
Qualidade da energia Incentivo á saída de
elétrica distribuída clientes potencialmente
livres problemáticos
para o mercado livre
Uso dos serviços de
consultoria em
eficiência energética e
conservação de energia
para agregar valor aos
seus clientes
23. Papel da estratégia competitiva na melhoria da estrutura industrial
Indústrias das quais a empresa faz parte são o foco da análise
Estrutura Estratégia Estrutura setorial
industrial atual competitiva mais favorável
Oportunidades e Posicionamento Vantagem competitiva:
ameaças identificadas competitivo aproveitamento das oportunidades e
proteção das ameaças
Papel da estratégia competitiva na melhoria das atividades internas
Atividades da empresa são o foco da análise
Cadeia de valores Estratégia Vetores de valor
atual competitiva dos stakeholders
Forças e fraquezas Posicionamento Vantagem competitiva: aumento de
identificadas competitivo forças e redução das fraquezas
24. Um mapa estratégico para as distribuidoras brasileiras
F1 - Aumentar
o EVA
Perspectiva
financeira
F3 - Reduzir o
F2 – Aumentar custo de
a rentabilidade capital
dos ativos
Perspectiva dos
1
stakeholders
S2 – Fidelizar os
S1 – Aumentar a S4 - Fidelizar os
clientes S3 – Fidelizar
satisfação dos desenvolvedores
clientes
potencialmente as geradoras de tecnologia
residenciais livres
2
Perspectiva dos
processos internos
P2 – Melhorar a P3 – Melhorar a P4 – Aumentar
P1 – Reduzir as
qualidade da eficiência e a
perdas
energia eficácia
a economia
comerciais e operacional
distribuída operacional
técnicas
3
Perspectiva de
aprendizado e A2 – Aumentar a
A1 – Modernizar capacitação e o
crescimento os sistemas de compromisso
informação estratégico do corpo
funcional