SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 19
ABHR SUDESTE 2019
Laicidade e Pluralismo: Educação, Religiosidade e Direitos Humanos
GT 07 Experiências de Ensino Religioso no
espaço público e laico da Escola
MODELOS E PRÁTICAS DO ENSINO RELIGIOSO E
DIVERSIDADE RELIGIOSA EM SALA DE AULA
Arlindo Rocha PUC-SP
Vivemos numa sociedade multicultural, multiétnica,
multirracial [...] porém, a nível religioso, temos vivido
diversos desafios e problemas, pois, é visível,
Acredita-se que todas as religiões possuem objetivos e valores comuns.
Católico, espírita, evangélico, budista, judeu islâmico, umbandista [...]
não importa o credo, pois, em princípio, todas pregam o amor, a
igualdade entre os homens e buscam a paz através da prática do bem.
O reavivamento das religiões tradicionais, além da
incorporação de novas formas de religiosidade, a
criação de novas igrejas e até mesmo de novas
religiões, não raro com a passagem do converso por
várias possibilidades de adesão religiosa (GAARDNER,
et al., 2000, p. 283).
A multiplicidade religiosa permite que, na diferença, todas
possam ser tratadas com igualdade. Então, essa
multiplicidade deveria ter como princípio o respeito pelas
semelhanças e diferenças.
Entretanto, falar sobre DIVERSIDADE RELIGIOSA no Brasil é
um assunto que ainda gera polêmicas e incompreensões...
A intolerância religiosa faz manchetes em praticamente todos
os jornais nacionais e internacionais:
Os conflitos entre católicos e protestantes, judeus e
muçulmanos, cristãos e judeus são frequentes...
No Brasil, esses atos são mais frequentes com as religiões de
matriz africana o que viola o princípio da liberdade
religiosa...
A LIBERDADE RELIGIOSA é um direito fundamental tendo
ocorrido sua positivação na segunda metade do séc. XVII, em
conjunto com as declarações norte-americana (1776) e
francesa (1789).
Apesar da sua positivação, somente no século XVIII é que
passou a estar assentado em sede constitucional.
Portanto, passamos a ser livres, não porque passamos a ser
donos de nós mesmos, mas porque foram fixados os direitos
e os deveres que, permitem agir e escolher de forma
autônoma.
Uma definição de ‘LIBERDADE RELIGIOSA’ pode ser
encontrada no Art.18 da Declaração Universal dos Direitos
Humanos, de 1948:
“Todo o homem tem direito à liberdade de pensamento, consciência e
religião; esse direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença,
pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou
coletivamente, em público ou em particular”.
Na Constituição do Brasil [1988], o tópico sobre liberdade religiosa está
inscrito no artigo 5º:
VI - É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o
livre exercício dos cultos religiosos e garantia, na forma da lei, a
proteção aos locais de culto e as suas liturgias;
VII – É assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa
nas entidades civis e militares de internação coletiva;
VIII – Ninguém será privado dos direitos por motivos de crença religiosa ou
de convicção filosófica ou religiosa, salvo se as invocar para eximir-
se de obrigação legal a todos imposta [...]
O direito de aderir livremente uma religião é inquestionável.
O jurista brasileiro Aldir Guedes Soriano, assim expressa a
respeito,
Liberdade religiosa é um direto humano fundamental, consagrado
nas constituições dos países democráticos, bem como por
diversos tratados Internacionais. Trata-se, portanto, de uma
liberdade pública ou de uma prerrogativa individual, face do
poder estatal (SORIANO, 2002, p. 5).
Então é preciso educar as nossas crianças desde cedo levando-
os a descobrir que o princípio fundamental para a boa
convivência é o respeito e a tolerância, seja ela social,
política, econômica, cultural...
Nesse aspecto o Ensino Religioso nas escolas é de uma
relevância indiscutível. O que é discutível é o modo pela
qual se faz e quem o faz ou deveria fazê-lo.
A partir da legislação que rege o ER, a diversidade religiosa
constitui-se como princípio epistemológico fundante da
abordagem em sala de aula.
O Artigo 33 da Lei 9. 475 menciona que seja “ASSEGURADO O
RESPEITO À DIVERSIDADE CULTURAL RELIGIOSA DO BRASIL”.
Mas, na prática não é isso que acontece.
Assim, torna-se importante elencar três questões que são
fundamentais:
a) Como dar conta da diversidade religiosa nas escolas?
b) Como elaborar um ER que dê conta da tolerância?
c) Que modelo de ER privilegia o respeito e a liberdade
religiosa individual dos alunos?
Responder essas e outras questões é fundamental para a
materialização de um ER que seja plural...
No Brasil o ER foi assumido como o ensino da religião católica, e,
durante décadas, essa modalidade teve como base, apenas princípios
cristãos.
Atualmente, essa modalidade acontece em escolas confessionais,
entretanto, não é regra geral, pois, o modelo paradigmático inaugurado
pela CIÊNCIA DA RELIGIÃO, trouxe uma abordagem diferente.
Para que efetivamente haja mudanças significativas do ER nas escolas,
torna-se imprescindível:
a) Estudar os vários modelos de ER, como princípio metodológico
que auxilie o entendimento das práticas pedagógicas;
b) Disponibilizar a partir dos modelos pormenores para o
esclarecimento dos fundamentos que subjazem às concepções e
práticas de ER;
c) Valorizar o pluralismo e a diversidade cultural presente na
sociedade e possibilitar esclarecimentos sobre o direito à diferença
na construção de estruturas religiosas que têm na liberdade o seu
valor inalienável.
Em sua obra Novas perspectivas para o Ensino Religioso
no Brasil: uma educação para convivência e a paz no
contexto religioso plural, Ronald Lima, afirma que,
Favorecendo da força ética das religiões, o ER pode produzir uma
educação fundamentada na tolerância, no respeito, na
convivência e na paz como princípios fundamentais do convívio
humano harmonioso na sociedade. Dentro de um contorno
pedagógico, o ER protege, a diversidade de crenças e o
pluralismo religioso em conformidade com os PCN e a legislação
educacional brasileira (LIMA, 2016, p. 7).
Assim, baseado nas palavras do autor citado, apresentaremos os
modelos de ER e posteriormente faremos um paralelo com os
valores relativos ao respeito e à diversidade religiosa nas escolas.
Sistematizando os vários modelos que, comumente são praticados
atualmente no Brasil podemos elencar os seguintes:
a) Modelo confessional/catequético;
b) Modelo teológico;
c) Modelo da Ciência da Religião.
a) Modelo confessional/catequético:
 Estrutura-se a partir do ensino de uma determinada religião;
 Os alunos são vistos como fiéis;
 Pressupõe, em última instância, a fé do aluno;
 Parte de uma cosmovisão unireligiosa;
 Os conteúdos são provenientes de fontes doutrinais;
 Possui afinidade com o modelo de escola tradicional;
 Pode conduzir ao proselitismo e a intolerância religiosa.
Por isso, esse modelo é alvo de muitas críticas:
a) A confusão do ER com a catequese;
b) A divisão dos alunos no espaço escolar;
c) A crença na pertença e crença eclesial;
d) Indiferença em relação ao pluralismo religioso presente na
realidade escolar.
b) Modelo teológico:
Sérgio Junqueira (2002) preferem denominar esse modelo de
INTERCONFESSIONAL, INTER-RELIGIOSO e INTER-RELACIONAL.
 Perspectiva ‘ecumênica’ do ER, que nasce do comum acordo
entre as Igrejas Cristãs que determinam o núcleo comum da
fé a ser abordado com os alunos;
 Esse modelo revela uma disposição democrática da disciplina
do ER;
 Parte do dado da fé nas diversas designações religiosas;
 Procura o diálogo com diferentes confissões religiosas;
 Visa proporcionar o respeito e o diálogo entre as religiões
visando à formação integral do ser humano.
c) Modelo da Ciência da Religião:
Esse modelo é considerado o novo paradigma do Ensino
Religioso.
 Parte de uma cosmovisão plurirreligiosa em uma
sociedade secularizada;
 Suas fontes principais são: antropologia, sociologia,
história, filosofia e teologia.
 Privilegia o método indutivo, cujo ensino é centrado no
aluno;
 Seu objetivo principal é a formação de cidadãos.
O modelo da CR favorece as práticas do respeito, da
tolerância, do diálogo inter-religioso e contribui para uma
educação transconfessional.
Com a emergência do novo paradigma da CR, o ER adquire
autonomia como área de conhecimento e como saber com
estatuto epistemológico e pedagógico próprios.
No contexto das escolas públicas, o ER não precisa ser lecionado
por um teólogo, um pastor ou um padre, mas, por um CIENTISTA
DA RELIGIÃO com formação e capacidades pedagógicas para o
desempenho da docência.
Pois, o modelo, não se trata de catequese, nem de reflexão
teológica, mas um modelo que sustenta a autonomia
epistemológica e pedagógica do ER.
Diferente dos outros modelos apontados:
 Parte de uma cosmovisão transreligiosa,
 De um contexto político e uma sociedade secularizada;
 Usa como suporte metodológico a indução, cuja fonte primordial
são os dados da realidade concreta;
 O objetivo principal é a educação do aluno;
 A comunidade cientifica é responsável pela validação ou
refutação dos resultados das pesquisas.
Outro aspecto fundamental tem a ver com a formação de docentes, ou
seja, CIENTISTAS DAS RELIGIÕES, para lecionar o ER.
A formação dos cientistas das religiões deve ocorrer a partir de
procedimentos e avaliações peculiares ao Ensino Superior e que
propicie o desenvolvimento de habilidades e competências
específicas (FONSECA, 2011, p. 129).
O Cientista da Religião deve ser capaz de:
Aproximar, analisar e interpretar um fenômeno religioso em
estudo, sem que seus pré-conceitos interfiram na sua prática
docente [...];
Ser “imparcial”, porém, jamais “neutro”, o que tiraria a
sensibilidade e o “senso crítico” necessário para a apreensão
e crítica dos sentidos secundários de um símbolo religioso
(TEIXEIRA, 2011, p. 355).
A CR é o modelo mais coerente para aprofundar teórica e
metodologicamente a prática do ER, pois,
 Além da educação da religiosidade, ela tem como fim último, a
educação do aluno;
 Rompe com os outros modelos em nome da autonomia pedagógica
e epistemológica,
 Salvaguarda o respeito à diversidade religiosa de todos os
envolvidos no processo de ensino e aprendizagem...
Sendo assim, o modelo só tem a somar, visto que, como área de
conhecimento indispensável ao ER é a melhor forma de
corresponder aos desafios atuais, realçando assim, o valor
pedagógico do estudo e conhecimento religioso para a formação
integral do aluno.
Por isso, seu objetivo último, é desenvolver e aprimorar cada vez
mais a cidadania, o respeito, a tolerância e a harmonia por meio
de conhecimentos e valores defendidos e preservados pelas
religiões ao longo dos tempos.
Obrigado!
Referências
BENTO XVI. Liberdade religiosa, caminho para a paz. - Mensagem de para a celebração do dia mundial da paz, 01 de
Janeiro de 2011.
FONSECA, Alexandre Brasil. Relações e privilégios: estado, secularização e diversidade religiosa. – Rio de Janeiro:
Novos Diálogos Editora, 2011.
GAARDNER, Jostein; HELLERN, Victor; NOTAKER, Henry. O livro das religiões. – 7ª ed. – São Paulo: Cia. Das Letras,
2000.
KRONBAUER, Selenir Corrêa Gonçalves; SIMIONATO, Margareth Fedanelli. Articulando saberes: na formação de
professores. - São Paulo: Editora Paulinas, 2016.
LIMA, Ronald. Novas perspectivas para o Ensino Religioso no Brasil: uma educação para convivência e a paz no
contexto religioso plural. – 1ª ed. – São Paulo: Editora Clube de Autores, 2016.
MARDONES, José Maria. A vida do símbolo: a dimensão simbólica da religião. Trad. Euclides Martins Balancim – São
Paulo: Editora Paulinas 2006. - (Coleção espaço filosófico).
MENEGHETTI, Rosa Citana Krob. A experiência pedagógica da inclusão do ensino religioso no currículo escolar. In:
O estudo das religiões: desafios contemporâneos. Silas Guerreiro (Org.). - 2ª ed. – São Paulo: Editora Paulinas, 2003.
– (Coleção estudos da ABHR)
MIRANDA, Jorge. Manual de direito constitucional. Tomo IV, direitos fundamentais. 3 ed. rev. atual. Coimbra
Editora. 2000.
PASSOS, João Décio. Ensino Religioso: construção de uma proposta. - São Paulo: Editora Paulinas, 2007.
_______, João Décio. Ensino Religioso: mediações epistemológicas e finalidades pedagógicas. In: SENA, Luiza
(Org.). Ensino religioso e formação docente. São Paulo: Editora Paulinas, 2006.
REIMER, Haroldo. Liberdade religiosa na história das constituições do Brasil. - São Leopoldo: Editora Oikos, 3013.
SOARES, Afonso. M. L; STIGAR Robson. Perspectivas para o Ensino Religioso: uma Ciência da Religião como novo
paradigma. In: Revista Rever. Ano 16. no 01, janeiro de 2016.
_______; KRONBAUER, Selenir C. G. Educação e religião: múltiplos olhares sobre o Ensino Religioso. – Rio de
Janeiro: Editora Paulinas, 2015.
SORIANO, Guedes Aldair. Liberdade religiosa no direto constitucional e internacional. – São Paulo: Editora Juarez
de Oliveira, 2002.
TEIXEIRA, Carlos Flávio. Repensando a religião: debates sobre teologia, estado e cultura. – Engenheiro Coelho
neto, SP: Editora Unaspress – Imprensa Universitária Adventista, 2011.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Projeto "Bullying: Somos todos iguais nas próprias diferenças"
Projeto "Bullying: Somos todos iguais nas próprias diferenças"Projeto "Bullying: Somos todos iguais nas próprias diferenças"
Projeto "Bullying: Somos todos iguais nas próprias diferenças"Viviane De Carvalho Teixeira
 
Folha-de-redação-Oficial-Se-liga-no-Enem (1).pdf
Folha-de-redação-Oficial-Se-liga-no-Enem (1).pdfFolha-de-redação-Oficial-Se-liga-no-Enem (1).pdf
Folha-de-redação-Oficial-Se-liga-no-Enem (1).pdfTarcisoDouglas1
 
AULA DE ENSINO RELIGIOSO
AULA DE ENSINO RELIGIOSOAULA DE ENSINO RELIGIOSO
AULA DE ENSINO RELIGIOSOelianecamera
 
Plano de ensino bimestral modelo
Plano de ensino bimestral modeloPlano de ensino bimestral modelo
Plano de ensino bimestral modeloFrancisco de Sousa
 
Plano de ensino religião
Plano de ensino  religiãoPlano de ensino  religião
Plano de ensino religiãosimonclark
 
RELATÓRIO DA EJA- DORALICE DOURADO
RELATÓRIO DA EJA- DORALICE DOURADORELATÓRIO DA EJA- DORALICE DOURADO
RELATÓRIO DA EJA- DORALICE DOURADOUFMA e UEMA
 
Avaliação de Ensino Religioso
Avaliação de Ensino ReligiosoAvaliação de Ensino Religioso
Avaliação de Ensino ReligiosoÉder Oliveira
 
Apresentação Civismo Cidadania Escolas PúBlicas
Apresentação Civismo Cidadania Escolas PúBlicasApresentação Civismo Cidadania Escolas PúBlicas
Apresentação Civismo Cidadania Escolas PúBlicasGutoTaubate2011
 
Plano de habilidades e competências, ensino religioso
Plano de habilidades e competências, ensino religiosoPlano de habilidades e competências, ensino religioso
Plano de habilidades e competências, ensino religiosopibiduergsmontenegro
 
Formação para os Professores, Premissas: Excelência em Gestão, Corresponsabil...
Formação para os Professores, Premissas: Excelência em Gestão, Corresponsabil...Formação para os Professores, Premissas: Excelência em Gestão, Corresponsabil...
Formação para os Professores, Premissas: Excelência em Gestão, Corresponsabil...SandraRombi
 
Aula nota 10 - 49 técnicas para ser um professor nota 10
Aula nota 10 - 49 técnicas para ser um professor nota 10Aula nota 10 - 49 técnicas para ser um professor nota 10
Aula nota 10 - 49 técnicas para ser um professor nota 10Ricardo Silva
 

Mais procurados (20)

Projeto "Bullying: Somos todos iguais nas próprias diferenças"
Projeto "Bullying: Somos todos iguais nas próprias diferenças"Projeto "Bullying: Somos todos iguais nas próprias diferenças"
Projeto "Bullying: Somos todos iguais nas próprias diferenças"
 
Folha-de-redação-Oficial-Se-liga-no-Enem (1).pdf
Folha-de-redação-Oficial-Se-liga-no-Enem (1).pdfFolha-de-redação-Oficial-Se-liga-no-Enem (1).pdf
Folha-de-redação-Oficial-Se-liga-no-Enem (1).pdf
 
Jogo De Etica
Jogo De EticaJogo De Etica
Jogo De Etica
 
Cultura de Paz
Cultura de PazCultura de Paz
Cultura de Paz
 
AULA DE ENSINO RELIGIOSO
AULA DE ENSINO RELIGIOSOAULA DE ENSINO RELIGIOSO
AULA DE ENSINO RELIGIOSO
 
Projeto de vida
Projeto de vidaProjeto de vida
Projeto de vida
 
Plano de ensino bimestral modelo
Plano de ensino bimestral modeloPlano de ensino bimestral modelo
Plano de ensino bimestral modelo
 
Hidrosfera: as Águas Continentais
Hidrosfera: as Águas ContinentaisHidrosfera: as Águas Continentais
Hidrosfera: as Águas Continentais
 
Atividade - A História Das Coisas
Atividade  - A História Das CoisasAtividade  - A História Das Coisas
Atividade - A História Das Coisas
 
Plano de ensino religião
Plano de ensino  religiãoPlano de ensino  religião
Plano de ensino religião
 
RELATÓRIO DA EJA- DORALICE DOURADO
RELATÓRIO DA EJA- DORALICE DOURADORELATÓRIO DA EJA- DORALICE DOURADO
RELATÓRIO DA EJA- DORALICE DOURADO
 
Projeto de vida
Projeto de vidaProjeto de vida
Projeto de vida
 
Avaliação de Ensino Religioso
Avaliação de Ensino ReligiosoAvaliação de Ensino Religioso
Avaliação de Ensino Religioso
 
Apresentação Civismo Cidadania Escolas PúBlicas
Apresentação Civismo Cidadania Escolas PúBlicasApresentação Civismo Cidadania Escolas PúBlicas
Apresentação Civismo Cidadania Escolas PúBlicas
 
Plano de habilidades e competências, ensino religioso
Plano de habilidades e competências, ensino religiosoPlano de habilidades e competências, ensino religioso
Plano de habilidades e competências, ensino religioso
 
Formação para os Professores, Premissas: Excelência em Gestão, Corresponsabil...
Formação para os Professores, Premissas: Excelência em Gestão, Corresponsabil...Formação para os Professores, Premissas: Excelência em Gestão, Corresponsabil...
Formação para os Professores, Premissas: Excelência em Gestão, Corresponsabil...
 
Religião e Sociologia
Religião e SociologiaReligião e Sociologia
Religião e Sociologia
 
RELIGIÕES DO MUNDO.
RELIGIÕES DO MUNDO.RELIGIÕES DO MUNDO.
RELIGIÕES DO MUNDO.
 
Aula nota 10 - 49 técnicas para ser um professor nota 10
Aula nota 10 - 49 técnicas para ser um professor nota 10Aula nota 10 - 49 técnicas para ser um professor nota 10
Aula nota 10 - 49 técnicas para ser um professor nota 10
 
Plano de ação 2011
Plano de ação 2011Plano de ação 2011
Plano de ação 2011
 

Semelhante a MODELOS E PRÁTICAS DO ENSINO RELIGIOSO E DIVERSIDADE RELIGIOSA EM SALA DE AULA  

DIDÁTICA DO ENSINO RELIGIOSO.docx
DIDÁTICA DO ENSINO RELIGIOSO.docxDIDÁTICA DO ENSINO RELIGIOSO.docx
DIDÁTICA DO ENSINO RELIGIOSO.docxmagborga
 
Currículo referência ensino religioso 6º ao 9º ano
Currículo referência ensino religioso 6º ao 9º anoCurrículo referência ensino religioso 6º ao 9º ano
Currículo referência ensino religioso 6º ao 9º anotecnicossme
 
tcc pós graduação artigo ensino religioso Manoel Colares 2016 0_344155
 tcc pós  graduação artigo ensino religioso  Manoel Colares 2016 0_344155 tcc pós  graduação artigo ensino religioso  Manoel Colares 2016 0_344155
tcc pós graduação artigo ensino religioso Manoel Colares 2016 0_344155MANOEL R. C. SILVA
 
Slides Mestrado em Educação
Slides Mestrado em EducaçãoSlides Mestrado em Educação
Slides Mestrado em EducaçãoManoel Felizardo
 
Mono.odp jocilaineGestão democrática: Resgatando os Valores Humanos do Ensino...
Mono.odp jocilaineGestão democrática: Resgatando os Valores Humanos do Ensino...Mono.odp jocilaineGestão democrática: Resgatando os Valores Humanos do Ensino...
Mono.odp jocilaineGestão democrática: Resgatando os Valores Humanos do Ensino...Jocilaine Moreira
 
GESTÃO DEMOCRÁTICA: RESGATANDO OS VALORES HUMANOS DO ENSINO RELIGIOSO NAS ESC...
GESTÃO DEMOCRÁTICA: RESGATANDO OS VALORES HUMANOS DO ENSINO RELIGIOSO NAS ESC...GESTÃO DEMOCRÁTICA: RESGATANDO OS VALORES HUMANOS DO ENSINO RELIGIOSO NAS ESC...
GESTÃO DEMOCRÁTICA: RESGATANDO OS VALORES HUMANOS DO ENSINO RELIGIOSO NAS ESC...Jocilaine Moreira
 
Artigo legislação do ensino religioso
Artigo legislação do ensino religiosoArtigo legislação do ensino religioso
Artigo legislação do ensino religiosoEduardo Oliveira
 
LIBERDADE DE RELIGIÃO E DE CONSCIÊNCIA.ppsx
LIBERDADE DE RELIGIÃO E DE CONSCIÊNCIA.ppsxLIBERDADE DE RELIGIÃO E DE CONSCIÊNCIA.ppsx
LIBERDADE DE RELIGIÃO E DE CONSCIÊNCIA.ppsxGilbraz Aragão
 
DEIM - conhecendo o documento (Escola Dominical da Catedral Metodista de Pira...
DEIM - conhecendo o documento (Escola Dominical da Catedral Metodista de Pira...DEIM - conhecendo o documento (Escola Dominical da Catedral Metodista de Pira...
DEIM - conhecendo o documento (Escola Dominical da Catedral Metodista de Pira...Paulo Dias Nogueira
 
DEIM - conhecendo as Diretrizes para Educação na Igreja Metodista (ED na CMP)
DEIM -    conhecendo as Diretrizes para Educação na Igreja Metodista (ED na CMP)DEIM -    conhecendo as Diretrizes para Educação na Igreja Metodista (ED na CMP)
DEIM - conhecendo as Diretrizes para Educação na Igreja Metodista (ED na CMP)Paulo Dias Nogueira
 
Religião, Espaço Público, Sociabilidade e Desempenho Educacional
Religião, Espaço Público, Sociabilidade e Desempenho EducacionalReligião, Espaço Público, Sociabilidade e Desempenho Educacional
Religião, Espaço Público, Sociabilidade e Desempenho EducacionalCristiano Bodart
 
Slides Referencial Curricular
Slides Referencial CurricularSlides Referencial Curricular
Slides Referencial Curricularacs8cre
 
PROJETO EDUCAÇÃO: DIVERSIDADE CULTURAL
PROJETO EDUCAÇÃO: DIVERSIDADE CULTURALPROJETO EDUCAÇÃO: DIVERSIDADE CULTURAL
PROJETO EDUCAÇÃO: DIVERSIDADE CULTURALAline Martendal
 

Semelhante a MODELOS E PRÁTICAS DO ENSINO RELIGIOSO E DIVERSIDADE RELIGIOSA EM SALA DE AULA   (20)

DIDÁTICA DO ENSINO RELIGIOSO.docx
DIDÁTICA DO ENSINO RELIGIOSO.docxDIDÁTICA DO ENSINO RELIGIOSO.docx
DIDÁTICA DO ENSINO RELIGIOSO.docx
 
Currículo referência ensino religioso 6º ao 9º ano
Currículo referência ensino religioso 6º ao 9º anoCurrículo referência ensino religioso 6º ao 9º ano
Currículo referência ensino religioso 6º ao 9º ano
 
Religião
ReligiãoReligião
Religião
 
tcc pós graduação artigo ensino religioso Manoel Colares 2016 0_344155
 tcc pós  graduação artigo ensino religioso  Manoel Colares 2016 0_344155 tcc pós  graduação artigo ensino religioso  Manoel Colares 2016 0_344155
tcc pós graduação artigo ensino religioso Manoel Colares 2016 0_344155
 
Slides Mestrado em Educação
Slides Mestrado em EducaçãoSlides Mestrado em Educação
Slides Mestrado em Educação
 
Mono.odp jocilaineGestão democrática: Resgatando os Valores Humanos do Ensino...
Mono.odp jocilaineGestão democrática: Resgatando os Valores Humanos do Ensino...Mono.odp jocilaineGestão democrática: Resgatando os Valores Humanos do Ensino...
Mono.odp jocilaineGestão democrática: Resgatando os Valores Humanos do Ensino...
 
GESTÃO DEMOCRÁTICA: RESGATANDO OS VALORES HUMANOS DO ENSINO RELIGIOSO NAS ESC...
GESTÃO DEMOCRÁTICA: RESGATANDO OS VALORES HUMANOS DO ENSINO RELIGIOSO NAS ESC...GESTÃO DEMOCRÁTICA: RESGATANDO OS VALORES HUMANOS DO ENSINO RELIGIOSO NAS ESC...
GESTÃO DEMOCRÁTICA: RESGATANDO OS VALORES HUMANOS DO ENSINO RELIGIOSO NAS ESC...
 
Artigo legislação do ensino religioso
Artigo legislação do ensino religiosoArtigo legislação do ensino religioso
Artigo legislação do ensino religioso
 
LIBERDADE DE RELIGIÃO E DE CONSCIÊNCIA.ppsx
LIBERDADE DE RELIGIÃO E DE CONSCIÊNCIA.ppsxLIBERDADE DE RELIGIÃO E DE CONSCIÊNCIA.ppsx
LIBERDADE DE RELIGIÃO E DE CONSCIÊNCIA.ppsx
 
_AULA 2 (1).aprov 2021.pptx
_AULA 2 (1).aprov 2021.pptx_AULA 2 (1).aprov 2021.pptx
_AULA 2 (1).aprov 2021.pptx
 
DEIM - conhecendo o documento (Escola Dominical da Catedral Metodista de Pira...
DEIM - conhecendo o documento (Escola Dominical da Catedral Metodista de Pira...DEIM - conhecendo o documento (Escola Dominical da Catedral Metodista de Pira...
DEIM - conhecendo o documento (Escola Dominical da Catedral Metodista de Pira...
 
DEIM - conhecendo as Diretrizes para Educação na Igreja Metodista (ED na CMP)
DEIM -    conhecendo as Diretrizes para Educação na Igreja Metodista (ED na CMP)DEIM -    conhecendo as Diretrizes para Educação na Igreja Metodista (ED na CMP)
DEIM - conhecendo as Diretrizes para Educação na Igreja Metodista (ED na CMP)
 
T soares
T soaresT soares
T soares
 
Edurelig
EdureligEdurelig
Edurelig
 
Oscincograndeeixoser 110415203723-phpapp02
Oscincograndeeixoser 110415203723-phpapp02Oscincograndeeixoser 110415203723-phpapp02
Oscincograndeeixoser 110415203723-phpapp02
 
Oscincograndeeixoser 110415203723-phpapp02
Oscincograndeeixoser 110415203723-phpapp02Oscincograndeeixoser 110415203723-phpapp02
Oscincograndeeixoser 110415203723-phpapp02
 
Religião, Espaço Público, Sociabilidade e Desempenho Educacional
Religião, Espaço Público, Sociabilidade e Desempenho EducacionalReligião, Espaço Público, Sociabilidade e Desempenho Educacional
Religião, Espaço Público, Sociabilidade e Desempenho Educacional
 
Marco doutrinal1 def
Marco doutrinal1 defMarco doutrinal1 def
Marco doutrinal1 def
 
Slides Referencial Curricular
Slides Referencial CurricularSlides Referencial Curricular
Slides Referencial Curricular
 
PROJETO EDUCAÇÃO: DIVERSIDADE CULTURAL
PROJETO EDUCAÇÃO: DIVERSIDADE CULTURALPROJETO EDUCAÇÃO: DIVERSIDADE CULTURAL
PROJETO EDUCAÇÃO: DIVERSIDADE CULTURAL
 

Mais de Arlindo Nascimento Rocha - "Oficina Acadêmica"

Mais de Arlindo Nascimento Rocha - "Oficina Acadêmica" (20)

PPT: A RELIGIÃO DO HOMEM DECAÍDO EM BUSCA DO DEUSABSCONDITUS EM BLAISE PASCAL...
PPT: A RELIGIÃO DO HOMEM DECAÍDO EM BUSCA DO DEUSABSCONDITUS EM BLAISE PASCAL...PPT: A RELIGIÃO DO HOMEM DECAÍDO EM BUSCA DO DEUSABSCONDITUS EM BLAISE PASCAL...
PPT: A RELIGIÃO DO HOMEM DECAÍDO EM BUSCA DO DEUSABSCONDITUS EM BLAISE PASCAL...
 
Mobilidade humana nacional e internacional: problemas e soluções
Mobilidade humana nacional e internacional: problemas e soluçõesMobilidade humana nacional e internacional: problemas e soluções
Mobilidade humana nacional e internacional: problemas e soluções
 
FILOSOFIA DA RELIGIÃO - [PAINE, Scott Randall]
FILOSOFIA DA RELIGIÃO - [PAINE, Scott Randall]FILOSOFIA DA RELIGIÃO - [PAINE, Scott Randall]
FILOSOFIA DA RELIGIÃO - [PAINE, Scott Randall]
 
Aprendizagem na atualidade: dos saberes às práticas
Aprendizagem na atualidade: dos saberes às práticasAprendizagem na atualidade: dos saberes às práticas
Aprendizagem na atualidade: dos saberes às práticas
 
Entretextos: coletânea de textos acadêmicos
Entretextos: coletânea de textos acadêmicos Entretextos: coletânea de textos acadêmicos
Entretextos: coletânea de textos acadêmicos
 
RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS DENTRO E FORA DAS ESCOLAS
RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS DENTRO E FORA DAS ESCOLASRELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS DENTRO E FORA DAS ESCOLAS
RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS DENTRO E FORA DAS ESCOLAS
 
Uma leitura atual sobre a construção política e social na filosofia de Blaise...
Uma leitura atual sobre a construção política e social na filosofia de Blaise...Uma leitura atual sobre a construção política e social na filosofia de Blaise...
Uma leitura atual sobre a construção política e social na filosofia de Blaise...
 
Uma leitura atual sobre a construção política e social na filosofia de Blaise...
Uma leitura atual sobre a construção política e social na filosofia de Blaise...Uma leitura atual sobre a construção política e social na filosofia de Blaise...
Uma leitura atual sobre a construção política e social na filosofia de Blaise...
 
BLAISE PASCAL: DESEJO E DIVERTIMENTO COMO FUGA DE SI MESMO NA ANTROPOLOGIA PA...
BLAISE PASCAL: DESEJO E DIVERTIMENTO COMO FUGA DE SI MESMO NA ANTROPOLOGIA PA...BLAISE PASCAL: DESEJO E DIVERTIMENTO COMO FUGA DE SI MESMO NA ANTROPOLOGIA PA...
BLAISE PASCAL: DESEJO E DIVERTIMENTO COMO FUGA DE SI MESMO NA ANTROPOLOGIA PA...
 
PEDRO SIQUEIRA: O ESCOLHIDO PARA FALAR COM SANTOS, ANJOS E NOSSA SENHORA
PEDRO SIQUEIRA: O ESCOLHIDO PARA FALAR COM SANTOS, ANJOS E NOSSA SENHORAPEDRO SIQUEIRA: O ESCOLHIDO PARA FALAR COM SANTOS, ANJOS E NOSSA SENHORA
PEDRO SIQUEIRA: O ESCOLHIDO PARA FALAR COM SANTOS, ANJOS E NOSSA SENHORA
 
SER JUDEU: UMA HERANÇA GENÉTICA TRANSMITIDA UNICAMENTE PELO SANGUE?
SER JUDEU: UMA HERANÇA GENÉTICA TRANSMITIDA UNICAMENTE PELO SANGUE?SER JUDEU: UMA HERANÇA GENÉTICA TRANSMITIDA UNICAMENTE PELO SANGUE?
SER JUDEU: UMA HERANÇA GENÉTICA TRANSMITIDA UNICAMENTE PELO SANGUE?
 
A FRAQUEZA DA RAZÃO E A INCERTEZA DO CONHECIMENTO DA VERDADE EM BLAISE PASCAL
A FRAQUEZA DA RAZÃO E A INCERTEZA DO CONHECIMENTO DA VERDADE EM BLAISE PASCALA FRAQUEZA DA RAZÃO E A INCERTEZA DO CONHECIMENTO DA VERDADE EM BLAISE PASCAL
A FRAQUEZA DA RAZÃO E A INCERTEZA DO CONHECIMENTO DA VERDADE EM BLAISE PASCAL
 
O PROBLEMA DO MAL E A OCULTAÇÃO DE DEUS: UMA ANÁLISE SOBREO PECADO ORIGINAL C...
O PROBLEMA DO MAL E A OCULTAÇÃO DE DEUS: UMA ANÁLISE SOBREO PECADO ORIGINAL C...O PROBLEMA DO MAL E A OCULTAÇÃO DE DEUS: UMA ANÁLISE SOBREO PECADO ORIGINAL C...
O PROBLEMA DO MAL E A OCULTAÇÃO DE DEUS: UMA ANÁLISE SOBREO PECADO ORIGINAL C...
 
Idas e Vindas do Sagrado - Danièle Hervieu-Léger
Idas e Vindas do Sagrado - Danièle Hervieu-LégerIdas e Vindas do Sagrado - Danièle Hervieu-Léger
Idas e Vindas do Sagrado - Danièle Hervieu-Léger
 
Conhecimento Religioso
Conhecimento ReligiosoConhecimento Religioso
Conhecimento Religioso
 
Desafios da gestão democrática na escola pública: Emergência de um novo parad...
Desafios da gestão democrática na escola pública: Emergência de um novo parad...Desafios da gestão democrática na escola pública: Emergência de um novo parad...
Desafios da gestão democrática na escola pública: Emergência de um novo parad...
 
Dimensôes da condição humana no judaísmo: lutando contra Deus num mundo imper...
Dimensôes da condição humana no judaísmo: lutando contra Deus num mundo imper...Dimensôes da condição humana no judaísmo: lutando contra Deus num mundo imper...
Dimensôes da condição humana no judaísmo: lutando contra Deus num mundo imper...
 
Os Cinco Pilares do Islã
Os Cinco Pilares do IslãOs Cinco Pilares do Islã
Os Cinco Pilares do Islã
 
O Rig Veda
O Rig VedaO Rig Veda
O Rig Veda
 
Judeus e não Judeus na família.
Judeus e não Judeus na família. Judeus e não Judeus na família.
Judeus e não Judeus na família.
 

Último

William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfAdrianaCunha84
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasCassio Meira Jr.
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Mary Alvarenga
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptMaiteFerreira4
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...licinioBorges
 
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptxSlide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptxssuserf54fa01
 
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisasNova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisasraveccavp
 
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptxLinoReisLino
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxBeatrizLittig1
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasCassio Meira Jr.
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumAugusto Costa
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxRonys4
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMVanessaCavalcante37
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila RibeiroMarcele Ravasio
 

Último (20)

William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
 
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptxSlide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptx
 
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisasNova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisas
 
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
 
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
 

MODELOS E PRÁTICAS DO ENSINO RELIGIOSO E DIVERSIDADE RELIGIOSA EM SALA DE AULA  

  • 1. ABHR SUDESTE 2019 Laicidade e Pluralismo: Educação, Religiosidade e Direitos Humanos GT 07 Experiências de Ensino Religioso no espaço público e laico da Escola MODELOS E PRÁTICAS DO ENSINO RELIGIOSO E DIVERSIDADE RELIGIOSA EM SALA DE AULA Arlindo Rocha PUC-SP
  • 2. Vivemos numa sociedade multicultural, multiétnica, multirracial [...] porém, a nível religioso, temos vivido diversos desafios e problemas, pois, é visível, Acredita-se que todas as religiões possuem objetivos e valores comuns. Católico, espírita, evangélico, budista, judeu islâmico, umbandista [...] não importa o credo, pois, em princípio, todas pregam o amor, a igualdade entre os homens e buscam a paz através da prática do bem. O reavivamento das religiões tradicionais, além da incorporação de novas formas de religiosidade, a criação de novas igrejas e até mesmo de novas religiões, não raro com a passagem do converso por várias possibilidades de adesão religiosa (GAARDNER, et al., 2000, p. 283).
  • 3. A multiplicidade religiosa permite que, na diferença, todas possam ser tratadas com igualdade. Então, essa multiplicidade deveria ter como princípio o respeito pelas semelhanças e diferenças. Entretanto, falar sobre DIVERSIDADE RELIGIOSA no Brasil é um assunto que ainda gera polêmicas e incompreensões... A intolerância religiosa faz manchetes em praticamente todos os jornais nacionais e internacionais: Os conflitos entre católicos e protestantes, judeus e muçulmanos, cristãos e judeus são frequentes... No Brasil, esses atos são mais frequentes com as religiões de matriz africana o que viola o princípio da liberdade religiosa...
  • 4. A LIBERDADE RELIGIOSA é um direito fundamental tendo ocorrido sua positivação na segunda metade do séc. XVII, em conjunto com as declarações norte-americana (1776) e francesa (1789). Apesar da sua positivação, somente no século XVIII é que passou a estar assentado em sede constitucional. Portanto, passamos a ser livres, não porque passamos a ser donos de nós mesmos, mas porque foram fixados os direitos e os deveres que, permitem agir e escolher de forma autônoma.
  • 5. Uma definição de ‘LIBERDADE RELIGIOSA’ pode ser encontrada no Art.18 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948: “Todo o homem tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; esse direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular”. Na Constituição do Brasil [1988], o tópico sobre liberdade religiosa está inscrito no artigo 5º: VI - É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantia, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e as suas liturgias; VII – É assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva; VIII – Ninguém será privado dos direitos por motivos de crença religiosa ou de convicção filosófica ou religiosa, salvo se as invocar para eximir- se de obrigação legal a todos imposta [...]
  • 6. O direito de aderir livremente uma religião é inquestionável. O jurista brasileiro Aldir Guedes Soriano, assim expressa a respeito, Liberdade religiosa é um direto humano fundamental, consagrado nas constituições dos países democráticos, bem como por diversos tratados Internacionais. Trata-se, portanto, de uma liberdade pública ou de uma prerrogativa individual, face do poder estatal (SORIANO, 2002, p. 5). Então é preciso educar as nossas crianças desde cedo levando- os a descobrir que o princípio fundamental para a boa convivência é o respeito e a tolerância, seja ela social, política, econômica, cultural... Nesse aspecto o Ensino Religioso nas escolas é de uma relevância indiscutível. O que é discutível é o modo pela qual se faz e quem o faz ou deveria fazê-lo.
  • 7. A partir da legislação que rege o ER, a diversidade religiosa constitui-se como princípio epistemológico fundante da abordagem em sala de aula. O Artigo 33 da Lei 9. 475 menciona que seja “ASSEGURADO O RESPEITO À DIVERSIDADE CULTURAL RELIGIOSA DO BRASIL”. Mas, na prática não é isso que acontece. Assim, torna-se importante elencar três questões que são fundamentais: a) Como dar conta da diversidade religiosa nas escolas? b) Como elaborar um ER que dê conta da tolerância? c) Que modelo de ER privilegia o respeito e a liberdade religiosa individual dos alunos? Responder essas e outras questões é fundamental para a materialização de um ER que seja plural...
  • 8. No Brasil o ER foi assumido como o ensino da religião católica, e, durante décadas, essa modalidade teve como base, apenas princípios cristãos. Atualmente, essa modalidade acontece em escolas confessionais, entretanto, não é regra geral, pois, o modelo paradigmático inaugurado pela CIÊNCIA DA RELIGIÃO, trouxe uma abordagem diferente. Para que efetivamente haja mudanças significativas do ER nas escolas, torna-se imprescindível: a) Estudar os vários modelos de ER, como princípio metodológico que auxilie o entendimento das práticas pedagógicas; b) Disponibilizar a partir dos modelos pormenores para o esclarecimento dos fundamentos que subjazem às concepções e práticas de ER; c) Valorizar o pluralismo e a diversidade cultural presente na sociedade e possibilitar esclarecimentos sobre o direito à diferença na construção de estruturas religiosas que têm na liberdade o seu valor inalienável.
  • 9. Em sua obra Novas perspectivas para o Ensino Religioso no Brasil: uma educação para convivência e a paz no contexto religioso plural, Ronald Lima, afirma que, Favorecendo da força ética das religiões, o ER pode produzir uma educação fundamentada na tolerância, no respeito, na convivência e na paz como princípios fundamentais do convívio humano harmonioso na sociedade. Dentro de um contorno pedagógico, o ER protege, a diversidade de crenças e o pluralismo religioso em conformidade com os PCN e a legislação educacional brasileira (LIMA, 2016, p. 7).
  • 10. Assim, baseado nas palavras do autor citado, apresentaremos os modelos de ER e posteriormente faremos um paralelo com os valores relativos ao respeito e à diversidade religiosa nas escolas. Sistematizando os vários modelos que, comumente são praticados atualmente no Brasil podemos elencar os seguintes: a) Modelo confessional/catequético; b) Modelo teológico; c) Modelo da Ciência da Religião.
  • 11. a) Modelo confessional/catequético:  Estrutura-se a partir do ensino de uma determinada religião;  Os alunos são vistos como fiéis;  Pressupõe, em última instância, a fé do aluno;  Parte de uma cosmovisão unireligiosa;  Os conteúdos são provenientes de fontes doutrinais;  Possui afinidade com o modelo de escola tradicional;  Pode conduzir ao proselitismo e a intolerância religiosa. Por isso, esse modelo é alvo de muitas críticas: a) A confusão do ER com a catequese; b) A divisão dos alunos no espaço escolar; c) A crença na pertença e crença eclesial; d) Indiferença em relação ao pluralismo religioso presente na realidade escolar.
  • 12. b) Modelo teológico: Sérgio Junqueira (2002) preferem denominar esse modelo de INTERCONFESSIONAL, INTER-RELIGIOSO e INTER-RELACIONAL.  Perspectiva ‘ecumênica’ do ER, que nasce do comum acordo entre as Igrejas Cristãs que determinam o núcleo comum da fé a ser abordado com os alunos;  Esse modelo revela uma disposição democrática da disciplina do ER;  Parte do dado da fé nas diversas designações religiosas;  Procura o diálogo com diferentes confissões religiosas;  Visa proporcionar o respeito e o diálogo entre as religiões visando à formação integral do ser humano.
  • 13. c) Modelo da Ciência da Religião: Esse modelo é considerado o novo paradigma do Ensino Religioso.  Parte de uma cosmovisão plurirreligiosa em uma sociedade secularizada;  Suas fontes principais são: antropologia, sociologia, história, filosofia e teologia.  Privilegia o método indutivo, cujo ensino é centrado no aluno;  Seu objetivo principal é a formação de cidadãos. O modelo da CR favorece as práticas do respeito, da tolerância, do diálogo inter-religioso e contribui para uma educação transconfessional.
  • 14. Com a emergência do novo paradigma da CR, o ER adquire autonomia como área de conhecimento e como saber com estatuto epistemológico e pedagógico próprios. No contexto das escolas públicas, o ER não precisa ser lecionado por um teólogo, um pastor ou um padre, mas, por um CIENTISTA DA RELIGIÃO com formação e capacidades pedagógicas para o desempenho da docência. Pois, o modelo, não se trata de catequese, nem de reflexão teológica, mas um modelo que sustenta a autonomia epistemológica e pedagógica do ER.
  • 15. Diferente dos outros modelos apontados:  Parte de uma cosmovisão transreligiosa,  De um contexto político e uma sociedade secularizada;  Usa como suporte metodológico a indução, cuja fonte primordial são os dados da realidade concreta;  O objetivo principal é a educação do aluno;  A comunidade cientifica é responsável pela validação ou refutação dos resultados das pesquisas. Outro aspecto fundamental tem a ver com a formação de docentes, ou seja, CIENTISTAS DAS RELIGIÕES, para lecionar o ER. A formação dos cientistas das religiões deve ocorrer a partir de procedimentos e avaliações peculiares ao Ensino Superior e que propicie o desenvolvimento de habilidades e competências específicas (FONSECA, 2011, p. 129).
  • 16. O Cientista da Religião deve ser capaz de: Aproximar, analisar e interpretar um fenômeno religioso em estudo, sem que seus pré-conceitos interfiram na sua prática docente [...]; Ser “imparcial”, porém, jamais “neutro”, o que tiraria a sensibilidade e o “senso crítico” necessário para a apreensão e crítica dos sentidos secundários de um símbolo religioso (TEIXEIRA, 2011, p. 355). A CR é o modelo mais coerente para aprofundar teórica e metodologicamente a prática do ER, pois,  Além da educação da religiosidade, ela tem como fim último, a educação do aluno;  Rompe com os outros modelos em nome da autonomia pedagógica e epistemológica,  Salvaguarda o respeito à diversidade religiosa de todos os envolvidos no processo de ensino e aprendizagem...
  • 17. Sendo assim, o modelo só tem a somar, visto que, como área de conhecimento indispensável ao ER é a melhor forma de corresponder aos desafios atuais, realçando assim, o valor pedagógico do estudo e conhecimento religioso para a formação integral do aluno. Por isso, seu objetivo último, é desenvolver e aprimorar cada vez mais a cidadania, o respeito, a tolerância e a harmonia por meio de conhecimentos e valores defendidos e preservados pelas religiões ao longo dos tempos.
  • 19. Referências BENTO XVI. Liberdade religiosa, caminho para a paz. - Mensagem de para a celebração do dia mundial da paz, 01 de Janeiro de 2011. FONSECA, Alexandre Brasil. Relações e privilégios: estado, secularização e diversidade religiosa. – Rio de Janeiro: Novos Diálogos Editora, 2011. GAARDNER, Jostein; HELLERN, Victor; NOTAKER, Henry. O livro das religiões. – 7ª ed. – São Paulo: Cia. Das Letras, 2000. KRONBAUER, Selenir Corrêa Gonçalves; SIMIONATO, Margareth Fedanelli. Articulando saberes: na formação de professores. - São Paulo: Editora Paulinas, 2016. LIMA, Ronald. Novas perspectivas para o Ensino Religioso no Brasil: uma educação para convivência e a paz no contexto religioso plural. – 1ª ed. – São Paulo: Editora Clube de Autores, 2016. MARDONES, José Maria. A vida do símbolo: a dimensão simbólica da religião. Trad. Euclides Martins Balancim – São Paulo: Editora Paulinas 2006. - (Coleção espaço filosófico). MENEGHETTI, Rosa Citana Krob. A experiência pedagógica da inclusão do ensino religioso no currículo escolar. In: O estudo das religiões: desafios contemporâneos. Silas Guerreiro (Org.). - 2ª ed. – São Paulo: Editora Paulinas, 2003. – (Coleção estudos da ABHR) MIRANDA, Jorge. Manual de direito constitucional. Tomo IV, direitos fundamentais. 3 ed. rev. atual. Coimbra Editora. 2000. PASSOS, João Décio. Ensino Religioso: construção de uma proposta. - São Paulo: Editora Paulinas, 2007. _______, João Décio. Ensino Religioso: mediações epistemológicas e finalidades pedagógicas. In: SENA, Luiza (Org.). Ensino religioso e formação docente. São Paulo: Editora Paulinas, 2006. REIMER, Haroldo. Liberdade religiosa na história das constituições do Brasil. - São Leopoldo: Editora Oikos, 3013. SOARES, Afonso. M. L; STIGAR Robson. Perspectivas para o Ensino Religioso: uma Ciência da Religião como novo paradigma. In: Revista Rever. Ano 16. no 01, janeiro de 2016. _______; KRONBAUER, Selenir C. G. Educação e religião: múltiplos olhares sobre o Ensino Religioso. – Rio de Janeiro: Editora Paulinas, 2015. SORIANO, Guedes Aldair. Liberdade religiosa no direto constitucional e internacional. – São Paulo: Editora Juarez de Oliveira, 2002. TEIXEIRA, Carlos Flávio. Repensando a religião: debates sobre teologia, estado e cultura. – Engenheiro Coelho neto, SP: Editora Unaspress – Imprensa Universitária Adventista, 2011.