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“A RENATURALIZAÇÃO É UMA NOBRE SOLUÇÃO!”
Informativo Mensal - Volume 72
O QUE É RENATURALIZAÇÃO?
Renaturalizar significa voltar ao natural, em outras palavras, em se
tratando de recursos hídricos, a renaturalização nada mais é do que a
volta às características naturais do rio, com intervenções que visam
promover um aspecto natural que favorece tanto a harmonia paisagística
quanto a flora e a fauna do corpo d´água. A renaturalização procura
estabelecer um equilíbrio entre os limites e peculiaridades de um
ambiente urbanizado e um ambiente mais natural. Também visa a
preservação ou recuperação das áreas naturais de recarga e inundação.
Rio Han na Coréia do Sul, a menos de dez anos atrás era como nosso rio Tietê.
Durante muito tempo, a estratégia da engenharia fluvial e hidráulica
esteve orientada no sentido de retificar o leito dos rios e córregos, para
que suas vazões fossem dirigidas para jusante pelo caminho mais curto e
com a maior velocidade de escoamento possível. Os objetivos principais
visavam ganhar novas terras para a agricultura, novas áreas para a
urbanização e minimizar os efeitos locais das cheias.
A realização de obras com base naquela concepção teve consequências
não consideradas ou avaliadas como sendo negligenciáveis no
planejamento: a variedade de biota foi reduzida de uma maneira
alarmante e as cheias hoje causam prejuízos cada vez maiores.
É natural do ser humano estabelecer sua morada próximo a cursos
d’água pois, a água é imprescindível para nossas vidas. Além de questão
de sobrevivência, ela é utilizada em várias atividades do nosso dia a dia.
A VOZ DO TIETÊ
Desde 2005 o Instituto Navega
São Paulo tem o objetivo de
atrair a atenção da população
para o rio Tietê a partir do seu
trecho mais degradado que é a
região metropolitana de São
Paulo. Conseguimos atingir
nosso proposito por meio das
navegações monitoradas na
embarcação Almirante do Lago,
entre as pontes dos Remédios e
das Bandeiras. Agora nossa
proposta com este informativo
mensal é atrair sua atenção,
levando até você informações
sobre o nosso Tietê para que
juntos identifiquemos o que
fazer para revitalizar tão
precioso patrimônio ambiental.
DIA DO TIETÊ 22.09.2011 – PTE. DAS BANDEIRAS
Apesar de vital, esse recurso natural está bastante degradado no ambiente urbano. O processo de urbanização
infelizmente tem ocorrido de maneira desordenada, gerando problemas graves.
Um sério problema é a impermeabilização
do solo, que é provocada tanto pelas
construções de casas, comércios ou
indústrias quanto pela pavimentação de
ruas e calçadas. Ela eleva o escoamento
superficial durante o período chuvoso, que
natural ou artificialmente flui para a parte
mais baixa que são os córregos e rios. Para
facilitar o processo de escoamento, são
criadas as galerias de água pluviais, mas, na
maior parte das vezes, até mesmo por
questão de custo, a água não é direcionada
da maneira correta para os corpos d’água, o
que faz com que ela chegue com muita
energia, destruindo completamente o leito
do manancial e suas margens, provocando
assoreamento e consequentemente as
enchentes.
A OCUPAÇÃO INDEVIDA DE ÁREAS URBANAS
Um outro transtorno grave, gerado pela urbanização
desordenada, são as ocupações de fundo de vale, que
subtraem a mata ciliar, tornando a margem
desprotegida, gerando mais focos de
desmoronamento. O depósito de entulhos de
construção, lixo e esgoto também facilitam a
proliferação de vetores de doenças como mosquitos,
ratos, baratas, escorpiões e outros. A canalização
aumenta a velocidade da água e consequentemente o
seu poder de destruição a jusante, além de propiciar a
ocupação de áreas sujeitas a inundação, o que leva aos
prejuízos materiais e imateriais que sempre vemos nos
noticiários durante a estação chuvosa. A canalização
também extermina a biota dos rios e das baixadas pois
a água corre sobre concreto, tanto nas suas laterais quanto na parte do fundo. Na pressa de se dar uma resposta ágil
à população, o poder público vai pela via mais rápida e não necessariamente mais barata: as canalizações e
retificações.
A renaturalização de rios não
significa a volta a uma paisagem
original não influenciada pelo
homem, mas corresponde ao
desenvolvimento sustentável dos
rios e da paisagem em
conformidade com as
necessidades e conhecimentos
contemporâneos.
No processo de
renaturalização existem
estudos profundos nos
locais a serem
renaturalizados que levam
em considerações os
limites impostos pela
urbanização que
dificilmente podem ser
ultrapassados. Por isso, a
implementação de projetos
voltados para a
renaturalização de rios
exige a disponibilidade de
áreas e novos conceitos na
engenharia hidráulica e de
planejamento territorial.
‘Rio Tietê antes e agora’
Dentre alguns pontos que destacamos no processo de renaturalização está a remoção das canalizações que são
trocadas por quebra-correntes de gabiões e pedras. Troncos de árvores podem ser utilizadas para a proteção das
margens. As barragens podem servir para controle do fluxo de água no rio mas ao invés de comportas e vertedouros
se usam tentos transversais, que facilitam a migração de espécies. Em certos casos até mesmo a retificação do leito
do rio é desfeita, retornando em alguns pontos as curvas, que diminuem a velocidade da água no leito do rio e
aumentam a área disponível para inundação, o que também favorecem a biota.
A renaturalização eleva a qualidade de vida dos habitantes dos ambientes urbanos e rurais, além de promover uma
elevação da biota disponível no rio. Todos só temos a ganhar e a natureza agradece.
Carta da Terra – Princípios
““Reconhecer que a liberdade de ação de cada geração é condicionada pelas
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Renaturalização: Solução para Rios Degradados

  • 1. “A RENATURALIZAÇÃO É UMA NOBRE SOLUÇÃO!” Informativo Mensal - Volume 72 O QUE É RENATURALIZAÇÃO? Renaturalizar significa voltar ao natural, em outras palavras, em se tratando de recursos hídricos, a renaturalização nada mais é do que a volta às características naturais do rio, com intervenções que visam promover um aspecto natural que favorece tanto a harmonia paisagística quanto a flora e a fauna do corpo d´água. A renaturalização procura estabelecer um equilíbrio entre os limites e peculiaridades de um ambiente urbanizado e um ambiente mais natural. Também visa a preservação ou recuperação das áreas naturais de recarga e inundação. Rio Han na Coréia do Sul, a menos de dez anos atrás era como nosso rio Tietê. Durante muito tempo, a estratégia da engenharia fluvial e hidráulica esteve orientada no sentido de retificar o leito dos rios e córregos, para que suas vazões fossem dirigidas para jusante pelo caminho mais curto e com a maior velocidade de escoamento possível. Os objetivos principais visavam ganhar novas terras para a agricultura, novas áreas para a urbanização e minimizar os efeitos locais das cheias. A realização de obras com base naquela concepção teve consequências não consideradas ou avaliadas como sendo negligenciáveis no planejamento: a variedade de biota foi reduzida de uma maneira alarmante e as cheias hoje causam prejuízos cada vez maiores. É natural do ser humano estabelecer sua morada próximo a cursos d’água pois, a água é imprescindível para nossas vidas. Além de questão de sobrevivência, ela é utilizada em várias atividades do nosso dia a dia. A VOZ DO TIETÊ Desde 2005 o Instituto Navega São Paulo tem o objetivo de atrair a atenção da população para o rio Tietê a partir do seu trecho mais degradado que é a região metropolitana de São Paulo. Conseguimos atingir nosso proposito por meio das navegações monitoradas na embarcação Almirante do Lago, entre as pontes dos Remédios e das Bandeiras. Agora nossa proposta com este informativo mensal é atrair sua atenção, levando até você informações sobre o nosso Tietê para que juntos identifiquemos o que fazer para revitalizar tão precioso patrimônio ambiental. DIA DO TIETÊ 22.09.2011 – PTE. DAS BANDEIRAS
  • 2. Apesar de vital, esse recurso natural está bastante degradado no ambiente urbano. O processo de urbanização infelizmente tem ocorrido de maneira desordenada, gerando problemas graves. Um sério problema é a impermeabilização do solo, que é provocada tanto pelas construções de casas, comércios ou indústrias quanto pela pavimentação de ruas e calçadas. Ela eleva o escoamento superficial durante o período chuvoso, que natural ou artificialmente flui para a parte mais baixa que são os córregos e rios. Para facilitar o processo de escoamento, são criadas as galerias de água pluviais, mas, na maior parte das vezes, até mesmo por questão de custo, a água não é direcionada da maneira correta para os corpos d’água, o que faz com que ela chegue com muita energia, destruindo completamente o leito do manancial e suas margens, provocando assoreamento e consequentemente as enchentes. A OCUPAÇÃO INDEVIDA DE ÁREAS URBANAS Um outro transtorno grave, gerado pela urbanização desordenada, são as ocupações de fundo de vale, que subtraem a mata ciliar, tornando a margem desprotegida, gerando mais focos de desmoronamento. O depósito de entulhos de construção, lixo e esgoto também facilitam a proliferação de vetores de doenças como mosquitos, ratos, baratas, escorpiões e outros. A canalização aumenta a velocidade da água e consequentemente o seu poder de destruição a jusante, além de propiciar a ocupação de áreas sujeitas a inundação, o que leva aos prejuízos materiais e imateriais que sempre vemos nos noticiários durante a estação chuvosa. A canalização também extermina a biota dos rios e das baixadas pois a água corre sobre concreto, tanto nas suas laterais quanto na parte do fundo. Na pressa de se dar uma resposta ágil à população, o poder público vai pela via mais rápida e não necessariamente mais barata: as canalizações e retificações. A renaturalização de rios não significa a volta a uma paisagem original não influenciada pelo homem, mas corresponde ao desenvolvimento sustentável dos rios e da paisagem em conformidade com as necessidades e conhecimentos contemporâneos.
  • 3. No processo de renaturalização existem estudos profundos nos locais a serem renaturalizados que levam em considerações os limites impostos pela urbanização que dificilmente podem ser ultrapassados. Por isso, a implementação de projetos voltados para a renaturalização de rios exige a disponibilidade de áreas e novos conceitos na engenharia hidráulica e de planejamento territorial. ‘Rio Tietê antes e agora’ Dentre alguns pontos que destacamos no processo de renaturalização está a remoção das canalizações que são trocadas por quebra-correntes de gabiões e pedras. Troncos de árvores podem ser utilizadas para a proteção das margens. As barragens podem servir para controle do fluxo de água no rio mas ao invés de comportas e vertedouros se usam tentos transversais, que facilitam a migração de espécies. Em certos casos até mesmo a retificação do leito do rio é desfeita, retornando em alguns pontos as curvas, que diminuem a velocidade da água no leito do rio e aumentam a área disponível para inundação, o que também favorecem a biota. A renaturalização eleva a qualidade de vida dos habitantes dos ambientes urbanos e rurais, além de promover uma elevação da biota disponível no rio. Todos só temos a ganhar e a natureza agradece. Carta da Terra – Princípios ““Reconhecer que a liberdade de ação de cada geração é condicionada pelas necessidades das gerações futuras” “Transmitir às futuras gerações valores, tradições e instituições que apoiem, em longo prazo a prosperidade das comunidades humanas e ecológicas da Terra.”