BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...
Estudo de caso de um paciente portador de DPOC
1. G R U P O 3 - C L Í N I C A M É D I C A
DPOC
Aline- Enfermeira
Cáren- Fisioterapeuta
Geize- Nutricionista
Pryscila- Farmacêutica
Paulo- Dentista
2. CASO CLÍNICO
PACIENTE G. D. S, 61 ANOS
•Encaminhada pelo samu da UPA Leblon onde permaneceu internado por 1
dia, necessitando de intubação orotraqueal.
• Admitida no dia 25/02 com quadro de dispnéia associada a tosse seca.
•Foi admitido no CTI onde permaneceu até dia 06/03, quando foi transferido
para clínica médica.
•HMP: HAS em uso de losartana, hctz; dm 2 em uso de metformina e
glibenclamida. Trabalha em serralheria e sem uso de EPI, esposa refere
bronquite e em uso de berotec.
•Hs: Etilista social e nega tabagismo.
•AMP: Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) com exacerbação aguda.
3. CASO CLÍNICO
Admissão Equipe Multiprofissional 08/03/20178
• PACIENTE G. D. S , 61 ANOS
• Sem sedação e sem droga vasoativa
• Dieta: via sonda nasoenteral
• Eliminações fisiológicas presentes
• AP:
• AC:
• Suporte: Cateter Nasal
• FC: bpm
• FR: irpm
• Sat O2: 91%
• Temp:37,5ºC
4. DEFINIÇÃO
A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é definida
como doença respiratória prevenível e tratável,
caracterizada por obstrução crônica ao fluxo aéreo que
não é totalmente reversível
(DOURADO, 2006)
Progressiva
Resposta
inflamatória
anormal dos
pulmões
Inalação de
particulas
e/ou gases
toxicos
5. CARACTERÍSTICAS
Enfisematoso – soprador rosado
História de dispneia a longo prazo
Pouco escarro
Crises pouco frequentes
Hiperinsuflação
Uso de musculatura acessória (tórax em barril)
Respiração em lábio semi-serrado
Oxigenação normal
Pink Puffer
6. CARACTERÍSTICAS
Bronquítico - pletórico
Menor grau de dispneia
História de tosse e escarro de longo prazo e
frequente
Crises frequentes
Hipoxemia crônica
Hipertensão pulmonar (cor pulmonale)
Blue Bloaters
7. EPIDEMIOLOGIA
• DPOC afeta cerca de 600 milhões de pessoas em todo
o mundo
• 40.000 óbitos anuais decorrentes da DPOC
• Em 2003 foi a quinta maior causa de internamento no
sistema público de saúde do Brasil
• Em maiores de 40 anos, com 196.698 internações
(RABAHI, 2013)
19. QUADRO CLÍNICO
Dispnéia
Principal sintoma associado à
incapacidade, redução da qualidade de
vida e pior prognóstico
Referida numa fase mais avançada da
doença atribuida ao envelhecimento
e à falta de condicionamento físico.
Geralmente é percebida pela primeira
vez numa crisede exacerbação da
doença
20. Observadas nas
formas mais
avançadas da
doença e com
predomínio do
componente
enfisematoso
QUADRO CLÍNICO
Alterações do exame físico
à inspeção
• tórax hiperinsuflado
• tempo expiratório prolongado
• respiração com lábios semicerrados
• utilização de musculatura acessória do
pescoço
à ausculta
• diminuição dos sons respiratórios
• sibilos
• raramente estertores crepitantes
21. DIAGNÓSTICO
História clínica (tabagismo importante, tosse crônica,
dispnéia e/ou broncoespasmo)
Espirometria
Gasometria arterial
Radiograma de tórax
Sinais de sobrecarga de câmaras direitas
23. DIAGNÓSTICO
Diagnóstico definitivo para DPOC
Confirma a presença de obstrução das vias
aéreas
Avalia a gravidade da obstrução das vias
aéreas na DPOC
Detecta obstrução das vias aéreas nos
fumantes
Monitora a progressão da doença na DPOC
Avalia um aspecto da resposta à terapêutica
Avalia prognóstico na DPOC
(GOLD)
24. DIAGNÓSTICO
• O critério diagnóstico espirométrico necessário para
estabelecer o diagnóstico da DPOC é a relação
VEF1/CVF menor que 0,7 após o broncodilatador
(GOLD)
25. DIAGNÓSTICO
• VEF1 – Volume expiratório forçado no primeiro
segundo:
O volume de ar expirado no primeiro segundo do sopro
• CVF - Capacidade vital forçada:
O volume total de ar que pode ser forçadamente
expirado em uma respiração
• Relação VEF1/CVF:
A fração de ar expirado no primeiro segundo relativo ao
volume total expirado
(GOLD)
26. DIAGNÓSTICO
• PADRÕES DO ESPIROGRAMA
Normal
Obstrutivo
Restritivo
Misto obstrutivo e restritivo
(GOLD)
30. DIAGNÓSTICO
TESTE DE REVERSIBILIDADE
DPOC é confirmada pela relação pós–
broncodilatador VEF1/CVF< 0,7
Relação pós–broncodilatador VEF1/CVF< 0,7
é medida 15 minutos após 400µg de
salbutamol ou eqüivalente
Ajuda a diferenciar DPOC de asma
(GOLD)
31. DIAGNÓSTICO
História clínica (tabagismo importante, tosse crônica,
dispnéia e/ou broncoespasmo)
Espirometria
Gasometria arterial
Radiograma de tórax
Sinais de sobrecarga de câmaras direitas
39. COMPLICAÇÕES
Exacerbação
aguda
• Refere-se à aceleração súbita dos sintomas da DPOC causada na
maioria das vezes por infecções, ou causas externas
Infecções das
vias aéreas
• Pessoas com DPOC são mais suscetíveis a resfriados, gripe e
pneumonia
Pressão arterial
elevada
• DPOC pode elevar a pressão arterial nas artérias que levam sangue
para os pulmões, gerando a chamada hipertensão pulmonar
Problemas
cardíacos
• DPOC aumenta o risco de doenças cardíacas, incluindo infarto
40. COMPLICAÇÕES
Câncer de
pulmão
• Tabagistas com bronquite crônica têm maior risco de desenvolver câncer
de pulmão do que os fumantes que não têm bronquite crônica
Pneumonia:
• Pode ser causada por infecções bacterianas, as quais podem resultar
em insuficiência respiratória
Pneumotórax:
• O dano estrutural causado pela DPOC pode levar ao colapso do
pulmão, permitindo o vazamento de ar para a cavidade torácica.
Depressão:
41. TRATAMENTO
• O tratamento farmacológico da DPOC inclui
broncodilatadores, a base do tratamento
• A via preferencial é a inalatória, que diminui a
incidência de efeitos colaterais. Os beta-agonistas
são os preferenciais e atuam abrindo os canais de
potássio e aumentando o AMP cíclico
(LAIZO,2009)
42. TRATATAMENTO
Medicamento Beta Agonistas Efeito
formoterol e salmeterol, Longa
fenoterol, salbutamol e terbutalino, Curta
A aminofillina, a bamifililna e a
teofilina são xantinas utilizadas.
Há estudos mostrando que esses
fármacos não apresentam ação
satisfatória no DPOC
Os boncodilatadores aumentam a função pulmonar, a tolerância ao
exercício, diminuem os sintomas e melhoram a qualidade de vida,
reduzindo ainda as exacerbações
(LAIZO,2009)
43. TRATAMENTO
• O oxigénio (O2) é usado em doentes com DPOC
visando manter a oxiemoglobina acima de 90%.
Observou-se que o uso de O2 melhora a tolerância ao
exercício físico, a oxigenação do indivíduo e a qualidade
de vida
(LAIZO,2009)
45. TRATAMENTO
• Ventilação mecânica invasiva
• Indicada quando houver contra-indicação para VNI
• No caso de falha da VNI (25%)
• Cânulas acima de 8mm
47. HISTÓRIA SOCIAL
Paciente
G. D. S
61 anos
sexo
Masculino
Reside em Campo
Grande – MS
Bairro: Vila
Piratininga
Casa: própia
Possui doc. pessoais
Ensino Fund.
Incompleto
Serralheiro autônomo
Casado
Possui 2 filhos
Entrou com processo
para aposentadoria
49. NUTRIÇÃO
(DOURADO, 2006)
1960
• Perda peso como sinal clínico
• Associada a menor sobrevida
Desnutrição
• Varia entre 26-47%
• Relação inversa entre o Índice de Massa Corporal
(IMC) e a sobrevida
Aumento
mortalidade
• Pacientes com DPOC grave e IMC menor que 25kg/m²
• Apresentam aumento sobrevida com o ganho de peso
56. REFERÊNCIAS
• DOURADO, V. Z. et al. Manifestações sistêmicas na
doença pulmonar obstrutiva crônica.Jornal
Brasileiro de Pneumologia, 2006.
• RABAHI, M. F. Epidemiologia da DPOC: Enfrentando
Desafios. Pulmão, 2013.