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1
TEMA I | PROCESSOS
COGNITIVOS, EMOCIONAIS E
MOTIVACIONAIS
→ A MEMÓRIA
MEMÓRIA
MEMÓRIA
A NOSSA RELAÇÃO COM O MEIO EXTERIOR NÃO FARIA
SENTIDO SE NÃO EXISTISSE UMA FORMA DE
REGISTARMOS E RELEMBRARMOS AS NOSSAS
EXPERIÊNCIAS, ISTO É, SE NÃO EXISTISSE MEMÓRIA.
4
CONCEITO CHAVE
MEMÓRIA
• CODIFICAÇÃO, RETENÇÃO E
RECUPERAÇÃO SÃO INTERDEPENDENTES,
PELO QUE O SISTEMA DE MEMORIZAÇÃO
SÓ FUNCIONARÁ EFICAZMENTE SE TODAS
ELAS ESTIVEREM OPERACIONAIS.
6
EXISTEM TRÊS QUESTÕES QUE NOS AJUDAM A COMPREENDER COMO FUNCIONA A NOSSA MEMÓRIA. ELAS SÃO:
MEMÓRIA
1º COMO É QUE A
INFORMAÇÃO CHEGA À
MEMÓRIA?
• RECEÇÃO e CODIFICAÇÃO : TRANSFORMAÇÃO DAS INFORMAÇÕES DO MEIO
EM REPRESENTAÇÕES E CÓDIGOS COM OS QUAIS O SISTEMA POSSA LIDAR
 Pelo som: “raínha”
 Pelo grafismo da palavra: R A I N H A
• Pela imagem:
 Pelo significado: feminino de rei - poderá corresponder diretamente à monarca, como a rainha soberana
 Por associação com outras ideias :
8
MEMÓRIA
2º COMO É QUE A
INFORMAÇÃO É MANTIDA NA
MEMÓRIA?
• FALAMOS DE ARMAZENAMENTO OU RETENÇÃO: Processo pelo qual
mantemos na memória a informação que foi adquirida e
codificada..
Fatores envolvidos na retenção
1. Atenção
2. Repetição
3. Quantidade da informação
4. Significado da informação
5. Novidade da informação
6. Tempo disponível
7. Dormir bem
10
1.2.Atenção e repetição
• Repetição simples.
 Repetição elaborada: analisar o significado da nova informação, relacionando-a
com informação já existente na memória ( mais aconselhada)
Em qualquer dos casos tem de haver atenção
3.Quantidade e complexidade da informação
Quanto mais nformação houver para memorizar mais defícil é de a memorizar.
Contudo mesmo quando é pouca, a informação que é complicada e difícil de entender
torna difícil a sua memorização.
11
4. Significado da informação
A informação sem sentido torna-se mais difícil de memorizar. Na imagem
as combinatórias de letras da coluna da esquerda são mais difícil de memeorizar
que as da direitta às quais é possível atribuir um sentido
5. Novidade da informação
A informação nova e desconhecida é mais difícil de memorizar
6. Tempo disponível
Quanto mais tempo tivermos para memorizar a informação, mas provável é que
A memorizemos
MEMÓRIA
3ª COMO É QUE A
INFORMAÇÃO É TRAZIDA À
MEMÓRIA?
• FALAMOS DE RECUPERAÇÃO (OU RECORDAÇÃO).
• REFERIMO-NOS AO ACESSO À INFORMAÇÃO ARMAZENADA.
Evocação do material adquirido e armazenado, depende:
 Atenção inicial e nível de processamento
 Do tempo
 Da seriação
 Do modo como o codificámos e armazenámos.
 Do contexto em que ocorreu a memorização.
 De pistas apropriadas.
13
Recuperação e tempo
Quanto mais tempo passa menor é a quantidade
de memórias que somos capazes de recuperar
Recuperação e seriação
Somos capazes de lembrar melhor os itens que estão no
princípio e no fim de uma série
MEMÓRIA
• AS TEORIAS DO PROCESSAMENTO DA INFORMAÇÃO SEPARAM A MEMÓRIA EM TRÊS
COMPARTIMENTOS OU SUBSISTEMAS, QUE VARIAM ENTRE SI EM VÁRIOS ASPETOS,
NOMEADAMENTE QUANTO À
• NATUREZA DA INFORMAÇÃO
• PERÍODO DE PERMANÊNCIA DA INFORMAÇÃO
• CAPACIDADE DE RETER INFRMAÇÃO
• ESTES COMPARTIMENTOS SÃO:
• MEMÓRIA SENSORIAL (MS).
• MEMÓRIA DE CURTO PRAZO OU MEMÓRIA DE TRABALHO (MCP).
• MEMÓRIA DE LONGO PRAZO (MLP).
MEMÓRIA
• PARA QUE A INFORMAÇÃO TRANSITE ENTRE ESTES COMPARTIMENTOS, É IMPORTANTE
QUE EXISTAM PROCESSOS COMO A ATENÇÃO, A REPETIÇÃO E A RECUPERAÇÃO.
MEMÓRIA SENSORIAL (MS)
MEMÓRIA SENSORIAL (MS)
• COM UMA CAPACIDADE MUITO LIMITADA, CONSTITUI A PRIMEIRA ETAPA NO ESTABELECIMENTO DE
UM REGISTO DURADOURO DAS NOSSAS EXPERIÊNCIAS.
• PERMITE CONSERVAR AS CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DE UM ESTÍMULO (VISUAL, AUDITIVO, OLFATIVO,
TÁTIL OU GUSTATIVO) CAPTADO PELOS ÓRGÃOS SENSORIAIS DURANTE ALGUMAS FRAÇÕES DE
SEGUNDO.
• POR EXEMPLO, A MEMÓRIA SENSORIAL VISUAL (ICÓNICA) CONTRIBUI PARA A NOSSA PERCEÇÃO DO
MOVIMENTO E A MEMÓRIA SENSORIAL AUDITIVA (ECOICA) É INDISPENSÁVEL PARA QUE
PERCEBAMOS PALAVRAS E FRASES.
MEMÓRIA DE CURTO PRAZO (MCP)
20
A memória a curto prazo é constituída por dois processos.
A memória imediata e a memória de trabalho
21
Tentem memorizar
22
Tentem memorizar
23
Tentem memorizar
24
Tentem memorizar
25
MEMÓRIA DE LONGO PRAZO (MLP)
• DOS TRÊS TIPOS DE MEMÓRIA, A MLP É AQUELA QUE SE APROXIMA MAIS DAQUILO A
QUE VULGARMENTE CHAMAMOS «MEMÓRIA».
• É RELATIVAMENTE ILIMITADA, PERMANENTE E CONSTRUÍDA, TAL COMO A MS E A MCP,
A PARTIR DE TODAS AS MODALIDADES DOS SENTIDOS, ARMAZENANDO OS
CONHECIMENTOS QUE POSSUÍMOS DE NÓS MESMOS E DO MUNDO DURANTE
LONGOS PERÍODOS DE TEMPO.
• POR NORMA, OS CIENTISTAS DIVIDEM AS MEMÓRIAS EM DOIS TIPOS: IMPLÍCITAS
(PROCEDIMENTAIS) E EXPLÍCITAS (DECLARATIVAS).
MEMÓRIA DE LONGO PRAZO (MLP)
28
FIABILIDADE DA MEMÓRIA HUMANA
O CASO DAS MEMÓRIAS FALSAS
FIABILIDADE DA MEMÓRIA HUMANA
• A MEMÓRIA HUMANA ESTÁ MUITO
LONGE DE SER UM REGISTO
FOTOGRÁFICO FIEL E OBJETIVO DE
FACTOS E ACONTECIMENTOS.
FIABILIDADE DA MEMÓRIA HUMANA
INCLUI
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• EFABULAÇÕES E MENTIRAS, MESMO QUE
INCONSCIENTEMENTE CONSTRUÍDAS.
• MEMÓRIA, ESQUECIMENTO E IMAGINAÇÃO CAMINHAM
LADO A LADO NA CONSTRUÇÃO DAS NOSSAS
LEMBRANÇAS PESSOAIS.
FIABILIDADE DA MEMÓRIA HUMANA
• AS INVESTIGAÇÕES DE ELIZABETH LOFTUS
SÃO PARTICULARMENTE REVELADORAS DA
FALIBILIDADE DA MEMÓRIA HUMANA E OS
ESTUDOS DE DANIEL SCHACTER SOBRE «OS
SETE PECADOS DA MEMÓRIA» MOSTRAM
QUE PAGAMOS UM IMPORTANTE PREÇO POR
SERMOS CAPAZES DE RECORDAR.
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33
34
OBSERVEM COM ATENÇÃO ESTES ROSTOS
35
QUAL DOS DOIS ROSTOS ESTAVA NO PAINEL INICIAL?
36
QUAL DOS DOIS ROSTOS ESTAVA NO PAINEL INICIAL?
37
QUAL DOS DOIS ROSTOS ESTAVA NO PAINEL INICIAL?
38
QUAL DOS DOIS ROSTOS ESTAVA NO PAINEL INICIAL?
39
QUAL DOS DOIS ROSTOS ESTAVA NO PAINEL INICIAL?
ERRADO CORRETO
ESQUECIMENTO
INCAPACIDADE DE EVOCAR O QUE
FOI ANTERIORMENTE ARMAZENADO
 Antero-retrógrado: incapacidade em formar novas memórias
( Alzheimer)
 Retrógrado: Incapacidade de recordar antigas informações
41
• É IMPORTANTE ACEITARMOS O ESQUECIMENTO COMO UMA
CONDIÇÃO NECESSÁRIA À MEMÓRIA, SEM A QUAL NÃO
PODEREMOS CONTINUAR A RECORDAR.
• ASSIM, APESAR DE LAMENTARMOS O FACTO DE NOS ESQUECERMOS
DE COISAS QUE GOSTARÍAMOS DE RECORDAR, DEVEMOS TER EM
MENTE QUE É PRECISO CONSTANTEMENTE ADQUIRIR E ESQUECER.
ESQUECIMENTO
• EXISTEM VÁRIAS EXPLICAÇÕES PARA O ESQUECIMENTO:
1. UMAS REFEREM A POSSIBILIDADE DE TER HAVIDO UMA CODIFICAÇÃO INEFICAZ DA INFORMAÇÃO;
2. OUTRAS APONTAM UMA SIMPLES FALHA MOMENTÂNEA DO NOSSO PROCESSO DE EVOCAÇÃO;
3. OUTRAS AINDA SURGEM ASSOCIADAS A LESÕES QUE DANIFICAM NÃO SÓ OS SISTEMAS DE RECUPERAÇÃO
DE MEMÓRIAS COMO DE GERAÇÃO DE NOVAS MEMÓRIAS.
• PARA ALÉM DESTAS EXPLICAÇÕES, EXISTEM DUAS GRANDES TEORIAS SOBRE O ESQUECIMENTO
AMPLAMENTE ACEITES:
• TEORIA DA INTERFERÊNCIA.
• TEORIA DA DEGRADAÇÃO DO TRAÇO.
ESQUECIMENTO
TEORIA DA INTERFERÊNCIA
•Há uma interferência entre
informações, isto é, que as novas
informações se intrometem levando-
nos a distorcer ou a esquecer as
anteriores. As antigas informações
levam-nos a esquecer ou distircer as
antigas
Inibição proativa: recordações passadas
interferem com a recordação de novas informações
Exemplo:
o código do antigo cartão multibanco impede de
lembrar o do novo
Inibição retroativa: novas informações
interferem com a recordação de antigas.
Exemplo:
o código do novo cartão multibanco impede de
lembrar o do antigo
ESQUECIMENTO
TEORIA DA DEGRADAÇÃO
DO TRAÇO MNÉSICO
•No âmbito desta teoria
acredita-se que o fragmento
original de informação vai, por si
só, desaparecendo
gradativamente, como um risco
de tinta que se desvanece com o
tempo, a menos que façamos
algo para o manter intacto.
FIM
45

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  • 1. 1 TEMA I | PROCESSOS COGNITIVOS, EMOCIONAIS E MOTIVACIONAIS → A MEMÓRIA
  • 3. MEMÓRIA A NOSSA RELAÇÃO COM O MEIO EXTERIOR NÃO FARIA SENTIDO SE NÃO EXISTISSE UMA FORMA DE REGISTARMOS E RELEMBRARMOS AS NOSSAS EXPERIÊNCIAS, ISTO É, SE NÃO EXISTISSE MEMÓRIA.
  • 5. MEMÓRIA • CODIFICAÇÃO, RETENÇÃO E RECUPERAÇÃO SÃO INTERDEPENDENTES, PELO QUE O SISTEMA DE MEMORIZAÇÃO SÓ FUNCIONARÁ EFICAZMENTE SE TODAS ELAS ESTIVEREM OPERACIONAIS.
  • 6. 6 EXISTEM TRÊS QUESTÕES QUE NOS AJUDAM A COMPREENDER COMO FUNCIONA A NOSSA MEMÓRIA. ELAS SÃO:
  • 7. MEMÓRIA 1º COMO É QUE A INFORMAÇÃO CHEGA À MEMÓRIA? • RECEÇÃO e CODIFICAÇÃO : TRANSFORMAÇÃO DAS INFORMAÇÕES DO MEIO EM REPRESENTAÇÕES E CÓDIGOS COM OS QUAIS O SISTEMA POSSA LIDAR  Pelo som: “raínha”  Pelo grafismo da palavra: R A I N H A • Pela imagem:  Pelo significado: feminino de rei - poderá corresponder diretamente à monarca, como a rainha soberana  Por associação com outras ideias :
  • 8. 8
  • 9. MEMÓRIA 2º COMO É QUE A INFORMAÇÃO É MANTIDA NA MEMÓRIA? • FALAMOS DE ARMAZENAMENTO OU RETENÇÃO: Processo pelo qual mantemos na memória a informação que foi adquirida e codificada.. Fatores envolvidos na retenção 1. Atenção 2. Repetição 3. Quantidade da informação 4. Significado da informação 5. Novidade da informação 6. Tempo disponível 7. Dormir bem
  • 10. 10 1.2.Atenção e repetição • Repetição simples.  Repetição elaborada: analisar o significado da nova informação, relacionando-a com informação já existente na memória ( mais aconselhada) Em qualquer dos casos tem de haver atenção 3.Quantidade e complexidade da informação Quanto mais nformação houver para memorizar mais defícil é de a memorizar. Contudo mesmo quando é pouca, a informação que é complicada e difícil de entender torna difícil a sua memorização.
  • 11. 11 4. Significado da informação A informação sem sentido torna-se mais difícil de memorizar. Na imagem as combinatórias de letras da coluna da esquerda são mais difícil de memeorizar que as da direitta às quais é possível atribuir um sentido 5. Novidade da informação A informação nova e desconhecida é mais difícil de memorizar 6. Tempo disponível Quanto mais tempo tivermos para memorizar a informação, mas provável é que A memorizemos
  • 12. MEMÓRIA 3ª COMO É QUE A INFORMAÇÃO É TRAZIDA À MEMÓRIA? • FALAMOS DE RECUPERAÇÃO (OU RECORDAÇÃO). • REFERIMO-NOS AO ACESSO À INFORMAÇÃO ARMAZENADA. Evocação do material adquirido e armazenado, depende:  Atenção inicial e nível de processamento  Do tempo  Da seriação  Do modo como o codificámos e armazenámos.  Do contexto em que ocorreu a memorização.  De pistas apropriadas.
  • 13. 13 Recuperação e tempo Quanto mais tempo passa menor é a quantidade de memórias que somos capazes de recuperar Recuperação e seriação Somos capazes de lembrar melhor os itens que estão no princípio e no fim de uma série
  • 14. MEMÓRIA • AS TEORIAS DO PROCESSAMENTO DA INFORMAÇÃO SEPARAM A MEMÓRIA EM TRÊS COMPARTIMENTOS OU SUBSISTEMAS, QUE VARIAM ENTRE SI EM VÁRIOS ASPETOS, NOMEADAMENTE QUANTO À • NATUREZA DA INFORMAÇÃO • PERÍODO DE PERMANÊNCIA DA INFORMAÇÃO • CAPACIDADE DE RETER INFRMAÇÃO • ESTES COMPARTIMENTOS SÃO: • MEMÓRIA SENSORIAL (MS). • MEMÓRIA DE CURTO PRAZO OU MEMÓRIA DE TRABALHO (MCP). • MEMÓRIA DE LONGO PRAZO (MLP).
  • 15. MEMÓRIA • PARA QUE A INFORMAÇÃO TRANSITE ENTRE ESTES COMPARTIMENTOS, É IMPORTANTE QUE EXISTAM PROCESSOS COMO A ATENÇÃO, A REPETIÇÃO E A RECUPERAÇÃO.
  • 17. MEMÓRIA SENSORIAL (MS) • COM UMA CAPACIDADE MUITO LIMITADA, CONSTITUI A PRIMEIRA ETAPA NO ESTABELECIMENTO DE UM REGISTO DURADOURO DAS NOSSAS EXPERIÊNCIAS. • PERMITE CONSERVAR AS CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DE UM ESTÍMULO (VISUAL, AUDITIVO, OLFATIVO, TÁTIL OU GUSTATIVO) CAPTADO PELOS ÓRGÃOS SENSORIAIS DURANTE ALGUMAS FRAÇÕES DE SEGUNDO. • POR EXEMPLO, A MEMÓRIA SENSORIAL VISUAL (ICÓNICA) CONTRIBUI PARA A NOSSA PERCEÇÃO DO MOVIMENTO E A MEMÓRIA SENSORIAL AUDITIVA (ECOICA) É INDISPENSÁVEL PARA QUE PERCEBAMOS PALAVRAS E FRASES.
  • 18. MEMÓRIA DE CURTO PRAZO (MCP)
  • 19.
  • 20. 20 A memória a curto prazo é constituída por dois processos. A memória imediata e a memória de trabalho
  • 25. 25
  • 26. MEMÓRIA DE LONGO PRAZO (MLP)
  • 27. • DOS TRÊS TIPOS DE MEMÓRIA, A MLP É AQUELA QUE SE APROXIMA MAIS DAQUILO A QUE VULGARMENTE CHAMAMOS «MEMÓRIA». • É RELATIVAMENTE ILIMITADA, PERMANENTE E CONSTRUÍDA, TAL COMO A MS E A MCP, A PARTIR DE TODAS AS MODALIDADES DOS SENTIDOS, ARMAZENANDO OS CONHECIMENTOS QUE POSSUÍMOS DE NÓS MESMOS E DO MUNDO DURANTE LONGOS PERÍODOS DE TEMPO. • POR NORMA, OS CIENTISTAS DIVIDEM AS MEMÓRIAS EM DOIS TIPOS: IMPLÍCITAS (PROCEDIMENTAIS) E EXPLÍCITAS (DECLARATIVAS). MEMÓRIA DE LONGO PRAZO (MLP)
  • 28. 28
  • 29. FIABILIDADE DA MEMÓRIA HUMANA O CASO DAS MEMÓRIAS FALSAS
  • 30. FIABILIDADE DA MEMÓRIA HUMANA • A MEMÓRIA HUMANA ESTÁ MUITO LONGE DE SER UM REGISTO FOTOGRÁFICO FIEL E OBJETIVO DE FACTOS E ACONTECIMENTOS.
  • 31. FIABILIDADE DA MEMÓRIA HUMANA INCLUI • ESQUECIMENTOS, • DISTORÇÕES, • FALSAS ATRIBUIÇÕES • EFABULAÇÕES E MENTIRAS, MESMO QUE INCONSCIENTEMENTE CONSTRUÍDAS. • MEMÓRIA, ESQUECIMENTO E IMAGINAÇÃO CAMINHAM LADO A LADO NA CONSTRUÇÃO DAS NOSSAS LEMBRANÇAS PESSOAIS.
  • 32. FIABILIDADE DA MEMÓRIA HUMANA • AS INVESTIGAÇÕES DE ELIZABETH LOFTUS SÃO PARTICULARMENTE REVELADORAS DA FALIBILIDADE DA MEMÓRIA HUMANA E OS ESTUDOS DE DANIEL SCHACTER SOBRE «OS SETE PECADOS DA MEMÓRIA» MOSTRAM QUE PAGAMOS UM IMPORTANTE PREÇO POR SERMOS CAPAZES DE RECORDAR.
  • 33. EXEMPLO DE CRIAÇÃO DE UMA FALSA MEMÓRIA 33
  • 35. 35 QUAL DOS DOIS ROSTOS ESTAVA NO PAINEL INICIAL?
  • 36. 36 QUAL DOS DOIS ROSTOS ESTAVA NO PAINEL INICIAL?
  • 37. 37 QUAL DOS DOIS ROSTOS ESTAVA NO PAINEL INICIAL?
  • 38. 38 QUAL DOS DOIS ROSTOS ESTAVA NO PAINEL INICIAL?
  • 39. 39 QUAL DOS DOIS ROSTOS ESTAVA NO PAINEL INICIAL? ERRADO CORRETO
  • 40. ESQUECIMENTO INCAPACIDADE DE EVOCAR O QUE FOI ANTERIORMENTE ARMAZENADO  Antero-retrógrado: incapacidade em formar novas memórias ( Alzheimer)  Retrógrado: Incapacidade de recordar antigas informações
  • 41. 41 • É IMPORTANTE ACEITARMOS O ESQUECIMENTO COMO UMA CONDIÇÃO NECESSÁRIA À MEMÓRIA, SEM A QUAL NÃO PODEREMOS CONTINUAR A RECORDAR. • ASSIM, APESAR DE LAMENTARMOS O FACTO DE NOS ESQUECERMOS DE COISAS QUE GOSTARÍAMOS DE RECORDAR, DEVEMOS TER EM MENTE QUE É PRECISO CONSTANTEMENTE ADQUIRIR E ESQUECER.
  • 42. ESQUECIMENTO • EXISTEM VÁRIAS EXPLICAÇÕES PARA O ESQUECIMENTO: 1. UMAS REFEREM A POSSIBILIDADE DE TER HAVIDO UMA CODIFICAÇÃO INEFICAZ DA INFORMAÇÃO; 2. OUTRAS APONTAM UMA SIMPLES FALHA MOMENTÂNEA DO NOSSO PROCESSO DE EVOCAÇÃO; 3. OUTRAS AINDA SURGEM ASSOCIADAS A LESÕES QUE DANIFICAM NÃO SÓ OS SISTEMAS DE RECUPERAÇÃO DE MEMÓRIAS COMO DE GERAÇÃO DE NOVAS MEMÓRIAS. • PARA ALÉM DESTAS EXPLICAÇÕES, EXISTEM DUAS GRANDES TEORIAS SOBRE O ESQUECIMENTO AMPLAMENTE ACEITES: • TEORIA DA INTERFERÊNCIA. • TEORIA DA DEGRADAÇÃO DO TRAÇO.
  • 43. ESQUECIMENTO TEORIA DA INTERFERÊNCIA •Há uma interferência entre informações, isto é, que as novas informações se intrometem levando- nos a distorcer ou a esquecer as anteriores. As antigas informações levam-nos a esquecer ou distircer as antigas Inibição proativa: recordações passadas interferem com a recordação de novas informações Exemplo: o código do antigo cartão multibanco impede de lembrar o do novo Inibição retroativa: novas informações interferem com a recordação de antigas. Exemplo: o código do novo cartão multibanco impede de lembrar o do antigo
  • 44. ESQUECIMENTO TEORIA DA DEGRADAÇÃO DO TRAÇO MNÉSICO •No âmbito desta teoria acredita-se que o fragmento original de informação vai, por si só, desaparecendo gradativamente, como um risco de tinta que se desvanece com o tempo, a menos que façamos algo para o manter intacto.

Notas do Editor

  1. Objetivo: Explicar as características e o papel da memória humana.
  2. Qual a importância da memória?
  3. O que é a memória? Que operações estão envolvidas no processo de memorização?
  4. Que relação se estabelece entre codificação, retenção e recuperação?
  5. Como se caracteriza o processo de criação? O que se entende por retenção? Em que consiste a recordação?
  6. Como se caracteriza o processo de criação? O que se entende por retenção? Em que consiste a recordação?
  7. Como se caracteriza o processo de criação? O que se entende por retenção? Em que consiste a recordação?
  8. Que três compartimentos ou subsistemas de memória existem? Que aspetos permitem distinguir estes três subsistemas da memória?
  9. Qual o papel de processos como a atenção, a repetição e a recuperação no processo de memorização? Como se relacionam os três subsistemas da memória?
  10. Qual a importância da memória sensorial?
  11. O que é a memória sensorial? Qual a sua capacidade? Por quanto tempo se conserva a informação na memória sensorial?
  12. Qual a importância da memória de curto prazo?
  13. Qual a importância da memória de curto prazo?
  14. Qual a importância da memória de longo prazo?
  15. O que é a memória de longo prazo? Qual a sua capacidade? Por quanto tempo se conserva a informação na memória de longo prazo? Em que duas categorias se organizam as memórias de longo prazo?
  16. A memória humana será absolutamente fiável? Porquê?
  17. É correto pensarmos que a memória humana nos permite manter um registo objetivo da realidade? Porquê?
  18. É correto pensarmos que a memória humana nos permite manter um registo objetivo da realidade? Porquê?
  19. O que aprendemos com as investigações de Elizabeth Loftus? Que ideias nos traz Daniel Schacter sobre a memória?
  20. Qual a importância do esquecimento?
  21. Que explicações existem para o esquecimento?
  22. O que defendem os teóricos das teorias da interferência e da degradação do traço? Porque é o esquecimento uma condição necessária à memória?
  23. O que defendem os teóricos das teorias da interferência e da degradação do traço? Porque é o esquecimento uma condição necessária à memória?