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A água é uma substância química composta de hidrogénio e oxigénio, sendo essencial para
todas as formas conhecidas de vida.
Apesar de associarmos a água à sua forma ou estado líquido, esta substância possui
também um estado sólido, o gelo, e um estado gasoso, designado vapor de água.

A água cobre 71% da superfície da Terra.
Pode ser encontrada principalmente nos oceanos, em aquíferos, na atmosfera como vapor,
nuvens e precipitação.
A água é essencial para os humanos e para as outras formas de vida. Funciona como
reguladora de temperatura, solvente de sólidos e como transportadora de nutrientes e
resíduos por entre os vários órgãos. Ora, nós bebemos água para ajudar na diluição e
funcionamento normal dos órgãos para, em seguida, ser eliminada pela urina e pela
evaporação nos poros, mantendo a temperatura corporal e eliminando resíduos solúveis,
como sais e impurezas. As lágrimas são outro exemplo de eliminação de água.
Os níveis de degradação ambiental começaram a causar alterações
significativas, comprometendo a qualidade dos vários subsistema
terrestres e a qualidade de vida humana. As alterações ocasionadas pelas
acções humanas no meio ambiente são designadas por impacte ambiental.
Caso não sejam adoptadas soluções que promovam o compromisso sério
no sentido de um modelo de desenvolvimento sustentável, isto é, um
desenvolvimento que vá ao encontro das necessidades das pessoas no
presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras
satisfazerem as suas necessidades, acontecerá uma inevitável degradação
acelerada dos ecossistemas.
Poluição - alteração indesejável nas características físicas,
químicas ou biológicas nos vários subsistemas terrestres por
acção humana, susceptível de prejudicar a saúde humana ou
a qualidade do ambiente.



Existe contaminação quando ocorre a introdução de microrganismos,
substâncias químicas e/ou resíduos no meio ambiente numa
concentração superior aos valores normais definidos para essa área e
cujos efeitos são suficientes para desequilibrar as características desse
meio. Os poluentes são resíduos gerados nas mais variadas
actividades antrópicas que causam um impacte ambiental negativo.
Algumas substâncias podem ser avaliadas de acordo com o seu grau
de toxicidade, isto é, com a capacidade que essas substâncias têm em
causar efeitos adversos a um determinado organismo que a elas tenha
estado exposto, seja por inalação, ingestão ou absorção cutânea.
Um dos factores importantes na determinação dos efeitos nocivos
que podem ser causados por uma dada substância é a dose.

Por vezes, em testes laboratoriais utiliza-se o conceito de dose letal
média que é capaz de eliminar 50% dos indivíduos de uma dada
população em estudo.

Caso haja uma reacção rápida resultante da exposição a uma
determinada substância tóxica, dizemos que ocorre um efeito
agudo, o qual pode variar desde uma simples tontura ou um prurido
até uma situação mais grave que leva a morte do individuo. Já um
efeito crónico traduz-se no desenvolvimento de certas
consequências que persistem ao longo do tempo devido à exposição
a uma dada substancia tóxica.

Bioacumulação - armazenamento de certos poluentes em tecidos ou
órgãos específicos dos seres das cadeias alimentares em
concentrações mais elevadas do que aquelas que seriam de esperar.
Pode causar a bioampliação que consiste na concentração crescente
de certos poluentes em tecidos ou órgãos específicos dos seres
vivos quando eles passam para indivíduos de níveis tróficos mais
elevados das cadeias alimentares.
O sinergismo resume-se a um tipo de acção que se manifesta
quando o efeito combinado de dois agentes é maior do que a
            soma de cada agente isoladamente.




Por exemplo, indivíduos que estejam expostos aos efeitos dos asbestos
aumentam as probabilidades de contraírem cancro do pulmão cerca de 20 vezes.
No entanto, se esses mesmos indivíduos forem fumadores, aumenta para cerca
de 400 vezes o risco de desenvolver esta patologia.
•Agentes teratogénicos: interferem no desenvolvimento do
embrião e/ou do feto e são responsáveis pelo aparecimento de
anomalias congénitas, quer morfológicas, quer funcionais.
A água é poluída por um grande ramo de
produtos, podendo ser dividida pelas suas
características:
 A Poluição pontual, onde o foco de poluição é    A água é um dos bens naturais mais
facilmente identificável como emissora de          utilizados sendo determinante para a
poluentes, como no caso de águas residuais,        manutenção da vida, pelo que este
industriais, mistos ou de minas.                   recurso deve estar no meio ambiente
 Como poluição difusa, onde não existe            em       quantidade       e     qualidade
propriamente um foco definido de poluição, sendo   apropriadas. Apesar de existir em
a origem difusa, tal como acontece nas drenagens   grande abundância, nem toda a água é
agrícolas, águas pluviais e escorrimento           directamente utilizável pelo ser
de lixeiras.                                       humano. Certas regiões do planeta,
                                                   actualmente, têm grandes carências de
                                                   água. A contaminação dos recursos
                                                   hídricos inviabiliza a sua utilização,
                                                   nomeadamente para o abastecimento
                                                   das populações humanas. Pode dizer-
                                                   se que existe poluição da água quando
                                                   se verifica a alteração das suas
                                                   características    por      acções    que
                                                   inviabilizam a sua utilização.
Podemos                          designar
por eutrofização ou eutroficação ao
fenómeno      causado     pelo    excesso
de nutrientes (composto químicos ricos
em fósforo ou nitrogénio) numa massa de
água, provocando um aumento excessivo
de algas. Estas, por sua vez, fomentam o
desenvolvimento      dos    consumidores
primários e eventualmente de outros
elementos              da             teia
alimentar nesse ecossistema.



 Este aumento da biomassa pode levar a
 uma diminuição do oxigénio dissolvido,
 provocando       a       morte       e
 consequente decomposição de muitos
 organismos, diminuindo a qualidade da
 água e eventualmente a alteração
 profunda do ecossistema.
A eutrofização das massas de água pode ter
uma origem natural ou cultural, estando esta
última intimamente ligada às actividades
humanas.

•Eutrofização natural – ocorre ao longo de
grandes períodos de tempo, como parte do
processo de sucessão ecológica que se verifica
durante a evolução dos ecossistemas.

•Eutrofização Cultural – resulta de actividades
humanas (origem antrópica) e verifica-se junto
a zonas urbanas ou agrícolas. Os nutrientes
que atingem o lago são principalmente nitratos
e fosfatos com origem na agricultura e na
pecuária, na erosão do solo e nos efluentes das
estações de tratamento.

Quando um lago apresenta alta concentração
de nutrientes e grande produtividade primária
classifica-se como lago eutrófico, ao passo que
massas de água com baixa concentração de
nutrientes e, consequentemente, com baixa
produtividade primária denominam-se lagos
oligotróficos.
Parâmetros da qualidade das águas
A OMS recomenda que na água
destinada ao consumo humano o
parâmetro referente á presença
de bactérias fecais seja igual a
zero.
A poluição da água pode ser
também          avaliada    pela
quantidade de matéria orgânica
biodegradável, ou seja, resíduos
que são passíveis de serem
decompostos pela actividade de
certos seres vivos.

     Os vários parâmetros físicos (cor, turvação, temperatura, sólidos, sabor e
     odor) são avaliados em escalas próprias; as variáveis químicas
     (salinidade, dureza, alcalinidade, teor em ferro, teor em nitratos, teor em
     matéria orgânica, ...) são habitualmente medidas em termos de
     concentração(mg/L); os parâmetros biológicos são avaliados pela
     indicação da densidade populacional de determinados organismos.
A quantidade de oxigénio dissolvido, expressa mg/L, consumida durante a
decomposição aeróbia (oxidação biológica) das substâncias
biodegradáveis presentes numa amostra de água, denomina-se carência
bioquímica de oxigénio ( CBO).
O consumo de oxigénio dissolvido durante a decomposição da matéria
orgânica ocorre num determinado período de tempo.
Tratamento das águas residuais

As águas residuais provenientes dos mais diversos usos, como o doméstico,
comercial, industrial, agrícola ou oriundas de outras situações são recolhidas
para o conjunto de sistemas de drenagem – rede de esgotos – que vão
constituir os efluentes urbanos.
O tratamento de efluentes é realizado em instalações construídas para este
efeito, denominadas estações de tratamento de águas residuais (ETAR).
Numa ETAR, as águas residuais são sujeitas a tratamentos específicos, de
acordo com as características iniciais do efluente a tratar, de modo que o
efluente final apresente uma qualidade compatível com as directivas
comunitárias, para posteriormente ser lançado num curso de água (meio
receptor).
O tratamento das águas ocorre em
quatro fases:

• Tratamento prelimiar: consiste
numa série de processos físicos (
crivagem, tamisagem, desarenação)
com vista à remoção dos sólidos com
maiores dimensões contidos no
volume de água que entra na
estação.

• Tratamento primário: a água é
conduzida para decantadores, onde
por redução da velocidade da
corrente são eliminados cerca de
50% a 60% dos materiais em
suspensão do efluente e são
decantados sob a forma de lamas
(lamas primárias). No tratamento
primário, as partículas que se
depositam são, na sua maioria, de
natureza orgânica, o que origina a
diminuição da CBO.
Os produtos finais resultantes do metabolismo anaeróbio das
lamas produzidas numa ETAR são o dióxido de carbono (CO2)
e o metano (CH4), principais constituintes do biogás.
Os materiais sólidos estabilizados, por exemplo, através de
um processo de biometanização são designados por
biossólidos ou lamas tratadas.




 Conclusão:     O controlo do
 tratamento      dos    efluentes
 possibilita a manutenção dos
 recursos hídricos dentro de
 parâmetros compatíveis com o
 desenvolvimento das sociedades e
 a preservação do ambiente.

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Água - Biologia

  • 1.
  • 2. A água é uma substância química composta de hidrogénio e oxigénio, sendo essencial para todas as formas conhecidas de vida. Apesar de associarmos a água à sua forma ou estado líquido, esta substância possui também um estado sólido, o gelo, e um estado gasoso, designado vapor de água. A água cobre 71% da superfície da Terra. Pode ser encontrada principalmente nos oceanos, em aquíferos, na atmosfera como vapor, nuvens e precipitação. A água é essencial para os humanos e para as outras formas de vida. Funciona como reguladora de temperatura, solvente de sólidos e como transportadora de nutrientes e resíduos por entre os vários órgãos. Ora, nós bebemos água para ajudar na diluição e funcionamento normal dos órgãos para, em seguida, ser eliminada pela urina e pela evaporação nos poros, mantendo a temperatura corporal e eliminando resíduos solúveis, como sais e impurezas. As lágrimas são outro exemplo de eliminação de água.
  • 3. Os níveis de degradação ambiental começaram a causar alterações significativas, comprometendo a qualidade dos vários subsistema terrestres e a qualidade de vida humana. As alterações ocasionadas pelas acções humanas no meio ambiente são designadas por impacte ambiental. Caso não sejam adoptadas soluções que promovam o compromisso sério no sentido de um modelo de desenvolvimento sustentável, isto é, um desenvolvimento que vá ao encontro das necessidades das pessoas no presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras satisfazerem as suas necessidades, acontecerá uma inevitável degradação acelerada dos ecossistemas.
  • 4. Poluição - alteração indesejável nas características físicas, químicas ou biológicas nos vários subsistemas terrestres por acção humana, susceptível de prejudicar a saúde humana ou a qualidade do ambiente. Existe contaminação quando ocorre a introdução de microrganismos, substâncias químicas e/ou resíduos no meio ambiente numa concentração superior aos valores normais definidos para essa área e cujos efeitos são suficientes para desequilibrar as características desse meio. Os poluentes são resíduos gerados nas mais variadas actividades antrópicas que causam um impacte ambiental negativo. Algumas substâncias podem ser avaliadas de acordo com o seu grau de toxicidade, isto é, com a capacidade que essas substâncias têm em causar efeitos adversos a um determinado organismo que a elas tenha estado exposto, seja por inalação, ingestão ou absorção cutânea.
  • 5. Um dos factores importantes na determinação dos efeitos nocivos que podem ser causados por uma dada substância é a dose. Por vezes, em testes laboratoriais utiliza-se o conceito de dose letal média que é capaz de eliminar 50% dos indivíduos de uma dada população em estudo. Caso haja uma reacção rápida resultante da exposição a uma determinada substância tóxica, dizemos que ocorre um efeito agudo, o qual pode variar desde uma simples tontura ou um prurido até uma situação mais grave que leva a morte do individuo. Já um efeito crónico traduz-se no desenvolvimento de certas consequências que persistem ao longo do tempo devido à exposição a uma dada substancia tóxica. Bioacumulação - armazenamento de certos poluentes em tecidos ou órgãos específicos dos seres das cadeias alimentares em concentrações mais elevadas do que aquelas que seriam de esperar. Pode causar a bioampliação que consiste na concentração crescente de certos poluentes em tecidos ou órgãos específicos dos seres vivos quando eles passam para indivíduos de níveis tróficos mais elevados das cadeias alimentares.
  • 6. O sinergismo resume-se a um tipo de acção que se manifesta quando o efeito combinado de dois agentes é maior do que a soma de cada agente isoladamente. Por exemplo, indivíduos que estejam expostos aos efeitos dos asbestos aumentam as probabilidades de contraírem cancro do pulmão cerca de 20 vezes. No entanto, se esses mesmos indivíduos forem fumadores, aumenta para cerca de 400 vezes o risco de desenvolver esta patologia.
  • 7. •Agentes teratogénicos: interferem no desenvolvimento do embrião e/ou do feto e são responsáveis pelo aparecimento de anomalias congénitas, quer morfológicas, quer funcionais.
  • 8. A água é poluída por um grande ramo de produtos, podendo ser dividida pelas suas características:  A Poluição pontual, onde o foco de poluição é A água é um dos bens naturais mais facilmente identificável como emissora de utilizados sendo determinante para a poluentes, como no caso de águas residuais, manutenção da vida, pelo que este industriais, mistos ou de minas. recurso deve estar no meio ambiente  Como poluição difusa, onde não existe em quantidade e qualidade propriamente um foco definido de poluição, sendo apropriadas. Apesar de existir em a origem difusa, tal como acontece nas drenagens grande abundância, nem toda a água é agrícolas, águas pluviais e escorrimento directamente utilizável pelo ser de lixeiras. humano. Certas regiões do planeta, actualmente, têm grandes carências de água. A contaminação dos recursos hídricos inviabiliza a sua utilização, nomeadamente para o abastecimento das populações humanas. Pode dizer- se que existe poluição da água quando se verifica a alteração das suas características por acções que inviabilizam a sua utilização.
  • 9. Podemos designar por eutrofização ou eutroficação ao fenómeno causado pelo excesso de nutrientes (composto químicos ricos em fósforo ou nitrogénio) numa massa de água, provocando um aumento excessivo de algas. Estas, por sua vez, fomentam o desenvolvimento dos consumidores primários e eventualmente de outros elementos da teia alimentar nesse ecossistema. Este aumento da biomassa pode levar a uma diminuição do oxigénio dissolvido, provocando a morte e consequente decomposição de muitos organismos, diminuindo a qualidade da água e eventualmente a alteração profunda do ecossistema.
  • 10. A eutrofização das massas de água pode ter uma origem natural ou cultural, estando esta última intimamente ligada às actividades humanas. •Eutrofização natural – ocorre ao longo de grandes períodos de tempo, como parte do processo de sucessão ecológica que se verifica durante a evolução dos ecossistemas. •Eutrofização Cultural – resulta de actividades humanas (origem antrópica) e verifica-se junto a zonas urbanas ou agrícolas. Os nutrientes que atingem o lago são principalmente nitratos e fosfatos com origem na agricultura e na pecuária, na erosão do solo e nos efluentes das estações de tratamento. Quando um lago apresenta alta concentração de nutrientes e grande produtividade primária classifica-se como lago eutrófico, ao passo que massas de água com baixa concentração de nutrientes e, consequentemente, com baixa produtividade primária denominam-se lagos oligotróficos.
  • 11. Parâmetros da qualidade das águas A OMS recomenda que na água destinada ao consumo humano o parâmetro referente á presença de bactérias fecais seja igual a zero. A poluição da água pode ser também avaliada pela quantidade de matéria orgânica biodegradável, ou seja, resíduos que são passíveis de serem decompostos pela actividade de certos seres vivos. Os vários parâmetros físicos (cor, turvação, temperatura, sólidos, sabor e odor) são avaliados em escalas próprias; as variáveis químicas (salinidade, dureza, alcalinidade, teor em ferro, teor em nitratos, teor em matéria orgânica, ...) são habitualmente medidas em termos de concentração(mg/L); os parâmetros biológicos são avaliados pela indicação da densidade populacional de determinados organismos.
  • 12. A quantidade de oxigénio dissolvido, expressa mg/L, consumida durante a decomposição aeróbia (oxidação biológica) das substâncias biodegradáveis presentes numa amostra de água, denomina-se carência bioquímica de oxigénio ( CBO). O consumo de oxigénio dissolvido durante a decomposição da matéria orgânica ocorre num determinado período de tempo.
  • 13. Tratamento das águas residuais As águas residuais provenientes dos mais diversos usos, como o doméstico, comercial, industrial, agrícola ou oriundas de outras situações são recolhidas para o conjunto de sistemas de drenagem – rede de esgotos – que vão constituir os efluentes urbanos. O tratamento de efluentes é realizado em instalações construídas para este efeito, denominadas estações de tratamento de águas residuais (ETAR). Numa ETAR, as águas residuais são sujeitas a tratamentos específicos, de acordo com as características iniciais do efluente a tratar, de modo que o efluente final apresente uma qualidade compatível com as directivas comunitárias, para posteriormente ser lançado num curso de água (meio receptor).
  • 14. O tratamento das águas ocorre em quatro fases: • Tratamento prelimiar: consiste numa série de processos físicos ( crivagem, tamisagem, desarenação) com vista à remoção dos sólidos com maiores dimensões contidos no volume de água que entra na estação. • Tratamento primário: a água é conduzida para decantadores, onde por redução da velocidade da corrente são eliminados cerca de 50% a 60% dos materiais em suspensão do efluente e são decantados sob a forma de lamas (lamas primárias). No tratamento primário, as partículas que se depositam são, na sua maioria, de natureza orgânica, o que origina a diminuição da CBO.
  • 15.
  • 16. Os produtos finais resultantes do metabolismo anaeróbio das lamas produzidas numa ETAR são o dióxido de carbono (CO2) e o metano (CH4), principais constituintes do biogás. Os materiais sólidos estabilizados, por exemplo, através de um processo de biometanização são designados por biossólidos ou lamas tratadas. Conclusão: O controlo do tratamento dos efluentes possibilita a manutenção dos recursos hídricos dentro de parâmetros compatíveis com o desenvolvimento das sociedades e a preservação do ambiente.