O documento descreve a estrutura microscópica da medula espinhal, incluindo a divisão da substância cinzenta e branca, os tipos de neurônios presentes e suas funções, e os reflexos medulares. É fornecida uma lista de termos importantes relacionados à neuroanatomia e são detalhadas as colunas, núcleos e lâminas da substância cinzenta da medula espinhal.
Medresumos 2016 neuroanatomia 04 - macroscopia do tronco encefálicoJucie Vasconcelos
O documento descreve a anatomia macroscópica do tronco encefálico, incluindo suas divisões principais (bulbo, ponte e mesencéfalo), estruturas internas e relação com nervos cranianos. O texto detalha as características do bulbo, ponte, quarto ventrículo e outras áreas do tronco encefálico.
Medresumos 2016 neuroanatomia 06 - microscopia da ponteJucie Vasconcelos
A ponte é formada por uma parte ventral (base) e dorsal (tegmento). A base contém fibras longitudinais e transversais que conectam o córtex ao cerebelo, e núcleos pontinos envolvidos na programação motora. O tegmento contém núcleos do nervo vestíbulo-coclear relacionados à audição e equilíbrio, e núcleos dos nervos cranianos facial e abducente.
Este documento descreve a anatomia da medula espinhal e dos nervos espinhais. Detalha a estrutura macroscópica e interna da medula, incluindo a substância cinzenta e branca. Discute as vias ascendentes e descendentes e lesões da medula. Por fim, aborda os nervos espinhais, dermátomos e sua classificação.
O documento descreve os 12 pares cranianos, suas funções motoras e sensoriais. Os nervos III, IV e VI controlam os movimentos oculares. O nervo V é responsável pela mastigação. O nervo VII controla a expressão facial.
1) O documento descreve as partes principais do tronco encefálico: bulbo, ponte e mesencéfalo.
2) Cada parte contém núcleos, nervos cranianos e fibras nervosas importantes.
3) O quarto ventrículo está localizado entre o bulbo e a ponte e é a saída do líquido cefalorraquidiano.
Este documento descreve a anatomia macroscópica da medula espinhal e seus envoltórios, incluindo sua forma, estrutura geral, conexões com nervos espinhais, segmentos medulares, vascularização e lesões. É detalhado o formato em "H" da substância cinzenta e os três funículos da substância branca, assim como os principais núcleos e vias ascendentes e descendentes. Lesões como transecção total, síndrome anterior e de Brown-Séquard são explicadas.
O documento descreve os nervos espinhais e cranianos. Os nervos espinhais têm origem na medula espinhal e inervam o tronco e membros. Os nervos cranianos têm origem no encéfalo e incluem 12 pares, que variam em estrutura e função. Ambos os tipos de nervos contêm fibras sensitivas e motoras que conduzem impulsos entre o SNC e os órgãos periféricos.
Medresumos 2016 neuroanatomia 02 - macroscopia da medula espinhalJucie Vasconcelos
O documento descreve a anatomia macroscópica da medula espinhal e seus envoltórios. A medula espinhal é uma estrutura cilíndrica localizada dentro do canal vertebral que se estende da região cervical até a região lombar inferior. Ela possui substância cinzenta no interior em forma de H ou borboleta, e substância branca ao redor formando três funículos. A medula é envolvida pelas meninges dura-máter, aracnoide e pia-máter e se conecta aos nervos espinhais que sa
Medresumos 2016 neuroanatomia 04 - macroscopia do tronco encefálicoJucie Vasconcelos
O documento descreve a anatomia macroscópica do tronco encefálico, incluindo suas divisões principais (bulbo, ponte e mesencéfalo), estruturas internas e relação com nervos cranianos. O texto detalha as características do bulbo, ponte, quarto ventrículo e outras áreas do tronco encefálico.
Medresumos 2016 neuroanatomia 06 - microscopia da ponteJucie Vasconcelos
A ponte é formada por uma parte ventral (base) e dorsal (tegmento). A base contém fibras longitudinais e transversais que conectam o córtex ao cerebelo, e núcleos pontinos envolvidos na programação motora. O tegmento contém núcleos do nervo vestíbulo-coclear relacionados à audição e equilíbrio, e núcleos dos nervos cranianos facial e abducente.
Este documento descreve a anatomia da medula espinhal e dos nervos espinhais. Detalha a estrutura macroscópica e interna da medula, incluindo a substância cinzenta e branca. Discute as vias ascendentes e descendentes e lesões da medula. Por fim, aborda os nervos espinhais, dermátomos e sua classificação.
O documento descreve os 12 pares cranianos, suas funções motoras e sensoriais. Os nervos III, IV e VI controlam os movimentos oculares. O nervo V é responsável pela mastigação. O nervo VII controla a expressão facial.
1) O documento descreve as partes principais do tronco encefálico: bulbo, ponte e mesencéfalo.
2) Cada parte contém núcleos, nervos cranianos e fibras nervosas importantes.
3) O quarto ventrículo está localizado entre o bulbo e a ponte e é a saída do líquido cefalorraquidiano.
Este documento descreve a anatomia macroscópica da medula espinhal e seus envoltórios, incluindo sua forma, estrutura geral, conexões com nervos espinhais, segmentos medulares, vascularização e lesões. É detalhado o formato em "H" da substância cinzenta e os três funículos da substância branca, assim como os principais núcleos e vias ascendentes e descendentes. Lesões como transecção total, síndrome anterior e de Brown-Séquard são explicadas.
O documento descreve os nervos espinhais e cranianos. Os nervos espinhais têm origem na medula espinhal e inervam o tronco e membros. Os nervos cranianos têm origem no encéfalo e incluem 12 pares, que variam em estrutura e função. Ambos os tipos de nervos contêm fibras sensitivas e motoras que conduzem impulsos entre o SNC e os órgãos periféricos.
Medresumos 2016 neuroanatomia 02 - macroscopia da medula espinhalJucie Vasconcelos
O documento descreve a anatomia macroscópica da medula espinhal e seus envoltórios. A medula espinhal é uma estrutura cilíndrica localizada dentro do canal vertebral que se estende da região cervical até a região lombar inferior. Ela possui substância cinzenta no interior em forma de H ou borboleta, e substância branca ao redor formando três funículos. A medula é envolvida pelas meninges dura-máter, aracnoide e pia-máter e se conecta aos nervos espinhais que sa
O documento descreve os 12 pares de nervos cranianos, incluindo suas origens, funções e tipos de fibras. Os principais nervos são:
- Nervo olfatório (I par), que leva estímulos olfatórios do bulbo olfatório para o telencéfalo.
- Nervo óptico (II par), que leva impulsos visuais da retina para o diencéfalo.
- Nervos oculomotor, troclear e abducente (III, IV e VI pares), que inervam os músculos extrínsec
O documento discute a neuroanatomia do sistema nervoso central. Resume que o sistema nervoso é o mais complexo do organismo e o primeiro a se diferenciar embriologicamente. Também descreve as principais células da glia, como astrócitos, oligodendrócitos e micróglias, e suas funções de nutrição e apoio aos neurônios. Por fim, apresenta a estrutura básica do neurônio, com corpo celular, dendritos e axônio.
O documento descreve o tecido nervoso, incluindo os principais tipos de células neurais e gliais. As células neurais, os neurônios, conduzem impulsos nervosos através de potenciais de ação ao longo dos axônios. As células da glia fornecem suporte e proteção aos neurônios. A sinapse é a região onde os impulsos nervosos são transmitidos de um neurônio para outro.
O documento apresenta um resumo sobre os principais tópicos da neuroanatomia, incluindo a origem da neuroanatomia, a neuroanatomia básica dos lobos cerebrais, cerebelo, tronco cerebral, vasos sanguíneos e pares cranianos. O autor descreve a estrutura e função dessas partes do sistema nervoso central de forma concisa.
Este documento fornece um resumo da estrutura e função do telencéfalo em 3 frases:
Discute a anatomia macroscópica e interna dos hemisférios cerebrais, identificando lobos, sulcos, giros e estruturas internas como o córtex cerebral, núcleos da base e centro branco medular. Também aborda a morfologia dos ventrículos laterais e as principais fibras de associação e de projeção como o corpo caloso, fórnix e cápsula interna.
O documento descreve a anatomia do diencéfalo, incluindo suas principais divisões como o tálamo, hipotálamo e terceiro ventrículo. Detalha os núcleos do tálamo, suas localizações e funções, como transmitir informações sensoriais e modulares funções cognitivas. Também discute a anatomia do terceiro ventrículo e estruturas associadas como o quiasma óptico e hipotálamo.
Medresumos 2016 neuroanatomia 01 - introdução à neuroanatomiaJucie Vasconcelos
O documento apresenta uma introdução à neuroanatomia e neurofisiologia, descrevendo as principais divisões e funções do sistema nervoso. É dividido em duas partes principais: a primeira parte descreve as divisões anatômicas e funcionais do sistema nervoso, enquanto a segunda parte descreve as subdivisões do sistema nervoso central e periférico, incluindo os nervos cranianos e espinhais.
O documento descreve a anatomia e fisiologia da medula espinhal em 3 frases:
1) A medula espinal conduz impulsos sensoriais e motores entre o encéfalo e o corpo através de vias aferentes e eferentes.
2) A medula contém substância cinzenta central onde estão localizados os corpos celulares neuronais e substância branca circundante formada por fibras nervosas longitudinais.
3) Lesões da medula podem causar tetraplegia ou paraplegia dependendo do nível da lesão medular.
O documento descreve a anatomia do tronco encefálico, incluindo suas três principais estruturas (bulbo, ponte e mesencéfalo) e os nervos cranianos localizados nessas estruturas. Também discute as subdivisões e vias de entrada e saída do cerebelo.
Medresumos 2016 neuroanatomia 09 - estrutura e funções do cerebeloJucie Vasconcelos
O documento descreve a anatomia e função do cerebelo. O cerebelo é responsável principalmente pela coordenação motora e equilíbrio, recebendo informações sensoriais da medula espinhal, tronco encefálico e ouvido interno. Anatomicamente, é dividido em vérmis e hemisférios, com vários lóbulos separados por fissuras. Funcionalmente, é dividido em arquicerebelo, paleocerebelo e neocerebelo. Sua estrutura interna inclui o córtex com camadas de células
Este documento resume a estrutura e função da medula espinhal, incluindo sua anatomia macroscópica e microscópica, componentes de substância cinzenta e branca, e os principais tractos e fascículos que permitem a transmissão de sinais sensoriais e motores.
Medresumos 2016 neuroanatomia 07 - microscopia do mesencéfaloJucie Vasconcelos
O documento descreve a estrutura do mesencéfalo, incluindo suas partes principais como o tecto, pedúnculo cerebral, substância cinzenta e substância branca. Detalha as estruturas do tecto como os colículos superiores e inferiores e área pré-tectal, bem como os núcleos dos nervos cranianos no mesencéfalo.
Medresumos 2016 neuroanatomia 05 - microscopia do bulboJucie Vasconcelos
O documento descreve a estrutura do bulbo encefálico comparando-a com a estrutura da medula espinhal. Ele discute as diferenças na organização da substância cinzenta e branca, incluindo a presença de novos núcleos e a fragmentação da substância cinzenta no bulbo. Além disso, descreve os principais núcleos e vias ascendentes encontrados na estrutura do bulbo.
O documento descreve as principais partes e funções do sistema nervoso humano. O sistema nervoso central é dividido em encéfalo e medula espinhal. O encéfalo contém estruturas como o bulbo, cérebro, cerebelo e hipotálamo, cada um responsável por funções específicas. O sistema nervoso periférico conecta o sistema nervoso central aos órgãos e músculos através dos nervos cranianos e raquidianos.
O documento descreve a anatomia do tronco encefálico, incluindo sua estrutura interna e os principais núcleos e vias neurais. É detalhado o local e função dos núcleos dos nervos cranianos, assim como os principais tratos ascendentes e descendentes no tronco encefálico.
1. O documento descreve os componentes e estrutura do sistema nervoso, incluindo os tipos de neurônios, células da glia e sinapses.
2. Apresenta detalhes sobre o sistema nervoso central, periférico e autônomo, assim como sobre a transmissão de impulsos nervosos.
3. Explica o conceito de arco reflexo e diferencia reflexos simples e complexos.
O crânio divide-se em duas partes, o crânio posterior que contém o encéfalo e a face anterior que aloja os órgãos dos sentidos e da mastigação. O crânio é constituído por oito ossos, quatro pares e quatro ímpares, incluindo o frontal, etmóide, esfenóide e occipital. As junturas imóveis entre os ossos do crânio são chamadas de suturas.
O documento resume os principais aspectos dos nervos do corpo humano. Descreve as generalidades dos nervos, os nervos espinhais que partem da medula espinhal e os nervos cranianos que emergem do encéfalo. Explica a estrutura, função e territórios inervados dos principais pares de nervos.
Este documento descreve a anatomia da medula espinhal, incluindo sua forma, estrutura, conexões com nervos espinhais, vascularização e vias motoras e sensitivas. O documento é escrito pelo Dr. Carlos Frederico de Almeida Rodrigues e fornece detalhes sobre a medula espinhal para fins educacionais.
O documento resume os principais conceitos sobre o sistema nervoso, incluindo a anatomia, histologia, divisões, funções e processos de comunicação entre neurônios, como potenciais de ação e transmissão sináptica.
O documento descreve a anatomia da coluna vertebral e do dorso, incluindo suas estruturas, curvaturas, vértebras, articulações e músculos. A coluna vertebral é formada por 33 vértebras organizadas em cinco regiões e possui discos intervertebrais que permitem flexibilidade. As vértebras possuem características específicas de acordo com a região e articulam-se através de discos e facetas articulares. Os músculos do dorso incluem músculos extrínsec
Medresumos 2016 anatomia topográfica - membro inferiorJucie Vasconcelos
O documento descreve a anatomia topográfica do membro inferior, definindo suas partes principais como a região glútea, coxa, joelho, perna, tornozelo e pé. Detalha também a estrutura óssea, incluindo o osso do quadril, fêmur, patela, tíbia, fíbula e ossos do pé.
O documento descreve os 12 pares de nervos cranianos, incluindo suas origens, funções e tipos de fibras. Os principais nervos são:
- Nervo olfatório (I par), que leva estímulos olfatórios do bulbo olfatório para o telencéfalo.
- Nervo óptico (II par), que leva impulsos visuais da retina para o diencéfalo.
- Nervos oculomotor, troclear e abducente (III, IV e VI pares), que inervam os músculos extrínsec
O documento discute a neuroanatomia do sistema nervoso central. Resume que o sistema nervoso é o mais complexo do organismo e o primeiro a se diferenciar embriologicamente. Também descreve as principais células da glia, como astrócitos, oligodendrócitos e micróglias, e suas funções de nutrição e apoio aos neurônios. Por fim, apresenta a estrutura básica do neurônio, com corpo celular, dendritos e axônio.
O documento descreve o tecido nervoso, incluindo os principais tipos de células neurais e gliais. As células neurais, os neurônios, conduzem impulsos nervosos através de potenciais de ação ao longo dos axônios. As células da glia fornecem suporte e proteção aos neurônios. A sinapse é a região onde os impulsos nervosos são transmitidos de um neurônio para outro.
O documento apresenta um resumo sobre os principais tópicos da neuroanatomia, incluindo a origem da neuroanatomia, a neuroanatomia básica dos lobos cerebrais, cerebelo, tronco cerebral, vasos sanguíneos e pares cranianos. O autor descreve a estrutura e função dessas partes do sistema nervoso central de forma concisa.
Este documento fornece um resumo da estrutura e função do telencéfalo em 3 frases:
Discute a anatomia macroscópica e interna dos hemisférios cerebrais, identificando lobos, sulcos, giros e estruturas internas como o córtex cerebral, núcleos da base e centro branco medular. Também aborda a morfologia dos ventrículos laterais e as principais fibras de associação e de projeção como o corpo caloso, fórnix e cápsula interna.
O documento descreve a anatomia do diencéfalo, incluindo suas principais divisões como o tálamo, hipotálamo e terceiro ventrículo. Detalha os núcleos do tálamo, suas localizações e funções, como transmitir informações sensoriais e modulares funções cognitivas. Também discute a anatomia do terceiro ventrículo e estruturas associadas como o quiasma óptico e hipotálamo.
Medresumos 2016 neuroanatomia 01 - introdução à neuroanatomiaJucie Vasconcelos
O documento apresenta uma introdução à neuroanatomia e neurofisiologia, descrevendo as principais divisões e funções do sistema nervoso. É dividido em duas partes principais: a primeira parte descreve as divisões anatômicas e funcionais do sistema nervoso, enquanto a segunda parte descreve as subdivisões do sistema nervoso central e periférico, incluindo os nervos cranianos e espinhais.
O documento descreve a anatomia e fisiologia da medula espinhal em 3 frases:
1) A medula espinal conduz impulsos sensoriais e motores entre o encéfalo e o corpo através de vias aferentes e eferentes.
2) A medula contém substância cinzenta central onde estão localizados os corpos celulares neuronais e substância branca circundante formada por fibras nervosas longitudinais.
3) Lesões da medula podem causar tetraplegia ou paraplegia dependendo do nível da lesão medular.
O documento descreve a anatomia do tronco encefálico, incluindo suas três principais estruturas (bulbo, ponte e mesencéfalo) e os nervos cranianos localizados nessas estruturas. Também discute as subdivisões e vias de entrada e saída do cerebelo.
Medresumos 2016 neuroanatomia 09 - estrutura e funções do cerebeloJucie Vasconcelos
O documento descreve a anatomia e função do cerebelo. O cerebelo é responsável principalmente pela coordenação motora e equilíbrio, recebendo informações sensoriais da medula espinhal, tronco encefálico e ouvido interno. Anatomicamente, é dividido em vérmis e hemisférios, com vários lóbulos separados por fissuras. Funcionalmente, é dividido em arquicerebelo, paleocerebelo e neocerebelo. Sua estrutura interna inclui o córtex com camadas de células
Este documento resume a estrutura e função da medula espinhal, incluindo sua anatomia macroscópica e microscópica, componentes de substância cinzenta e branca, e os principais tractos e fascículos que permitem a transmissão de sinais sensoriais e motores.
Medresumos 2016 neuroanatomia 07 - microscopia do mesencéfaloJucie Vasconcelos
O documento descreve a estrutura do mesencéfalo, incluindo suas partes principais como o tecto, pedúnculo cerebral, substância cinzenta e substância branca. Detalha as estruturas do tecto como os colículos superiores e inferiores e área pré-tectal, bem como os núcleos dos nervos cranianos no mesencéfalo.
Medresumos 2016 neuroanatomia 05 - microscopia do bulboJucie Vasconcelos
O documento descreve a estrutura do bulbo encefálico comparando-a com a estrutura da medula espinhal. Ele discute as diferenças na organização da substância cinzenta e branca, incluindo a presença de novos núcleos e a fragmentação da substância cinzenta no bulbo. Além disso, descreve os principais núcleos e vias ascendentes encontrados na estrutura do bulbo.
O documento descreve as principais partes e funções do sistema nervoso humano. O sistema nervoso central é dividido em encéfalo e medula espinhal. O encéfalo contém estruturas como o bulbo, cérebro, cerebelo e hipotálamo, cada um responsável por funções específicas. O sistema nervoso periférico conecta o sistema nervoso central aos órgãos e músculos através dos nervos cranianos e raquidianos.
O documento descreve a anatomia do tronco encefálico, incluindo sua estrutura interna e os principais núcleos e vias neurais. É detalhado o local e função dos núcleos dos nervos cranianos, assim como os principais tratos ascendentes e descendentes no tronco encefálico.
1. O documento descreve os componentes e estrutura do sistema nervoso, incluindo os tipos de neurônios, células da glia e sinapses.
2. Apresenta detalhes sobre o sistema nervoso central, periférico e autônomo, assim como sobre a transmissão de impulsos nervosos.
3. Explica o conceito de arco reflexo e diferencia reflexos simples e complexos.
O crânio divide-se em duas partes, o crânio posterior que contém o encéfalo e a face anterior que aloja os órgãos dos sentidos e da mastigação. O crânio é constituído por oito ossos, quatro pares e quatro ímpares, incluindo o frontal, etmóide, esfenóide e occipital. As junturas imóveis entre os ossos do crânio são chamadas de suturas.
O documento resume os principais aspectos dos nervos do corpo humano. Descreve as generalidades dos nervos, os nervos espinhais que partem da medula espinhal e os nervos cranianos que emergem do encéfalo. Explica a estrutura, função e territórios inervados dos principais pares de nervos.
Este documento descreve a anatomia da medula espinhal, incluindo sua forma, estrutura, conexões com nervos espinhais, vascularização e vias motoras e sensitivas. O documento é escrito pelo Dr. Carlos Frederico de Almeida Rodrigues e fornece detalhes sobre a medula espinhal para fins educacionais.
O documento resume os principais conceitos sobre o sistema nervoso, incluindo a anatomia, histologia, divisões, funções e processos de comunicação entre neurônios, como potenciais de ação e transmissão sináptica.
O documento descreve a anatomia da coluna vertebral e do dorso, incluindo suas estruturas, curvaturas, vértebras, articulações e músculos. A coluna vertebral é formada por 33 vértebras organizadas em cinco regiões e possui discos intervertebrais que permitem flexibilidade. As vértebras possuem características específicas de acordo com a região e articulam-se através de discos e facetas articulares. Os músculos do dorso incluem músculos extrínsec
Medresumos 2016 anatomia topográfica - membro inferiorJucie Vasconcelos
O documento descreve a anatomia topográfica do membro inferior, definindo suas partes principais como a região glútea, coxa, joelho, perna, tornozelo e pé. Detalha também a estrutura óssea, incluindo o osso do quadril, fêmur, patela, tíbia, fíbula e ossos do pé.
1. O documento descreve a anatomia da cavidade abdominal, incluindo suas paredes, regiões e pontos ósseos de referência. 2. A cavidade abdominal é dividida em duas porções - cavidade abdominal e cavidade pélvica. 3. A cavidade abdominal pode ser ainda dividida em nove regiões por quatro planos e em quatro quadrantes por dois planos.
O documento descreve a anatomia do pescoço, incluindo suas estruturas superficiais e profundas. As estruturas superficiais incluem a pele, músculo platisma, ossos como o osso hioide e vértebras cervicais, e vasos como as veias jugulares. As estruturas profundas incluem as fáscias do pescoço, músculos como o esternocleidomastoideo e trapézio, e nervos do plexo cervical. O documento fornece detalhes sobre a localização e funções
A parede torácica protege os órgãos internos do tórax e participa na respiração. É constituída por ossos, músculos, pele e fáscias. As costelas articulam-se com as vértebras torácicas e o esterno para formar a caixa torácica, que se movimenta durante a inspiração e expiração.
Medresumos 2016 anatomia topográfica - membro superiorJucie Vasconcelos
1) O documento descreve a anatomia topográfica do membro superior, dividindo-o em segmentos como o ombro, braço, antebraço e mão.
2) A escápula é um osso plano triangular que forma parte do cíngulo do membro superior, articulando-se com o úmero e clavícula.
3) As principais características da escápula incluem a cavidade glenoidal, processo coracoide, espinha e fossas costal e dorsal.
O documento descreve as principais características da anatomia e fisiologia do sistema nervoso central e periférico em humanos. O sistema nervoso é responsável por controlar e coordenar as funções de todos os sistemas do organismo e processar estímulos do ambiente. Ele é constituído pelo sistema nervoso central e periférico.
O documento descreve a anatomia e função do sistema nervoso central humano, incluindo o encéfalo, medula espinhal, nervos cranianos e periféricos. O encéfalo é dividido em cérebro, cerebelo e tronco encefálico, cada um com funções específicas de controle motor e processamento sensorial. A medula espinhal conecta o encéfalo aos nervos periféricos que inervam os músculos e órgãos.
O documento descreve o sistema nervoso central humano, incluindo suas principais partes como o cérebro, medula espinhal, tronco encefálico e cerebelo. Detalha a estrutura e funções dessas partes, assim como o sistema nervoso periférico, composto pelos nervos cranianos e espinhais.
Neuroanatomia 01 introdução à neuroanatomia e neurofisiologia (2012)Pilar Pires
O documento fornece uma introdução à neuroanatomia e neurofisiologia, resumindo as principais divisões e funções do sistema nervoso. É dividido em sistema nervoso central (encéfalo e medula espinhal) e sistema nervoso periférico (nervos e gânglios). Detalha as subdivisões do encéfalo, incluindo cérebro, tronco encefálico e cerebelo, e descreve as estruturas e funções da medula espinhal e do sistema nervoso periférico.
O documento descreve o sistema nervoso, dividindo-o em sistema nervoso central (SNC) e sistema nervoso periférico (SNP). O SNC é formado pelo encéfalo e medula espinal e é responsável por receber estímulos e coordenar respostas, enquanto o SNP conecta o SNC aos órgãos e músculos através de nervos e gânglios. O documento também discute as divisões, estruturas e funções do SNC e SNP em detalhe.
O documento descreve as normas de segurança e conduta no laboratório de anatomia, incluindo a obrigatoriedade do uso de jalecos, sapatos fechados e luvas. Também proíbe o uso de celulares, alimentação sobre as bancadas e remoção de peças anatômicas para fora do laboratório.
1) A medula espinhal é um órgão cilíndrico localizado dentro do canal vertebral que se estende do bulbo ao nível de L1-L2. Ela recebe fibras sensoriais dos membros e tronco e controla os movimentos musculares.
2) A medula espinhal apresenta duas dilatações chamadas de intumescências cervical e lombar, onde há maior número de neurônios e raízes nervosas. Sua superfície possui sulcos e funículos por onde passam fibras nervosas.
3) A med
O documento descreve a anatomia e função do sistema nervoso central e periférico. Resume as divisões do sistema nervoso em central e periférico, com o central localizado dentro do crânio e coluna vertebral protegido pelos ossos, e o periférico ligando os tecidos ao central. Também descreve as três meninges que protegem o sistema nervoso central, sendo a dura-máter, aracnóide e pia-máter.
O documento apresenta um resumo sobre o sistema nervoso, dividindo-o em sistema nervoso central e periférico. Descreve as principais estruturas do sistema nervoso central, como encéfalo, medula espinal, substâncias cinzenta e branca. Apresenta também as divisões do sistema nervoso periférico, como nervos cranianos, espinais, terminações nervosas e gânglios. Por fim, explica sobre o sistema nervoso autônomo, simpático e parassimpático.
O documento apresenta um resumo sobre o sistema nervoso, dividindo-o em sistema nervoso central e periférico. Descreve as principais estruturas do sistema nervoso central, como encéfalo, medula espinal, substâncias cinzenta e branca. Apresenta também as estruturas de proteção do SNC e do SNP, além de abordar brevemente os nervos cranianos e espinais, terminações nervosas e gânglios.
O documento descreve a neuroanatomia da medula espinhal. A substância cinzenta se dispõe internamente na forma de H, enquanto a substância branca se localiza externamente. A substância cinzenta contém colunas anteriores, posteriores e intermediária, que abrigam respectivamente motoneurônios, neurônios sensitivos e interneurônios. A substância branca é dividida em três funículos que contêm tratos descendentes e ascendentes responsáveis por transmitir sinais motores e sensitivos entre a medula e o encéfalo.
O documento discute a anatomia e fisiologia do sistema nervoso central e periférico em humanos. Aborda conceitos como neurônios, divisão do sistema nervoso, estrutura do encéfalo, tronco cerebral, cerebelo, diencéfalo e telencéfalo. Também descreve a medula espinhal, vascularização, meninges e liquido cefalorraquidiano.
O documento descreve os sistemas neuro-hormonal e nervoso, incluindo suas funções na coordenação do organismo e manutenção da homeostase. O sistema nervoso é constituído por neurônios que recebem e transmitem mensagens nervosas de modo rápido através de potenciais de ação. A comunicação entre neurônios ocorre através de sinapses, onde sinais elétricos são convertidos em sinais químicos por neurotransmissores.
O documento descreve a anatomia e fisiologia do sistema nervoso central e periférico. Ele discute as estruturas do cérebro, medula espinhal e nervos, assim como os tipos de células neurais e suas funções. Também aborda os ventrículos cerebrais, meninges, líquor e órgãos dos sentidos.
O documento discute o sistema nervoso humano, incluindo suas partes principais como o sistema nervoso central e periférico. O sistema nervoso central é composto pelo encéfalo e medula espinhal, enquanto o periférico inclui nervos cranianos e espinais. Dentro do encéfalo estão estruturas como o cérebro, cerebelo e tronco encefálico, cada um responsável por funções específicas. O documento também explica conceitos-chave como neurônios, sistemas nervosos somático e aut
O documento descreve o tecido nervoso, dividindo-o em sistema nervoso central e periférico. O sistema nervoso central contém a substância cinzenta, com corpos celulares, e a substância branca, com prolongamentos mielinizados. O sistema nervoso periférico inclui nervos, gânglios e terminações nervosas, envolvendo fibras mielínicas e amielínicas. O documento também aborda o sistema nervoso autônomo e suas partes simpática e parassimpática.
O sistema nervoso central (SNC) é responsável por receber e processar informações. Ele é constituído pelo encéfalo e medula espinal, que estão protegidos pelo crânio e coluna vertebral, respectivamente.
Sistema nervoso biologia 1 ano texto.pdfitamirvieira1
O sistema nervoso é responsável por captar estímulos e gerar respostas, podendo ser dividido em central e periférico. O central, constituído por medula espinhal e encéfalo, processa informações. O periférico transmite informações entre o central e outros órgãos e estruturas.
O documento descreve:
1) O que é um nervo, como é formado e estruturado;
2) A anatomia e funções da medula espinhal, incluindo os nervos espinhais;
3) As membranas meninges que envolvem e protegem o sistema nervoso central.
O documento resume as principais estruturas e funções do sistema nervoso central humano, incluindo o encéfalo, medula espinhal, diencéfalo, cerebelo e lobos cerebrais. Detalha as funções do bulbo, ponte, tálamo, hipotálamo e dos cinco lobos cerebrais. Fornece também uma breve descrição das funções do sistema nervoso periférico e autônomo.
Semelhante a Medresumos 2016 neuroanatomia 03 - microscopia da medula espinhal (20)
O documento descreve o desenvolvimento embriológico do sistema digestório, incluindo a formação do esôfago, estômago, duodeno, fígado, pâncreas e intestinos. Detalha como ocorrem as rotações e alongamentos dos órgãos durante a embriogênese que determinam sua localização final no corpo.
O documento descreve o desenvolvimento embriológico do sistema cardiovascular, incluindo a formação do coração e vasos a partir do mesoderma esplâncnico, o desenvolvimento das câmaras cardíacas e septação do coração primitivo, e a formação das válvulas cardíacas.
O documento descreve a anatomia dos ossos do crânio, dividindo-o em neurocrânio e viscerocrânio. O neurocrânio é constituído por 8 ossos e delimita a cavidade craniana, enquanto o viscerocrânio é constituído por 14 ossos e forma o esqueleto da face. Em seguida, descreve detalhadamente a anatomia dos ossos frontal e occipital.
Medresumos 2016 neuroanatomia 21 - grandes vias eferentesJucie Vasconcelos
O documento descreve as principais vias eferentes do sistema nervoso central, incluindo: 1) as vias eferentes somáticas, como o tracto córtico-espinhal que conecta o córtex motor à medula espinhal, e o tracto córtico-nuclear que conecta o córtex aos núcleos do tronco encefálico; 2) as vias eferentes do sistema nervoso autônomo, que conectam o hipotálamo direta ou indiretamente aos neurônios pré-ganglionares; 3) detalhes
Medresumos 2016 neuroanatomia 20 - grandes vias aferentesJucie Vasconcelos
O documento descreve as principais vias aferentes que levam informações sensoriais do corpo para o cérebro. São descritas quatro vias: 1) a via neoespino-talâmica de dor e temperatura, 2) a via paleoespino-talâmica de dor, 3) a via espino-talâmica anterior de pressão e tato, e 4) a via do fascículo grácil e cuneiforme para propriocepção, tato epicrítico e sensibilidade vibratória. Cada via envolve uma cadeia de três neurôn
Medresumos 2016 neuroanatomia 19 - sistema nervoso autônomoJucie Vasconcelos
O documento discute o sistema nervoso autônomo (SNA), que controla as funções corporais involuntárias. O SNA é dividido em duas partes: o simpático e o parassimpático. O simpático controla as reações de estresse e luta, enquanto o parassimpático controla as reações de repouso e digestão. As duas partes diferem em aspectos anatômicos, bioquímicos e funcionais.
Medresumos 2016 neuroanatomia 17 - formação reticularJucie Vasconcelos
O documento descreve a formação reticular, uma estrutura no tronco encefálico responsável por diversas funções vitais. A formação reticular controla a atividade cortical, regulando o sono e a vigília, e também controla a sensibilidade, a motricidade e o sistema nervoso autônomo. Possui conexões amplas com o cérebro, cerebelo e medula espinhal, e desempenha um papel fundamental na integração de funções fisiológicas.
Medresumos 2016 neuroanatomia 16 - vascularização do sistema nervoso centra...Jucie Vasconcelos
1. O documento descreve a vascularização do sistema nervoso central, incluindo as artérias que irrigam o cérebro e as meninges.
2. As principais artérias são as carótidas internas e as vertebrais, que formam o polígono de Willis na base do cérebro.
3. O polígono de Willis conecta as artérias carótidas internas e vertebro-basilares, permitindo fluxo colateral caso haja obstrução em uma artéria.
Medresumos 2016 neuroanatomia 15 - núcleos da base e centro branco medularJucie Vasconcelos
Os núcleos da base estão localizados na base do telencéfalo e incluem o núcleo caudado, putâmen e globos pálidos. Eles formam circuitos com o córtex cerebral e tálamo para modular o controle motor através das vias direta e indireta. Lesões nos núcleos da base ou na substância negra podem causar síndromes hipo ou hipercinéticas devido a desequilíbrios nessas vias.
O documento descreve a estrutura e função do córtex cerebral. O córtex é dividido em camadas de neurônios que processam informações sensoriais e iniciam movimentos. As camadas variam entre regiões do córtex e determinam suas funções, como processamento de visão, audição, linguagem e movimento. Fibras conectam diferentes áreas do córtex e centros subcorticais para integrar funções cerebrais.
Medresumos 2016 neuroanatomia 13 - anatomia macroscópia do telencéfaloJucie Vasconcelos
O documento descreve a anatomia macroscópica do telencéfalo humano. Ele discute a divisão do telencéfalo em hemisférios cerebrais direito e esquerdo e sua subdivisão em lobos através de sulcos e giros, incluindo os lobos frontal, temporal, parietal, occipital e ínsula. Também descreve as principais estruturas inter-hemisféricas como o corpo caloso e fórnix.
O documento descreve a anatomia e as funções do hipotálamo. O hipotálamo é uma pequena região do cérebro localizada no diencéfalo inferior que controla funções vitais como a temperatura corporal, a ingestão de alimentos e água, e a secreção de hormônios. Apesar de seu pequeno tamanho, o hipotálamo possui conexões complexas com outras áreas cerebrais e glândulas endócrinas que lhe permitem desempenhar seu papel crucial na homeostase.
Medresumos 2016 neuroanatomia 11 - subtálamo, epitálamo e tálamoJucie Vasconcelos
O documento descreve as estruturas do subtálamo, epitálamo e tálamo. O subtálamo contém o núcleo subtalâmico e está localizado na parte posterior do diencéfalo. O epitálamo contém a glândula pineal e estruturas do sistema límbico como os núcleos da habênula. O tálamo é constituído por núcleos e recebe e projeta fibras sensoriais e motoras para o córtex cerebral.
Medresumos 2016 neuroanatomia 10 - macroscopia do diencéfaloJucie Vasconcelos
O documento descreve a anatomia macroscópica do diencéfalo. O diencéfalo inclui o tálamo, hipotálamo, epitálamo e subtálamo, e contém o terceiro ventrículo. O tálamo é uma grande estrutura bilateral no diencéfalo superior, enquanto o hipotálamo controla funções viscerais e homeostáticas abaixo do sulco hipotalâmico. O epitálamo contém a glândula pineal e limita o terceiro ventrículo posteriormente.
O documento fornece uma introdução ao sistema imunológico, descrevendo os mecanismos de defesa inatos e adaptativos. Também resume a história da imunologia, desde as primeiras tentativas de variolação na China e Turquia até as descobertas modernas sobre as respostas mediadas por células T. Por fim, descreve as três fases da resposta imune adaptativa: reconhecimento do antígeno, ativação dos linfócitos e fase efetora.
Este documento discute a história da microbiologia, desde as primeiras observações de microrganismos no século XVII até as experimentos de Pasteur e Koch que refutaram a teoria da geração espontânea e estabeleceram a relação entre microrganismos e doenças. Também descreve as contribuições iniciais de Hooke, van Leeuwenhoek, Redi, Spallanzani e Pasteur para o desenvolvimento da microbiologia.
O documento apresenta um resumo sobre o Módulo Célula, Estrutura e Função (CEF). O módulo abrange assuntos importantes sobre a estrutura e função celular, incluindo citologia, biofísica, genética, bioquímica e histologia. Além de aulas teóricas, o módulo inclui aulas práticas em laboratório para estudar a célula. O resumo serve como guia para os estudos no módulo.
Medresumos 2016 neuroanatomia 03 - microscopia da medula espinhal
1. Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● NEUROANATOMIA
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ESTRUTURA DA MEDULA ESPINHAL - MICROSCOPIA
O estudo da estrutura microscópica do sistema nervoso central é uma das
partes mais importantes da neuroanatomia, uma vez que, no sistema nervoso,
estrutura e função estão intimamente ligadas. Por outro lado, o conhecimento da
microscopia do SNC é fundamental para a compreensão dos diversos quadros clínicos
que resultam das lesões e processos patológicos que podem acometê-lo.
Antes de iniciarmos o estudo mais detalhado da medula espinhal, deverão ser
conceituados alguns termos que serão largamente utilizados nos capítulos que se
relacionam com as estruturas microscópicas do SN.
Substância cinzenta: refere-se ao tecido nervoso que contém fibras do tipo
amielínicas, corpos de neurônios, etc. Tem, na medula espinhal, o formato da
letra H (o chamado “H medular”). Sua localização é mais interna em relação a
substância branca. Na prática, seria definida como o acúmulo de corpos de
neurônios.
Substância branca: tecido nervoso formado por neuroglia e fibras predominantemente mielínicas.
Núcleo: massa de substância cinzenta imersa em substância branca, ou grupo delimitado de neurônios com
aproximadamente a mesma estrutura e mesma função. Geralmente, formam ou recebem fibras de nervos cranianos.
Córtex: Pode ser do tipo cerebelar e cerebral. É uma fina película de substância cinzenta que recobre tais estruturas.
Tracto: Seria um agrupamento de fibras nervosas, que tem a mesma origem, mesmo destino e mesma função. Na
denominação de um tracto, usam-se dois termos ligados por hífen: o primeiro indicando a origem e o segundo a terminação
das fibras.
Fascículo: seria uma formação análoga aos tractos, mas com formato mais compacto ou robusto.
Lemnisco: são tractos de natureza geralmente sensitiva, mas que apresentam forma de fita. Os principais lemniscos estão
localizados no tronco encefálico, e são eles: lemnisco lateral (relacionado com a via auditiva), lemnisco trigeminal, lemnisco
espinhal (formado pelos tractos espino-talâmico lateral e anterior: dor, temperatura, tato e pressão) e lemnisco medial
(continuação das fibras arqueadas internas, que são oriundas dos núcleos grácil e cuneiforme: propriocepção consciente,
tato epicrítico, sensibilidade vibratória).
Funículo: é a região da substância branca da medula onde se encontram os tractos, fascículos, etc.
Decussação: formação anatômica constituída por fibras nervosas que cruzam obliquamente o plano mediano e que têm
aproximadamente a mesma direção.
Comissura: região anatômica onde fibras cruzam de um lado para o outro paralelamente.
Fibras de associação: são fibras que associam pontos mais ou menos distintos de uma determinada área ou órgão, sem,
entretanto, abandoná-lo.
Fibras de projeção: são fibras que saem dos limites da área ou do órgão de onde surgem.
ASPECTOS DA ORGANIZAÇÃO MACROSCÓPICA E MICROSCÓPICA DA MEDULA
Como já foi visto anteriormente, na superfície da medula existem os sulcos lateral
anterior, lateral posterior, intermédio posterior (na região cervical), sulco mediano posterior e
a fissura mediana anterior. A substância cinzenta é circundada pela branca, constituindo, de
cada lado, os funículos anterior, lateral e posterior, este último compreende os fascículos
grácil e cuneiforme. Entre a fissura mediana anterior e a substância cinzenta, localiza-se a
comissura branca (local de cruzamento de fibras principalmente sensitivas). Na substância
cinzenta, notam-se colunas (cornos) anterior, lateral e posterior.
Vale lembrar também que a quantidade de substância branca em relação à cinzenta
é tanto maior quanto mais alto o nível considerado. Ao nível dos intumescimentos lombares e
cervicais, a coluna anterior é mais dilatada; a coluna lateral só existe de T1 a L2 (por estar
relacionada a inervação visceral).
SUBSTÂNCIA CINZENTA DA MEDULA
A substância cinzenta, como foi dito, tem forma de borboleta ou de um H. Essa
região cinzenta da medula pode ser dividida, considerando duas linhas que tangenciam os
contornos anterior e posterior do ramo horizontal do “H”, o que divide a substância cinzenta
em coluna (corno) anterior, coluna posterior e substância cinzenta intermédia. Por sua
vez, a substância cinzenta intermédia pode ser dividida em: substância cinzenta intermédia
central e substância cinzenta intermédia lateral por duas linhas ântero-posteriores.
De acordo com esse critério, a coluna lateral faz parte da substância cinzenta
intermédia lateral. Na coluna posterior observa-se de diante para trás uma base, um pescoço
e um ápice (este último compreende uma área de tecido nervoso translúcido, rico em células
neurogliais e pequenos neurônios, a substância gelatinosa ou portão da dor).
Arlindo Ugulino Netto.
NEUROANATOMIA 2016
2. Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● NEUROANATOMIA
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CLASSIFICAÇÃO DOS NEURÔNIOS MEDULARES
Os elementos mais importantes da substância cinzenta da medula são seus neurônios. Esses neurônios podem ser
classificados da seguinte maneira:
1. Neurônios de axônio longo (tipo I de Golgi)
Neurônios Radiculares: apresentam axônio muito longo e saem da medula para constituir a raiz ventral.
o Neurônios radiculares viscerais: são neurônios pré-ganglionares do sistema nervoso autônomo, cujos corpos
localizam-se na substância cinzenta intermédia lateral (na coluna lateral, ao nível de T1 a L2). Destinam-se a
inervação de músculos lisos, cardíaco ou glândulas.
o Neurônios radiculares somáticos (neurônios motores primários/neurônios motores inferiores): destinam-
se a inervação de músculos estriados esqueléticos e tem seu corpo localizado na coluna anterior. Costuma-se
distinguir na medula dos mamíferos dois tipos de neurônios radiculares somáticos: alfa e gama. Os neurônios
alfa (fibras extrafusais, ou seja, localizam-se fora dos fusos neuromusculares) são muito grandes e seu axônio,
bastante grosso, destina-se a inervação de fibras musculares que contribuem efetivamente para a contração
muscular. Cada neurônio alfa, juntamente com as fibras musculares que ele inerva, constitui uma unidade
motora. Já os neurônios gama são menores e possuem axônios mais finos (fibras eferentes gama),
responsáveis pela inervação motora das fibras intrafusais. Tem papel fundamental na regulação da
sensibilidade dos fusos neuromusculares. Para a execução de um movimento voluntário, eles são ativados
simultaneamente com os motoneurônios alfa (coativação alfa-gama). Isso permite que os fusos
neuromusculares continuem a enviar informações proprioceptivas ao sistema nervoso central, mesmo durante a
contração muscular desencadeada pela atividade dos neurônios alfa.
Neurônios Cordonais: são aqueles cujos axônios ganham a substância branca da medula, onde tomam direção
ascendente ou descendente, passando a constituir as fibras que formam os funículos da medula.
o Neurônios cordonais de projeção: possuem um axônio ascendente longo que termina fora da medula
(tálamo, cérebro, etc.), integrando as vias ascendentes da medula.
o Neurônios cordonais de associação: possuem axônio que, ao chegar à substância branca, se bifurca em um
ramo ascendente e outro descendente, ambos terminando na substância cinzenta da própria medula. Assim,
constituem um mecanismo de integração de segmentos medulares, situados em níveis diferentes,
permitindo a realização de reflexos intersegmentares na medula. As fibras nervosas formadas por estes
neurônios dispõem-se em torno da substância cinzenta, onde formam os chamados fascículos próprios,
existentes nos três funículos da medula.
2. Neurônios de Axônio Curto (ou Internunciais): em razão de seu pequeno tamanho, o axônio destes neurônios permanece
sempre na substância cinzenta. Seus prolongamentos ramificam-se próximo ao corpo celular e estabelecem conexão entre
as fibras aferentes, que penetram pelas raízes dorsais, e os neurônios motores, interpondo-se, assim, em vários arcos-
reflexos medulares. Além disso, muitas fibras que chegam à medula trazendo impulsos do encéfalo terminam em neurônios
internunciais. Um tipo especial de neurônio de axônio curto encontrado na medula, por exemplo, é a célula de Renshaw,
localizada na porção medial da coluna anterior. Os impulsos nervosos provenientes da célula de Renshaw inibem neurônios
motores. Admite-se, pois, que neurônios motores, antes de deixarem a medula, emitam um ramo colateral recorrente que
volta e termina estabelecendo sinapse com uma célula de Renshaw. Esta, por sua vez, faz sinapse com o próprio neurônio
motor que emitiu o sinal. Assim, os impulsos nervosos que saem pelos neurônios motores são capazes de inibir o próprio
neurônio através do ramo recorrente e da célula de Renshaw.
OBS
1
: As informações que chegam à medula por meio de neurônios aferentes podem ser processadas de duas maneiras: podem
tomar uma trajetória ascendente e serem processadas no encéfalo ou podem ser, de modo instantâneo, avaliadas na própria medula.
Esta ultima opção é chamada de reflexo. Os reflexos representam uma vantagem evolutiva muito importante para a manutenção da
integridade do corpo. Ao se discutir a atividade reflexa do músculo esquelético, é importante compreender a lei da inervação
recíproca (de Sherrington), a qual afirma que a musculatura flexora e extensora de um mesmo membro que está envolvido em um
reflexo não pode contrair ao mesmo tempo. Para que esta lei funcione, é necessário que as fibras nervosas aferentes responsáveis
pela ação muscular flexora reflexa, tenham ramos que façam sinapses com neurônios motores extensores do mesmo membro,
fazendo com que sejam inibidos (e, obviamente, vice-versa). Outra propriedade interessante dos reflexos medulares é o fato de que a
evocação de um reflexo, em um dos lados do corpo, causa efeito oposto sobre o membro no outro lado do corpo. Esse efeito é dito
reflexo de extensão cruzada. A partir dessas duas propriedades, temos os seguintes mecanismos reflexos:
3. Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● NEUROANATOMIA
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Arco reflexo cruzado (Reflexo flexor e extensor cruzado): Quando receptores de dor são estimulados (como quando se pisa
subitamente em um prego ou outra superfície cortante), esse estímulo é transformado em um impulso nervoso que chega à
medula pela raiz aferente (dorsal), até a região do corno posterior. Isso faz com que esse estímulo também se propague para
o corno anterior por meio de interneurônios (internunciais) que fazem conexões entre o neurônio sensitivo que chega à
coluna posterior e o neurônio motor alfa, ou seja, aquele que se origina na coluna anterior e segue destinado à inervação das
fibras musculares. Esse estímulo faz com que músculos da coxa, no caso do exemplo, se contraiam para que a perna seja
retirada do local. Porém, só essa contração não é o suficiente e nunca acontece sozinha: por um ato reflexo, ao retirar o pé
da superfície cortante, automaticamente, a perna de apoio contrai seus músculos para não cairmos. Pra isso, há um
prolongamento do interneurônio para o lado contralateral de onde o estímulo chegou. Esse prolongamento, da mesma forma,
faz sinapse com um neurônio motor alfa para “avisar” à musculatura a necessidade de sua contração.
Arco reflexo simples (Reflexo Patelar): quando se percute o tendão da patela, o estiramento de suas fibras gera um
estímulo de fibras intra-fusais que converte esta estimulação em um impulso nervoso, que viaja até a medula por meio da
fibra aferente do nervo espinhal, chegando, pois, à coluna posterior da medula. Chegando nesse nível, essa fibra aferente faz
sinapse com dois tipos de neurônios: (1) os próprios neurônios motores alfa, que fazem contrair a musculatura extensora da
perna e (2) neurônios inibitórios (internunciais) de segmentos diferentes da medula (se for o caso), responsáveis por inibir a
contração da musculatura antagonista (promovendo o relaxamento dos flexores), para que a extensão seja possível. Essas
interligações se dão por meio dos fascículos próprios da medula (neurônios cordonais de associação). Este tipo de reflexo é
importante para diagnosticar compressões na medula (como em casos de hérnias de disco) verificando se a simetria do
reflexo de um lado e de outro é realmente verdadeira.
NÚCLEOS E LÂMINAS DA SUBSTÂNCIA CINZENTA
Os neurônios medulares não se distribuem de maneira uniforme na substância cinzenta, mas agrupam-se em núcleos ora
mais, ora menos definidos. Isso mostra que a medula não é inteiramente homogênea quanto às suas funções.
Coluna Anterior: A coluna anterior da substância cinzenta divide-se em dois grupos de neurônios: grupo medial e grupo
lateral. A principal diferença entre tais grupos vai além de suas funções, mas também a sua localização em nível medular: o
grupo medial de neurônios se localiza em toda extensão da medula, diferentemente do grupo lateral que só faz-se presente
na região das intumescências.
o Grupo medial de neurônios: Estão em todos os níveis medulares, e inervam a musculatura axial através das fibras
que emergem a partir das divisões dorsais dos nervos espinhais.
o Grupo lateral de neurônios: São as fibras que inervam a musculatura apendicular superior e inferior. Localizam-se
somente nas regiões das intumescências lombar e cervical. Ainda no grupo lateral, ocorre uma subdivisão, de tal
modo que os neurônios mais mediais inervam a musculatura proximal, enquanto que os mais laterais têm função
inervatória para a musculatura distal.
Coluna Posterior: são mais evidentes dois núcleos: o núcleo torácico (=núcleo dorsal) e a substância gelatinosa
o Substância gelatinosa: É a chamada “portão da dor” (pois recebe fibras sensitivas e regula a entrada no sistema nervoso
de impulsos dolorosos). Nesse local, há liberação da substância P, sendo também o local onde atua a maioria dos
analgésicos. Para o funcionamento do portão da dor são importantes fibras serotoninérgicas que chegam à substância
gelatinosa vindas do tronco encefálico.
o Núcleo torácico: Está anterior a substância gelatinosa, e se relaciona com a propriocepção inconsciente, contendo
neurônios que se projetam até o cerebelo (na forma do tracto espino-cerebelar posterior).
SUBSTÂNCIA BRANCA DA MEDULA
As fibras da substância branca da medula agrupam-se em tractos e fascículos que formam verdadeiros caminhos, ou vias,
por onde passam os impulsos nervosos que sobem e descem. Convém notar, entretanto, que na substância branca, não existem
septos delimitando os diversos tractos e fascículo, e as fibras da periferia de um tracto se dispõem lado a lado com as do tracto
vizinho.
4. Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● NEUROANATOMIA
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Temos, assim, tractos e fascículos descendentes e ascendentes, que constituem as vias descendentes e vias ascendentes
da medula. Estas vias são formadas pelos prolongamentos dos neurônios cordonais de projeção. A seguir, serão estudadas as
principais vias ascendentes e descendentes da medula.
TRACTOS E FASCÍCULOS DA MEDULA
VIAS DESCENDENTES DA MEDULA
São formadas por fibras que saem do córtex cerebral ou de algumas regiões do tronco encefálico, e terminam fazendo
sinapses com neurônios medulares. Podem ser do tipo viscerais/somáticos. Quando terminam em neurônios pré-ganglionares são
classificadas como viscerais. Quando terminam nos neurônios somáticos, classificam-se como somáticos. Quando terminam nesta
segunda ordem, podem ser divididos em vias piramidais (recebem este nome pois, antes de penetrar na medula, passam pelas
pirâmides bulbares) ou extrapiramidais. As vias somáticas serão descritas abaixo:
1. Vias descendentes Piramidais
As vias piramidais na medula compreendem dois
tractos: córtico-espinhal anterior e córtico-espinhal lateral.
Tais tractos são classificados como piramidais pela intima
relação com as pirâmides bulbares. De início, sabe-se que
tracto seria um conjunto de fibras nervosas que possuem a
mesma origem e a mesma função, consequentemente o mesmo
destino. Logo, os tractos córtico-espinais, como o próprio nome
sugere, saem do córtex cerebral e vão em direção à medula
espinhal. Tais fibras possuem caráter motor, conferindo a
motricidade voluntária da musculatura axial e apendicular
superior e inferior.
As fibras do tracto córtico-espinhal seguem o seguinte
trajeto até a medula: área 4 de Brodmann (córtex motor do
telencéfalo), coroa radiada, perna posterior da cápsula interna,
base do pedúnculo cerebral, base da ponte e pirâmide bulbar.
No trajeto do córtex ao bulbo, as fibras dos tractos córtico-
espinhal lateral e córtico-espinhal anterior constituem um só
feixe. Ao nível da decussação das pirâmides, uma parte das
fibras continua ventralmente, constituindo o tracto córtico-
espinhal anterior (10-25% das fibras). Outra parte cruza na
decussação das pirâmides para constituir o tracto córtico-
espinhal lateral (75-90% das fibras). As fibras do tracto cortico-
espinhal anterior ocupam o funículo anterior da medula,
enquanto que o córtico-espinhal lateral ocupa o funículo lateral
da medula. Tradicionalmente, se afirma que o tracto córtico-
espinhal anterior termina ao nível da medula torácica média.
O tracto córtico-espinhal lateral é denominado também de piramidal cruzado e o córtico-espinhal anterior, piramidal direto.
Entretanto, as fibras do tracto córtico-espinhal anterior, pouco antes de terminar, cruzam o plano mediano e terminam em neurônios
situados no lado oposto àquele no qual entraram na medula. Portanto, em ultima análise, como os dois tractos cruzam o plano
mediano, o córtex de um hemisfério cerebral comanda os neurônios motores situados na medula do lado oposto, visando à realização
de movimentos voluntários.
5. Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● NEUROANATOMIA
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É fácil entender, assim, que uma lesão do tracto córtico-espinhal acima da decussação das pirâmides causa paralisia da
metade oposta (contralateral) do corpo. O tracto córtico-espinhal anterior é muito menor que o lateral, sendo menos importante do
ponto de vista clínico (pois termina ao nível da medula torácica). Já o tracto córtico-espinhal lateral atinge até a medula sacral e, como
suas fibras vão pouco a pouco terminando na substância cinzenta, quanto mais baixo, menor o número delas.
2. Vias descendentes Extrapiramidais
São os seguintes os tractos extrapiramidais da medula: tecto-espinhal, vestíbulo-espinhal, rubro-espinhal e retículo-
espinhal. Os nomes referem-se aos locais de onde se originam, e todos seguem até a medula em neurônios internunciais, através
dos quais eles se ligam aos neurônios motores da coluna anterior e assim exercem sua função motora.
O tracto tecto-espinhal, retículo-espinhal e vestíbulo-espinhal originam-se, respectivamente, no tecto do mesencéfalo
(colículo superior), na formação reticular (estrutura que ocupa uma grande extensão no tronco encefálico) e na área vestibular do IV
ventrículo. Eles ligam-se aos neurônios motores situados na parte medial da coluna anterior e, deste modo, controlam a musculatura
axial, ou seja, do tronco, assim como a musculatura proximal dos membros. Os tractos vestíbulo-espinhal e retículo-espinhal são
importantes para a manutenção do equilíbrio e da postura básica, sendo que este último controla também a motricidade voluntária da
musculatura axial e proximal. Já o tecto-espinhal parece ter funções mais limitadas, relacionadas em certos reflexos em que a
movimentação decorre de estímulos visuais. O tracto rubro-espinhal: origina-se no núcleo rubro do mesencéfalo e termina na
medula, onde se liga com neurônios motores situados na região lateral da coluna anterior, os quais controlam os músculos
responsáveis pela motricidade da parte distal dos membros (movimentos finos).
Tracto tecto-espinhal: origina-se no tecto do mesencéfalo (colículo superior) e termina na medula espinhal em neurônios
internunciais, através dos quais se ligam aos neurônios motores situados medialmente na coluna anterior, controlando a
musculatura axial, ou seja, do tronco, assim como a musculatura proximal dos membros.
Tracto rubro-espinhal: originam-se no núcleo rubro (situado no mesencéfalo) e se dirigem à medula espinhal alcançando
neurônios internunciais, através dos quais se ligam aos neurônios motores localizados lateralmente na coluna anterior. Estes
controlam os músculos responsáveis pela motricidade da parte distal dos membros (músculos intrínsecos e extrínsecos da
mão e do pé).
Tractos vestíbulo-espinhal medial e lateral: originam-se nos núcleos vestibulares, situados na área vestibular do quarto
ventrículo, e irão ligar-se aos neurônios motores situados na parte medial da coluna anterior da medula espinhal, controlando
a musculatura axial, ou seja, o tronco, assim como a musculatura proximal dos membros.
Tracto retículo-espinhal anterior e lateral: aquele, de origem pontina e situa-se no funículo anterior da medula espinhal; e
este, de origem bulbar, no funículo lateral. Suas fibras originam-se na formação reticular e terminam nos neurônios motores
situados na parte medial da coluna anterior da medula espinhal, com funções semelhantes ao tracto vestíbulo-espinhal.
VIAS ASCENDENTES DA MEDULA
As fibras que formam as vias ascendentes da medula relacionam-se direta ou indiretamente com as fibras que penetram pela
raiz dorsal, trazendo impulsos aferentes de várias partes do corpo. Cada filamento radicular da raiz dorsal, ao ganhar o sulco lateral
posterior, divide-se em dois grupos de fibras: um grupo lateral e outro medial.
Antes de penetrar na coluna posterior, cada uma dessas fibras se bifurca, dando um ramo ascendente e outro descendente
sempre mais curto. Todos esses ramos terminam na coluna posterior da medula, exceto um grande contingente de fibras do grupo
medial, cujos ramos ascendentes muito longos terminam no bulbo. Estes ramos constituem as fibras dos fascículos grácil e
cuneiforme, que ocupam os funículos posteriores da medula e terminam fazendo sinapse nos núcleos grácil e cuneiforme, nos
tubérculos grácil e cuneiforme do bulbo.
6. Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● NEUROANATOMIA
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A seguir, estão relacionadas as diversas
possibilidades de sinapse que podem fazer as fibras e
os colaterais da raiz dorsal ao penetrar na substância
cinzenta da medula:
Sinapse com neurônios motores, na coluna
anterior: para realizar arcos reflexos
monossinápticos (como os reflexos de
estiramento ou miotáticos, que o reflexo
patelar é exemplo);
Sinapse com neurônios ineternunciais: para
realização de arcos-reflexos polissinápticos,
que envolvem pelo menos um neurônio
internuncial, cujo axônio se liga ao neurônio
motor (como o que ocorre no reflexo de flexão
ou retirada);
Sinapse com neurônios cordonais de
associação: para realização de arcos-reflexos
intersegmentares;
Sinapse com os neurônios pré-ganglionares
Sinapse com neurônios cordonais de
projeção, cujos axônios vão constituir as vias
ascendentes da medula.
1. Vias Ascendentes do Funículo Posterior
No funículo posterior existem dois fascículos: o fascículo grácil (mais medial, relacionado com a sensibilidade do membro
inferior) e o fascículo cuneiforme (mais lateral, relacionado com a sensibilidade do membro superior), separados pelo septo
intermédio posterior. Estes fascículos são formados pelos ramos ascendentes longos das fibras do grupo medial da raiz dorsal, que
sobem no funículo para terminar no bulbo. Na realidade, estas fibras nada mais são que os prolongamentos centrais de parte dos
neurônios sensitivos situados nos gânglios das raízes dorsais dos nervos espinhais.
O fascículo grácil inicia-se no limite caudal da medula e é formado por fibras que penetram na medula pelas raízes coccígea,
sacrais, lombares e torácicas baixas, terminando no núcleo grácil, situado no tubérculo do núcleo grácil do bulbo. Conduz, portanto,
impulsos provenientes dos membros inferiores, da metade inferior do tronco e pode se identificado em toda a extensão da medula.
O fascículo cuneiforme, evidente apenas a partir da medula torácica alta, é formado por fibras que penetram pelas raízes
cervicais e torácicas superiores, terminando no núcleo cuneiforme, situado no tubérculo do núcleo cuneiforme do bulbo. Conduz,
portanto, impulsos originados nos membros superiores e na metade superior do tronco.
Quando as fibras das raízes dorsais penetram na medula para constituir esses fascículos, elas ocupam inicialmente a parte
lateral do funículo posterior; mas, no seu trajeto ascendente, elas são pouco a pouco deslocadas medialmente por fibras que
penetram por raízes situadas cada vez mais acima. Entende-se, assim, porque as fibras do fascículo cuneiforme, que penetram nos
segmentos mais altos, ocupam ainda a metade lateral do funículo posterior, enquanto as do fascículo grácil, que penetram na metade
inferior da medula, ocupam a metade medial desse funículo. As fibras desses fascículos continuam até seus respectivos núcleos
homônimos no bulbo e, a partir deles, por meio das chamadas fibras arqueadas internas, formam o lemnisco medial, que se
continua até o tálamo.
O funículo posterior da medula, do ponto de vista funcional, é homogêneo, conduzindo impulsos nervosos relacionados com:
Propriocepção consciente ou sentido de posição de movimento (cinestesia): permite, sem o auxilio da visão, situar uma parte
do corpo ou perceber o seu movimento.
Tato discriminativo (epicrítico): permite localizar e descrever as características táteis de um objeto.
Sensibilidade vibratória: percepção de estímulos mecânicos repetitivos.
Estereognosia: capacidade de perceber com as mãos a forma e tamanho de um objeto.
Portanto, lesão ou compressão no funículo posterior trará prejuízos à percepção de todos esses estímulos, quadro conhecido
como hipoestesia.
2. Vias Ascendentes do Funículo Anterior
No funículo anterior localiza-se o tracto espino-talâmico anterior, formado por axônios de neurônios cordonais de projeção
situados na coluna posterior. Esses axônios cruzam o plano mediano e fletem-se cranialmente para formar o tracto espino-talâmico
anterior cujas fibras nervosas terminam no tálamo e levam impulsos de pressão e tato leve (tato protopático). A sensibilidade tátil
tem, pois, duas vias na medula, uma direta (que segue no funículo posterior) e outra cruzada (no funículo anterior). Por isso,
dificilmente se perde toda a sensibilidade tátil nas lesões medulares, exceto, é obvio, naquelas em que há transecção total do órgão.
3. Vias Ascendentes do Funículo Lateral
a) Tracto espino-talâmico lateral: neurônios cordonais de projeção situados na coluna posterior emitem axônios que cruzam o
plano mediano na comissura branca, ganham o funículo lateral da medula donde fletem cranialmente para constituir o tracto
espino-talâmico lateral, cujas fibras terminam no tálamo e daí, para o córtex. O tracto espino-talâmico lateral (que cresce à
medida que sobe na medula pela constante adição de novas fibras) conduz impulsos de temperatura e dor (representando
dores agudas e bem localizadas na superfície corporal). Por isso, em certos casos de dor decorrente principalmente de
câncer, aconselha-se o tratamento cirúrgico por secção do tracto espino-talâmico lateral, técnica denominada de cordotomia.
Como a comissura branca é uma região situada entre a substância cinzenta central intermédia e a fissura mediana anterior,
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em casos de dilatação do canal central da medula, esse tracto pode ser comprimido, e o paciente sentirá anestesia dos dois
lados da região abaixo do segmento acometido pela compressão.
b) Tracto espino-reticular: O tracto espino-talâmico lateral constitui a principal via através da qual os impulsos de temperatura
e dor chegam ao cérebro. Junto dele, seguem também as fibras espino-reticulares, que também conduzem impulsos
dolorosos. Essas fibras fazem sinapse na chamada formação reticular do tronco encefálico, onde se originam as fibras
retículos-talâmicas, constituindo-se assim na via espino-retículo-talâmicas. Essa via conduz impulsos relacionados com dor
do tipo crônica e difusa (“dor em queimação”).
c) Tracto espino-cerebelar posterior: neurônios cordonais de projeção situados no núcleo torácico da coluna posterior emitem
axônios que ganham o funículo lateral do mesmo lado, fletindo-se cranialmente para formar o tracto espino-cerebelar
posterior. As fibras deste tracto penetram no cerebelo pelo pedúnculo cerebelar inferior, levando impulsos de
propriocepção inconsciente originados em fusos neuromusculares e órgãos neurotendinosos.
d) Tracto espino-cerebelar anterior: neurônios cordonais de projeção situados na base da coluna posterior e na substância
cinzenta intermédia emitem axônios que ganham o funículo lateral do mesmo lado ou do lado oposto, fletindo-se
cranialmente para formar o tracto espino-cerebelar anterior. As fibras deste tracto penetram no cerebelo, principalmente pelo
pedúnculo cerebelar superior. Admite-se que as fibras cruzadas na medula tornam a se cruzar ao entrar no cerebelo, de tal
modo que o impulso nervoso termina no hemisfério cerebelar situado do mesmo lado em que se originou, ou seja, o fato de
tracto espino-cerebelar anterior cruzar na medula e descruzar no cerebelo, faz com que uma lesão no hemisfério de um lado
cerebelar, trará incoordenação para o mesmo lado da lesão. É importante tomar conhecimento que as fibras do tracto espino-
cerebelar anterior informam também eventos que ocorrem dentro da própria medula relacionados com a atividade elétrica do
tracto córtico-espinhal. Assim, através do tracto espino-cerebelar anterior, o cerebelo é informado de quando os impulsos
motores chegam à medula e qual sua intensidade; logo, o tracto espino-cereblar anterior é capaz de realizar a detecção dos
níveis de atividade do tracto córtico-espinhal. Essa informação é utilizada pelo cerebelo para controle e modulação da
motricidade somática.
CORRELAÇÕES CLÍNICAS
Para o estudo das principais correlações clínicas que abordam os principais componentes do sistema nervoso, deveremos
antes conceituar alguns termos até então desconhecidos por muitos. Estes conceitos servirão para um melhor entendimento não só
deste assunto, mas de vários outros capítulos que sucedem a este.
ALTERAÇÕES DA MOTRICIDADE
A diminuição da força muscular recebe o nome de paresia, e pode ser causada, por exemplo, por uma simples compressão
nervosa ou lesão de apenas um nervo cuja ação é mimetizada por outros. A ausência total de movimento é denominada de
paralisia (plegia). Quando estes sintomas atingem toda a metade do corpo, diz-se hemiparesia e hemiplegia. Quando
apenas os membros inferiores são acometidos de paralisia (por uma secção completa da medula lombar, por exemplo), tem-
se paraplegia. Quando a lesão é mais alta, em nível cervical, por exemplo, tem-se tetraplegia, ou seja, paralisia de todos os
membros.
Tônus significa um estado constante e de relativa tensão em que se encontra um músculo em repouso. As alterações do
tônus podem ser de aumento (hipertonia), diminuição (hipotonia) ou ausência completa (atonia).
Arco-reflexo é qualquer ação decorrente de um estímulo nervoso que não foi processado, necessariamente, em centros
nervosos superiores, mas sim, na própria medula. Lesões do sistema nervoso podem gerar ausência (arreflexia), diminuição
(hiporreflexia) ou aumento (hiper-reflexia) dos reflexos músculo-tendinosos. Algumas lesões ainda geram
o aparecimento de reflexos patológicos: quando se estimula a pele da região plantar com um movimento
ascendente em forma de interrogação (?), a resposta reflexa normal consiste na flexão plantar do hálux.
Porém, existem casos de lesão dos tractos córtico-espinhais que, ao se percutir este reflexo, ocorre uma
flexão dorsal do hálux, que consiste no sinal de Babinski.
Síndrome do neurônio motor inferior (SNMI): resulta de lesão dos neurônios motores da coluna anterior da medula (ou dos
núcleos de nervos cranianos, se for o caso). Este tipo de lesão é caracterizado por hiporreflexia e hipotonia, caracterizando
esta síndrome como uma paralisia flácida. Neste caso, ocorre ainda atrofia da musculatura inervada por perda da ação
trófica dos nervos sobre o músculo; perda dos reflexos; fasciculação muscular; reação de degeneração. Na SNMI, o sinal de
Babinski não está presente.
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Síndrome do neurônio motor superior (SNMS): resulta em lesões de centros mais superiores do sistema nervoso
envolvidos com a motricidade, como o caso do córtex motor ou de vias motoras descendentes (como por exemplo, o tracto
córtico-espinhal). A SNMS é caracterizada como sendo uma paralisia espástica, pois apresenta sinais como hiper-reflexia e
hipertonia. A atrofia muscular não é presente, uma vez que os músculos continuam inervados por neurônios motores
inferiores. O sinal de Babinski está presente nesta síndrome.
LESÕES DOS TRACTOS CORTICOESPINHAIS (TRATOS PIRAMIDAIS)
As lesões restritas aos tractos cortico-espinhais produzem os seguintes sinais clínicos:
O sinal de Babinski está presente. O hálux fica dorsiflexionado e os outros artelhos se
abrem em leque, em resposta ao atrito da pele, ao longo da borda lateral da sola do pé.
A resposta normal seria uma flexão plantar de todos os artelhos, com exceção para
pacientes com menos de um ano de vida, em que o sinal é normal em virtude de que o
tracto corticoespinhal ainda não está devidamente mielinizado. A explicação para este
sinal é a seguinte: normalmente, os tractos cortico-espinhais íntegros provocam a
flexão plantar dos artelhos, em resposta à estimulação sensorial da pele do pé. Quando
os tractos córticoespinhais não estão funcionantes, a influência dos demais tractos
descendentes sobre os artelhos passa a ser aparente, com um tipo de reflexo de
retirada, ocorrendo, em resposta à estimulação da sola do pé, com o hálux sendo
dorsiflexionado e os outros artelhos abrindo em abano.
Os reflexos abdominais superficiais estão ausentes. Os músculos abdominais deixam de se contrair quando é atritada a
pele do abdome. Esse reflexo é dependente da intregridade os tractos corticoespinhais, que exercem influência tônica
excitatória sobre os neurônios internunciais.
O reflexo cremastérico está ausente. O músculo cremáster deixa de se contrair quando a pele na face medial da coxa é
estimulada. Esse arco-reflexo passa pelo primeiro segmento lombar da medula espinhal. Esse reflexo é dependente da
integridade dos tractos corticoespinhais, que exercem influência tônica excitatória sobre os neurônios internunciais.
Ocorre perda do desempenho dos movimentos voluntários dependentes de habilidade. Isso ocorre, principalmente, nas
extremidades distais dos membros.
OBS: Principais reflexos medulares e seus respectivos segmentos envolvidos:
Reflexo biccipital: C5 e C6, sendo mediado pelo N. Mediano.
Reflexo tricipital: C6 e C7, sendo mediado pelo N. Radial.
Reflexo patelar: L3 e L4, sendo mediado pelo N. Femural.
Reflexo aquileu: S1 e S2, sendo mediado pelo N. Tibial.
Reflexo cremastérico: L1 e L2, sendo mediado pelos Nn. Ilioinguinal e Genitofemural.
Reflexo anal: S2 a S4, sendo mediado pelo N. Hemorroidário inferior.
LESÕES DOS DEMAIS TRACTOS DESCENDENTES (EXTRAPIRAMIDAIS)
Os seguintes sinais clínicos estão presentes nas lesões restritas a outros tractos descendentes:
Paralisia severa, com pouca ou nenhuma atrofia muscular (exceto a secundária à falta de uso).
Espasticidade ou hipertonia dos músculos. O membro inferior é mantido em extensão e o membro inferior é mantido em
flexão. Na verdade, admite-se que os tractos piramidais normais tendem a aumentar o tônus muscular (por isso, em tese, sua
lesão causa parasia flácida), ao passo em que os tractos extrapiramidais tendem a diminuí-lo (o que faz com que suas
afecções gerem paralisia espástica).
Reflexos musculares profundos exagerados (hiper-reflexia) e clônus podem estar presentes nos músculos flexores dos
dedos, no quadríceps femoral e na panturrilha.
Reação do canivete. Quando é tentada a movimentação passiva de uma articulação, nota-se reistência devido à
espasticidade dos músculos.
ALTERAÇÕES DA SENSIBILIDADE
Anestesia: ausência total de uma ou mais modalidade sensitiva.
Analgesia: perda da sensibilidade dolorosa.
Hipoestesia: diminuição da sensibilidade no geral (propriocepção, dor, vibração, tato, etc.).
Hiperestesia: aumento da sensibilidade
Parestesias: surgimento de sensações espontâneas, sem que haja estimulação.
Algias: dores em geral.
RESUMO DE LESÕES MEDULARES
Lesão da Coluna Anterior
Ocorre mais frequentemente na poliomielite (paralisia infantil), patologia em que o
vírus ataca os neurônios motores da coluna anterior, caracterizando uma SNMI no território
muscular correspondente à área da medula que foi lesada. Quando ocorre a destruição de
neurônios responsáveis pela inervação de músculos que realizam o movimento respiratório,
pode haver morte por insuficiência respiratória.
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Hemissecção da medula (síndrome de Brown-Sérquad)
A hemissecção da medula, quase sempre
traumática, produz no paciente um conjunto de
sintomas conhecido como Síndrome de Brown-
Sérquad. Os sintomas são decorrentes da interrupção
dos principais tractos, que percorrem uma metade da
medula. A lesão dos tractos que não cruzam na
medula gera sinais do mesmo lado da lesão; já a lesão
dos tractos que cruzam na medula, manifesta sinais do
lado oposto. Todos os sintomas aparecem somente
abaixo do nível da lesão.
Os sintomas que se manifestam do mesmo
lado da lesão, ou seja, oriundos da lesão de tractos
não cruzados na medula, são:
Paralisia espástica com aparecimento de sinal
de Babinski devido à lesão do tracto córtico-
espinhal lateral (que não cruza na medula,
mas sim, no bulbo);
Perda da propriocepção consciente e do tato
epicrítico devido à lesão de fibras dos
fascículos grácil e cuneiforme.
Os sintomas que se manifestam do lado
oposto ao lesado, ou seja, oriundos da lesão de tractos
cruzados na medula, são:
Perda da sensibilidade térmica e dolorosa a partir de um ou dois dermátomos abaixo do nível da lesão em virtude do
acometimento de fibras do tracto espino-talâmico lateral (que cruza na comissura branca).
Ligeira diminuição do tato protopático e da pressão por comprometimento do tracto espino-talâmico anterior. O
comprometimento é muito pequeno pois os axônios deste tracto, ao penetrar na medula, enviam ramos ascendentes
colaterais que desviam do nível da lesão para só então fazer sinapse com a coluna posterior e cruzar para o lado oposto.
Siringomielia
Doença caracterizada pela formação progressiva de uma cavidade no canal central da
medula, levando a gradativa destruição da substância intermédia central e da comissura branca.
Por isso, esta destruição interrompe as fibras que formam os dois tractos espino-talâmicos
laterais. Ocorre, assim, uma perda da sensibilidade térmica e dolorosa de ambos apenas nos
dermátomos correspondentes aos segmentos medulares acometidos. Contudo, não há nestas
áreas qualquer perturbação da propriocepção (função dos tracto espino-cerebelar e fascículos
grácil e cuneiforme, cujas fibras não cruzam ou transitam pela região acometida).
A perda da sensibilidade térmica e dolorosa com a persistência da sensibilidade tátil e proprioceptiva é denominada
dissociação sensitiva. A siringomielia acomete mais frequentemente a intumescência cervical, resultando no aparecimento de
sintomas na extremidade superior dos dois lados.
Transecção da medula
A secção completa da medula pode ser decorrente de um traumatismo direto na coluna.
Com esta lesão, o paciente entra em estado de choque espinhal (ou choque medular),
caracterizado pela perda da sensibilidade, dos movimentos e do tônus nos músculos inervados
pelos segmentos medulares situados abaixo da lesão. Há ainda retenção de urina e de fezes.
Após um período variado, reaparecem os reflexos (com hiper-reflexia) e aparece o sinal
de Babinski (caracterizando uma SNMS). Geralmente, nos casos de secção completa, não há
recuperação da motricidade voluntária ou da sensibilidade. Entretanto, uma recuperação reflexa do
mecanismo de esvaziamento vesical pode ocorrer.
Compressão da medula por tumor
Tumores na região do canal vertebral podem comprimir a medula de fora para dentro, resultando em uma sintomatologia
variável conforme a região comprimida por esta formação neoplásica. Com o progredir da doença, aparecem sintomas de
comprometimento de tractos medulares.
Um tumor que se desenvolve dentro da medula, comprime-a de dentro para fora, causando perturbações motoras por lesão
do tracto córtico-espinhal lateral. Pode haver também perda da sensibilidade térmica e dolorosa por compressão do tracto espino-
talâmico lateral. Este sintoma aparece nos dermátomos mais próximos ao nível da lesão, progredindo para dermátomos cada vez
mais baixos, e geralmente, poupando os dermátomos sacrais. A este fato, os neurologistas dão o nome de preservação sacral. Isso
se deve ao fato em que as fibras oriundas de segmentos sacrais estão localizadas mais lateralmente no tracto espino-talâmico lateral,
ao passo em que as originadas em segmentos mais altos, ocupam regiões mais mediais deste tracto. Desta forma, quando tumor
cresce de dentro para fora, o último componente atingido (ou que nem sempre chega a ser atingido) é o componente sacral. Já
quando o tumor comprime de fora para dentro, as fibras originadas nos segmentos sacrais são lesadas em primeiro lugar.
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Tabes dorsalis
Consequência da neurossífilis, na tabes dorsalis ocorre lesão das raízes dorsais, especialmente da divisão medial destas
raízes. Como estas divisões contêm fibras que formam os fascículos grácil e cuneiforme, estes também são destruídos, o que leva
aos seguintes sinais:
Perda da propriocepção consciente: quando os olhos estão fechados, o paciente é incapaz de dizer em que posição encontra
seus membros. Por esta razão, a marcha também se torna defeituosa, especialmente em ambientes escuros.
Perda do tato epicrítico: o paciente torna-se incapaz de saber quais são as características táteis de um objeto que toca.
Perda da sensibilidade vibratória e da estereognosia.
Cordotomias
As cordotomiais consistem na secção cirúrgica dos tractos espino-talâmicos laterais para o tratamento de dor crônica
resistente aos medicamentos, como o que ocorre nos casos de tumores malignos. O processo consiste na remoção cirúrgica do tracto
espino-talâmico lateral, acima e do lado oposto ao processo doloroso. Neste caso, haverá perda de dor e de temperatura do lado
oposto, a partir de um dermátomo abaixo do nível da secção. Em caso de tratamento de dores viscerais, é imprescindível a cirurgia
bilateral, uma vez que é grande o número de fibras não cruzadas que se relacionam com este tipo de dor (tracto espino-reticular).
Polirradiculoneurite aguda (Síndrome de Guillain-Barré)
A síndrome de Guillain-Barré ou polirradiculoneurite aguda é caracterizada por uma
poliradiculoneuropatia de instalação rápida, gerada por inflamação aguda com perda da mielina dos
nervos periféricos e às vezes de raízes nervosas proximais e de nervos cranianos.
A síndrome de Guillain Barré tem caráter autoimune. Acredita-se que sua patogênese seja
relacionada a uma reação imunológica celular dirigida aos nervos periféricos: o indivíduo produz
auto-anticorpos contra sua própria mielina devido a uma reação cruzada com antígenos de outras
infecções. Na maioria dos indivíduos, o início da doença é precedido por infecção de vias
respiratórias altas ou de gastroenterite aguda, embora outras infecções (CMV, EBV, Campylobacter
jejuni), cirurgias, transfusões e vacinações também sejam descritas como agentes deflagradores.
Os sintomas se caracterizam por parestesias e fraqueza de caráter ascendente, acometendo, primeiramente, os membros
inferiores, depois os superiores, para só então acometer a face, podendo evoluir para uma insuficiência respiratória. Há, na maioria
dos casos, retenção urinária devido ao comprometimento da inervação parassimpática (sacral) da bexiga (caracterizando o
acometimento autonômico). O exame físico revela tetraparesia flácida, com diminuição ou abolição de reflexos profundos e diminuição
de sensibilidade distalmente. Quando acomete a face, ocorre diplegia ou diparesia facial periférica.
É descrito, também, acometimento autonômico na síndrome de Guillain-Barré: taquicardia sinusal e variações de pressão
arterial são presentes em cerca de 75% dos pacientes e retenção urinária em 15%. Pode haver ainda sudorese profusa.
O exame de líquido cefalorraquidiano demonstra dissociação proteína-célula (elevação da proteína sem elevação da
celularidade) a partir da primeira ou segunda semana. Nas infecções do sistema nervoso central (meningoencefalites), um dos
diagnósticos diferenciais, a proteína é elevada e o número de células também. Líquido cefalorraquidiano normal não exclui o
diagnóstico quando este é feito na primeira semana. O aumento máximo de proteínas no líquido cefalorraquidiano acontece após
quatro a seis semanas de início dos sintomas da doença. Dentre outros exames laboratoriais, nota-se um grande aumento de CPk,
que pode acontecer em casos de instalação muito rápida devido a desnervação muscular. Nos dias seguintes, os níveis de CPk
retornam aos valores normais. A eletrofisiologia ou eletroneuromiografia (exame que mede a atividade elétrica dos músculos e a
velocidade de condução dos nervos) demonstra diminuição da velocidade de condução nervosa (sugestiva de perda de mielina)
podendo levar várias semanas para as alterações serem definidas.
Na fase aguda (primeiras quatro semanas de início dos sintomas) o tratamento de escolha é a plasmaferese ou a
administração intravenosa de imunoglobulinas. Altas doses de imunoglobulinas (anticorpos), administradas por via intra-venosa
podem diminuir o ataque imunológico ao sistema nervoso. O tratamento com imunoglobulinas pode ser utilizado em substituição à
plasmaferese com a vantagem de sua administração ser mais fácil. Não se conhece muito bem o mecanismo de ação deste método.
Havendo insuficiência respiratória (10 -30% dos casos), o paciente deve permanecer em Unidade de Terapia Intensiva submetido à
respiração mecânica artificial.
Esclerose múltipla
A esclerose múltipla (EM) é uma doença
comum, mas restrita ao sistema nervoso central,
caracterizada pela desmielinização autoimune
dos tractos ascendentes e descendentes. É mais
incidente em adultos jovens.
A perda da bainha de mileina resulta na
degradação do isolamento em torno dos axônios,
com a consequente redução da velocidade de
condução dos potenciais de ação que, com o
decorrer da doença, são bloqueados. A
desmielinização resulta em diferentes quadros
clínicos, dependendo da área do SNC mais
afetada (o cérebro, tronco cerebral, medula
espinhal, nervo óptico). A EM acomete mais as
mulheres e vários fatores, entre eles hormonais,
ambientais e genéticos, estão envolvidos. Trata-
se de um processo de hipersensibilidade tardia,
mediada por linfócitos Th1.
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A estrutura alvo na EM é proteína básica de mielina. É possível que mutações na estrutura desta proteína possam ocorrer,
caso em que seriam responsáveis por algumas formas hereditárias de desmielinização. O adenovírus tipo 2 tem uma sequência de
aminoácidos similar àquela presente na MPB que ativam linfócitos T auxiliares que ultrapassam a barreira hematoencefálica. A
polimerase do vírus da hepatite B também compartilha seis aminoácidos com uma região da MBP. O tratamento da EM é feito por
meio do IFN-β justamente por ser um fator antiviral e anti-proliferativo.
Esclerose lateral amiotrófica (ELA ou Síndrome de Lou Gehrig)
A ELA é uma doença restrita aos tratos córtico-espinhais e aos neurônios motores
das colunas cinzentas anteriores da medula espinhal. É uma doença progressiva, de etiologia
desconhecida. Só raramente apresenta padrão familiar, sendo herdada em apenas 10% dos
pacientes. De modo típico, ocorre ao fim da meia-idade, sendo inevitavelmente fatal dentro de
2 a 6 anos.
Os sinais de síndrome do neurônio motor inferior, de atrofia muscular progressiva,
paresia e fasciculações são sobrepostos aos sinais e sintomas da doença do neurônio motor
superior, com paresia, espasticidade e resposta de Babinski. Os núcleos motores de alguns
nervos cranianos podem ainda ser afetados.