O documento discute a escultura como linguagem artística para estudar o nomadismo. Apresenta a técnica da talha e como ela foi usada para criar cabeças abstraídas representando povos nômades. Também discute a influência da arte primitiva no século XX, especialmente como ela inspirou artistas como Picasso e Modigliani a quebrar convenções e buscar novas formas de expressão.
Pereira; veronete ritzmann linha e forma movimentos da almaAcervo_DAC
O documento apresenta uma introdução sobre a percepção do espaço e a escolha da escultura como linguagem artística. Também discute a influência cultural e histórica na criação de obras de arte. Apresenta alguns artistas inspiradores da escultura e dos materiais cerâmica e ferro que serão utilizados no trabalho.
A arte é uma forma de expressão humana que representa emoções, cultura e história através de valores estéticos como beleza e harmonia. Ela pode ser representada através de arquitetura, escultura, pintura, cinema, música, escrita e dança. A primeira forma de arte foi a arte rupestre, pinturas nas cavernas representando a rotina dos homens das cavernas. A arte clássica buscava ordem e realismo, enquanto a arte moderna priorizava formas abstratas e distorção da realidade.
O documento discute a poética e a estética na filosofia antiga e moderna, abordando os conceitos de belo em Sócrates, Platão, Aristóteles e filósofos modernos como Kant e Hegel. Também apresenta diferentes funções da obra de arte.
Este documento descreve a ruptura entre o estilo Barroco e o Maneirismo na arte. O Maneirismo antecedeu o Barroco e apresentou características mais livres e extravagantes em comparação ao rigor renascentista. Já o Barroco focou mais na emotividade e ilusão, usando efeitos como curvas e luz para criar a impressão de movimento. O documento também discute as diferenças nas características arquitetônicas, esculturais e pictóricas entre os dois estilos.
A arte da dobradura de papel, conhecida como origami, consiste em dobrar um pedaço de papel quadrado sem cortes para criar objetos e formas. Surgiu no Japão onde se desenvolveu diferentes estilos ao longo dos séculos, tornando-se popular com a publicação de livros com modelos no século XIX. Atualmente é praticada como atividade recreativa em diversos países.
O documento discute a arte e sua importância para o desenvolvimento humano, apresentando seus principais elementos e funções ao longo da história:
- A arte expressa ideias e sentimentos de forma simbólica e ajuda no entendimento do mundo;
- São necessários três elementos para a arte existir: o artista, a obra de arte e o observador;
- As funções da arte ao longo do tempo incluem a pragmática, naturalista, formalista e interativa.
A arte é a criação humana de valores estéticos que sintetizam as emoções, história, sentimentos e cultura de um povo. A arte pode ser apresentada de várias formas como pintura, música, cinema e arquitetura e é afetada e afeta a sociedade. Estudar a história da arte ajuda a entender as correntes artísticas e momentos culturais do passado.
Este documento fornece um resumo da história da arte, desde a pré-história até a arte contemporânea, dividido por períodos históricos. Aborda estilos artísticos como paleolítico, neolítico, arte antiga egípcia e romana, idade média, renascimento, entre outros. Também discute conceitos como função da arte, como entender obras de arte e como as ideias se espalham pelo mundo.
Pereira; veronete ritzmann linha e forma movimentos da almaAcervo_DAC
O documento apresenta uma introdução sobre a percepção do espaço e a escolha da escultura como linguagem artística. Também discute a influência cultural e histórica na criação de obras de arte. Apresenta alguns artistas inspiradores da escultura e dos materiais cerâmica e ferro que serão utilizados no trabalho.
A arte é uma forma de expressão humana que representa emoções, cultura e história através de valores estéticos como beleza e harmonia. Ela pode ser representada através de arquitetura, escultura, pintura, cinema, música, escrita e dança. A primeira forma de arte foi a arte rupestre, pinturas nas cavernas representando a rotina dos homens das cavernas. A arte clássica buscava ordem e realismo, enquanto a arte moderna priorizava formas abstratas e distorção da realidade.
O documento discute a poética e a estética na filosofia antiga e moderna, abordando os conceitos de belo em Sócrates, Platão, Aristóteles e filósofos modernos como Kant e Hegel. Também apresenta diferentes funções da obra de arte.
Este documento descreve a ruptura entre o estilo Barroco e o Maneirismo na arte. O Maneirismo antecedeu o Barroco e apresentou características mais livres e extravagantes em comparação ao rigor renascentista. Já o Barroco focou mais na emotividade e ilusão, usando efeitos como curvas e luz para criar a impressão de movimento. O documento também discute as diferenças nas características arquitetônicas, esculturais e pictóricas entre os dois estilos.
A arte da dobradura de papel, conhecida como origami, consiste em dobrar um pedaço de papel quadrado sem cortes para criar objetos e formas. Surgiu no Japão onde se desenvolveu diferentes estilos ao longo dos séculos, tornando-se popular com a publicação de livros com modelos no século XIX. Atualmente é praticada como atividade recreativa em diversos países.
O documento discute a arte e sua importância para o desenvolvimento humano, apresentando seus principais elementos e funções ao longo da história:
- A arte expressa ideias e sentimentos de forma simbólica e ajuda no entendimento do mundo;
- São necessários três elementos para a arte existir: o artista, a obra de arte e o observador;
- As funções da arte ao longo do tempo incluem a pragmática, naturalista, formalista e interativa.
A arte é a criação humana de valores estéticos que sintetizam as emoções, história, sentimentos e cultura de um povo. A arte pode ser apresentada de várias formas como pintura, música, cinema e arquitetura e é afetada e afeta a sociedade. Estudar a história da arte ajuda a entender as correntes artísticas e momentos culturais do passado.
Este documento fornece um resumo da história da arte, desde a pré-história até a arte contemporânea, dividido por períodos históricos. Aborda estilos artísticos como paleolítico, neolítico, arte antiga egípcia e romana, idade média, renascimento, entre outros. Também discute conceitos como função da arte, como entender obras de arte e como as ideias se espalham pelo mundo.
A arte rupestre é a mais antiga forma de arte conhecida, com representações pictóricas datadas de 40.000 a.C. encontradas em abrigos rochosos e cavernas na Europa, Ásia e África. Estas pinturas e gravuras pré-históricas geralmente retratam animais e têm um propósito ritualístico ou mágico. Sítios importantes incluem as cavernas francesas de Lascaux e Altamira, conhecidas por seus realistas desenhos de bisões, e sítios no Vale do
O museu virtual e a arte acriana na educação, a partir do percurso criativo d...Vis-UAB
1. O documento descreve um trabalho de conclusão de curso sobre museus virtuais e a arte de Darci Seles.
2. O trabalho será um blog que apresenta a vida e obra do artista plástico Darci Seles de Rio Branco, Acre para fins educacionais.
3. O blog terá informações biográficas sobre Seles, fotos de suas obras e poderá se expandir no futuro para incluir outros artistas locais.
Bakargy; thiago duarte o simbolismo do macrocosmosAcervo_DAC
Este documento apresenta uma pesquisa sobre a produção de uma série de pinturas baseada nos estudos e símbolos da Alquimia. Resume a história da pintura desde as pinturas rupestres pré-históricas até o movimento Simbolista do final do século XIX. Explica como os símbolos e a Gestalt na imagem possibilitaram a criação racional das obras, que são analisadas individualmente no segundo capítulo. O trabalho teve como objetivo expressar conceitos alquímicos através da pintura de forma clara e harmônica
Aula de abertura sobre Arte - Artes Visuais. Esse slide é o primeiro de uma revisão geral que estou fazendo do material didático que uso com meus alunos no Ensino Médio.
_________________
Opening Lecture on Art - Visual Arts. This slide is the first of an overhaul that I'm doing the teaching material I use with my students in high school.
O documento discute o que é arte, como se apresenta e como transforma nossa maneira de pensar. A arte é a criação humana de valores estéticos que sintetizam nossas emoções e cultura. Ela pode ser vista ou ouvida de forma visual, auditiva ou audiovisual. A arte nos faz repensar nossos posicionamentos socioculturais e recebe influências da sociedade.
O documento fornece uma linha do tempo da história da arte, começando com a arte pré-histórica e passando por períodos como arte egípcia, grega, gótica, renascimento, barroco, impressionismo e expressionismo, descrevendo brevemente as principais características de cada período.
Este guia de orientação didática para arte do 9o ano apresenta informações sobre a história da arte ao longo dos períodos pré-histórico, antigo, medieval e cristão primitivo. Inclui aulas e exercícios sobre arte paleolítica, egípcia, grega, romana, bizantina, românica, gótica e pintura medieval, com o objetivo de ensinar conceitos artísticos e históricos dessas épocas.
[1] O documento apresenta uma introdução à história da arte, dividindo-a em períodos como Pré-História, Antiga, Medieval, Renascimento, Moderna e Contemporânea. [2] Discorre sobre como a arte foi se subdividindo em estilos ao longo do tempo e como seu conceito foi evoluindo. [3] Explica que a história da arte pode ser dividida de acordo com a divisão dos períodos da história da humanidade, sendo categorizada em Antiga, Medieval, Renascentista e Moderna.
Exercício de revisão sobre história da arte com gabaritoSuelen Freitas
O documento discute a história da arte e as primeiras manifestações artísticas da humanidade. Aborda os períodos Paleolítico e Neolítico, incluindo as pinturas e esculturas rupestres encontradas nas cavernas, que fornecem informações sobre como essas sociedades primitivas viviam e se expressavam artisticamente. Também resume a civilização da Mesopotâmia, uma das primeiras da história, destacando sua arquitetura, escultura e pintura.
O documento discute a arte na história, definindo arte como uma forma de organizar a experiência humana e transformá-la em conhecimento. A arte serve para desenvolver hábitos saudáveis e estimular a criatividade, e representa a cultura de um povo. A necessidade humana de comunicação está na origem das artes desde as pinturas rupestres primitivas.
Encontros arte como arqueologia, arqueologia como arte (sara navarro, 2013)arqueomike
O documento discute o diálogo entre arte e arqueologia, propondo que a arte contemporânea pode oferecer novas perspectivas para a arqueologia. A autora sugere que sua própria prática artística, que se inspira em técnicas cerâmicas antigas, ilustra como a arte pode ser vista como arqueologia e vice-versa. Ela argumenta que os artistas podem contribuir para métodos arqueológicos menos positivistas e mais estéticos.
A arte está presente no nosso dia-a-dia de muitas formas, desde o design de roupas e objetos até a publicidade. Artistas trabalham para tornar produtos mais atraentes visualmente. Além disso, a arte pode ser uma forma de expressão pessoal ou lazer através de atividades como pintura, música ou teatro.
O documento discute a história do desenho desde as pinturas rupestres até o Renascimento, abordando diferentes períodos e estilos ao longo do tempo. Ele explica como o desenho evoluiu de representações simples para composições mais complexas com perspectiva e proporção anatômica correta. O documento também reflete sobre como o desenho foi usado para comunicação e registro histórico pelos povos antigos.
O documento discute o papel da arte na educação. A arte serve para despertar o humano em nós e ajuda no autoconhecimento, nas relações interpessoais, no conhecimento do mundo e em liberar a criatividade. A arte desenvolve também a sensibilidade e permite compreender a vida de forma não verbal, além de possibilitar o contato com outras culturas.
O documento discute vários conceitos e gêneros artísticos incluindo definições de arte, funções de obras de arte, elementos da linguagem artística, e gêneros como figurativismo, natureza morta, paisagem, retrato, pintura histórica, mitológica, de gênero, religiosa, abstracionismo e simbolismo.
O Arqueologismo na Escultura de Jorge Vieira - Sara Navarroarqueomike
O documento discute o "arqueologismo" na escultura de Jorge Vieira, onde ele se inspira em formas primitivas e arcaicas de outras culturas e épocas. Suas obras evocam um passado distante através de figuras híbridas e metáforas que fundem referências antigas e modernas. Ele busca uma essência primordial nas formas, recriando gestos ancestrais de produção de objetos.
O documento discute os principais elementos visuais das artes plásticas como ponto, linha, cor, forma, espaço e textura. Explica como esses elementos são organizados e distribuídos na composição de uma obra para transmitir ideias de forma harmoniosa.
Lacerda; thamyres jaques mulheres o dinamismo dos corposAcervo_DAC
A figura feminina foi representada na escultura desde os tempos pré-históricos, geralmente com ênfase nos seios, barriga e nádegas para sugerir fertilidade. Na Grécia Antiga, as mulheres eram representadas vestidas nas esculturas. No Renascimento, escultores se inspiravam na Antiguidade Clássica, porém Michelangelo teve dificuldade em representar anatomia feminina de forma realista.
O documento discute a arte da Pré-História, incluindo as mãos em negativo e pinturas rupestres encontradas em cavernas. Explica que os primeiros artistas representavam o mundo da maneira como o viam e usavam a imaginação. Detalha as técnicas e materiais usados pelos artistas pré-históricos, como pigmentos naturais feitos de minerais e sangue animal.
Este documento discute definições de arte e perspectivas de vários pensadores como Wölfflin, Gombrich e Pareyson. Brevemente descreve a origem da arte como magia e seu papel em dominar o mundo real através da união de religião, ciência e arte. Também lista alguns principais períodos históricos da arte e caracteriza o papel do artista.
A arte rupestre é a mais antiga forma de arte conhecida, com representações pictóricas datadas de 40.000 a.C. encontradas em abrigos rochosos e cavernas na Europa, Ásia e África. Estas pinturas e gravuras pré-históricas geralmente retratam animais e têm um propósito ritualístico ou mágico. Sítios importantes incluem as cavernas francesas de Lascaux e Altamira, conhecidas por seus realistas desenhos de bisões, e sítios no Vale do
O museu virtual e a arte acriana na educação, a partir do percurso criativo d...Vis-UAB
1. O documento descreve um trabalho de conclusão de curso sobre museus virtuais e a arte de Darci Seles.
2. O trabalho será um blog que apresenta a vida e obra do artista plástico Darci Seles de Rio Branco, Acre para fins educacionais.
3. O blog terá informações biográficas sobre Seles, fotos de suas obras e poderá se expandir no futuro para incluir outros artistas locais.
Bakargy; thiago duarte o simbolismo do macrocosmosAcervo_DAC
Este documento apresenta uma pesquisa sobre a produção de uma série de pinturas baseada nos estudos e símbolos da Alquimia. Resume a história da pintura desde as pinturas rupestres pré-históricas até o movimento Simbolista do final do século XIX. Explica como os símbolos e a Gestalt na imagem possibilitaram a criação racional das obras, que são analisadas individualmente no segundo capítulo. O trabalho teve como objetivo expressar conceitos alquímicos através da pintura de forma clara e harmônica
Aula de abertura sobre Arte - Artes Visuais. Esse slide é o primeiro de uma revisão geral que estou fazendo do material didático que uso com meus alunos no Ensino Médio.
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Opening Lecture on Art - Visual Arts. This slide is the first of an overhaul that I'm doing the teaching material I use with my students in high school.
O documento discute o que é arte, como se apresenta e como transforma nossa maneira de pensar. A arte é a criação humana de valores estéticos que sintetizam nossas emoções e cultura. Ela pode ser vista ou ouvida de forma visual, auditiva ou audiovisual. A arte nos faz repensar nossos posicionamentos socioculturais e recebe influências da sociedade.
O documento fornece uma linha do tempo da história da arte, começando com a arte pré-histórica e passando por períodos como arte egípcia, grega, gótica, renascimento, barroco, impressionismo e expressionismo, descrevendo brevemente as principais características de cada período.
Este guia de orientação didática para arte do 9o ano apresenta informações sobre a história da arte ao longo dos períodos pré-histórico, antigo, medieval e cristão primitivo. Inclui aulas e exercícios sobre arte paleolítica, egípcia, grega, romana, bizantina, românica, gótica e pintura medieval, com o objetivo de ensinar conceitos artísticos e históricos dessas épocas.
[1] O documento apresenta uma introdução à história da arte, dividindo-a em períodos como Pré-História, Antiga, Medieval, Renascimento, Moderna e Contemporânea. [2] Discorre sobre como a arte foi se subdividindo em estilos ao longo do tempo e como seu conceito foi evoluindo. [3] Explica que a história da arte pode ser dividida de acordo com a divisão dos períodos da história da humanidade, sendo categorizada em Antiga, Medieval, Renascentista e Moderna.
Exercício de revisão sobre história da arte com gabaritoSuelen Freitas
O documento discute a história da arte e as primeiras manifestações artísticas da humanidade. Aborda os períodos Paleolítico e Neolítico, incluindo as pinturas e esculturas rupestres encontradas nas cavernas, que fornecem informações sobre como essas sociedades primitivas viviam e se expressavam artisticamente. Também resume a civilização da Mesopotâmia, uma das primeiras da história, destacando sua arquitetura, escultura e pintura.
O documento discute a arte na história, definindo arte como uma forma de organizar a experiência humana e transformá-la em conhecimento. A arte serve para desenvolver hábitos saudáveis e estimular a criatividade, e representa a cultura de um povo. A necessidade humana de comunicação está na origem das artes desde as pinturas rupestres primitivas.
Encontros arte como arqueologia, arqueologia como arte (sara navarro, 2013)arqueomike
O documento discute o diálogo entre arte e arqueologia, propondo que a arte contemporânea pode oferecer novas perspectivas para a arqueologia. A autora sugere que sua própria prática artística, que se inspira em técnicas cerâmicas antigas, ilustra como a arte pode ser vista como arqueologia e vice-versa. Ela argumenta que os artistas podem contribuir para métodos arqueológicos menos positivistas e mais estéticos.
A arte está presente no nosso dia-a-dia de muitas formas, desde o design de roupas e objetos até a publicidade. Artistas trabalham para tornar produtos mais atraentes visualmente. Além disso, a arte pode ser uma forma de expressão pessoal ou lazer através de atividades como pintura, música ou teatro.
O documento discute a história do desenho desde as pinturas rupestres até o Renascimento, abordando diferentes períodos e estilos ao longo do tempo. Ele explica como o desenho evoluiu de representações simples para composições mais complexas com perspectiva e proporção anatômica correta. O documento também reflete sobre como o desenho foi usado para comunicação e registro histórico pelos povos antigos.
O documento discute o papel da arte na educação. A arte serve para despertar o humano em nós e ajuda no autoconhecimento, nas relações interpessoais, no conhecimento do mundo e em liberar a criatividade. A arte desenvolve também a sensibilidade e permite compreender a vida de forma não verbal, além de possibilitar o contato com outras culturas.
O documento discute vários conceitos e gêneros artísticos incluindo definições de arte, funções de obras de arte, elementos da linguagem artística, e gêneros como figurativismo, natureza morta, paisagem, retrato, pintura histórica, mitológica, de gênero, religiosa, abstracionismo e simbolismo.
O Arqueologismo na Escultura de Jorge Vieira - Sara Navarroarqueomike
O documento discute o "arqueologismo" na escultura de Jorge Vieira, onde ele se inspira em formas primitivas e arcaicas de outras culturas e épocas. Suas obras evocam um passado distante através de figuras híbridas e metáforas que fundem referências antigas e modernas. Ele busca uma essência primordial nas formas, recriando gestos ancestrais de produção de objetos.
O documento discute os principais elementos visuais das artes plásticas como ponto, linha, cor, forma, espaço e textura. Explica como esses elementos são organizados e distribuídos na composição de uma obra para transmitir ideias de forma harmoniosa.
Lacerda; thamyres jaques mulheres o dinamismo dos corposAcervo_DAC
A figura feminina foi representada na escultura desde os tempos pré-históricos, geralmente com ênfase nos seios, barriga e nádegas para sugerir fertilidade. Na Grécia Antiga, as mulheres eram representadas vestidas nas esculturas. No Renascimento, escultores se inspiravam na Antiguidade Clássica, porém Michelangelo teve dificuldade em representar anatomia feminina de forma realista.
O documento discute a arte da Pré-História, incluindo as mãos em negativo e pinturas rupestres encontradas em cavernas. Explica que os primeiros artistas representavam o mundo da maneira como o viam e usavam a imaginação. Detalha as técnicas e materiais usados pelos artistas pré-históricos, como pigmentos naturais feitos de minerais e sangue animal.
Este documento discute definições de arte e perspectivas de vários pensadores como Wölfflin, Gombrich e Pareyson. Brevemente descreve a origem da arte como magia e seu papel em dominar o mundo real através da união de religião, ciência e arte. Também lista alguns principais períodos históricos da arte e caracteriza o papel do artista.
Andrade; daniele navarro dias monstros através da gravuraAcervo_DAC
1) O documento discute a gravura como linguagem expressiva para o trabalho e fala sobre a pesquisa de monstros mitológicos e a Mulher Dracônica.
2) Serão criadas gravuras de monstros fabulosos da Idade Média usando as técnicas de água-forte e água-tinta.
3) O capítulo um aborda a história da gravura, técnicas e artistas, e discute monstros, o grotesco, o período Românico e simbologia hermética.
Artes 01 gênesis 1º ano diretrizes e pré-históriahbilinha
O documento descreve as primeiras manifestações artísticas da humanidade na Pré-História, incluindo pinturas rupestres encontradas em cavernas na França e Espanha datadas entre 15.000-17.000 a.C. As pinturas mostram animais como bisões, cavalos e cervos de forma realista. Esculturas femininas como as "Vênus" também foram feitas no período, possivelmente para cultos de fertilidade. A Pré-História incluiu o Paleolítico entre 5.000.000-25.000 a.C., quando os primeiros
O documento discute a arte na pré-história, explicando que ela se manifestou através de pinturas em cavernas, gravuras em rochas e esculturas. Debate-se também as possíveis motivações para essas obras, como registrar o cotidiano ou fins ritualísticos. A arte evoluiu ao longo dos períodos paleolítico, neolítico e da idade dos metais, conforme novas técnicas e materiais foram desenvolvidos.
Artes 01 gênesis 1º ano diretrizes e pré-históriahbilinha
Este documento apresenta uma matriz de referência sobre linguagens artísticas, códigos e suas tecnologias para o 1o ano do ensino médio. Ele discute as competências da área de arte, define arte e suas principais linguagens, e fornece uma linha do tempo das principais manifestações artísticas da pré-história até os dias atuais.
O documento discute como a arte humana evoluiu ao longo da história para expressar sentimentos e superar limitações. Ele explora como objetos utilitários e obras de arte refletem as culturas e sociedades dos povos, e como a arte está presente em todos os aspectos da vida humana.
O documento discute a história e evolução da arte ao longo dos tempos. Começa com a arte rupestre na Pré-História, passando pela arte grega e romana, arte paleocristã na Idade Média, até chegar na arte do Renascimento. Explica como a arte foi se transformando e suas funções em cada período, desde representações mágicas e rituais até a elevação dos artistas e o patrocínio da Igreja e nobreza.
Este documento discute a exposição da artista plástica Regina Silveira chamada "Ficções" no Museu de Arte Contemporânea de Vitória. A exposição apresenta três obras principais que brincam com os conceitos de luz e escuridão para subverter a percepção do espaço e tempo. O documento também aborda brevemente definições de arte, contextualizando exemplos históricos como as obras de Michelangelo e Marcel Duchamp.
O documento discute o que é arte e fornece um breve resumo sobre a história da arte rupestre. A arte é definida como a criação humana que expressa valores estéticos e culturais através de obras. A história da arte estuda a evolução das expressões artísticas ao longo do tempo. A arte rupestre foi a primeira forma de arte da história humana, caracterizada por desenhos nas cavernas feitos com pigmentos naturais, representando animais, pessoas e cenas de caça.
O documento discute o que é arte e fornece um breve resumo sobre a história da arte. A arte rupestre foi a primeira demonstração de arte humana, com vestígios datando de antes das grandes civilizações. A arte rupestre era caracterizada por desenhos feitos com pigmentos naturais em cavernas, retratando animais, pessoas e cenas de caça.
1) Ao longo da história, a arte evoluiu junto com os avanços tecnológicos, permitindo novas formas de expressão.
2) A arte pré-histórica usava materiais naturais disponíveis, enquanto civilizações antigas desenvolveram novas técnicas como pintura a óleo.
3) Renascimento e era moderna trouxeram perspectiva e tela como suporte de pintura. Arte pop usou ícones da cultura de massa.
Este documento fornece um resumo da história da arte ao longo dos tempos, desde a pré-história até a arte contemporânea. Aborda os principais movimentos artísticos como o pré-histórico, clássico, medieval, renascimento, barroco, romantismo e impressionismo. Explica como a arte e seus conceitos foram evoluindo de acordo com as mudanças sociais, políticas e culturais de cada época.
O documento apresenta uma linha do tempo da história da arte, descrevendo os principais movimentos artísticos de forma concisa, complementada por datas. É destacada a evolução da pintura desde as cavernas pré-históricas até os movimentos modernos do século 20, como o Cubismo, o Surrealismo e a Pop Art.
Práticas artísticas contemporâneas algumas questõesArmando Oliveira
Este documento discute práticas artísticas da segunda metade do século XX, focando-se em 3 pontos principais:
1) A ênfase nas ações e processos em vez de objetos concluídos, influenciada por Pollock e o expressionismo abstrato.
2) A reflexão sobre linguagens, sistemas de representação e a própria noção de arte, de Duchamp a Kosuth.
3) A valorização da vida como experiência através de trabalhos conceituais e processuais que questionam percepções.
O documento apresenta um resumo dos principais períodos da história da arte, desde a Pré-História até a arte contemporânea, abordando estilos como o Impressionismo, Expressionismo e Fovismo. É dividido em 8 seções que descrevem as características artísticas de cada período histórico, incluindo exemplos de obras e artistas.
A arte esteve presente ao longo da história humana, desde a pré-história, quando o homem criava elementos para superar suas necessidades. A arte rupestre, como a pintura nas cavernas, foi uma das primeiras formas de deixar vestígios. A escultura rupestre também remonta a 25.000 anos atrás. Civilizações como o Egito Antigo, Grécia Antiga e Roma deixaram contribuições significativas para a arte, arquitetura e cultura.
As vanguardas artísticas europeias do início do século 20 romperam com a tradição cultural do século 19, influenciando manifestações artísticas em todo o mundo. No Brasil, influenciaram diretamente o movimento modernista iniciado com a Semana de Arte Moderna de 1922.
O documento discute como o medo e o horror são sentimentos naturais do ser humano que auxiliaram na sobrevivência e como esses sentimentos passaram a ser compartilhados de forma simbólica por meio de narrativas e representações artísticas ao longo da história. Também aborda como a arte se utiliza de elementos fantásticos e distorcidos da realidade para provocar reações emocionais ligadas ao medo no espectador.
O documento apresenta um trabalho de conclusão de curso de uma aluna de Artes Visuais sobre uma instalação artística intitulada "O Corpo Fragmentado". O texto descreve o processo de produção da obra, que utiliza escultura e desenho hiper-realista para representar um corpo humano em fragmentos. Também traz considerações sobre as linguagens artísticas utilizadas, como escultura, desenho e instalação, e a representação do corpo na arte.
Este trabalho apresenta um resumo histórico de artistas mulheres em diferentes regiões e realiza entrevistas com duas artistas de Campo Grande para compreender suas percepções. O documento discute as dificuldades enfrentadas por mulheres no campo artístico e educacional ao longo da história e como o cenário vem mudando. As entrevistas revelam como as artistas locais percebem seu papel e identidade como mulheres e como suas obras podem ou não refletir questões de gênero.
Este documento apresenta uma proposta de ensino de pintura na ONG Impacto Kids. A pesquisa analisou a ONG por meio de entrevistas e observação, e mostra que a mesma atende cerca de 20 crianças e adolescentes carentes entre 10 a 17 anos, oferecendo atividades educativas. O documento discute a possibilidade de introduzir aulas de pintura na ONG, com base em experiências de outras organizações, e conclui que o ensino de arte pode ser benéfico para a formação dos jovens atendidos.
1. O documento discute o uso da manipulação de imagem digital como ferramenta pedagógica no ensino de artes visuais.
2. Ele propõe o uso do software livre GIMP para que os alunos possam produzir e compreender como imagens digitais são criadas, circulando em abundância na sociedade contemporânea.
3. O autor argumenta que combinar teoria e prática através do uso de ferramentas digitais pode favorecer a contextualização da arte e engajar os alunos no processo de aprendizagem
Este trabalho apresenta fotografias que exploram a solidão na sociedade contemporânea influenciada pela tecnologia. Utiliza a técnica de dupla exposição em fotografia analógica para representar um indivíduo só mesmo estando conectado virtualmente. Discute como o avanço digital trouxe benefícios como a comunicação a distância, mas também pode isolar as pessoas e torná-las dependentes da aprovação online. A pesquisa foi baseada em teóricos como Bauman e artistas conceituais para conceber a série fotogr
O documento descreve uma pesquisa de conclusão de curso sobre vídeo mapping com temática circense. A pesquisa incluiu uma revisão histórica da projeção desde os primórdios até os dias atuais, referências do Cirque du Soleil e de artistas que trabalharam com o tema do circo. A execução da obra envolveu a criação de esculturas de um palhaço e mágico para projeção de vídeos e animações com atividades circenses. Softwares de edição de imagem, vídeo e áudio
Tcc 2015 jean robert almeida de alexandreAcervo_DAC
O documento apresenta um resumo de uma dissertação sobre o feio e o cômico na arte contemporânea. No primeiro capítulo, discute a arte contemporânea, a arte digital e a caricatura. No segundo capítulo, aborda o feio e o cômico nas artes. No terceiro capítulo, descreve o projeto prático desenvolvido, que consiste em caricaturas digitais. O objetivo é mostrar a "beleza" por trás do universo do feio e do cômico na atualidade.
O documento descreve uma pesquisa de conclusão de curso sobre fotografia. A pesquisa é dividida em duas partes, teórica e prática. A parte teórica explora o conceito de informação na fotografia e sua relação com a evolução da arte. A parte prática consiste em uma série fotográfica intitulada "Χάος" que aplica intervenções artísticas nas imagens. O objetivo é estudar novas técnicas fotográficas e processos criativos.
Este documento resume a monografia "Delírios: Tirinhas Digitais" de Hudson Justino de Andrade. A monografia analisa o potencial das histórias em quadrinhos no ambiente digital, especificamente as tirinhas digitais. A obra apresentada é experimental e utiliza um dos formatos propostos para tirinhas digitais nas redes sociais.
Este documento apresenta dois polípticos produzidos por Arianne de Lima como trabalho de conclusão de curso em artes visuais. O documento discute o processo criativo por trás das obras e faz uma análise da relação entre o ser humano e as redes sociais, tema central das obras.
O documento descreve a história da colônia japonesa Jamic no município de Terenos, Mato Grosso do Sul. A colônia foi fundada na década de 1950 pela empresa JAMIC para assentar imigrantes japoneses que chegavam ao Brasil após a Segunda Guerra Mundial. Detalha as principais atividades culturais realizadas pelos colonos japoneses para manter suas tradições, como festas, danças e pratos típicos. A autora realizou uma série de fotografias documentando
O documento discute um trabalho de conclusão de curso sobre a nova adolescência. O trabalho consiste em ilustrações e colagens retratando o universo adolescente feminino da classe média atual, explorando seus dramas, dilemas, amizades e como reagem à nova fase de vida. O documento também aborda a história da ilustração, colagem e aquarela.
Este documento apresenta um relatório de pesquisa para conclusão do curso de Artes Visuais da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. O relatório discute o conceito de instalação artística e sua história, com ênfase nos artistas e movimentos que contribuíram para seu desenvolvimento. Também aborda a relação entre instalação, luz e cor, especialmente no Impressionismo. Por fim, descreve o processo de criação e a instalação resultante deste estudo, intitulada "Fernweh", que busca provocar diferentes sensações nos espect
A videoinstalação Casa Corpo apresenta a figura feminina em contato com a natureza através de elementos que representam a integração do corpo da mulher com as árvores. O trabalho final é projetado em uma instalação fixada na parede composta por tocos de árvores pintados de branco e galhos dispostos abaixo como raízes. A obra se baseia na literatura da psicanalista Clarissa Pinkola Estes que compara a vida das mulheres à vida das árvores.
Este documento descreve a instalação autobiográfica "Contemporaneidades Pantaneiras" criada por Rodolfo de Oliveira Parangaba. A obra explora o uso de pigmentos fluorescentes em pintura e desenho sob luz negra, e combina elementos como fotografia, pintura, desenho, frases e trilha sonora para criar um ambiente que simula parte da mente do artista. O documento discute referências teóricas como a produção autobiográfica em artes visuais e o trabalho de artistas como Leonilson, Frida
Este documento apresenta uma série de ilustrações inspiradas em textos de poesia e músicas. Discute conceitos de ilustração, história da ilustração, técnicas como desenho a nanquim e pintura digital. Apresenta referências como Albert Dürer, Tom Eckersley e Adara Sanchez. Descreve a concepção e execução das oito ilustrações que compõem a série, explorando visualmente os textos e músicas selecionados.
Este documento descreve a série de esculturas "Artesucataria" criada pelo artista Diogo Luciano utilizando sucata de veículos descartados. O objetivo foi ressignificar os materiais descartados atribuindo-lhes novos significados estéticos por meio da linguagem da escultura. A série reflete sobre temas como a reconstrução, a reinvenção da vida e a finitude humana. As peças exploram simbolicamente aspectos da jornada de vida como amor, sonhos e desafios por meio de formas e
Este documento apresenta uma pesquisa sobre a expressão da sensibilidade feminina na fotografia por meio da técnica de colagem digital. A pesquisa analisa a história do retrato fotográfico e das vanguardas artísticas como o Dadaísmo e Surrealismo. O resultado é uma série de retratos fotográficos de mulheres manipulados digitalmente para expressar sentimentos femininos.
Este documento apresenta uma pesquisa teórica sobre a formação da identidade do indivíduo contemporâneo com foco no autoconhecimento. Aborda temas como a influência da primeira infância, identidades subconscientes, relações entre indivíduo e sociedade, semiótica e funcionamento da mente. Apresenta também uma obra artística que convida à reflexão sobre o "Eu" e a integração dos fragmentos internos por meio da meditação.
1. 8
INTRODUÇÃO
Neste trabalho, foi proposto estudar alguns aspectos do nomadismo, e para
isto utilizou-se a escultura como linguagem artística. Esta escolha deve-se ao fato de
maior facilidade e gosto pelo tridimensional, proporcionado pela harmonia entre as
mãos, o olhar e o corpo. O contato direto das mãos com a matéria estabelece uma
relação de troca de energias fazendo com que o fazer artístico flua de maneira
satisfatória e prazerosa.
Considerei o que Derdyk (1990) ressaltou: o homem sendo o grande autor das
páginas da história criou objetos, imagens e instrumentos, através dos quais se
expressou, deixando seus vestígios para que o futuro percorra em busca da riqueza,
onde a presença corporal confirme o ser, o estar e o fazer do homem no mundo.
O tema abordado, bem como as formas representadas, está associado à
estética de povos nômades e à sua conduta de comportamento inconstante e móvel,
que de certa maneira engloba o homem contemporâneo, visto que se vive uma época
marcada pela transformação corporal, pela mobilidade e velocidade, onde a ênfase
está no presente. Através de uma linguagem poética busca-se a essência destes
povos ditos primitivos como maneira de transformar em arte essa forma peculiar de
vida, resumida na simplicidade, liberdade e conservação de costumes e cultura.
Na sua verticalidade o homem libertou as mãos, evoluiu habilitando-se para
tarefas que precisam de entendimento. Enxergou o horizonte e entendeu que existe
diferença entre o céu e a terra isto é, que ele poderia servir de ligação entre um ser
sobrenatural e a sua própria natureza, e assim ele luta em busca de seus ideais e de
sua essência procurando através do conhecimento e das técnicas um meio de
alcançar a perfeição.
O desafio de dar forma a um bloco de material verticalizado, com medidas
definidas dificulta, mas também oferece a possibilidade da busca de uma arte
estilizada definindo um estilo até então desconhecido em minha arte.
2. 9
Este trabalho foi idealizado para ser desenvolvido através da técnica da
talha, onde as peças serão apresentadas em formas de cabeças abstraídas e
alongadas, que servirão de subsídio para estudar e entender melhor o processo
artístico já existente, isto é mostrar um pouco da técnica bem como quem a utilizou.
Procurei enfatizar a Arte Primitiva, pois esta serviu como uma alavanca na
criatividade e renovação dos artistas do início do século XX, e até nossos dias
continua a encantar e inspirar nossos artistas.
A apresentação do relatório está dividida em três capítulos, sendo o primeiro
capitulo voltado para a técnica escultórica da talha e seus caminhos, como se buscou
a cor, a forma, a expressão e abstração; a Arte Primitiva norteando artistas que
revolucionaram a arte do século XX. No segundo capítulo apresento as tribos
nômades e algumas de suas expressões e características milenares, e também,
busco um paralelo deste comportamento com algumas expressões e comportamento
atuais. No terceiro capítulo exponho as obras e comentários sobre as mesmas bem
como a metodologia utilizada.
Trata-se de um trabalho apresentado de forma simples, diferenciado pela
expressividade realçada através dos traços fortes e marcantes onde as peças
transformadas em ícones procuram colocar em evidência características de culturas
tradicionais.
3. 10
CAPÍTULO I
O OBJETO ESCULTÓRICO
1 A ESCULTURA COMO TÉCNICA
A técnica de trabalhar a pedra foi aperfeiçoada através de processos
abrasivos que consistia em friccionar o utensílio com areia e, mais tarde com a
descoberta de materiais como o cobre, o bronze e o ferro foi possível dar forma à
pedra. A partir da descoberta desses instrumentos nasce a história da escultura.
Escultura é uma forma criada em três dimensões de material sólido.
Tradicionalmente, duas técnicas básicas têm sido usadas: o entalhe em um material
duro, e a modelação em material mole como argila, cera etc. (Janson, l996).
1.1 DESCOBRINDO A FORMA
A talha de pedra ou de mármore é um processo trabalhoso onde não há como
improvisar e necessita de um estudo prévio em outro material maleável (argila) para
evitar erros os quais danificariam o resultado da obra não possibilitando correção.
Através do uso de ferramentas especiais para desbastar, como: cinzel, buril e
gradin, trabalham-se todos os lados do bloco, a fim de descobrir a forma. O trabalho
em pedra é de uma antiguidade incalculável: usou-se na fabricação de objetos
tornando-se uma extensão da mão humana e datam dos primórdios da civilização.
A história da escultura registrou vários métodos de transferência a partir de
um modelo prévio, como por exemplo, o tirado de pontos segundo Bozal (1996) que
foi usado por um longo período. Outros métodos como o definitor de Alberti, mais
científico, e, no século XIX, o método de transferência de pontos denominado
4. 11
Cruzeta, onde o artista trabalhava a argila e retocava o mármore sendo o grosso do
processo elaborado por artesãos, resultando em um trabalho que mais parecia uma
cópia.
No tocante à cor, relata Bozal (1996), também foram utilizados processos
diferenciados de acabamento. Povos primitivos das civilizações antigas coloriam as
estátuas, às vezes recobrindo primeiro com uma camada de gesso deixando a peça
áspera para melhor absorver a tinta. Os gregos a partir do século V a.C. período que
mostra a passagem de um estilo geométrico para um naturalismo influenciado pela
arte egípcia, passaram a polir e lustrar a obra mesmo assim ainda usando a
policromia. Aos poucos o naturalismo conseguido só através do efeito da pedra
começa a se evidenciar e a partir do século IV a.C. a escultura se torna autônoma da
pintura.
Figura1: “Virgem de Quios (?)” c. 520 a.C.
Museu de Acrópole, Atenas.
Mármore
Altura: 0,55 m
A partir do século XX os escultores passaram a utilizar várias espécies de
material plástico, não se limitando apenas aos materiais tradicionais. As novas
5. 12
resinas sintéticas tomaram forma e ocuparam o espaço, oferecendo variedades de
misturas, bem como resultados que nos maravilham pela beleza que certas misturas
procedem em sua fusão.
A escultura moderna principalmente na técnica do entalhe, tem um de seus
grandes pilares em Brancusi que afirmava, “O entalhe direto é o verdadeiro caminho
para a escultura”. (apud Wittkower 1989:265).
1.2 CONFIGURANDO A FORMA
Ao olharmos para um objeto vemos forma e configuração. Segundo Arnheim
(1989), a forma pode ser representada não só pelas propriedades físicas do
material, mas também pela maneira própria e individual do artista. Em uma estátua
cubista de Liepchitz, um cubo pode representar uma cabeça, mas o mesmo cubo
seria um bloco de matéria inorgânica numa obra de Rodin. (p130). Para o artista, a
linguagem própria determina seu estilo e o meio em questão tem influência sobre
suas escolhas. Com esse conceito também concorda Derdyk (1990:40) que afirma:
A necessidade de normalizar e registrar o corpo, dentro de um
código sócio-cultural de representação, acaba por transformá-lo no
símbolo daquela época. Cada época estabeleceu um método
construtivo que representasse as noções de belo, de equilíbrio, de
harmonia, de valores como a coragem, o poder, a astúcia enfim, que
expressasse os símbolos máximos que cada civilização escolheu.
A autora esclarece que cada época e cada cultura têm a sua simbologia. A
Renascença considerava o homem o centro do Universo, os gregos representavam
através da simetria, os egípcios buscavam uma realidade imutável. A arte primitiva
africana é voltada para o espírito e religiosidade.
6. 13
Hoje nossa realidade muda a cada instante, somos instantâneos como as
informações que chegam instantaneamente até nós. Os materiais tornaram–se
descartáveis bem como certos valores, e a arte busca novas formas e linguagens
para registrar momentos deste século que se inicia.
Auguste Rodin afirmava que, a fim de indicar movimento em seus bustos, com
freqüência, dava-lhes “certa inclinação, certa obliqüidade, certa direção expressiva
que enfatizava o significado de fisionomia.” (apud Arnheim, 1989:417).
A verticalidade segundo Ostrower, (1998:275) conota altura, elevação e
transcendência, estando associada à postura ereta do ser humano, embora em
termos espaciais sejam consideradas estáticas pela falta de movimento.
Quando um corpo se apresenta com movimentos lentos, direção indefinida,
curvado e sem energia, percebemos que se trata uma criatura triste e com pouca
determinação. Segundo Arnheim (1989:444),
Vincent Van Gogh fez dois quadros, um chamado Tristeza representando
uma moça nua sentada com a cabeça enterrada nos braços, o outro, um
esboço de árvores retorcidas. Numa carta ao irmão Théo ele explicou que
tentou por o mesmo sentimento em ambos, ”agarrados convulsiva e
apaixonadamente a terra e, contudo quase dilacerados pela tormenta. Eu
queria expressar algo da luta pela vida naquela figura de mulher pálida,
magra da mesma forma como as raízes negras, ásperas e nodosas¨.
Concluindo, a figura humana é o veículo mais difícil para captar a expressão
visual.
7. 14
1.3 ABSTRAÇÃO
A abstração significa alheamento do espírito, ato de abstrair, meditação.
Para a filosofia, abstração é o processo pelo qual o espírito considera as
qualidades independentemente dos objetos a que pertence. Para a psicologia, é
como uma separação feita pelo espírito e não pela natureza.
Janson (1996) considera que o objeto é abstraído quando ele não se
relaciona com sua forma natural. O século XX adotou estilos, em que a arte fugia do
figurativo.
2 A ARTE “PRIMITIVA” E SUA INFLUÊNCIA NA ARTE
OCIDENTAL
Um dos fatores para a mudança na arte do início do século XX foi o contato
dos artistas europeus com a arte africana exposta em Paris em 1905.
A arte africana não foi feita com o propósito de ser cubista Salum (2005), ou
realista. Apesar disso, ela norteou alguns artistas como Picasso, quando revolucionou
a arte ocidental.
A estética africana busca a síntese do objeto, ou do tema a ser construído,
enquanto o cubismo procura a representação do objeto através de diversos pontos de
vista e da forma (Salum, idem ).
A arte dita primitiva não se preocupa com o mundo visível, mas sim com o
mundo invisível dos espíritos. Na concepção primitiva tudo é animado pelos espíritos,
8. 15
tanto o homem como os animais, plantas, terra, rios, sol, chuva, lua enfim, tudo que
se refere à natureza. No entanto, o artista não copia a natureza, mas a imagina para
construir sua arte.
Figura 2: “CHOKWE”
Angola, D. R Congo
Madeira, pigmento,corda, patina de uso, 18 x 10 cm
As máscaras e estátuas da arte africana possuem um lado sagrado ligado às
forças do Universo, e suas funções são de servir de suporte material para a alma dos
mortos, dando força e poder aos espíritos dos antepassados, e acreditam que, estes
possam aconselhar os vivos através dos sonhos. As máscaras são produzidas em
formas geométricas, enquanto que as estátuas apresentam mais realismo, talvez por
representarem à figura humana de algum antepassado. Janson (1996) idem.
Tirada de seu contexto e exposta em Paris, a arte africana foi percebida pelos
artistas como uma fonte de novas idéias estéticas, onde a forma podia ser estilizada,
distorcida e com isso causar um grande impacto visual.
9. 16
O ano de 1907 foi marcado para Picasso pela interpretação desta arte. Ele se
liberou de toda convenção que vigorava na arte ocidental – renunciou aos conceitos
tradicionais de harmonia, proporção, beleza e construção.
Figura 3: Lês Demoiselles d’Avignon – 1907.
Pablo Picasso
The Museum of Modern Art, Nova York.
Nas suas obras, deixou de imitar uma realidade preestabelecida, passando por
obedecer a seus impulsos e instintos mais originais, embora sua arte não leve em
conta o elemento mágico e ritual.
Outro artista, Modigliani, irreverente para os temas e padrões abordados na
época, Martins (2000) vivia uma fase de questionamentos e transições. Dizia que as
personagens de Cézanne, “como as belas estátuas antigas, não têm olhar”. Revelou
com seu traço a singeleza que buscou ao delinear seus retratos, e na significação do
olhar a essencialidade do corpo. Faure (1991:438) assim o descreve:
10. 17
... poeta febril das mãos, dos corpos, dos rostos de mulheres captadas
entre fluxos ardentes, torções, deformações, carnes, olhares
alucinatórios, enérgica graça italiana ressurgindo, transformada pelo
fermento semita, após dois séculos de existência.
Figura 4: Ana Zoborovska. 1917, óleo sobre tela,130,2x81,3 cm
Museu de Arte Moderna de Nova York. EUA Coleção: Lillie P. Bliss
Modigliani, segundo Martins (2000) despia as pessoas de suas máscaras
sociais ao pintar suas figuras nuas. Ao captar o ulterior, não revelava a sensualidade
do corpo, mas o desnudamento da alma.
11. 18
Inspirado pela arte africana e grega, buscava a simplicidade das formas
depuradas de expressão melancólica e atemporal, também alongava a figura como
forma de expressão.
Figura: 5 Head – 1911-12
Amedeo Modigliani, 63,5x12,5x35 cm
Tate Galery, London. UK
Figura: 6 Head c. 1911
Limestone. Heigt 58 cm
Musées Nationaux, Paris France
12. 19
CAPÍTULO II
SOCIEDADES TRIBAIS
1 O ESPÍRITO QUE MOVE O NÔMADE
A palavra nomadismo deriva do grego nomas, que significa pastagem e está
ligado ao pastoreio. Barsa (1994:340). Nomadismo é um sistema de vida peculiar
àquele que é nômade: cigano, vagabundo, errante que não tem habitação fixa.
Povos pastores que vagueiam sem residência estável. O espírito do nômade não
tem apego a um lugar especial, não se preocupa em possuir bens a não ser o
necessário para seu conforto. Moram em tendas de tecido ou feltro e possuem
poucos pertences.
No nomadismo de coleta as populações se deslocam em busca de lugares
onde são propícias as frutas, plantas e a caça. As condições climáticas também
interferem na escolha. O nomadismo pastoril é dedicado à criação de animais como:
ovelhas, cabras, bovinos etc. Isto faz com que estes grupos vivam exclusivamente
em função de seus animais, que representam riqueza e alimento. Quem decide a
hora da partida são os animais, porque acabando o alimento é necessário procurar
melhores pastagens. Barsa (1994). Esses povos devido as constantes mudanças
não produzem objetos cerâmicos.
São considerados por alguns como primitivos, devido, ao fato de levarem o
mesmo estilo de vida de seus antepassados e em alguns casos mantendo hábitos
pré-históricos. Todos estes povos sofreram à influência dos colonizadores nas
tentativas de invasões de seus territórios. As sociedades tribais são fraternas entre si
e hospitaleiras com os visitantes.
Os Tuaregues vivem em uma sociedade tribal conforme Vigo (1994), dividida
em castas onde a mulher tem destaque como artista e poetisa e tem o papel de
repassar aos filhos os costumes culturais através da oralidade. Sustentam-se do
13. 20
comércio da retirada de sal no deserto transportados por camelos, às vezes a uma
distância de meses de caminhada. Usam amuletos para se proteger contra maus
espíritos.
Ainda sob a ótica de Vigo (1994), outros povos como os Aborígines da
Austrália conseguiram conservar a arte e os rituais. O misticismo sobrevive nos
cantos e na dança, nos símbolos sagrados que são pintados nas armas, nas pedras
e nos corpos. Viveram dois séculos de perseguições por parte dos colonizadores, e
os que sobreviveram habitam as áreas desérticas ou em partes mais pobres nas
cidades.
Os Ciganos espalharam-se pelo mundo e procuram conservar seus costumes,
são alegres, festivos e gostam da dança e da magia. Representam a liberdade e não
pertencem a nenhuma nação. Nesta sociedade o homem representa a autoridade, a
decisão, enquanto a mulher é sempre a cigana senhora das magias, mistérios e
submissa ao homem. A cor vermelha significa alegria, virgindade, fertilidade, sorte.
As famílias costumam usar nas cerimônias de noivado e casamento um lenço (a
broska) que será o primeiro lenço a ser usado depois do casamento pela mulher.
Acreditam no amor e na força do destino contra a qual não adianta lutar segundo
eles. Borges (2006: On-line).
Canto (1994) explora os aspectos mais interessantes de vida, nos arredores
de Mãe Hong Son. A Mulher-do-pescoço-comprido é a ramificação de uma tribo
maior chamada Karen. Elas não se consideram pertencentes a nenhuma Nação e
costumam cruzar fronteiras sem preocupação, pois consideram como fronteiras a
cultura e a língua. Quando adultas, carregam como ornamentos, aproximadamente
uns vinte quilos em braceletes e argolas nos braços, pernas e pescoço. Não são
nômades, mas vivem em constante migração de seu país de origem para a
Tailândia.
No nordeste do Quênia vivem os Pokot, um povo dividido entre nômades e
sedentários. Os nômades vivem nas planícies e são pastores. Levam um ritmo de
vida tranqüila, desde que não sejam perturbados por ladrões de rebanho. Dividem-
se em clãs. Para eles o cuspe é sinal de benção, sendo utilizado em suas
cerimônias. Do sol vem a luz e a vida. Professam o totemismo. Julgam-se
14. 21
descendentes de animais como a rã, o lagarto e o leão e acreditam que estes têm a
missão de defendê-los. (Sem Fronteiras:Online).
Os pastores das Estepes, conforme Setboun (1993) são tribos constituídas
pelo povo mongol e vivem em um mundo alheio ao que ocorre a sua volta. Mudam
seus acampamentos duas vezes ao ano, na primavera e inverno e isto é milenar.
Levam vida muito difícil, enfrentam invernos de quarenta graus abaixo de zero, e
suas tendas são verdadeiros ninhos de proteção e aconchego, onde almofadas e
tapetes coloridos cobrem o chão e as paredes. Os bebês não recebem nome logo
ao nascer para não atrair espíritos. Vivem exclusivamente da economia gerada pelos
animais. Cavalgam em pé no estribo segundo um costume milenar mongol. São
pacíficos e possuem excepcional resistência nas pistas do deserto. O ano novo
mongol é o evento mais interessante desta cultura quando realizam a corrida, e
todos os grupos participam diferenciando-se pela cores que cada família escolhe.
No Brasil, encontramos os Txucaramães, segundo Martins (1983), que os
denomina os guerreiros do Xingu, uma das centenas de tribos que ainda sobrevivem
graças a este perfil de homens guerreiros e bravios em constante luta pela
sobrevivência. São altos, fortes, e usam longos cabelos. As mulheres raspam os
cabelos e pintam o corpo artisticamente. Este povo dá muita importância à saliva, e,
se passarem esta no rosto de alguém é sinal de que este é bem-vindo.
2 A VOLTA AO TRIBAL
A modernidade teve a razão como valor absoluto buscando através do
trabalho sua maior finalidade – o progresso. O mundo está entrando em uma fase
tribal, uma volta aos valores que a modernidade julgava enterrados. Para Maffesoli
(2001), este fim de século teve como característica essa volta à formação de tribos.
A sociedade volta a procurar seu grupo, seu espaço em algum grupo, algo parecido
com seus anseios e desejos. Ele considera o nomadismo como símbolo de nossa
15. 22
época, em que o indivíduo escolhe e adota uma vida errante com um único objetivo:
ser feliz.
Ainda sob a ótica de Maffesoli, a modernidade foi regida pelo trabalho, nos
dias atuais vive-se a emoção, a fraternidade, o culto ao corpo, a festa, a
solidariedade entre os jovens, a religiosidade, principalmente no Brasil é forte a
crença no Candomblé e Espiritismo. O trabalho tem seu lugar e é necessário, mas
ao lado do prazer, da estética, e da criação.
A arte reabilita o feio, às vezes resgata-o e conforme Ribon (1991:97) sempre o
transforma. Pinturas faciais, tatuagens escarificações, incrustações, e deformações
anatômicas, maquilagens e máscaras: porque o homem se submete às experiências
de transformação plásticas em seu corpo? E o que significam essas marcas? Para
Hegel, o homem não se reconhece em sua aparência natural e procura recriar sua
aparência a fim de ser contemplado. Hegel, apud Ribon (1991).
As artes primitivas do corpo testemunham as atrocidades exercidas em busca
da beleza. Alongar, aumentar, engordar, cada povo e cada cultura tem seu conceito
de belo. Tudo é válido, e em nome do prazer estético, verdadeiros rituais acontecem,
onde o próprio corpo humano é o material esculpido, como maneira de buscar
perpetuar o desejo de eternidade e fuga do tempo. Como exemplo, temos a mulher
Girafa, que ao longo do tempo, desde a infância, começa colocar argolas, a fim de
alongar o pescoço. O índio Txucarramãe insere uma rodela de madeira (o botoque)
no lábio inferior, alargando-o ao extremo. São expressões e conceitos próprios que
em outra cultura se chamaria de excentricidade.
Atualmente o corpo adquiriu um valor em si mesmo: é possível ver este
aspecto estampado nos jovens tatuados, ostentando piercings, os implantes, o
silicone recuperando a jovialidade na mulher e várias outras opções e restaurações
plásticas. Queremos permanecer jovens.
16. 23
CAPITULO III
POVOS DE CULTURAS TRADICIONAIS
As tribos nômades e libertárias emprestam suas características fisionômicas
para trazer a este contexto, um pouco da magia e mistério próprios de sua realidade.
Ao fazer surgir uma fisionomia que temporaliza a forma no espaço, os traços
constituídos por linhas que ora se abrem ou se fecham transformam em abstração a
natureza que lhes dá origem e busca algo além das aparências. Migrantes, retirantes,
vítimas de colonizadores, de guerras e tragédias, enfim, toda sorte de enfrentamentos
já experimentaram estes povos no decorrer da história e da existência humana.
Meu olhar sensível desperta por eles o interesse de interpretá-los tentando
captar um pouco desta determinação e ideal de liberdade. As peças produzidas para
este trabalho estão alongadas no sentido vertical, dando às figuras um aspecto
elegante e ao mesmo tempo exteriorizando um sentimento de elevação.
As obras destacam-se em seus aspectos formais alongados e expressivos, e
também pelos olhos diferenciados por incisões profundas, que procuram mostrar a
interioridade de cada criatura representada, como janelas que se abrem e deixam
escapar as emoções contidas.
Este aspecto exterior de máscara foi uma das constantes nos retratos e nus de
Modigliani que procurava captar a alma através do olhar. Modigliani, inspirado pela
arte africana e grega, buscava a simplicidade das formas depuradas de expressão
melancólica e atemporal, também alongava a imagem como forma de expressão.
A escolha pela cor natural da pedra, valoriza os aspectos de luz e sombra
proporcionando uma visualização e percepção mais interessante da forma. A
17. 24
natureza do material confere ainda uma textura rendada às figuras convidando ao
toque e desejo de acarinhar.
As formas nascem de um eixo central, na parte frontal do rosto e caminham em
direção às laterais, para cima e para baixo, definindo a face e ao mesmo tempo
distribuindo as tensões, para que a parte superior fique mais leve proporcionando
elegância e sensibilidade à obra.
18. 25
1 Tuaregue
Figura 7: Tuaregue
Um provérbio árabe adverte contra dois inimigos mortais no deserto: os
escorpiões e os tuaregues.
Apesar de aparente repouso na forma, esta peça reproduz a figura do homem
indomável do deserto. Criatura nômade e desafiadora por natureza, necessita de
liberdade para sentir-se completo. Em destaque mostra parte do rosto, e tem nos
olhos apertados uma expressão melancólica e distante, de um rosto jovem que se
esconde naquilo que confere sua identidade.
O turbante, que cinge todo o alto da cabeça em movimento circular, fecha as
laterais, cobrindo parte do nariz e a boca, como proteção da ação dos ventos e do sol.
A cor natural da areia enfatiza a idéia do próprio deserto, conferindo plenitude e
harmonia entre a figura e o material empregado visto que, um parece fazer parte da
19. 26
essência do outro, como se a figura representasse uma grande duna e o humano
emergisse de dentro dela.
2 Txucaramãe
Figura 8: Txucarramãe
Esta peça é representada por um dos mais valentes guerreiros do vale do rio
Xingu. Guerreiros desprovidos de arco e flecha como eram chamados por seus
inimigos.
Embora tão bravios, seus olhos denunciam um choro contido, expressado por
um relevo que contorna e conferem aos olhos um aspecto de inchaço. Seus traços
são harmoniosos e formam linhas suaves e curvas que nascem no alto das
sobrancelhas e descem contínuas até o queixo.
Ostenta com orgulho e vaidade o batoque no lábio inferior que atribui a esta
peça um gosto estético próprio e diferenciado. Na cabeça se eleva um cocar que faz
parte de sua arte de ornamentação tribal.
20. 27
3 Pokot
Figura 9: Pokot
Esta peça está representada por um velho chefe Pokot, que tem a meiguice e
docilidade dos olhos cansados pelos percalços da vida, carregados de sabedoria
sendo por isso tratado pela tribo com especial respeito.
Traz um medalhão na testa, que pode representar um adereço ou mesmo ter
um significado especial dentro do clã, como também poderia trazê-lo em uma
ligação contemporânea aos maratonistas olímpicos. A cabeça mostra-se afinada,
característica deste povo do Quênia, lábios grossos, nariz recurvado na ponta e
longas marcas naso-labiais adquiridas pelo tempo.
21. 28
4 Mongol
Figura 10: Mongol
Esta peça mostra o movimento dos olhos que se fecham como se a figura
estivesse voltada para seu interior, centrada em seus pensamentos. Talvez uma
atitude de recolhimento espiritual.
A linha acima dos olhos, na diagonal, dinamiza e dá energia a este rosto
demonstrando a eficácia e coragem do guerreiro mongol, que embora hoje sejam
pacíficos pastores, no passado fizeram tremer a Europa. A parte superior da cabeça é
coberta por uma espécie de chapéu em relevo demonstrando ser objeto pesado ou
quente que desce em abas longas, delineando o rosto e parte posterior da cabeça.
Apresenta um rosto fino e bem desenhado, nariz alongado e fino, queixo proeminente
mostrando um maxilar alargado e vigoroso.
22. 29
5 Mulher Girafa
Figura 11: Mulher Girafa
Esta peça mostra a necessidade transformada em vaidade.
As argolas em torno de um pescoço esguio transformam em lentidão os
movimentos do corpo como se estivesse em câmera lenta. O que outrora serviu de
proteção, hoje simboliza o aprisionamento da mulher por sua própria vaidade.
A figura mostra uma cabeça que parece suspensa em um pedestal. O rosto
tem um aspecto achatado por não apresentar a ponte que normalmente tem o nariz.
Os cabelos estão presos em uma espécie de adereço, que cai em pontas nas laterais
da face. Uma franja em movimentos circulares proporciona mais feminilidade e graça
tornando o rosto mais jovial. Um leve sorriso manifestado pela boca e pelos olhos
demonstra os sentimentos comuns nesta mulher, a alegria e o orgulho por seu
pescoço alongado. Este aspecto diferenciado e excêntrico de alongar o pescoço faz
com que ela se torne atração turística.
23. 30
6 Aborígine
Figura 12: Aborigine
A espiritualidade é a principal característica presente nesta peça. Olhos na
diagonal incisivos e recolhidos. Nariz largo e chato característico, testa saliente com
aspecto de preocupação. Cabelos presos em uma espécie de coque, e uma longa
barba dão forma a este aborígine que poderia representar um belo troféu, pois outrora
eram caçados como cangurus, massacrados moral e psicologicamente. Este rosto
exprime o sofrimento contido pelos atos de racismo, preconceito e violação contra
seus filhos bem como de seus locais sagrados.
24. 31
7 Cigana
Figura 13: Cigana
Esta peça mostra a mulher cigana sensual e feminina. Sua cabeça está
coberta por uma mantilha rendada e um leque fecha parte do seu rosto. Seus olhos
e seu rosto mostram uma expressão de suavidade como se estivesse envolvida por
um momento romântico.
Ao dançar a cigana expressa seus sentimentos mais profundos através do
corpo e usa objetos simbólicos como, o leque que simboliza a conquista, o poder da
feminilidade e a força sutil da sedução, e o lenço que simboliza a amizade, a união e
a expressão de amor da mulher apaixonada.
Buscar através da arte uma forma de representar estes povos enriquece não
só a parte formal e plástica deste trabalho, mas procura chamar a atenção para o
drama de culturas que agonizam. As peças colocadas lado a lado, fazem refletir a
presença de cada uma, como verdadeiros ícones da natureza que defendem.
25. 32
METODOLOGIA
1 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Como métodos na elaboração de trabalho, foram coletadas imagens que
serviram de inspiração. Em seguida estas imagens foram transformadas em
desenhos esboçados a lápis sem muita preocupação em estudar todas as soluções.
No estudo de criação das formas tridimensionais foram modeladas em argila as peças
em miniatura que serviram como base para as peças finais. Após selecionar os
objetos, já idealizados na forma e expressão passou-se ao processo final de esculpir
cuidando para que todos os processos pudessem apresentar etapas novas na
criação, e assim o trabalho não se tornou monótono.
As figuras selecionadas de acordo com o estudo feito destacaram as mais
expressivas como: o índio Txucarramãe, a Mulher-do-pescoço-comprido, O Mongol
das estepes, a Cigana, o Aborígine australiano, um Queniano e o Tuaregue.
As peças foram esculpidas com tamanho aproximado a (60) sessenta cm de
altura, posicionados na vertical e saem diretamente da base excluindo qualquer forma
de suporte.
As esculturas foram talhadas em concreto celular que tem como característica
principal a leveza. É um material contemporâneo e industrializado desenvolvido nos
anos 20 na Suécia, chegando ao Brasil no final dos anos 50. Consiste em uma
mistura (cal, cimento, areia e água, materiais silicosos e alumínio em pó), o qual
funciona como fermento que produz bolhas de ar fazendo com que a argamassa
cresça. Trata-se de um material versátil que não apodrece, não amolece com água e
não se desintegra facilmente.
Os blocos apresentam medidas de 60x30x20cm. E para inicio do trabalho é
preciso serrá-los na medida 60x20x20cm, para que a obra apresente-se em uma
26. 33
forma alongada e fina. Para facilitar o trabalho, bem como evitar a formação de
poeira, estes são imersos em água antes de iniciar o desbaste.
Como instrumentos no trabalho foram utilizados as seguintes ferramentas:
serrote, formão e um batedor para as partes maiores. Como acabamento final, após
lixar e lavar bem a peça para desobstruir os poros, foi aplicado uma camada de
silicone líquido que a impermeabiliza sem mudar seu aspecto original.
Em relação à parte teórica, buscaram-se informações através de livros,
revistas, internet utilizando os meios gráficos e visuais.
27. 34
CONCLUSÃO
Meu projeto de bacharelado através do processo escultórico, nasceu de um
olhar pelas pessoas que vagueiam pelas estradas sem rumo ou destino - os
andarilhos do asfalto.
A partir do momento em que a idéia se cristalizou, surgiu o nomadismo como
opção de uma temática mais concreta e os povos considerados como últimos
primitivos emprestam suas características físicas e estéticas para este fazer artístico.
Com uma poética rica de subsídios, pôde-se fazer uma ponte entre o
primitivo e o contemporâneo, buscando o encantamento pela arte e beleza que na
transformação corporal está presente principalmente nestes povos tribais.
Esse interesse pela estética usada por esses povos decorre da originalidade
que os mesmos expressam tanto através da arte considerada primitiva, como no
caso das máscaras africanas, bem como pelo elemento humano que apresenta uma
estética de certa maneira extravagante para as pessoas de gosto comum. Sendo
compreensível entender porque artistas como Picasso, Brancusi e Modigliani se
interessaram tanto pela arte africana.
Brancusi, sendo o inspirador da escultura contemporânea e um grande
entalhador não poderia deixar de ser citado, visto que suas obras encantam a todos.
Picasso considerado o maior artista do século XX – buscou também na arte africana
sua inspiração e renovação artística mostrando o verdadeiro caminho onde a arte
poderia nascer livre de convenções. Modigliani sempre irreverente e apaixonado
pelas mulheres, inspirado e incentivado por Brancusi, empresta sua inspiração para
este trabalho onde o olhar do nômade representa a poética em destaque.
Foi procurado realçar através dos olhos, o diferencial que faço do meu
trabalho – explorando as linhas, cortes, saliências e relevos nos quais exploro a
28. 35
expressividade do olhar aprofundado por incisões como se procurasse o interior da
figura.
A rusticidade do material (concreto celular) formado por uma espécie de
tecido esponjoso, acaba por proporcionar um aspecto de renda, que combinado com
o estilo alongado das figuras, oferece à obra certo requinte.
Se o Nomadismo pode ser considerado como símbolo de nossa época, onde
se busca o prazer, e a felicidade: também busquei através deste trabalho, uma arte
desenvolvida com este gosto de se fazer por prazer, com liberdade não me
prendendo a moldes buscando momentos de total contemplação e realização
pessoal.
29. 36
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33. 40
ANEXO 1 – Procedimentos utilizados para a criação das formas preliminares
das esculturas.
ANEXO 1.1 – Tuaregue
Michael Friedel
1. fotografia 2. Esboço preliminar para estudo da escultura
Tuaregue.
3 . Estudo tridimensional em argila.
34. 41
ANEXO 1. 2- Txucarramãe
Michel Friedel
1. fotografia 2.Esboço preliminar para estudo da escultura
Txucarramãe.
3. Estudo no tridimensional em
argila.
35. 42
ANEXO - 1.3 Pokot
Michael Friedel
1. Fotografia 2.Esboço preliminar para estudo da escultura
Pokot.
3. Estudo tridimensional
em argila.
36. 43
ANEXO – 1.4 Mongol
Michel Setboun - Sygma
1. Fotografia 2. Fotografia
3. Esboço preliminar para estudo da escultura
Mongol.
4. Estudo no tridimensional em argila.
37. 44
ANEXO – 1.5 Mulher-Girafa
Michael Friedel
1. Fotografia 2. Esboço preliminar para estudo da escultura
Mulher Girafa.
3. Estudo no tridimensional
em argila.
38. 45
ANEXO – 1.6 Aborígine
1. fotografia 2. Esboço preliminar para estudo da escultura
Aborígine.
3. Estudo no tridimensional em
argila.
39. 46
ANEXO – 1.7 Cigana
Otto Mondadori
3. Estudo no tridimensional em argila.
1. Fotografia 2. Esboço preliminar para estudo da escultura
Cigana.
41. 48
GLOSSÁRIO
BOTOQUE. Rodela grande, de uso entre os botocudos e outros indígenas
brasileiros, para ser introduzida em furos artificiais feitos nos lóbulos da orelha,
narinas e beiço inferior. (batoque, tembetá).
CRUZETA. Instrumento de metal ou madeira muito utilizado durante o século XIX
por escultores. Consta de três pontas de ferro que se situam sobre três pontos
sobressalentes escolhidos; leva fixo um braço articulado com uma quarta ponta que
pode deslizar sobre ele mediante três parafusos. Com esta quarta ponta se obtêm
novos pontos. Uma vez transportados os pontos do modelo ao bloco de pedra, o
escultor começava a eliminar o excesso do material.
“DEFINITOR” DE ALBERTI. Trata-se de um utensílio utilizado para a tomada de
pontos. Consistia em círculo graduado de cujo centro partia um braço giratório
também graduado ao qual pendurava um prumo que podia se deslocar ao longo do
mesmo. Para se obter um ponto determinado o circulo era situado no centro superior
do modelo, a seguir se girava o braço com o prumo até situá-lo sobre a vertical do
ponto desejado.
ESCARIFICAÇÕES. Produção de incisões simultâneas e superficiais na pele, um
tipo de tatuagem.
TIRADO DE PONTOS. Esta técnica foi usada ao longo da história da escultura.
Com um prumo eram situados os pontos mais salientes do modelo, depois as
distâncias entre os fios e a superfície eram marcadas no bloco de pedra através de
orifícios perpendiculares, de acordo com a profundidade assinalada pelo prumo.
Estes pontos serviam de guia para o trabalho de desgaste do bloco, até deixar
descoberta a superfície desejada.