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Professor Sebastião Guimarães
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                                                  Diretrizes para treinamento.
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                                                           Treinamento
Consultor com cursos de
especialização em Qualidade Total pela The
George Washington University.

É professor do curso de pós-graduação da
Universidade São Judas - "Gestão pela
Qualidade em Alimentos" e professor
convidado da Fea/Unicamp.

Foi chefe de treinamento da Mercedes Benz
e gerente do programa - Qualidade Total do
Sebrae/SP

E-mail:
guimaraes@tgtreinamento.com.br




É permitida a reprodução e distribuição
gratuita, desde que previamente autorizada e
citada a fonte:

Professor Sebastião Guimarães—
T&G Treinamento—
www.tgtreinamento.com.br




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Levantamento das Necessidades de Treinamento
 Rabelo & Oliveira (1995) relataram que de 19 empresas consultadas somente uma levantava necessidades
de treinamento com base em análise de planos de negócios (equivalente ao nível de diagnóstico organizacio-
nal) e somente cinco com base em avaliação de desempenho (equivalente ao nível de análise de tarefas).
Segundo esses autores, proliferam os procedimentos informais nitidamente reativos, baseados em
solicitações de funcionários e gerentes de linha.


 A situação acima relatada não mudou muito. Somente após 1999, quando foi editada a Norma ISO 10015:
Diretrizes para treinamento – é que surgiu um novo processo denominado Definição das Necessidades de
Treinamento – DNT, que passou a ser implementado pelas organizações, principalmente pelas de grande
porte.


A DNT substitui, com vantagem, o tradicional Levantamento das Necessidades de Treinamento – LNT.
A Definição das Necessidades de Treinamento - DNT, é o primeiro estágio do ciclo de treinamento, conforme
apresentado abaixo.


CICLO DO TREINAMENTO
Fig.2 da Norma ISO 10015




A DNT, de acordo com a Norma ISO 10015, tem como objetivo “[...] assegurar que o treinamento requerido
seja orientado para satisfazer as necessidades da organização”.
Veja, a seguir, as seis etapas da DNT:




                                                                                                   Página 3
Professor Sebastião Guimarães
1ª Etapa
    DEFINIÇÃO DAS NECESSIDADES DA ORGANIZAÇÃO

      O treinamento deve ser orientado para atingir resultados estratégicos: aumentar o lucro, aumentar a
    satisfação dos clientes, aumentar a produção, aumentar as vendas, reduzir custos, reduzir acidentes,
    reduzir a rotatividade de pessoal, melhorar a qualidade e implementar outras melhorias para assegurar a
    sobrevivência e o desenvolvimento da organização.

      Para a Definição das necessidades da organização é recomendável considerar, entre outros insumos, a
    política da organização, sua visão, missão e valores.

      Nesta etapa, deve-se fazer um diagnóstico pra definir as necessidades de treinamento em termos de
    competências.

       Inicialmente deve-se considerar as competências essenciais.

     Competências essenciais ou “Core Competence” são aquelas que estão relacionadas          com o que, de
    melhor, a empresa faz ou deveria fazer.

      O americano Hamel e o indiano Prahalad (1997, p.231) deixam bem claro os aspectos práticos do
    processo de definição das competências essenciais, ao afirmarem o seguinte:

    Em termos práticos, se, durante o processo de definição das competências específicas de uma empresa ou
    unidade de negócios de médio porte, uma equipe de gerentes identifica quarenta, cinqüenta ou mais
    “competências”, provavelmente está descrevendo habilidades e tecnologias, e não as competências
    essenciais. Por outro lado, se listar apenas uma ou duas competências, provavelmente está usando um
    nível de agregação demasiadamente amplo para gerar insights significativos. Normalmente o nível de




    2ª Etapa
    DEFINIÇÃO E ANÁLISE DOS REQUISITOS DE COMPETÊNCIA

    A Norma ISO 10015, em 4.2.3, dá a seguinte diretriz:


            A definição das demandas futuras da organização, relacionadas às suas metas estratégicas e objeti-
            vos da qualidade, incluindo a competência requerida de seu pessoal, podem se originar de fontes
            internas e externas de natureza distintas, tais como:

                 Natureza dos produtos fornecidos pela organização;
                 Registros dos processos de treinamento passados e presentes;
                 Avaliação por parte da organização e competência do seu pessoal na realização de tarefas es-
                  pecíficas
                 Rotatividade de pessoal ou flutuações sazonais de pessoal temporário
                 Certificação interna e externa necessária para a realização de tarefas específicas
                 Solicitações dos empregados que identifiquem oportunidades de desenvolvimento pessoal que
                  contribuam para os objetivos da organização;
                 Resultado de análise dos processos e ações corretivas decorrentes de reclamações de clientes
                  ou registros de não-conformidades;
                 Legislação, regulamentos, normas e diretrizes que afetam a organização, suas atividades e
                  recursos; e
                 Pesquisa de mercado que identifique novos requisitos de clientes.




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                                                                                               T&G Treinamento
3ª Etapa:
ANÁLISE CRÍTICA DAS COMPETÊNCIAS


  A análise crítica deve ser feita com base nos requisitos das tarefas e no desempenho profissional daqueles
que desenvolvem essas tarefas.


  Um problema relacionado por Mellander (2005 p.235) é que “o treinamento freqüentemente tende a ser
mais „orientado aos sintomas‟ do que „orientado às causas’ (os grifos são do autor). É necessário proceder a
uma análise criativa das relações de causa e efeito para [...] evitar ensinar coisas erradas, da forma errada.”


  De acordo com 4.2.4 da Norma ISO 10015, os métodos usados para essa análise crítica devem incluir o
seguinte:


ENTREVISTA/QUESTIONÁRIOS DIRIGIDOS A EMPREGADOS, SUPERVISORES E GERENTES


  A entrevista permite o levantamento de informações e dados bem próximos da realidade. Possibilita, tam-
bém, a obtenção de informações mais complexas sem exigir que o respondente tenha que escrever.
O entrevistador, sabendo ouvir, observar, perguntar e interpretar consegue analisar, com grande precisão,
as falhas e os resultados de um profissional e de seu processo.


  Schaan (2001, p.40), descreve os dois tipos de entrevista de acordo com os procedimentos do entrevista-
dor, no que se refere à forma de conduzi-la:
  Diretiva é a entrevista dirigida pelo entrevistador, baseada num roteiro ou questionário, visando obter
dados objetivos, relacionados a fatos ou temas específicos.
  Não-diretiva é a entrevista que não obedece a um roteiro rígido. Ao entrevistador cabe apenas orientar
discretamente o rumo da conversa, lançando temas ou perguntas amplas como estímulo. É recomendada na
sondagem de aspectos subjetivos do comportamento, tais como opiniões, atitudes, sentimentos.


  O uso de questionários, é um procedimento rápido e de fácil tabulação. As perguntas devem ser curtas e
objetivas.


OBSERVAÇÕES
É o procedimento que garante maior confiabilidade às informações obtidas. A observação, como método de
análise crítica, somente deve ser utilizada por observador bastante familiarizado com os procedimentos a
serem analisados.


DISCUSSÕES EM GRUPO
É um procedimento que vem sendo bastante utilizado. Permite a obtenção de dados em profundidade, num
curto espaço de tempo.


PARECERES DE ESPECIALISTAS NO ASSUNTO
São sempre valiosos, desde que o especialista esteja, realmente, a par de todo o processo de DNT.
Para obter maior eficiência e eficácia, nesta etapa, convém mesclar o emprego dos métodos anteriormente
mencionados.




                                                                                                           Página 5
Professor Sebastião Guimarães
4ª Etapa
    DEFINIÇÃO DAS LACUNAS DA COMPETÊNCIA

      Nesta etapa, de acordo com 4.2.5 da Norma ISO 10015, deve-se definir os “gap’s” – “as lacunas de
   competências.” Para definir as lacunas, convém comparar as competências existente com as requeridas.
      Um recurso bastante eficaz para definir, com precisão, os “Gap’s” é a graduação das competências.
   Veja, a seguir, um modelo de graduação citado por Trevisan (2001, p.202 e 203). O modelo refere-se ao
   “Sistema de competências” desenvolvido pelo governo britânico.




    5ª Etapa
    IDENTIFICAÇÃO DE SOLUÇÕES PARA ELIMINAR AS LACUNAS DE COMPETÊNCIA




    Em 4.2.6 a Norma ISO 10015 dá a seguinte diretriz:


                  As soluções propostas para eliminar as lacunas de competência podem ser os treinamentos ou
    outras ações da organização, tais como: a reformulação dos processos, recrutamento de pessoal treinado,
    terceirização, melhoria de outros recursos, redução da rotatividade e modificação dos procedimentos
    de trabalho.


    É bom deixar bem claro que existem muitas outras soluções para eliminar as lacunas de competência.
    O treinamento é apenas uma delas. Desenvolver programas de treinamento, muitas vezes é a pior
    alternativa. Na área de RH da GE para alertar seus profissionais, há uma grande faixa com o texto: NÃO
    TREINAR, SE POSSÍVEL.




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                                                                                                T&G Treinamento
6ª Etapa
      DEFINIÇÃO DA ESPECIFICAÇÃO DAS NECESSIDADES DE TREINAMENTO

        A Norma ISO 10015, em 4.2.7 dá a seguinte diretriz:


                       Os insumos para a especificação das necessidades de treinamento devem ser extraídos do
                       documento que contém a lista dos requisitos de competência, encontrados em 4.2.3, dos
                       resultados de treinamentos anteriores, das lacunas atuais de competência e das solicitações
                       de ações corretivas.


        Recomenda-se que a especificação das necessidades de treinamento inclua os objetivos e resultados
      esperados do treinamento.
        Portanto, o grande segredo da DNT está em especificar com precisão e clareza o objetivo e o resultado
      esperados do treinamento.
        Dada a importância da DNT e dos demais passos do Ciclo do Treinamento, muitas ferramentas são
      utilizadas para implementá-los. Uma das principais é o Assessement (termo original do inglês que significa
      “Avaliação”),utilizada para identificar o nível de instalação das competências, priorizar aquelas que devem
      ser desenvolvidas e maximizar o investimento nas ações de RH/T&D.




      Referências bibliográficas

      RABELO, F.M.; BRESCIANI FILHO, E.; OLIVEIRA, LAB. Treinamento e gestão da qualidade. Revista de
      Administração de Empresas, v.35, n.3, p.13-19. maio/jun. 1995.
      HAMEL,Gary; PRAHALAD, C.K. Competindo pelo Futuro. 21. Ed. Campus. Rio de Janeiro, 1997
      MELLANDER, Klas. O poder da aprendizagem. São Paulo: Editora Cultrix, 2005.

      NBR ISO 10015 - Diretrizes para treinamento. ABNT_Rio de Janeiro_Abril de 2001
      SCHAAN, Maria Helena. Avaliação sistemática de treinamento: guia prático – LTr, 2001
      TREVISAN, Leonardo - Educação e Trabalho – Editora Senac - São Paulo, 2001




Para acessar a agenda de cursos e palestras:
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treinamento@tgtreinamento.com.br
Para falar com o Professor
Sebastião Guimarães:
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Informações: 11 9952-0803
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LEVANTAMENTO DAS NECESSIDADES DE TREINAMENTO

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LEVANTAMENTO DAS NECESSIDADES DE TREINAMENTO

  • 2. Página 2 Página 2 E.book gratuito: NORMA ISO 10015 Disponibilizamos para os profissionais de RH e de T&D, o e.book: Norma ISO 10015— Gestão da qualidade Diretrizes para treinamento. Em Busca da Eficácia em Sebastião Guimarães: Treinamento Consultor com cursos de especialização em Qualidade Total pela The George Washington University. É professor do curso de pós-graduação da Universidade São Judas - "Gestão pela Qualidade em Alimentos" e professor convidado da Fea/Unicamp. Foi chefe de treinamento da Mercedes Benz e gerente do programa - Qualidade Total do Sebrae/SP E-mail: guimaraes@tgtreinamento.com.br É permitida a reprodução e distribuição gratuita, desde que previamente autorizada e citada a fonte: Professor Sebastião Guimarães— T&G Treinamento— www.tgtreinamento.com.br www.academiadotempo.com.br T&G Treinamento
  • 3. Levantamento das Necessidades de Treinamento Rabelo & Oliveira (1995) relataram que de 19 empresas consultadas somente uma levantava necessidades de treinamento com base em análise de planos de negócios (equivalente ao nível de diagnóstico organizacio- nal) e somente cinco com base em avaliação de desempenho (equivalente ao nível de análise de tarefas). Segundo esses autores, proliferam os procedimentos informais nitidamente reativos, baseados em solicitações de funcionários e gerentes de linha. A situação acima relatada não mudou muito. Somente após 1999, quando foi editada a Norma ISO 10015: Diretrizes para treinamento – é que surgiu um novo processo denominado Definição das Necessidades de Treinamento – DNT, que passou a ser implementado pelas organizações, principalmente pelas de grande porte. A DNT substitui, com vantagem, o tradicional Levantamento das Necessidades de Treinamento – LNT. A Definição das Necessidades de Treinamento - DNT, é o primeiro estágio do ciclo de treinamento, conforme apresentado abaixo. CICLO DO TREINAMENTO Fig.2 da Norma ISO 10015 A DNT, de acordo com a Norma ISO 10015, tem como objetivo “[...] assegurar que o treinamento requerido seja orientado para satisfazer as necessidades da organização”. Veja, a seguir, as seis etapas da DNT: Página 3 Professor Sebastião Guimarães
  • 4. 1ª Etapa DEFINIÇÃO DAS NECESSIDADES DA ORGANIZAÇÃO O treinamento deve ser orientado para atingir resultados estratégicos: aumentar o lucro, aumentar a satisfação dos clientes, aumentar a produção, aumentar as vendas, reduzir custos, reduzir acidentes, reduzir a rotatividade de pessoal, melhorar a qualidade e implementar outras melhorias para assegurar a sobrevivência e o desenvolvimento da organização. Para a Definição das necessidades da organização é recomendável considerar, entre outros insumos, a política da organização, sua visão, missão e valores. Nesta etapa, deve-se fazer um diagnóstico pra definir as necessidades de treinamento em termos de competências. Inicialmente deve-se considerar as competências essenciais. Competências essenciais ou “Core Competence” são aquelas que estão relacionadas com o que, de melhor, a empresa faz ou deveria fazer. O americano Hamel e o indiano Prahalad (1997, p.231) deixam bem claro os aspectos práticos do processo de definição das competências essenciais, ao afirmarem o seguinte: Em termos práticos, se, durante o processo de definição das competências específicas de uma empresa ou unidade de negócios de médio porte, uma equipe de gerentes identifica quarenta, cinqüenta ou mais “competências”, provavelmente está descrevendo habilidades e tecnologias, e não as competências essenciais. Por outro lado, se listar apenas uma ou duas competências, provavelmente está usando um nível de agregação demasiadamente amplo para gerar insights significativos. Normalmente o nível de 2ª Etapa DEFINIÇÃO E ANÁLISE DOS REQUISITOS DE COMPETÊNCIA A Norma ISO 10015, em 4.2.3, dá a seguinte diretriz: A definição das demandas futuras da organização, relacionadas às suas metas estratégicas e objeti- vos da qualidade, incluindo a competência requerida de seu pessoal, podem se originar de fontes internas e externas de natureza distintas, tais como:  Natureza dos produtos fornecidos pela organização;  Registros dos processos de treinamento passados e presentes;  Avaliação por parte da organização e competência do seu pessoal na realização de tarefas es- pecíficas  Rotatividade de pessoal ou flutuações sazonais de pessoal temporário  Certificação interna e externa necessária para a realização de tarefas específicas  Solicitações dos empregados que identifiquem oportunidades de desenvolvimento pessoal que contribuam para os objetivos da organização;  Resultado de análise dos processos e ações corretivas decorrentes de reclamações de clientes ou registros de não-conformidades;  Legislação, regulamentos, normas e diretrizes que afetam a organização, suas atividades e recursos; e  Pesquisa de mercado que identifique novos requisitos de clientes. Página 4 T&G Treinamento
  • 5. 3ª Etapa: ANÁLISE CRÍTICA DAS COMPETÊNCIAS A análise crítica deve ser feita com base nos requisitos das tarefas e no desempenho profissional daqueles que desenvolvem essas tarefas. Um problema relacionado por Mellander (2005 p.235) é que “o treinamento freqüentemente tende a ser mais „orientado aos sintomas‟ do que „orientado às causas’ (os grifos são do autor). É necessário proceder a uma análise criativa das relações de causa e efeito para [...] evitar ensinar coisas erradas, da forma errada.” De acordo com 4.2.4 da Norma ISO 10015, os métodos usados para essa análise crítica devem incluir o seguinte: ENTREVISTA/QUESTIONÁRIOS DIRIGIDOS A EMPREGADOS, SUPERVISORES E GERENTES A entrevista permite o levantamento de informações e dados bem próximos da realidade. Possibilita, tam- bém, a obtenção de informações mais complexas sem exigir que o respondente tenha que escrever. O entrevistador, sabendo ouvir, observar, perguntar e interpretar consegue analisar, com grande precisão, as falhas e os resultados de um profissional e de seu processo. Schaan (2001, p.40), descreve os dois tipos de entrevista de acordo com os procedimentos do entrevista- dor, no que se refere à forma de conduzi-la: Diretiva é a entrevista dirigida pelo entrevistador, baseada num roteiro ou questionário, visando obter dados objetivos, relacionados a fatos ou temas específicos. Não-diretiva é a entrevista que não obedece a um roteiro rígido. Ao entrevistador cabe apenas orientar discretamente o rumo da conversa, lançando temas ou perguntas amplas como estímulo. É recomendada na sondagem de aspectos subjetivos do comportamento, tais como opiniões, atitudes, sentimentos. O uso de questionários, é um procedimento rápido e de fácil tabulação. As perguntas devem ser curtas e objetivas. OBSERVAÇÕES É o procedimento que garante maior confiabilidade às informações obtidas. A observação, como método de análise crítica, somente deve ser utilizada por observador bastante familiarizado com os procedimentos a serem analisados. DISCUSSÕES EM GRUPO É um procedimento que vem sendo bastante utilizado. Permite a obtenção de dados em profundidade, num curto espaço de tempo. PARECERES DE ESPECIALISTAS NO ASSUNTO São sempre valiosos, desde que o especialista esteja, realmente, a par de todo o processo de DNT. Para obter maior eficiência e eficácia, nesta etapa, convém mesclar o emprego dos métodos anteriormente mencionados. Página 5 Professor Sebastião Guimarães
  • 6. 4ª Etapa DEFINIÇÃO DAS LACUNAS DA COMPETÊNCIA Nesta etapa, de acordo com 4.2.5 da Norma ISO 10015, deve-se definir os “gap’s” – “as lacunas de competências.” Para definir as lacunas, convém comparar as competências existente com as requeridas. Um recurso bastante eficaz para definir, com precisão, os “Gap’s” é a graduação das competências. Veja, a seguir, um modelo de graduação citado por Trevisan (2001, p.202 e 203). O modelo refere-se ao “Sistema de competências” desenvolvido pelo governo britânico. 5ª Etapa IDENTIFICAÇÃO DE SOLUÇÕES PARA ELIMINAR AS LACUNAS DE COMPETÊNCIA Em 4.2.6 a Norma ISO 10015 dá a seguinte diretriz: As soluções propostas para eliminar as lacunas de competência podem ser os treinamentos ou outras ações da organização, tais como: a reformulação dos processos, recrutamento de pessoal treinado, terceirização, melhoria de outros recursos, redução da rotatividade e modificação dos procedimentos de trabalho. É bom deixar bem claro que existem muitas outras soluções para eliminar as lacunas de competência. O treinamento é apenas uma delas. Desenvolver programas de treinamento, muitas vezes é a pior alternativa. Na área de RH da GE para alertar seus profissionais, há uma grande faixa com o texto: NÃO TREINAR, SE POSSÍVEL. Página 6 T&G Treinamento
  • 7. 6ª Etapa DEFINIÇÃO DA ESPECIFICAÇÃO DAS NECESSIDADES DE TREINAMENTO A Norma ISO 10015, em 4.2.7 dá a seguinte diretriz: Os insumos para a especificação das necessidades de treinamento devem ser extraídos do documento que contém a lista dos requisitos de competência, encontrados em 4.2.3, dos resultados de treinamentos anteriores, das lacunas atuais de competência e das solicitações de ações corretivas. Recomenda-se que a especificação das necessidades de treinamento inclua os objetivos e resultados esperados do treinamento. Portanto, o grande segredo da DNT está em especificar com precisão e clareza o objetivo e o resultado esperados do treinamento. Dada a importância da DNT e dos demais passos do Ciclo do Treinamento, muitas ferramentas são utilizadas para implementá-los. Uma das principais é o Assessement (termo original do inglês que significa “Avaliação”),utilizada para identificar o nível de instalação das competências, priorizar aquelas que devem ser desenvolvidas e maximizar o investimento nas ações de RH/T&D. Referências bibliográficas RABELO, F.M.; BRESCIANI FILHO, E.; OLIVEIRA, LAB. Treinamento e gestão da qualidade. Revista de Administração de Empresas, v.35, n.3, p.13-19. maio/jun. 1995. HAMEL,Gary; PRAHALAD, C.K. Competindo pelo Futuro. 21. Ed. Campus. Rio de Janeiro, 1997 MELLANDER, Klas. O poder da aprendizagem. São Paulo: Editora Cultrix, 2005. NBR ISO 10015 - Diretrizes para treinamento. ABNT_Rio de Janeiro_Abril de 2001 SCHAAN, Maria Helena. Avaliação sistemática de treinamento: guia prático – LTr, 2001 TREVISAN, Leonardo - Educação e Trabalho – Editora Senac - São Paulo, 2001 Para acessar a agenda de cursos e palestras: www.tgtreinamento.com.br treinamento@tgtreinamento.com.br Para falar com o Professor Sebastião Guimarães: guimaraes@tgtreinamento.com.br Informações: 11 9952-0803 Solicitar artigos e fotos na Assessoria de Imprensa: Fada Celeste Produções—www.fadaceleste.com.br www.fadaceleste.com.br/saladeimprensa.htm Jornalista Responsável: Claudia Souza— MTB 50644/SP Tels: 11 6218-9688 / 9803-3384—tgtreinamento@hotmail.com Página 7 Professor Sebastião Guimarães