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Parnasianismo
Ars gratia artis
Momento histórico
• O Parnasianismo acontece no mesmo período do
Realismo/Naturalismo
• Segunda fase da Revolução Industrial
• Antropocentrismo
• Cientificismo
• Positivismo
No Brasil, os movimentos abolicionista e republicano ganhavam corpo e
conquistavam importantes objetivos sociais e políticos: o fim da escravidão e a
proclamação da República.
O país alinha-se ao pensamento europeu, separa a Igreja do Estado, organiza o
sistema judiciário do país e estabelece um regime de maior participação popular.
CALIXTO, Benedito. Proclamação da República (1893)
EQUILÍBRIO – RAZÃO – OBJETIVIDADE – ANTROPOCENTRISMO
CONFLITO – EMOÇÃO – SUBJETIVIDADE – TEOCENTRISMO
RENASCIMENTO
BARROCO ROMANTISMO
ARCADISMO
REALISMO
NATURALISMO
SIMBOLISMO
PARNASIANISMO
O nome Parnasianismo tem origem na Grécia antiga: segundo a lenda, Parnaso é o
nome de um monte da Fócida, consagrado a Apolo e às musas. É o monte onde
nasceu Castália, a musa inspiradora dos poetas.
SANZIO, Rafael. O Parnaso. Afresco no Vaticano (1511)
O racionalismo traduz-se em objetivismo, em rejeição aos excessos românticos e
em crítica ao sentimentalismo. A arte não era um simples entretenimento, mas a
busca da beleza, a arte pela arte.
Apesar de ser contemporâneo ao Realismo e ao Naturalismo, a estética parnasiana
diferencia-se ideologicamente por não se preocupar com a temática social ou
mesmo com a reflexão sobre o homem e sua condição.
O poeta, alienado socialmente, inspira-se na Antiguidade Clássica, na mitologia
greco-latina como uma forma de negar os princípios do Romantismo e garantir
prestígio entre as camadas mais letradas do Brasil.
APPIANI, Andrea. Parnassus (1811)
O artificialismo é uma de suas principais características, valorizando
excessivamente a forma (os sonetos, as rimas ricas, a métrica perfeita), ostentando
um nível vocabular refinado e grande rigor gramatical.
É uma arte excessivamente descritiva, cheia de adjetivos e imagens poéticas
elaboradas. O objetivo maior é o culto à forma na busca de atingir a perfeição.
A mulher no Parnasianismo é vista com
objetividade, contrapondo-se às
idealizações românticas. Desta forma, a
sensualidade e o amor carnal eram
cultivados pelos parnasianos.
EGOROV, Dmitriy. Mulher com aquário (2006)
O Parnasianismo fez bastante sucesso em sua época, estendendo-se da década de
80 do século XIX até a Semana de Arte Moderna em 1922. Foi a poesia “oficial” do
Brasil durante longas décadas.
Oliveira Corrêa Bilac
Em Portugal, existe a poesia realista,
caracterizada pela crítica social e
pelo engajamento político.
Essa manifestação poética não encontra eco na sociedade brasileira, dominada
pela poesia parnasiana.
Seu principal expoente é
Antero de Quental.
Alberto de Oliveira
• Mestre do parnasianismo
• Poesia descritiva
• Impassibilidade
• Perfeição formal
• Métrica rígida
• Descrição de objetos
• Culto à forma
• Exaltação da antiguidade clássica
1857, Saquarema (RJ) – 1937, Niterói (RJ) VASO CHINÊS
Estranho mimo aquele vaso! Vi-o,
Casualmente, uma vez, de um perfumado
Contador sobre o mármor luzidio,
Entre um leque e o começo de um bordado.
Fino artista chinês, enamorado,
Nele pusera o coração doentio
Em rubras flores de um sutil lavrado,
Na tinta ardente, de um calor sombrio.
Mas, talvez por contraste à desventura,
Quem o sabe?... de um velho mandarim
Também lá estava a singular figura.
Que arte em pintá-la! A gente acaso vendo-a,
Sentia um não sei quê com aquele chim
De olhos cortados à feição de amêndoa.
Raimundo Correa
• Primeira fase romântica
• Pessimismo parnasiano
• Reflexões morais e sociais
• Última fase de transição ao
simbolismo
• Poesia filosófica
• Lirismo
1859, São Luís (MA) – 1911, Paris (FRA)
AS POMBAS
Vai-se a primeira pomba despertada…
Vai-se outra mais… mais outra… enfim dezenas
De pombas vão-se dos pombais, apenas
Raia sanguínea e fresca a madrugada…
E à tarde, quando a rígida nortada
Sopra, aos pombais de novo elas, serenas,
Ruflando as asas, sacudindo as penas,
Voltam todas em bando e em revoada…
Também dos corações onde abotoam,
Os sonhos, um por um, céleres voam,
Como voam as pombas dos pombais;
No azul da adolescência as asas soltam,
Fogem… Mas aos pombais as pombas voltam,
E eles aos corações não voltam mais…
Olavo Bilac
• Poeta “ourives”
• Verso “chave de ouro”
• Linguagem elaborada
• Preferência pelos alexandrinos
• Nacionalista e patriota
• Perfeição formal
• Ganhou o título de “Príncipe dos
poetas”
1865, Rio de Janeiro (RJ) – 1918, Rio de Janeiro (RJ)
PROFISSÃO DE FÉ
Invejo o ourives quando escrevo:
Imito o amor
Com Ele, em ouro, o alto-relevo
Faz de uma flor.
(...)
Torce, aprimora, alteia, lima
A frase; e enfim,
No verso de ouro engasta a rima,
Como um rubim.
Quero que a estrofe cristalina,
Dobrada ao jeito
Do ourives, saia da oficina
Sem um defeito:
E que o lavor do verso, acaso,
Por tão sutil,
Possa o lavor lembrar de um vaso
De Bezerril.
PARNASIANISMO
CARACTERÍSTICAS
BUSCA PELA BELEZA
ARTE PELA ARTE
DESCRITIVISMO
FORMALISMO
OBJETIVIDADE
ARTIFICIALISMO
AUTORES BRASILEIROS
OLAVO BILAC
RAIMUNDO CORREA
ALBERTO DE OLIVEIRA
VICENTE DE CARVALHO
FRANCISCA JULIA
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Parnasianismo

  • 2. Momento histórico • O Parnasianismo acontece no mesmo período do Realismo/Naturalismo • Segunda fase da Revolução Industrial • Antropocentrismo • Cientificismo • Positivismo
  • 3. No Brasil, os movimentos abolicionista e republicano ganhavam corpo e conquistavam importantes objetivos sociais e políticos: o fim da escravidão e a proclamação da República. O país alinha-se ao pensamento europeu, separa a Igreja do Estado, organiza o sistema judiciário do país e estabelece um regime de maior participação popular. CALIXTO, Benedito. Proclamação da República (1893)
  • 4. EQUILÍBRIO – RAZÃO – OBJETIVIDADE – ANTROPOCENTRISMO CONFLITO – EMOÇÃO – SUBJETIVIDADE – TEOCENTRISMO RENASCIMENTO BARROCO ROMANTISMO ARCADISMO REALISMO NATURALISMO SIMBOLISMO PARNASIANISMO
  • 5. O nome Parnasianismo tem origem na Grécia antiga: segundo a lenda, Parnaso é o nome de um monte da Fócida, consagrado a Apolo e às musas. É o monte onde nasceu Castália, a musa inspiradora dos poetas. SANZIO, Rafael. O Parnaso. Afresco no Vaticano (1511)
  • 6. O racionalismo traduz-se em objetivismo, em rejeição aos excessos românticos e em crítica ao sentimentalismo. A arte não era um simples entretenimento, mas a busca da beleza, a arte pela arte.
  • 7. Apesar de ser contemporâneo ao Realismo e ao Naturalismo, a estética parnasiana diferencia-se ideologicamente por não se preocupar com a temática social ou mesmo com a reflexão sobre o homem e sua condição.
  • 8. O poeta, alienado socialmente, inspira-se na Antiguidade Clássica, na mitologia greco-latina como uma forma de negar os princípios do Romantismo e garantir prestígio entre as camadas mais letradas do Brasil. APPIANI, Andrea. Parnassus (1811)
  • 9. O artificialismo é uma de suas principais características, valorizando excessivamente a forma (os sonetos, as rimas ricas, a métrica perfeita), ostentando um nível vocabular refinado e grande rigor gramatical.
  • 10. É uma arte excessivamente descritiva, cheia de adjetivos e imagens poéticas elaboradas. O objetivo maior é o culto à forma na busca de atingir a perfeição.
  • 11. A mulher no Parnasianismo é vista com objetividade, contrapondo-se às idealizações românticas. Desta forma, a sensualidade e o amor carnal eram cultivados pelos parnasianos. EGOROV, Dmitriy. Mulher com aquário (2006)
  • 12. O Parnasianismo fez bastante sucesso em sua época, estendendo-se da década de 80 do século XIX até a Semana de Arte Moderna em 1922. Foi a poesia “oficial” do Brasil durante longas décadas. Oliveira Corrêa Bilac
  • 13. Em Portugal, existe a poesia realista, caracterizada pela crítica social e pelo engajamento político. Essa manifestação poética não encontra eco na sociedade brasileira, dominada pela poesia parnasiana. Seu principal expoente é Antero de Quental.
  • 14. Alberto de Oliveira • Mestre do parnasianismo • Poesia descritiva • Impassibilidade • Perfeição formal • Métrica rígida • Descrição de objetos • Culto à forma • Exaltação da antiguidade clássica 1857, Saquarema (RJ) – 1937, Niterói (RJ) VASO CHINÊS Estranho mimo aquele vaso! Vi-o, Casualmente, uma vez, de um perfumado Contador sobre o mármor luzidio, Entre um leque e o começo de um bordado. Fino artista chinês, enamorado, Nele pusera o coração doentio Em rubras flores de um sutil lavrado, Na tinta ardente, de um calor sombrio. Mas, talvez por contraste à desventura, Quem o sabe?... de um velho mandarim Também lá estava a singular figura. Que arte em pintá-la! A gente acaso vendo-a, Sentia um não sei quê com aquele chim De olhos cortados à feição de amêndoa.
  • 15. Raimundo Correa • Primeira fase romântica • Pessimismo parnasiano • Reflexões morais e sociais • Última fase de transição ao simbolismo • Poesia filosófica • Lirismo 1859, São Luís (MA) – 1911, Paris (FRA) AS POMBAS Vai-se a primeira pomba despertada… Vai-se outra mais… mais outra… enfim dezenas De pombas vão-se dos pombais, apenas Raia sanguínea e fresca a madrugada… E à tarde, quando a rígida nortada Sopra, aos pombais de novo elas, serenas, Ruflando as asas, sacudindo as penas, Voltam todas em bando e em revoada… Também dos corações onde abotoam, Os sonhos, um por um, céleres voam, Como voam as pombas dos pombais; No azul da adolescência as asas soltam, Fogem… Mas aos pombais as pombas voltam, E eles aos corações não voltam mais…
  • 16. Olavo Bilac • Poeta “ourives” • Verso “chave de ouro” • Linguagem elaborada • Preferência pelos alexandrinos • Nacionalista e patriota • Perfeição formal • Ganhou o título de “Príncipe dos poetas” 1865, Rio de Janeiro (RJ) – 1918, Rio de Janeiro (RJ) PROFISSÃO DE FÉ Invejo o ourives quando escrevo: Imito o amor Com Ele, em ouro, o alto-relevo Faz de uma flor. (...) Torce, aprimora, alteia, lima A frase; e enfim, No verso de ouro engasta a rima, Como um rubim. Quero que a estrofe cristalina, Dobrada ao jeito Do ourives, saia da oficina Sem um defeito: E que o lavor do verso, acaso, Por tão sutil, Possa o lavor lembrar de um vaso De Bezerril.
  • 17. PARNASIANISMO CARACTERÍSTICAS BUSCA PELA BELEZA ARTE PELA ARTE DESCRITIVISMO FORMALISMO OBJETIVIDADE ARTIFICIALISMO AUTORES BRASILEIROS OLAVO BILAC RAIMUNDO CORREA ALBERTO DE OLIVEIRA VICENTE DE CARVALHO FRANCISCA JULIA DURAÇÃO 40 ANOS ESTÉTICA INFLUÊNCIA FORMALIDADE RELEVÂNCIA 1882 - 1922    BURNE-JONES, Eduard. O espelho de Vênus