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JB NEWS
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Editoria: Ir Jeronimo Borges
Loja Templários da Nova Era nr. 91(Florianópolis) - Obreiro
Loja Alferes Tiradentes nr. 20 (Florianópolis) - Membro Honorário
Loja Harmonia nr. 26 (B. Horizonte) - Membro Honorário
Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (J. de Fora) -Correspondente
Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (P. Alegre) - Correspondente
Academia Catarinense Maçônica de Letras
Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia de B. Horizonte
O JB News saúda os Irmãos leitores de Tanabi – SP -
Saudações, Prezado Irmão!
Índice do JB News nr. 2.246 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 23 de novembro de 2016
Bloco 1-Almanaque
Bloco 2-IrAilton Elisiário – Moacir Germano
Bloco 3-IrJoão Ivo Girardi – Vitrúvio
Bloco 4-IrJosé Ronaldo Viega Alves – Egrégora: Energia Psíquica, Aura ou Abstração?
Bloco 5-IrWalter Celso de Lima – Graus 8 e 9 do Rito Moderno: Símbolos (Parte II - Final)
Bloco 6-IrPedro Juk – Perguntas & Respostas – do IrLauro Goerll Filho de Cianorte (PR)
Bloco 7-Destaques JB – Breviário Maçônico p/o dia 23 de novembro e versos do Irmão e Poeta
Adilson Zotovici
JB News – Informativo nr. 2.246– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 23 de novembro de 2016 Pág. 2/33
23 de novembro
1913: Fundação da Universidade Federal de Itajubá - 1944: Leopoldina Ferreira Paulo -Primeiro
Doutoramento de uma mulher na Universidade do Porto:
Nesta edição:
Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet
– Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e
www.google.com.br
Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste
informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores.
1 – ALMANAQUE
Hoje é o 328 dia do Calendário Gregoriano do ano de 2016– (Lua Quarto Minguante )
Faltam 38 dias para terminar este ano bissexto
Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil
Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico,
POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebeu a presente mensagem, para evitar
atropelos em nossas remesssas diárias. Obrigado.
Colabore conosco para evitar problemas na emissão de nossas mala direta diária.
EVENTOS HISTÓRICOS
(Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki) Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas
JB News – Informativo nr. 2.246– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 23 de novembro de 2016 Pág. 3/33
 1891 — Primeira Revolta da Armada: o almirante Custódio de Melo ameaça bombardear a cidade do Rio de
Janeiro, forçando a renúncia do presidente Deodoro da Fonseca.
 1903 — Olinto De Pretto apresenta o ensaio "Hipótese do éter na vida do universo", que segundo alguns
estudiosos italianos, foi incorporada por Albert Einstein para criação da Teoria da relatividade.
 1913 — Fundação da Universidade Federal de Itajubá, a primeira universidade tecnológica do Brasil, sendo
a décima escola de engenharia do país.
 1925 — Os negócios do falsário Artur Virgílio Alves dos Reis começam a despertar a atenção do jornal O
Século.
 1942 — O marechal Gueorgui Jukov realiza o cerco aos alemães na cidade de Stalingrado.
 1944 — Primeiro doutoramento de uma mulher na Universidade do Porto: Leopoldina Ferreira Paulo
doutora-se em Ciências Biológicas com a tese Alguns caracteres morfológicos das mãos dos portugueses.
 1955 — Austrália recebe do Reino Unido a posse das Ilhas Cocos (Keeling).
 1961 — Um jato Comet 4 de prefixo LV-AHR das Aerolineas Argentinas cai logo após decolar do Aeroporto
Internacional de Viracopos, na cidade de Campinas, provocando a morte de 52 pessoas.
 1971 — A República Popular da China ganha a vaga da República da China no Conselho de Segurança das
Nações Unidas.
 2003 — Revolução Rosa: o presidente georgiano Eduard Shevardnadze renuncia ao cargo após semanas
de protestos contra o resultado das eleições no país.
 2005 — Ellen Johnson Sirleaf torna-se a primeira mulher a governar um país africano, ao derrotar o ex-
futebolista George Weah nas eleições presidenciais da Libéria.
 2012 — A companhia aérea brasileira WebJet Linhas Aéreas é extinta pela Gol Linhas Aéreas Inteligentes,
provocando o desligamento de 850 funcionários.
 2014 — Lewis Hamilton conquista o bicampeonato mundial de Fórmula 1.
1853 Lançada a obra “Memória Histórica do Regimento de Linha Santa Catarina”, de autoria do major
Manoel Joaquim de Almeida Coelho, o primeiro historiador nascido na capital catarinense.
1891 Lei Nr. 16 criou as comarcas de Brusque e de São Joaquim.
1926 Pela primeira vez um avião sobrevoa os céus da cidade de Blumenau. Tratava-se do hidroplano
“Dornier Wall”, conduzindo a bordo o ministro alemão Dr. Luther.
1783 Arruda Câmara, fundador do Areópago de Itambé, entra para a Ordem dos Carmelitas
1795 Fundação na Pennsylvania do primeiro Grande Capítulo de Maçons do Real Arco
1831 Reerguido o Grande Oriente do Brasil seu nome atual,
para diferenciá-lo do Grande Oriente Brasileiro, do Passeio.
1991 Reconstruído o Supremo Conselho da Iugoslávia.
1991 Reconstruído o Supremo Conselho da Iugoslávia.
2001 Assinado Tratado de Amizade, Aliança e Mútuo Reconhecimento entre o Supremo Conselho do Rito
Moderno e o Supremo Grande Capítulo de Maçons do Real Arco do Brasil.
Fatos maçônicos do dia
Fonte: O Livro dos Dias (Ir João Guilherme) e acervo pessoal
Fatos históricos de santa catarina
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O Irmão Ailton Elisiário,
é membro da Academia Paraibana de Letras Maçônicas.
Publicação simultânea desta crônica às quartas-feiras
no JB News, Jornal da Paraíba e Paraiabaonline.
MOACIR GERMANO
Neste ano de 2016 o Destino foi muito severo para com a nossa Academia. Quatro
confrades assumiram a imortalidade definitivamente: a jornalista Molina Ribeiro, o poeta
José Laurentino, o jurista José Tavares e agora o poeta Moacir Germano. No dia 15 de
novembro Moacir Germano, segundo presidente da Academia de Letras de Campina
Grande, sucessor do jornalista Nilo Tavares na Cadeira 25, que tem por patrono o
compositor Rosil Cavalcanti, cerrou os olhos para este mundo.
Moacir era natural de Itatuba, nascido em 21.05.1950, vindo para Campina Grande
com 11 anos de idade, viajando em lombo de burro. Ao chegar em Ingá, tendo a tropa
parado no rancho de Dona Pepediga para dar descanso aos animais, seu pai notando que
seus joelhos sangravam indagou-lhe o que havia ocorrido. Ferido pelo roçar dos caçoás, ele
respondeu mentindo que não havia sentido aquilo, pois sofrera calado com medo de que seu
pai o fizesse retornar e seu sonho de vir a Campina não se realizasse.
E foi aqui em Campina onde ele viveu, vindo a ocupar espaço reconhecido no mundo
da literatura e da poesia. Já estudante do Colégio Estadual da Prata, começou a ensaiar os
seus primeiros escritos, que assumiam as mais diversas formas: poemas, sonetos, crônicas,
pequenos contos, peças teatrais. O fundador de nossa Academia, Amaury Vasconcelos, já
vaticinara que Moacir um dia estaria nela ocupando uma cadeira, fato que veio a acontecer
quando tomou posse em 8 de abril de 2000, sendo recepcionado pelo próprio Amaury e,
indo mais além, o sucedendo na presidência da Academia no período 2004 a 2007.
Moacir publicou várias obras, desde as peças encenadas “Quando as máscaras caem”
(1970) e “Quando as mulheres traem” (1973), passando pelos contos a exemplo de
“Instantes” (1978) e “O grão de areia”, dedicado aos seus filhos quando eram crianças,
2 – Moacir Germano
Ailton Elisiário
JB News – Informativo nr. 2.246– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 23 de novembro de 2016 Pág. 5/33
trafegando pela crônica em “...E o resto é foquilori” para entregar-se à poesia com imenso
repositório. “Meu tempo – meu mundo” (1979), “Poemas” (1983), “Orações de um leigo”
(1984), “Os meus sonetos de amor” e “Retrato falado” (2000), dentre tantos e tantos outros
poemas publicados em periódicos e revistas especializadas fazem a obra poética de Moacir
Germano Brasil.
Desenvolveu trabalhos em conjunto com o confrade Antonio Soares, colaborando
com este nas edições dos Cadernos Literários do Instituto Cultural Português, tendo criado
o Núcleo Cultural Português de Campina Grande, participado da União Brasileira de
Escritores – UBE e da Academia dos Poetas Brasileiros – POEBRAS e premiado na I
Amostra de Literatura Econômica da Paraíba e no III Concurso Raimundo Correa de Poesia
no Rio de Janeiro. Teve ainda seus poemas incluídos no programa “Leitura Psicanalítica de
Poemas” do Núcleo de Estudos Freudianos de Campina Grande. Foi colaborador do Jornal
da Paraíba no suplemento JP Literário.
Moacir Germano foi um poeta inquieto, preocupado com o sofrimento humano. Sua
poesia intimista denota uma peregrinação interior, plena de agonia, mas sem perder a
esperança. É Moacir que agora fala por dois sonetos: um em que exprime sua angústia e
outro em que descansa em sua mulher amada.
Diz ele no soneto Por que?: São perguntas que eu faço à minha mente/ e não consigo
a mim mesmo responder;/ perguntas que me ferem cruelmente/ transformando em tortura o
meu viver./ - Por que a morte nos vem tão de repente/ sem estarmos preparados pra
morrer?/ Por que se nasce frágil e inocente?/ E por que tanta dor e padecer?/ - Por que o
mundo é cruel e violento?/ Por que a tristeza, a dor, o sofrimento?/ Por que é que a minha
angústia não se acalma?/ - Quanto mais me pergunto me torturo./ Mas espero respostas no
futuro/ para os porquês que vivem na minh’alma.
E no Soneto da Partida: No dia, meu amor, em que eu partir/ não quero ver o pranto te
chegar/ pois todo o caminho que eu seguir/ hei de sempre o teu vulto relembrar./ - Quando
o dia chegar (pois há de vir)/ quero ver estampada em teu olhar/ coragem pra vencer dentre
o porvir/ a saudade, que certo ele trará./ - Pois que quando eu voltar, pra ti, um dia/ me
recebas com júbilo e alegria/ num gesto carinhoso a me abraçar./ - Que eu trarei, para ti, da
minha ausência/ (não as horas amargas da existência/ mas) toda a minha vida pra te amar.
Moacir gostava de temas esotéricos e escreveu “A equação do terceiro milênio”, um
texto escatológico concernente às profecias contidas na Bíblia, uma no Livro de Daniel (Dn
7, 25) e outra no Livro do Apocalipse (Ap 12, 14). O texto trata da segunda vinda de Jesus
Cristo, que será marcada pela última revelação do Filho de Deus com a chegada do quarto
milênio. Segundo Moacir será o advento do Juízo Final para todos os vivos ou mortos
ressurretos e, tendo agora o nosso confrade passado pelo juízo particular, está à espera da
renovação de todas as coisas (Ap 21, 5). Descanse em paz, confrade Moacir.
JB News – Informativo nr. 2.246– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 23 de novembro de 2016 Pág. 6/33
O Ir. João Ivo Girardi joaogira@terra.com.br da Loja
“Obreiros de Salomão” nr. 39 de Blumenau é autor do
“Vade-Mécum Maçônico – Do Meio-Dia à Meia-Noite”
Premiado com a Comenda do Mérito Cultural Maçônico
“Aquiles Garcia” 2016 da GLSC e com a Ordem do Mérito Templário
da Loja Templários da Nova Era.
escreve às quartas-feiras e domingos.
(Republicação do artigo do JB News nr. 674 de 01.07.2012)
Vitrúvio
Homem Vitruviano
1. Foi arquiteto, engenheiro e filósofo romano do século I. Seu nome era
Marcus Lucius Vitruvius Polli, escreveu uma obra clássica, De Architectura (27 da
nossa era). Neste tratado estão os ensinamentos, as regras da arquitetura grego-
romana. Dez livros compõem a obra de Vitrúvio; sete livros tratam de arquitetura
e três, separadamente, à hidráulica, à gnomônica (técnica de construção de
gnômons: instrumentos que marcam a altura do Sol pela direção da sombra) e à
mecânica, concernentes às funções do arquiteto antigo. A ele se deve a
organização das conhecidas ordens de arquitetura: toscana, jônica, dórica,
coríntia e compósita. Serviu como engenheiro militar sob César na África e como
arquiteto sob Otávio. Vitrúvio dizia a seus discípulos: a filosofia torna o arquiteto
leal, justo, urbano e generoso; porque nenhum bom trabalho pode ser feito sem
boa fé e mãos limpas. Descreve os materiais de arquitetura, as ordens e seus
elementos, e os diversos tipos de construção em Roma; preleciona sobre
maquinários, relógios de água (hidrômetros), aquedutos, planejamento de cidades
e serviço sanitário. Vitrúvio recomenda na construção das cidades o sistema
radial. Explicou o som como vibração do ar e escreveu o mais velho manual de
acústica. Projeta para canalização da água a tubulação de chumbo. Vitrúvio
utilizava a ideia de que tanto o universo quanto o ser humano haviam sido criados
3 – Vitrúvio
João Ivo Girardi
JB News – Informativo nr. 2.246– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 23 de novembro de 2016 Pág. 7/33
segundo princípios correlacionados. A representação do corpo de um homem em
conjunção com a planta de um edifício, comum nas catedrais medievais, ficou
conhecida como o Homem Vitruviano. Descobertos no Renascimento, seus livros
influenciaram profundamente Leonardo da Vinci e Miguel Ângelo. Seguindo a lição
de seus pais e professores, Vitrúvio preferiu desconhecer a fama em vida e
chegar à velhice sem riquezas, porque o reconhecimento deve estar ligado ao
mérito e não a adulação; deve ser dado, e não pedido.
2. No fim da Idade Média, os maçons da Inglaterra, vangloriavam-se por ser
a arte da Maçonaria a mesma dos arquitetos, e que ela podia ser identificada com
a Geometria. Essa afirmação era conhecida por numerosos escritores sem ligação
com a arte do maçom, mas não era enfatizada nem considerada de especial
importância, exceto pelos próprios maçons. Nos séculos XVI e XVII, a situação
mudou de forma dramática, pois o arquiteto passou a ocupar uma posição de
grande destaque nos pensamentos renascentista, em grande parte por causa da
aceitação dos louvores feitos aos arquitetos pelo arquiteto romano Marco
Vitrúvio Pólio, que fora engenheiro militar de Júlio César. O conhecimento de
Vitrúvio não tinha se perdido totalmente na Idade Média, e as afirmações dos
Antigos Deveres ingleses a respeito da importância da Maçonaria sem dúvida
refletiam a influência de suas ideias: o mais antigo manuscrito sobrevivente de
Vitrúvio, De Architeture (século VIII), é escrito em inglês e há vários textos
ingleses medievais posteriores, e sumários deles. Mas foi na Itália no século XV,
que Vitrúvio se tornou pela primeira vez uma figura dominante, primeiro por causa
de seus textos manuscritos de sua obra e depois, após 1486, por meio de versões
impressas. Em meados do século XVI, Vitrúvio estava disponível em latim, italiano
e alemão, e eram comuns os tratados baseados em sua obra. A compreensão do
conceito vitruviano do arquiteto e das técnicas e estilos de arquitetura
detalhados por Vitrúvio era considerada não só relevante à formação dos
arquitetos, mas também um elemento essencial na formação de um cavalheiro.
Absorver as ideias vitruvianas era de suma importância para alcançar o ideal
renascentista de recriar o mundo clássico. Com o conceito que Vitrúvio tinha do
arquiteto era vital para a mudança de percepções da arte do maçom, tanto por
parte de seus membros como por forasteiros que ajudaram no surgimento da
Maçonaria, cabe aqui citar partes do primeiro livro de De Architeture: O
arquiteto deveria estar munido do conhecimento de muitas áreas de estudo e
variadas formas de aprendizado, pois é por seu julgamento que todo trabalho
feito pelas outras artes é posto à prova. Esse conhecimento é filho da prática e
da teoria. A prática é o exercício contínuo e regular do emprego, onde o trabalho
manual é feito com qualquer material necessário, de acordo com o desenho de um
JB News – Informativo nr. 2.246– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 23 de novembro de 2016 Pág. 8/33
projeto. A teoria, por outro lado, é a habilidade para demonstrar e explicar as
produções de destreza segundo os princípios da proporção. Daí se segue,
portanto, que os arquitetos que visam adquirir habilidade manual sem a devida
instrução nunca foram capazes de alcançar uma posição de autoridade que
corresponda a seus esforços, enquanto aqueles que só dependiam de teorias e
instruções estavam obviamente correndo atrás de sombras, não da substância.
Mas aqueles com um conhecimento minucioso de ambos, como os homens bem
armados, logo atingem seu objetivo e adquirem para si autoridade.
3. Durante a febre neoplatônica do início do início dos anos de 1600 teve
grande destaque o trabalho do arquiteto romano do século I, Vitrúvio, a quem
Leonardo da Vinci muito admirava. Foi Vitrúvio quem mais influenciou a mudança
do pensamento maçônico do século XVII, e seu conceito de arquitetura
contribuiu diretamente para o progresso filosófico da Maçonaria Operativa à
Franco-Maçonaria Operativa. Nesse contexto inicial, o franco-maçom era ainda
um trabalhador operativo, um arquiteto. Foram as fraternidades de clubes, no
final do século XVIII, que deram origem ao franco-maçom especulativo, que não
era maçom nem arquiteto. Até na época de Júlio César, Vitrúvio havia
reconhecido (como ele afirmou em seu primeiro livro De Architeture) que: (...) o
arquiteto deve ter o conhecimento de muitas áreas de estudo e vários tipos de
aprendizado, pois é com base em seu julgamento que todo trabalho realizado por
outras artes é posto a prova. Ele ainda enfatizou que o verdadeiro arquiteto deve
conhecer bem tanto a pedra como o lápis. Ele deve conhecer a teoria e a prática,
e saber, baseado em sua experiência e conhecimento (e não do construtor), se
uma construção permanecerá firme ou desabará. Ele escreveu: Que o arquiteto
tenha vasto conhecimento, seja habilidoso com o lápis, instruído em Geometria,
conheça muito a História, tenha acompanhado o trabalho dos filósofos com
atenção, entenda de Música, tenha algum conhecimento de Medicina, conheça as
opiniões dos juristas, e esteja familiarizado com a Astronomia e a teoria dos
céus. O que Vitrúvio havia descrito 1600 anos seria alcançado por Cristopher
Wren, professor de astronomia e maior arquiteto da era Stuart.
4. O Homem Vitruviano: famoso nu de Leonardo da Vinci -, assim chamado
por causa de Vitruvius Pollio (70 a.C. -?), brilhante arquiteto romano que entoou
louvores à Divina Proporção em seu texto De Architetura. Detalhou estas
proporções por escrito como segue: O umbigo está naturalmente posicionado no
centro do corpo humano e, se em um homem deitado com sua face para cima, e
suas mãos e pés estendidos, de seu umbigo como centro, um círculo pode ser
descrito, ele tocará seus dedos das mãos e dos pés. Não é somente por um círculo
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que o corpo humano é assim circunscrito, como pode ser visto, colocando-o dentro
de um quadrado. Porque se medindo dos pés até o topo da cabeça, e, então os
braços totalmente estendidos, descobrimos que esta última medida é igual à
primeira; de modo que linhas nos ângulos retos entre si, fechando afigura,
formarão um quadrado. Esta descrição (cerca de 1487) foi usada por Leonardo Da
Vinci para criar o famoso desenho intitulado o Homem Vitruviano. È considerado o
desenho mais anatomicamente correto de sua época, o Homem Vitruviano de Da
Vinci se tornou um ícone da cultura moderna, aparecendo em cartazes e
camisetas de todo o mundo. O famosíssimo esboço consiste em um círculo
perfeito no qual um homem nu se encontra inscrito... seus braços e pernas
estendidos, totalmente abertos, sem roupa. Símbolo feminino de proteção, o
círculo em torno do homem nu completava a mensagem que Da Vinci pretendera
passar – a harmonia entre o feminino e o masculino. O símbolo do pentagrama é
considerado como mágico e divino por muitas culturas antigas. Por quê? Porque ao
desenhar um pentagrama, as linhas automaticamente se dividem em segmentos
que seguem a Divina Proporção. A razão dos segmentos de reta de um pentagrama
sempre equivale a PHI, tornando esse símbolo a expressão por excelência da
Divina Proporção. Por isso a estrela de cinco pontas, sempre foi o símbolo da
beleza e da perfeição associadas à deusa e ao sagrado feminino. O desenho
atualmente faz parte da coleção da Gallerie dell'Accademia (Galeria da
Academia) em Veneza, Itália.
5. Foi nessa posição que o corpo do curador do Louvre, Jacques Sauniére, foi
encontrado fornecendo a primeira pista sobre os mistérios do livro: O Código Da
Vinci, Dan Brown.
6. Rituais: (...) Como vedes, o número 3 é primordial no grau de Aprendiz e se
este quiser realmente estar em condições de passar a Companheiro, deve estudar
cuidadosamente as propriedades desse número, seja nas obras de Pitágoras, na
Cabala numérica, ou ainda, nas obras de arquitetura e arqueologia iniciáticas de
Vitrúvio, Ramée e outros. (RA-GLSC).
Nota: Importante observar aos Irmãos que cada número no verbete significa
fonte de pesquisa diferente. As Fontes de referência estão no livro.
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O Ir.·. José Ronaldo Viega Alves
escreve às quartas-feiras e domingos.
Loja Saldanha Marinho, “A Fraterna”
Santana do Livramento – RS
ronaldoviega@hotmail.com
EGRÉGORA:
ENERGIA PSÍQUICA,
AURA
OU ABSTRAÇÃO?
“La construcción del Egrégor de una Logia está directamente relacionada con
varios aspectos que es importante anotar. De hecho, cuando se funda una Logia,
esta viene a la existencia bajo ciertas condiciones, que pueden ser de tipos
astronómicas, astrológicas, numerológicas, cabalísticas, etc., y que afectan toda
su vida. Algunas nacen sanas y robustas, otras débiles y enfermizas,
permaneciendo así durante el transcurso de muchos años. Quienes hemos
tenido alguna experiencia en visitar algunas Logias de diferentes Ritos, por
ejemplo, nos podemos dar cuenta que todas tienen sus características peculiares
que perduran a pesar de los indivíduos que entran y salen y de los que las
componen en forma regular. De hecho, está animada desde su fundación por
propósitos muy particulares.” (Dionisio E. Jara R.)
INTRODUÇÃO
O assunto mexe com a espiritualidade, com as crenças, com a sensibilidade de cada
um e pode gerar, por conseguinte, um mosaico de opiniões diferentes. De um lado, podemos até
mesmo ouvir que não é coisa da Maçonaria, que é um falso culto, ou que ela simplesmente não
existe... Do outro lado, que ela é a soma dos pensamentos positivos ou negativos criando uma
energia, ou uma entidade viva ou ainda, uma espécie de corpo etéreo. Bem, dá para ver que é um
assunto que pelo que pode apresentar, requer todo um cuidado, embora o objetivo aqui seja o de
aclarar alguma coisa, e na medida do possível desmistificar, baseado nas opiniões dos nossos
estudiosos.
Para quem pretenda pesquisar um pouco mais, ou se aprofundar, não tem como não
ater-se à busca em dicionários, e aqui não se está falando a respeito dos dicionários de uso
comum, pois, neles não consta tal palavra. O verbete é encontrado comumente em dicionários
maçônicos ou esotéricos, portanto, dicionários específicos. Outro caminho é a Internet, tendo o
cuidado de separar o joio do trigo. Na sequência, vejamos uma amostra das interpretações diversas
que podemos encontrar nas fontes citadas, não sem dizer antes que, a palavra é um tanto que,
escorregadia.
4 – Egrégora: Energia psíquica, Aura ou Abstração?
José Ronaldo Viega Alves
JB News – Informativo nr. 2.246– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 23 de novembro de 2016 Pág. 11/33
O QUE É A EGRÉGORA?
Vamos recorrer então a uma primeira definição do verbete, a que consta no
“Dicionário Enciclopédico do Pensamento Esotérico Ocidental”:
“EGRÉGORA: Expressão comum na moderna prática mágica, significando o corpo artificial de
almas criado por qualquer grupo mágico ou espiritual operativo – ou por qualquer grupo de
pessoas unidas por algum tipo de vínculo emocional. Originalmente, a palavra significava
“vigia”, referindo-se a um elemental artificial construído por um grupo mágico para vigiar seus
trabalhos e afastar intrusos físicos e não físicos. Com o tempo, a expressão adquiriu seu
significado atual.”
Agora vejamos a definição, da qual, antes, tomei a liberdade de sintetizá-la, e que
pertence a um dos nossos maiores estudiosos nessa área, o Irmão Rizzardo Da Camino:
“EGRÉGORA: Deriva do grego egregorien, com o significado de “vigiar”. A Maçonaria aceita a
presença da Egrégora em suas sessões litúrgicas. A Egrégora é uma “entidade” momentânea;
subsiste enquanto o grupo está reunido. Para que surja a Egrégora é necessária a preparação
ambiental, formada pelo “som”, pelo “perfume do incenso” e pelas vibrações dos presentes
devendo essas vibrações ser “puras”, eliminando o maçom, antes de ingressar no Templo, no
Átrio, todos os pensamentos inapropriados para o culto maçônico. A ritualística e liturgia
preparam o momento do surgimento da Egrégora; no exato instante em que o Oficiante termina a
leitura em voz alta do trecho do livro Sagrado, a Egrégora forma-se, brotando do Altar, como
tênue fio espiritual, para adquirir corpo etéreo com as características humanas. Os mais
sensitivos percebem essa Entidade, que se mantém silenciosa, mas, atua de imediato em cada
maçom presente, dando-lhe a assistência espiritual de que necessita, manipulando assim a
Fraternidade. Para cada Loja forma-se uma Egrégora específica.(...) Os céticos não aceitam essa
Entidade; porém, estudos aprofundados revelam a possibilidade do seu surgimento.(...)”
Contrapondo o que foi exposto acima, e atendendo à proposta antes enunciada, de
ouvir várias opiniões, vejamos na sequência, a de um reconhecido estudioso da Maçonaria, Alec
Mellor, registrada por Nicola Aslan, onde ele critica o que chama de “divagações ocultistas”:
“Esta concepção totalmente extra-maçônica, ausente de todos os Rituais foi admitida sem grande
espírito crítico por numerosos Maçons ocultistas que falaram da “egrégora da Loja”, daquela da
Ordem, etc. Semelhantes divagações bastam para mostrar a que ponto o ocultismo pôde causar
estragos na Maçonaria como um flagelo...”
Uma outra opinião, exposta pelo seu autor, Irmão Ubyrajara de Souza Filho, em um
artigo de sua autoria, podemos dizer que vai de encontro àquela que foi exposta logo acima.
Extraio o seguinte trecho:
“Após complementar a pesquisa com diversas consultas à internet, conclui que existe um
consenso entre os Irmãos que questionam o uso do termo ‘egrégoras’ na Maçonaria, de que o seu
aparecimento no meio esotérico remonta a 1824 com o ocultista Eliphas Levy que a definiu como
“capitães das almas’, e que, posteriormente, teve o seu sentido ‘adaptado’ às diversas
interpretações esotéricas-místicas-ocultistas que foram agregadas à Maçonaria ao longo dos
anos por autores maçônicos franceses que, ao final do século XIX, insistiram em transformar a
Maçonaria em um braço esotérico do espiritismo, tal como os seus antecessores ingleses
insistiram em cristianizá-la.”
COMENTÁRIOS:
Fica evidenciado até o momento, portanto, que ainda que alguns Irmãos estudiosos
aceitem essa existência, essa presença da egrégora, traduzida como uma emanação de caráter
psíquico e espiritual, um tipo de energia física emocional e mental, outros irão colocá-la na
JB News – Informativo nr. 2.246– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 23 de novembro de 2016 Pág. 12/33
condição de um corpo estranho, e creditando a sua aceitação por força das influências ocultistas
que a Maçonaria recebeu em outras épocas.
EM QUE, OU EM QUEM ACREDITAR?
Quando resolvi efetuar as pesquisas atinentes ao tema, o primeiro dicionário do qual
me socorri, certo de que o vocábulo Egrégora iria estar lá, foi o “Dicionário de Maçonaria” de
Joaquim Gervásio Figueiredo, pois, sabemos que no mesmo constam muitas palavras ligadas ao
universo esotérico, ocultista, porém, ela não estava lá.
No âmbito da Maçonaria não é um termo que seja entendido, interpretado e explicado
com facilidade, ou que então obedeça a um consenso, como já deu para perceber.
Lembro de uma vez ter lido um artigo na revista Planeta, naquela sua fase mais
clássica, uma edição da década de 70, calcada na original francesa, onde um grupo de
pesquisadores canadenses se dispuseram a inventar, ou se quisermos, criar um “fantasma”. Dentre
aqueles que compunham o grupo, havia dois tipos de pessoas: os que admitiam haver um fundo de
realidade nas supostas aparições relatadas no decorrer da experiência, mais crédulos, portanto, e
os que supunham que ver um fantasma era uma fraude deliberada ou alucinação, ou seja, os
céticos.
A lembrança desse artigo, sem entrar aqui em mais detalhes, faz com examine e
considere da mesma forma, as ponderações do Irmão Paulo Roberto Marinho, em artigo que
intitulou “Egrégoras: Um Falso Culto”, quando ele diz:
“Podemos constatar que o conceito geral que fazem os defensores das chamadas egrégoras é de
uma entidade engendrada e plasmada pela força da mente de seus devotos e que adquire
individualidade, vontade própria e, boa ou má, interfere na vida e no destino das pessoas.
Avaliem os Respeitáveis Irmãos a questão: consta nos Rituais da Maçonaria, Simbólica ou
Filosófica (Altos Graus), de qualquer Potência, de qualquer país ou idioma algo sobre as
egrégoras? Alguma vez participastes de sessões maçônicas voltadas para práticas, técnicas e
articulações místicas na intenção de desenvolver ou alimentar as chamadas egrégoras? Se isso
não ocorreu, como podem ser devotos de algo que sequer sabem o que é? (...) Como podem
então, permitirem e crerem que a energia que emana de vossos corpos vá alimentar uma suposta
entidade que não se sabe como atua, onde atua e quais os resultados de sua atuação?”
COMENTÁRIOS:
É de se pensar bastante sobre os questionamentos que o Irmão Paulo Roberto
Marinho faz no trecho acima, e que vem se somar às outras questões e considerações dispostas até
aqui.
Com base nas leituras realizadas e nas opiniões apresentadas, o mais fácil seria sair
pela tangente, contentando-me com o pensamento do filósofo grego Sócrates (ou pelo menos que
é atribuído a ele, pois, há controvérsias), “Só sei que nada sei”. Mas, a questão é que o que para
mim soa como verdade, para outro pode não ser, então, há vários motivos para não colocar ainda
um ponto final: na Maçonaria, há aqueles mais conservadores, e também os mais liberais, há
ainda, os mais e os menos sensitivos, os mais e os menos espiritualizados, e tudo isso poderá
incidir com mais ou menos intensidade na hora de emitir uma opinião. Eu diria que, se há um
pensamento positivo de cada Irmão presente na Sessão, se todos desejam estar ali, se todos estão
isentos de vaidades, se todos estão imbuídos do espírito da fraternidade, da amizade e do amor, há
em primeiríssimo lugar uma harmonia. E a partir daí, há com certeza uma energia positiva.
Quando instalada a Cadeia de União, a energia essa, positiva, psíquica, ou se outro
nome que possa receber, será passada de Irmão para Irmão, pois, estarão unidos naquele exato
momento pelos pés, pelas mãos e pelas mentes.
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De um trabalho do Irmão Hercule Spoladore, intitulado “Paranormalidade e
Maçonaria” subtraio o seguinte trecho:
“Se levarmos em conta que numa Loja em Sessão, com o Templo em geral pouco iluminado, onde
os Irmãos unidos por uma energia vibrante, harmonizados pelo ritmo do Ritual (se bem
executado), ainda com o peso de ser a Maçonaria uma escola mística e de se invocar o
G.·.A.·.D.·.U.·. nas Sessões, não resta a menor dúvida que uma Loja é o local ideal para que os
Irmãos relaxem e entrem em ondas “alpha”. Se existir entre os Irmãos um ou mais sensitivos,
poderá ocorrer uma manifestação de um fenômeno fora do normal, o qual não poderá e não
deverá ser confundido com os princípios da Ordem. A Maçonaria congrega adeptos de várias
religiões, cada qual com seus dogmas, suas crenças particulares e conceitos gerais. Estas
variações não tem importância na Ordem desde que o adepto tenha uma crença num entre
superior e que creia na imortalidade da alma, exceção ao Rito Moderno, o qual deixa à vontade o
Irmão para buscar a sua Verdade e a sua concepção de Deus.”
CONCLUSÃO
Independente das definições dos dicionários e dos livros esotéricos, podemos
concordar que a energia essa que se desprende e que é resultante da união de várias outras
energias tome o nome de egrégora, pois ainda há essa outra acepção, que pode ser descrita como
uma energia.
Sendo livres-pensadores, buscadores da verdade, temos de optar pelas explicações
mais razoáveis e sensatas, claro. Não podemos aceitar em primeira instância as explicações que
levam pela senda do misticismo, das fantasias ou superstições. Fica claro que o assunto ainda não
se esgota por aqui. É interessante que tenhamos em mente o que serve de finalização para o artigo
“El Egregor de la Logia”, citado no começo, e que termina dizendo: “Entonces la divinidad
invocada a través del Gran Arquitecto del Universo, puede enfocar su gracia en la forma de
pensamiento que nosotros hemos creado.”
Para uns poderá significar pouco, para outros poderá significar muito.
CONSULTAS BIBLIOGRÁFICAS:
Internet:
“El Egregor de la Logia” de Dionisio E. Jara. R. – Santiago de Chile – Disponível em:
symbolos.com/egregor_logia.htm
”Quebrando a Egrégora” trabalho do Irmão Ubyrajara de Souza Filho publicado no Informativo JB News
– n° 1246, de 29.01.2014
Revistas:
“Universo Maçônico” n° 8 – Artigo: “Egrégoras: Um Falso Culto” de autoria do Irmão Paulo Roberto
Marinho.
”O Prumo” n° 101 e 105 – “Paranormalidade e Maçonaria” artigo do Irmão Hercule Spoladore.
Livros:
DA CAMINO, Rizzardo – Dicionário Maçônico – Ed. Madras – 2006
GREER, John Michael. “Dicionário Enciclopédico do Pensamento Esotérico Ocidental” – Editora
Pensamento – Cultrix 2012
MASSON, Hervé. “Manual-Diccionario de Esoterismo” Ediciones Roca – México, D.F. 1975 – 1ª Ed.
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O escritor e Irmão Walter Celso de Lima
É obreiro da Loja “Alvorada da Sabedoria” (GOB/SC)
e membro da Academia Catarinense Maçônica de Letras
Florianópolis
Graus 8 e 9 do Rito Moderno
Parte II – Símbolos
Graus 8 e 9 do Rito Moderno
Parte II – Símbolos
1. Introdução:
Na Parte I – Origens e História deste ensaio, foi explanado as origens
da 5ª Ordem (graus 8 e 9) do Rito Moderno e o desenvolvimento dessa 5ª Ordem em
França e no Brasil. Nesta Parte II, narra-se os símbolos e seus significados dos graus 8 e
9.
2. Águia Branca e Preta:
A águia de duas cabeças é um símbolo comum na heráldica. A águia
bicéfala é um importante símbolo maçônico, comum a vários ritos e Potências. É o símbolo
do grau 8 do RM (5ª Ordem), denominada Águia Branca e Preta.
A origem da águia bicéfala é, provavelmente, mesopotâmica e o primeiro petróglifo
conhecido foi na cidade de Lagash, na Suméria, sul da Babilônia. Por isso, é conhecido na
Maçonaria como a águia de Lagash. Lagash situa-se a 22 Km a leste da atual cidade
iraquiana de Ash Shatrah. O relevo, onde se encontra esta águia bicéfala, é datado cerca
de 2.500 a.E.V. (Fig. 1) e se encontra, hoje, no Museu do Louvre (no Departamento de
Antiguidades Orientais). Há, entretanto, controvérsias. Este relevo de Lagash está muito
ofuscado, apagado, destruído, não permitindo concluir se a ave desenhada é, realmente,
bicéfala. O petróglifo de Lagash tem 21,6 cm de altura, 15,1 cm de largura e 3,5 cm de
profundidade.
5 – Graus 8 e 9 do Rito Moderno – Símbolos (Parte II - final)
Walter Celso de Lima
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Fig. 1 – O petróglifo de Lagash (foto de 2005 – Museu do Louvre).
A águia bicéfala é marca dos turcos desde o ano 1.000 E.V.. Também, símbolo de
diversos países e nações: cazaques da Ásia central, do Império Austríaco (desde 1804), da
Confederação Alemã (1815) – Fig. 2, do Império Bizantino (entre 330 e 1453 E.V.), do
Império Russo (desde 1500 até 1917), da Federação Russa (desde 1993) e de diversos
estados eslavos e balcânicos.
Fig. 2 - Brasão da Confederação Alemã, 1815 (Wappen Deutscher Bund).
A águia bicéfala negra foi adotada pela Maçonaria (rito de Heredom
ou da Perfeição) por Frederico II, em 1758, sendo adotado, posteriormente, pelo REAA. No
RM, a águia bicéfala, denominada Águia Branca e Preta, foi adotada como símbolo do grau 8
(5ª Ordem), em 1861, em França – Fig. 3.
☩
Fig. 3 - Águia Branca e Preta, grau 8 do RM.
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No simbolismo maçônico, a águia bicéfala significa dualidade que se
une em um todo. Ou seja, dois aparentes opostos que são parte da mesma coisa, do mesmo
vínculo. O conceito básico de um, que se divide para se tornar dois opostos e que então se
unem para formar três é fundamental na filosofia. Isto é, um só corpo e duas (ou mais)
cabeças pensantes. Pode-se (e deve-se) pensar diferentemente mas a ação corporal só
pode ser única.
Uma consequência de dobrar as imagens é intensificá-la, exacerbá-la, reforçá-la, dar
ênfase. Se uma águia simboliza a nobreza, a águia bicéfala simboliza uma nobreza maior,
superior. A águia bicéfala é símbolo da dualidade ou do equilíbrio, pois dois opostos que
devem contrapor-se e combinar-se para formar um elemento completo. O símbolo aparece
nos graus 27 e 32, do REAA, mas seu principal papel está no grau 30. É o emblema do grau
33 do mesmo Rito, bem como do grau 8 (5ª Ordem) do Rito Moderno.
Este simbolismo designa que uma de suas cabeças olha ao infinito do passado e a
outra ao infinito do futuro, mostrando com isso que o presente é apenas uma fina linha de
contato entre duas eternidades. A águia de duas cabeças simboliza a ordem da Sabedoria,
uma das cabeças representa o Progresso e a outra a Ordem. No grau 8 (RM) as duas
cabeças da águia bicéfala são branca e negra (ou preta), simbolizando o Saber e a Verdade.
Outra observação importante é que todas as águias bicéfalas seguram em suas garras
uma espada (REAA), ou espadim (pequena espada, compatível com o desenho do símbolo –
RM). Isso significa o poder (do grau), não só poder, mas a honra. Poder e honra são
qualidades do maçom do grau 8 do RM. O espadim nas garras da Águia Branca e Preta
significa o poder e honra dos Cavaleiros Kadosh, Inspetores do Rito.
No RM, a Águia Branca e Preta está nas alfaias do grau, sobre a cruz potenteia ou
potente, vermelha, com fundo prateado. A cruz potenteia (Fig. 4) ou cruz teutônica é uma
cruz com quatro braços iguais, mas com as quatro extremidades dos braços, barradas por
quatro taus (tau é uma figura heráldica, em forma de T). É conhecida também como “cruz
muleta” (Krückenkreuz em alemão). "Potentes" é uma palavra antiga para uma muleta.
Originou-se na cruz de Jerusalém, insígnia do Reino Latino de Jerusalém (1099 – 1291), um
Estado Cruzado, criado na Primeira Cruzada. É chamada, também, de cruz potente pois
simboliza a ideia de força, potência. É um símbolo usado no catolicismo, no escotismo e na
Maçonaria, além de constituir emblemas de algumas cidades.
Fig. 4 – Cruz potenteia ou cruz teutônica.
Na Maçonaria, em especial no RM, a cruz potenteia sob a águia bicéfala simboliza a
força e o poder amparando, escorando, como que com muletas a Águia Branca e Preta.
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3. A Coruja:
Coruja é a designação comum das aves estrigiformes. Tais aves possuem hábitos
notívagos e voo silencioso devido à estrutura das penas, alimentando-se de pequenos
mamíferos (principalmente de roedores e morcegos), insetos e aranhas. As corujas podem
girar sua cabeça e pescoço em até 270º em qualquer direção e, apesar do tamanho do seus
olhos, elas não conseguem mexer os seus globos oculares. Coruja é o símbolo da deusa grega
da sabedoria, Athena ( Αθηνά ), conhecida também como Palas Athena ( Παλλάς Αθηνά ).
Também, a coruja é considerada o símbolo da filosofia e do professor. A prole da coruja é
de cerca de cinco ovos por gestação. Depois da eclosão, o macho cuida dos filhotes por dois
meses até que estes aprendam a se defender. O macho fica de sentinela na árvore,
cuidando do ninho, principalmente durante o dia. Na presença de um possível invasor, os
filhotes podem imitar sons de serpentes (sibilar), fazendo o agressor desistir do ataque. A
coruja pia. Em francês: Hibou ou Chouette, em espanhol: Búho ou Tecolote, em inglês: Owle
e em alemão: die Eule. A imagem da Coruja é encontrada na moeda grega um euro.
Fig. 5 – Coruja, símbolo da Sabedoria, da Filosofia e do Professor.
A “Coruja de Minerva” é o símbolo do Rito Moderno de maneira geral e, em especial
do grau 9 (5ª Ordem) – Cavaleiro da Sapiência. A Coruja foi adotada como símbolo do grau
9 (5ª Ordem), em 1861, em França. A coruja é tida, também, como o símbolo da Sabedoria,
já que ela pode ver onde outros não conseguem. A coruja é a essência da verdadeira
Sabedoria, também é o símbolo da filosofia. A coruja da filosofia é a Coruja de Minerva.
Minerva é uma deusa romana e seu equivalente grego é Atena. Atena, a deusa grega da
sabedoria, possuía uma Coruja de estimação que permanecia sempre em seu ombro e lhe
revelava as verdades invisíveis. Essa Coruja tinha o poder de iluminar o lado obscuro da
deusa, capacitando-a a perceber toda a verdade e não apenas aquela parcela da verdade
que podia discernir sem seu auxílio. Em função disso a Coruja ficou associada à deusa da
Sabedoria. A ave da deusa da Sabedoria e da Justiça: atenta Coruja, cujo pescoço gira
270º, é possuidora de olhos luminosos que, como Zeus, enxergam “o todo”. Devido a todos
esses atributos, a Coruja simboliza também a filosofia e os professores. Dessa forma, a
Coruja é no Rito Moderno o símbolo da pertinaz e constante busca da verdade, mesmo que
transitória e em constante mutação.
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Fig. 6 – Coruja, símbolo do grau 9 (Cavaleiro da Sapiência) do RM.
As ideias liberais na Maçonaria começam a se desenvolver nos Grandes Orientes da
Bélgica e da França, a partir da segunda metade do século XIX, sobretudo nos anos 1872 e
seguintes, quando se instaurou o princípio da Liberdade Absoluta de Consciência
relativamente à invocação ou não, nas Sessões Maçônicas, do Grande Arquiteto do
Universo, da presença do Volume da Lei Sagrada nas Lojas, e, especialmente, na igualdade
incondicional de todos os obreiros perante a Obediência que os congrega (o que não
admitiria o favorecimento de uns - pela posição social ou linhagem nobiliária - em
detrimento de outros) e ainda, na igualdade de condições para admissão na Maçonaria (não
podendo haver distinção de raça, cor, credo, gênero ou ainda, deformidade física).
Fig. 7 – Símbolo do Rito Moderno na Grande Loja Regular do Rio Grande do Sul.
Descreve-se, a seguir, o símbolo do grau 9 – Fig. 6. Iniciando-se de cima para baixo:
aparece sobre o triângulo “9” (do grau 9), o barrete frígio vermelho. O símbolo “barrete”
originou no rescaldo do assassinato do ditador romano Júlio César por um grupo de
senadores de Roma em 44 a.E.V.. Imediatamente após César ser morto, os líderes da
conspiração de assassinato foram ao encontro de uma multidão de romanos no Fórum
Romano. Um boné – em latim pileus (toca, boné craniano, que identificava um escravo
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liberto) foi colocado no topo de um poste para simbolizar que o povo romano tinha sido
libertado do domínio de César, e que os assassinos alegaram, tinha-se tornado uma tirania,
extrapolando a autoridade do Senado e assim traído a República. Durante a Revolução
Francesa, o pileus romano foi confundido com o barrete frígio. Isso levou o barrete frígio
como símbolo do republicanismo e da liberdade. Hoje, o barrete frígio é utilizado em muitas
bandeiras e emblemas de muitos Estados e de repúblicas. Exemplo: a bandeira e o emblema
do Estado de Santa Catarina.
Fig. 8 – O barrete frígio.
O barrete frígio ou barrete da liberdade é uma espécie de touca, originariamente utilizada
pelos moradores da Frígia (antiga região da Ásia Menor, onde hoje está situada na parte
centro-oeste da Turquia. Foi adotado, na cor vermelha, pelos republicanos franceses que
lutaram pela tomada e queda da Bastilha, em 1789, que culminou com a instalação da
primeira república francesa em 1793. No Rito Moderno simboliza a liberdade,
especialmente, a liberdade de expressão e pensamento.
Abaixo do triângulo “9” está a expressão latina Ordo ab Chao. Ordo ab chao,
traduzido do latim, literalmente: Ordem depois do Caos (explicitamente: a confusão
desaparece com a ordem). Significa que a Maçonaria transforma o caos da matéria prima
em harmonia universal, colocando a ordem onde estava a confusão e acendendo a luz onde
existiam trevas. Transforma o homem comum, o profano iniciado, pedra bruta, em maçom,
construtores sociais, pedra cúbica. O dístico “Ordo ab chao” foi criado 31 de maio de 1801,
em Charleston, na Carolina do Sul, no REAA, com o sentido de colocar ordem no caos que
havia nos altos graus no escocismo, em França.
Ordo ab chao, o lema do grau 33 do REAA e do grau 9 do RM, tem um significado muito
importante: a confusão desaparece com a ordem. Como as pedras brutas, que são retiradas
das rochas e são talhadas para construção de catedrais, também os homens comuns
originados da amorfa massa humana, são escolhidos pela Maçonaria e por ela instruídos,
preparados, polidos, transformando-os em maçons aptos a construir, fortalecer e
aperfeiçoar o edifício social. Isso é o significado, para os maçons, de Ordem depois do
Caos. A desordem, o caos, a confusão reina em todos as esferas da vida. Existe a confusão
moral, a pobreza de julgamentos, colocando no mesmo nível vítimas e criminosos. É
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necessário que os maçons ordenem suas vidas, seus pensamentos, para superar esse caos
existente.
Envolvendo a coruja que está segurando um espadim, lê-se a divisa
“Liberdade, Igualdade, Fraternidade”. O emblema Liberté, Égalité, Fraternité surgiu em
França no século XVII nas sociedades filosóficas, provavelmente, na Maçonaria. Em Aulard1
(Aulard, 1892; Aulard, 1910) --- Alphonse Aulard, historiador francês, doutor em letras,
maçom e primeiro titular da cátedra de História da Revolução Francesa, na Sorbonne, em
1885 --- lê-se que, entre as sociedades filosóficas, na época pré-revolucionária, havia Lojas
maçônicas que discutiam divisas e emblemas. Outros emblemas também eram citados, como
Amitié, Charité, Sincerité; Santé, Force, Union. Os maçons franceses do século XVII
usavam divisas, especialmente, a divisa Igualdade; posteriormente, usavam Igualdade e
Fraternidade, assim como cadências ternárias como Saúde, Força e União. O mote
Liberdade veio com as ideias revolucionárias, antimonárquicas, que não era comum na
Maçonaria francesa do século XVII. Observa-se que, especialmente em Paris, a Maçonaria,
na época, era essencialmente aristocrática. Nas províncias, havia maçons com ideias mais
libertárias, algumas republicanas. Foi no interior de França que surgiu, na Maçonaria, a
tríade Liberdade – Igualdade – Fraternidade. Segundo Aulard liberdade e igualdade só
podem ser realizadas, conjuntamente, com fraternidade (Aulard, 1910).
Somente em 1880, já sob a 3a
República, a divisa Liberdade, Igualdade, Fraternidade
aparece nos frontões dos edifícios públicos. Compõe, também, ornamento de templos
maçônicos. A 3a
República foi o regime mais duradouro após a Revolução Francesa: existiu
entre 1870 e 1940.
Em 1944, retorna a divisa Liberdade, Igualdade, Fraternidade. A nova Constituição
francesa de 4 de outubro de 1946 incorpora, como determinação constitucional, a divisa
Liberdade, Igualdade, Fraternidade: article 2: .... La devise de la République est “Liberté,
Egalité, Fraternité”.
No Haiti, o arto
4 da constituição haitiana de 1987, determina: “A divisa nacional é:
Liberdade – Igualdade – Fraternidade”. Os haitianos não dispensam o hífen entre os motes
porque, dizem, não há hierarquia entre os 3 motes. No idioma crioulo haitiano: “Libète –
Egalite - Fratènite”.
Na Maçonaria francesa, a divisa Liberdade, Igualdade, Fraternidade tornou-se
aclamação, no Rito Francês ou Moderno, no início do século XIX. Desde então, em França e
nos países cuja Maçonaria tem influências francesas e, especialmente no Rito Moderno,
esta divisa sempre foi usada como aclamação. Faz parte da Constituição do Grande Oriente
do Brasil desde 1832, quando o GOB adotou, com adaptações, a Constituição do Grande
Oriente de França.
1
Alphonse Aulard, nascido François-Victor-Alphonse Aulard, em 1849, em Montbron, departamento
de Charente, no sudoeste de França, faleceu em 1928, em Paris. Foi um historiador francês, titular
da primeira cátedra de História da Revolução Francesa, na Sorbonne, entre 1885 e 1922; doutor
em letras, graças a uma tese original sobre a Revolução Francesa. Radical socialista, franco-maçom
e co-fundador da Liga dos Direitos do Homem.
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Na sua origem, a divisa “Liberdade, Igualdade, Fraternidade” tinha uma mensagem
tripartite idealista. Liberdade traduzia, inerentemente, o término do despotismo e do
absolutismo e o princípio de um governo democrático. A Igualdade tinha a ideia da
interrupção de privilégios, especialmente, os provenientes da nobreza. A Fraternidade
consubstanciava as duas aspirações citadas, isto é, a união, a harmonização igualitária de
cidadãos livres.
Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os fins supremos da Maçonaria. A
trindade Liberdade, Igualdade, Fraternidade estabelece uma aspiração maçônica notável e
completa, com significado distinto dos valores mundanos expostos neste ensaio. Liberdade
é uma aspiração pessoal, em especial liberdade de pensamento, sem limitações ao maçom
que busca a verdade. Igualdade, entre maçons, fundamenta-se na concepção moral da
identidade indispensável de todas as pessoas humanas, em que pese o fato, paradoxal, de
que não existem duas pessoas iguais. Orienta para uma exata conduta de equidade, lisura e
integridade com todos os demais. Fraternidade, para os maçons, representa tolerância com
respeito à liberdade e consenso em relação a igualdade do próximo.
4. Considerações finais:
Não resta dúvidas que s graus 8 e 9 (5ª Ordem) do Rito Francês ou
Moderno, foram criados entre 1784 e 1786, em França. A 5ª Ordem teve existência
descontinuada em França e em Portugal no século XIX. No Brasil, o Grande Capítulo dos
Ritos Azuis foi fundado em 1842 pelo Ir. Manoel Joaquim de Menezes tornou-se,
posteriormente, o Supremo Conselho do Rito Moderno. Desde 1842 funcionou
ininterruptamente as Ordens de Sabedoria, nomeadamente da 1ª a 4ª Ordem. Em 1991, o
SCRM criou a 5ª Ordem, os graus 8 e 9, no Brasil, derivado dos regulamentos de 1784. O
SCRM brasileiro é a oficina primaz do RM no mundo, pois as demais tiveram
descontinuidades em seu funcionamento. O SCRM sendo a Oficina-Chefe do Rito Moderno
no mundo, tem o encargo e a responsabilidade de autorizar o funcionamento de Sublimes
Capítulos Gerais e Supremos Conselhos em Potências reconhecidas, em todo mundo.
No RM, a águia bicéfala, denominada Águia Branca e Preta, foi adotada como símbolo
do grau 8 (5ª Ordem), em 1861, em França. Simboliza a dualidade num todo, ou seja, a
diversidade na unidade. São dois opostos que se unem para formar um terceiro. Dois (ou
mais) pensamentos, mas uma só ação.
Outra observação importante é que a Águia Branca e Preta segura em suas garras um
espadim. Isso significa o poder (do grau), não só poder, mas a honra. Poder e honra são
qualidades do maçom do grau 8 do RM.
A “Coruja de Minerva” é o símbolo do Rito Moderno de maneira geral e, em especial
do grau 9 (5ª Ordem) – Cavaleiro da Sapiência. A Coruja foi adotada como símbolo do grau
9 (5ª Ordem), em 1861, em França. A Coruja é tida como o símbolo da Sabedoria, já que ela
pode ver onde outros não conseguem. A coruja é a essência da verdadeira Sabedoria,
também é o símbolo da filosofia. Dessa forma, a Coruja é no Rito Moderno o símbolo da
pertinaz e constante busca da verdade, mesmo que transitória e em constante mutação.
JB News – Informativo nr. 2.246– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 23 de novembro de 2016 Pág. 22/33
Acima do símbolo da Coruja está a expressão latina Ordo ab Chao. Ordo ab chao,
traduzido do latim, literalmente: Ordem depois do Caos. Significa que a Maçonaria
transforma o caos da matéria prima em harmonia universal, colocando a ordem onde estava
a confusão e acendendo a luz onde existiam trevas. Transforma o homem comum, o profano
iniciado, pedra bruta, em maçom, construtores sociais, pedra cúbica.
Envolvendo a Coruja está a tríade Liberdade, Igualdade, Fraternidade. Liberdade,
Igualdade e Fraternidade são os fins supremos da Maçonaria. Estabelece uma aspiração
maçônica notável e completa, com significado distinto dos valores mundanos. Liberdade é
uma aspiração pessoal, em especial liberdade de pensamento, sem limitações ao maçom que
busca a verdade. Igualdade, entre maçons, fundamenta-se na concepção moral da
identidade indispensável de todas as pessoas humanas, em que pese o fato, paradoxal, de
que não existem duas pessoas iguais. Orienta para uma exata conduta de equidade, lisura e
integridade com todos os demais. Fraternidade, para os maçons, representa tolerância com
respeito à liberdade e consenso em relação a igualdade do próximo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
- Aulard, A. “Le Culte de la Raison et le Culte de l’Être Suprême (1793-1794)”. Essai
Historique. Université de Paris, 1892. Reproduzido em (Québec, Canadá, 2012):
http://classiques.uqac.ca/classiques/aulard_alphonse/culte_de_la_raison_et_etre_supreme
/culte_de_la_raison.pdf
Acessado em 2.out.2016.
- Aulard, A. “Études et Leçons sur la Révolution Française.” Chap. I. La devise
“Liberté, Égalité, Fraternité”. Bibliothèque d’histoire contemporaine. Paris: Félix Alcan,
Éditeur, 1910. Reproduzido em (Québec, Canadá, 2009):
http://classiques.uqac.ca/classiques/aulard_alphonse/etudes_lecons_revol_fr/etudes_leco
ns_revol_fr.pdf
Acessado em 2.out.2016.
-Batalla, J.M.B. “Breve História do Rito Francês ou Moderno”. Ensaio, 2008.
-Batalla, J.M.B. “El Rito Moderno, Rito Histórico Oficial del Grande Oriente de Brasil”.
In: Villalta Mata, J. “En Oro y Azur. Reflexiones, Estudios y Ensayos sobre el Rito
Francês”. Pp: 185-191. 2ª ed. Asturias: Editorial Masonica, 2013.
-Batalla, J.M.B. “História do Supremo Conselho do Rito Moderno”. Ensaio. 2013.
-Castellani, J. “Maçonaria Moderna”. São Paulo: Gazeta Maçônica, 1987.
-Costa, F.G. “O Rito Moderno – A Verdade Revelada”. Londrina: A Trolha, 1990.
-Frère, N.B. “L’Histoire du Grade de Chevalier Kadosch en France“. Pietre-Stones
Review of Freemasonry, 2009.
http://www.freemasons-freemasonry.com/chevalier_kadosh.html
Acessado em 27.out.2016.
-Gaglianone, P.C. “Breve História do Supremo Conselho do Rito Moderno”. Ensaio, 1999.
-Gaglianone, P.C. “Graus Filosóficos do Rito Moderno ou Francês: Considerações
Históricas”. 2ª Ed. São Paulo: Gazeta Maçônica, 2014.
-Gargianone, P.C. “La Creación del Rito Moderno en Francia” In: Círculo de Estudios del
Rito Francés “Roëttiers de Montaleau”, Rito Francés o Moderno: La
Masonería del Tercer Milenio”, 2ª ed. Asturias: Editorial Masonica, 2015,
JB News – Informativo nr. 2.246– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 23 de novembro de 2016 Pág. 23/33
-Gargianone, P.C. “La Introducción del Rito Moderno en Brasil” In: Círculo de Estudios del
Rito Francés “Roëttiers de Montaleau”, Rito Francés o Moderno: La
Masonería del Tercer Milenio”, 2ª ed. Asturias: Editorial Masonica, 2015,
-GLNF. “Grande Loge Nationale Française”. Home, 2016.
http://www.glnf.fr/fr/Accueil-du-Grand-Maître-franc-maconnerie-231
Acessado em 29.out.2016.
-GLNF. “Histoire de la Grande Loge Nationale Française”. GLNF, 2016 b.
http://www.glnf.fr/fr/Histoire-de-la-GLNF-franc-maconnerie-236ttiers
Acessado em 29.out.2016.
-GOdF. “Grand Orient de France”. Home, 2010.
http://www.godf.org/index.php/accueil/index/liens/accueil/nom/Accueil
Acessado em 29.out.2016.
-GOdF. “Grand Chapitre Général de Rite Français du Grand Orient de France”. Home,
2016.
http://grandchapitregeneralderitefrancaisdugodf.org/intra/accueil.php
Acessado em 29.out.2016.
-Guerra, V. “Rito Moderno. Una Mirada desde el Siglo XXI”. Asturias: Ed. Masonica,
2014.
-Montaleau. “Rite Français: Des Statuts et Règlements Généraux du Grand Chapitre
Général de France (1784)“. Le Blog de Montaleau, 2011.
http://montaleau.over-blog.com/article-rite-francais-des-statuts-et-reglements-generaux-
du-grand-chapitre-general-de-france-1784-67210073.html
Acessado em 25.out.2016.
-Onias Neto, A. “Graus 8 e 9, têm Fundamento ?”. Ensaio, s/d.
-Ragon, J.M. “Cours Philosophique et Interprétatif des Initiations Anciennes et
Modernes“. Paris : Berlandier Lb. Ed., 1841.
http://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k113262p/f1.item.r=J.zoom
Acessado em 27.out.2016.
-Thomas, P. “Statuts, Règlements et Rituels des Ordres de Sagesse du Rite
Français pour le Chapitre de Moûtiers (1784)”. Bonneuil-em-Valois: Éditions de
La Hutte, Grand Chapitre Français, Grand Orient de France, 2008.
http://www.editionsdelahutte.com/RESSOURCES/EXTRAITS-RF.pdf
Acessado em 25.out.2016.
-van Win, J. & Vigiers, H. “Le Renaissance du Rite Français Traditionel”. Paris : ed.
Télètes, 2002.
-Vigier, H. & van Win, J. & Duhal, J.P. & Bodez, H. “Le Rit Primordial de France dit Rite
Français ou Moderne”. Paris : ed. Télètes, 2014.
- Villalta Mata, J. “En Oro y Azur. Reflexiones, Estudios y Ensayos sobre el Rito
Francês”. “Sobre los Órdines y Altos Grados”. Pp: 129-150. 2ª ed. Asturias:
Editorial Masonica, 2013.
Le blog de MONTALEAL
JB News – Informativo nr. 2.246– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 23 de novembro de 2016 Pág. 24/33
Este Bloco está sendo produzido
pelo Irmão Pedro Juk, às segundas,
quartas e sextas-feiras
Palavra sagrada – transmissão
Em 20/04/2016 o Respeitável Irmão Lauro Goerll Filho, Loja Filhos do Pelicano, 3.866, REAA, GOB-
PR, Oriente de Cianorte, Estado do Paraná, formula a questão seguinte:
laurogoerllfilho@hotmail.com
Estou com dúvida sobre a transmissão da Palavra Sagrada, como ela deve ser
transmitida, pois na primeira instrução do Aprendiz no ritual, esta dizendo que a transmissão da
Palavra Sagrada é dita letra por letra e depois silaba por silaba. Nos Procedimentos Ritualísticos
diz que a Palavra Sagrada é transmitida pelo Venerável Mestre ao 1º Diácono sussurrada. Qual o
correto? Ou é a mesma coisa? Desculpe minha ignorância ou preciosismo.
Considerações:
6 – Pedro Juk
Perguntas & Respostas
Não esqueça: envie sua pergunta identificada pelo nome completo, Loja, Oriente, Rito e Potência.
JB News – Informativo nr. 2.246– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 23 de novembro de 2016 Pág. 25/33
Existem dois aspectos para serem considerados. Um relativo à transmissão da
Palavra na abertura e encerramento que envolve o Venerável Mestre, os Vigilantes e os
Diáconos, e o outro relativo ao Telhamento no Cobridor do Grau.
Em ambas as oportunidades a Palavra é transmitida sussurrada, porém em se
tratando da Transmissão no primeiro caso, ela é dada soletrada e por inteira apenas por um dos
protagonistas (o que a transmite). Nessa oportunidade os Irmãos envolvidos são
exclusivamente Mestres, dado aos cargos em Loja serem deles privativos.
No caso do Telhamento do Aprendiz que faz parte do Cobridor do Grau – que significa
nesse caso verificação – o que pede a Palavra dá a primeira letra de modo sussurrado e recebe
a segunda do mesmo modo, repetindo a terceira e por fim recebendo a quarta.
Infelizmente há um erro crasso no Ritual em vigência quando nessa oportunidade
menciona que ao final da transmissão da Palavra ambos repetem-na por sílabas. Ora, o
Aprendiz simbolicamente representa a infância, cuja alegoria da transmissão nesse sentido é
assegurar que ele sabe apenas “soletrar”, não silabar.
Então que “estória” é essa de ao final os protagonistas no Grau de Aprendiz a darem
por sílabas? O processo de transmissão silabada é prática de outro Grau e que também usa
outra Palavra.
Sem querer se insurgir contra o ritual, a questão aqui é da razão dos fatos.
A propósito, já estão em vigência os novos Procedimentos Ritualísticos do Primeiro e
Segundo Grau do GOB-PR revisados e atualizados recentemente – edição 2016.
Finalizando, lembro que não se devem confundir os procedimentos formatados para a
transmissão da Palavra Sagrada conforme a oportunidade – uma é aquela que acontece na
ritualística de abertura e encerramento dos trabalhos no REAA, outra, no mesmo Rito, é aquela
que envolve o Telhamento no Cobridor do Grau. Muito embora em ambas as situações sejam
usadas à mesma Palavra, os artifícios no ato se diferem.
T.F.A.
Pedro Juk
jukirm@hotmail.com
Jun/2016.
Exegese Simbólica
para o Aprendiz Maçom
I Tomo - Rito Escocês Antigo e Aceito e Trabalhos de Emulação
Autor – Ir. Pedro Juk - Editora – A trolha, Londrina 2.012 – Segunda
Edição. www.atrolha.com.br - Objetivo – Introdução a interpretação
simbólica maçônica. Conteúdo – Resumo histórico das origens da
Maçonaria – Operativa, Especulativa e Moderna. Apreciação – Sistema
Latino e Inglês – Rito Escocês Antigo e Aceito e Trabalho de Emulação.
Tema Central – Origens históricas do Painel da Loja de Aprendiz e da Tábua de Delinear.
Enfoque – Exegese do conteúdo dos Painéis (Ritualística e Liturgia, História, Ética e Filosofia).
Extenso roteiro bibliográfico.
https://www.trolha.com.br/loja/
JB News – Informativo nr. 2.246– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 23 de novembro de 2016 Pág. 26/33
(as letras em vermelho significam que a Loja completou
ou está completando aniversário)
GLSC -
http://www.mrglsc.org.br
GOSC
https://www.gosc.org.br
Data Nome da Loja Oriente
05.11.1997 União do Vale nr. 69 Blumenau
10.11.2001 Arte Real Santamarense nr. 83 Sto. Amaro da Imperatriz
14.11.1983 Obreiros da Liberdade, nr. 37 Xaxim
14.11.1983 29 de Setembro nr. 38 S. Miguel do Oeste
17.11.1950 14 de Julho nr. 03 Florianópolis
17.11.1986 Templários da Arte Real nr. 44 Blumenau
17.111993 Rei David nr. 58 Florianópolis
18.11.1993 Ottokar Dörffel nr. 59 Joinville
19.111996 Ordem e Progresso nr. 65 Joaçaba
19.11.2003 Fraternidade Lourenciana nr. 86 S. Lourenço do Oeste
19.11.1996 Manoel Gomes nr. 24 Florianópolis
21.11.1986 Liberdade e Justiça nr. 45 Abelardo Luz
21.11.1994 Fraternidade Capinzalense nr. 52 Capinzal
21.11.1992 União e Verdade nr. 53 Florianópolis
24.11.1982 Ary Batalha nr. 31 Florianópolis
Data Nome da Loja Oriente
02/11/1991 Seixas Neto Florianópolis
03/11/1971 Acácia dos Campos Campos Novos
03/11/2010 Colunas da Sabedoria Joinville
07/11/2001 Zodiacal Florianópolis
11/11/2005 Harmonia e Perseverança Itajaí
15/11/1979 Ciência e Trabalho Tubarão
22/11/1997 Templários da Liberdade Pinhalzinho
25/11/1977 Fraternidade Catarinense Florianópolis
7 – Destaques (Resenha Final)
Lojas Aniversariantes de Santa Catarina
Mês de Novembro
JB News – Informativo nr. 2.246– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 23 de novembro de 2016 Pág. 27/33
GOB/SC –
http://www.gob-sc.org.br/gobsc
Data Nome da Loja Oriente
03.11.99 Delta do Norte - 3273 Florianópolis
04.11.81 Palmeira da Paz - 2121 Blumenau
09.11.10 Regeneração Guabirubense, 4100 Brusque
12.11.99 União e Justiça - 3274 Chapecó
15.11.01 Verdes Mares - 3426 Camboriú
15.11.96 Verde Vale - 3838 Blumenau
19.11.80 União Brasileira - 2085 Florianópolis
19.11.04 Verdade e Justiça - 3646 Florianópolis
21.11.69 Jerônimo Coelho - 1820 Florianópolis
22.11.95 Luz da Verdade - 2933 Lages
24.11.92 Nereu de O. Ramos - 2744 Florianópolis
25.11.04 Luz e Frat Rionegrinhense -3643 Rio Negrinho
25.L1.06 Obreiros da Terra Firme - 3827 Florianópolis
29.11.11 Ciência e Misticismo - 4177 São José
JB News – Informativo nr. 2.246– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 23 de novembro de 2016 Pág. 28/33
Irmãos da Loja “Fé e Amor” de Tanabi:
150 anos de Maçonaria
( do Irmão João Paulo Vargas Shinagawa – Tanabi – SP) - No sábado dia 19 de novembro, dia da
Bandeira, a A∴R∴L∴S ∴ “Fé e Amor” nº 42 – Or ∴ de Tanabi – S,P. – G∴L∴E∴S
∴P∴ realizou sua 4ª Paella Maçônica onde vários IIr∴ de diversas Lojas e Potências,
participaram com muita animação e alegria. O evento já tradicional no calendário da “Fé
e Amor”, contou com mais uma bela coincidência, três irmãos, cada qual com 50 anos
de Loja, meio centenário de profícuos trabalhos em suas respectivas oficinas e que
muito nos emocionou.
O efeito azul do salão, amplificou as emoções, no instante da foto somando o tempo de
Loja dos três IIr ∴ são 150 anos de muito trabalho, o verdadeiro desbastar da P ∴ B ∴
Da esquerda para a direita Ir ∴ M∴I∴ Petronilho Corrêa, da A∴R∴L∴S ∴ “Fé e Amor” nº
42 – Or ∴ de Tanabi – S,P. – G∴L∴E∴S ∴P∴ , aniversariante do dia, no centro o Ir∴
Saulo de Carvalho da a A∴R∴L∴S ∴ “ Escudo de Hiram” nº 320 – Or∴ Neves Paulista –
SP - G∴L∴E∴S ∴P∴ e a esquerda Ir∴ Wilson Alves Monteiro da A∴R∴L∴S ∴ “Fé e
Amor” nº 42 – Or ∴ de Tanabi – S,P. – G∴L∴E∴S ∴P∴
Aguardamos Publicação no JB NEWS
A foto está em anexo
TFA ,
Ir ∴ Jerônimo, continue editando uma das mais importantes publicações da Maçonaria Brasileira
Ir∴ João Paulo Vargas Shinagawa
A∴R∴L∴S ∴ “Fé e Amor” nº 42 – Or ∴ de Tanabi – S,P. – G∴L∴E∴S ∴P∴
JB News – Informativo nr. 2.246– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 23 de novembro de 2016 Pág. 29/33
Ir Marcelo Angelo de Macedo, 33∴
MI da Loja Razão e Lealdade nº 21
Or de Cuiabá/MT, GOEMT-COMAB-CMI
Tel: (65) 3052-6721 divulga diariamente no
JB News o Breviário Maçônico, Obra de autoria do saudoso IrRIZZARDO DA CAMINO,
cuja referência bibliográfica é: Camino, Rizzardo da, 1918-2007 - Breviário Maçônico /
Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014 - ISBN 978-85.370.0292-6)
Dia 23 de novembro:
Rosa-Cruz
A Fraternidade Rosa-Cruz tem origem muito remota e, de certo modo, perdida no
Tempo; teria sido formada com o intuito de regenerar a humanidade, mantendo sigilo
profundo até o século XVII.
Posteriormente, um grande expoente, Cristiano Rosenkreutz, teria revelado ao mundo
os princípios da Fraternidade, que até hoje subsiste, como Sociedade Esotérica.
No ano de 1654, Johann Valentin Andrea lançou um livro intitulado Reforma Geral
do Mundo Inteiro, acompanhado da Fama Fraternidade da Honra da Ordem dos
Rosacruzes.
Essa Fraternidade foi confundida muitas vezes com a Maçonaria e, de certo modo, a
Maçonaria moderna assimilou muitos princípios esotéricos do grande movimento.
Por mera coincidência, a Maçonaria Filosófica possui um grau denominado Rosa-
Cruz, mas que nada tem a ver com a antiga Fraternidade.
A Maçonaria admite todo movimento que tenda à regeneração humana, e a filiação à
Fraternidade Rosa-Cruz não é impedida.
O maçom, aliás, tem o dever de ilustrar-se e conhecer os movimentos esotéricos para
fortalecer a sua convicção na Arte Real.
Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 346.
.
Visite o site da Loja
Professor Mâncio da Costa nr. 1977
www.manciodacosta.mvu.com.br
Florianópolis
JB News – Informativo nr. 2.246– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 23 de novembro de 2016 Pág. 30/33
Cópia de um ritual todo datilografado que pertenceu a um maçom
da 22ª. Infantaria Australiana, durante a Segunda Guerra.
(do Museu Maçônico da Grande Loja de Victoria – foto JB News)
trabalho duro
JB News – Informativo nr. 2.246– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 23 de novembro de 2016 Pág. 31/33
1 –
10 Passos importantes para
construir sua autoconfiança
2 –
A NASA descobriu o 13º signo da
astrologia!
3 –
Conheça os arranha céus mais
belos e altos do mundo!
4 –
Você gostaria de passar uma
temporada neste iate milionári..
5 - Serra da Canastra -MG
http://www.descubraminas.com.br/Turismo/ParqueApresentacao.aspx?cod_destino=792
6 - Melhores fotos de 2014:
Melhores Fotos de 2014.pps
7 - Filme do dia: (Tigre Branco) - legendado
ATIVAR A LEGENDA PTBR NAS CONFIGURAÇÕES DO VÍDEO: “White Tiger” é o candidato russo para o Oscar
de Melhor Filme Estrangeiro, e segue a história do Sargento Ivan Naydenov, que, após quase ser morto
numa batalha brutal contra o misterioso panzer, se torna obcecado em destruí-lo a qualquer custo. O Tiger,
que escolhe suas vítimas soviéticas com facilidade, parece imune a qualquer contra-ataque. Num piscar de
olhos, o misterioso “tigre branco” desaparece por florestas densas e pântanos inacessíveis a qualquer
tanque normal. O tanque é como um fantasma – e é essa sua qualidade mística que Shakhnazarov esperava
capturar. (no canto superior direito, clique nos três pontos e selecione a legenda.)
https://www.youtube.com/watch?v=PoNt2g0OEl8
JB News – Informativo nr. 2.246– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 23 de novembro de 2016 Pág. 32/33
O Irmão e Poeta Adilson Zotovici,
da Loja Chequer Nassif-169
de São Bernardo do Campo –
escreve aos sábados e
esporadicamente em dias alternados
adilsonzotovici@gmail.com
REUNIÃO ANTIGA
Não havia um só lugar
A abóboda...o próprio céu !
Ansiava-se por chegar
A mensagem, d’um alvenéu !
Tal dia e hora tal !
Sussurrado então no ouvido
Indicando também o local
Com discrição, sem alarido !
Chegados esses momentos
Vindos de todos os lados !
De aventais, que, paramentos,
Os obreiros, ali, irmanados !
Como tapete quadriculado
Feito com simetria no chão,
Um mosaico bem desenhado
Com simples pedaço de carvão !
De bom esquadro guarnecido
Entrelaçado ao compasso
JB News – Informativo nr. 2.246– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 23 de novembro de 2016 Pág. 33/33
Que pelo tempo envelhecido,
Conquistavam infinito espaço !
Em torno de uma razão
E de um princípio jurado
Independente da religião
Sobre o livro da Lei Sagrado
E assim, bem preparado,
Sob a luz do firmamento
Estava o grupo empenhado
E a Loja, em bom andamento !
Após tudo resolvido
E bom trabalho realizado
O lugar era dissolvido
Com a graça do Pai Louvado !
Cada qual para o seu canto
Até uma nova convocação
Carregando pra si o encanto...
Da secreta e fraternal reunião !
Ir. Adilson Zotovici
ARLS Chequer Nassif-169

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JB News saúda os Irmãos leitores de Tanabi – SP

  • 1. JB NEWS Filiado à ABIM sob nr. 007/JV Editoria: Ir Jeronimo Borges Loja Templários da Nova Era nr. 91(Florianópolis) - Obreiro Loja Alferes Tiradentes nr. 20 (Florianópolis) - Membro Honorário Loja Harmonia nr. 26 (B. Horizonte) - Membro Honorário Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (J. de Fora) -Correspondente Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (P. Alegre) - Correspondente Academia Catarinense Maçônica de Letras Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia de B. Horizonte O JB News saúda os Irmãos leitores de Tanabi – SP - Saudações, Prezado Irmão! Índice do JB News nr. 2.246 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 23 de novembro de 2016 Bloco 1-Almanaque Bloco 2-IrAilton Elisiário – Moacir Germano Bloco 3-IrJoão Ivo Girardi – Vitrúvio Bloco 4-IrJosé Ronaldo Viega Alves – Egrégora: Energia Psíquica, Aura ou Abstração? Bloco 5-IrWalter Celso de Lima – Graus 8 e 9 do Rito Moderno: Símbolos (Parte II - Final) Bloco 6-IrPedro Juk – Perguntas & Respostas – do IrLauro Goerll Filho de Cianorte (PR) Bloco 7-Destaques JB – Breviário Maçônico p/o dia 23 de novembro e versos do Irmão e Poeta Adilson Zotovici
  • 2. JB News – Informativo nr. 2.246– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 23 de novembro de 2016 Pág. 2/33 23 de novembro 1913: Fundação da Universidade Federal de Itajubá - 1944: Leopoldina Ferreira Paulo -Primeiro Doutoramento de uma mulher na Universidade do Porto: Nesta edição: Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet – Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e www.google.com.br Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores. 1 – ALMANAQUE Hoje é o 328 dia do Calendário Gregoriano do ano de 2016– (Lua Quarto Minguante ) Faltam 38 dias para terminar este ano bissexto Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebeu a presente mensagem, para evitar atropelos em nossas remesssas diárias. Obrigado. Colabore conosco para evitar problemas na emissão de nossas mala direta diária. EVENTOS HISTÓRICOS (Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki) Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas
  • 3. JB News – Informativo nr. 2.246– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 23 de novembro de 2016 Pág. 3/33  1891 — Primeira Revolta da Armada: o almirante Custódio de Melo ameaça bombardear a cidade do Rio de Janeiro, forçando a renúncia do presidente Deodoro da Fonseca.  1903 — Olinto De Pretto apresenta o ensaio "Hipótese do éter na vida do universo", que segundo alguns estudiosos italianos, foi incorporada por Albert Einstein para criação da Teoria da relatividade.  1913 — Fundação da Universidade Federal de Itajubá, a primeira universidade tecnológica do Brasil, sendo a décima escola de engenharia do país.  1925 — Os negócios do falsário Artur Virgílio Alves dos Reis começam a despertar a atenção do jornal O Século.  1942 — O marechal Gueorgui Jukov realiza o cerco aos alemães na cidade de Stalingrado.  1944 — Primeiro doutoramento de uma mulher na Universidade do Porto: Leopoldina Ferreira Paulo doutora-se em Ciências Biológicas com a tese Alguns caracteres morfológicos das mãos dos portugueses.  1955 — Austrália recebe do Reino Unido a posse das Ilhas Cocos (Keeling).  1961 — Um jato Comet 4 de prefixo LV-AHR das Aerolineas Argentinas cai logo após decolar do Aeroporto Internacional de Viracopos, na cidade de Campinas, provocando a morte de 52 pessoas.  1971 — A República Popular da China ganha a vaga da República da China no Conselho de Segurança das Nações Unidas.  2003 — Revolução Rosa: o presidente georgiano Eduard Shevardnadze renuncia ao cargo após semanas de protestos contra o resultado das eleições no país.  2005 — Ellen Johnson Sirleaf torna-se a primeira mulher a governar um país africano, ao derrotar o ex- futebolista George Weah nas eleições presidenciais da Libéria.  2012 — A companhia aérea brasileira WebJet Linhas Aéreas é extinta pela Gol Linhas Aéreas Inteligentes, provocando o desligamento de 850 funcionários.  2014 — Lewis Hamilton conquista o bicampeonato mundial de Fórmula 1. 1853 Lançada a obra “Memória Histórica do Regimento de Linha Santa Catarina”, de autoria do major Manoel Joaquim de Almeida Coelho, o primeiro historiador nascido na capital catarinense. 1891 Lei Nr. 16 criou as comarcas de Brusque e de São Joaquim. 1926 Pela primeira vez um avião sobrevoa os céus da cidade de Blumenau. Tratava-se do hidroplano “Dornier Wall”, conduzindo a bordo o ministro alemão Dr. Luther. 1783 Arruda Câmara, fundador do Areópago de Itambé, entra para a Ordem dos Carmelitas 1795 Fundação na Pennsylvania do primeiro Grande Capítulo de Maçons do Real Arco 1831 Reerguido o Grande Oriente do Brasil seu nome atual, para diferenciá-lo do Grande Oriente Brasileiro, do Passeio. 1991 Reconstruído o Supremo Conselho da Iugoslávia. 1991 Reconstruído o Supremo Conselho da Iugoslávia. 2001 Assinado Tratado de Amizade, Aliança e Mútuo Reconhecimento entre o Supremo Conselho do Rito Moderno e o Supremo Grande Capítulo de Maçons do Real Arco do Brasil. Fatos maçônicos do dia Fonte: O Livro dos Dias (Ir João Guilherme) e acervo pessoal Fatos históricos de santa catarina
  • 4. JB News – Informativo nr. 2.246– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 23 de novembro de 2016 Pág. 4/33 O Irmão Ailton Elisiário, é membro da Academia Paraibana de Letras Maçônicas. Publicação simultânea desta crônica às quartas-feiras no JB News, Jornal da Paraíba e Paraiabaonline. MOACIR GERMANO Neste ano de 2016 o Destino foi muito severo para com a nossa Academia. Quatro confrades assumiram a imortalidade definitivamente: a jornalista Molina Ribeiro, o poeta José Laurentino, o jurista José Tavares e agora o poeta Moacir Germano. No dia 15 de novembro Moacir Germano, segundo presidente da Academia de Letras de Campina Grande, sucessor do jornalista Nilo Tavares na Cadeira 25, que tem por patrono o compositor Rosil Cavalcanti, cerrou os olhos para este mundo. Moacir era natural de Itatuba, nascido em 21.05.1950, vindo para Campina Grande com 11 anos de idade, viajando em lombo de burro. Ao chegar em Ingá, tendo a tropa parado no rancho de Dona Pepediga para dar descanso aos animais, seu pai notando que seus joelhos sangravam indagou-lhe o que havia ocorrido. Ferido pelo roçar dos caçoás, ele respondeu mentindo que não havia sentido aquilo, pois sofrera calado com medo de que seu pai o fizesse retornar e seu sonho de vir a Campina não se realizasse. E foi aqui em Campina onde ele viveu, vindo a ocupar espaço reconhecido no mundo da literatura e da poesia. Já estudante do Colégio Estadual da Prata, começou a ensaiar os seus primeiros escritos, que assumiam as mais diversas formas: poemas, sonetos, crônicas, pequenos contos, peças teatrais. O fundador de nossa Academia, Amaury Vasconcelos, já vaticinara que Moacir um dia estaria nela ocupando uma cadeira, fato que veio a acontecer quando tomou posse em 8 de abril de 2000, sendo recepcionado pelo próprio Amaury e, indo mais além, o sucedendo na presidência da Academia no período 2004 a 2007. Moacir publicou várias obras, desde as peças encenadas “Quando as máscaras caem” (1970) e “Quando as mulheres traem” (1973), passando pelos contos a exemplo de “Instantes” (1978) e “O grão de areia”, dedicado aos seus filhos quando eram crianças, 2 – Moacir Germano Ailton Elisiário
  • 5. JB News – Informativo nr. 2.246– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 23 de novembro de 2016 Pág. 5/33 trafegando pela crônica em “...E o resto é foquilori” para entregar-se à poesia com imenso repositório. “Meu tempo – meu mundo” (1979), “Poemas” (1983), “Orações de um leigo” (1984), “Os meus sonetos de amor” e “Retrato falado” (2000), dentre tantos e tantos outros poemas publicados em periódicos e revistas especializadas fazem a obra poética de Moacir Germano Brasil. Desenvolveu trabalhos em conjunto com o confrade Antonio Soares, colaborando com este nas edições dos Cadernos Literários do Instituto Cultural Português, tendo criado o Núcleo Cultural Português de Campina Grande, participado da União Brasileira de Escritores – UBE e da Academia dos Poetas Brasileiros – POEBRAS e premiado na I Amostra de Literatura Econômica da Paraíba e no III Concurso Raimundo Correa de Poesia no Rio de Janeiro. Teve ainda seus poemas incluídos no programa “Leitura Psicanalítica de Poemas” do Núcleo de Estudos Freudianos de Campina Grande. Foi colaborador do Jornal da Paraíba no suplemento JP Literário. Moacir Germano foi um poeta inquieto, preocupado com o sofrimento humano. Sua poesia intimista denota uma peregrinação interior, plena de agonia, mas sem perder a esperança. É Moacir que agora fala por dois sonetos: um em que exprime sua angústia e outro em que descansa em sua mulher amada. Diz ele no soneto Por que?: São perguntas que eu faço à minha mente/ e não consigo a mim mesmo responder;/ perguntas que me ferem cruelmente/ transformando em tortura o meu viver./ - Por que a morte nos vem tão de repente/ sem estarmos preparados pra morrer?/ Por que se nasce frágil e inocente?/ E por que tanta dor e padecer?/ - Por que o mundo é cruel e violento?/ Por que a tristeza, a dor, o sofrimento?/ Por que é que a minha angústia não se acalma?/ - Quanto mais me pergunto me torturo./ Mas espero respostas no futuro/ para os porquês que vivem na minh’alma. E no Soneto da Partida: No dia, meu amor, em que eu partir/ não quero ver o pranto te chegar/ pois todo o caminho que eu seguir/ hei de sempre o teu vulto relembrar./ - Quando o dia chegar (pois há de vir)/ quero ver estampada em teu olhar/ coragem pra vencer dentre o porvir/ a saudade, que certo ele trará./ - Pois que quando eu voltar, pra ti, um dia/ me recebas com júbilo e alegria/ num gesto carinhoso a me abraçar./ - Que eu trarei, para ti, da minha ausência/ (não as horas amargas da existência/ mas) toda a minha vida pra te amar. Moacir gostava de temas esotéricos e escreveu “A equação do terceiro milênio”, um texto escatológico concernente às profecias contidas na Bíblia, uma no Livro de Daniel (Dn 7, 25) e outra no Livro do Apocalipse (Ap 12, 14). O texto trata da segunda vinda de Jesus Cristo, que será marcada pela última revelação do Filho de Deus com a chegada do quarto milênio. Segundo Moacir será o advento do Juízo Final para todos os vivos ou mortos ressurretos e, tendo agora o nosso confrade passado pelo juízo particular, está à espera da renovação de todas as coisas (Ap 21, 5). Descanse em paz, confrade Moacir.
  • 6. JB News – Informativo nr. 2.246– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 23 de novembro de 2016 Pág. 6/33 O Ir. João Ivo Girardi joaogira@terra.com.br da Loja “Obreiros de Salomão” nr. 39 de Blumenau é autor do “Vade-Mécum Maçônico – Do Meio-Dia à Meia-Noite” Premiado com a Comenda do Mérito Cultural Maçônico “Aquiles Garcia” 2016 da GLSC e com a Ordem do Mérito Templário da Loja Templários da Nova Era. escreve às quartas-feiras e domingos. (Republicação do artigo do JB News nr. 674 de 01.07.2012) Vitrúvio Homem Vitruviano 1. Foi arquiteto, engenheiro e filósofo romano do século I. Seu nome era Marcus Lucius Vitruvius Polli, escreveu uma obra clássica, De Architectura (27 da nossa era). Neste tratado estão os ensinamentos, as regras da arquitetura grego- romana. Dez livros compõem a obra de Vitrúvio; sete livros tratam de arquitetura e três, separadamente, à hidráulica, à gnomônica (técnica de construção de gnômons: instrumentos que marcam a altura do Sol pela direção da sombra) e à mecânica, concernentes às funções do arquiteto antigo. A ele se deve a organização das conhecidas ordens de arquitetura: toscana, jônica, dórica, coríntia e compósita. Serviu como engenheiro militar sob César na África e como arquiteto sob Otávio. Vitrúvio dizia a seus discípulos: a filosofia torna o arquiteto leal, justo, urbano e generoso; porque nenhum bom trabalho pode ser feito sem boa fé e mãos limpas. Descreve os materiais de arquitetura, as ordens e seus elementos, e os diversos tipos de construção em Roma; preleciona sobre maquinários, relógios de água (hidrômetros), aquedutos, planejamento de cidades e serviço sanitário. Vitrúvio recomenda na construção das cidades o sistema radial. Explicou o som como vibração do ar e escreveu o mais velho manual de acústica. Projeta para canalização da água a tubulação de chumbo. Vitrúvio utilizava a ideia de que tanto o universo quanto o ser humano haviam sido criados 3 – Vitrúvio João Ivo Girardi
  • 7. JB News – Informativo nr. 2.246– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 23 de novembro de 2016 Pág. 7/33 segundo princípios correlacionados. A representação do corpo de um homem em conjunção com a planta de um edifício, comum nas catedrais medievais, ficou conhecida como o Homem Vitruviano. Descobertos no Renascimento, seus livros influenciaram profundamente Leonardo da Vinci e Miguel Ângelo. Seguindo a lição de seus pais e professores, Vitrúvio preferiu desconhecer a fama em vida e chegar à velhice sem riquezas, porque o reconhecimento deve estar ligado ao mérito e não a adulação; deve ser dado, e não pedido. 2. No fim da Idade Média, os maçons da Inglaterra, vangloriavam-se por ser a arte da Maçonaria a mesma dos arquitetos, e que ela podia ser identificada com a Geometria. Essa afirmação era conhecida por numerosos escritores sem ligação com a arte do maçom, mas não era enfatizada nem considerada de especial importância, exceto pelos próprios maçons. Nos séculos XVI e XVII, a situação mudou de forma dramática, pois o arquiteto passou a ocupar uma posição de grande destaque nos pensamentos renascentista, em grande parte por causa da aceitação dos louvores feitos aos arquitetos pelo arquiteto romano Marco Vitrúvio Pólio, que fora engenheiro militar de Júlio César. O conhecimento de Vitrúvio não tinha se perdido totalmente na Idade Média, e as afirmações dos Antigos Deveres ingleses a respeito da importância da Maçonaria sem dúvida refletiam a influência de suas ideias: o mais antigo manuscrito sobrevivente de Vitrúvio, De Architeture (século VIII), é escrito em inglês e há vários textos ingleses medievais posteriores, e sumários deles. Mas foi na Itália no século XV, que Vitrúvio se tornou pela primeira vez uma figura dominante, primeiro por causa de seus textos manuscritos de sua obra e depois, após 1486, por meio de versões impressas. Em meados do século XVI, Vitrúvio estava disponível em latim, italiano e alemão, e eram comuns os tratados baseados em sua obra. A compreensão do conceito vitruviano do arquiteto e das técnicas e estilos de arquitetura detalhados por Vitrúvio era considerada não só relevante à formação dos arquitetos, mas também um elemento essencial na formação de um cavalheiro. Absorver as ideias vitruvianas era de suma importância para alcançar o ideal renascentista de recriar o mundo clássico. Com o conceito que Vitrúvio tinha do arquiteto era vital para a mudança de percepções da arte do maçom, tanto por parte de seus membros como por forasteiros que ajudaram no surgimento da Maçonaria, cabe aqui citar partes do primeiro livro de De Architeture: O arquiteto deveria estar munido do conhecimento de muitas áreas de estudo e variadas formas de aprendizado, pois é por seu julgamento que todo trabalho feito pelas outras artes é posto à prova. Esse conhecimento é filho da prática e da teoria. A prática é o exercício contínuo e regular do emprego, onde o trabalho manual é feito com qualquer material necessário, de acordo com o desenho de um
  • 8. JB News – Informativo nr. 2.246– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 23 de novembro de 2016 Pág. 8/33 projeto. A teoria, por outro lado, é a habilidade para demonstrar e explicar as produções de destreza segundo os princípios da proporção. Daí se segue, portanto, que os arquitetos que visam adquirir habilidade manual sem a devida instrução nunca foram capazes de alcançar uma posição de autoridade que corresponda a seus esforços, enquanto aqueles que só dependiam de teorias e instruções estavam obviamente correndo atrás de sombras, não da substância. Mas aqueles com um conhecimento minucioso de ambos, como os homens bem armados, logo atingem seu objetivo e adquirem para si autoridade. 3. Durante a febre neoplatônica do início do início dos anos de 1600 teve grande destaque o trabalho do arquiteto romano do século I, Vitrúvio, a quem Leonardo da Vinci muito admirava. Foi Vitrúvio quem mais influenciou a mudança do pensamento maçônico do século XVII, e seu conceito de arquitetura contribuiu diretamente para o progresso filosófico da Maçonaria Operativa à Franco-Maçonaria Operativa. Nesse contexto inicial, o franco-maçom era ainda um trabalhador operativo, um arquiteto. Foram as fraternidades de clubes, no final do século XVIII, que deram origem ao franco-maçom especulativo, que não era maçom nem arquiteto. Até na época de Júlio César, Vitrúvio havia reconhecido (como ele afirmou em seu primeiro livro De Architeture) que: (...) o arquiteto deve ter o conhecimento de muitas áreas de estudo e vários tipos de aprendizado, pois é com base em seu julgamento que todo trabalho realizado por outras artes é posto a prova. Ele ainda enfatizou que o verdadeiro arquiteto deve conhecer bem tanto a pedra como o lápis. Ele deve conhecer a teoria e a prática, e saber, baseado em sua experiência e conhecimento (e não do construtor), se uma construção permanecerá firme ou desabará. Ele escreveu: Que o arquiteto tenha vasto conhecimento, seja habilidoso com o lápis, instruído em Geometria, conheça muito a História, tenha acompanhado o trabalho dos filósofos com atenção, entenda de Música, tenha algum conhecimento de Medicina, conheça as opiniões dos juristas, e esteja familiarizado com a Astronomia e a teoria dos céus. O que Vitrúvio havia descrito 1600 anos seria alcançado por Cristopher Wren, professor de astronomia e maior arquiteto da era Stuart. 4. O Homem Vitruviano: famoso nu de Leonardo da Vinci -, assim chamado por causa de Vitruvius Pollio (70 a.C. -?), brilhante arquiteto romano que entoou louvores à Divina Proporção em seu texto De Architetura. Detalhou estas proporções por escrito como segue: O umbigo está naturalmente posicionado no centro do corpo humano e, se em um homem deitado com sua face para cima, e suas mãos e pés estendidos, de seu umbigo como centro, um círculo pode ser descrito, ele tocará seus dedos das mãos e dos pés. Não é somente por um círculo
  • 9. JB News – Informativo nr. 2.246– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 23 de novembro de 2016 Pág. 9/33 que o corpo humano é assim circunscrito, como pode ser visto, colocando-o dentro de um quadrado. Porque se medindo dos pés até o topo da cabeça, e, então os braços totalmente estendidos, descobrimos que esta última medida é igual à primeira; de modo que linhas nos ângulos retos entre si, fechando afigura, formarão um quadrado. Esta descrição (cerca de 1487) foi usada por Leonardo Da Vinci para criar o famoso desenho intitulado o Homem Vitruviano. È considerado o desenho mais anatomicamente correto de sua época, o Homem Vitruviano de Da Vinci se tornou um ícone da cultura moderna, aparecendo em cartazes e camisetas de todo o mundo. O famosíssimo esboço consiste em um círculo perfeito no qual um homem nu se encontra inscrito... seus braços e pernas estendidos, totalmente abertos, sem roupa. Símbolo feminino de proteção, o círculo em torno do homem nu completava a mensagem que Da Vinci pretendera passar – a harmonia entre o feminino e o masculino. O símbolo do pentagrama é considerado como mágico e divino por muitas culturas antigas. Por quê? Porque ao desenhar um pentagrama, as linhas automaticamente se dividem em segmentos que seguem a Divina Proporção. A razão dos segmentos de reta de um pentagrama sempre equivale a PHI, tornando esse símbolo a expressão por excelência da Divina Proporção. Por isso a estrela de cinco pontas, sempre foi o símbolo da beleza e da perfeição associadas à deusa e ao sagrado feminino. O desenho atualmente faz parte da coleção da Gallerie dell'Accademia (Galeria da Academia) em Veneza, Itália. 5. Foi nessa posição que o corpo do curador do Louvre, Jacques Sauniére, foi encontrado fornecendo a primeira pista sobre os mistérios do livro: O Código Da Vinci, Dan Brown. 6. Rituais: (...) Como vedes, o número 3 é primordial no grau de Aprendiz e se este quiser realmente estar em condições de passar a Companheiro, deve estudar cuidadosamente as propriedades desse número, seja nas obras de Pitágoras, na Cabala numérica, ou ainda, nas obras de arquitetura e arqueologia iniciáticas de Vitrúvio, Ramée e outros. (RA-GLSC). Nota: Importante observar aos Irmãos que cada número no verbete significa fonte de pesquisa diferente. As Fontes de referência estão no livro.
  • 10. JB News – Informativo nr. 2.246– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 23 de novembro de 2016 Pág. 10/33 O Ir.·. José Ronaldo Viega Alves escreve às quartas-feiras e domingos. Loja Saldanha Marinho, “A Fraterna” Santana do Livramento – RS ronaldoviega@hotmail.com EGRÉGORA: ENERGIA PSÍQUICA, AURA OU ABSTRAÇÃO? “La construcción del Egrégor de una Logia está directamente relacionada con varios aspectos que es importante anotar. De hecho, cuando se funda una Logia, esta viene a la existencia bajo ciertas condiciones, que pueden ser de tipos astronómicas, astrológicas, numerológicas, cabalísticas, etc., y que afectan toda su vida. Algunas nacen sanas y robustas, otras débiles y enfermizas, permaneciendo así durante el transcurso de muchos años. Quienes hemos tenido alguna experiencia en visitar algunas Logias de diferentes Ritos, por ejemplo, nos podemos dar cuenta que todas tienen sus características peculiares que perduran a pesar de los indivíduos que entran y salen y de los que las componen en forma regular. De hecho, está animada desde su fundación por propósitos muy particulares.” (Dionisio E. Jara R.) INTRODUÇÃO O assunto mexe com a espiritualidade, com as crenças, com a sensibilidade de cada um e pode gerar, por conseguinte, um mosaico de opiniões diferentes. De um lado, podemos até mesmo ouvir que não é coisa da Maçonaria, que é um falso culto, ou que ela simplesmente não existe... Do outro lado, que ela é a soma dos pensamentos positivos ou negativos criando uma energia, ou uma entidade viva ou ainda, uma espécie de corpo etéreo. Bem, dá para ver que é um assunto que pelo que pode apresentar, requer todo um cuidado, embora o objetivo aqui seja o de aclarar alguma coisa, e na medida do possível desmistificar, baseado nas opiniões dos nossos estudiosos. Para quem pretenda pesquisar um pouco mais, ou se aprofundar, não tem como não ater-se à busca em dicionários, e aqui não se está falando a respeito dos dicionários de uso comum, pois, neles não consta tal palavra. O verbete é encontrado comumente em dicionários maçônicos ou esotéricos, portanto, dicionários específicos. Outro caminho é a Internet, tendo o cuidado de separar o joio do trigo. Na sequência, vejamos uma amostra das interpretações diversas que podemos encontrar nas fontes citadas, não sem dizer antes que, a palavra é um tanto que, escorregadia. 4 – Egrégora: Energia psíquica, Aura ou Abstração? José Ronaldo Viega Alves
  • 11. JB News – Informativo nr. 2.246– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 23 de novembro de 2016 Pág. 11/33 O QUE É A EGRÉGORA? Vamos recorrer então a uma primeira definição do verbete, a que consta no “Dicionário Enciclopédico do Pensamento Esotérico Ocidental”: “EGRÉGORA: Expressão comum na moderna prática mágica, significando o corpo artificial de almas criado por qualquer grupo mágico ou espiritual operativo – ou por qualquer grupo de pessoas unidas por algum tipo de vínculo emocional. Originalmente, a palavra significava “vigia”, referindo-se a um elemental artificial construído por um grupo mágico para vigiar seus trabalhos e afastar intrusos físicos e não físicos. Com o tempo, a expressão adquiriu seu significado atual.” Agora vejamos a definição, da qual, antes, tomei a liberdade de sintetizá-la, e que pertence a um dos nossos maiores estudiosos nessa área, o Irmão Rizzardo Da Camino: “EGRÉGORA: Deriva do grego egregorien, com o significado de “vigiar”. A Maçonaria aceita a presença da Egrégora em suas sessões litúrgicas. A Egrégora é uma “entidade” momentânea; subsiste enquanto o grupo está reunido. Para que surja a Egrégora é necessária a preparação ambiental, formada pelo “som”, pelo “perfume do incenso” e pelas vibrações dos presentes devendo essas vibrações ser “puras”, eliminando o maçom, antes de ingressar no Templo, no Átrio, todos os pensamentos inapropriados para o culto maçônico. A ritualística e liturgia preparam o momento do surgimento da Egrégora; no exato instante em que o Oficiante termina a leitura em voz alta do trecho do livro Sagrado, a Egrégora forma-se, brotando do Altar, como tênue fio espiritual, para adquirir corpo etéreo com as características humanas. Os mais sensitivos percebem essa Entidade, que se mantém silenciosa, mas, atua de imediato em cada maçom presente, dando-lhe a assistência espiritual de que necessita, manipulando assim a Fraternidade. Para cada Loja forma-se uma Egrégora específica.(...) Os céticos não aceitam essa Entidade; porém, estudos aprofundados revelam a possibilidade do seu surgimento.(...)” Contrapondo o que foi exposto acima, e atendendo à proposta antes enunciada, de ouvir várias opiniões, vejamos na sequência, a de um reconhecido estudioso da Maçonaria, Alec Mellor, registrada por Nicola Aslan, onde ele critica o que chama de “divagações ocultistas”: “Esta concepção totalmente extra-maçônica, ausente de todos os Rituais foi admitida sem grande espírito crítico por numerosos Maçons ocultistas que falaram da “egrégora da Loja”, daquela da Ordem, etc. Semelhantes divagações bastam para mostrar a que ponto o ocultismo pôde causar estragos na Maçonaria como um flagelo...” Uma outra opinião, exposta pelo seu autor, Irmão Ubyrajara de Souza Filho, em um artigo de sua autoria, podemos dizer que vai de encontro àquela que foi exposta logo acima. Extraio o seguinte trecho: “Após complementar a pesquisa com diversas consultas à internet, conclui que existe um consenso entre os Irmãos que questionam o uso do termo ‘egrégoras’ na Maçonaria, de que o seu aparecimento no meio esotérico remonta a 1824 com o ocultista Eliphas Levy que a definiu como “capitães das almas’, e que, posteriormente, teve o seu sentido ‘adaptado’ às diversas interpretações esotéricas-místicas-ocultistas que foram agregadas à Maçonaria ao longo dos anos por autores maçônicos franceses que, ao final do século XIX, insistiram em transformar a Maçonaria em um braço esotérico do espiritismo, tal como os seus antecessores ingleses insistiram em cristianizá-la.” COMENTÁRIOS: Fica evidenciado até o momento, portanto, que ainda que alguns Irmãos estudiosos aceitem essa existência, essa presença da egrégora, traduzida como uma emanação de caráter psíquico e espiritual, um tipo de energia física emocional e mental, outros irão colocá-la na
  • 12. JB News – Informativo nr. 2.246– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 23 de novembro de 2016 Pág. 12/33 condição de um corpo estranho, e creditando a sua aceitação por força das influências ocultistas que a Maçonaria recebeu em outras épocas. EM QUE, OU EM QUEM ACREDITAR? Quando resolvi efetuar as pesquisas atinentes ao tema, o primeiro dicionário do qual me socorri, certo de que o vocábulo Egrégora iria estar lá, foi o “Dicionário de Maçonaria” de Joaquim Gervásio Figueiredo, pois, sabemos que no mesmo constam muitas palavras ligadas ao universo esotérico, ocultista, porém, ela não estava lá. No âmbito da Maçonaria não é um termo que seja entendido, interpretado e explicado com facilidade, ou que então obedeça a um consenso, como já deu para perceber. Lembro de uma vez ter lido um artigo na revista Planeta, naquela sua fase mais clássica, uma edição da década de 70, calcada na original francesa, onde um grupo de pesquisadores canadenses se dispuseram a inventar, ou se quisermos, criar um “fantasma”. Dentre aqueles que compunham o grupo, havia dois tipos de pessoas: os que admitiam haver um fundo de realidade nas supostas aparições relatadas no decorrer da experiência, mais crédulos, portanto, e os que supunham que ver um fantasma era uma fraude deliberada ou alucinação, ou seja, os céticos. A lembrança desse artigo, sem entrar aqui em mais detalhes, faz com examine e considere da mesma forma, as ponderações do Irmão Paulo Roberto Marinho, em artigo que intitulou “Egrégoras: Um Falso Culto”, quando ele diz: “Podemos constatar que o conceito geral que fazem os defensores das chamadas egrégoras é de uma entidade engendrada e plasmada pela força da mente de seus devotos e que adquire individualidade, vontade própria e, boa ou má, interfere na vida e no destino das pessoas. Avaliem os Respeitáveis Irmãos a questão: consta nos Rituais da Maçonaria, Simbólica ou Filosófica (Altos Graus), de qualquer Potência, de qualquer país ou idioma algo sobre as egrégoras? Alguma vez participastes de sessões maçônicas voltadas para práticas, técnicas e articulações místicas na intenção de desenvolver ou alimentar as chamadas egrégoras? Se isso não ocorreu, como podem ser devotos de algo que sequer sabem o que é? (...) Como podem então, permitirem e crerem que a energia que emana de vossos corpos vá alimentar uma suposta entidade que não se sabe como atua, onde atua e quais os resultados de sua atuação?” COMENTÁRIOS: É de se pensar bastante sobre os questionamentos que o Irmão Paulo Roberto Marinho faz no trecho acima, e que vem se somar às outras questões e considerações dispostas até aqui. Com base nas leituras realizadas e nas opiniões apresentadas, o mais fácil seria sair pela tangente, contentando-me com o pensamento do filósofo grego Sócrates (ou pelo menos que é atribuído a ele, pois, há controvérsias), “Só sei que nada sei”. Mas, a questão é que o que para mim soa como verdade, para outro pode não ser, então, há vários motivos para não colocar ainda um ponto final: na Maçonaria, há aqueles mais conservadores, e também os mais liberais, há ainda, os mais e os menos sensitivos, os mais e os menos espiritualizados, e tudo isso poderá incidir com mais ou menos intensidade na hora de emitir uma opinião. Eu diria que, se há um pensamento positivo de cada Irmão presente na Sessão, se todos desejam estar ali, se todos estão isentos de vaidades, se todos estão imbuídos do espírito da fraternidade, da amizade e do amor, há em primeiríssimo lugar uma harmonia. E a partir daí, há com certeza uma energia positiva. Quando instalada a Cadeia de União, a energia essa, positiva, psíquica, ou se outro nome que possa receber, será passada de Irmão para Irmão, pois, estarão unidos naquele exato momento pelos pés, pelas mãos e pelas mentes.
  • 13. JB News – Informativo nr. 2.246– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 23 de novembro de 2016 Pág. 13/33 De um trabalho do Irmão Hercule Spoladore, intitulado “Paranormalidade e Maçonaria” subtraio o seguinte trecho: “Se levarmos em conta que numa Loja em Sessão, com o Templo em geral pouco iluminado, onde os Irmãos unidos por uma energia vibrante, harmonizados pelo ritmo do Ritual (se bem executado), ainda com o peso de ser a Maçonaria uma escola mística e de se invocar o G.·.A.·.D.·.U.·. nas Sessões, não resta a menor dúvida que uma Loja é o local ideal para que os Irmãos relaxem e entrem em ondas “alpha”. Se existir entre os Irmãos um ou mais sensitivos, poderá ocorrer uma manifestação de um fenômeno fora do normal, o qual não poderá e não deverá ser confundido com os princípios da Ordem. A Maçonaria congrega adeptos de várias religiões, cada qual com seus dogmas, suas crenças particulares e conceitos gerais. Estas variações não tem importância na Ordem desde que o adepto tenha uma crença num entre superior e que creia na imortalidade da alma, exceção ao Rito Moderno, o qual deixa à vontade o Irmão para buscar a sua Verdade e a sua concepção de Deus.” CONCLUSÃO Independente das definições dos dicionários e dos livros esotéricos, podemos concordar que a energia essa que se desprende e que é resultante da união de várias outras energias tome o nome de egrégora, pois ainda há essa outra acepção, que pode ser descrita como uma energia. Sendo livres-pensadores, buscadores da verdade, temos de optar pelas explicações mais razoáveis e sensatas, claro. Não podemos aceitar em primeira instância as explicações que levam pela senda do misticismo, das fantasias ou superstições. Fica claro que o assunto ainda não se esgota por aqui. É interessante que tenhamos em mente o que serve de finalização para o artigo “El Egregor de la Logia”, citado no começo, e que termina dizendo: “Entonces la divinidad invocada a través del Gran Arquitecto del Universo, puede enfocar su gracia en la forma de pensamiento que nosotros hemos creado.” Para uns poderá significar pouco, para outros poderá significar muito. CONSULTAS BIBLIOGRÁFICAS: Internet: “El Egregor de la Logia” de Dionisio E. Jara. R. – Santiago de Chile – Disponível em: symbolos.com/egregor_logia.htm ”Quebrando a Egrégora” trabalho do Irmão Ubyrajara de Souza Filho publicado no Informativo JB News – n° 1246, de 29.01.2014 Revistas: “Universo Maçônico” n° 8 – Artigo: “Egrégoras: Um Falso Culto” de autoria do Irmão Paulo Roberto Marinho. ”O Prumo” n° 101 e 105 – “Paranormalidade e Maçonaria” artigo do Irmão Hercule Spoladore. Livros: DA CAMINO, Rizzardo – Dicionário Maçônico – Ed. Madras – 2006 GREER, John Michael. “Dicionário Enciclopédico do Pensamento Esotérico Ocidental” – Editora Pensamento – Cultrix 2012 MASSON, Hervé. “Manual-Diccionario de Esoterismo” Ediciones Roca – México, D.F. 1975 – 1ª Ed.
  • 14. JB News – Informativo nr. 2.246– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 23 de novembro de 2016 Pág. 14/33 O escritor e Irmão Walter Celso de Lima É obreiro da Loja “Alvorada da Sabedoria” (GOB/SC) e membro da Academia Catarinense Maçônica de Letras Florianópolis Graus 8 e 9 do Rito Moderno Parte II – Símbolos Graus 8 e 9 do Rito Moderno Parte II – Símbolos 1. Introdução: Na Parte I – Origens e História deste ensaio, foi explanado as origens da 5ª Ordem (graus 8 e 9) do Rito Moderno e o desenvolvimento dessa 5ª Ordem em França e no Brasil. Nesta Parte II, narra-se os símbolos e seus significados dos graus 8 e 9. 2. Águia Branca e Preta: A águia de duas cabeças é um símbolo comum na heráldica. A águia bicéfala é um importante símbolo maçônico, comum a vários ritos e Potências. É o símbolo do grau 8 do RM (5ª Ordem), denominada Águia Branca e Preta. A origem da águia bicéfala é, provavelmente, mesopotâmica e o primeiro petróglifo conhecido foi na cidade de Lagash, na Suméria, sul da Babilônia. Por isso, é conhecido na Maçonaria como a águia de Lagash. Lagash situa-se a 22 Km a leste da atual cidade iraquiana de Ash Shatrah. O relevo, onde se encontra esta águia bicéfala, é datado cerca de 2.500 a.E.V. (Fig. 1) e se encontra, hoje, no Museu do Louvre (no Departamento de Antiguidades Orientais). Há, entretanto, controvérsias. Este relevo de Lagash está muito ofuscado, apagado, destruído, não permitindo concluir se a ave desenhada é, realmente, bicéfala. O petróglifo de Lagash tem 21,6 cm de altura, 15,1 cm de largura e 3,5 cm de profundidade. 5 – Graus 8 e 9 do Rito Moderno – Símbolos (Parte II - final) Walter Celso de Lima
  • 15. JB News – Informativo nr. 2.246– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 23 de novembro de 2016 Pág. 15/33 Fig. 1 – O petróglifo de Lagash (foto de 2005 – Museu do Louvre). A águia bicéfala é marca dos turcos desde o ano 1.000 E.V.. Também, símbolo de diversos países e nações: cazaques da Ásia central, do Império Austríaco (desde 1804), da Confederação Alemã (1815) – Fig. 2, do Império Bizantino (entre 330 e 1453 E.V.), do Império Russo (desde 1500 até 1917), da Federação Russa (desde 1993) e de diversos estados eslavos e balcânicos. Fig. 2 - Brasão da Confederação Alemã, 1815 (Wappen Deutscher Bund). A águia bicéfala negra foi adotada pela Maçonaria (rito de Heredom ou da Perfeição) por Frederico II, em 1758, sendo adotado, posteriormente, pelo REAA. No RM, a águia bicéfala, denominada Águia Branca e Preta, foi adotada como símbolo do grau 8 (5ª Ordem), em 1861, em França – Fig. 3. ☩ Fig. 3 - Águia Branca e Preta, grau 8 do RM.
  • 16. JB News – Informativo nr. 2.246– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 23 de novembro de 2016 Pág. 16/33 No simbolismo maçônico, a águia bicéfala significa dualidade que se une em um todo. Ou seja, dois aparentes opostos que são parte da mesma coisa, do mesmo vínculo. O conceito básico de um, que se divide para se tornar dois opostos e que então se unem para formar três é fundamental na filosofia. Isto é, um só corpo e duas (ou mais) cabeças pensantes. Pode-se (e deve-se) pensar diferentemente mas a ação corporal só pode ser única. Uma consequência de dobrar as imagens é intensificá-la, exacerbá-la, reforçá-la, dar ênfase. Se uma águia simboliza a nobreza, a águia bicéfala simboliza uma nobreza maior, superior. A águia bicéfala é símbolo da dualidade ou do equilíbrio, pois dois opostos que devem contrapor-se e combinar-se para formar um elemento completo. O símbolo aparece nos graus 27 e 32, do REAA, mas seu principal papel está no grau 30. É o emblema do grau 33 do mesmo Rito, bem como do grau 8 (5ª Ordem) do Rito Moderno. Este simbolismo designa que uma de suas cabeças olha ao infinito do passado e a outra ao infinito do futuro, mostrando com isso que o presente é apenas uma fina linha de contato entre duas eternidades. A águia de duas cabeças simboliza a ordem da Sabedoria, uma das cabeças representa o Progresso e a outra a Ordem. No grau 8 (RM) as duas cabeças da águia bicéfala são branca e negra (ou preta), simbolizando o Saber e a Verdade. Outra observação importante é que todas as águias bicéfalas seguram em suas garras uma espada (REAA), ou espadim (pequena espada, compatível com o desenho do símbolo – RM). Isso significa o poder (do grau), não só poder, mas a honra. Poder e honra são qualidades do maçom do grau 8 do RM. O espadim nas garras da Águia Branca e Preta significa o poder e honra dos Cavaleiros Kadosh, Inspetores do Rito. No RM, a Águia Branca e Preta está nas alfaias do grau, sobre a cruz potenteia ou potente, vermelha, com fundo prateado. A cruz potenteia (Fig. 4) ou cruz teutônica é uma cruz com quatro braços iguais, mas com as quatro extremidades dos braços, barradas por quatro taus (tau é uma figura heráldica, em forma de T). É conhecida também como “cruz muleta” (Krückenkreuz em alemão). "Potentes" é uma palavra antiga para uma muleta. Originou-se na cruz de Jerusalém, insígnia do Reino Latino de Jerusalém (1099 – 1291), um Estado Cruzado, criado na Primeira Cruzada. É chamada, também, de cruz potente pois simboliza a ideia de força, potência. É um símbolo usado no catolicismo, no escotismo e na Maçonaria, além de constituir emblemas de algumas cidades. Fig. 4 – Cruz potenteia ou cruz teutônica. Na Maçonaria, em especial no RM, a cruz potenteia sob a águia bicéfala simboliza a força e o poder amparando, escorando, como que com muletas a Águia Branca e Preta.
  • 17. JB News – Informativo nr. 2.246– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 23 de novembro de 2016 Pág. 17/33 3. A Coruja: Coruja é a designação comum das aves estrigiformes. Tais aves possuem hábitos notívagos e voo silencioso devido à estrutura das penas, alimentando-se de pequenos mamíferos (principalmente de roedores e morcegos), insetos e aranhas. As corujas podem girar sua cabeça e pescoço em até 270º em qualquer direção e, apesar do tamanho do seus olhos, elas não conseguem mexer os seus globos oculares. Coruja é o símbolo da deusa grega da sabedoria, Athena ( Αθηνά ), conhecida também como Palas Athena ( Παλλάς Αθηνά ). Também, a coruja é considerada o símbolo da filosofia e do professor. A prole da coruja é de cerca de cinco ovos por gestação. Depois da eclosão, o macho cuida dos filhotes por dois meses até que estes aprendam a se defender. O macho fica de sentinela na árvore, cuidando do ninho, principalmente durante o dia. Na presença de um possível invasor, os filhotes podem imitar sons de serpentes (sibilar), fazendo o agressor desistir do ataque. A coruja pia. Em francês: Hibou ou Chouette, em espanhol: Búho ou Tecolote, em inglês: Owle e em alemão: die Eule. A imagem da Coruja é encontrada na moeda grega um euro. Fig. 5 – Coruja, símbolo da Sabedoria, da Filosofia e do Professor. A “Coruja de Minerva” é o símbolo do Rito Moderno de maneira geral e, em especial do grau 9 (5ª Ordem) – Cavaleiro da Sapiência. A Coruja foi adotada como símbolo do grau 9 (5ª Ordem), em 1861, em França. A coruja é tida, também, como o símbolo da Sabedoria, já que ela pode ver onde outros não conseguem. A coruja é a essência da verdadeira Sabedoria, também é o símbolo da filosofia. A coruja da filosofia é a Coruja de Minerva. Minerva é uma deusa romana e seu equivalente grego é Atena. Atena, a deusa grega da sabedoria, possuía uma Coruja de estimação que permanecia sempre em seu ombro e lhe revelava as verdades invisíveis. Essa Coruja tinha o poder de iluminar o lado obscuro da deusa, capacitando-a a perceber toda a verdade e não apenas aquela parcela da verdade que podia discernir sem seu auxílio. Em função disso a Coruja ficou associada à deusa da Sabedoria. A ave da deusa da Sabedoria e da Justiça: atenta Coruja, cujo pescoço gira 270º, é possuidora de olhos luminosos que, como Zeus, enxergam “o todo”. Devido a todos esses atributos, a Coruja simboliza também a filosofia e os professores. Dessa forma, a Coruja é no Rito Moderno o símbolo da pertinaz e constante busca da verdade, mesmo que transitória e em constante mutação.
  • 18. JB News – Informativo nr. 2.246– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 23 de novembro de 2016 Pág. 18/33 Fig. 6 – Coruja, símbolo do grau 9 (Cavaleiro da Sapiência) do RM. As ideias liberais na Maçonaria começam a se desenvolver nos Grandes Orientes da Bélgica e da França, a partir da segunda metade do século XIX, sobretudo nos anos 1872 e seguintes, quando se instaurou o princípio da Liberdade Absoluta de Consciência relativamente à invocação ou não, nas Sessões Maçônicas, do Grande Arquiteto do Universo, da presença do Volume da Lei Sagrada nas Lojas, e, especialmente, na igualdade incondicional de todos os obreiros perante a Obediência que os congrega (o que não admitiria o favorecimento de uns - pela posição social ou linhagem nobiliária - em detrimento de outros) e ainda, na igualdade de condições para admissão na Maçonaria (não podendo haver distinção de raça, cor, credo, gênero ou ainda, deformidade física). Fig. 7 – Símbolo do Rito Moderno na Grande Loja Regular do Rio Grande do Sul. Descreve-se, a seguir, o símbolo do grau 9 – Fig. 6. Iniciando-se de cima para baixo: aparece sobre o triângulo “9” (do grau 9), o barrete frígio vermelho. O símbolo “barrete” originou no rescaldo do assassinato do ditador romano Júlio César por um grupo de senadores de Roma em 44 a.E.V.. Imediatamente após César ser morto, os líderes da conspiração de assassinato foram ao encontro de uma multidão de romanos no Fórum Romano. Um boné – em latim pileus (toca, boné craniano, que identificava um escravo
  • 19. JB News – Informativo nr. 2.246– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 23 de novembro de 2016 Pág. 19/33 liberto) foi colocado no topo de um poste para simbolizar que o povo romano tinha sido libertado do domínio de César, e que os assassinos alegaram, tinha-se tornado uma tirania, extrapolando a autoridade do Senado e assim traído a República. Durante a Revolução Francesa, o pileus romano foi confundido com o barrete frígio. Isso levou o barrete frígio como símbolo do republicanismo e da liberdade. Hoje, o barrete frígio é utilizado em muitas bandeiras e emblemas de muitos Estados e de repúblicas. Exemplo: a bandeira e o emblema do Estado de Santa Catarina. Fig. 8 – O barrete frígio. O barrete frígio ou barrete da liberdade é uma espécie de touca, originariamente utilizada pelos moradores da Frígia (antiga região da Ásia Menor, onde hoje está situada na parte centro-oeste da Turquia. Foi adotado, na cor vermelha, pelos republicanos franceses que lutaram pela tomada e queda da Bastilha, em 1789, que culminou com a instalação da primeira república francesa em 1793. No Rito Moderno simboliza a liberdade, especialmente, a liberdade de expressão e pensamento. Abaixo do triângulo “9” está a expressão latina Ordo ab Chao. Ordo ab chao, traduzido do latim, literalmente: Ordem depois do Caos (explicitamente: a confusão desaparece com a ordem). Significa que a Maçonaria transforma o caos da matéria prima em harmonia universal, colocando a ordem onde estava a confusão e acendendo a luz onde existiam trevas. Transforma o homem comum, o profano iniciado, pedra bruta, em maçom, construtores sociais, pedra cúbica. O dístico “Ordo ab chao” foi criado 31 de maio de 1801, em Charleston, na Carolina do Sul, no REAA, com o sentido de colocar ordem no caos que havia nos altos graus no escocismo, em França. Ordo ab chao, o lema do grau 33 do REAA e do grau 9 do RM, tem um significado muito importante: a confusão desaparece com a ordem. Como as pedras brutas, que são retiradas das rochas e são talhadas para construção de catedrais, também os homens comuns originados da amorfa massa humana, são escolhidos pela Maçonaria e por ela instruídos, preparados, polidos, transformando-os em maçons aptos a construir, fortalecer e aperfeiçoar o edifício social. Isso é o significado, para os maçons, de Ordem depois do Caos. A desordem, o caos, a confusão reina em todos as esferas da vida. Existe a confusão moral, a pobreza de julgamentos, colocando no mesmo nível vítimas e criminosos. É
  • 20. JB News – Informativo nr. 2.246– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 23 de novembro de 2016 Pág. 20/33 necessário que os maçons ordenem suas vidas, seus pensamentos, para superar esse caos existente. Envolvendo a coruja que está segurando um espadim, lê-se a divisa “Liberdade, Igualdade, Fraternidade”. O emblema Liberté, Égalité, Fraternité surgiu em França no século XVII nas sociedades filosóficas, provavelmente, na Maçonaria. Em Aulard1 (Aulard, 1892; Aulard, 1910) --- Alphonse Aulard, historiador francês, doutor em letras, maçom e primeiro titular da cátedra de História da Revolução Francesa, na Sorbonne, em 1885 --- lê-se que, entre as sociedades filosóficas, na época pré-revolucionária, havia Lojas maçônicas que discutiam divisas e emblemas. Outros emblemas também eram citados, como Amitié, Charité, Sincerité; Santé, Force, Union. Os maçons franceses do século XVII usavam divisas, especialmente, a divisa Igualdade; posteriormente, usavam Igualdade e Fraternidade, assim como cadências ternárias como Saúde, Força e União. O mote Liberdade veio com as ideias revolucionárias, antimonárquicas, que não era comum na Maçonaria francesa do século XVII. Observa-se que, especialmente em Paris, a Maçonaria, na época, era essencialmente aristocrática. Nas províncias, havia maçons com ideias mais libertárias, algumas republicanas. Foi no interior de França que surgiu, na Maçonaria, a tríade Liberdade – Igualdade – Fraternidade. Segundo Aulard liberdade e igualdade só podem ser realizadas, conjuntamente, com fraternidade (Aulard, 1910). Somente em 1880, já sob a 3a República, a divisa Liberdade, Igualdade, Fraternidade aparece nos frontões dos edifícios públicos. Compõe, também, ornamento de templos maçônicos. A 3a República foi o regime mais duradouro após a Revolução Francesa: existiu entre 1870 e 1940. Em 1944, retorna a divisa Liberdade, Igualdade, Fraternidade. A nova Constituição francesa de 4 de outubro de 1946 incorpora, como determinação constitucional, a divisa Liberdade, Igualdade, Fraternidade: article 2: .... La devise de la République est “Liberté, Egalité, Fraternité”. No Haiti, o arto 4 da constituição haitiana de 1987, determina: “A divisa nacional é: Liberdade – Igualdade – Fraternidade”. Os haitianos não dispensam o hífen entre os motes porque, dizem, não há hierarquia entre os 3 motes. No idioma crioulo haitiano: “Libète – Egalite - Fratènite”. Na Maçonaria francesa, a divisa Liberdade, Igualdade, Fraternidade tornou-se aclamação, no Rito Francês ou Moderno, no início do século XIX. Desde então, em França e nos países cuja Maçonaria tem influências francesas e, especialmente no Rito Moderno, esta divisa sempre foi usada como aclamação. Faz parte da Constituição do Grande Oriente do Brasil desde 1832, quando o GOB adotou, com adaptações, a Constituição do Grande Oriente de França. 1 Alphonse Aulard, nascido François-Victor-Alphonse Aulard, em 1849, em Montbron, departamento de Charente, no sudoeste de França, faleceu em 1928, em Paris. Foi um historiador francês, titular da primeira cátedra de História da Revolução Francesa, na Sorbonne, entre 1885 e 1922; doutor em letras, graças a uma tese original sobre a Revolução Francesa. Radical socialista, franco-maçom e co-fundador da Liga dos Direitos do Homem.
  • 21. JB News – Informativo nr. 2.246– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 23 de novembro de 2016 Pág. 21/33 Na sua origem, a divisa “Liberdade, Igualdade, Fraternidade” tinha uma mensagem tripartite idealista. Liberdade traduzia, inerentemente, o término do despotismo e do absolutismo e o princípio de um governo democrático. A Igualdade tinha a ideia da interrupção de privilégios, especialmente, os provenientes da nobreza. A Fraternidade consubstanciava as duas aspirações citadas, isto é, a união, a harmonização igualitária de cidadãos livres. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os fins supremos da Maçonaria. A trindade Liberdade, Igualdade, Fraternidade estabelece uma aspiração maçônica notável e completa, com significado distinto dos valores mundanos expostos neste ensaio. Liberdade é uma aspiração pessoal, em especial liberdade de pensamento, sem limitações ao maçom que busca a verdade. Igualdade, entre maçons, fundamenta-se na concepção moral da identidade indispensável de todas as pessoas humanas, em que pese o fato, paradoxal, de que não existem duas pessoas iguais. Orienta para uma exata conduta de equidade, lisura e integridade com todos os demais. Fraternidade, para os maçons, representa tolerância com respeito à liberdade e consenso em relação a igualdade do próximo. 4. Considerações finais: Não resta dúvidas que s graus 8 e 9 (5ª Ordem) do Rito Francês ou Moderno, foram criados entre 1784 e 1786, em França. A 5ª Ordem teve existência descontinuada em França e em Portugal no século XIX. No Brasil, o Grande Capítulo dos Ritos Azuis foi fundado em 1842 pelo Ir. Manoel Joaquim de Menezes tornou-se, posteriormente, o Supremo Conselho do Rito Moderno. Desde 1842 funcionou ininterruptamente as Ordens de Sabedoria, nomeadamente da 1ª a 4ª Ordem. Em 1991, o SCRM criou a 5ª Ordem, os graus 8 e 9, no Brasil, derivado dos regulamentos de 1784. O SCRM brasileiro é a oficina primaz do RM no mundo, pois as demais tiveram descontinuidades em seu funcionamento. O SCRM sendo a Oficina-Chefe do Rito Moderno no mundo, tem o encargo e a responsabilidade de autorizar o funcionamento de Sublimes Capítulos Gerais e Supremos Conselhos em Potências reconhecidas, em todo mundo. No RM, a águia bicéfala, denominada Águia Branca e Preta, foi adotada como símbolo do grau 8 (5ª Ordem), em 1861, em França. Simboliza a dualidade num todo, ou seja, a diversidade na unidade. São dois opostos que se unem para formar um terceiro. Dois (ou mais) pensamentos, mas uma só ação. Outra observação importante é que a Águia Branca e Preta segura em suas garras um espadim. Isso significa o poder (do grau), não só poder, mas a honra. Poder e honra são qualidades do maçom do grau 8 do RM. A “Coruja de Minerva” é o símbolo do Rito Moderno de maneira geral e, em especial do grau 9 (5ª Ordem) – Cavaleiro da Sapiência. A Coruja foi adotada como símbolo do grau 9 (5ª Ordem), em 1861, em França. A Coruja é tida como o símbolo da Sabedoria, já que ela pode ver onde outros não conseguem. A coruja é a essência da verdadeira Sabedoria, também é o símbolo da filosofia. Dessa forma, a Coruja é no Rito Moderno o símbolo da pertinaz e constante busca da verdade, mesmo que transitória e em constante mutação.
  • 22. JB News – Informativo nr. 2.246– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 23 de novembro de 2016 Pág. 22/33 Acima do símbolo da Coruja está a expressão latina Ordo ab Chao. Ordo ab chao, traduzido do latim, literalmente: Ordem depois do Caos. Significa que a Maçonaria transforma o caos da matéria prima em harmonia universal, colocando a ordem onde estava a confusão e acendendo a luz onde existiam trevas. Transforma o homem comum, o profano iniciado, pedra bruta, em maçom, construtores sociais, pedra cúbica. Envolvendo a Coruja está a tríade Liberdade, Igualdade, Fraternidade. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os fins supremos da Maçonaria. Estabelece uma aspiração maçônica notável e completa, com significado distinto dos valores mundanos. Liberdade é uma aspiração pessoal, em especial liberdade de pensamento, sem limitações ao maçom que busca a verdade. Igualdade, entre maçons, fundamenta-se na concepção moral da identidade indispensável de todas as pessoas humanas, em que pese o fato, paradoxal, de que não existem duas pessoas iguais. Orienta para uma exata conduta de equidade, lisura e integridade com todos os demais. Fraternidade, para os maçons, representa tolerância com respeito à liberdade e consenso em relação a igualdade do próximo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: - Aulard, A. “Le Culte de la Raison et le Culte de l’Être Suprême (1793-1794)”. Essai Historique. Université de Paris, 1892. Reproduzido em (Québec, Canadá, 2012): http://classiques.uqac.ca/classiques/aulard_alphonse/culte_de_la_raison_et_etre_supreme /culte_de_la_raison.pdf Acessado em 2.out.2016. - Aulard, A. “Études et Leçons sur la Révolution Française.” Chap. I. La devise “Liberté, Égalité, Fraternité”. Bibliothèque d’histoire contemporaine. Paris: Félix Alcan, Éditeur, 1910. Reproduzido em (Québec, Canadá, 2009): http://classiques.uqac.ca/classiques/aulard_alphonse/etudes_lecons_revol_fr/etudes_leco ns_revol_fr.pdf Acessado em 2.out.2016. -Batalla, J.M.B. “Breve História do Rito Francês ou Moderno”. Ensaio, 2008. -Batalla, J.M.B. “El Rito Moderno, Rito Histórico Oficial del Grande Oriente de Brasil”. In: Villalta Mata, J. “En Oro y Azur. Reflexiones, Estudios y Ensayos sobre el Rito Francês”. Pp: 185-191. 2ª ed. Asturias: Editorial Masonica, 2013. -Batalla, J.M.B. “História do Supremo Conselho do Rito Moderno”. Ensaio. 2013. -Castellani, J. “Maçonaria Moderna”. São Paulo: Gazeta Maçônica, 1987. -Costa, F.G. “O Rito Moderno – A Verdade Revelada”. Londrina: A Trolha, 1990. -Frère, N.B. “L’Histoire du Grade de Chevalier Kadosch en France“. Pietre-Stones Review of Freemasonry, 2009. http://www.freemasons-freemasonry.com/chevalier_kadosh.html Acessado em 27.out.2016. -Gaglianone, P.C. “Breve História do Supremo Conselho do Rito Moderno”. Ensaio, 1999. -Gaglianone, P.C. “Graus Filosóficos do Rito Moderno ou Francês: Considerações Históricas”. 2ª Ed. São Paulo: Gazeta Maçônica, 2014. -Gargianone, P.C. “La Creación del Rito Moderno en Francia” In: Círculo de Estudios del Rito Francés “Roëttiers de Montaleau”, Rito Francés o Moderno: La Masonería del Tercer Milenio”, 2ª ed. Asturias: Editorial Masonica, 2015,
  • 23. JB News – Informativo nr. 2.246– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 23 de novembro de 2016 Pág. 23/33 -Gargianone, P.C. “La Introducción del Rito Moderno en Brasil” In: Círculo de Estudios del Rito Francés “Roëttiers de Montaleau”, Rito Francés o Moderno: La Masonería del Tercer Milenio”, 2ª ed. Asturias: Editorial Masonica, 2015, -GLNF. “Grande Loge Nationale Française”. Home, 2016. http://www.glnf.fr/fr/Accueil-du-Grand-Maître-franc-maconnerie-231 Acessado em 29.out.2016. -GLNF. “Histoire de la Grande Loge Nationale Française”. GLNF, 2016 b. http://www.glnf.fr/fr/Histoire-de-la-GLNF-franc-maconnerie-236ttiers Acessado em 29.out.2016. -GOdF. “Grand Orient de France”. Home, 2010. http://www.godf.org/index.php/accueil/index/liens/accueil/nom/Accueil Acessado em 29.out.2016. -GOdF. “Grand Chapitre Général de Rite Français du Grand Orient de France”. Home, 2016. http://grandchapitregeneralderitefrancaisdugodf.org/intra/accueil.php Acessado em 29.out.2016. -Guerra, V. “Rito Moderno. Una Mirada desde el Siglo XXI”. Asturias: Ed. Masonica, 2014. -Montaleau. “Rite Français: Des Statuts et Règlements Généraux du Grand Chapitre Général de France (1784)“. Le Blog de Montaleau, 2011. http://montaleau.over-blog.com/article-rite-francais-des-statuts-et-reglements-generaux- du-grand-chapitre-general-de-france-1784-67210073.html Acessado em 25.out.2016. -Onias Neto, A. “Graus 8 e 9, têm Fundamento ?”. Ensaio, s/d. -Ragon, J.M. “Cours Philosophique et Interprétatif des Initiations Anciennes et Modernes“. Paris : Berlandier Lb. Ed., 1841. http://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k113262p/f1.item.r=J.zoom Acessado em 27.out.2016. -Thomas, P. “Statuts, Règlements et Rituels des Ordres de Sagesse du Rite Français pour le Chapitre de Moûtiers (1784)”. Bonneuil-em-Valois: Éditions de La Hutte, Grand Chapitre Français, Grand Orient de France, 2008. http://www.editionsdelahutte.com/RESSOURCES/EXTRAITS-RF.pdf Acessado em 25.out.2016. -van Win, J. & Vigiers, H. “Le Renaissance du Rite Français Traditionel”. Paris : ed. Télètes, 2002. -Vigier, H. & van Win, J. & Duhal, J.P. & Bodez, H. “Le Rit Primordial de France dit Rite Français ou Moderne”. Paris : ed. Télètes, 2014. - Villalta Mata, J. “En Oro y Azur. Reflexiones, Estudios y Ensayos sobre el Rito Francês”. “Sobre los Órdines y Altos Grados”. Pp: 129-150. 2ª ed. Asturias: Editorial Masonica, 2013. Le blog de MONTALEAL
  • 24. JB News – Informativo nr. 2.246– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 23 de novembro de 2016 Pág. 24/33 Este Bloco está sendo produzido pelo Irmão Pedro Juk, às segundas, quartas e sextas-feiras Palavra sagrada – transmissão Em 20/04/2016 o Respeitável Irmão Lauro Goerll Filho, Loja Filhos do Pelicano, 3.866, REAA, GOB- PR, Oriente de Cianorte, Estado do Paraná, formula a questão seguinte: laurogoerllfilho@hotmail.com Estou com dúvida sobre a transmissão da Palavra Sagrada, como ela deve ser transmitida, pois na primeira instrução do Aprendiz no ritual, esta dizendo que a transmissão da Palavra Sagrada é dita letra por letra e depois silaba por silaba. Nos Procedimentos Ritualísticos diz que a Palavra Sagrada é transmitida pelo Venerável Mestre ao 1º Diácono sussurrada. Qual o correto? Ou é a mesma coisa? Desculpe minha ignorância ou preciosismo. Considerações: 6 – Pedro Juk Perguntas & Respostas Não esqueça: envie sua pergunta identificada pelo nome completo, Loja, Oriente, Rito e Potência.
  • 25. JB News – Informativo nr. 2.246– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 23 de novembro de 2016 Pág. 25/33 Existem dois aspectos para serem considerados. Um relativo à transmissão da Palavra na abertura e encerramento que envolve o Venerável Mestre, os Vigilantes e os Diáconos, e o outro relativo ao Telhamento no Cobridor do Grau. Em ambas as oportunidades a Palavra é transmitida sussurrada, porém em se tratando da Transmissão no primeiro caso, ela é dada soletrada e por inteira apenas por um dos protagonistas (o que a transmite). Nessa oportunidade os Irmãos envolvidos são exclusivamente Mestres, dado aos cargos em Loja serem deles privativos. No caso do Telhamento do Aprendiz que faz parte do Cobridor do Grau – que significa nesse caso verificação – o que pede a Palavra dá a primeira letra de modo sussurrado e recebe a segunda do mesmo modo, repetindo a terceira e por fim recebendo a quarta. Infelizmente há um erro crasso no Ritual em vigência quando nessa oportunidade menciona que ao final da transmissão da Palavra ambos repetem-na por sílabas. Ora, o Aprendiz simbolicamente representa a infância, cuja alegoria da transmissão nesse sentido é assegurar que ele sabe apenas “soletrar”, não silabar. Então que “estória” é essa de ao final os protagonistas no Grau de Aprendiz a darem por sílabas? O processo de transmissão silabada é prática de outro Grau e que também usa outra Palavra. Sem querer se insurgir contra o ritual, a questão aqui é da razão dos fatos. A propósito, já estão em vigência os novos Procedimentos Ritualísticos do Primeiro e Segundo Grau do GOB-PR revisados e atualizados recentemente – edição 2016. Finalizando, lembro que não se devem confundir os procedimentos formatados para a transmissão da Palavra Sagrada conforme a oportunidade – uma é aquela que acontece na ritualística de abertura e encerramento dos trabalhos no REAA, outra, no mesmo Rito, é aquela que envolve o Telhamento no Cobridor do Grau. Muito embora em ambas as situações sejam usadas à mesma Palavra, os artifícios no ato se diferem. T.F.A. Pedro Juk jukirm@hotmail.com Jun/2016. Exegese Simbólica para o Aprendiz Maçom I Tomo - Rito Escocês Antigo e Aceito e Trabalhos de Emulação Autor – Ir. Pedro Juk - Editora – A trolha, Londrina 2.012 – Segunda Edição. www.atrolha.com.br - Objetivo – Introdução a interpretação simbólica maçônica. Conteúdo – Resumo histórico das origens da Maçonaria – Operativa, Especulativa e Moderna. Apreciação – Sistema Latino e Inglês – Rito Escocês Antigo e Aceito e Trabalho de Emulação. Tema Central – Origens históricas do Painel da Loja de Aprendiz e da Tábua de Delinear. Enfoque – Exegese do conteúdo dos Painéis (Ritualística e Liturgia, História, Ética e Filosofia). Extenso roteiro bibliográfico. https://www.trolha.com.br/loja/
  • 26. JB News – Informativo nr. 2.246– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 23 de novembro de 2016 Pág. 26/33 (as letras em vermelho significam que a Loja completou ou está completando aniversário) GLSC - http://www.mrglsc.org.br GOSC https://www.gosc.org.br Data Nome da Loja Oriente 05.11.1997 União do Vale nr. 69 Blumenau 10.11.2001 Arte Real Santamarense nr. 83 Sto. Amaro da Imperatriz 14.11.1983 Obreiros da Liberdade, nr. 37 Xaxim 14.11.1983 29 de Setembro nr. 38 S. Miguel do Oeste 17.11.1950 14 de Julho nr. 03 Florianópolis 17.11.1986 Templários da Arte Real nr. 44 Blumenau 17.111993 Rei David nr. 58 Florianópolis 18.11.1993 Ottokar Dörffel nr. 59 Joinville 19.111996 Ordem e Progresso nr. 65 Joaçaba 19.11.2003 Fraternidade Lourenciana nr. 86 S. Lourenço do Oeste 19.11.1996 Manoel Gomes nr. 24 Florianópolis 21.11.1986 Liberdade e Justiça nr. 45 Abelardo Luz 21.11.1994 Fraternidade Capinzalense nr. 52 Capinzal 21.11.1992 União e Verdade nr. 53 Florianópolis 24.11.1982 Ary Batalha nr. 31 Florianópolis Data Nome da Loja Oriente 02/11/1991 Seixas Neto Florianópolis 03/11/1971 Acácia dos Campos Campos Novos 03/11/2010 Colunas da Sabedoria Joinville 07/11/2001 Zodiacal Florianópolis 11/11/2005 Harmonia e Perseverança Itajaí 15/11/1979 Ciência e Trabalho Tubarão 22/11/1997 Templários da Liberdade Pinhalzinho 25/11/1977 Fraternidade Catarinense Florianópolis 7 – Destaques (Resenha Final) Lojas Aniversariantes de Santa Catarina Mês de Novembro
  • 27. JB News – Informativo nr. 2.246– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 23 de novembro de 2016 Pág. 27/33 GOB/SC – http://www.gob-sc.org.br/gobsc Data Nome da Loja Oriente 03.11.99 Delta do Norte - 3273 Florianópolis 04.11.81 Palmeira da Paz - 2121 Blumenau 09.11.10 Regeneração Guabirubense, 4100 Brusque 12.11.99 União e Justiça - 3274 Chapecó 15.11.01 Verdes Mares - 3426 Camboriú 15.11.96 Verde Vale - 3838 Blumenau 19.11.80 União Brasileira - 2085 Florianópolis 19.11.04 Verdade e Justiça - 3646 Florianópolis 21.11.69 Jerônimo Coelho - 1820 Florianópolis 22.11.95 Luz da Verdade - 2933 Lages 24.11.92 Nereu de O. Ramos - 2744 Florianópolis 25.11.04 Luz e Frat Rionegrinhense -3643 Rio Negrinho 25.L1.06 Obreiros da Terra Firme - 3827 Florianópolis 29.11.11 Ciência e Misticismo - 4177 São José
  • 28. JB News – Informativo nr. 2.246– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 23 de novembro de 2016 Pág. 28/33 Irmãos da Loja “Fé e Amor” de Tanabi: 150 anos de Maçonaria ( do Irmão João Paulo Vargas Shinagawa – Tanabi – SP) - No sábado dia 19 de novembro, dia da Bandeira, a A∴R∴L∴S ∴ “Fé e Amor” nº 42 – Or ∴ de Tanabi – S,P. – G∴L∴E∴S ∴P∴ realizou sua 4ª Paella Maçônica onde vários IIr∴ de diversas Lojas e Potências, participaram com muita animação e alegria. O evento já tradicional no calendário da “Fé e Amor”, contou com mais uma bela coincidência, três irmãos, cada qual com 50 anos de Loja, meio centenário de profícuos trabalhos em suas respectivas oficinas e que muito nos emocionou. O efeito azul do salão, amplificou as emoções, no instante da foto somando o tempo de Loja dos três IIr ∴ são 150 anos de muito trabalho, o verdadeiro desbastar da P ∴ B ∴ Da esquerda para a direita Ir ∴ M∴I∴ Petronilho Corrêa, da A∴R∴L∴S ∴ “Fé e Amor” nº 42 – Or ∴ de Tanabi – S,P. – G∴L∴E∴S ∴P∴ , aniversariante do dia, no centro o Ir∴ Saulo de Carvalho da a A∴R∴L∴S ∴ “ Escudo de Hiram” nº 320 – Or∴ Neves Paulista – SP - G∴L∴E∴S ∴P∴ e a esquerda Ir∴ Wilson Alves Monteiro da A∴R∴L∴S ∴ “Fé e Amor” nº 42 – Or ∴ de Tanabi – S,P. – G∴L∴E∴S ∴P∴ Aguardamos Publicação no JB NEWS A foto está em anexo TFA , Ir ∴ Jerônimo, continue editando uma das mais importantes publicações da Maçonaria Brasileira Ir∴ João Paulo Vargas Shinagawa A∴R∴L∴S ∴ “Fé e Amor” nº 42 – Or ∴ de Tanabi – S,P. – G∴L∴E∴S ∴P∴
  • 29. JB News – Informativo nr. 2.246– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 23 de novembro de 2016 Pág. 29/33 Ir Marcelo Angelo de Macedo, 33∴ MI da Loja Razão e Lealdade nº 21 Or de Cuiabá/MT, GOEMT-COMAB-CMI Tel: (65) 3052-6721 divulga diariamente no JB News o Breviário Maçônico, Obra de autoria do saudoso IrRIZZARDO DA CAMINO, cuja referência bibliográfica é: Camino, Rizzardo da, 1918-2007 - Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014 - ISBN 978-85.370.0292-6) Dia 23 de novembro: Rosa-Cruz A Fraternidade Rosa-Cruz tem origem muito remota e, de certo modo, perdida no Tempo; teria sido formada com o intuito de regenerar a humanidade, mantendo sigilo profundo até o século XVII. Posteriormente, um grande expoente, Cristiano Rosenkreutz, teria revelado ao mundo os princípios da Fraternidade, que até hoje subsiste, como Sociedade Esotérica. No ano de 1654, Johann Valentin Andrea lançou um livro intitulado Reforma Geral do Mundo Inteiro, acompanhado da Fama Fraternidade da Honra da Ordem dos Rosacruzes. Essa Fraternidade foi confundida muitas vezes com a Maçonaria e, de certo modo, a Maçonaria moderna assimilou muitos princípios esotéricos do grande movimento. Por mera coincidência, a Maçonaria Filosófica possui um grau denominado Rosa- Cruz, mas que nada tem a ver com a antiga Fraternidade. A Maçonaria admite todo movimento que tenda à regeneração humana, e a filiação à Fraternidade Rosa-Cruz não é impedida. O maçom, aliás, tem o dever de ilustrar-se e conhecer os movimentos esotéricos para fortalecer a sua convicção na Arte Real. Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 346. . Visite o site da Loja Professor Mâncio da Costa nr. 1977 www.manciodacosta.mvu.com.br Florianópolis
  • 30. JB News – Informativo nr. 2.246– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 23 de novembro de 2016 Pág. 30/33 Cópia de um ritual todo datilografado que pertenceu a um maçom da 22ª. Infantaria Australiana, durante a Segunda Guerra. (do Museu Maçônico da Grande Loja de Victoria – foto JB News) trabalho duro
  • 31. JB News – Informativo nr. 2.246– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 23 de novembro de 2016 Pág. 31/33 1 – 10 Passos importantes para construir sua autoconfiança 2 – A NASA descobriu o 13º signo da astrologia! 3 – Conheça os arranha céus mais belos e altos do mundo! 4 – Você gostaria de passar uma temporada neste iate milionári.. 5 - Serra da Canastra -MG http://www.descubraminas.com.br/Turismo/ParqueApresentacao.aspx?cod_destino=792 6 - Melhores fotos de 2014: Melhores Fotos de 2014.pps 7 - Filme do dia: (Tigre Branco) - legendado ATIVAR A LEGENDA PTBR NAS CONFIGURAÇÕES DO VÍDEO: “White Tiger” é o candidato russo para o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, e segue a história do Sargento Ivan Naydenov, que, após quase ser morto numa batalha brutal contra o misterioso panzer, se torna obcecado em destruí-lo a qualquer custo. O Tiger, que escolhe suas vítimas soviéticas com facilidade, parece imune a qualquer contra-ataque. Num piscar de olhos, o misterioso “tigre branco” desaparece por florestas densas e pântanos inacessíveis a qualquer tanque normal. O tanque é como um fantasma – e é essa sua qualidade mística que Shakhnazarov esperava capturar. (no canto superior direito, clique nos três pontos e selecione a legenda.) https://www.youtube.com/watch?v=PoNt2g0OEl8
  • 32. JB News – Informativo nr. 2.246– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 23 de novembro de 2016 Pág. 32/33 O Irmão e Poeta Adilson Zotovici, da Loja Chequer Nassif-169 de São Bernardo do Campo – escreve aos sábados e esporadicamente em dias alternados adilsonzotovici@gmail.com REUNIÃO ANTIGA Não havia um só lugar A abóboda...o próprio céu ! Ansiava-se por chegar A mensagem, d’um alvenéu ! Tal dia e hora tal ! Sussurrado então no ouvido Indicando também o local Com discrição, sem alarido ! Chegados esses momentos Vindos de todos os lados ! De aventais, que, paramentos, Os obreiros, ali, irmanados ! Como tapete quadriculado Feito com simetria no chão, Um mosaico bem desenhado Com simples pedaço de carvão ! De bom esquadro guarnecido Entrelaçado ao compasso
  • 33. JB News – Informativo nr. 2.246– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 23 de novembro de 2016 Pág. 33/33 Que pelo tempo envelhecido, Conquistavam infinito espaço ! Em torno de uma razão E de um princípio jurado Independente da religião Sobre o livro da Lei Sagrado E assim, bem preparado, Sob a luz do firmamento Estava o grupo empenhado E a Loja, em bom andamento ! Após tudo resolvido E bom trabalho realizado O lugar era dissolvido Com a graça do Pai Louvado ! Cada qual para o seu canto Até uma nova convocação Carregando pra si o encanto... Da secreta e fraternal reunião ! Ir. Adilson Zotovici ARLS Chequer Nassif-169