O capítulo resume a censura do sermão de Bartolomeu Lourenço, a construção da passarola e a recolha de vontades por Blimunda e Baltasar em Lisboa durante uma epidemia, onde Blimunda adoece. Após recuperar ouvindo Scarlatti, o casal encontra o arrependido Bartolomeu, que quer experimentar a passarola antes de informar o Rei.
2. Capítulo XV
•Meses passados, um frade consultor do santo ofício censura o sermão do
Padre Bartolomeu Lourenço.
•É argumentado que Bartolomeu Lourenço tem quatro vidas distintas: a
de padre, a de inventor, a de sonhador e a de académico.
•Scarlattileva para a abegoria o seu cravo e passa a tarde a afina-lo
enquanto Blimunda e Baltasar trabalham na construção da passarola.
•No decorrer da tarde o músico confessa que “(…) Se a passarola do
padre Bartolomeu de Gusmão chegar a voar um dia, gostaria de ir nela e
tocar no céu (…)”
3. Capítulo XV
•Chegado o padre Bartolomeu à quinta de S.Sebastião da Pedreira,
informa Blimunda que Lisboa está atormentada por uma epidemia (na
qual morrem quatro mil pessoas em três meses), sendo essa a altura mais
propícia para recolha de vontades.
•Assim Blimunda parte para Lisboa acompanhada por Baltasar.
•“Durante muitas horas desse dia não verá Baltasar o rosto de Blimunda, ela
sempre adiante, avisando se tem de voltar-se, é um estranho jogo o destes
dois, nem um quer ver, nem o outro quer ser visto, parece tão fácil, e só eles
sabem quanto lhes custa não se olharem.”
4. Capítulo XV
•“Passado um mês, calcularam ter guardado no frasco um milheiro de
vontades, (…)”
•“Quando a epidemia terminou, (…) havia, bem contadas duas mil
vontades nos frascos. Então Blimunda caiu doente.”
•Durante diversos dias “Baltasar não saia de junto dela, a não ser para
preparar comida ou para satisfazer necessidades expulsórias do corpo
(…).”
5. Capítulo XV
•Certo dia Scarlatti quando visitou Blimunda começou a tocar cravo.
•“Não esperaria Blimunda que, ouvindo a música, o peito se lhe dilatasse
tanto, um suspiro assim, como de quem morre ou de quem nasce,
debruçou-se Baltasar para ela, temendo que ali se acabasse quem afinal
estava regressando.”
•Dias passaram até que Blimunda recuperasse totalmente, é então que dão
pela alargada ausência do padre Bartolomeu e decidem ir procurá-lo a
Lisboa.
6. Capítulo XV
•Chegados a Lisboa encontram-no “(…) emagrecido por outra espécie de
doença (…)”. O padre quando bate com os olhos neles afirma “(…) Só tenho
estado à espera que Baltasar viesse para me matar, (…)” e confessa que a sua
doença é fruto dos remorsos que tem por ter influenciado Blimunda a ir para
Lisboa, sentindo-se causador da sua doença.
•No decorrer da conversa Bartolomeu questiona: “(…) e agora que faremos, se
já lá vai a doença, se estão recolhidas as vontades, se está acabada a máquina,
(…).”
•Ao que o padre responde: “(…) Terei de informar el-rei de que a máquina está
construída, mas antes haveremos de experimentá-la, (…)”
7. Ideias chave:
•Censura do sermão de Bartolomeu Lourenço por um consultor do Santo
Ofício.
•Vontade de Scarlatti voar na passarola e tocar no céu.
•Ida de Baltasar e Blimunda a Lisboa à procura de vontades.
•Doença de Blimunda, após a recolha de duas mil vontades.
•Apoio de Baltasar e recuperação de Blimunda após audição da música de
Scarlatti.
•Encontro do casal com o padre Bartolomeu Lourenço.
•Remorsos de Bartolomeu Lourenço por ter colocado Blimunda em
perigo de vida.
•Vontade de Bartolomeu Lourenço informar o rei de que a máquina está
pronta, não sem a experimentar primeiro.
8. “(…) o olhador não deve saber daquele
a quem olha mais do que o olhado.”
Ana Luísa Cota Mateiro da Silva, 12ºA nº3 2010/2011