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INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL
SUPORTE AVANÇADO DE VIDA
2
Intubação orotraqueal (IOT
A intubação orotraqueal (IOT) é um procedimento
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em pacientes nas unidades de emergências, unidades
de terapia intensiva e nas salas de cirurgia.
3
INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL
CIRURGIAS ELETIVAS
URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
4
INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL
Vias de intubação
Orotraqueal Nasotraqueal
5
INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL
Preparação para intubação
Nas urgências não existe
tempo para sedação
Sedação: a IT eletiva
requer sedação
6
Visualização da traqueia
TRAQUÉIA
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7
Classificação:
I: cordas vocais completamente visíveis;
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8
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➢Assegurar vias aéreas
➢Anestesia e cirurgia
➢Aspiração de vias aéreas
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INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL
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9
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+
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INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL
Técnica de intubação orotraqueal
10
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esôfago
Traquéia
INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL
Técnica de intubação traqueal
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11
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INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL
Técnica de intubação traqueal
12
1O PASSO
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e pescoço rotação leve da
cabeça para trás.
➢Em crianças é tipicamente
usado um coxim sob a
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INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL
Técnica de intubação traqueal
13
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Projetar a mandíbula
anteriormente
INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL
Técnica de intubação traqueal
14
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Visualização da glote
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penetrando pelo lado direito da
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➢ Rechaçar a língua para a
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➢ Tracionamento ântero-superior
do laringoscópio.
INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL
Técnica de intubação traqueal
15
INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL
Imagem da glote
16
➢ Utilizada em emergência,
Melhora a visualização e
o posicionamento da
glote.
INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL
Técnica de intubação traqueal
PRESSÃO CRICÓIDE
17
➢ O tubo deve ser seguro com
a ponta fazendo uma
angulação em direção a
glote.
INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL
Técnica de intubação TUBO
BALONETE
18
INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL
Laringoscópio
19
INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL
Técnica de intubação - SEQUÊNCIA
Oxigenação com ambu com o2 100% + monitor FC
Tentar por 30 seg. + verificação da FC
Não conseguiu – Saturação baixa
Interromper a tentativa de intubação+ ventilação
com ambu e O2 100% antes de nova
20
Idade Diâmetro Comprimento (cm) Sucção
(anos) Interno (mm) Oral Nasal Tamanho
Prematuro 2,5 – 3,0 9 – 11 11 – 12 5 F
RN 3.5 10 – 12 12 – 14 6 F
6 meses 4.0 - - 8 F
1 4.0 12 14 8 F
18 meses 4.0 - - 8 F
2 5.0 13 15 10 F
4 5.5 14 16 10 F
6 6.0 15 17 10 F
8 6.5 16 19 10 F
12 6.5 - - 10 F
16 7.0 - - 10 F
Adulto (F) 7.5 – 8.0 - - 12 F
Adulto (M) 8.0 – 8,5 - - 14 F
Funucane & Santora : Principles of airway management. In Lowental : Essentials of Medical Evaluation
Series. Philadelphia, 1988, p 233. Também dados de JAMA 255 : 1986.
INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL
Tubo e
Distância
Correta
21
INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL
DIÂMETRO DO TUBO
MULHER (ADULTA).....7,5 – 8,00 mm HOMEM (ADULTO)..... 8,0 – 8,5
22
0 – 3 meses 9 – 11
3 – 6 meses 11 – 12
6 – 18 meses 12 – 13
18 meses – 3 anos 12 – 14
4 – 5 anos 14 – 16
6 – 7 anos 16 – 18
8 – 10 anos 17 – 19
11 – 12 anos 18 – 20
> 12 anos 19 – 21
INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL
Descrição da estimativa da distância orotraqueal
conforme a faixa etária
Faixa etária do TOT Profundidade de inserção (cm)
23
Procedimentos obrigatórios após intubação
➢Ausculta epigástrica
➢ Visualizaçãodo tórax
➢ Ausculta do tórax
INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL
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24
Boa intubação
1- Movimento simétrico do tórax
2- Ausculta simétrica do murmúrio vesicular
3- Ausência de murmúrio a nível de estômago
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INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL
Verificação da posição do tubo
25
Erro universal dos inexperientes
Após correta passagem do tubo pelas cordas
vocais, em situação de emergência, uma introdução
excessiva acontece – intubação seletiva brônquica
( geralmente é o brônquio fonte direito).
INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL
Verificação da posição do tubo
26
INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL
Brônquio
principal
esquerdo
Brônquio
principal
direito
Brônquio principal
direito
É mais vertical,
mais curto e
mais largo do
que o esquerdo.
27
➢Tubo dobrado
➢Sangue coagulado ou corpo estranho
➢Mordidas do paciente no tubo
INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL
Verificação da posição do tubo
Dessaturações com o tubo em posição correta:
28
Geralmente duas pessoas
estão envolvidas no
procedimento
INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL
FIXAÇÃO
29
DISPONIBILIDADE DA EQUIPE NO BOX DO
PACIENTE DURANTE A SRI:
MÉDICO
FISIO
TÉCNICO
PACIÊNTE
ENFERMEIRO
CARRO DE
MATERIAL
30
SEQUÊNCIA RÁPIDA DE INTUBAÇÃO (SRI)
Para assegurar uma via aérea em um paciente
instável, usa-se a sequência rápida de intubação.
Essa consiste em usar um sedativo de ação rápida,
analgesia e um agente bloqueador neuromuscular
para criar condições que permitam um rápido
controle das vias aéreas. A SRI pressupõe que os
pacientes estão em risco broncoaspiração de
conteúdo gástrico e incorpora medicações e técnicas
que minimizem esses riscos.
31
AS BASES PARA O SRI CONSISTEM NOS 7 P’S:
1. Preparação: Checar sinais que indiquem
intubação difícil. Fazer um plano de intubação
incluindo um vias alternativas de assegurar a via
aérea. Reunir equipamentos e medicações.
2. Pré-oxigenação: Recomenda-se que todo paciente
que necessite de intubação endotraqueal receba
oxigênio em alto fluxo imediatamente.
3. Pré-tratamento: Dependendo das circunstâncias
clínicas pode-se usar medicações antes da indução
como: atropina (casos de bradicardia), noradrenalina
e dopamina (casos de choque). Fentanil 3 mcg/kg
peso magro (peso total + 30% do excesso de peso)
e/ou lidocaína.
32
4.Indução: Diferentes tipos de indução são usadas
dependendo das circunstâncias clínicas, abaixo segue
os medicamentos com sua posologia,
contraindicações e vantagens:
•Midazolam: dose 0,2 a 0,3 m/kg. Contraindicação:
depressão miocárdica dose dependente resultando em
hipotensão. Vantagem, um potente amnésico
•Propofol: dose 1,5 a 3 mg/kg, não há contraindicação
absoluta, porém produz hipotensão dose dependente.
Vantagem, broncodilatação.
•Etomidato: dose 0,3 mg/kg, contraindicação: suprimir
a produção adrenal de cortisol. Vantagem, excelente
sedação com pouca hipotensão.
33
Quetamina: dose de 1,5 mg/kg. Contraindicação: é
controverso o uso em pacientes com elevada
pressão intracraniana e hipertensão arterial.
Vantagem: estimula a liberação de catecolaminas e
faz broncodilatação.
5. Bloqueio neuromuscular: Os bloqueadores
musculares são divididos de acordo com seu
mecanismo de ação em despolarizante e não
despolarizante. O único agente despolarizante na
prática clínica é a succinilcolina e é a primeira
escolha de bloqueador neuromuscular na prática da
emergência clínica pela sua superioridade em
relação aos bloqueadores não despolarizantes.
34
É recomendado o uso de agentes bloqueadores
musculares não despolarizantes no lugar da
succinilcolina nos seguintes casos:
• Hipercalemia (sugere-se checar alterações características
no eletrocardiograma);
• História pessoal de disfunção renal;
• História pessoal e familiar de hipertermia maligna;
• Doenças neuromusculares envolvendo denervação (lembrar
que a succinilcolina é segura na miastenia gravis);
• Distrofia muscular;
• AVC com mais de 72 horas de evolução;
• Queimadura com mais de 72 horas de evolução;
• Rabdomiólise
35
6. Posicionamento: Posição de ‘cheirador’ com
coxim suboccipital de modo a alinhar o meato
acústico com o esterno do paciente. Extensão
do pescoço.
7. Intubação orotraqueal propriamente dita.
36
8. Confirmar o posicionamento do tubo:
Na prática da emergência brasileira a confirmação do
correto posicionamento do tubo endotraqueal é feito
através da ausculta dos campos pulmonares e do
estômago. Orienta-se iniciar com a ausculta do epigástrio,
caso positiva sabe-se do mau posicionamento do tubo, caso
negativa, é feita a ausculta dos campos pulmonares
buscando uma simetria entre os dois lados. Se disponível,
checa-se o posicionamento correto do tubo através da
aferição de CO2 excretado (capnografia). Realizar um RX de
tórax para determinar se houve intubação seletiva para o
brônquio fonte direito.
37
9. Cuidados pós intubação:
O tubo deve ser fixado, um RX de tórax pós IOT
deve ser realizado na busca de complicaçõese a
ventilação mecânica deve ser ajustada.
Medicamentosusados para SRI são normalmente
de curta ação, assim deve-se assegurar sedação de
longo prazo, analgesia e eventualmente paralisia se
necessário. Em alguns casos o paciente pode ser
mantido sem sedação, cada caso deve ser discutido
individualmente.
38
OTIMIZAÇÃO PRÉ-INTUBAÇÃO
• Pré-oxigenação (realizar o mais precoce
possível).
• Oxigenação de apnéia (opcional) – cateter nasal
15 L/min.
• Pré-oxigenação por Ventilação Não Invasiva- VNI
(Quando indicada).
• Avaliar necessidade de reposição de volume
com solução salina isotônica (SSI) ou uso de droga
vasoativa (DVA).
39
• Sonda nasogástrica aberta (avaliar
possibilidade de passagem).
• Avaliar necessidade de pré-medicação.
• Checar monitorização: PA, FC, Oximetria de
pulso.
OTIMIZAÇÃO PRÉ-INTUBAÇÃO
40
CUIDADOS PÓS INTUBAÇÃO
• Avaliação hemodinâmica(necessidade de
fluídos ou vasopressores).
• Sedação de manutenção.
• Ajustes da ventilação (parâmetros e alarmes).
41
EFEITOS COLATERAIS DE MEDICAMENTOS
• FENTANIL: prurido; depressão respiratória;
flebite; flutuação da pressão arterial;
• MIDAZOLAN: amnésia, sonolência; agitação;
náuseas e vômitos ;
• PROPOFOL: dor local; convulsões; bradicardia;
• ETOMIDATO: HAS e arritmias; dor local;
tromboflebite; apneia transitória; supressão •
adrenal ;
• SUCCINILCOLINA: dor muscular; hipercalemia;
42
Materiais e preparo para intubação
orotraqueal.
➢ Dispositivo bolsa-valva-máscara
➢ Cânula de intubação (tubo orotraqueal)
➢ Bougie
➢ Fio-guia
➢ Luvas
➢ Laringoscópio
➢ Seringa de 20 mL
43
Laringoscópio AIRTRAQ
Preparação:
A- Avaliação da VA anatômica e fisiológica.
B- Escolher e identificar as medicações
indicadas para sequência rápida de intubação.
C- Checar todos os materiais que serão usados
e o oxigênio.
D- Orientar toda a equipe sobre o procedimento
e sua realização (lembrando da comunicação
em alça fechada)
45
E- Monitorar o paciente com cardioscopia,
oximetria, pressão arterial e capnografia
em forma de onda.
F- Verificar permeabilidade do acesso
periférico (preferencialmente dois, caso
haja falha de um).
G-Posicionar paciente (hiperextensão
cervical com colocação de coxim).
46
Pré-oxigenação:
Neste momento devemos manter uma FIO2
de 100% de 3-5min, com isso o paciente
consegue manter uma saturação de
hemoglobina > 90% no momento de apneia
para realização de IOT. Em alguns pacientes
é necessário realizar VNI para otimizar a
pré-oxigenação.
47
Pré-tratamento:
Esse é um momento que está trazendo muitas
controversas, já sabemos que o fentanil e a
lidocaína estão caindo em desuso, não sendo
mais mandatório realizar em todos as IOTs
48
Hipnose e paralisia:
Nesta etapa devemos avaliar cada caso para
utilizar a medicação correta (iremos discutir
em outro tópico sobre as medicações e suas
indicações). Identificar as medicações e
realizar em bolus.
49
Posicionamento:
Esse momento é crucial para um procedimento bem
sucedido. A posição olfativa deixa os eixos oro-
faríngeo e laringo-traqueal alinhados
Posicionamento para intubação orotraqueal
Posição neutra
Posicionamento para intubação orotraqueal
Posição olfativa
Assim facilitando a visualização da via aérea.
50
Posicionamento e confirmação da IOT:
A capnografia em forma de onda é o padrão-ouro
para confirmação da IOT, porém hoje já está sendo
muito usado o USG Point Of Care para confirmação
da intubação orotraqueal. Com o probe linear,
perpendicular à região da fúrcula do esterno, em
direção ao lóbulo esquerdo da tireóide, para tentar
visualizar o esófago. Se a intubação for esofágica
haverá o sinal da dupla sombra, caso haja apenas
uma sombra você pode confirmar a IOT.
51
USG Point Of Care
capnografo multiparâmetros
52
Pós-IOT:
Chegamos na última fase, onde o tubo já está
alocado e bem posicionado. Vamos fixar o tubo na
rima labial, verificar os sinais vitais, colocar em
ventilação mecânica e solicitar um Rx para avaliação.
Não esquecer de iniciar a sedação contínua em
bomba de infusão.
53
PRÁTICA
PRÁTICA
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INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL NA SALA DE EMERGEN

  • 2. 2 Intubação orotraqueal (IOT A intubação orotraqueal (IOT) é um procedimento médico que visa estabelecer o controle definitivo da via aérea. Esse procedimento é comumente realizado em pacientes nas unidades de emergências, unidades de terapia intensiva e nas salas de cirurgia.
  • 4. 4 INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL Vias de intubação Orotraqueal Nasotraqueal
  • 5. 5 INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL Preparação para intubação Nas urgências não existe tempo para sedação Sedação: a IT eletiva requer sedação
  • 7. 7 Classificação: I: cordas vocais completamente visíveis; II. apenas aritenóides visíveis; III. apenas epiglote visível; IV. epiglote não visível.
  • 8. 8 ➢Suporte ventilatório ➢Assegurar vias aéreas ➢Anestesia e cirurgia ➢Aspiração de vias aéreas ➢Proteção de vias aéreas INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL Indicações gerais de intubação
  • 9. 9 NECESSIDADES BÁSICAS NA INTUBAÇÃO: Conhecimentos sobre ANATOMIA das vias aéreas + Relação do LARINGOSCÓPIO com a região + MANUSEIO SEGURO INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL Técnica de intubação orotraqueal
  • 10. 10 Boca esôfago Traquéia INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL Técnica de intubação traqueal Visualização em 3 eixos separados
  • 11. 11 Observação direta da traquéia 3 passos INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL Técnica de intubação traqueal
  • 12. 12 1O PASSO ➢Posicionamento da cabeça e pescoço rotação leve da cabeça para trás. ➢Em crianças é tipicamente usado um coxim sob a cintura escapular. INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL Técnica de intubação traqueal
  • 13. 13 2O PASSO Posicionamento da mandíbula Projetar a mandíbula anteriormente INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL Técnica de intubação traqueal
  • 14. 14 3o passo Visualização da glote ➢ Lâmina do laringoscópio penetrando pelo lado direito da boca. ➢ Rechaçar a língua para a esquerda e para cima. ➢ Tracionamento ântero-superior do laringoscópio. INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL Técnica de intubação traqueal
  • 16. 16 ➢ Utilizada em emergência, Melhora a visualização e o posicionamento da glote. INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL Técnica de intubação traqueal PRESSÃO CRICÓIDE
  • 17. 17 ➢ O tubo deve ser seguro com a ponta fazendo uma angulação em direção a glote. INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL Técnica de intubação TUBO BALONETE
  • 19. 19 INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL Técnica de intubação - SEQUÊNCIA Oxigenação com ambu com o2 100% + monitor FC Tentar por 30 seg. + verificação da FC Não conseguiu – Saturação baixa Interromper a tentativa de intubação+ ventilação com ambu e O2 100% antes de nova
  • 20. 20 Idade Diâmetro Comprimento (cm) Sucção (anos) Interno (mm) Oral Nasal Tamanho Prematuro 2,5 – 3,0 9 – 11 11 – 12 5 F RN 3.5 10 – 12 12 – 14 6 F 6 meses 4.0 - - 8 F 1 4.0 12 14 8 F 18 meses 4.0 - - 8 F 2 5.0 13 15 10 F 4 5.5 14 16 10 F 6 6.0 15 17 10 F 8 6.5 16 19 10 F 12 6.5 - - 10 F 16 7.0 - - 10 F Adulto (F) 7.5 – 8.0 - - 12 F Adulto (M) 8.0 – 8,5 - - 14 F Funucane & Santora : Principles of airway management. In Lowental : Essentials of Medical Evaluation Series. Philadelphia, 1988, p 233. Também dados de JAMA 255 : 1986. INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL Tubo e Distância Correta
  • 21. 21 INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL DIÂMETRO DO TUBO MULHER (ADULTA).....7,5 – 8,00 mm HOMEM (ADULTO)..... 8,0 – 8,5
  • 22. 22 0 – 3 meses 9 – 11 3 – 6 meses 11 – 12 6 – 18 meses 12 – 13 18 meses – 3 anos 12 – 14 4 – 5 anos 14 – 16 6 – 7 anos 16 – 18 8 – 10 anos 17 – 19 11 – 12 anos 18 – 20 > 12 anos 19 – 21 INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL Descrição da estimativa da distância orotraqueal conforme a faixa etária Faixa etária do TOT Profundidade de inserção (cm)
  • 23. 23 Procedimentos obrigatórios após intubação ➢Ausculta epigástrica ➢ Visualizaçãodo tórax ➢ Ausculta do tórax INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL Verificação da posição do tubo
  • 24. 24 Boa intubação 1- Movimento simétrico do tórax 2- Ausculta simétrica do murmúrio vesicular 3- Ausência de murmúrio a nível de estômago 4- Condensação de gás no tubo durante expiração 5- Uma elevação da saturação de O2 em 30 segundos INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL Verificação da posição do tubo
  • 25. 25 Erro universal dos inexperientes Após correta passagem do tubo pelas cordas vocais, em situação de emergência, uma introdução excessiva acontece – intubação seletiva brônquica ( geralmente é o brônquio fonte direito). INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL Verificação da posição do tubo
  • 27. 27 ➢Tubo dobrado ➢Sangue coagulado ou corpo estranho ➢Mordidas do paciente no tubo INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL Verificação da posição do tubo Dessaturações com o tubo em posição correta:
  • 28. 28 Geralmente duas pessoas estão envolvidas no procedimento INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL FIXAÇÃO
  • 29. 29 DISPONIBILIDADE DA EQUIPE NO BOX DO PACIENTE DURANTE A SRI: MÉDICO FISIO TÉCNICO PACIÊNTE ENFERMEIRO CARRO DE MATERIAL
  • 30. 30 SEQUÊNCIA RÁPIDA DE INTUBAÇÃO (SRI) Para assegurar uma via aérea em um paciente instável, usa-se a sequência rápida de intubação. Essa consiste em usar um sedativo de ação rápida, analgesia e um agente bloqueador neuromuscular para criar condições que permitam um rápido controle das vias aéreas. A SRI pressupõe que os pacientes estão em risco broncoaspiração de conteúdo gástrico e incorpora medicações e técnicas que minimizem esses riscos.
  • 31. 31 AS BASES PARA O SRI CONSISTEM NOS 7 P’S: 1. Preparação: Checar sinais que indiquem intubação difícil. Fazer um plano de intubação incluindo um vias alternativas de assegurar a via aérea. Reunir equipamentos e medicações. 2. Pré-oxigenação: Recomenda-se que todo paciente que necessite de intubação endotraqueal receba oxigênio em alto fluxo imediatamente. 3. Pré-tratamento: Dependendo das circunstâncias clínicas pode-se usar medicações antes da indução como: atropina (casos de bradicardia), noradrenalina e dopamina (casos de choque). Fentanil 3 mcg/kg peso magro (peso total + 30% do excesso de peso) e/ou lidocaína.
  • 32. 32 4.Indução: Diferentes tipos de indução são usadas dependendo das circunstâncias clínicas, abaixo segue os medicamentos com sua posologia, contraindicações e vantagens: •Midazolam: dose 0,2 a 0,3 m/kg. Contraindicação: depressão miocárdica dose dependente resultando em hipotensão. Vantagem, um potente amnésico •Propofol: dose 1,5 a 3 mg/kg, não há contraindicação absoluta, porém produz hipotensão dose dependente. Vantagem, broncodilatação. •Etomidato: dose 0,3 mg/kg, contraindicação: suprimir a produção adrenal de cortisol. Vantagem, excelente sedação com pouca hipotensão.
  • 33. 33 Quetamina: dose de 1,5 mg/kg. Contraindicação: é controverso o uso em pacientes com elevada pressão intracraniana e hipertensão arterial. Vantagem: estimula a liberação de catecolaminas e faz broncodilatação. 5. Bloqueio neuromuscular: Os bloqueadores musculares são divididos de acordo com seu mecanismo de ação em despolarizante e não despolarizante. O único agente despolarizante na prática clínica é a succinilcolina e é a primeira escolha de bloqueador neuromuscular na prática da emergência clínica pela sua superioridade em relação aos bloqueadores não despolarizantes.
  • 34. 34 É recomendado o uso de agentes bloqueadores musculares não despolarizantes no lugar da succinilcolina nos seguintes casos: • Hipercalemia (sugere-se checar alterações características no eletrocardiograma); • História pessoal de disfunção renal; • História pessoal e familiar de hipertermia maligna; • Doenças neuromusculares envolvendo denervação (lembrar que a succinilcolina é segura na miastenia gravis); • Distrofia muscular; • AVC com mais de 72 horas de evolução; • Queimadura com mais de 72 horas de evolução; • Rabdomiólise
  • 35. 35 6. Posicionamento: Posição de ‘cheirador’ com coxim suboccipital de modo a alinhar o meato acústico com o esterno do paciente. Extensão do pescoço. 7. Intubação orotraqueal propriamente dita.
  • 36. 36 8. Confirmar o posicionamento do tubo: Na prática da emergência brasileira a confirmação do correto posicionamento do tubo endotraqueal é feito através da ausculta dos campos pulmonares e do estômago. Orienta-se iniciar com a ausculta do epigástrio, caso positiva sabe-se do mau posicionamento do tubo, caso negativa, é feita a ausculta dos campos pulmonares buscando uma simetria entre os dois lados. Se disponível, checa-se o posicionamento correto do tubo através da aferição de CO2 excretado (capnografia). Realizar um RX de tórax para determinar se houve intubação seletiva para o brônquio fonte direito.
  • 37. 37 9. Cuidados pós intubação: O tubo deve ser fixado, um RX de tórax pós IOT deve ser realizado na busca de complicaçõese a ventilação mecânica deve ser ajustada. Medicamentosusados para SRI são normalmente de curta ação, assim deve-se assegurar sedação de longo prazo, analgesia e eventualmente paralisia se necessário. Em alguns casos o paciente pode ser mantido sem sedação, cada caso deve ser discutido individualmente.
  • 38. 38 OTIMIZAÇÃO PRÉ-INTUBAÇÃO • Pré-oxigenação (realizar o mais precoce possível). • Oxigenação de apnéia (opcional) – cateter nasal 15 L/min. • Pré-oxigenação por Ventilação Não Invasiva- VNI (Quando indicada). • Avaliar necessidade de reposição de volume com solução salina isotônica (SSI) ou uso de droga vasoativa (DVA).
  • 39. 39 • Sonda nasogástrica aberta (avaliar possibilidade de passagem). • Avaliar necessidade de pré-medicação. • Checar monitorização: PA, FC, Oximetria de pulso. OTIMIZAÇÃO PRÉ-INTUBAÇÃO
  • 40. 40 CUIDADOS PÓS INTUBAÇÃO • Avaliação hemodinâmica(necessidade de fluídos ou vasopressores). • Sedação de manutenção. • Ajustes da ventilação (parâmetros e alarmes).
  • 41. 41 EFEITOS COLATERAIS DE MEDICAMENTOS • FENTANIL: prurido; depressão respiratória; flebite; flutuação da pressão arterial; • MIDAZOLAN: amnésia, sonolência; agitação; náuseas e vômitos ; • PROPOFOL: dor local; convulsões; bradicardia; • ETOMIDATO: HAS e arritmias; dor local; tromboflebite; apneia transitória; supressão • adrenal ; • SUCCINILCOLINA: dor muscular; hipercalemia;
  • 42. 42 Materiais e preparo para intubação orotraqueal. ➢ Dispositivo bolsa-valva-máscara ➢ Cânula de intubação (tubo orotraqueal) ➢ Bougie ➢ Fio-guia ➢ Luvas ➢ Laringoscópio ➢ Seringa de 20 mL
  • 44. Preparação: A- Avaliação da VA anatômica e fisiológica. B- Escolher e identificar as medicações indicadas para sequência rápida de intubação. C- Checar todos os materiais que serão usados e o oxigênio. D- Orientar toda a equipe sobre o procedimento e sua realização (lembrando da comunicação em alça fechada)
  • 45. 45 E- Monitorar o paciente com cardioscopia, oximetria, pressão arterial e capnografia em forma de onda. F- Verificar permeabilidade do acesso periférico (preferencialmente dois, caso haja falha de um). G-Posicionar paciente (hiperextensão cervical com colocação de coxim).
  • 46. 46 Pré-oxigenação: Neste momento devemos manter uma FIO2 de 100% de 3-5min, com isso o paciente consegue manter uma saturação de hemoglobina > 90% no momento de apneia para realização de IOT. Em alguns pacientes é necessário realizar VNI para otimizar a pré-oxigenação.
  • 47. 47 Pré-tratamento: Esse é um momento que está trazendo muitas controversas, já sabemos que o fentanil e a lidocaína estão caindo em desuso, não sendo mais mandatório realizar em todos as IOTs
  • 48. 48 Hipnose e paralisia: Nesta etapa devemos avaliar cada caso para utilizar a medicação correta (iremos discutir em outro tópico sobre as medicações e suas indicações). Identificar as medicações e realizar em bolus.
  • 49. 49 Posicionamento: Esse momento é crucial para um procedimento bem sucedido. A posição olfativa deixa os eixos oro- faríngeo e laringo-traqueal alinhados Posicionamento para intubação orotraqueal Posição neutra Posicionamento para intubação orotraqueal Posição olfativa Assim facilitando a visualização da via aérea.
  • 50. 50 Posicionamento e confirmação da IOT: A capnografia em forma de onda é o padrão-ouro para confirmação da IOT, porém hoje já está sendo muito usado o USG Point Of Care para confirmação da intubação orotraqueal. Com o probe linear, perpendicular à região da fúrcula do esterno, em direção ao lóbulo esquerdo da tireóide, para tentar visualizar o esófago. Se a intubação for esofágica haverá o sinal da dupla sombra, caso haja apenas uma sombra você pode confirmar a IOT.
  • 51. 51 USG Point Of Care capnografo multiparâmetros
  • 52. 52 Pós-IOT: Chegamos na última fase, onde o tubo já está alocado e bem posicionado. Vamos fixar o tubo na rima labial, verificar os sinais vitais, colocar em ventilação mecânica e solicitar um Rx para avaliação. Não esquecer de iniciar a sedação contínua em bomba de infusão.