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Públicas e Publicidade
1º Ano
Ano Letivo 2022-2023
Disciplina: História da Cultura e
das Artes
Módulo 1
A Cultura da Ágora
Formador
Nuno Oliveira
A arquitetura:
• Da herança pré-helénica à capacidade de
projetar no espaço e representar conceitos.
A arquitetura
Arte racional:
Exprimiu não só a comunidade mas
também o cidadão;
Esteve ao serviço da vida publica;
Aliou:
-A estética e a ética.
-A política e a religião.
-A técnica e a ciência.
-O realismo e o idealismo.
-A Estética e a funcionalidade.
-A relação entre o Homem e os
deuses.
Integração perfeita no espaço
urbanístico.
Reconstituição da acrópole de
Atenas
Influências da arte grega:
Heranças das culturas:
-Mesopotâmia
-Egípcia
-Cretense
- Cicládica (ilhas Cíclades)
+ Invasões dos indo-
europeus (aqueus ou
Micénicos, Dórios,
Jónios e Eólios)
Três períodos de evolução:
➢Período arcaico (séc. VIII e séc. V a.C.)
➢Período Clássico (2ª metade do séc. V e séc. IV)
➢Período helenístico
Princípios básicos
• Sistema trilítico.
• Métrica e decoração fixas - uso das ordens arquitetónicas:
dórica, jónica e coríntia.
• Predomínio da horizontalidade.
• Prevalência do exterior e do valor urbanístico sobre o
espaço interior.
• Valores estéticos: estabilidade, harmonia e simetria.
O sistema trilítico
• Trilítico vem de três (tri) pedras (lithos)
• Este sistema já era usado na Mesopotâmia e Egipto antigos
1 2
3
2 elementos de suporte vertical: colunas
1 elemento horizontal de cobertura:
arquitrave e vigas de telhado
Evolução planimétrica do templo grego
Há ainda o
Tholos,
templo de
planta
central,
circular, com
colunas em
redor
As ordens arquitetónicas :
• Constituem um conjunto de regras que definem as
relações de proporção entre todos os elementos de uma
construção;
• determinam a forma dos mesmos e a sua decoração
(relevos, estatuária e pintura).
• têm como base cálculos rigorosos de Mecânica, Física,
Geometria e Matemática.
Templos:
• Eram a morada dos deuses e o símbolo da pólis.
• Possuíam um exterior altamente cuidado (o culto
realizava-se ao ar livre) com escultura (estatuária e
relevo) pintada a azul, vermelho e dourado.
As ordens
arquitetónicas (1)
estilóbato
DÓRICO
Período arcaico (séc. VIII e séc. V a.C.):
• Os templos deste período apresentam a robustez da ordem
dórica (estilo masculino dos dórios), decoração sóbria e
deformações óticas pelo facto de serem perípteros.
Período Clássico (2ª metade do séc. V e séc. IV)
• As proporções foram adelgaçadas, o capitel tornou-se mais
geométrico e as métopas foram decoradas co relevos.
Exemplos da Ordem Dórica:
• Templo de Hera em Olímpia (VI a.C.)
• Templo de Apolo em Corinto (VI a.C.)
• Templo de Posídon em Pesto (460 a.C.)
• Pártenon em Atenas (V A.C.)
Dórico
FICHA:
Partenon, construído na
acrópole de Atenas, por ordem
de Péricles.
Arquitetos: Ictinos e Calícrates.
Escultor principal: Fídias.
Data: séc. V a.C. (447-438 a.C.)
As ordens
arquitetónicas (2)
JÓNICO
A ordem Jónica:
• Surgiu no século VI a.C.
• É mais esbelta (associada ao espírito
feminino) e mais decorada (no capitel
e no friso contínuo do entablamento
com relevos historiados).
Exemplos da Ordem Jónica:
• Templo de Atena Niké
• Erectéion
Jónico
Ficha:
Templo de Atena
Niké, construído na
acrópole de Atenas
por ordem de
Péricles. Data: séc.
V a.C.
Nalguns casos, as colunas
jónicas podem ser
substituídas por cariátides
(mulheres), como no Erectéion
(421-406 a.C.), na acrópole de
Atenas.
Nota: quando o fuste jónico é
substituído por homens
designam-se de atlantes.
As ordens
arquitetónicas (3)
CORÍNTIO
Plinto
Ordem Coríntia:
- Surgiu nos finais do séc.V a.C.
- Possui mais decoração no capitel (com a
forma de sino invertido e coberto com
folhas de acanto), no entablamento e
no frontão.
- Foi mais utilizada no período helenístico
(no Império de Carlos Magno e nas suas
cortes) e pelos romanos , pois
correspondia ao gosto ornamentalista
e retórico daqueles tempos.
Exemplos:
- Monumento Corégico de
Lisícrates,Atenas, c. 334 a. C
- Templo de Zeus Olímpico,Atenas, c.174
a. C.
Coríntio
Templo de Zeus, em Atenas, sécs.VI – IV. A.C.
Tholos
Tholos de Atena, em Delfos, séc. IV
(380-360 a.C.), com colunas
coríntias.
A Casa Grega
“ O Homem e a natureza
deveriam ser a medida da
cidade”, Assim:
-A Cidade Grega estava
perfeitamente integrada no seu
ambiente natural, respeitando a
morfologia do terreno.
-Toda a vida ateniense (cultos,
representações teatrais,
atividades desportivas,
comerciais e políticas) decorria
ao ar livre.
Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/4870839/
A Casa Grega
• As casas eram modestas
(raramente patenteavam a
diferenciação social),
construídas em madeira ou
em tijolo, cascalho e
argamassa. Desenvolveram-
se em torno de um pátio
central descoberto
(geralmente virado a sul).
Os vários compartimento
rodeavam o pátio sem
preocupação de axialidade
ou geometria.
Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/4870839/
A Grécia, berço do urbanismo
ocidental
• A Cidade de Mileto na Jónia, foi reconstruída no
tempo de Hipódamo (c. 498-c.408 a.C.) com
princípios racionais, segundo os quais as ruas
largas cruzavam-se em ângulo reto, formando
uma malha em retícula ou quadrícula formando
os quarteirões.
• Os quarteirões eram organizados segundo a
função/profissão dos seu moradores.
• Este plano teorizado por Hipódamo foi aplicado
nas reconstruções das cidades velhas (exemplo:
Porto de Pireu em Atenas) e nas cidades
construídas de raiz.
• Esta nova estética urbana difundiu-se a partir do
período helenístico sendo, posteriormente
divulgada pelos romanos.
Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/4870839/
Aula Prática
1. Defina ordem
arquitetónica.
2. A partir das
figuras 1 e 2,
diferencia a
ordem dórica da
jónica.
3. Defina sistema
trilítico.
Aula Prática
4. Descreva, tendo como base a
figura 3, o templo dórico quanto a
planta, ao volume, aos elementos
de sustentação e à decoração
escultórica.
5.Relate a estrutura arquitetónica
da casa de habitação grega.
6. Em que consiste o urbanismo
hipodâmico?
Aula Prática
• Correção:
1.Ordem arquitetónica – conjunto de normas que regem, na arquitetura, as medidas e as
relações de proporção de todos os elementos de uma construção, feita de um modo racional e
científico, mas também segundo critérios estéticos.
2. A ordem dórica apresenta: proporções robustas, decoração sóbria e aspeto maciço
(masculina); a coluna não tem base, o seu fuste é estriado e o seu capitel é formado por
equino e ábaco lisos, o entablamento contém arquitrave lisa e o friso com métopas e tríglifos;
segue-se a cornija que é encimada por um frontão triangular.
A ordem jónica contém proporções mais esbeltas (feminina) e a sua coluna é formada por
base, fuste canelado e capitel; este apresenta, na parte inferior, o gorjal que é encimado pelas
volutas do equino, seguidas do ábaco; depois vem o entablamento com arquitrave tripartida
horizontalmente e lisa, friso continuo e historiado e a cornija, ultimada pelo frontão.
Aula Prática
3. Sistema trilítico é o sistema construtivo cujos
elementos d sustentação são pilares verticais, ligados
por vigas horizontais, as arquitraves ou lintéis.
4. O templo dórico tem a planta em forma retangular; o
volume é o de um paralelepípedo retangular. Os elementos
de sustentação são as colunas de ordem dórica. A decoração
é sóbria e localizada nas métopas do friso e no tímpano do
frontão.
Aula Prática
5. A casa de habitação desenvolve-se à
volta de um pátio central descoberto,
virado para sul e com as divisões a
rodeá-lo , sem preocupações pela
axialidade.
6. O urbanismo hipôdamico consiste na
forma de organizar uma cidade segundo
uma malha em retícula ou em
quadrícula que da origem aos
quarteirões regulares, ocupados por
construções publicas e bairros com
moradores de diferentes profissões.
Esta organização foi teorizada por
Hipódamo de Mileto.
• Axialidade: Do eixo ou a ele relativo.
"axial", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha],
2008-2013, https://dicionario.priberam.org/axial [consultado em
20-09-2018].
Os templos Pártenon e Atena
Niké: descrição e
caracterização.
Caso Prático 1
O Pártenon (447-436 a.C.), de
Ictino e Calícrates.
Descrição:
• Construído no ponto mais alto da Acrópole.
• Templo da ordem dórica no exterior.
• As fachadas exteriores possuem 8 colunas nos lados
menores e 17 nos maiores. É um templo períptero com
correções de ótica.
• As fachadas interiores do pronaos e do opistódomos
têm 6 colunas.
• As colunas assentam diretamente no estilóbato (1º
degrau), o fuste é canelado com arestas vivas
sustentando um capitel constituído por colarinho,
equino e ábaco.
O Pártenon (447-436 a.C.), de
Ictino e Calícrates.
Descrição:
• O entablamento é constituído pela arquitrave
lisa e pelo friso que contém 92 métopas
(espaços quadrados com relevos pintados,
descrevendo combates), separadas por
tríglifos (lápides com 3 estrias verticais).
• Possui 2 frontões com tímpanos decorados
dos lados menores.
• Teto plano coberto, exteriormente, por
telhados de 2 águas.
• A planta, de base retangular era constituída
por pronaos, naos e cella com 3 naves
(30x20m), opistódomos ou tesouro e peristilo,
nas paredes exteriores da cella e do
opistódomos encontra-se o friso das
Panateneias.
O Pártenon (447-436 a.C.), de
Ictino e Calícrates.
• Decoração:
• Realizada com estatuária e
relevos de Fídias e da sua
escola, realizados em
mármore do monte
Pentélico, com requintado
virtuosismo técnico.
• Os deuses representados
aparecem diferenciados
pelos seus atributos.
Templo de Atena Niké (432-420 a. C. de Calícrates)
Descrição:
• Templo Jónico, construído num
embasamento de 8,25x5,64 m,
sobre um bastião do Propileus.
Possui 4 colunas à frente e atrás-
sendo por isso anfiprostilo.
• O interior é constituído por uma
única cella.
Decoração:
• Foi realizada por Agorácrito.
• Aparece nos capiteis de volutas,
no friso contínuo de temas
bélicos, nos tímpanos dos
frontões e na balaustrada que
rodeava o templo, decorada com
vitórias aladas (como a Niké
Desapertando a Sandália)
Aula Prática
• 1. Descreva a forma e
o significado do
Pártenon.
• 2. Descreva a forma e
o significado do
Templo de Atena Niké.
1 Partenón - 2 Antigo templo de Atenea ou Hecatompedón - 3 Erecteion - 4 Estatua de Atenea Prómakhos - 5 Propileos - 6
Templo de Nike Áptera - 7 Eleusinion - 8 Santuario de Artemisa Brauronia - 9 Calcoteca - 10 Pandroseion - 11 Arreforión - 12 Altar
de Atenea - 13 Santuario de Zeus Polieo - 14 Santuario de Pandión - 15 Odeón de Herodes Ático - 16 Stoá de Eumenes - 17
Santuario de Asclepio - 18 Teatro de Dioniso - 19 Odeón de Pericles - 20 Témenos de Dioniso - 21 Aglaureion
Aula Prática
Correção:
1. O Pártenon, em planta, tem forma retangular dum
templo dórico e é composto por naos, pronaos e
opistódomos e peristilo; é períptero e apresenta 8
colunas nos lados pequenos e o dobro mais uma ,
nos outros lados. Em volume tem a forma de um
paralelepípedo retangular. Na cella tinha a
estátua da deusa Atena Partenos, a deusa da
cidade. Pelas suas proporções e equilíbrio e
decoração, o Pártenon tornou-se o modelo de
pensamento racional da arquitetura clássica
grega.
Aula Prática
Correção:
2. O Templo de Atena Niké é da ordem jónica,
anfiprostilo, com forma retangular, uma cela e
reduzidas dimensões. Celebra a vitória dos
atenienses sobre os espartanos.
A cerâmica
•A cerâmica é fundamental para o
estudo de vários aspectos da cultura
grega;
•Esta era funcional e bela;
•Continham representações de cenas
mitológicas, heróicas, quotidianas, etc.;
•Atualmente encontram-se vestígios
cerâmicos em vários «pontos do
Mediterrâneo»..
•A análise dos vasos cerâmicos permite
obter uma ideia mais clara de vários
aspectos históricos e estudar
indirectamente a pintura de fresco uma
vez que são pouquíssimos os seus
vestígios…
vaso de figuras vermelhas, mostra um
médico anónimo do Período Clássico
atendendo um paciente.
Aspectos técnicos da cerâmica:
A qualidade técnica pode
ser avaliada:
• pelo tipo de pasta, engobos
e cozedura utilizada;
• Pelas formas;
• Pela função (necessidades
práticas: serviço doméstico,
artesanal ou comercial ou
como apoio as cerimónias
religiosas e rituais fúnebres)
Um aryballos, c. 575–550. colecção do Louvre.
Algumas funções dos vasos:
•Ânfora: servia para o transporte e
armazenamento de géneros de consumo
(salmoura, vinho e os seus derivados, azeite,
frutos secos, mel, cereais e água);
•Alabastron: servia para guardar o azeite;
•Aryballos: servia para guardar o perfume ou
o óleo/azeite;
•Oinochos: era um jarro de vinho
•Kylix: recipiente para beber o vinho
Tipologias:
•As formas base estão
definidas desde o
período arcaico apoiam-
se em conceções
estéticas estruturais que
têm como base a
geometria….
No período clássico e helenístico
apenas se constataram algumas
alterações no tamanho e na
proporção entre as diferentes partes
do vaso
Colarinho ou
gargalo
Asas ou
alças
Corpo ou
bojo
Pé ou base
Boca ou
abertura
Evolução plástica:
1.Estilo geométrico (IX e VIII) A. C)
2.Estilo arcaico (final do séc. VIII e
Início do séc. V a.C):
- Fase orientalizante (até 650 a. C)
- Fase arcaica recente (finais do
séc. VII até c. de 480 a. C
3. Estilo clássico (480 e 323 a. C)
1.Estilo geométrico (IX e VIII) A. C)
•Baseia-se na tradição creto-micénica;
•Utilização de motivos geométricos à volta do
vaso (em bandas ou frisos, paralelos ou
sobrepostos );
•Cada banda possui um motivo geométrico
simples (ponto; linha; círculo)
•Os elementos geométricos de cada banda
eram combinados de forma criativa alguns dos
quais vêm desde o neolítico (meandros, gregas,
triângulos, losangos, linhas quebradas ou
continuas, axadrezados, etc.)
•Os motivos era realçados a preto sobre o
fundo de cor natural.
O princípio formal deste abstraccionismo
tem como base:
-A experiência técnico-artesanal
(inspirada na tecelagem e nas gregas)
-A estrutura geométrico-matemática da
Natureza e do Universo (base do
pensamento e da filosofia grega)
Ânfora de estilo Geométrico
procedente de Beócia (fins. Do séc. VIII, princípio
VII a. C.)
Início do séc. XVIII:
-Aparecem representados elementos figurativos esquematizados e geometrizados
(animais, seres humanos isolados ou organizados em cenas descritivas e narrativas)
-A temática tratava batalhas e cerimónias fúnebres (prophesis);
-Na temática guerreira os soldados são representados em várias posições de combate;
-Na temática fúnebre são representados os cortejos com soldados e carpideiras que
seguem o carro onde se encontra o defunto;
-Actualmente não conseguimos decifrar se está temática eram relatos da vida real ou
episódios mitológicos…
Atenas: museu arqueológico. Período geométrico tardio. Ânfora de Dipylon(760-750 a.C)
Quanto as formas:
-Tendência para o aumento
do tamanho das peças
(algumas ultrapassavam 1,5
m. de altura);
-Uma das suas funções era a
colocação nos cemitérios à
semelhança da estelas
funerárias (continham
oferendas feitas aos mortos)
Atenas: museu arqueológico.
Período geométrico tardio. Ânfora
de Dipylon(760-750 a.C)
Nos finais do séc. VIII a
arte geométrica entra
em decadência
1. Estilo arcaico (final do séc. VIII e Início do séc. V a.C):
- Fase orientalizante (até 650 a. C)
- Fase arcaica recente (finais do séc. VII até
c. de 480 a. C
-figurativa com influências decorativas
orientais (contactos comerciais e coloniais
); -Representação de animais míticos ,
lendários, figuras híbridas (grifos, esfinges
e górgonas) e motivos naturalistas (lótus e
palmetas)
Temática:
-Regresso ao figurativo (aparecimento de
cenas de carácter mitológico (vide doc.
80)
Expressão:
-Figuração de tamanho grande,
tratada em silhueta segundo a
técnica da incisão
Nota: as características referidas
são notórias na cerâmica proto-
ática)
- Aparecimento das figuras decoradas pela
técnica de figuras pintadas a negro (Ática).
-Estas figuras destinavam-se ao comércio de
luxo
-A figuração negra era feita sobre o fundo
vermelho e eram estilizadas à maneira antiga ;
-Utilização mais apurada da técnica da incisão;
-Denota-se um interesse pelo pormenores
anatómicos (que poderá ter em sua base a
influência da escultura), as figuras passam a
apresentar mais naturalidade e expressividade
e preocupações de composição (equilíbrio e
simetria);
-Temática:
-Relatos mitológicos; cenas da vida familiar;
cenas do quotidiano;
-A fabricação das figuras negras foi dominada
pelas oficinas atenienses;
3. Estilo clássico (480 e 323 a. C)
Patenteia o apogeu técnico,
estático e conceptual do povo
grego, a arte era uma
consequência da superioridade
criativa, racional e filosófica
- Desenvolvimento do desenho
e da pintura: devido a
descoberta, ao
aperfeiçoamento e a aplicação
de inovações técnicas e
formais( criação dos cânones
escultóricos, descoberta do
escorço *, aplicação da
perspectiva, criação do
claro/escuro, aplicação de
sombras)
*Efeito de perspectiva que apresenta mais pequenos que o natural os objectos
que se vêem de frente ou a distância.
Ânfora do pintor de Pan, 37 cm de altura, cerâmica ática, c. 470 a.C
Para além da realização de vasos cerâmicos
de figuras negras também foram realizados
vasos de figuras vermelhas *(invenção
atribuída ao pintor Andócides);
-A aplicação desta técnica mais a perfeição
alcançada no desenho, permitiu o surgimento
de uma cerâmica de nova plasticidade
(tridimensionalidade)
-Os corpos demonstram: perspectiva,
movimento, naturalidade e realismo. Por
vezes são acompanhados de pormenores
arquitectónicos
* Toda a superfície do vaso era coberta com verniz negro , com a excepção das figuras,
cujas silhuetas se mantinham na cor avermelhada, natural da argila, os pormenores
anatómicos eram acrescentados a posteriori.
Ânfora do pintor de Pan, 37 cm de altura, cerâmica
ática, c. 470 a.C
Outras inovações
alcançadas neste
período:
-associação de figuras vermelhas e
negra sobre fundos amarelados ou
brancos;
-Figuras representadas pelos seus
contornos sobre fundo branco (estilo
belo);
-Figuras modeladas em relevo
-Surgimento de novas colorações;
A partir do séc. IV a. C algumas
peças começam a ser assinadas…
Qual o motivo?
Mestres artesãos mais
importantes (séc. IV): Clítias,
Apolodoro, Eufrónio, Exéquias
Aquiles e Pentesiléia
Detalhe de ânfora ática de
figuras negras de Exéquias.
Data: -540 / -530
Londres, British Museum
Pintura a fresco
A pintura a fresco designa simultaneamente
uma técnica pictórica feita sobre parede, com
base de gesso ou argamassa, na qual o artista
deve aplicar pigmentos puros diluídos somente
em água. Dessa forma, as cores penetram no
revestimento e, ao secarem, passam a integrar
a superfície em que foram aplicadas. O suporte
pode ser parede, muro ou teto e a
durabilidade do trabalho é maior em regiões
secas, pois a humidade pode provocar
rachaduras na parede e danificar a pintura.
Esta técnica era conhecida e utilizada por
gregos e romanos e continuou a ser
amplamente utilizada na Idade Média e no
Renascimento.
Placa de madeira pintada,
encontrada em Corinto. Século VI
a.C. Museu Arqueológico Nacional
de Atenas
A PINTURA A FRESCO
DIVIDE-SE EM DUAS
PARTES:
-a pintura mural, feita a fresco, que revestia as
paredes interiores dos edifícios;
-a pintura móvel, realizada a encáustica
(técnica pictórica que se aplica sobre suportes
de madeira, marfim, pedra ou metal, em que o
aglutinante dos pigmentos de cor é a cera
quente, diluída), geralmente sobre painéis de
madeira;
ESCULTURA GREGA.
PERÍODOS DA EVOLUÇÃO DA ESCULTURA GREGA ANTIGA:
ARCAICO – SÉCS. VIII-VI
A.C.
CLÁSSICO – SÉC. V A.C.
PÓS-CLÁSSICO – SÉC. IV
A.C.
HELENÍSTICO – SÉCS. III-I
A.C.
INOVAÇÕES DA ESCULTURA GREGA FACE À DA
ARTE PRÉ-CLÁSSICA:
• NATURALISMO DAS FORMAS
• REGRAS DE REPRESENTAÇÃO DO CORPO
HUMANO
– RIGOR ANATÓMICO
– CÂNONE
• QUEBRA DA LEI DA FRONTALIDADE
– CONTRAPOSTO
• SORRISO
• NU
• IDEALIZAÇÃO DA FIGURA HUMANA (carácter
heróico)
• Naturalismo é
representar formas
inspiradas do natural,
com base na
observação do corpo:
um braço é um braço,
um músculo é um
músculo. Os escultores
gregos estudavam o
corpo humano e
praticavam o desenho.
A escultura grega
relaciona-se com a
evolução da ciência e da
medicina da época.
Naturalismo das formas
Rigor anatómico e cânone
• Com base no conhecimento
científico do corpo humano,
surgem representações com
maior rigor anatómico de
formas, músculos, posições,
tensões, etc.
• As proporções também são
estudadas:
• No séc. V a.C. – Policleto: o
corpo é 7 x o tamanho da
cabeça
• No séc. IV a.C. – Lisipo: passa a 8
x. Isto traduz-se nu alongamento
e sinuosidade da figura humana.
Neste período pós-clássico, as
figuras são mais torcidas e
precisam de apoio (coluna,
tronco de árvore, etc.)
1
5
6
7
4
3
2
Quebra da lei da frontalidade
 A quebra da lei da frontalidade vem romper
com a tradição egípcia que dispunha os
braços e cabeça de perfil e o tronco e um
olho de frente: os gregos fazem avançar um
braço e uma perna nas figuras, sugerindo
movimento
 O contraposto é uma característica já do
período clássico: os corpos dispõem-se a ¾,
levemente torcidos, com o peso assente
numa das pernas e a outra semi-flectida
Sorriso e nu
• O sorriso aponta para uma
relação mais transparente e
destemida entre homens e
deuses. As estátuas votivas
mostram desde o período
arcaico este sorriso
• A exibição do corpo humano nu
revela a inexistência de tabus a
este respeito, certas práticas
como o deporto e o respeito
pelos valores físicos do homem
Conclusão:
• A evolução da escultura grega antiga
compreende três grandes períodos: arcaico,
clássico e helenístico. No início as formas são
mais rudes e pouco naturais; vão evoluindo
para um tipo heróico de representação do
homem, sempre jovem belo e modelar; no
fim, o naturalismo dá lugar ao realismo, com
a representação da várias idades do homem
e de modelos menos “regulares” e patéticos,
como bêbados, moribundos, figuras
dolorosas, anões, etc.
• A escultura grega assume um conjunto
alargado de inovações estéticas e formais
que a distinguem da plástica pré-clássica
Conclusão:
• Essas inovações prendem-se com as
características da cultura grega,
nomeadamente a religião aberta e
humanista, os valores filosóficos e estéticos
e o desenvolvimento da vida pública e cívica.
• As inovações são: naturalismo das formas
mas com idealização geral da figura humana;
regras de representação dos corpos (rigor
anatómico e cânone), quebra da lei da
frontalidade e surgimento do sorriso e do
nu.
Principais momentos:
• A Herança pré-Helénica na escultura
clássica.
• Do estilo severo à primeira idade clássica
• Época clássica (Policleto, Míron e Fídias)
• Da 2ª idade clássica à escultura helenística.
- Classicismo tardio: Escopas, Praxíteles e
Lísipo.0
• O período helenístico.

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  • 1. Curso de Técnico de Comunicação, Marketing, Relações Públicas e Publicidade 1º Ano Ano Letivo 2022-2023 Disciplina: História da Cultura e das Artes Módulo 1 A Cultura da Ágora Formador Nuno Oliveira
  • 2. A arquitetura: • Da herança pré-helénica à capacidade de projetar no espaço e representar conceitos.
  • 3. A arquitetura Arte racional: Exprimiu não só a comunidade mas também o cidadão; Esteve ao serviço da vida publica; Aliou: -A estética e a ética. -A política e a religião. -A técnica e a ciência. -O realismo e o idealismo. -A Estética e a funcionalidade. -A relação entre o Homem e os deuses. Integração perfeita no espaço urbanístico. Reconstituição da acrópole de Atenas
  • 4. Influências da arte grega: Heranças das culturas: -Mesopotâmia -Egípcia -Cretense - Cicládica (ilhas Cíclades) + Invasões dos indo- europeus (aqueus ou Micénicos, Dórios, Jónios e Eólios) Três períodos de evolução: ➢Período arcaico (séc. VIII e séc. V a.C.) ➢Período Clássico (2ª metade do séc. V e séc. IV) ➢Período helenístico
  • 5. Princípios básicos • Sistema trilítico. • Métrica e decoração fixas - uso das ordens arquitetónicas: dórica, jónica e coríntia. • Predomínio da horizontalidade. • Prevalência do exterior e do valor urbanístico sobre o espaço interior. • Valores estéticos: estabilidade, harmonia e simetria.
  • 6. O sistema trilítico • Trilítico vem de três (tri) pedras (lithos) • Este sistema já era usado na Mesopotâmia e Egipto antigos 1 2 3 2 elementos de suporte vertical: colunas 1 elemento horizontal de cobertura: arquitrave e vigas de telhado
  • 7. Evolução planimétrica do templo grego Há ainda o Tholos, templo de planta central, circular, com colunas em redor
  • 8. As ordens arquitetónicas : • Constituem um conjunto de regras que definem as relações de proporção entre todos os elementos de uma construção; • determinam a forma dos mesmos e a sua decoração (relevos, estatuária e pintura). • têm como base cálculos rigorosos de Mecânica, Física, Geometria e Matemática.
  • 9. Templos: • Eram a morada dos deuses e o símbolo da pólis. • Possuíam um exterior altamente cuidado (o culto realizava-se ao ar livre) com escultura (estatuária e relevo) pintada a azul, vermelho e dourado.
  • 11. Período arcaico (séc. VIII e séc. V a.C.): • Os templos deste período apresentam a robustez da ordem dórica (estilo masculino dos dórios), decoração sóbria e deformações óticas pelo facto de serem perípteros. Período Clássico (2ª metade do séc. V e séc. IV) • As proporções foram adelgaçadas, o capitel tornou-se mais geométrico e as métopas foram decoradas co relevos. Exemplos da Ordem Dórica: • Templo de Hera em Olímpia (VI a.C.) • Templo de Apolo em Corinto (VI a.C.) • Templo de Posídon em Pesto (460 a.C.) • Pártenon em Atenas (V A.C.)
  • 12. Dórico FICHA: Partenon, construído na acrópole de Atenas, por ordem de Péricles. Arquitetos: Ictinos e Calícrates. Escultor principal: Fídias. Data: séc. V a.C. (447-438 a.C.)
  • 13.
  • 15. A ordem Jónica: • Surgiu no século VI a.C. • É mais esbelta (associada ao espírito feminino) e mais decorada (no capitel e no friso contínuo do entablamento com relevos historiados). Exemplos da Ordem Jónica: • Templo de Atena Niké • Erectéion
  • 16. Jónico Ficha: Templo de Atena Niké, construído na acrópole de Atenas por ordem de Péricles. Data: séc. V a.C. Nalguns casos, as colunas jónicas podem ser substituídas por cariátides (mulheres), como no Erectéion (421-406 a.C.), na acrópole de Atenas. Nota: quando o fuste jónico é substituído por homens designam-se de atlantes.
  • 18. Ordem Coríntia: - Surgiu nos finais do séc.V a.C. - Possui mais decoração no capitel (com a forma de sino invertido e coberto com folhas de acanto), no entablamento e no frontão. - Foi mais utilizada no período helenístico (no Império de Carlos Magno e nas suas cortes) e pelos romanos , pois correspondia ao gosto ornamentalista e retórico daqueles tempos. Exemplos: - Monumento Corégico de Lisícrates,Atenas, c. 334 a. C - Templo de Zeus Olímpico,Atenas, c.174 a. C.
  • 19. Coríntio Templo de Zeus, em Atenas, sécs.VI – IV. A.C.
  • 20. Tholos Tholos de Atena, em Delfos, séc. IV (380-360 a.C.), com colunas coríntias.
  • 21. A Casa Grega “ O Homem e a natureza deveriam ser a medida da cidade”, Assim: -A Cidade Grega estava perfeitamente integrada no seu ambiente natural, respeitando a morfologia do terreno. -Toda a vida ateniense (cultos, representações teatrais, atividades desportivas, comerciais e políticas) decorria ao ar livre. Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/4870839/
  • 22. A Casa Grega • As casas eram modestas (raramente patenteavam a diferenciação social), construídas em madeira ou em tijolo, cascalho e argamassa. Desenvolveram- se em torno de um pátio central descoberto (geralmente virado a sul). Os vários compartimento rodeavam o pátio sem preocupação de axialidade ou geometria. Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/4870839/
  • 23. A Grécia, berço do urbanismo ocidental • A Cidade de Mileto na Jónia, foi reconstruída no tempo de Hipódamo (c. 498-c.408 a.C.) com princípios racionais, segundo os quais as ruas largas cruzavam-se em ângulo reto, formando uma malha em retícula ou quadrícula formando os quarteirões. • Os quarteirões eram organizados segundo a função/profissão dos seu moradores. • Este plano teorizado por Hipódamo foi aplicado nas reconstruções das cidades velhas (exemplo: Porto de Pireu em Atenas) e nas cidades construídas de raiz. • Esta nova estética urbana difundiu-se a partir do período helenístico sendo, posteriormente divulgada pelos romanos. Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/4870839/
  • 24. Aula Prática 1. Defina ordem arquitetónica. 2. A partir das figuras 1 e 2, diferencia a ordem dórica da jónica. 3. Defina sistema trilítico.
  • 25. Aula Prática 4. Descreva, tendo como base a figura 3, o templo dórico quanto a planta, ao volume, aos elementos de sustentação e à decoração escultórica. 5.Relate a estrutura arquitetónica da casa de habitação grega. 6. Em que consiste o urbanismo hipodâmico?
  • 26. Aula Prática • Correção: 1.Ordem arquitetónica – conjunto de normas que regem, na arquitetura, as medidas e as relações de proporção de todos os elementos de uma construção, feita de um modo racional e científico, mas também segundo critérios estéticos. 2. A ordem dórica apresenta: proporções robustas, decoração sóbria e aspeto maciço (masculina); a coluna não tem base, o seu fuste é estriado e o seu capitel é formado por equino e ábaco lisos, o entablamento contém arquitrave lisa e o friso com métopas e tríglifos; segue-se a cornija que é encimada por um frontão triangular. A ordem jónica contém proporções mais esbeltas (feminina) e a sua coluna é formada por base, fuste canelado e capitel; este apresenta, na parte inferior, o gorjal que é encimado pelas volutas do equino, seguidas do ábaco; depois vem o entablamento com arquitrave tripartida horizontalmente e lisa, friso continuo e historiado e a cornija, ultimada pelo frontão.
  • 27. Aula Prática 3. Sistema trilítico é o sistema construtivo cujos elementos d sustentação são pilares verticais, ligados por vigas horizontais, as arquitraves ou lintéis. 4. O templo dórico tem a planta em forma retangular; o volume é o de um paralelepípedo retangular. Os elementos de sustentação são as colunas de ordem dórica. A decoração é sóbria e localizada nas métopas do friso e no tímpano do frontão.
  • 28. Aula Prática 5. A casa de habitação desenvolve-se à volta de um pátio central descoberto, virado para sul e com as divisões a rodeá-lo , sem preocupações pela axialidade. 6. O urbanismo hipôdamico consiste na forma de organizar uma cidade segundo uma malha em retícula ou em quadrícula que da origem aos quarteirões regulares, ocupados por construções publicas e bairros com moradores de diferentes profissões. Esta organização foi teorizada por Hipódamo de Mileto. • Axialidade: Do eixo ou a ele relativo. "axial", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://dicionario.priberam.org/axial [consultado em 20-09-2018].
  • 29. Os templos Pártenon e Atena Niké: descrição e caracterização. Caso Prático 1
  • 30. O Pártenon (447-436 a.C.), de Ictino e Calícrates. Descrição: • Construído no ponto mais alto da Acrópole. • Templo da ordem dórica no exterior. • As fachadas exteriores possuem 8 colunas nos lados menores e 17 nos maiores. É um templo períptero com correções de ótica. • As fachadas interiores do pronaos e do opistódomos têm 6 colunas. • As colunas assentam diretamente no estilóbato (1º degrau), o fuste é canelado com arestas vivas sustentando um capitel constituído por colarinho, equino e ábaco.
  • 31. O Pártenon (447-436 a.C.), de Ictino e Calícrates. Descrição: • O entablamento é constituído pela arquitrave lisa e pelo friso que contém 92 métopas (espaços quadrados com relevos pintados, descrevendo combates), separadas por tríglifos (lápides com 3 estrias verticais). • Possui 2 frontões com tímpanos decorados dos lados menores. • Teto plano coberto, exteriormente, por telhados de 2 águas. • A planta, de base retangular era constituída por pronaos, naos e cella com 3 naves (30x20m), opistódomos ou tesouro e peristilo, nas paredes exteriores da cella e do opistódomos encontra-se o friso das Panateneias.
  • 32. O Pártenon (447-436 a.C.), de Ictino e Calícrates. • Decoração: • Realizada com estatuária e relevos de Fídias e da sua escola, realizados em mármore do monte Pentélico, com requintado virtuosismo técnico. • Os deuses representados aparecem diferenciados pelos seus atributos.
  • 33. Templo de Atena Niké (432-420 a. C. de Calícrates) Descrição: • Templo Jónico, construído num embasamento de 8,25x5,64 m, sobre um bastião do Propileus. Possui 4 colunas à frente e atrás- sendo por isso anfiprostilo. • O interior é constituído por uma única cella. Decoração: • Foi realizada por Agorácrito. • Aparece nos capiteis de volutas, no friso contínuo de temas bélicos, nos tímpanos dos frontões e na balaustrada que rodeava o templo, decorada com vitórias aladas (como a Niké Desapertando a Sandália)
  • 34. Aula Prática • 1. Descreva a forma e o significado do Pártenon. • 2. Descreva a forma e o significado do Templo de Atena Niké.
  • 35. 1 Partenón - 2 Antigo templo de Atenea ou Hecatompedón - 3 Erecteion - 4 Estatua de Atenea Prómakhos - 5 Propileos - 6 Templo de Nike Áptera - 7 Eleusinion - 8 Santuario de Artemisa Brauronia - 9 Calcoteca - 10 Pandroseion - 11 Arreforión - 12 Altar de Atenea - 13 Santuario de Zeus Polieo - 14 Santuario de Pandión - 15 Odeón de Herodes Ático - 16 Stoá de Eumenes - 17 Santuario de Asclepio - 18 Teatro de Dioniso - 19 Odeón de Pericles - 20 Témenos de Dioniso - 21 Aglaureion
  • 36. Aula Prática Correção: 1. O Pártenon, em planta, tem forma retangular dum templo dórico e é composto por naos, pronaos e opistódomos e peristilo; é períptero e apresenta 8 colunas nos lados pequenos e o dobro mais uma , nos outros lados. Em volume tem a forma de um paralelepípedo retangular. Na cella tinha a estátua da deusa Atena Partenos, a deusa da cidade. Pelas suas proporções e equilíbrio e decoração, o Pártenon tornou-se o modelo de pensamento racional da arquitetura clássica grega.
  • 37. Aula Prática Correção: 2. O Templo de Atena Niké é da ordem jónica, anfiprostilo, com forma retangular, uma cela e reduzidas dimensões. Celebra a vitória dos atenienses sobre os espartanos.
  • 38. A cerâmica •A cerâmica é fundamental para o estudo de vários aspectos da cultura grega; •Esta era funcional e bela; •Continham representações de cenas mitológicas, heróicas, quotidianas, etc.; •Atualmente encontram-se vestígios cerâmicos em vários «pontos do Mediterrâneo».. •A análise dos vasos cerâmicos permite obter uma ideia mais clara de vários aspectos históricos e estudar indirectamente a pintura de fresco uma vez que são pouquíssimos os seus vestígios… vaso de figuras vermelhas, mostra um médico anónimo do Período Clássico atendendo um paciente.
  • 39. Aspectos técnicos da cerâmica: A qualidade técnica pode ser avaliada: • pelo tipo de pasta, engobos e cozedura utilizada; • Pelas formas; • Pela função (necessidades práticas: serviço doméstico, artesanal ou comercial ou como apoio as cerimónias religiosas e rituais fúnebres) Um aryballos, c. 575–550. colecção do Louvre.
  • 40.
  • 41. Algumas funções dos vasos: •Ânfora: servia para o transporte e armazenamento de géneros de consumo (salmoura, vinho e os seus derivados, azeite, frutos secos, mel, cereais e água); •Alabastron: servia para guardar o azeite; •Aryballos: servia para guardar o perfume ou o óleo/azeite; •Oinochos: era um jarro de vinho •Kylix: recipiente para beber o vinho
  • 42. Tipologias: •As formas base estão definidas desde o período arcaico apoiam- se em conceções estéticas estruturais que têm como base a geometria…. No período clássico e helenístico apenas se constataram algumas alterações no tamanho e na proporção entre as diferentes partes do vaso Colarinho ou gargalo Asas ou alças Corpo ou bojo Pé ou base Boca ou abertura
  • 43. Evolução plástica: 1.Estilo geométrico (IX e VIII) A. C) 2.Estilo arcaico (final do séc. VIII e Início do séc. V a.C): - Fase orientalizante (até 650 a. C) - Fase arcaica recente (finais do séc. VII até c. de 480 a. C 3. Estilo clássico (480 e 323 a. C)
  • 44. 1.Estilo geométrico (IX e VIII) A. C) •Baseia-se na tradição creto-micénica; •Utilização de motivos geométricos à volta do vaso (em bandas ou frisos, paralelos ou sobrepostos ); •Cada banda possui um motivo geométrico simples (ponto; linha; círculo) •Os elementos geométricos de cada banda eram combinados de forma criativa alguns dos quais vêm desde o neolítico (meandros, gregas, triângulos, losangos, linhas quebradas ou continuas, axadrezados, etc.) •Os motivos era realçados a preto sobre o fundo de cor natural. O princípio formal deste abstraccionismo tem como base: -A experiência técnico-artesanal (inspirada na tecelagem e nas gregas) -A estrutura geométrico-matemática da Natureza e do Universo (base do pensamento e da filosofia grega) Ânfora de estilo Geométrico procedente de Beócia (fins. Do séc. VIII, princípio VII a. C.)
  • 45. Início do séc. XVIII: -Aparecem representados elementos figurativos esquematizados e geometrizados (animais, seres humanos isolados ou organizados em cenas descritivas e narrativas) -A temática tratava batalhas e cerimónias fúnebres (prophesis); -Na temática guerreira os soldados são representados em várias posições de combate; -Na temática fúnebre são representados os cortejos com soldados e carpideiras que seguem o carro onde se encontra o defunto; -Actualmente não conseguimos decifrar se está temática eram relatos da vida real ou episódios mitológicos… Atenas: museu arqueológico. Período geométrico tardio. Ânfora de Dipylon(760-750 a.C)
  • 46. Quanto as formas: -Tendência para o aumento do tamanho das peças (algumas ultrapassavam 1,5 m. de altura); -Uma das suas funções era a colocação nos cemitérios à semelhança da estelas funerárias (continham oferendas feitas aos mortos) Atenas: museu arqueológico. Período geométrico tardio. Ânfora de Dipylon(760-750 a.C) Nos finais do séc. VIII a arte geométrica entra em decadência
  • 47. 1. Estilo arcaico (final do séc. VIII e Início do séc. V a.C): - Fase orientalizante (até 650 a. C) - Fase arcaica recente (finais do séc. VII até c. de 480 a. C -figurativa com influências decorativas orientais (contactos comerciais e coloniais ); -Representação de animais míticos , lendários, figuras híbridas (grifos, esfinges e górgonas) e motivos naturalistas (lótus e palmetas) Temática: -Regresso ao figurativo (aparecimento de cenas de carácter mitológico (vide doc. 80) Expressão: -Figuração de tamanho grande, tratada em silhueta segundo a técnica da incisão Nota: as características referidas são notórias na cerâmica proto- ática) - Aparecimento das figuras decoradas pela técnica de figuras pintadas a negro (Ática). -Estas figuras destinavam-se ao comércio de luxo -A figuração negra era feita sobre o fundo vermelho e eram estilizadas à maneira antiga ; -Utilização mais apurada da técnica da incisão; -Denota-se um interesse pelo pormenores anatómicos (que poderá ter em sua base a influência da escultura), as figuras passam a apresentar mais naturalidade e expressividade e preocupações de composição (equilíbrio e simetria); -Temática: -Relatos mitológicos; cenas da vida familiar; cenas do quotidiano; -A fabricação das figuras negras foi dominada pelas oficinas atenienses;
  • 48. 3. Estilo clássico (480 e 323 a. C) Patenteia o apogeu técnico, estático e conceptual do povo grego, a arte era uma consequência da superioridade criativa, racional e filosófica - Desenvolvimento do desenho e da pintura: devido a descoberta, ao aperfeiçoamento e a aplicação de inovações técnicas e formais( criação dos cânones escultóricos, descoberta do escorço *, aplicação da perspectiva, criação do claro/escuro, aplicação de sombras) *Efeito de perspectiva que apresenta mais pequenos que o natural os objectos que se vêem de frente ou a distância. Ânfora do pintor de Pan, 37 cm de altura, cerâmica ática, c. 470 a.C
  • 49. Para além da realização de vasos cerâmicos de figuras negras também foram realizados vasos de figuras vermelhas *(invenção atribuída ao pintor Andócides); -A aplicação desta técnica mais a perfeição alcançada no desenho, permitiu o surgimento de uma cerâmica de nova plasticidade (tridimensionalidade) -Os corpos demonstram: perspectiva, movimento, naturalidade e realismo. Por vezes são acompanhados de pormenores arquitectónicos * Toda a superfície do vaso era coberta com verniz negro , com a excepção das figuras, cujas silhuetas se mantinham na cor avermelhada, natural da argila, os pormenores anatómicos eram acrescentados a posteriori. Ânfora do pintor de Pan, 37 cm de altura, cerâmica ática, c. 470 a.C
  • 50. Outras inovações alcançadas neste período: -associação de figuras vermelhas e negra sobre fundos amarelados ou brancos; -Figuras representadas pelos seus contornos sobre fundo branco (estilo belo); -Figuras modeladas em relevo -Surgimento de novas colorações; A partir do séc. IV a. C algumas peças começam a ser assinadas… Qual o motivo? Mestres artesãos mais importantes (séc. IV): Clítias, Apolodoro, Eufrónio, Exéquias Aquiles e Pentesiléia Detalhe de ânfora ática de figuras negras de Exéquias. Data: -540 / -530 Londres, British Museum
  • 51. Pintura a fresco A pintura a fresco designa simultaneamente uma técnica pictórica feita sobre parede, com base de gesso ou argamassa, na qual o artista deve aplicar pigmentos puros diluídos somente em água. Dessa forma, as cores penetram no revestimento e, ao secarem, passam a integrar a superfície em que foram aplicadas. O suporte pode ser parede, muro ou teto e a durabilidade do trabalho é maior em regiões secas, pois a humidade pode provocar rachaduras na parede e danificar a pintura. Esta técnica era conhecida e utilizada por gregos e romanos e continuou a ser amplamente utilizada na Idade Média e no Renascimento. Placa de madeira pintada, encontrada em Corinto. Século VI a.C. Museu Arqueológico Nacional de Atenas
  • 52. A PINTURA A FRESCO DIVIDE-SE EM DUAS PARTES: -a pintura mural, feita a fresco, que revestia as paredes interiores dos edifícios; -a pintura móvel, realizada a encáustica (técnica pictórica que se aplica sobre suportes de madeira, marfim, pedra ou metal, em que o aglutinante dos pigmentos de cor é a cera quente, diluída), geralmente sobre painéis de madeira;
  • 54. PERÍODOS DA EVOLUÇÃO DA ESCULTURA GREGA ANTIGA: ARCAICO – SÉCS. VIII-VI A.C. CLÁSSICO – SÉC. V A.C. PÓS-CLÁSSICO – SÉC. IV A.C. HELENÍSTICO – SÉCS. III-I A.C.
  • 55. INOVAÇÕES DA ESCULTURA GREGA FACE À DA ARTE PRÉ-CLÁSSICA: • NATURALISMO DAS FORMAS • REGRAS DE REPRESENTAÇÃO DO CORPO HUMANO – RIGOR ANATÓMICO – CÂNONE • QUEBRA DA LEI DA FRONTALIDADE – CONTRAPOSTO • SORRISO • NU • IDEALIZAÇÃO DA FIGURA HUMANA (carácter heróico)
  • 56. • Naturalismo é representar formas inspiradas do natural, com base na observação do corpo: um braço é um braço, um músculo é um músculo. Os escultores gregos estudavam o corpo humano e praticavam o desenho. A escultura grega relaciona-se com a evolução da ciência e da medicina da época. Naturalismo das formas
  • 57. Rigor anatómico e cânone • Com base no conhecimento científico do corpo humano, surgem representações com maior rigor anatómico de formas, músculos, posições, tensões, etc. • As proporções também são estudadas: • No séc. V a.C. – Policleto: o corpo é 7 x o tamanho da cabeça • No séc. IV a.C. – Lisipo: passa a 8 x. Isto traduz-se nu alongamento e sinuosidade da figura humana. Neste período pós-clássico, as figuras são mais torcidas e precisam de apoio (coluna, tronco de árvore, etc.) 1 5 6 7 4 3 2
  • 58. Quebra da lei da frontalidade  A quebra da lei da frontalidade vem romper com a tradição egípcia que dispunha os braços e cabeça de perfil e o tronco e um olho de frente: os gregos fazem avançar um braço e uma perna nas figuras, sugerindo movimento  O contraposto é uma característica já do período clássico: os corpos dispõem-se a ¾, levemente torcidos, com o peso assente numa das pernas e a outra semi-flectida
  • 59. Sorriso e nu • O sorriso aponta para uma relação mais transparente e destemida entre homens e deuses. As estátuas votivas mostram desde o período arcaico este sorriso • A exibição do corpo humano nu revela a inexistência de tabus a este respeito, certas práticas como o deporto e o respeito pelos valores físicos do homem
  • 60. Conclusão: • A evolução da escultura grega antiga compreende três grandes períodos: arcaico, clássico e helenístico. No início as formas são mais rudes e pouco naturais; vão evoluindo para um tipo heróico de representação do homem, sempre jovem belo e modelar; no fim, o naturalismo dá lugar ao realismo, com a representação da várias idades do homem e de modelos menos “regulares” e patéticos, como bêbados, moribundos, figuras dolorosas, anões, etc. • A escultura grega assume um conjunto alargado de inovações estéticas e formais que a distinguem da plástica pré-clássica
  • 61. Conclusão: • Essas inovações prendem-se com as características da cultura grega, nomeadamente a religião aberta e humanista, os valores filosóficos e estéticos e o desenvolvimento da vida pública e cívica. • As inovações são: naturalismo das formas mas com idealização geral da figura humana; regras de representação dos corpos (rigor anatómico e cânone), quebra da lei da frontalidade e surgimento do sorriso e do nu.
  • 62. Principais momentos: • A Herança pré-Helénica na escultura clássica. • Do estilo severo à primeira idade clássica • Época clássica (Policleto, Míron e Fídias) • Da 2ª idade clássica à escultura helenística. - Classicismo tardio: Escopas, Praxíteles e Lísipo.0 • O período helenístico.