PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
LITERATURA - PARNASIANISMO E SIMBOLISMO
1. LITERATURA
AS ESTÉTICAS DE FIM DE
SÉCULO
PARNASIANISMO
SIMBOLISMO
2º Ano – Ensino Médio
Profa. Sônia Guedes
2. PARNASIANISMO
“A princesa Jacinta”.
Litografia colorida, medindo
125 X 83,5 cm, de Alphonse
Mucha (1911).
Observe o modo como o autor
retratou a princesa Jacinta,
personagem principal de um balé
para o qual o artista criou esse
cartaz.
• O que chama a atenção
nessa imagem? Explique.
• O que você acha que o
artista valorizou mais: o
detalhe ou o conjunto da
obra?
3. Analisemos o poema “A arte”, de T. Gautier, para
entendermos melhor o Parnasianismo.
4. Aarte
Sim, a obra sai mais bela
Numa forma ao trabalho
Rebelde,
Verso, ônix, pedra, esmalte.
[...]
Rejeita, estatuário,
A argila que teu dedo
Modela
Quando a alma está distante;
Luta com o Carrara,
Com o mármore duro
E raro
Guardas das linhas puras;
[...]
Com a mão delicada
Segue no cristalino
Filão
O apolíneo perfil.
Pintor, foge à aquarela
E a cor vacilante
Esmalta
No forno do artesão.
Faz sereias azuis
Torcendo de mil formas
As caudas,
Os monstros dos brasões.
[...]
Tudo passa e somente
É eterna a arte robusta;
O busto
Sobrevive à cidade.
[...]
Até os deuses morrem
E os versos soberanos
Perduram
Mais fortes que o bronze.
Lima, esculpe, cinzela;
Que o teu sonho ligeiro
Se entranhe
No bloco resistente. ( T. Gautier)
5. Atividade no Caderno
O Poema “A arte” nos mostra que no Parnasianismo há um cuidado com o detalhe e
com o rebuscamento verbal. Analise o poema e responda:
1.Embora sejam mencionados no poema o estatuário e o pintor, não é só a eles
que o eu lírico se dirige. A quem então ele se dirige?
2. Na 3ª e na 4ª estrofes, qual a recomendação do eu lírico para o artista que for
esculpir o mármore?
3. A partir dessa recomendação, conclua: qual poderia ser, para o eu lírico, a função
do artista?
4. Que orientações o eu lírico apresenta ao pintor, na 5ª e na 6ª estrofes?
a) Com base nessas recomendações, que visão de arte pode ser identificada
nessas estrofes?
b) Observe a litografia “A princesa Jacinta”. Podemos identificar nela uma visão de
arte semelhante à que encontramos no poema? Explique.
5. Nas estrofes finais, o eu lírico apresenta um motivo para defender a importância
da produção de arte. Qual é esse motivo?
6. Parnasianismo: a “disciplina do bom
gosto”
• Os poetas franceses procuravam resgatar a visão de arte
como sinônimo de beleza formal.
• Nessa concepção, a arte não existe para a humanidade,
para a sociedade ou para a moral, mas para si mesma.
(GAUTIER).
1-O PROJETO LITERÁRIO DO PARNASIANISMO;
2- OS AGENTES DO DISCURSO;
3-O PARNASIANISMO E O PÚBLICO;
4- O MODELO PARNASIANO;
5- A LINGUAGEM.
9. A UMA PASSANTE
A rua, em torno, era ensurdecedora vaia.
Toda de luto, alta e sutil, dor majestosa,
Uma mulher passou, com sua mão vaidosa
Erguendo e balançando a barra alva da saia;
Pernas de estátua, era fidalga, ágil e fina.
Eu bebia, como um basbaque extravagante,
No tempestuoso céu do seu olhar distante,
A doçura que encanta e o prazer que
assassina.
Brilho... e a noite depois! - Fugitiva beldade
De um olhar que me fez nascer segunda vez,
Não mais te hei de rever senão na eternidade?
Longe daqui! tarde demais! nunca talvez!
Pois não sabes de mim, não sei que fim
levaste,
Tu que eu teria amado, ó tu que o adivinhaste!
Vocabulário
Alarido: barulho muito
grande, algazarra, gritaria.
Suntuosa: pomposa
Basbaque: ingênuo, pessoa
que fica admirada com coisas
triviais.
Efêmera: pouco duradoura,
passageira.
10. Análisedo poema “A uma passante”.
1-O poema fala de um encontro que poderia ter acontecido
no Bulevar dos Capuchinhos. Em que cenário se passa a
ação apresentada no poema?
2- A primeira estrofe trata do momento em que uma
mulher passa. Qual é a primeira impressão que essa
mulher provoca no eu lírico? Explique.
3- As expressões apresentadas no primeiro verso indicam o
lugar e o tempo em que algo aconteceria. Que
acontecimento seria esse?
4- O que a última estrofe sugere sobre o encontro entre o
eu lírico e a “fugitiva beldade”?
5- O quadro de Monet “O Bulevar dos Capuchinhos” e o
poema “A uma passante” registram o instante fugaz(
instantâneo) da experiência momentânea. Por quê?
11. O FIM DA ERA DAS REVOLUÇÕES (Livro)
• O SIMBOLISMO: O DESCONHECIDO SUPERA O REAL
• OPROJETO LITERÁRIO DO SIMBOLISMO
• OS AGENTES DO DISCURSO
• O SIMBOLISMO E O PÚBLICO
• CONHECIMENTO INTUITIVO DA REALIDADE
• CONCEPÇÃO MÍSTICA DO MUNDO
• ALIENAÇÃO SOCIAL
• ( Livro, pp.149 -151)
12. A LINGUAGEM DO SIMBOLISMO (pp.151,152)
Antífona
Ó Formas alvas, brancas, Formas claras
De luares, de neves, de neblinas!
Ó Formas vagas, fluidas, cristalinas...
Incensos dos turíbulos das aras...
Formas do Amor, constelarmante puras,
De Virgens e de Santas vaporosas...
Brilhos errantes, mádidas frescuras
E dolências de lírios e de rosas ...
Indefiníveis músicas supremas,
Harmonias da Cor e do Perfume...
Horas do Ocaso, trêmulas, extremas,
Réquiem do Sol que a Dor da Luz
resume...
Visões, salmos e cânticos serenos,
Surdinas de órgãos flébeis,
soluçantes...
Dormências de volúpicos venenos
Sutis e suaves, mórbidos, radiantes ...
Infinitos espíritos dispersos,
Inefáveis, edênicos, aéreos,
Fecundai o Mistério destes versos
Com a chama ideal de todos os
mistérios.
Do Sonho as mais azuis diafaneidades
Que fuljam, que na Estrofe se levantem
E as emoções, todas as castidades
Da alma do Verso, pelos versos
cantem.