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G R U P O 3 - C L Í N I C A M É D I C A
DPOC
Aline- Enfermeira
Cáren- Fisioterapeuta
Geize- Nutricionista
Pryscila- Farmacêutica
Paulo- Dentista
CASO CLÍNICO
PACIENTE G. D. S, 61 ANOS
•Encaminhada pelo samu da UPA Leblon onde permaneceu internado por 1
dia, necessitando de intubação orotraqueal.
• Admitida no dia 25/02 com quadro de dispnéia associada a tosse seca.
•Foi admitido no CTI onde permaneceu até dia 06/03, quando foi transferido
para clínica médica.
•HMP: HAS em uso de losartana, hctz; dm 2 em uso de metformina e
glibenclamida. Trabalha em serralheria e sem uso de EPI, esposa refere
bronquite e em uso de berotec.
•Hs: Etilista social e nega tabagismo.
•AMP: Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) com exacerbação aguda.
CASO CLÍNICO
Admissão Equipe Multiprofissional 08/03/20178
• PACIENTE G. D. S , 61 ANOS
• Sem sedação e sem droga vasoativa
• Dieta: via sonda nasoenteral
• Eliminações fisiológicas presentes
• AP:
• AC:
• Suporte: Cateter Nasal
• FC: bpm
• FR: irpm
• Sat O2: 91%
• Temp:37,5ºC
DEFINIÇÃO
A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é definida
como doença respiratória prevenível e tratável,
caracterizada por obstrução crônica ao fluxo aéreo que
não é totalmente reversível
(DOURADO, 2006)
Progressiva
Resposta
inflamatória
anormal dos
pulmões
Inalação de
particulas
e/ou gases
toxicos
CARACTERÍSTICAS
Enfisematoso – soprador rosado
História de dispneia a longo prazo
Pouco escarro
Crises pouco frequentes
Hiperinsuflação
Uso de musculatura acessória (tórax em barril)
Respiração em lábio semi-serrado
Oxigenação normal
Pink Puffer
CARACTERÍSTICAS
Bronquítico - pletórico
Menor grau de dispneia
História de tosse e escarro de longo prazo e
frequente
Crises frequentes
Hipoxemia crônica
Hipertensão pulmonar (cor pulmonale)
Blue Bloaters
EPIDEMIOLOGIA
• DPOC afeta cerca de 600 milhões de pessoas em todo
o mundo
• 40.000 óbitos anuais decorrentes da DPOC
• Em 2003 foi a quinta maior causa de internamento no
sistema público de saúde do Brasil
• Em maiores de 40 anos, com 196.698 internações
(RABAHI, 2013)
PREVALÊNCIA
(RABAHI, 2013)
0
5
10
15
20
25
30
35
40-49 50-59 60 ou > 60
São Paulo
Santiago Chile
Cidade do México
Montevideo
Caracas
A prevalência de VEF1/CVF< 0,70 pós-
broncodilatador aumenta com a idade em
5 cidades Latino Americanas
FATORES DE RISCO
 Genética
 Exposição a partículas
• Fumaça de cigarro
• Poeira ocupacional, orgânica e inorgânica
• Poluição aérea intradomiciliar aquecimento e fogão por biomassa em
moradias com pobre ventilação
• Poluição ambiental
Desenvolvimento e crescimento pulmonar
Stress Oxidativo
Gênero
Idade
Infecções Respiratórias
Condição Socioeconômica
Nutrição
Co-morbidades
FISIOPATOLOGIA
Quimiorreceptores
periféricos
Quimiorreceptores
centrais CO2 + H2O
HCO3
H+
(Guyton & Hall, 2011)
FISIOPATOLOGIA
Obstrução crônica do fluxo
aéreo
Destruição do parênquima
pulmonar
Resposta inflamatória
sistêmica
Estresse
oxidativo
Citocinas
IL 6,8, 1B
TNFα
Desnutrição Exercício
(Pulmão RJ 2013;22(2):9-14)
FISIOPATOLOGIA
Alérgenos
ASMA
Mastócitos
CD4+ cell
(Th2)
Eosinófilos
Células
epitélio
Broncoconstrição
Hiperresponsividade
Alv macrófago Ep cells
Fumaça de cigarro
CD8+ cell
(Tc1)
Neutrófilos
Redução calibre pequenas
vias e Destruição alveolar
DPOC
Limitação do
Fluxo aéreo
(Source: Peter J. Barnes, MD)
FISIOPATOLOGIA
Alveolar wall destruction
Loss of elasticity
Destruction of pulmonary
capillary bed
↑ Inflammatory cells
macrophages, CD8+ lymphocytes
(Source: Peter J. Barnes, MD)
FISIOPATOLOGIA
Destruição da
membrana alvéolo
capilar
FISIOPATOLOGIA
Perda da musculatura
brônquica
FISIOPATOLOGIA
QUADRO CLÍNICO
dispnéia ao
esforço sibilos
tosse geralmente
produtiva
QUADRO CLÍNICO
TOSSE
Sintoma mais encontrado
Precede ou aparece
simultaneamente a dispneia
Diária ou intermitente
QUADRO CLÍNICO
Dispnéia
Principal sintoma associado à
incapacidade, redução da qualidade de
vida e pior prognóstico
Referida numa fase mais avançada da
doença  atribuida ao envelhecimento
e à falta de condicionamento físico.
Geralmente é percebida pela primeira
vez numa crisede exacerbação da
doença
Observadas nas
formas mais
avançadas da
doença e com
predomínio do
componente
enfisematoso
QUADRO CLÍNICO
Alterações do exame físico
à inspeção
• tórax hiperinsuflado
• tempo expiratório prolongado
• respiração com lábios semicerrados
• utilização de musculatura acessória do
pescoço
à ausculta
• diminuição dos sons respiratórios
• sibilos
• raramente estertores crepitantes
DIAGNÓSTICO
História clínica (tabagismo importante, tosse crônica,
dispnéia e/ou broncoespasmo)
 Espirometria
Gasometria arterial
Radiograma de tórax
Sinais de sobrecarga de câmaras direitas
DIAGNÓSTICO
Espirometria
Avalia função pulmonar através da aferição do volume
de ar que o paciente pode expelir dos pulmões após
uma expiração máxima.
Padrão Ouro
(GOLD)
DIAGNÓSTICO
Diagnóstico definitivo para DPOC
Confirma a presença de obstrução das vias
aéreas
Avalia a gravidade da obstrução das vias
aéreas na DPOC
Detecta obstrução das vias aéreas nos
fumantes
Monitora a progressão da doença na DPOC
Avalia um aspecto da resposta à terapêutica
Avalia prognóstico na DPOC
(GOLD)
DIAGNÓSTICO
• O critério diagnóstico espirométrico necessário para
estabelecer o diagnóstico da DPOC é a relação
VEF1/CVF menor que 0,7 após o broncodilatador
(GOLD)
DIAGNÓSTICO
• VEF1 – Volume expiratório forçado no primeiro
segundo:
O volume de ar expirado no primeiro segundo do sopro
• CVF - Capacidade vital forçada:
O volume total de ar que pode ser forçadamente
expirado em uma respiração
• Relação VEF1/CVF:
A fração de ar expirado no primeiro segundo relativo ao
volume total expirado
(GOLD)
DIAGNÓSTICO
• PADRÕES DO ESPIROGRAMA
Normal
Obstrutivo
Restritivo
Misto obstrutivo e restritivo
(GOLD)
DIAGNÓSTICO
• Espirometria Normal
VEF1: % previsto > 80%
CVF: % previsto > 80%
VEF1/CVF: > 0,7
(GOLD)
DIAGNÓSTICO
VEF1 = 4L
CVF = 5L
VEF1/CVF = 0,8
ccCVF
(GOLD)
DIAGNÓSTICO
(GOLD)
DIAGNÓSTICO
TESTE DE REVERSIBILIDADE
DPOC é confirmada pela relação pós–
broncodilatador VEF1/CVF< 0,7
Relação pós–broncodilatador VEF1/CVF< 0,7
é medida 15 minutos após 400µg de
salbutamol ou eqüivalente
Ajuda a diferenciar DPOC de asma
(GOLD)
DIAGNÓSTICO
História clínica (tabagismo importante, tosse crônica,
dispnéia e/ou broncoespasmo)
 Espirometria
Gasometria arterial
Radiograma de tórax
Sinais de sobrecarga de câmaras direitas
DIAGNÓSTICO
• Gasometria Arterial
Hipercapnia
PH ácido
PH <7,25
PaCO2 >50cmH2O
HCO3 >28cmH2O
DIAGNÓSTICO
História clínica (tabagismo importante, tosse crônica,
dispnéia e/ou broncoespasmo)
 Espirometria
Gasometria arterial
Radiograma de tórax
Sinais de sobrecarga de câmaras direitas
DIAGNÓSTICO
• Radiografia de tórax
DIAGNÓSTICO
• Radiografia de tórax
DIAGNÓSTICO
História clínica (tabagismo importante, tosse crônica,
dispnéia e/ou broncoespasmo)
 Espirometria
Gasometria arterial
Radiograma de tórax
Sinais de sobrecarga de câmaras direitas
DIAGNÓSTICO
• Sinais de sobrecarga de câmaras direitas
CLASSIFICAÇÃO
COMPLICAÇÕES
Exacerbação
aguda
• Refere-se à aceleração súbita dos sintomas da DPOC causada na
maioria das vezes por infecções, ou causas externas
Infecções das
vias aéreas
• Pessoas com DPOC são mais suscetíveis a resfriados, gripe e
pneumonia
Pressão arterial
elevada
• DPOC pode elevar a pressão arterial nas artérias que levam sangue
para os pulmões, gerando a chamada hipertensão pulmonar
Problemas
cardíacos
• DPOC aumenta o risco de doenças cardíacas, incluindo infarto
COMPLICAÇÕES
Câncer de
pulmão
• Tabagistas com bronquite crônica têm maior risco de desenvolver câncer
de pulmão do que os fumantes que não têm bronquite crônica
Pneumonia:
• Pode ser causada por infecções bacterianas, as quais podem resultar
em insuficiência respiratória
Pneumotórax:
• O dano estrutural causado pela DPOC pode levar ao colapso do
pulmão, permitindo o vazamento de ar para a cavidade torácica.
Depressão:
TRATAMENTO
• O tratamento farmacológico da DPOC inclui
broncodilatadores, a base do tratamento
• A via preferencial é a inalatória, que diminui a
incidência de efeitos colaterais. Os beta-agonistas
são os preferenciais e atuam abrindo os canais de
potássio e aumentando o AMP cíclico
(LAIZO,2009)
TRATATAMENTO
Medicamento Beta Agonistas Efeito
formoterol e salmeterol, Longa
fenoterol, salbutamol e terbutalino, Curta
A aminofillina, a bamifililna e a
teofilina são xantinas utilizadas.
Há estudos mostrando que esses
fármacos não apresentam ação
satisfatória no DPOC
Os boncodilatadores aumentam a função pulmonar, a tolerância ao
exercício, diminuem os sintomas e melhoram a qualidade de vida,
reduzindo ainda as exacerbações
(LAIZO,2009)
TRATAMENTO
• O oxigénio (O2) é usado em doentes com DPOC
visando manter a oxiemoglobina acima de 90%.
Observou-se que o uso de O2 melhora a tolerância ao
exercício físico, a oxigenação do indivíduo e a qualidade
de vida
(LAIZO,2009)
TRATAMENTO
• Ventilação mecânica não-invasiva
• Indicada quando houver RNC por narcose (PaCo2 >45mmhg)
• Correção da hipoxemia
TRATAMENTO
• Ventilação mecânica invasiva
• Indicada quando houver contra-indicação para VNI
• No caso de falha da VNI (25%)
• Cânulas acima de 8mm
HIPÓTESES
HISTÓRIA SOCIAL
Paciente
G. D. S
61 anos
sexo
Masculino
Reside em Campo
Grande – MS
Bairro: Vila
Piratininga
Casa: própia
Possui doc. pessoais
Ensino Fund.
Incompleto
Serralheiro autônomo
Casado
Possui 2 filhos
Entrou com processo
para aposentadoria
FISIOTERAPIA
NUTRIÇÃO
(DOURADO, 2006)
1960
• Perda peso como sinal clínico
• Associada a menor sobrevida
Desnutrição
• Varia entre 26-47%
• Relação inversa entre o Índice de Massa Corporal
(IMC) e a sobrevida
Aumento
mortalidade
• Pacientes com DPOC grave e IMC menor que 25kg/m²
• Apresentam aumento sobrevida com o ganho de peso
NUTRIÇÃO
Redução
ingestão
Aumento
gasto
energético
Desnutrição
Perfil elevado de
citocinas pró-
inflamatórias
(DOURADO, 2006)
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
• Peso: 65,2 kg
• Peso ideal:67,2kg
• Altura: 1,62 m
• IMC: 24,6 Kg/m2
• Adequado
10/03/2018
• Trophic Fiber
(NPNC) 500ml
DE 4/4H
10/03/2018
• Hiperglicemia
• Eliminações
fisiológicas
presentes
• Sem sedação
• Sonolento
Clínico
Inicio da
NE
VSNE
Exclusiva
Requerimento Nutricional
 VCT: 25 – 30 kcal/dia
 PTN: 1.5 – 2.0 g/dia
META:1630-1956 kcal
E2 1358-1630ml
EVOLUÇÃO
08-03: Trophic
Fiber 100ml 4/4h
09-03: Trophic
Fiber 150ml 4/4h
10-03: Trophic
Fiber 200ml 4/4h
12-03: Trophic
Fiber 250ml
4/4h- Dieta Plena
13-03: Trophic
Fiber 175ml 3/3h
14-03: Glucerna
175ml 3/3h
15-03: Dieta via
oral Pastosa
para diabético
Hiperglicemia
514*
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
• Peso: 60,5 kg (-4,7kg)
• Peso ideal:67,2kg
• Altura: 1,62 m
• IMC: 22,9 Kg/m2
• Baixo Peso
20/03/2018
• Via oral Pastosa
• Recebendo
2487kcal
20/03/2018
• Hiperglicemia
• Eliminações
fisiológicas
presentes
• Boa aceitação
da dieta
Clínico
Adequada
Realizado
orientação para
diabetes
Requerimento Nutricional
 VCT: 25 – 30 kcal/ Peso
Ideal/dia
 PTN: 1.5 – 2.0 g/dia
META:1675-2010 kcal
ANÁLISES CLÍNICAS
0
20
40
60
80
100
120
140
160
18/Oct
19/Oct
20/Oct
21/Oct
22/Oct
23/Oct
24/Oct
25/Oct
26/Oct
27/Oct
28/Oct
29/Oct
30/Oct
31/Oct
01/Nov
02/Nov
03/Nov
04/Nov
06/Nov
07/Nov
mg/dL
Ureia
ANÁLISES CLÍNICAS
13.76
68
92.19
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
8-Mar 9-Mar 10-Mar 11-Mar 12-Mar 13-Mar 14-Mar 15-Mar 16-Mar 17-Mar 18-Mar 19-Mar 20-Mar
Proteína C reativa
REFERÊNCIAS
• DOURADO, V. Z. et al. Manifestações sistêmicas na
doença pulmonar obstrutiva crônica.Jornal
Brasileiro de Pneumologia, 2006.
• RABAHI, M. F. Epidemiologia da DPOC: Enfrentando
Desafios. Pulmão, 2013.

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Estudo de caso de um paciente portador de DPOC

  • 1. G R U P O 3 - C L Í N I C A M É D I C A DPOC Aline- Enfermeira Cáren- Fisioterapeuta Geize- Nutricionista Pryscila- Farmacêutica Paulo- Dentista
  • 2. CASO CLÍNICO PACIENTE G. D. S, 61 ANOS •Encaminhada pelo samu da UPA Leblon onde permaneceu internado por 1 dia, necessitando de intubação orotraqueal. • Admitida no dia 25/02 com quadro de dispnéia associada a tosse seca. •Foi admitido no CTI onde permaneceu até dia 06/03, quando foi transferido para clínica médica. •HMP: HAS em uso de losartana, hctz; dm 2 em uso de metformina e glibenclamida. Trabalha em serralheria e sem uso de EPI, esposa refere bronquite e em uso de berotec. •Hs: Etilista social e nega tabagismo. •AMP: Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) com exacerbação aguda.
  • 3. CASO CLÍNICO Admissão Equipe Multiprofissional 08/03/20178 • PACIENTE G. D. S , 61 ANOS • Sem sedação e sem droga vasoativa • Dieta: via sonda nasoenteral • Eliminações fisiológicas presentes • AP: • AC: • Suporte: Cateter Nasal • FC: bpm • FR: irpm • Sat O2: 91% • Temp:37,5ºC
  • 4. DEFINIÇÃO A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é definida como doença respiratória prevenível e tratável, caracterizada por obstrução crônica ao fluxo aéreo que não é totalmente reversível (DOURADO, 2006) Progressiva Resposta inflamatória anormal dos pulmões Inalação de particulas e/ou gases toxicos
  • 5. CARACTERÍSTICAS Enfisematoso – soprador rosado História de dispneia a longo prazo Pouco escarro Crises pouco frequentes Hiperinsuflação Uso de musculatura acessória (tórax em barril) Respiração em lábio semi-serrado Oxigenação normal Pink Puffer
  • 6. CARACTERÍSTICAS Bronquítico - pletórico Menor grau de dispneia História de tosse e escarro de longo prazo e frequente Crises frequentes Hipoxemia crônica Hipertensão pulmonar (cor pulmonale) Blue Bloaters
  • 7. EPIDEMIOLOGIA • DPOC afeta cerca de 600 milhões de pessoas em todo o mundo • 40.000 óbitos anuais decorrentes da DPOC • Em 2003 foi a quinta maior causa de internamento no sistema público de saúde do Brasil • Em maiores de 40 anos, com 196.698 internações (RABAHI, 2013)
  • 8. PREVALÊNCIA (RABAHI, 2013) 0 5 10 15 20 25 30 35 40-49 50-59 60 ou > 60 São Paulo Santiago Chile Cidade do México Montevideo Caracas A prevalência de VEF1/CVF< 0,70 pós- broncodilatador aumenta com a idade em 5 cidades Latino Americanas
  • 9. FATORES DE RISCO  Genética  Exposição a partículas • Fumaça de cigarro • Poeira ocupacional, orgânica e inorgânica • Poluição aérea intradomiciliar aquecimento e fogão por biomassa em moradias com pobre ventilação • Poluição ambiental Desenvolvimento e crescimento pulmonar Stress Oxidativo Gênero Idade Infecções Respiratórias Condição Socioeconômica Nutrição Co-morbidades
  • 11. FISIOPATOLOGIA Obstrução crônica do fluxo aéreo Destruição do parênquima pulmonar Resposta inflamatória sistêmica Estresse oxidativo Citocinas IL 6,8, 1B TNFα Desnutrição Exercício (Pulmão RJ 2013;22(2):9-14)
  • 12. FISIOPATOLOGIA Alérgenos ASMA Mastócitos CD4+ cell (Th2) Eosinófilos Células epitélio Broncoconstrição Hiperresponsividade Alv macrófago Ep cells Fumaça de cigarro CD8+ cell (Tc1) Neutrófilos Redução calibre pequenas vias e Destruição alveolar DPOC Limitação do Fluxo aéreo (Source: Peter J. Barnes, MD)
  • 13. FISIOPATOLOGIA Alveolar wall destruction Loss of elasticity Destruction of pulmonary capillary bed ↑ Inflammatory cells macrophages, CD8+ lymphocytes (Source: Peter J. Barnes, MD)
  • 17. QUADRO CLÍNICO dispnéia ao esforço sibilos tosse geralmente produtiva
  • 18. QUADRO CLÍNICO TOSSE Sintoma mais encontrado Precede ou aparece simultaneamente a dispneia Diária ou intermitente
  • 19. QUADRO CLÍNICO Dispnéia Principal sintoma associado à incapacidade, redução da qualidade de vida e pior prognóstico Referida numa fase mais avançada da doença  atribuida ao envelhecimento e à falta de condicionamento físico. Geralmente é percebida pela primeira vez numa crisede exacerbação da doença
  • 20. Observadas nas formas mais avançadas da doença e com predomínio do componente enfisematoso QUADRO CLÍNICO Alterações do exame físico à inspeção • tórax hiperinsuflado • tempo expiratório prolongado • respiração com lábios semicerrados • utilização de musculatura acessória do pescoço à ausculta • diminuição dos sons respiratórios • sibilos • raramente estertores crepitantes
  • 21. DIAGNÓSTICO História clínica (tabagismo importante, tosse crônica, dispnéia e/ou broncoespasmo)  Espirometria Gasometria arterial Radiograma de tórax Sinais de sobrecarga de câmaras direitas
  • 22. DIAGNÓSTICO Espirometria Avalia função pulmonar através da aferição do volume de ar que o paciente pode expelir dos pulmões após uma expiração máxima. Padrão Ouro (GOLD)
  • 23. DIAGNÓSTICO Diagnóstico definitivo para DPOC Confirma a presença de obstrução das vias aéreas Avalia a gravidade da obstrução das vias aéreas na DPOC Detecta obstrução das vias aéreas nos fumantes Monitora a progressão da doença na DPOC Avalia um aspecto da resposta à terapêutica Avalia prognóstico na DPOC (GOLD)
  • 24. DIAGNÓSTICO • O critério diagnóstico espirométrico necessário para estabelecer o diagnóstico da DPOC é a relação VEF1/CVF menor que 0,7 após o broncodilatador (GOLD)
  • 25. DIAGNÓSTICO • VEF1 – Volume expiratório forçado no primeiro segundo: O volume de ar expirado no primeiro segundo do sopro • CVF - Capacidade vital forçada: O volume total de ar que pode ser forçadamente expirado em uma respiração • Relação VEF1/CVF: A fração de ar expirado no primeiro segundo relativo ao volume total expirado (GOLD)
  • 26. DIAGNÓSTICO • PADRÕES DO ESPIROGRAMA Normal Obstrutivo Restritivo Misto obstrutivo e restritivo (GOLD)
  • 27. DIAGNÓSTICO • Espirometria Normal VEF1: % previsto > 80% CVF: % previsto > 80% VEF1/CVF: > 0,7 (GOLD)
  • 28. DIAGNÓSTICO VEF1 = 4L CVF = 5L VEF1/CVF = 0,8 ccCVF (GOLD)
  • 30. DIAGNÓSTICO TESTE DE REVERSIBILIDADE DPOC é confirmada pela relação pós– broncodilatador VEF1/CVF< 0,7 Relação pós–broncodilatador VEF1/CVF< 0,7 é medida 15 minutos após 400µg de salbutamol ou eqüivalente Ajuda a diferenciar DPOC de asma (GOLD)
  • 31. DIAGNÓSTICO História clínica (tabagismo importante, tosse crônica, dispnéia e/ou broncoespasmo)  Espirometria Gasometria arterial Radiograma de tórax Sinais de sobrecarga de câmaras direitas
  • 32. DIAGNÓSTICO • Gasometria Arterial Hipercapnia PH ácido PH <7,25 PaCO2 >50cmH2O HCO3 >28cmH2O
  • 33. DIAGNÓSTICO História clínica (tabagismo importante, tosse crônica, dispnéia e/ou broncoespasmo)  Espirometria Gasometria arterial Radiograma de tórax Sinais de sobrecarga de câmaras direitas
  • 36. DIAGNÓSTICO História clínica (tabagismo importante, tosse crônica, dispnéia e/ou broncoespasmo)  Espirometria Gasometria arterial Radiograma de tórax Sinais de sobrecarga de câmaras direitas
  • 37. DIAGNÓSTICO • Sinais de sobrecarga de câmaras direitas
  • 39. COMPLICAÇÕES Exacerbação aguda • Refere-se à aceleração súbita dos sintomas da DPOC causada na maioria das vezes por infecções, ou causas externas Infecções das vias aéreas • Pessoas com DPOC são mais suscetíveis a resfriados, gripe e pneumonia Pressão arterial elevada • DPOC pode elevar a pressão arterial nas artérias que levam sangue para os pulmões, gerando a chamada hipertensão pulmonar Problemas cardíacos • DPOC aumenta o risco de doenças cardíacas, incluindo infarto
  • 40. COMPLICAÇÕES Câncer de pulmão • Tabagistas com bronquite crônica têm maior risco de desenvolver câncer de pulmão do que os fumantes que não têm bronquite crônica Pneumonia: • Pode ser causada por infecções bacterianas, as quais podem resultar em insuficiência respiratória Pneumotórax: • O dano estrutural causado pela DPOC pode levar ao colapso do pulmão, permitindo o vazamento de ar para a cavidade torácica. Depressão:
  • 41. TRATAMENTO • O tratamento farmacológico da DPOC inclui broncodilatadores, a base do tratamento • A via preferencial é a inalatória, que diminui a incidência de efeitos colaterais. Os beta-agonistas são os preferenciais e atuam abrindo os canais de potássio e aumentando o AMP cíclico (LAIZO,2009)
  • 42. TRATATAMENTO Medicamento Beta Agonistas Efeito formoterol e salmeterol, Longa fenoterol, salbutamol e terbutalino, Curta A aminofillina, a bamifililna e a teofilina são xantinas utilizadas. Há estudos mostrando que esses fármacos não apresentam ação satisfatória no DPOC Os boncodilatadores aumentam a função pulmonar, a tolerância ao exercício, diminuem os sintomas e melhoram a qualidade de vida, reduzindo ainda as exacerbações (LAIZO,2009)
  • 43. TRATAMENTO • O oxigénio (O2) é usado em doentes com DPOC visando manter a oxiemoglobina acima de 90%. Observou-se que o uso de O2 melhora a tolerância ao exercício físico, a oxigenação do indivíduo e a qualidade de vida (LAIZO,2009)
  • 44. TRATAMENTO • Ventilação mecânica não-invasiva • Indicada quando houver RNC por narcose (PaCo2 >45mmhg) • Correção da hipoxemia
  • 45. TRATAMENTO • Ventilação mecânica invasiva • Indicada quando houver contra-indicação para VNI • No caso de falha da VNI (25%) • Cânulas acima de 8mm
  • 47. HISTÓRIA SOCIAL Paciente G. D. S 61 anos sexo Masculino Reside em Campo Grande – MS Bairro: Vila Piratininga Casa: própia Possui doc. pessoais Ensino Fund. Incompleto Serralheiro autônomo Casado Possui 2 filhos Entrou com processo para aposentadoria
  • 49. NUTRIÇÃO (DOURADO, 2006) 1960 • Perda peso como sinal clínico • Associada a menor sobrevida Desnutrição • Varia entre 26-47% • Relação inversa entre o Índice de Massa Corporal (IMC) e a sobrevida Aumento mortalidade • Pacientes com DPOC grave e IMC menor que 25kg/m² • Apresentam aumento sobrevida com o ganho de peso
  • 51. AVALIAÇÃO NUTRICIONAL • Peso: 65,2 kg • Peso ideal:67,2kg • Altura: 1,62 m • IMC: 24,6 Kg/m2 • Adequado 10/03/2018 • Trophic Fiber (NPNC) 500ml DE 4/4H 10/03/2018 • Hiperglicemia • Eliminações fisiológicas presentes • Sem sedação • Sonolento Clínico Inicio da NE VSNE Exclusiva Requerimento Nutricional  VCT: 25 – 30 kcal/dia  PTN: 1.5 – 2.0 g/dia META:1630-1956 kcal E2 1358-1630ml
  • 52. EVOLUÇÃO 08-03: Trophic Fiber 100ml 4/4h 09-03: Trophic Fiber 150ml 4/4h 10-03: Trophic Fiber 200ml 4/4h 12-03: Trophic Fiber 250ml 4/4h- Dieta Plena 13-03: Trophic Fiber 175ml 3/3h 14-03: Glucerna 175ml 3/3h 15-03: Dieta via oral Pastosa para diabético Hiperglicemia 514*
  • 53. AVALIAÇÃO NUTRICIONAL • Peso: 60,5 kg (-4,7kg) • Peso ideal:67,2kg • Altura: 1,62 m • IMC: 22,9 Kg/m2 • Baixo Peso 20/03/2018 • Via oral Pastosa • Recebendo 2487kcal 20/03/2018 • Hiperglicemia • Eliminações fisiológicas presentes • Boa aceitação da dieta Clínico Adequada Realizado orientação para diabetes Requerimento Nutricional  VCT: 25 – 30 kcal/ Peso Ideal/dia  PTN: 1.5 – 2.0 g/dia META:1675-2010 kcal
  • 55. ANÁLISES CLÍNICAS 13.76 68 92.19 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 8-Mar 9-Mar 10-Mar 11-Mar 12-Mar 13-Mar 14-Mar 15-Mar 16-Mar 17-Mar 18-Mar 19-Mar 20-Mar Proteína C reativa
  • 56. REFERÊNCIAS • DOURADO, V. Z. et al. Manifestações sistêmicas na doença pulmonar obstrutiva crônica.Jornal Brasileiro de Pneumologia, 2006. • RABAHI, M. F. Epidemiologia da DPOC: Enfrentando Desafios. Pulmão, 2013.

Notas do Editor

  1. Rabahi
  2. Rabahi