SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 3
Baixar para ler offline
“A importância da drenagem pública”
Informativo Mensal - Volume 40
RIO TIETÊ TRANSBORDA E TRECHO DA
MARGINAL É MAIS UMA VEZ INTERDITADO.
A forte chuva que atingiu São Paulo na madrugada e manhã do dia
07 de maio de 2017, fez com que o Rio Tietê transbordasse e
interditasse um trecho da Marginal. Entre a tarde da quinta-feira e
a madrugada desta sexta-feira (7) choveu o esperado para o mês de
abril inteiro. Foram 84 mm neste período e a média do mês é de 73
mm.
Quando inaugurada a calha do rio Tietê na região metropolitana de
São Paulo, em 2006, os técnicos informaram que o Tietê não mais
transbordaria pelos próximos 100 anos. Só deixaram de levar em
conta as mudanças climáticas e a falta de obras estruturantes de
macrodrenagem.
Alagamentos na Marginal Pinheiros na manhã desta sexta-feira (7) (Foto:
GloboNews/Reprodução)
O dia seguinte de uma chuva torrencial é sempre um momento de
reflexão sobre as condições de viver, trabalhar e se deslocar com
segurança em uma grande metrópole como São Paulo, cuja
infraestrutura urbana apresenta nítidos sinais de esgotamento ou
limitação em várias regiões, frente ao volume de água que, de
repente, cai dos céus e invade ruas e calçadas, prejudicando a
mobilidade de todos.
Alguns não conseguem sair do trabalho ou ficam horas presos no
trânsito travado a caminho de casa, ao final do expediente.
A VOZ DO TIETÊ
Desde 2005 o Instituto Navega
São Paulo tem o objetivo de
atrair a atenção da população
para o rio Tietê a partir do seu
trecho mais degradado que é a
região metropolitana de São
Paulo. Conseguimos atingir
nosso proposito por meio das
navegações monitoradas na
embarcação Almirante do Lago,
entre as pontes dos Remédios e
das Bandeiras. Agora nossa
proposta com este informativo
mensal é atrair sua atenção,
levando até você informações
sobre o nosso Tietê para que
juntos identifiquemos o que
fazer para revitalizar tão
precioso patrimônio ambiental.
DIA DO TIETÊ 22.09.2011 – PTE. DAS BANDEIRAS
Outros enfrentaram perdas
patrimoniais importantes, têm suas
casas invadidas e veem seus carros
boiando nas regiões de alagamentos
mais graves.
Mas o sentimento comum, após
alguns minutos do início do
temporal, é o susto de assistir as
enxurradas tomando conta de tudo,
criando chafarizes improváveis,
arrastando objetos, automóveis,
sacos de lixo e muito mais, com uma
força que chega a surpreender, seja
pelo volume ou velocidade de
deslocamento da água.
CONSEQUÊNCIAS DA IMPERMEABILIZAÇÃO DO SOLO
Nesse momento fica claro o que significa a tal da impermeabilização do solo das cidades: se os terrenos e as
encostas mais íngremes da cidade não tivessem se transformado em lotes construídos e ruas
impermeabilizadas por asfalto, provavelmente o perfil original e a absorção natural do terreno, ajudado por
uma vegetação mais intensa conseguissem fazer o papel de redutores da violência do deslocamento da água,
prevenindo eventuais consequências da precipitação natural intensa e concentrada em alguns bairros.
A impermeabilização do solo é portanto
uma dos desafios mais difíceis de
resolver no processo de urbanização, em
vista de sua irreversibilidade. Cada
metro quadrado impermeabilizado por
um conveniente quintal cimentado ou
por edifícios e seus necessários subsolos
de garagem, precisa ser compensado por
um complexo de estruturas físicas para a
captação da água superficial, formado
pelo conjunto de ralos, tubos e caixas de
armazenamento temporário dentro das
construções, guias e sarjetas, bocas de
lobo, poços de visita e tubulação
enterrada nas áreas públicas, de modo a encaminhar as águas coletadas até a região mais baixa da
vizinhança onde estão as galerias de águas pluviais, geralmente sob a parte do terreno que os topógrafos
chamam de “talvegue” natural.
Toda essa água que assusta e permanece na superfície das ruas
por alguns minutos (ou horas, às vezes dias) diante de uma
população-refém do fenômeno natural de uma tempestade de
verão, seja na forma de enxurradas ou alagamentos temporários,
na falta de condições para se infiltrar no terreno precisa chegar
até o córrego mais próximo e seguir seu caminho natural até os
rios maiores. Na maior parte do tempo, essa infra-estrutura
funciona fora da vista dos cidadãos, pois muitos dos córregos
importantes já foram canalizados e escondem-se sob ruas e
avenidas.
A esse conjunto de estruturas urbanas, a engenharia das cidades
dá o nome de sistema de drenagem. A maior parte desses
sistemas na cidade de São Paulo foi construída há muitas décadas
nas regiões centrais, entre as duas grandes avenidas marginais, datam das décadas de 50 ou 60 – e desde
então as condições de impermeabilidade só pioraram. E o limite desse sistema é a capacidade de rios e
córregos permanecerem dentro de seu leito natural, o que também tem sido difícil, trazendo como
consequência as indesejáveis enchentes dos bairros ribeirinhos.
INFRAESTRUTURA.
A canalização de rios e córregos, ou mesmo a calha do Rio
Tietê, entregue na década de 90, foi desenvolvida para
suportar a vazão das águas sem enchentes, por um tempo
estimado de 100 anos, em vista das ocorrências dos
últimos anos, deixa claro que não contaram com os
aumentos nos volumes das chuvas ocasionados, por
fenômenos de aquecimento global que têm provocado
maior intensidade dos temporais – seja em volume ou
tempo de precipitação -, modificando completamente os
parâmetros de dimensionamento desse tipo de
infraestrutura.
Com instalações relativamente antigas, a cidade de São Paulo não vai conseguir superar a curto e médio
prazos o sub-dimensionamento de seu sistema público de drenagem. Nas próximas décadas, portanto, os
cidadãos vão ter que aprender a resolver e assumir parte dos problemas dentro de seus próprios lotes –
construindo cisternas de acumulação temporária, por exemplo – e a conviver com as águas superficiais
assustadoras nos dias de chuva intensas, o que exigirá um aprendizado de como evitar perdas maiores, seja
pelo reconhecimento de alertas de não transitar em determinadas regiões, buscar caminhos alternativos,
mudar o sistema de transporte utilizado ou simplesmente obedecer a uma ordem do poder público de não
sair de onde estiver, seja em casa ou no trabalho.
Este é o preço que pagamos por não dar a devida importância aos recursos naturais!!!
Carta da Terra – Princípios
Avançar o estudo da sustentabilidade ecológica e promover a troca aberta e a
ampla aplicação do conhecimento adquirido.
Apoiar a cooperação científica e técnica internacional relacionada a
sustentabilidade, com especial atenção às necessidades das nações em
desenvolvimento.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Água. manual de sobrevivencia
Água. manual de sobrevivenciaÁgua. manual de sobrevivencia
Água. manual de sobrevivencialeonidas_zazelis
 
Apresentacao vilarinho audiencia publica_14-03-2019_final
Apresentacao vilarinho audiencia publica_14-03-2019_finalApresentacao vilarinho audiencia publica_14-03-2019_final
Apresentacao vilarinho audiencia publica_14-03-2019_finalCBH Rio das Velhas
 
Crise da água ou crise de gestão?
Crise da água ou crise de gestão? Crise da água ou crise de gestão?
Crise da água ou crise de gestão? CBH Rio das Velhas
 
Gerenciamento de Drenagem Urbana: Praça Julio de Castilhos (Porto Alegre)
Gerenciamento de Drenagem Urbana: Praça Julio de Castilhos (Porto Alegre)Gerenciamento de Drenagem Urbana: Praça Julio de Castilhos (Porto Alegre)
Gerenciamento de Drenagem Urbana: Praça Julio de Castilhos (Porto Alegre)Mariana Mincarone
 
Resultados do Projeto SWITCH em Belo Horizonte
Resultados do Projeto SWITCH em Belo Horizonte Resultados do Projeto SWITCH em Belo Horizonte
Resultados do Projeto SWITCH em Belo Horizonte Diário do Comércio - MG
 
Relatório de visita técnica ao dmae
Relatório de visita técnica ao dmaeRelatório de visita técnica ao dmae
Relatório de visita técnica ao dmaeTatiane Lopes
 
Relatório visita ete ibirité
Relatório visita ete ibiritéRelatório visita ete ibirité
Relatório visita ete ibiritéBruno Oliveira
 
Tratamento de esgotos infiltração rápida
Tratamento de esgotos infiltração rápidaTratamento de esgotos infiltração rápida
Tratamento de esgotos infiltração rápidaSilenezé Souza
 
Apresentacao Subcomite Rio Taquaracu
Apresentacao Subcomite Rio Taquaracu Apresentacao Subcomite Rio Taquaracu
Apresentacao Subcomite Rio Taquaracu CBH Rio das Velhas
 

Mais procurados (20)

Enchentes 2 B
Enchentes 2 BEnchentes 2 B
Enchentes 2 B
 
Aula 1 introdução omsd
Aula 1    introdução omsdAula 1    introdução omsd
Aula 1 introdução omsd
 
Água. manual de sobrevivencia
Água. manual de sobrevivenciaÁgua. manual de sobrevivencia
Água. manual de sobrevivencia
 
Apresentacao vilarinho audiencia publica_14-03-2019_final
Apresentacao vilarinho audiencia publica_14-03-2019_finalApresentacao vilarinho audiencia publica_14-03-2019_final
Apresentacao vilarinho audiencia publica_14-03-2019_final
 
Crise da água ou crise de gestão?
Crise da água ou crise de gestão? Crise da água ou crise de gestão?
Crise da água ou crise de gestão?
 
Gerenciamento de Drenagem Urbana: Praça Julio de Castilhos (Porto Alegre)
Gerenciamento de Drenagem Urbana: Praça Julio de Castilhos (Porto Alegre)Gerenciamento de Drenagem Urbana: Praça Julio de Castilhos (Porto Alegre)
Gerenciamento de Drenagem Urbana: Praça Julio de Castilhos (Porto Alegre)
 
Informativo insp 72
Informativo insp   72Informativo insp   72
Informativo insp 72
 
Informativo insp 32
Informativo insp   32Informativo insp   32
Informativo insp 32
 
Resultados do Projeto SWITCH em Belo Horizonte
Resultados do Projeto SWITCH em Belo Horizonte Resultados do Projeto SWITCH em Belo Horizonte
Resultados do Projeto SWITCH em Belo Horizonte
 
11 revitalizacao
11 revitalizacao11 revitalizacao
11 revitalizacao
 
Relatório de visita técnica ao dmae
Relatório de visita técnica ao dmaeRelatório de visita técnica ao dmae
Relatório de visita técnica ao dmae
 
Informativo insp 67
Informativo insp   67Informativo insp   67
Informativo insp 67
 
PROPOSTA DE REDAÇÃO 03
PROPOSTA DE REDAÇÃO 03PROPOSTA DE REDAÇÃO 03
PROPOSTA DE REDAÇÃO 03
 
App boa vista
App boa vistaApp boa vista
App boa vista
 
Informativo insp 20
Informativo insp   20Informativo insp   20
Informativo insp 20
 
Relatório visita ete ibirité
Relatório visita ete ibiritéRelatório visita ete ibirité
Relatório visita ete ibirité
 
Aterro sanitário
Aterro sanitário   Aterro sanitário
Aterro sanitário
 
Tratamento de esgotos infiltração rápida
Tratamento de esgotos infiltração rápidaTratamento de esgotos infiltração rápida
Tratamento de esgotos infiltração rápida
 
Informativo insp 63
Informativo insp   63Informativo insp   63
Informativo insp 63
 
Apresentacao Subcomite Rio Taquaracu
Apresentacao Subcomite Rio Taquaracu Apresentacao Subcomite Rio Taquaracu
Apresentacao Subcomite Rio Taquaracu
 

Semelhante a Informativo insp 40

Semelhante a Informativo insp 40 (20)

Informativo insp 58
Informativo insp   58Informativo insp   58
Informativo insp 58
 
Informativo insp 33
Informativo insp   33Informativo insp   33
Informativo insp 33
 
DilúVio (Aula Para Pd MatemáTica)
DilúVio (Aula Para Pd MatemáTica)DilúVio (Aula Para Pd MatemáTica)
DilúVio (Aula Para Pd MatemáTica)
 
COMO LIDAR COM AS ENCHENTES NO BRASIL
COMO LIDAR COM AS ENCHENTES NO BRASILCOMO LIDAR COM AS ENCHENTES NO BRASIL
COMO LIDAR COM AS ENCHENTES NO BRASIL
 
Informativo insp 7-
Informativo insp   7-Informativo insp   7-
Informativo insp 7-
 
Grandes desastres ambientais
Grandes desastres ambientaisGrandes desastres ambientais
Grandes desastres ambientais
 
Grandes desastres ambientais
Grandes desastres ambientaisGrandes desastres ambientais
Grandes desastres ambientais
 
Grandes desastres ambientais
Grandes desastres ambientaisGrandes desastres ambientais
Grandes desastres ambientais
 
Aula 08 - Drenagem Urbana.pdf
Aula 08 - Drenagem Urbana.pdfAula 08 - Drenagem Urbana.pdf
Aula 08 - Drenagem Urbana.pdf
 
Informativo insp 27
Informativo insp   27Informativo insp   27
Informativo insp 27
 
Informativo insp 50
Informativo insp   50Informativo insp   50
Informativo insp 50
 
Informativo insp 10
Informativo insp   10Informativo insp   10
Informativo insp 10
 
Crise hídrica 02
Crise hídrica 02Crise hídrica 02
Crise hídrica 02
 
Inundações
InundaçõesInundações
Inundações
 
Ilhéus muita chuva e muita especulações
Ilhéus  muita chuva e muita especulaçõesIlhéus  muita chuva e muita especulações
Ilhéus muita chuva e muita especulações
 
Ilhéus muita chuva e muita especulações
Ilhéus  muita chuva e muita especulaçõesIlhéus  muita chuva e muita especulações
Ilhéus muita chuva e muita especulações
 
Enchente Alan
Enchente AlanEnchente Alan
Enchente Alan
 
Vereador Rezende - Requerimentos 02
Vereador Rezende - Requerimentos 02Vereador Rezende - Requerimentos 02
Vereador Rezende - Requerimentos 02
 
Enchentes 2 3 B
Enchentes 2   3 BEnchentes 2   3 B
Enchentes 2 3 B
 
Projeto Rio Tamanduateí.pptxAAAAAAAAAAAAAAAAA
Projeto Rio Tamanduateí.pptxAAAAAAAAAAAAAAAAAProjeto Rio Tamanduateí.pptxAAAAAAAAAAAAAAAAA
Projeto Rio Tamanduateí.pptxAAAAAAAAAAAAAAAAA
 

Mais de Douglas Siqueira (20)

Informativo INSP 79
Informativo INSP   79Informativo INSP   79
Informativo INSP 79
 
Informativo insp 78
Informativo insp   78Informativo insp   78
Informativo insp 78
 
Informativo insp 77
Informativo insp   77Informativo insp   77
Informativo insp 77
 
Escopo programa viva o rio pinheiros
Escopo  programa viva o rio pinheirosEscopo  programa viva o rio pinheiros
Escopo programa viva o rio pinheiros
 
Informativo insp 76
Informativo insp   76Informativo insp   76
Informativo insp 76
 
Informativo insp 75
Informativo insp   75Informativo insp   75
Informativo insp 75
 
Informativo insp 74
Informativo insp   74Informativo insp   74
Informativo insp 74
 
Informativo insp 73
Informativo insp   73Informativo insp   73
Informativo insp 73
 
Informativo insp 71
Informativo insp   71Informativo insp   71
Informativo insp 71
 
Informativo insp 70
Informativo insp   70Informativo insp   70
Informativo insp 70
 
Informativo insp 69
Informativo insp   69Informativo insp   69
Informativo insp 69
 
Informativo insp 68
Informativo insp   68Informativo insp   68
Informativo insp 68
 
Informativo insp 66
Informativo insp   66Informativo insp   66
Informativo insp 66
 
Informativo insp 65
Informativo insp   65Informativo insp   65
Informativo insp 65
 
Informativo insp 62
Informativo insp   62Informativo insp   62
Informativo insp 62
 
Informativo insp 61
Informativo insp   61Informativo insp   61
Informativo insp 61
 
Informativo insp 60
Informativo insp   60Informativo insp   60
Informativo insp 60
 
Informativo insp 59
Informativo insp   59Informativo insp   59
Informativo insp 59
 
Informativo insp 57
Informativo insp   57Informativo insp   57
Informativo insp 57
 
Informativo insp 56
Informativo insp   56Informativo insp   56
Informativo insp 56
 

Último

ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfTutor de matemática Ícaro
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfWagnerCamposCEA
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdfAna Lemos
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfcomercial400681
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasJogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasSocorro Machado
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)ElliotFerreira
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdfLeloIurk1
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfmaurocesarpaesalmeid
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfEmanuel Pio
 
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfGEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfRavenaSales1
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxApresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxLusGlissonGud
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesFabianeMartins35
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 

Último (20)

ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasJogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
 
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfGEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxApresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 

Informativo insp 40

  • 1. “A importância da drenagem pública” Informativo Mensal - Volume 40 RIO TIETÊ TRANSBORDA E TRECHO DA MARGINAL É MAIS UMA VEZ INTERDITADO. A forte chuva que atingiu São Paulo na madrugada e manhã do dia 07 de maio de 2017, fez com que o Rio Tietê transbordasse e interditasse um trecho da Marginal. Entre a tarde da quinta-feira e a madrugada desta sexta-feira (7) choveu o esperado para o mês de abril inteiro. Foram 84 mm neste período e a média do mês é de 73 mm. Quando inaugurada a calha do rio Tietê na região metropolitana de São Paulo, em 2006, os técnicos informaram que o Tietê não mais transbordaria pelos próximos 100 anos. Só deixaram de levar em conta as mudanças climáticas e a falta de obras estruturantes de macrodrenagem. Alagamentos na Marginal Pinheiros na manhã desta sexta-feira (7) (Foto: GloboNews/Reprodução) O dia seguinte de uma chuva torrencial é sempre um momento de reflexão sobre as condições de viver, trabalhar e se deslocar com segurança em uma grande metrópole como São Paulo, cuja infraestrutura urbana apresenta nítidos sinais de esgotamento ou limitação em várias regiões, frente ao volume de água que, de repente, cai dos céus e invade ruas e calçadas, prejudicando a mobilidade de todos. Alguns não conseguem sair do trabalho ou ficam horas presos no trânsito travado a caminho de casa, ao final do expediente. A VOZ DO TIETÊ Desde 2005 o Instituto Navega São Paulo tem o objetivo de atrair a atenção da população para o rio Tietê a partir do seu trecho mais degradado que é a região metropolitana de São Paulo. Conseguimos atingir nosso proposito por meio das navegações monitoradas na embarcação Almirante do Lago, entre as pontes dos Remédios e das Bandeiras. Agora nossa proposta com este informativo mensal é atrair sua atenção, levando até você informações sobre o nosso Tietê para que juntos identifiquemos o que fazer para revitalizar tão precioso patrimônio ambiental. DIA DO TIETÊ 22.09.2011 – PTE. DAS BANDEIRAS
  • 2. Outros enfrentaram perdas patrimoniais importantes, têm suas casas invadidas e veem seus carros boiando nas regiões de alagamentos mais graves. Mas o sentimento comum, após alguns minutos do início do temporal, é o susto de assistir as enxurradas tomando conta de tudo, criando chafarizes improváveis, arrastando objetos, automóveis, sacos de lixo e muito mais, com uma força que chega a surpreender, seja pelo volume ou velocidade de deslocamento da água. CONSEQUÊNCIAS DA IMPERMEABILIZAÇÃO DO SOLO Nesse momento fica claro o que significa a tal da impermeabilização do solo das cidades: se os terrenos e as encostas mais íngremes da cidade não tivessem se transformado em lotes construídos e ruas impermeabilizadas por asfalto, provavelmente o perfil original e a absorção natural do terreno, ajudado por uma vegetação mais intensa conseguissem fazer o papel de redutores da violência do deslocamento da água, prevenindo eventuais consequências da precipitação natural intensa e concentrada em alguns bairros. A impermeabilização do solo é portanto uma dos desafios mais difíceis de resolver no processo de urbanização, em vista de sua irreversibilidade. Cada metro quadrado impermeabilizado por um conveniente quintal cimentado ou por edifícios e seus necessários subsolos de garagem, precisa ser compensado por um complexo de estruturas físicas para a captação da água superficial, formado pelo conjunto de ralos, tubos e caixas de armazenamento temporário dentro das construções, guias e sarjetas, bocas de lobo, poços de visita e tubulação enterrada nas áreas públicas, de modo a encaminhar as águas coletadas até a região mais baixa da vizinhança onde estão as galerias de águas pluviais, geralmente sob a parte do terreno que os topógrafos chamam de “talvegue” natural. Toda essa água que assusta e permanece na superfície das ruas por alguns minutos (ou horas, às vezes dias) diante de uma população-refém do fenômeno natural de uma tempestade de verão, seja na forma de enxurradas ou alagamentos temporários, na falta de condições para se infiltrar no terreno precisa chegar até o córrego mais próximo e seguir seu caminho natural até os rios maiores. Na maior parte do tempo, essa infra-estrutura funciona fora da vista dos cidadãos, pois muitos dos córregos importantes já foram canalizados e escondem-se sob ruas e avenidas. A esse conjunto de estruturas urbanas, a engenharia das cidades dá o nome de sistema de drenagem. A maior parte desses sistemas na cidade de São Paulo foi construída há muitas décadas
  • 3. nas regiões centrais, entre as duas grandes avenidas marginais, datam das décadas de 50 ou 60 – e desde então as condições de impermeabilidade só pioraram. E o limite desse sistema é a capacidade de rios e córregos permanecerem dentro de seu leito natural, o que também tem sido difícil, trazendo como consequência as indesejáveis enchentes dos bairros ribeirinhos. INFRAESTRUTURA. A canalização de rios e córregos, ou mesmo a calha do Rio Tietê, entregue na década de 90, foi desenvolvida para suportar a vazão das águas sem enchentes, por um tempo estimado de 100 anos, em vista das ocorrências dos últimos anos, deixa claro que não contaram com os aumentos nos volumes das chuvas ocasionados, por fenômenos de aquecimento global que têm provocado maior intensidade dos temporais – seja em volume ou tempo de precipitação -, modificando completamente os parâmetros de dimensionamento desse tipo de infraestrutura. Com instalações relativamente antigas, a cidade de São Paulo não vai conseguir superar a curto e médio prazos o sub-dimensionamento de seu sistema público de drenagem. Nas próximas décadas, portanto, os cidadãos vão ter que aprender a resolver e assumir parte dos problemas dentro de seus próprios lotes – construindo cisternas de acumulação temporária, por exemplo – e a conviver com as águas superficiais assustadoras nos dias de chuva intensas, o que exigirá um aprendizado de como evitar perdas maiores, seja pelo reconhecimento de alertas de não transitar em determinadas regiões, buscar caminhos alternativos, mudar o sistema de transporte utilizado ou simplesmente obedecer a uma ordem do poder público de não sair de onde estiver, seja em casa ou no trabalho. Este é o preço que pagamos por não dar a devida importância aos recursos naturais!!! Carta da Terra – Princípios Avançar o estudo da sustentabilidade ecológica e promover a troca aberta e a ampla aplicação do conhecimento adquirido. Apoiar a cooperação científica e técnica internacional relacionada a sustentabilidade, com especial atenção às necessidades das nações em desenvolvimento.