Este trabalho apresenta fotografias que exploram a solidão na sociedade contemporânea influenciada pela tecnologia. Utiliza a técnica de dupla exposição em fotografia analógica para representar um indivíduo só mesmo estando conectado virtualmente. Discute como o avanço digital trouxe benefícios como a comunicação a distância, mas também pode isolar as pessoas e torná-las dependentes da aprovação online. A pesquisa foi baseada em teóricos como Bauman e artistas conceituais para conceber a série fotogr
Este documento apresenta dois polípticos produzidos por Arianne de Lima como trabalho de conclusão de curso em artes visuais. O documento discute o processo criativo por trás das obras e faz uma análise da relação entre o ser humano e as redes sociais, tema central das obras.
Este trabalho apresenta um resumo histórico de artistas mulheres em diferentes regiões e realiza entrevistas com duas artistas de Campo Grande para compreender suas percepções. O documento discute as dificuldades enfrentadas por mulheres no campo artístico e educacional ao longo da história e como o cenário vem mudando. As entrevistas revelam como as artistas locais percebem seu papel e identidade como mulheres e como suas obras podem ou não refletir questões de gênero.
O documento discute um trabalho de conclusão de curso sobre a nova adolescência. O trabalho consiste em ilustrações e colagens retratando o universo adolescente feminino da classe média atual, explorando seus dramas, dilemas, amizades e como reagem à nova fase de vida. O documento também aborda a história da ilustração, colagem e aquarela.
Este documento resume a monografia "Delírios: Tirinhas Digitais" de Hudson Justino de Andrade. A monografia analisa o potencial das histórias em quadrinhos no ambiente digital, especificamente as tirinhas digitais. A obra apresentada é experimental e utiliza um dos formatos propostos para tirinhas digitais nas redes sociais.
Este documento apresenta um relatório de pesquisa para conclusão do curso de Artes Visuais da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. O relatório discute o conceito de instalação artística e sua história, com ênfase nos artistas e movimentos que contribuíram para seu desenvolvimento. Também aborda a relação entre instalação, luz e cor, especialmente no Impressionismo. Por fim, descreve o processo de criação e a instalação resultante deste estudo, intitulada "Fernweh", que busca provocar diferentes sensações nos espect
A videoinstalação Casa Corpo apresenta a figura feminina em contato com a natureza através de elementos que representam a integração do corpo da mulher com as árvores. O trabalho final é projetado em uma instalação fixada na parede composta por tocos de árvores pintados de branco e galhos dispostos abaixo como raízes. A obra se baseia na literatura da psicanalista Clarissa Pinkola Estes que compara a vida das mulheres à vida das árvores.
Este documento apresenta uma série de ilustrações inspiradas em textos de poesia e músicas. Discute conceitos de ilustração, história da ilustração, técnicas como desenho a nanquim e pintura digital. Apresenta referências como Albert Dürer, Tom Eckersley e Adara Sanchez. Descreve a concepção e execução das oito ilustrações que compõem a série, explorando visualmente os textos e músicas selecionados.
O documento discute como o medo e o horror são sentimentos naturais do ser humano que auxiliaram na sobrevivência e como esses sentimentos passaram a ser compartilhados de forma simbólica por meio de narrativas e representações artísticas ao longo da história. Também aborda como a arte se utiliza de elementos fantásticos e distorcidos da realidade para provocar reações emocionais ligadas ao medo no espectador.
Este documento apresenta dois polípticos produzidos por Arianne de Lima como trabalho de conclusão de curso em artes visuais. O documento discute o processo criativo por trás das obras e faz uma análise da relação entre o ser humano e as redes sociais, tema central das obras.
Este trabalho apresenta um resumo histórico de artistas mulheres em diferentes regiões e realiza entrevistas com duas artistas de Campo Grande para compreender suas percepções. O documento discute as dificuldades enfrentadas por mulheres no campo artístico e educacional ao longo da história e como o cenário vem mudando. As entrevistas revelam como as artistas locais percebem seu papel e identidade como mulheres e como suas obras podem ou não refletir questões de gênero.
O documento discute um trabalho de conclusão de curso sobre a nova adolescência. O trabalho consiste em ilustrações e colagens retratando o universo adolescente feminino da classe média atual, explorando seus dramas, dilemas, amizades e como reagem à nova fase de vida. O documento também aborda a história da ilustração, colagem e aquarela.
Este documento resume a monografia "Delírios: Tirinhas Digitais" de Hudson Justino de Andrade. A monografia analisa o potencial das histórias em quadrinhos no ambiente digital, especificamente as tirinhas digitais. A obra apresentada é experimental e utiliza um dos formatos propostos para tirinhas digitais nas redes sociais.
Este documento apresenta um relatório de pesquisa para conclusão do curso de Artes Visuais da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. O relatório discute o conceito de instalação artística e sua história, com ênfase nos artistas e movimentos que contribuíram para seu desenvolvimento. Também aborda a relação entre instalação, luz e cor, especialmente no Impressionismo. Por fim, descreve o processo de criação e a instalação resultante deste estudo, intitulada "Fernweh", que busca provocar diferentes sensações nos espect
A videoinstalação Casa Corpo apresenta a figura feminina em contato com a natureza através de elementos que representam a integração do corpo da mulher com as árvores. O trabalho final é projetado em uma instalação fixada na parede composta por tocos de árvores pintados de branco e galhos dispostos abaixo como raízes. A obra se baseia na literatura da psicanalista Clarissa Pinkola Estes que compara a vida das mulheres à vida das árvores.
Este documento apresenta uma série de ilustrações inspiradas em textos de poesia e músicas. Discute conceitos de ilustração, história da ilustração, técnicas como desenho a nanquim e pintura digital. Apresenta referências como Albert Dürer, Tom Eckersley e Adara Sanchez. Descreve a concepção e execução das oito ilustrações que compõem a série, explorando visualmente os textos e músicas selecionados.
O documento discute como o medo e o horror são sentimentos naturais do ser humano que auxiliaram na sobrevivência e como esses sentimentos passaram a ser compartilhados de forma simbólica por meio de narrativas e representações artísticas ao longo da história. Também aborda como a arte se utiliza de elementos fantásticos e distorcidos da realidade para provocar reações emocionais ligadas ao medo no espectador.
O documento descreve uma pesquisa de conclusão de curso sobre fotografia. A pesquisa é dividida em duas partes, teórica e prática. A parte teórica explora o conceito de informação na fotografia e sua relação com a evolução da arte. A parte prática consiste em uma série fotográfica intitulada "Χάος" que aplica intervenções artísticas nas imagens. O objetivo é estudar novas técnicas fotográficas e processos criativos.
Este documento descreve a instalação autobiográfica "Contemporaneidades Pantaneiras" criada por Rodolfo de Oliveira Parangaba. A obra explora o uso de pigmentos fluorescentes em pintura e desenho sob luz negra, e combina elementos como fotografia, pintura, desenho, frases e trilha sonora para criar um ambiente que simula parte da mente do artista. O documento discute referências teóricas como a produção autobiográfica em artes visuais e o trabalho de artistas como Leonilson, Frida
Este documento descreve a série de esculturas "Artesucataria" criada pelo artista Diogo Luciano utilizando sucata de veículos descartados. O objetivo foi ressignificar os materiais descartados atribuindo-lhes novos significados estéticos por meio da linguagem da escultura. A série reflete sobre temas como a reconstrução, a reinvenção da vida e a finitude humana. As peças exploram simbolicamente aspectos da jornada de vida como amor, sonhos e desafios por meio de formas e
Este documento apresenta uma pesquisa teórica sobre a formação da identidade do indivíduo contemporâneo com foco no autoconhecimento. Aborda temas como a influência da primeira infância, identidades subconscientes, relações entre indivíduo e sociedade, semiótica e funcionamento da mente. Apresenta também uma obra artística que convida à reflexão sobre o "Eu" e a integração dos fragmentos internos por meio da meditação.
O documento descreve uma pesquisa de conclusão de curso sobre vídeo mapping com temática circense. A pesquisa incluiu uma revisão histórica da projeção desde os primórdios até os dias atuais, referências do Cirque du Soleil e de artistas que trabalharam com o tema do circo. A execução da obra envolveu a criação de esculturas de um palhaço e mágico para projeção de vídeos e animações com atividades circenses. Softwares de edição de imagem, vídeo e áudio
O documento descreve a história da colônia japonesa Jamic no município de Terenos, Mato Grosso do Sul. A colônia foi fundada na década de 1950 pela empresa JAMIC para assentar imigrantes japoneses que chegavam ao Brasil após a Segunda Guerra Mundial. Detalha as principais atividades culturais realizadas pelos colonos japoneses para manter suas tradições, como festas, danças e pratos típicos. A autora realizou uma série de fotografias documentando
O documento apresenta um trabalho de conclusão de curso de uma aluna de Artes Visuais sobre uma instalação artística intitulada "O Corpo Fragmentado". O texto descreve o processo de produção da obra, que utiliza escultura e desenho hiper-realista para representar um corpo humano em fragmentos. Também traz considerações sobre as linguagens artísticas utilizadas, como escultura, desenho e instalação, e a representação do corpo na arte.
Este documento apresenta uma pesquisa sobre a expressão da sensibilidade feminina na fotografia por meio da técnica de colagem digital. A pesquisa analisa a história do retrato fotográfico e das vanguardas artísticas como o Dadaísmo e Surrealismo. O resultado é uma série de retratos fotográficos de mulheres manipulados digitalmente para expressar sentimentos femininos.
Tcc 2015 jean robert almeida de alexandreAcervo_DAC
O documento apresenta um resumo de uma dissertação sobre o feio e o cômico na arte contemporânea. No primeiro capítulo, discute a arte contemporânea, a arte digital e a caricatura. No segundo capítulo, aborda o feio e o cômico nas artes. No terceiro capítulo, descreve o projeto prático desenvolvido, que consiste em caricaturas digitais. O objetivo é mostrar a "beleza" por trás do universo do feio e do cômico na atualidade.
Bakargy; thiago duarte o simbolismo do macrocosmosAcervo_DAC
Este documento apresenta uma pesquisa sobre a produção de uma série de pinturas baseada nos estudos e símbolos da Alquimia. Resume a história da pintura desde as pinturas rupestres pré-históricas até o movimento Simbolista do final do século XIX. Explica como os símbolos e a Gestalt na imagem possibilitaram a criação racional das obras, que são analisadas individualmente no segundo capítulo. O trabalho teve como objetivo expressar conceitos alquímicos através da pintura de forma clara e harmônica
Breseguello; juliana a interatividade por meios de representação contemporâneaAcervo_DAC
Este documento apresenta uma pesquisa teórica sobre arte interativa e participativa realizada por Juliana Breseguello para seu trabalho de conclusão de curso em Artes Visuais. O documento discute conceitos como arte cinética, arte conceitual, Art Nouveau e Minimalismo, e como esses movimentos contribuíram para a criação de obras que envolvem a participação do público. O objetivo da pesquisa era criar um conjunto de quatro objetos artísticos utilizando acrílico transparente e outros materiais, que estimulassem a interação e manipula
Rodrigues; lucilene colares a temática social vendedores ambulantesAcervo_DAC
Este documento apresenta um relatório técnico-científico sobre o trabalho de conclusão de curso de Lucilene Colares Rodrigues no curso de Artes Visuais da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. O trabalho explora a temática social na pintura, especificamente retratando vendedores ambulantes de Campo Grande através de pinturas a óleo. A autora realizou pesquisa teórica e fotográfica sobre o tema, bem como produziu sete pinturas que representam diferentes vendedores ambulantes. O documento discute as influências est
A ARTE E SEUS CAMINHOS: UM PANORAMA DOS PROBLEMAS RELACIONADOS AO MEIO AMBIEN...Vis-UAB
Esta parte do trabalho descreve a visita da autora à 29a Bienal de São Paulo, onde ela teve contato próximo com diversas obras de arte contemporânea. Ela destaca três instalações em especial: "Longe Daqui, Aqui Mesmo", que usava livros como elemento central; "Ninhos", reconstrução de uma obra de Hélio Oiticica que convidava o público a descansar e refletir; e "Arroz com Feijão", que criticava a desigualdade social no Brasil por meio de grãos de arroz e feijão
ARTE CONTEMPORÂNEA: HIBRIDISMO E REFLEXÃO PARA O ENSINO DA ARTEVis-UAB
Este documento discute a arte contemporânea e seu possível uso no ensino de arte. Aborda o hibridismo na arte contemporânea, com sua diversidade de linguagens e apropriação de materiais de diferentes naturezas. Também reflete sobre como ensinar esta arte no contexto escolar levando em conta os parâmetros curriculares nacionais.
ARTES VISUAIS: LEITURA DE IMAGEM E A APURAÇÃO DO OLHAR PARA O ENSINO DA ARTEVis-UAB
1. A Semana de Arte Moderna de 1922 revolucionou as artes no Brasil ao romper com a tradição cultural do século XIX e defender um novo ponto de vista estético e a independência cultural.
2. No mundo contemporâneo, a imagem influencia fortemente a percepção humana e faz parte da cultura visual. Sua leitura requer compreensão da emoção, intelecto e cultura.
3. É importante trabalhar a leitura de imagens na escola para despertar a percepção crítica dos estudantes e mostrar como as imagens trans
1) A sociedade contemporânea é profundamente visual e as imagens são importantes veículos de poder e persuasão.
2) O estudo analisa projetos de ensino de arte que usam imagens como objeto de estudo, identificando três tendências: apresentar o produto da arte, oferecer técnicas ou preservar a experimentação.
3) As propostas variam entre a contextualização das imagens e o foco na técnica, com alguns projetos promovendo uma abordagem mais crítica e abrangente das imagens.
Narrativas visuais: um “olhar” voltado para um cotidiano escolar sob a perspe...Vis-UAB
1. O documento discute como a imagem pode mediar a relação entre indivíduo e cotidiano em contextos educativos.
2. A autora argumenta que a cultura visual pode ajudar a repensar os objetivos e funções de uma escola diante de alunos com realidades conflitantes, investigando como símbolos visuais são usados para expressão e identidade grupal.
3. Ela sugere que a escola deve ter uma visão mais ampla de educação com foco em pedagogia crítica, reconhecendo a influência
Souza; mariana gomes de fragmentos de imagens na cultura digitalAcervo_DAC
Este documento apresenta uma monografia sobre fotografia e arte pop produzida por Mariana Gomes de Souza para a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul em 2009. O trabalho discute a história da fotografia, o uso de imagens fragmentadas e a macrofotografia, e como essas técnicas podem ser usadas para criar obras que se aproximam do movimento da arte pop. A autora também apresenta suas próprias fotografias experimentais produzidas durante a pesquisa.
ARTE REVOLUCIONÁRIA:A FUNÇÃO SOCIAL DA PINTURA MURAL .Vis-UAB
Este documento discute a arte mural e seu valor social ao longo da história, com foco no movimento muralista mexicano. Apresenta brevemente a arte mural em diferentes períodos e lugares, analisa a obra dos três principais muralistas mexicanos e como representaram a Revolução Mexicana, e discute a influência do movimento no Brasil, especialmente na obra de Cândido Portinari. O objetivo é demonstrar a importância social da arte e sua relação com evolução humana e lutas políticas.
Este documento apresenta uma proposta de material didático sobre o estudo das cores no contexto escolar. Ele discute referenciais teóricos e poéticos sobre cor, identifica experiências bem-sucedidas em arte-educação e propõe uma metodologia e estrutura para o material, que será apresentado em ambiente virtual. O objetivo é despertar o interesse dos alunos pelo estudo mais aprofundado das cores e suas aplicações.
LEITURA DE IMAGENS DAS OBRAS DE ANITA MALFATTI E MARCO LENÍSIO E A PERCEPÇÃO ...Vis-UAB
Este trabalho analisa a leitura de imagens das obras dos artistas Anita Malfatti e Marco Lenísio por alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental Serafim da Silva Salgado. Os alunos realizaram atividades de leitura de imagens embasadas na proposta triangular de Ana Mae Barbosa, que envolve ler obras de arte, fazer arte e contextualizar culturalmente.
Este trabalho tem como objetivo compreender o papel da fotografia contemporânea entre a publicidade e o jornalismo, a partir do imaginário social sobre esses campos. A autora analisa um corpus de 14 imagens selecionadas por meio da cartografia e identifica quatro "molduras": o contraste, o pattern, o retrato e a afecção. Independentemente do gênero ou veículo midiático, todas as fotografias parecem oferecer sentidos por meio dessas molduras. A pesquisa conclui que é possível pensar a f
O documento descreve uma pesquisa de conclusão de curso sobre fotografia. A pesquisa é dividida em duas partes, teórica e prática. A parte teórica explora o conceito de informação na fotografia e sua relação com a evolução da arte. A parte prática consiste em uma série fotográfica intitulada "Χάος" que aplica intervenções artísticas nas imagens. O objetivo é estudar novas técnicas fotográficas e processos criativos.
Este documento descreve a instalação autobiográfica "Contemporaneidades Pantaneiras" criada por Rodolfo de Oliveira Parangaba. A obra explora o uso de pigmentos fluorescentes em pintura e desenho sob luz negra, e combina elementos como fotografia, pintura, desenho, frases e trilha sonora para criar um ambiente que simula parte da mente do artista. O documento discute referências teóricas como a produção autobiográfica em artes visuais e o trabalho de artistas como Leonilson, Frida
Este documento descreve a série de esculturas "Artesucataria" criada pelo artista Diogo Luciano utilizando sucata de veículos descartados. O objetivo foi ressignificar os materiais descartados atribuindo-lhes novos significados estéticos por meio da linguagem da escultura. A série reflete sobre temas como a reconstrução, a reinvenção da vida e a finitude humana. As peças exploram simbolicamente aspectos da jornada de vida como amor, sonhos e desafios por meio de formas e
Este documento apresenta uma pesquisa teórica sobre a formação da identidade do indivíduo contemporâneo com foco no autoconhecimento. Aborda temas como a influência da primeira infância, identidades subconscientes, relações entre indivíduo e sociedade, semiótica e funcionamento da mente. Apresenta também uma obra artística que convida à reflexão sobre o "Eu" e a integração dos fragmentos internos por meio da meditação.
O documento descreve uma pesquisa de conclusão de curso sobre vídeo mapping com temática circense. A pesquisa incluiu uma revisão histórica da projeção desde os primórdios até os dias atuais, referências do Cirque du Soleil e de artistas que trabalharam com o tema do circo. A execução da obra envolveu a criação de esculturas de um palhaço e mágico para projeção de vídeos e animações com atividades circenses. Softwares de edição de imagem, vídeo e áudio
O documento descreve a história da colônia japonesa Jamic no município de Terenos, Mato Grosso do Sul. A colônia foi fundada na década de 1950 pela empresa JAMIC para assentar imigrantes japoneses que chegavam ao Brasil após a Segunda Guerra Mundial. Detalha as principais atividades culturais realizadas pelos colonos japoneses para manter suas tradições, como festas, danças e pratos típicos. A autora realizou uma série de fotografias documentando
O documento apresenta um trabalho de conclusão de curso de uma aluna de Artes Visuais sobre uma instalação artística intitulada "O Corpo Fragmentado". O texto descreve o processo de produção da obra, que utiliza escultura e desenho hiper-realista para representar um corpo humano em fragmentos. Também traz considerações sobre as linguagens artísticas utilizadas, como escultura, desenho e instalação, e a representação do corpo na arte.
Este documento apresenta uma pesquisa sobre a expressão da sensibilidade feminina na fotografia por meio da técnica de colagem digital. A pesquisa analisa a história do retrato fotográfico e das vanguardas artísticas como o Dadaísmo e Surrealismo. O resultado é uma série de retratos fotográficos de mulheres manipulados digitalmente para expressar sentimentos femininos.
Tcc 2015 jean robert almeida de alexandreAcervo_DAC
O documento apresenta um resumo de uma dissertação sobre o feio e o cômico na arte contemporânea. No primeiro capítulo, discute a arte contemporânea, a arte digital e a caricatura. No segundo capítulo, aborda o feio e o cômico nas artes. No terceiro capítulo, descreve o projeto prático desenvolvido, que consiste em caricaturas digitais. O objetivo é mostrar a "beleza" por trás do universo do feio e do cômico na atualidade.
Bakargy; thiago duarte o simbolismo do macrocosmosAcervo_DAC
Este documento apresenta uma pesquisa sobre a produção de uma série de pinturas baseada nos estudos e símbolos da Alquimia. Resume a história da pintura desde as pinturas rupestres pré-históricas até o movimento Simbolista do final do século XIX. Explica como os símbolos e a Gestalt na imagem possibilitaram a criação racional das obras, que são analisadas individualmente no segundo capítulo. O trabalho teve como objetivo expressar conceitos alquímicos através da pintura de forma clara e harmônica
Breseguello; juliana a interatividade por meios de representação contemporâneaAcervo_DAC
Este documento apresenta uma pesquisa teórica sobre arte interativa e participativa realizada por Juliana Breseguello para seu trabalho de conclusão de curso em Artes Visuais. O documento discute conceitos como arte cinética, arte conceitual, Art Nouveau e Minimalismo, e como esses movimentos contribuíram para a criação de obras que envolvem a participação do público. O objetivo da pesquisa era criar um conjunto de quatro objetos artísticos utilizando acrílico transparente e outros materiais, que estimulassem a interação e manipula
Rodrigues; lucilene colares a temática social vendedores ambulantesAcervo_DAC
Este documento apresenta um relatório técnico-científico sobre o trabalho de conclusão de curso de Lucilene Colares Rodrigues no curso de Artes Visuais da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. O trabalho explora a temática social na pintura, especificamente retratando vendedores ambulantes de Campo Grande através de pinturas a óleo. A autora realizou pesquisa teórica e fotográfica sobre o tema, bem como produziu sete pinturas que representam diferentes vendedores ambulantes. O documento discute as influências est
A ARTE E SEUS CAMINHOS: UM PANORAMA DOS PROBLEMAS RELACIONADOS AO MEIO AMBIEN...Vis-UAB
Esta parte do trabalho descreve a visita da autora à 29a Bienal de São Paulo, onde ela teve contato próximo com diversas obras de arte contemporânea. Ela destaca três instalações em especial: "Longe Daqui, Aqui Mesmo", que usava livros como elemento central; "Ninhos", reconstrução de uma obra de Hélio Oiticica que convidava o público a descansar e refletir; e "Arroz com Feijão", que criticava a desigualdade social no Brasil por meio de grãos de arroz e feijão
ARTE CONTEMPORÂNEA: HIBRIDISMO E REFLEXÃO PARA O ENSINO DA ARTEVis-UAB
Este documento discute a arte contemporânea e seu possível uso no ensino de arte. Aborda o hibridismo na arte contemporânea, com sua diversidade de linguagens e apropriação de materiais de diferentes naturezas. Também reflete sobre como ensinar esta arte no contexto escolar levando em conta os parâmetros curriculares nacionais.
ARTES VISUAIS: LEITURA DE IMAGEM E A APURAÇÃO DO OLHAR PARA O ENSINO DA ARTEVis-UAB
1. A Semana de Arte Moderna de 1922 revolucionou as artes no Brasil ao romper com a tradição cultural do século XIX e defender um novo ponto de vista estético e a independência cultural.
2. No mundo contemporâneo, a imagem influencia fortemente a percepção humana e faz parte da cultura visual. Sua leitura requer compreensão da emoção, intelecto e cultura.
3. É importante trabalhar a leitura de imagens na escola para despertar a percepção crítica dos estudantes e mostrar como as imagens trans
1) A sociedade contemporânea é profundamente visual e as imagens são importantes veículos de poder e persuasão.
2) O estudo analisa projetos de ensino de arte que usam imagens como objeto de estudo, identificando três tendências: apresentar o produto da arte, oferecer técnicas ou preservar a experimentação.
3) As propostas variam entre a contextualização das imagens e o foco na técnica, com alguns projetos promovendo uma abordagem mais crítica e abrangente das imagens.
Narrativas visuais: um “olhar” voltado para um cotidiano escolar sob a perspe...Vis-UAB
1. O documento discute como a imagem pode mediar a relação entre indivíduo e cotidiano em contextos educativos.
2. A autora argumenta que a cultura visual pode ajudar a repensar os objetivos e funções de uma escola diante de alunos com realidades conflitantes, investigando como símbolos visuais são usados para expressão e identidade grupal.
3. Ela sugere que a escola deve ter uma visão mais ampla de educação com foco em pedagogia crítica, reconhecendo a influência
Souza; mariana gomes de fragmentos de imagens na cultura digitalAcervo_DAC
Este documento apresenta uma monografia sobre fotografia e arte pop produzida por Mariana Gomes de Souza para a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul em 2009. O trabalho discute a história da fotografia, o uso de imagens fragmentadas e a macrofotografia, e como essas técnicas podem ser usadas para criar obras que se aproximam do movimento da arte pop. A autora também apresenta suas próprias fotografias experimentais produzidas durante a pesquisa.
ARTE REVOLUCIONÁRIA:A FUNÇÃO SOCIAL DA PINTURA MURAL .Vis-UAB
Este documento discute a arte mural e seu valor social ao longo da história, com foco no movimento muralista mexicano. Apresenta brevemente a arte mural em diferentes períodos e lugares, analisa a obra dos três principais muralistas mexicanos e como representaram a Revolução Mexicana, e discute a influência do movimento no Brasil, especialmente na obra de Cândido Portinari. O objetivo é demonstrar a importância social da arte e sua relação com evolução humana e lutas políticas.
Este documento apresenta uma proposta de material didático sobre o estudo das cores no contexto escolar. Ele discute referenciais teóricos e poéticos sobre cor, identifica experiências bem-sucedidas em arte-educação e propõe uma metodologia e estrutura para o material, que será apresentado em ambiente virtual. O objetivo é despertar o interesse dos alunos pelo estudo mais aprofundado das cores e suas aplicações.
LEITURA DE IMAGENS DAS OBRAS DE ANITA MALFATTI E MARCO LENÍSIO E A PERCEPÇÃO ...Vis-UAB
Este trabalho analisa a leitura de imagens das obras dos artistas Anita Malfatti e Marco Lenísio por alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental Serafim da Silva Salgado. Os alunos realizaram atividades de leitura de imagens embasadas na proposta triangular de Ana Mae Barbosa, que envolve ler obras de arte, fazer arte e contextualizar culturalmente.
Este trabalho tem como objetivo compreender o papel da fotografia contemporânea entre a publicidade e o jornalismo, a partir do imaginário social sobre esses campos. A autora analisa um corpus de 14 imagens selecionadas por meio da cartografia e identifica quatro "molduras": o contraste, o pattern, o retrato e a afecção. Independentemente do gênero ou veículo midiático, todas as fotografias parecem oferecer sentidos por meio dessas molduras. A pesquisa conclui que é possível pensar a f
Este trabalho analisa os recursos da fotografia no filme "Brilho eterno de uma mente sem lembranças" através de estudos sobre a história da fotografia cinematográfica, iluminação, composição e funções dos diretores de fotografia, arte e cena. O objetivo é compreender como esses recursos foram utilizados para criar efeitos visuais que representam as memórias do personagem principal de forma criativa.
Este documento analisa o uso dos contos de fadas na publicidade. Discute como a sociedade de consumo se apropria de personagens e enredos dos contos para vender produtos. Apresenta uma análise semiótica de como a Branca de Neve é usada em diferentes anúncios publicitários, explorando significados e representações.
Memória Manipulada: A fotografia e a manipulação digitalJoss Silveira
Este trabalho de graduação apresenta o estudo sobre a manipulação manual e digital de imagens digitais que remetem a memórias, a partir de dados coletados na pesquisa de produção artística (experiência autoral).
A fotografia de moda e a produção de sentido: ensaio fotográfico experimental...Cacolino
Este projeto experimental tem como objetivo produzir um ensaio fotográfico de moda nos estilos editorial e catálogo. Inicialmente, revisa literatura sobre moda e imagem, analisando contextos sociais e teóricos da moda e a relação entre imagem e produção de sentidos. Em seguida, seleciona e analisa exemplos desses estilos usando a gramática do design visual para entender como sentidos são produzidos. Por fim, realiza um ensaio experimental abordando determinado tema e avalia os sentidos produzidos por meio
A fotografia de moda e a produção de sentido: ensaio fotográfico experimental...Cacolino
Este projeto experimental tem como objetivo produzir um ensaio fotográfico de moda nos estilos editorial e catálogo. Inicialmente, revisa literatura sobre moda e imagem, analisando conceitos como produção de sentidos. Em seguida, seleciona e analisa exemplos desses estilos para entender suas características. Por fim, realiza um ensaio experimental sobre um tema, procurando produzir determinados efeitos de sentido, e avalia os resultados por meio de um grupo focal. O objetivo é compreender como sentidos são produzidos nesses
Este documento discute a fotografia e a transformação do olhar. Apresenta uma introdução sobre como a fotografia pode ser usada para registrar momentos do cotidiano. Também inclui seções sobre a descrição do olhar, a história da fotografia e uma experiência de usar fotografia em uma sala de aula. O objetivo é mostrar como a fotografia pode ser usada como uma ferramenta de ensino para ampliar a percepção dos alunos.
Correção ortográfica e normatização feita por Alessandra Canal Sgulmaro Oliveira -
Professora de Português formada pela Universidade Federal do Espírito Santo.
Este trabalho tem como objetivo analisar como o capital subcultural se relaciona com a classe social na vida e publicações de editores de fanzines ("zineiros"). Ele realiza um estudo de caso com 11 zineiros de classes sociais diferentes e analisa o conteúdo de 34 edições de fanzines. Busca observar o consumo de mídia, temáticas recorrentes e indicadores de capital subcultural nos fanzines e zineiros.
Pikachu Verde e Amarelo: a saga da franquia Pokémon no BrasilGabriela-Kurtz
Este trabalho analisa os efeitos da franquia Pokémon no Brasil, comparando com Japão e EUA. Aborda a 'localização' da série para a cultura brasileira e a estratégia transmídia utilizada. Busca compreender como a narrativa foi adaptada considerando fatores culturais e o contexto sócio-histórico nacional para conquistar audiência e popularidade.
Este documento apresenta o processo de criação e caracterização de um personagem animado 3D chamado Gerismundo. Primeiramente, descreve brevemente a história da animação computacional e conceitos sobre personagens animados. Em seguida, detalha as etapas de design de personagens como planejamento, desenho, modelagem 3D, animação e renderização. Por fim, apresenta o memorial descritivo do processo de criação do personagem Gerismundo com suas características visuais e comportamentais.
Vídeo identidade: imagens e sons na construção da cidadania Rogerio Lourenco
1. O documento apresenta a dissertação de mestrado de Rogério Santana Lourenço sobre o projeto Repórteres de Bairro da TV Maxambomba.
2. O projeto capacitou moradores de bairros da Baixada Fluminense para produzirem vídeos sobre assuntos locais de interesse da comunidade.
3. A pesquisa analisou como o vídeo pode ser usado como instrumento de aprendizado e expressão cultural para os moradores.
Vídeo identidade imagens e sons na construção da cidadania Rogerio Lourenco
Esta dissertação é um estudo de caso dos processos de produção
videográfica utilizados por um grupo de adolescentes1 em uma TV Comunitária2.
A questão que substantiva a pesquisa, seu motivo prático em sistematizar como
um grupo de moradores consegue agenciar as informações sobre seu bairro e
direcioná-las para o melhoramento de suas condições objetivas de vida, existe
em virtude de considerar que o acesso a produção da informação democratiza a
sociedade, e que esse trabalho de comunicação comunitária amplia o campo
pessoal de possibilidades profissionais (objetivas) e identitárias (subjetivas) dos
envolvidos no processo, através da estética da criação autoral.
Gonzalez; danilo jovê cesar a divinização do mitoAcervo_DAC
Este trabalho de conclusão de curso envolve esculturas em tamanho real de Amy Winehouse e Lady Gaga integradas em uma instalação, analisando como a mídia diviniza pessoas famosas sem levar em conta valores éticos. O documento discute o culto à celebridade, o poder da imagem, a manipulação midiática e influências históricas. Ele também descreve os processos metodológicos de construção das esculturas, incluindo modelagem, moldagem e acabamento, e analisa como as obras refletem a divinização midiática do
O documento discute a importância da percepção visual para profissionais de publicidade e propaganda. Aborda conceitos da teoria da Gestalt que são relevantes para a construção de imagens publicitárias eficazes. Também apresenta um breve histórico do uso de imagens desde as pinturas rupestres até os anúncios modernos, destacando a evolução da imagem como meio de comunicação.
Camargo; claudiane cristina um olhar por de trás do zoomAcervo_DAC
Este documento apresenta um relatório sobre macrofotografia desenvolvido como trabalho de conclusão de curso de Artes Visuais. O relatório discute a história da fotografia e sua evolução para arte abstrata, o desenvolvimento da macrofotografia e análise de obras produzidas pela autora usando esta técnica fotográfica.
Ojeda; alan benigno-paz no cotidiano uma proposta de gamearteAcervo_DAC
Este documento apresenta uma proposta de trabalho de conclusão de curso sobre gamearte como meio de promover a paz no cotidiano. O autor realizou uma pesquisa sobre arte digital e gamearte, definindo conceitos e analisando obras de referência. Três experimentações artísticas interativas foram desenvolvidas usando o software Flash, abordando temas como diálogo e reflexão sobre paz.
Este trabalho apresenta um estudo sobre a integração da cerâmica e do vidro através da técnica de fusing. Foram produzidas cinco esculturas inspiradas no estilo Art Nouveau que combinam os dois materiais. O documento descreve a história, as técnicas e os processos construtivos da cerâmica e do vidro, analisa obras de mestres do período como René Lalique e Émile Gallé, e detalha os métodos utilizados na confecção de cada peça.
O presente trabalho apresenta um projeto educacional que se propõe a tratar da educação estética e artística, ao abordar sua potencialidade de desenvolvimento da percepção do universo sensível individual, e do contexto sociocultural por meio da utilização da fotografia digital, construção e desconstrução de imagens. O mundo contemporâneo tem como característica uma ampla utilização da imagem, de uma forma inigualável na história, e cria um universo de exposição múltipla para a humanidade, o que aponta para a necessidade de uma educação visual que leve em conta as possibilidades e os modos de os indivíduos transformarem seus conhecimentos em arte, em outras palavras, como aprendem, criam e se desenvolvem na área. Ao abordar as manifestações artísticas como exemplos vivos da diversidade cultural e dos povos e expressão da riqueza criadora dos artistas de todos os tempos e lugares, este projeto pretende que o participante entre em contato com essas produções, para poder exercitar suas capacidades cognitivas, sensitivas, afetivas e imaginativas, organizadas em torno da aprendizagem artística e estética.
Palavras-chave: estética; percepção; cultura visual; fotografia digital.
Este documento apresenta uma proposta de ensino de pintura na ONG Impacto Kids. A pesquisa analisou a ONG por meio de entrevistas e observação, e mostra que a mesma atende cerca de 20 crianças e adolescentes carentes entre 10 a 17 anos, oferecendo atividades educativas. O documento discute a possibilidade de introduzir aulas de pintura na ONG, com base em experiências de outras organizações, e conclui que o ensino de arte pode ser benéfico para a formação dos jovens atendidos.
1. O documento discute o uso da manipulação de imagem digital como ferramenta pedagógica no ensino de artes visuais.
2. Ele propõe o uso do software livre GIMP para que os alunos possam produzir e compreender como imagens digitais são criadas, circulando em abundância na sociedade contemporânea.
3. O autor argumenta que combinar teoria e prática através do uso de ferramentas digitais pode favorecer a contextualização da arte e engajar os alunos no processo de aprendizagem
O documento discute o ensino de artes no Brasil. Aborda a luta pelo reconhecimento da arte como disciplina autônoma no currículo escolar desde a década de 1970 e as mudanças na formação de professores de arte. Também reflete sobre os desafios do ensino de arte na sociedade atual, como a dificuldade de ser visto como disciplina séria e não apenas para decorações e passatempos. Por fim, introduz questões sobre a definição do que é arte e sua abordagem mais abstrata e filosófica nos tempos
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Este documento é um relatório de conclusão de curso de uma aluna de Artes Visuais sobre seu trabalho de TCC. O relatório descreve uma série de dez pinturas em tela representando movimentos de dança moderna que simbolizam sentimentos do amor entre um casal, intitulada "A Dança da Paixão". O relatório apresenta as bases teóricas da pintura e da dança que fundamentaram o trabalho, a metodologia utilizada para transpor a expressão corporal da dança para a pintura, e analisa os elementos e significados de cada uma das dez telas
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O documento descreve uma série de pinturas chamada "Simbolismo do Macrocosmos" criada por Thiago Duarte Bakargy. A série contém oito pinturas a óleo que representam conceitos da alquimia, inspiradas por estudos alquímicos e artistas simbolistas do século XIX. O documento também fornece detalhes biográficos do artista e sua experiência com cursos de arte e exposições.
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O documento descreve uma instalação artística cujo objetivo é oferecer um ambiente propício à meditação estimulando os sentidos através de canções, odores e luzes. A instalação pretende apresentar a natureza do ar e induzir um questionamento de sua simbologia, resgatando a consciência espacial e sensitiva do ser humano. A obra se baseia nos conceitos da arte conceitual, onde a idéia é mais importante que a aparência física.
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Este relatório apresenta os resultados de um projeto de arte sobre fadas realizado através da técnica de gravura em água-forte. O documento aborda a origem e características das fadas, o processo de gravura em água-forte, incluindo preparação da placa e impressão, e a produção de papel artesanal utilizado. Imagens de fadas foram gravadas e impressas em papel artesanal para representar estas criaturas mágicas em seu habitat natural.
1. POLIANA SIQUEIRA SANTANA
IMPRESSÕES DE UMA SOLIDÃO CONTEMPORÂNEA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL
CENTRO DE CIENCIAS HUMANAS E SOCIAIS
CURSO DE ARTES VISUAIS – BACHARELADO
CAMPO GRANDE
2016
2. 2
POLIANA SIQUEIRA SANTANA
IMPRESSÕES DE UMA SOLIDÃO CONTEMPORÂNEA
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado ao Curso de Artes Visuais –
Bacharelado da Universidade Federal de
Mato Grosso do Sul, como requisito final à
obtenção do título de Bacharel em Artes
Visuais.
Orientador: Prof. Renan Kubota
CAMPO GRANDE
2016
3. 3
POLIANA SIQUEIRA SANTANA
IMPRESSÕES DE UMA SOLIDÃO CONTEMPORÂNEA
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado ao Curso de Artes Visuais –
Bacharelado da Universidade Federal de
Mato Grosso do Sul, como requisito final à
obtenção do título de Bacharel em Artes
Visuais.
Orientador: Prof. Renan Kubota
Campo Grande, MS, ____, de __________________, de 2016
COMISSÃO EXAMINADORA
Profº M. Renan Kubota
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
Profª Dª Eluiza Bortolotto Guizzi
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
Profº Drº Isaac Camargo
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
4. 4
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus por me guiar nessa jornada e me conceder paz.
Aos meus pais por todo amor e carinho, apoio e dedicação, sempre me
estimulando e encorajando a seguir em busca dos meus objetivos.
À minha irmã Helen e meu cunhado Heverton pelo apoio nas horas em que
mais precisei.
À minha prima Vanessa por ter visto meu nome na lista de aprovados, se
não fosse ela, não estaria finalizando esse trabalho.
As minhas grandes amigas Cássia e Arianne pela paciência, amizade,
companheirismo, aos conselhos, pela grande generosidade em sempre querer me
ajudar, parceiras que me ajudaram muito durante todo o curso.
Aos meus modelos Gil Marques e Thairiny Abreu por ter aceitado participar
deste trabalho e pela paciência ao longo dos ensaios.
Ao meu Professor e Orientador Renan Kubota por toda sua paciência,
conhecimento, amizade e dedicação ao longo da orientação.
A todos os professores que ao longo dessa jornada me enriqueceram com
seus ensinamentos.
A todos o meu muito obrigado.
5. 5
“Sentir é
compreender.
Pensar é errar,
Compreender o que
outra pessoa pensa
é discordar dela.
Compreender o que
outra pessoa sente é
ser ela”.
Fernando Pessoa
(1974)
6. 6
RESUMO
Este trabalho desenvolve uma pesquisa teórico-prática, que busca mostrar por meio
da fotografia analógica impressões do sentimento de solidão a partir de uma cena já
pré-definida, onde o indivíduo contemporâneo influenciado pelos avanços
tecnológicos é visto como um ser solitário dentro da encenação. As obras deste
trabalho expressam por meio da fotografia analógica, com a utilização do filme preto
e branco, a partir da técnica de dupla exposição, o sentimento de estar só mesmo
estando conectado com o mundo, através da tela de um smartphone ou notebook. É
Inspirado na Arte Conceitual, que se baseia propriamente na ideia e não na técnica
a ser utilizada. Tem como base teórica, os estudos do sociólogo Zygmunt Bauman,
entre outros estudiosos e artistas que ajudaram a compor as ideias, a solucionar
dúvidas e a estimular reflexões sobre o intuito das obras.
Palavras-Chave: Fotografia Analógica, Filme, Dupla Exposição.
7. 7
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 "View from the window at Le Gras" (Vista da janela em Le Gras) Joseph
Nicéphore Niépce, Paris, 1826..................................................................................17
Figura 2 Sem título....................................................................................................17
Figura 3 Victor Burgin "Posse", 1976, itografia em doutone, 119 x 84cm .................19
Figura 4 "One and Three Chairs" 1965, Joseph Kosuth, cadeira 82 x 37,8 x 53cm,
painel fotográfico 91,5 x 61,1cm, o painel texto 61 x 76,2cm....................................19
Figura 5 "Chance Meeting" 1970, Duane Michals, fotografia gelatina e prata em
papel, 10,2 x 15,5cm cada ........................................................................................20
Figura 6 "Magritte with hat", 1965, Duane Michaels, gelatina e prata em papel........21
Figura 7 "Coming and Going", 1965, Duane Michaels, gelatina e prata em papel....21
Figura 8 Fotograma sem título nº321979, Cindy Sherman........................................22
Figura 9 "Obscured", Jon Duenas.............................................................................23
Figura 10 "Connected", Jon Duenas .........................................................................23
Figura 11 "Echo", Jon Duenas ..................................................................................23
Figura 12 Sem título..................................................................................................24
Figura 13 Sem título..................................................................................................24
Figura 14 Sem título..................................................................................................24
Figura 15 Câmera Nikon (visão frontal).....................................................................27
Figura 16 Câmera Nikon (visão posterior).................................................................27
Figura 17 Detalhe da lente da Nikon.........................................................................27
Figura 18 Filme liford 35mm Delta 3200 preto e branco 36 poses ISO 3200............29
Figura 19 Sem título..................................................................................................30
Figura 20 Sem título..................................................................................................30
Figura 21 Sem título..................................................................................................30
Figura 22 Sem título..................................................................................................31
Figura 23 Filme p&b de ISO 400...............................................................................31
Figura 24 Sem título..................................................................................................32
Figura 25 Sem título..................................................................................................32
Figura 26 Sem título..................................................................................................32
Figura 27 Sem título..................................................................................................33
Figura 28 Sem título..................................................................................................33
Figura 29 Sem título..................................................................................................33
8. 8
Figura 30 Filme p&b ISO 100....................................................................................34
Figura 31 Sem título..................................................................................................34
Figura 32 Sem título..................................................................................................35
Figura 33 Sem título..................................................................................................35
Figura 34 Sem título..................................................................................................35
Figura 35 "Ócio" ........................................................................................................37
Figura 36 "Relaxamento"...........................................................................................37
Figura 37 "Inativo" .....................................................................................................38
Figura 38 "Inquietação" .............................................................................................38
Figura 39 "Pausa" .....................................................................................................38
Figura 40 "Repouso" .................................................................................................39
Figura 41 "Apatia" .....................................................................................................39
Figura 42 "Indiferença"..............................................................................................39
Figura 43 "Insociável"................................................................................................40
9. 9
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..........................................................................................................10
1 IMPRESSÃO DE UMA SOLIDÃO CONTEMPORÂNEA – TECNOLOGIA........12
1.1 Um Método de Produzir Impressões – fotografia....................................15
1.1.1 Fotografia Conceitual..........................................................................18
1.1.2 Fotografia Encenada – múltipla exposição .......................................20
2 A POÉTICA E SUAS IMPRESSÕES .................................................................25
2.1 O Processo Fotográfico.............................................................................26
2.1.1 A câmera fotográfica analógica..........................................................26
2.1.2 Filme preto e branco ...........................................................................27
2.1.3 Os testes encenados...........................................................................28
2.1.4 Revelação, Digitalização e Ampliação ...............................................35
2.2 A obra final .................................................................................................36
CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................41
REFERÊNCIAS.........................................................................................................43
10. 10
INTRODUÇÃO
A pesquisa deste trabalho tem como tema a solidão contemporânea. Utiliza
como linguagem a fotografia analógica junto da técnica de dupla exposição inspirada
na Fotografia Conceitual, e em artistas que atuaram no passado e que atuam hoje
na contemporaneidade, mas principalmente nas fotografias do fotógrafo Duane
Michals (1932).
A fotografia analógica entra nesse cenário como uma forma de mostrar que,
por mais que a fotografia digital seja mais utilizada na atualidade, tanto pela
facilidade quanto pela rapidez em obter uma cena fotografada, a fotografia analógica
não perde em nada para a digital. Com todas as dificuldades com que me deparei ao
longo da pesquisa, nada me desanimou a continuar a fotografar com filme, pois
sabia que o resultado final sairia como esperado.
Certamente, o que me impulsionou a fotografar com filme fotográfico foi o
fato de querer “desacelerar” desse ritmo constante em que vivemos atualmente.
Justamente por viver nessa sociedade contemporânea agitada, deparei-me em certo
momento da minha vida com o desejo de não querer viver nesse circuito de novas
tecnologias digitais. Sempre fui saudosista e penso que esse avanço da Era digital
veio tão rápido, que talvez tenha tirado a vontade de me incorporar dentro dessa
nova Era. A partir disso, veio o propósito de expressar, por meio da fotografia
analógica, o que estava sentindo nesse momento. Foi então que decidi expor a
minha reflexão sobre o sentimento do indivíduo que se senti só, mesmo dentro
dessa sociedade contemporânea.
No primeiro capítulo a pesquisa aborda sobe o avanço das tecnologias
digitais nos tempos atuais, mostrando o quanto estamos cada vez mais reféns dessa
era que, a cada ano que passa, tende a evoluir mais. Em outros aspectos aborda o
distanciamento entre as pessoas que acaba sendo influenciado pelas mídias digitais.
E assim vemos uma sociedade mais introspectiva, onde o smartphone (dispositivo
que proporciona contatos à distância) parece ser mais atraente do que uma pessoa
presente.
11. 11
Abordo também a fotografia Conceitual, embasada na ideia de uma cena já
pré-definida, juntamente com a dupla exposição, citando alguns artistas que se
destacam nessas vertentes, como Cindy Sherman, com suas fotografias encenadas
e conceituais; cito também outros artistas contemporâneos que fazem uso de
fotografias duplamente expostas, como Jon Duenas e Christoffer Relander.
No segundo capítulo foi abordado, primeiramente, sobre a poética do
trabalho, seu conceito e reflexão sobre o tema. Em seguida, descrevo todo o
processo fotográfico para obtenção das obras finais. O texto tem como objetivo
informar ao leitor alguns dos conhecimentos necessários para compreender o
processo fotográfico, desde a câmera que fora utilizada e os filmes, com suas
particularidades, até o processo de revelação e ampliação (etapas que foram
realizados em laboratório fotográfico profissional). O resultado é um conjunto de
fotografias que compõem uma obra de caráter artístico.
Por fim, este trabalho objetiva estimular reflexões sobre a crescente
evolução tecnológica, e sobre o indivíduo que não sabe lidar com tal avanço; o seu
afastamento do convívio social, acabando por se isolar “dentro” das redes sociais.
12. 12
1 IMPRESSÃO DE UMA SOLIDÃO CONTEMPORÂNEA – TECNOLOGIA
O uso das tecnologias digitais, em relação à sociedade contemporânea,
compreende-se como um grande avanço cultural e social. É notável o crescimento
dos meios de comunicação que hoje se fazem tão presente em nossas vidas. A
tecnologia transformou e facilitou o modo de nos comunicarmos. Essa tecnologia
veio para revolucionar o mundo atual em que vivemos. Mas a que preço? Uma era
tecnológica que só tende a evoluir cada vez mais.
Há uma aceleração crescente no que se refere à tecnologia nos tempos
atuais. O que mais nota-se na internet e nas redes sociais é um aumento da
autovalorização do indivíduo para com o meio onde está inserido. Somos
impulsionados a nos mostrarmos mais, consequentemente, queremos mais atenção
mais likes (curtidas) em nossas páginas pessoais. Estamos vivendo em mundo
efêmero e instantâneo.
A autora Bárbara da Silva (2014, p.30) faz uma reflexão acerca disso,
dizendo que “é a efemeridade que acarreta em mudanças no estilo de vida das
pessoas e, por isso, [...] houve uma diversificação de valores aceitos pela
sociedade”. Temos visto que a aceleração da tecnologia digital veio para beneficiar a
sociedade contemporânea em diversos fatores. Como exemplo, vemos que o
distanciamento geográfico já não é um problema para as relações sociais. Por mais
que seja relativo nos comunicarmos em tempo real com qualquer indivíduo a
qualquer momento, lugar ou obter informações acerca de qualquer assunto é
inegável a facilidade que existe aos nos comunicarmos entre as pessoas diante
dessa evolução tecnológica.
Segundo Kohn e Moraes (2007, p. 2), “[...] pode-se afirmar que a informação
é, hoje, para a sociedade contemporânea, a base do conhecimento, das relações,
da vida econômica, política e social”. O conhecimento que adquirimos a cada piscar
de olhos é de suma importância para a evolução humana. Temos sim que evoluir e
aprender cada vez mais com esse proveito.
A sociedade transita hoje no que se convencionou denominar Era Digital. Os
computadores ocupam espaço importante e essencial no atual modelo de
13. 13
sociabilidade que configura todos os setores da sociedade, comércio, política,
serviços, entretenimento, informação, relacionamentos. Os resultados desse
processo são evidentes, sendo que essas transformações mudaram o cenário social
na busca pela melhoria e pela facilitação da vida e das práticas do indivíduo.
(KOHN; MORAES, 2007, p. 5)
No entanto, a que se referem a relações interpessoais. Entrando no âmbito
da solidão contemporânea, que é o que esta pesquisa busca abordar, percebe-se
que apesar do avanço tecnológico agregar valores positivos à sociedade, ela
também pode deixar de beneficiar de algum modo o indivíduo que não sabe lidar
com as transformações do seu tempo, ou que não se adapta a tais mudanças.
Em seu artigo intitulado “Solidão no mundo contemporâneo” a psicóloga
Dione M. Miron (2011) descreve que a solidão não pode ser tratada de um ponto de
vista negativo. Em algum momento da vida temos que estar reclusos, para poder de
alguma forma abstrair algo positivo disso, seja na vida pessoal ou profissional. O
problema só existe, quando o indivíduo não consegue estar consigo mesmo, quando
sozinho, ou em multidão. Ou seja, quando há dificuldade de se relacionar
socialmente. Entrando exclusivamente num convívio virtual, que nem sempre irá
suprir certos desejos que um contato físico poderá dispor.
O filme americano Her (2013) “Ela” em inglês, estrelado por Joaquim
Phoneix e Scarlett Johansson, aborda esta questão. A história se baseia em um
futuro não muito distante, onde um escritor solitário contemporâneo se apaixona e
se “relaciona” com um sistema operacional porque tem dificuldades de satisfazer
desejos em um relacionamento. Todavia, como nós humanos, o sistema operacional
mostra falhas e defeitos, tornando-se obsoleto com o tempo. Como no filme, a vida
real não é diferente. Não estamos salvos de ser substituídos. Ainda mais, se o
contato for estabelecido apenas por meio de redes sociais. Como referenciam os
autores Kohn e Moraes (2007, p. 2) “[...] a informação, na sociedade atual, é o
mecanismo mais importante no qual se relacionam e se concretizam as
comunidades”.
É notório ver que, de fato, as transformações tecnológicas foram evoluindo a
cada década. Na atual sociedade em que vivemos, não podemos e nem queremos
14. 14
nos ver livres dessa tecnologia, até porque faz parte do nosso cotidiano. E não estou
aqui para defender o contrário; ao mesmo tempo, não cabe aqui me aprofundar
sobre o assunto. Para esta pesquisa busco uma reflexão sobre as relações sociais,
sobre o fato de que com o avanço das tecnologias hoje podemos nos comunicar e
nos relacionar à distância por meio de um dispositivo móvel, porém, deixamos aos
poucos de nos relacionar com quem está presente de fato.
Um grande pesquisador acerca desse assunto é o sociólogo polonês
Zygmunt Bauman. Em um dos seus livros, Amor Líquido: sobre a fragilidade dos
laços humanos (2004), ele se aprofunda sobre as relações que hoje a sociedade
contemporânea vive. As relações interpessoais afetivas, no ponto de vista de
Bauman, estão se tornando “relações virtuais”. Aquela onde a interação com o outro
é por meio da internet. Porém, isso não é uma barreira para que laços emocionais
se formem entre esses que se conhecem e criam laços de amizade dentro desse
mundo. Os relacionamentos virtuais se diferem na maneira como os indivíduos
mantêm contato e, por muitas vezes, os laços sentimentais que se formam podem
vir a se tornar tão profundos quanto ao relacionamento presencial. Todavia, há duas
maneiras de se relacionar, tanto a virtual quanto a presencial, há alegrias e
sofrimentos, cabe a nós sabermos lidar com os altos e baixos de uma relação.
Sem humildade e coragem não há amor. Essas duas qualidades são
exigidas, em escalas enormes e contínuas, quando se ingressa numa terra
inexplorada e não-mapeada. E é a esse território que o amor conduz ao se
instalar entre dois ou mais seres humanos. (BAUMAN 2004, p.12).
Na sociedade contemporânea, as relações sociais estão cada vez mais
sendo influenciadas pelas tecnologias digitais. O celular e a internet são
indispensáveis nesse convívio social, através de redes sociais e aplicativos de
mensagens instantâneas. Segundo Silva (2014, p. 31), “além da efemeridade e da
diversificação dos valores, há outra influência nas novas maneiras de pensar e agir
pós-modernas [...] a compressão do tempo e do espaço”. Ou seja, estamos mais
tempo conectados a quem está distante, geograficamente, e menos presentes a
quem requer a nossa presença.
15. 15
Para Bauman (2004, p.25), quando a sociedade conecta-se ao mundo
virtual, tem-se a impressão de que essa “conectividade” estará suprindo ou
prometendo uma “navegação segura [...] por entre os recifes da solidão e do
compromisso, do flagelo da exclusão e dos [...] vínculos demasiadamente estreitos".
Consequentemente, estamos pertencendo mais às palavras, porém sem conteúdo.
“Pertencemos à conversa, não àquilo sobre o que se conversa”.
Por meio dessas reflexões, busquei analisar no meio em que convivo como
é ser solitário no atual mundo em que vivemos. E é a partir desse momento que a
fotografia analógica entra para esta discussão. Passado e presente que possam se
interligar, se comunicar. Ou seja, a fotografia analógica pode vir a se integrar com a
discussão e reflexão do tema deste trabalho, que resulta nas questões sobre o
sentimento de se sentir só nessa sociedade contemporânea, mesmo estando
conectado com o mundo.
1.1 Um Método de Produzir Impressões – fotografia
Uma das tecnologias que mais revolucionou o mundo em que vivemos foi a
fotografia digital. Após o surgimento desta em 1980, a fotografia analógica tende a
entrar em declínio. A forma de fotografar mudou o olhar do consumidor diante de
tanta facilidade em registrar uma imagem. Contudo, será que a maneira como se
fotografava nos século passado irá torna-se obsoleta? Através dessa questão,
resolvi me aventurar no campo analógico para tentar mostrar que independente de
estarmos em um ritmo avançado de novas e revolucionárias tecnologias, a fotografia
analógica ainda pode permanecer por vários anos como uma técnica a ser
explorada, trabalhada e apreciada por muitos amantes da fotografia.
Quando a fotografia surgiu, no século XIX, teve que passar por vários
processos, estudos, erros e acertos para chegar a ser tal como a conhecemos hoje.
Em 1826 o Inventor francês Joseph Nicéphore Niépce (1765-1833) dava os
primeiros passos para a fixação da imagem por meio da câmara escura, câmera
obscura em latim. Pesquisou um material que era recoberto com betume e, em
seguida com sais de prata. Teve sucesso em 1827, batizando a descoberta de
“heliografia” (OLIVEIRA, 2006, p. 02).
16. 16
Em uma das suas viagens a Paris, Niépce (1765-1833) conhece o pintor
Louis Jacques Mandlé Daguerre (1787-1851), que trabalhava em um projeto
semelhante ao seu, acabando por associar-se a ele. De Acordo com Oliveira (2006,
p.02), as experiências de Daguerre “[...] consistiam em expor, na câmara escura,
placas de cobre recobertas com prata polida e sensibilizadas com vapor de iodo,
formando uma capa de iodeto de prata sensível à luz”. Essa pesquisa acabou sendo
reconhecida pela Academia de Ciências de Paris, em 19 de agosto de 1839, sendo
batizado como “daguerreotipo”, um método de gravar imagens por meio da câmara
escura.
Essa nova descoberta preocupou alguns críticos de arte, que não
reconheciam seu caráter estético. Dentre eles, o poeta e crítico Charles Baudelaire
(1821-1867). Segundo Ramos (2009, p.131), “[...] a grande preocupação de
Baudelaire era o esquecimento da arte ocasionado pela mecanização e
industrialização da fotografia”. Porém, analisa Ramos (2009), mesmo com toda a
sua revolta e desconfiança para com essa nova maneira de se fazer arte, Baudelaire
deixou-se fotografar por seu amigo íntimo Félix Nadar (1820-1910), que defendia o
caráter artístico da fotografia.
A desmaterialização da arte, em todo o tipo de manifestações: pictórica,
escultórica, musical, teatral, afirma-se por todo o século passado.
Acompanha, evidentemente, a radicalização entre Arte e a Vida. É neste
século que a arte cria e lança raízes para novas, ousadas, inusitadas e até
radicais maneiras de expressão. (TAVARES, 2009, p. 119)
A primeira foto de que se tem conhecimento, tirada por Niépce (1765-1833)
em 1826-1827, é Vista da janela em Le Gras, mostrada na figura 1; é a foto mais
antiga até os dias atuais. Porém, só foi revelada ao mundo no ano de 1839. O autor
Batista (2011, p.03) registra que, em 1835, Henry Fox Talbot (1800-1877), inventor,
botânico e matemático Inglês e também um contemporâneo de Daguerre,
“conseguiu produzir um negativo feito de papel que permitia uma cópia de contato”.
Anos mais tarde, Talbot criara o processo chamado de “Calótipo”, que permitia
múltiplas cópias de um único original. Nascia então o negativo.
17. 17
Figura 1 “Viewfromthewindowat Le
Gras”(Vista da janela em Le Gras)
Joseph Nicéphore Niépce, Paris, 1826.
Fonte: LEMAGNY; ROUILLÉ, 1988, p.16.
Dentre várias pesquisas e mudanças que ocorreram no processo fotográfico,
nos anos que se seguiram houve uma grande revolução; especialmente em 1889,
quando George Eastman (1854-1932) inventou o filme com uma base flexível,
inquebrável e que poderia ser enrolada. Começava então uma grande produção de
massa da primeira câmera Kodak, mostrada na figura 2, que o consumidor já
comprava carregado com uma bobina de filme, uma realidade; e por consequência,
houve a popularização da fotografia.
Figura 2 Fonte: Site Queimando Filme.
Figura 2”Câmera Kodak No 1”
Fonte:http://www.queimandofilme.com/201
3/11/13/kodak-no-1-a-primeira-camera-pra-
todos/
Figura 1
18. 18
1.1.1 Fotografia Conceitual
A Fotografia Conceitual despontou no final da década de 1960, ajudando a
desmistificar a ideia de que a fotografia seria somente uma forma de documentar
uma evidência ou um fato ocorrido. Nos estudos sobre Fotografia Conceitual a
autora Annatereza Fabris (2007, p.22) registra que, “a caracterização da fotografia
utilizada pelos artistas conceituais é, porém, acompanhada por outras considerações
[...]”. Considerações essas, “aparentemente fáceis de ser determinadas”. A
Fotografia é usada pelos artistas conceituais para ir em direção oposta à fotografia
documental. Tentar emitir ou expressar um conceito e não um registro da cena
fotografada.
Nesse contexto, o documento não se opõe à arte, pode transformar-se em
ficção documental, dando a ver o que não necessariamente acontece ou o
que só tem lugar no documento que o engendra no momento em que o
documenta. O documento transforma-se em obra. É a obra documentando a
si mesma [...]. (FABRIS, 2007, p.22).
Dentro do campo da fotografia assim como nas das outras artes visuais
existem diversas maneiras de expressão. A fotografia tem o poder de transmitir
inúmeros sentimentos, sejam sentimentos de alegria, angústia, amor, medo, tristeza,
euforia, excitação, dúvida, indiferença, entre outros. Portanto, além de outros fatores
a Fotografia Conceitual é uma vertente onde o fotógrafo parte de um conceito pré-
definido para tentar transmitir uma ideia. No caso deste trabalho, fazer uma reflexão
sobre o sentimento de se sentir só mesmo estando conectado com o mundo.
Um dos pioneiros da fotografia conceitual é o artista plástico Victor Burgin
(1941). Ele rejeitava a ideia de que a arte tinha que ser mantida fora do mundo
social. Em suas fotografias, Burgin visa explorar a realidade do capitalismo com o
glamoroso mundo da publicidade. Em “Posse” Burgin usa as técnicas e o estilo da
publicidade, como é mostrada na figura 3. “Por meio da imagem, Burgin chama a
atenção para o processo de visão e interpretação, incentivando os observadores a
examinarem de que forma é construído o significado”. (LOYD, apud HACKING,
2012, p. 461).
19. 19
Figura 3 Victor Burgin “Posse”
1976 Litografia em duotone
119x84cm Fonte: Site da
British Council Collection.
Fonte:http://visualarts.britishcou
ncil.org/collection/artists/victor-
burgin-1941/object/possession-
burgin-1976-public-domain-
p31561
Outro conhecido na arte Conceitual é Joseph Kosuth (1945). Uma das suas
obras mais notórias é One and Three Chairs (1965), mostrada na figura 4. Ele usa a
ideia e a linguagem como uma reflexão. Kosuth pergunta na obra a seguinte
questão: em qual das três está à verdadeira identidade do objeto? Ou se está em
todos ou em nenhum? Segundo Fabris (2007, p. 23) “uma vez que a obra conceitual
carece de uma realidade estética formal [...] o recurso se apoia em significantes
diversos, reduzidos à mínima expressão”.
Figura 4 “One and Three Chairs” 1965
Joseph Cadeira 82 x 37,8 x 53 cm, painel
fotográfico 91,5 x 61,1 cm, o painel de
texto 61 x 76,2 cm
Fonte:http://www.moma.org/collection/o
bject.php?object_id=81435
20. 20
1.1.2 Fotografia Encenada – múltipla exposição
A construção da imagem na fotografia encenada desafia o conceito de
fotografia com um meio de expressão que registra a realidade, (PLUMMER, apud
HACKING, 2012, p.412). Como na fotografia conceitual, a fotografia encenada se
estabelece de uma ideia pré-definida, que é construída em uma cena, seja com
objetos ou pessoas, finalizada com o ato fotográfico. Em muitos momentos a
encenação precisa de mais de uma fotografia para passar a real intenção que o
fotógrafo quis estabelecer; logo, há uma sequência de fotografias, que juntas,
formam a ideia do que é pretendido passar para o observador.
Duane Michals (1932) é um fotógrafo americano que soube fazer este tipo
de fotografia muito bem. Teve reconhecimento internacional, com suas fotos
sequências, como na obra “Chance Meeting” (Encontro ao acaso) citada na figura 5,
abaixo, excedendo as limitações da imagem única.
Figura 5 “Chance Meeting” 1970, Duane Michals, fotografia gelatina e prata em papel,
10,2 x 15,5cm cada.
Fonte:http://duanemichals.tumblr.com/
Consiste na fotografia analógica que expõe o filme duas ou mais vezes à luz,
obtendo fotografias um tanto fantasmagóricas ou surreais. Em suas fotografias
Duane expõe ou retrata de um modo que foge do documental: ele inventa e cria
situações de um ponto de vista diferente da realidade. Duane também faz uso da
narrativa em suas criações. É influenciado por artistas como René Magritte (1898-
1967), o mesmo artista que posa em uma série de retratos do artista na década de
1960, considerada por muitos o apogeu de suas obras. Faz do seu imaginário um
21. 21
convite para belas, assustadoras e surreais fotografias. Nas figuras 6 e 7 são
exibidas duas obras da série de René Magritte (1898-1967) com a técnica de
múltipla exposição do fotógrafo Duane Michals.
Figura 6 “Magritte with hat” 1965 Duane Michals, gelatina
e prata em papel.
Fonte:http://www.heterotopiastudies.com/wp-
content/uploads/2014/05/michals_pp_05.jpg.
Figura 7 “Coming and Going” 1965 Duane Michals,
gelatina e prata em papel.
Fonte:http://thevintagegallery.blogspot.com.br/2014/0
1/duane-michels.html
Duane Michals foi um dos principais fotógrafos que me inspirou a usar a
técnica de múltipla exposição. A partir dela busquei explorar, a princípio, a ideia da
solidão contemporânea, compondo a cena pré-definida em minha mente.
22. 22
Para Elizabete Rocha (2013 p. 35), que estuda sobre a encenação e sobre
vestígios dentro da fotografia, a imaginação e a criação são fatores muito
importantes para quem está inserido neste meio contemporâneo em que vivemos. “A
imagem fotográfica permite que as coisas da imaginação sejam materializadas no
espaço bidimensional da fotografia”. Por meio de vestígios e encenações, Rocha
busca explorar o lado subjetivo da fotografia, esperando a interpretação de cada
individuo diante da obra, por não ser uma mera representação da realidade, como é
o caso da fotografia documental. Já para Fiochi e Lacerda (2009) “a fotografia é uma
forma de realidade mista, ou poderíamos chamar de realidade híbrida”. Ainda
segundo os autores, como aparece no artigo “A imagem entre a realidade e a
ficção”, alegam que a realidade da fotografia é unificada pela objetividade e
subjetividade, do criador ou do espectador.
Cindy Sherman (1954) consegue realizar de uma maneira enigmática uma
série de autorretratos, inspirados nos filmes do fim da década de 1950 e 1960. Ela
convida o espectador a desconstruir ou a narrar à história daquela imagem. Em
fotograma sem titulo nº 32, mostrada na figura 8, Sherman mostra-se uma
personagem sedutora acendendo um cigarro. Levando o observador a se perguntar,
o que ela faz ali? Onde ela está? (MEMOU, apud HACKING, 2012, p.423). De uma
maneira ou de outra ela está encenando uma ideia que já tinha estabelecido em sua
mente, cabe a quem observa tirar suas próprias conclusões. O que é real? O que é
encenação?
Figura 8 fotograma sem título nº321979,
Cindy Sherman Fonte: Site Moma
Exibitions.
Fonte:http://www.moma.org/interactives/
exhibitions/2012/cindysherman/gallery/2/
#/31/untitled-film-still-32-1979/
23. 23
Na fotografia contemporânea há fotógrafos que também fazem uso da técnica
de múltipla exposição com a fotografia analógica, conseguindo obter resultados bem
expressivos.
Jon Duenas é um fotógrafo americano de moda e editoriais, que visa
explorar a introspecção e a estética minimalista, permitindo que o espectador se
conecte com a imagem. Algumas de suas imagens remetem um lado obscuro do
nosso comportamento, como na figura 9; já na figura 10, a obra Connected lembra
um pensamento que está conectado a algo, e na figura 11, Echos, Duenas pode
estar fazendo uma referência a algo que lembramos ou que nunca esquecemos
pertencente à nossa memória.
Figura 9 “Obscured” Jon Duenas. Figura 10 “Connected” Jon Duenas.
Figura 2
Figura 11 “Echo” Jon Duenas.
Fonte:http://www.jonduenas.com/d
ouble-exposures#e-2
Outro fotógrafo que se assemelha a Jon Duenas é Christoffer Relander
(1986). Em algumas séries de fotografias, ele cria sobreposições com pessoas e
Fonte:http://www.jonduenas.com/do
uble-exposures#e-5
Fonte:http://www.jonduenas.com/d
ouble-exposures#e-8
24. 24
paisagens, assim como Duanes. Porém, o que difere é a técnica; ao contrário de
Duanes, a múltipla exposição que Relander faz é através dos comandos da sua
câmera digital, sem manipulação em programas de edição de imagem. Em suas
fotografias, Relander usa a natureza como um dos “panos” de fundo para suas
fotografias duplamente expostas. Expondo a quem observa suas obras, de que a
natureza quando em contato com o homem, pode subjetivamente mostrar o quão
um pertence ao outro, como que se estivéssemos conectados com a natureza.
Abaixo, podemos ver algumas imagens que seguem a esse pensamento.
Figura 12 Sem título Figura 13 Sem título
Fonte:
http://lounge.obviousmag.org/se
m_receita/2012/07/christoffer-
relander-fotografias-em-multipla-
exposicao.html
Figura 14 Sem título
Fonte:http://www.christofferrelander.com/#!mg_
ld=3328.
Fonte:http://lounge.obviusmag.o
rg/sem-
receita/2012/07/christoffer-
relander-fotografias-em-multipla-
exposicao.html
25. 25
2 A POÉTICA E SUAS IMPRESSÕES
Como foi dito no primeiro capítulo do presente trabalho, a inspiração para o
tema veio quando me deparei com as fotografias de Duane Michals (1932). Mais
especificamente, em uma sequência de fotografias, que juntas formavam uma ideia,
contavam uma estória.
Os ensaios mostrados no próximo tópico ilustram o conceito deste trabalho,
de forma que pretendem mostrar ao observador o sentimento de se estar só mesmo
estando conectado com o mundo contemporâneo e agitado onde nós vivemos.
Entretanto, estar em um mundo onde a era digital avança com agilidade e mesmo
tendo todos os recursos das mídias sociais em uma tela de celular, por exemplo,
não estamos a salvo de não nos sentirmos sós.
Comecei então a me aprofundar mais no tema da solidão, trazendo a
fotografia analógica para esta discussão. Mostrar o quão viva se encontra esta
técnica descoberta no passado, que hoje em dia se faz tão presente em nossas
vidas. Mesmo com todas as dificuldades encontradas, nada me desanimou a
continuar a fotografar com filme, pois o que eu queria transmitir para o observador
era, justamente, essa comparação de passado e presente em plena era digital.
Como poderia a partir das fotografias analógicas de dupla exposição,
mostrar para o leitor a minha ideia de solidão contemporânea, que mesmo estando a
todo o momento conectado com um dispositivo móvel, podendo estar conversando
com quem quer que seja, o seu outro “eu”, o “eu” que quer vivenciar a vida mais
presencialmente não estaria feliz? Na realidade os dois “eu” vão se tornando
“prisioneiros” de uma vida que estaria vivendo só no modo virtual da tela do seu
dispositivo móvel. Um ser solitário, onde os que estão ao seu redor não têm graça,
nem vida. Uma vida vazia, triste e solitária de quem vive apenas para uma tela de
um celular. E é essa reflexão que quero transmitir ao leitor e/ou observador.
Então, a partir dessa ideia, revelar a quem está diante das obras, que não
precisamos ser reféns dessa era digital, podemos sim nos conectar com o mundo,
sem deixarmos de nos relacionar socialmente, onde a realidade nem sempre é tão
agradável aos olhos. E, assim, começarmos a olhar mais nos olhos das pessoas,
26. 26
nos introduzirmos mais ao convívio social, viver a vida sem desaparecer mesmo
estando presente.
2.1 O Processo Fotográfico
No início da pesquisa, havia pensado em fazer o processo de revelação do
filme em casa ou no laboratório que se encontra no curso de Jornalismo da UFMS.
Porém, quando fui fazer meu primeiro teste de revelação neste laboratório, alguns
problemas ocorreram. Os químicos de revelação e fixação da imagem estavam
vencidos, o que resultou na perda de todas as imagens naquele negativo. Todavia,
imaginava que isso poderia vir a acontecer, pois trabalhar no mundo da fotografia
analógica é arriscado, por vezes pode dar certo, em outras não. Então, para não
perder muito tempo, resolvi mudar de ideia, porque em casa não teria um lugar
apropriado para fazer este processo e o custo financeiro seria muito alto. Resolvi
então, deixar a parte de revelação e ampliação a cargo de um laboratório fotográfico
especializado, que pudesse fazer todo o processo após a captação da imagem.
Mesmo este laboratório sendo no estado de São Paulo. Infelizmente aqui em Campo
Grande – MS não há laboratório especializado em revelação e ampliação de filmes
em preto e branco.
2.1.1 A câmera fotográfica analógica
A câmera que usei em todos os ensaios foi uma câmera analógica Nikon
N80 com uma objetiva (lente) de 24mm f 1:2.8 D1
mostrada nas figuras 15, 16 e 17
respectivamente. Esta câmera possui um recurso onde eu bloqueio o avanço do
filme, podendo, assim, fazer diversas captações de fotos em uma única pose. Optei
por só captar duas imagens em uma pose, pois essa era a proposta do presente
trabalho. Esta técnica é chamada de dupla exposição.
A lente de 24mm com abertura mínima de F1:2.8, era ideal para a realização
da minha proposta para este trabalho. Com abertura ampla, pude captar um cenário
onde o indivíduo contemporâneo se insere na cena como o “ator” principal.
1
Objetiva 24mm F:1:2.8 é referente à distância focal, que no caso da 24mm é uma grande angular
fixa, adequada para viagens, paisagens, retratos ambientais e outros; com controle de abertura
manual para fotografia. Disponível em: <http://www.nikon.com.br/nikon-products/product/camera-
lenses/af-nikkor-24mm-f%252f2.8d.html>. Acesso em: 03 fev. 2016
27. 27
Figura 15 e 16 Câmera Nikon (visão frontal e posterior)
Fonte: https://hoursofidleness.wordpress.com/2010/03/13/nikon-n80-big-taste-less-filling/.
Figura 17 Detalhe da lente da Nikon
Fonte:https://hoursofidleness.wordpress.com/201
0/03/13/nikon-n80-big-taste-less-filling/
2.1.2 Filme preto e branco
O filme fotográfico ou película fotográfica, utilizado em fotografia, é
constituído por uma base plástica, flexível e transparente, sobre a qual é depositada
uma emulsão fotográfica. Esta é formada por uma fina camada de gelatina que
contém cristais de sais de prata sensíveis à luz que chega a ela através da lente da
câmera. Os sais de prata, quimicamente chamados de haletos de prata, podem ser
mais ou menos sensíveis à luz. Então, há filmes que exigem maior quantidade de luz
para registrar as imagens. Outros permitem a captação com menos luz. A essa
propriedade dá-se o nome de sensibilidade.
28. 28
Como havia dito no primeiro capítulo, optei por trabalhar com filme preto e
branco para aproximar o passado e presente. A era digital se faz tão presente hoje
em nossas vidas, que um simples pressionar de um botão da câmera digital ou até
mesmo os próprios celulares com câmeras já obtém uma imagem em uma fração de
segundos. Apesar de não ver a imagem, na técnica de fotografia analógica, também
é possível obter a imagem em uma fração de segundo, o que não é possível, é a
visualização imediata. E, assim, muitas vezes se pode não obter o resultado
esperado, e só saber na revelação. Todavia, mostrar este contraponto é fazer com
que as pessoas olhem e reflitam mais sobre a correria do dia a dia. Reflitam sobre o
próprio comportamento diante de tanta facilidade com que nos comunicamos hoje.
Discutam, conversem mais olhos nos olhos, se possível presencialmente, não se
camuflem em seus espaços íntimos. É esta reflexão que tento emitir para o
observador diante das obras finais deste trabalho.
2.1.3 Os testes encenados
Selecionei três tipos de filme preto e branco que gostaria de trabalhar e
testar, mais necessariamente com três tipos de ISO2
. Um com ISO 100, outro 400 e
um mais sensível à luz de 3200. Todos os filmes utilizados da marca ILFORD
Professional foram comprados pelo mercado online, já que esses filmes não se
encontram com facilidade no mercado fotográfico físico e nem na cidade de Campo
Grande – MS.
No primeiro ensaio usei um filme de 35mm de ISO 3200, mostrado na figura
18, onde a sensibilidade a luz é altíssima.
2
O ISO (Internacional Organization for Standardization) é um termo utilizado para se referir a
sensibilidade de superfícies fotossensíveis (sensíveis à luz) utilizadas na fotografia. Também
conhecida como sensibilidade fotográfica. Disponível em:
<http://www.mnemocine.com.br/index.php/fotografia/34-tecnica-de-fotografia/173-filmes>. Acesso em:
04 fev. 2016.
29. 29
Figura 18 Filme Ilford 35mm Delta 3200
Preto e Branco 36 poses ISO 3200
Fonte:http://orangephoto.com.br/filmes-e-
papel-fotografico/filmes-ilford/filme-ilford-
delta-3200-preto-e-branco-36-poses-iso-
3200.html
Usei este filme em um final de entardecer dando sequência ao anoitecer,
dentro de uma casa com luzes fluorescentes e incandescentes. Em todos os ensaios
obtive as fotos de dupla exposição com auxílio de um tripé, onde pude selecionar a
cena em um único quadro registrando as duas captações de luz em uma única pose.
Fiz este teste justamente para saber se o resultado que eu imaginava iria dar certo
de fato. Pois bem, obtive o resultado que eu esperava. Mostrando a partir da
captação das imagens, alguns pontos da casa onde o “ator” divaga ociosamente
com seu smartphone ou notebook. Um detalhe me chamou a atenção sobre este
filme de ISO 3200. As fotos por terem sido expostas acima do ideal de luz para este
filme resultaram em registros com muitos grãos 3
, devido ao filme ter essa
sensibilidade alta à luz. Porém, não me incomodou, pois, como falei no primeiro
capítulo, à fotografia que eu buscava era uma fotografia Conceitual, onde a ideia em
si toma forma por meio das fotografias encenadas deste trabalho.
3
A emulsão dos filmes é constituída por haletos de prata - que, agrupados, formam o que
conhecemos por grão ou granulação - imersos em gelatina animal. A quantidade de grãos implica
diretamente na nitidez da película, ou seja, para fotos mais nítidas, é preciso maior quantidade de
grãos menores, por sua vez, uma menor quantidade significa grãos maiores para preencher todo o
fotograma. Disponível em: <http://www.mnemocine.com.br/index.php/fotografia/34-tecnica-de-
fotografia/173-filmes>. Acesso em: 04 fev. 2016.
30. 30
Neste ensaio obtive desde já o resultado final que eu queria, mas havia
ainda dois tipos de ISO a ser testados. Logo abaixo algumas fotografias com filme
de ISO 3200:
Figura 19
Acervo pessoal da artista
Figura 20
Acervo pessoal da artista
Figura 21
Acervo pessoal da artista
31. 31
Figura 22
Acervo pessoal da artista
Para o outro ensaio, onde realizei tanto externo como interno, optei por usar
um filme p&b de ISO 400. (ver figura 23).
Figura 23 Filme p&b de ISO 400
Fonte:http://www.angelfoto.com.br/aces
sorios/filmes/35mm/filme-35-ilford-hp5-
400-preto-e-branco.html
Dentro da casa da modelo, com o tripé também em todas as cenas, obtive
um resultado satisfatório. Dentro da casa foi registrado o lado solitário de quem vive
com seus dispositivos móveis perambulando pela casa. Já nas fotografias externas,
optei por registrar as cenas com a modelo em um terminal de ônibus. Porém, devido
às várias movimentações de pessoas, tive alguns problemas durante a captação das
fotos. Um esbarrão que seja no tripé já mudaria o quadro. Mesmo algumas fotos
tendo dado certo e mesmo gostando do resultado, as fotografias do primeiro ensaio
haviam me conquistado pelo fato de elas serem mais íntimas, não no termo literal,
32. 32
mas de uma forma que o cidadão contemporâneo se insere no cotidiano de um ser
solitário, interagindo apenas com seus dispositivos móveis.
Abaixo algumas imagens deste ensaio:
Figura 24
Acervo pessoal da artista
Figura 25
Acervo pessoal da artista
Figura 26
Acervo pessoal da artista
33. 33
Figura 27
Acervo pessoal da artista
Figura 28
Acervo pessoal da artista
Figura 29
Acervo pessoal da artista
No ensaio com filme de ISO 100 (ver figura 30), optei em registrar as cenas
em lugares abertos, onde não tivesse pessoas transitando muito. Queria mostrar a
partir das fotos captadas a modelo encenando como que se tivesse tirando selfies4
e
4
Selfie é uma palavra em inglês, que tem origem no termo self-portrait, que significa autorretrato.
Geralmente a selfie é uma foto registrada pela própria pessoa com um smartphone por exemplo.
Disponível em: <http://www.significados.com.br/selfie/>. Acesso em: 05 fev. 2016.
34. 34
seu outro “eu” não querendo o mesmo. Ou seja, ambientes bonitos para registrar
selfies, porém, ainda sim um ser solitário inserido neste contexto.
Figura 30 Filme p&b ISO 100
Fonte:http://orangephoto.com.br/filmes-e-
papel-fotografico/filmes-ilford/filme-ilford-
delta-100-preto-e-branco-120-iso-
100.html
Abaixo algumas imagens deste ensaio:
Figura 31
Acervo pessoal da artista
35. 35
Figura 32
Acervo pessoal da artista
Figura 33
Acervo pessoal da artista
Figura 34
Acervo pessoal da artista
2.1.4 Revelação, Digitalização e Ampliação
Após ter fotografado com os 3 tipos de filmes, começaria a procurar por
laboratórios que revelassem filmes preto e branco. Pesquisando na internet alguns
laboratórios de São Paulo, me deparei com um que foi o melhor de custo e rapidez
que me agradou. O laboratório 337 LAB se encontra no bairro Ipiranga da cidade de
36. 36
São Paulo. Fui muito bem atendida, onde minhas dúvidas foram todas sanadas por
meio de emails que trocava com o laboratorista Rogério. Mandei os filmes através
do SEDEX pelos correios. A partir de então todo trabalho de revelação, digitalização
e ampliação das fotos em papel fotográfico ficou por conta deste laboratório.
Depois de revelado o filme quimicamente com os produtos adequados, o
negativo do filme iria para um scanner específico para a realização de tal
procedimento, realizando assim, a cópia digital do negativo. A partir de então, o
Rogério me mandava as cópias digitais por meio de uma ferramenta chamado
WeTransfer5
, que chegava no meu email, e de lá eu baixava as fotos. Assim, poderia
escolher qual foto iria para a ampliação em papel fotográfico. A ampliação também
ficou por conta deste laboratório, que basicamente é um aparelho que emite uma luz
concentrada no negativo através da qual, esta luz é projetada no papel fotossensível
sensiblizando assim, o papel que, após passar pelo processo de revelação motra a
imagem que estava no negativo.
2.2 A obra final
Depois de fazer os testes com três filmes com ISO diferentes, cheguei à
conclusão de quais fotos iriam compor minha obra final. E, então, optei por
selecionar algumas fotos somente do filme de ISO 3200, pois as fotos ficaram como
eu tinha imaginado e foram as que se introduziram melhor dentro do minha poética.
A obra intitulada de “vestígios de um solitário” é composta de um conjunto de
imagens que expressa o conceito de solidão de um cidadão contemporâneo inserido
no seu espaço íntimo e que, ociosamente, vagueia pelos cômodos da sua casa
interagindo no mundo virtual com seu smartphone e notebook à procura de tentar
não se sentir só.
As fotografias finais deste trabalho são mostradas logo abaixo, com intuito
de obter uma reflexão sobre como cada ser humano lida com as mudanças
tecnológicas que ocorrem década após década.
5
WeTransfer é uma ferramenta que permite aos usuários compartilharem diversos documentos ou
arquivos de forma, rápida e fácil, por permitir fazer o download de vários documentos por meio de um
arquivo zipado, sem precisar baixar um a um. Disponível em: <http://www.techtudo.com.br/tudo-
sobre/wetransfer.html>. Acesso em: 10 mar. 2016.
37. 37
O solitário anda aonde ninguém nota-o,
Aonde não há ninguém para se notar
Aonde não há nada para observar
Aonde não há ninguém para conversar
Aonde não há ninguém para tocar
Aonde o eu basta-se a sonhar
Aonde o outro eu basta-me
Talvez, basto-me.
Autoria própria.
Figura 35 “Ócio”
Acervo pessoal da artista
Figura 36 “Relaxamento”
Acervo pessoal da artista
38. 38
Figura 37 “Inativo”
Acervo pessoal da artista
Figura 38 “Inquietação”
Acervo pessoal da artista
Figura 39 “Pausa”
Acervo pessoal da artista
39. 39
Figura 40 “Repouso”
Acervo pessoal da artista
Figura 41 “Apatia”
Acervo pessoal da artista
Figura 42 “Indiferença”
Acervo pessoal da artista
41. 41
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A fotografia analógica foi o ponto de partida para a realização deste trabalho.
Dentro da arte contemporânea, ela se destaca por ser uma técnica pouca procurada
atualmente, devido ao crescente avanço da fotografia digital. Todavia, para mim, ter
trabalhado com a fotografia analógica, me fez enaltecer o grande valor que esta
técnica possui. Independente dos grandes avanços que a fotografia digital possa vir
nos mostrar, a fotografia analógica sempre terá seu espaço guardado no passado e
estudado no presente.
Foram encontradas muitas dificuldades durante todo o processo de
pesquisa, porém, nada que me fizesse desanimar ou desistir daquilo que eu
almejava. A dificuldade principal foi encontrar, no mercado local, os filmes p&b para
a realização dos testes. Todo o meu processo da compra dos filmes até a ampliação
das fotos em papel fotográfico, como havia dito anteriormente, foi realizado pela
internet, gerando um custo financeiro maior do que tinha imaginado. Entretanto, é
isso que torna a fotografia analógica mais enriquecedora e valorizada, e também,
requer muita paciência e dedicação.
Foi por meio dos erros e acertos deste trabalho que fui aos poucos
percebendo que nos tempos de hoje ter paciência é uma qualidade quase que
imprescindível. Até porque, nem sempre o resultado pode sair satisfatório. Como
ocorreu neste trabalho durante os testes com os filmes. No entanto, em relação ao
resultado final das obras, foi mais do que esperado. Pude fortalecer a importância da
fotografia analógica para a geração de hoje, onde a era digital predomina, e assim
comparar esta técnica do passado com o uso acelerado dos dispositivos móveis,
uma vez que pode vir a gerar no cidadão um isolamento do convívio social, que nem
sempre é proposital.
Sendo assim, finalizo este trabalho com grande entusiasmo e realização.
Enfatizando a grande importância em valorizarmos as técnicas descobertas no
passado. Este trabalho deixa, ainda, uma possiblidade de aprofundar os estudos
sobre outras técnicas a serem exploradas no campo da fotografia analógica. Percebi
que, com muita força de vontade, posso chegar a qualquer lugar. E que por mais
que os obstáculos possam surgir no caminho, saberei que sempre haverá um
42. 42
destino final. Por fim, enalteço a grande importância de nos comunicarmos mais com
as pessoas, que não nos aprisionemos dentro de nós mesmos.
43. 43
REFERÊNCIAS
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digital, 2011. Disponível em: http:/<www.mnemocine.com.br/indexphp/fotografia/32-
fototexto/169-a-transicao-da-fitografia-analogica-a-fotografia-digital>. Acesso em: 24
mar. 2015.
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Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2004.
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2004.
FIOCHI, Marco Aurélio; LACERDA, Mariana. A imagem entre a realidade e a
ficção, 2009. Disponível em: <http://www.itaucultural.org.br/materiacontinuum/a-
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em Comunicação, Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria, 2007.
Disponível em: <http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2007/resumos/R1533-
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MIRON, Dione M. Solidão no mundo contemporâneo, 2011. Disponível em:
<http://www.dionemiron.com.br/artigos/63-solidao-no-mundo-contemporaneo>.
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OLIVEIRA, Erivam Morais de. Da fotografia analógica à ascensão da fotografia
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RAMOS, Matheus Mazini. Fotografia e arte: demarcando fronteiras. Revista
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Dissertação (Pós-graduação em Artes Visuais) – Universidade Federal de Rio
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SILVA, Bárbara Garcia Ribeiro da. A função social da amizade duradoura na
sociedade contemporânea: um estudo com jovens adultos moradores da
metrópole paulistana. 2014. Número f. Tese (Pós-graduação em Sociologia) –
44. 44
Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas,
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TAVARES, António L. M. A fotografia artística e o seu lugar na arte contemporânea.
Revista Sapiens: História, Patrimônio e Arqueologia. N.º 1 (Julho 2009), pp. 118-
129.