2. Na Europa, as primeiras manifestações
surgiram antes da Primeira Guerra Mundial
(1914-1918).
No Brasil, o movimento modernista
consolidou-se apenas da década de 1920,
após a realização da Semana de Arte
Moderna
3. Na Europa não houve uma semana de arte
moderna uniforme. Houve, sim, um conjunto
de tendências artísticas com propostas
específica.
Paris – centro cultural da época e difusor das
ideias artísticas para o mundo ocidental.
4. Do francês avant-garde, a palavra vanguarda
significa “o que marcha na frente”.
Artística ou politicamente, vanguardas são
grupos ou correntes que apresentam uma
proposta e/ou uma prática inovadoras.
5. Negação das obras artísticas do passado.
Ruptura formal com os princípios
estéticos do passado.
Invenção de novas técnicas, novos
objetos estéticos.
Experimentalismo.
Agressão ao público.
Simplificação na representação das
imagens.
6. AVANÇO CIENTÍFCO E TECNOLÓGICO;
SUPERVALORIZAÇÃO DO PROGRESSO E O
ENALTECIMENTO DA MÁQUINA;
CRISE DO CAPITALISMO – PRIMEIRA
GUERRA MUNDIAL (1914).
FINAL DA CHAMADA BELLE ÉPOQUE.
7. O movimento cubista teve início na França,
em 1907, com o quadro Les demoiselles d’
Avignon, do pintor espanhol Pablo Picasso.
Em torno de Picasso e do poeta francês
Apollinarie formou-se um grupo de artistas
que cultivaria o cubismo.
8. O cubismo pictórico -
Les demoiselles
d’Avignon (1907), de
Picasso. As mulheres
da esquerda identifica-
se com a cultura ibérica
e da direita revelam
influência da arte
negra, que o pintor
vinha pesquisando.
11. Essa técnica cubista corresponde à
fragmentação da realidade, à superposição e
simultaneidade de planos – por exemplo,
reunião de assuntos aparentemente sem
nexo, mistura de assunto, espaços e tempos
diferentes, ilogismo, humor.
12. hípica
Saltos records
Cavalos de Penha
Correm jóqueis de
Higienópolis
Os magnatas
As meninas
E a orquestra toca
Chá
Na sala de coctails.
(Pau-Brasil. 2. ed. São Paulo: Globo, 2003. p.173.)
13. Após a publicação, em 1909, do Manifesto
Futurista, que define o perfil ideológico do
movimento, Marinetti lançou, em 1912, o
manifesto da literatura Futurista, cujas
propostas representam uma verdadeira
revolução literária.
14. Palavras em liberdades
Uso de verbos no infinitivo;
Abolição aos adjetivos e advérbios;
Uso de substantivo duplo – mulher-golf0;
Uso de sinais matemáticos;
Destruição do eu psiconalizante.
15. À dolorosa luz das grandes lâmpadas elétricas da fábrica
Tenho febre e escrevo.
Escrevo rangendo os dentes, fera para a beleza disto,
Para a beleza disto totalmente desconhecida dos antigos.
Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r eterno!
Forte espasmo retido dos maquinismos em fúria!
Em fúria fora e dentro de mim,
Por todos os meus nervos dissecados fora,
Por todas as papilas fora de tudo com que eu sinto!
Tenho os lábios secos, ó grandes ruídos modernos,
De vos ouvir demasiadamente de perto,
E arde-me a cabeça de vos querer cantar com um excesso
De expressão de todas as minhas sensações,
Com um excesso contemporâneo de vós, ó máquinas!
(...)
Ah, poder exprimir-me todo como um motor se exprime!
Ser completo como uma máquina!
Poder ir na vida triunfante como um automóvel último-modelo!
Poder ao menos penetrar-me fisicamente de tudo isto,
Rasgar-me todo, abrir-me completamente, tornar-me passento
A todos os perfumes de óleos, calores e carvões
Desta flora estupenda, negra, artificial e insaciável!
19. Alemanha e França (fauvismo), fins do século
XIX e início do século XX.
Diz Giulio Argan: “o Expressionismo se põe
como antítese ao Impressionismo, mas o
pressupõe: ambos são movimentos realistas,
que exigem a dedicação total do artista à
questão da realidade, mesmo que o primeiro
a resolva no plano do conhecimento e o
segundo no plano da ação”.
20. A arte não é imitação. É criação subjetiva, livre,
é expressão dos sentimentos;
A realidade que circunda o artista é horrível e,
por isso, ele a deforma ou a elimina, criando a
arte abstrata;
A razão é objeto de descrédito;
A arte é criada sem obstáculos convencionais, o
que representa um repúdio à repressão social;
A vivência da dor deriva do sentido trágico da
vida e causa uma deformação torturada;
A arte se desvincula do conceito de belo e feio e
torna-se uma forma de contestação.
21. Linguagem fragmentada, elíptica, constituída
de frases nominais,às vezes até sem sujeito;
Despreocupação quanto à organização do
texto em estrofes, ao emprego de rimas ou à
musicalidade;
Combate à fome, à inércia e aos valores do
mundo burguês.
22. NECESSIDADE DE
INTERPRETAR A
REALIDADE DE UM
MODO INÉDITO
PERÍODO DE
INQUIETAÇÃO,
CONTRADIÇÃO E
INSATISFAÇÃO
23. Cantos e metrópoles, levianas febris,
Terras descoradas, pólos sem glória,
Miséria, heróis e mulheres da escória,
Sobrolhos espectrais, tumulto em carris.
Soam ventoinhas em nuvens perdidas.
Os livros são bruxas. Povos desconexos.
A alma reduz-se a mínimos complexos.
A arte está morta. As horas reduzidas.
(Apud Lúcia Helena. Movimentos da vanguarda europeia. São Paulo: Scipione, 1993. p.33.)
24. Suíça – Tristan Tzara e outros artistas do
“Cabaré Voltaire” (1916).
O mais demolidor e radical movimento de
vanguarda;
A guerra desvendou a barbárie por trás da
civilização burguesa ocidental. Era necessário
desmascarar os valores ditos civilizados.
25. Ilogismo; Ilogismo;
Nonsense; Nonsense;
Humor niilista e Humor niilista e
irracionalista; irracionalista;
Dinamitam-se a cultura Dinamitam-se a cultura
e a linguagem; e a linguagem;
26. O Dadaísmo caracteriza-se pela
agressividade, pela improvisação, pela
desordem, pela rejeição ao tipo de
racionalização e equilíbrio, pela livre
associação das palavras e pela invenção de
palavras com base na exploração do seu
significante.
27. Pegue um jornal.
Pegue uma tesoura.
Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu
poema
Recorte o artigo.
Recorte em seguida com atenção algumas palavras que formam esse
artigo e meta-as num saco.
Agite suavemente.
Tire em seguida cada pedaço um após o outro.
Copie conscienciosamente na ordem em que elas são tiradas do
saco.
O poema se parecerá com você.
E ei-lo um escritor infinitamente original e de uma sensibilidade
graciosa, ainda que incompreendido do público.
29. Marcel Duchamp,
Ready made, Roda de
bicicleta
30. França – André Breton (1918).
O surreal subjaz à noção de “real” até então
conhecida;
Acrescenta-se à razão a imaginação, o sonho e
a fantasia criadora do inconsciente;
Diz Breton: “Creio na resolução futura desses
dois estados, aparentemente tão
contraditórios, tais sejam o sonho e a
realidade, em uma espécie de realidade
absoluta, de super-realidade, se assim se pode
chamar”.
34. Criação da revista de artes O Pirralho, dirigida
por Oswald de Andrade e Emílio de Menezes,
em 1911;
A exposição de obras do pintor russo Lasar
Segall, em 1913;
Fundação da revista Orpheu, em Portugal;
Publicação, em 1917, de várias obras de
poesias, entre elas Há uma gota de sangue em
cada poema, Mário de Andrade e A cinza das
horas, de Manuel bandeira.
35. Ocorreu em São Paulo no Teatro Municipal da
cidade nos dias 13,15 e 17 de fevereiro de
1922.
Foram apresentadas poesia, música e
palestras sobre modernidade.
39. Exposição de artes de plásticas com obras
Anita Malfatti, Vicente do Rego Monteiro,
Zina Aita, Di Cavalcanti, Harbeg, Brecheret,
Ferrignac e Antonio Mota.
42. A estudante, um dos
quadros apresentados
por Anita Malfatti na
polêmica exposição de
1917 (Museu de Arte de
São Paulo).