O capítulo descreve um auto-de-fé realizado em Lisboa, no qual uma mulher chamada Sebastiana Maria de Jesus é condenada ao degredo para Angola sob a acusação de feitiçaria. Sua filha Blimunda presencia o castigo da mãe. Um homem sem mãos chamado Baltasar Mateus segue Blimunda até sua casa após o evento. Lá, o padre Bartolomeu Lourenço casa Blimunda e Baltasar através de um ritual com uma colher.
2. Capítulo V É dia de auto-de-fé que é assemelhada à Quaresma, pois é “dia de alegria geral”; é para os ricos e para os pobres. D. Maria Ana de Áustria não deixa os seus aposentos, devido à morte do seu irmão José, imperador da Áustria e aos enjoos da gravidez (já no seu quinto mês). A única diferença entre a procissão do auto-de-fé e a Quaresma é que nesta há sacrifícios humanos, entre estes açoites, morte por garrote e na fogueira.
3. Uma das condenadas pela Inquisição ao degredo para Angola é Sebastiana Maria de Jesus, acusada de feitiçaria, mãe de Blimunda, uma rapariga de dezanove anos que presencia o castigo e partida da sua mãe. No meio da multidão que assistia ao espectáculo, Sebastiana repara num homem sem mão, próximo de Blimunda. Esse homem, Baltasar Mateus, de alcunha Sete-Sóis, segue Blimunda até sua casa depois de terminado o auto-de-fé. Em sua casa, o padre Bartolomeu Lourenço que acompanhara Blimunda, “casa” a jovem e Baltasar pelo ritual da colher. Na manhã do dia seguinte, Blimunda promete a Baltasar que nunca o olhará por dentro.
4. Citações “(…) Aceitas para a tua boca a colher de que serviu a boca deste homem, fazendo seu o que era teu, agora tornando a ser teu o que foi dele, e tantas vezes que se perca o sentido do teu e do meu,… Então declaro-vos casados.” “(…) Blimunda olha só, olha com esses teus olhos que tudo são capazes de ver, e aquele homem quem será, tão alto, que está perto de Blimunda e não sabe (…)”