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“EVENTOS CLIMÁTICOS EXTREMOS”
Informativo Mensal - Volume 73
EM SÃO PAULO O NÚMERO DE TEMPESTADES
REGISTRADO NOS ÚLTIMOS 20 ANOS JÁ É MAIOR DO
QUE NAS SEIS DÉCADAS ANTERIORES?
Dados de duas estações meteorológicas confirmam o que muitos
paulistanos já vêm sentindo na pele há alguns anos: a ocorrência
de eventos climáticos extremos na Região Metropolitana de São
Paulo (RMSP) aumentou muito nas últimas duas décadas.
O fenômeno mais impactante é o aumento da intensidade das
chuvas. O número de eventos de precipitação extrema, com chuva
acima de 100 milímetros/dia, já é maior nos últimos 20 anos do
que no acumulado das seis décadas anteriores — e olha que 2020
está só começando. O evento mais recente desse tipo foi a
tempestade de 114 milímetros que paralisou São Paulo em 11 de
fevereiro, causando deslizamentos e inundações em várias regiões
da metrópole. Isso equivale à metade da quantidade de chuva
esperada para todo o mês (cerca de 220 mm, em média),
despencando sobre a cidade num único dia.
Os dados são da estação meteorológica que o Instituto de
Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP
mantém em operação desde 1932 no Parque de Ciência e
Tecnologia (CienTec), em frente ao Zoológico de São Paulo, no
bairro da Água Funda.
A VOZ DO TIETÊ
Desde 2005 o Instituto Navega
São Paulo tem o objetivo de
atrair a atenção da população
para o rio Tietê a partir do seu
trecho mais degradado que é a
região metropolitana de São
Paulo. Conseguimos atingir
nosso proposito por meio das
navegações monitoradas na
embarcação Almirante do Lago,
entre as pontes dos Remédios e
das Bandeiras. Agora nossa
proposta com este informativo
mensal é atrair sua atenção,
levando até você informações
sobre o nosso Tietê para que
juntos identifiquemos o que
fazer para revitalizar tão
precioso patrimônio ambiental.
DIA DO TIETÊ 22.09.2011 – PTE. DAS BANDEIRAS
Os números não deixam dúvida sobre o aumento da ocorrência de tempestades na metrópole paulistana:
foram 11 acima de 100 mm nos últimos 20 anos (período 2001-2020), comparados a 10 na somatória dos
60 anos anteriores (período 1941-2000). No caso das chuvas acima de 80 mm (também consideradas
extremas), o aumento é ainda mais chocante: foram 25 eventos nas últimas duas décadas, comparados a
19 nas seis décadas anteriores.
Estação Meteorológica do IAG-USP – Foto: Divulgação/IAG USP A Estação Meteorológica Mirante de Santana – Foto: Peter Louiz
via Wikimedia Commons (CC BY-SA 3.0)
Dados de uma outra estação
meteorológica, operada pelo
Instituto Nacional de Meteorologia
(Inmet), no Mirante de Santana,
contam uma história semelhante,
ainda que com números distintos
— o que é normal, visto que uma
estação está na zona norte e outra,
na zona sul da cidade, sujeitas a
condições ambientais e
meteorológicas distintas. Nesse
caso, as mudanças começam a se
destacar um pouco mais cedo ainda, com um aumento expressivo da ocorrência de tempestades com mais
de 80 mm de chuva a partir da década de 1990 (veja gráfico abaixo).
O volume total de chuvas que caem sobre a RMSP também vem aumentando gradualmente nos últimos 80
anos: da faixa de 1.000 a 1.500 mm/ano nas décadas de 1940 e 1950 para 1.500 a 2.000 mm/ano, nos
últimos 20 anos. Este mês, por exemplo, é o fevereiro mais chuvoso dos últimos 77 anos em São
Paulo, segundo o Inmet. Mas isso não é o pior. Mais preocupante do que o aumento da precipitação
acumulada é como essas chuvas se distribuem no tempo e no espaço ao longo de cada mês.
Se chove um pouco todo dia, tudo bem. Era o que acontecia antigamente, quando São Paulo ainda fazia jus
ao apelido de “terra da garoa” — por causa da tradicional chuvinha que caía nos fins de tarde. O problema
maior é quando a chuva desaba concentrada, em grandes volumes, na forma de tempestades. Em vez de
200 milímetros distribuídos em várias parcelas ao longo de 30 dias, por exemplo, agora chove 100
milímetros num dia, 80 milímetros em outro, e 20 milímetros no restante do mês — resultando num
cenário de poucos dias com muita chuva, intercalados por muitos dias com pouca ou nenhuma chuva. É aí
que mora o perigo, pois é nesses dias de muita chuva que acontecem as enchentes e os deslizamentos que
matam pessoas, desabrigam famílias e destroem a infraestrutura das cidades.
Vários estudos realizados nos últimos anos vêm apontando para um aumento de precipitação sobre
grandes centros urbanos do Sudeste brasileiro — incluindo São Paulo, Campinas, Santos e Rio de Janeiro,
assim como um aumento do número de dias secos consecutivos, “sugerindo que os eventos de chuva
intensa estão concentrados em menos dias, com períodos mais longos de tempo seco entre eles”, escrevem
os pesquisadores. O novo estudo é uma iniciativa do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de
Desastres Naturais (Cemaden), coordenado pelo meteorologista José Marengo, com apoio do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Inmet e IAG-USP.
“A temperatura média da Terra está aumentando, isso é um fato incontestável; e a atmosfera está reagindo
a esse aquecimento por meio de extremos”, diz o pesquisador Tércio Ambrizzi, professor titular do IAG e
coautor do trabalho. Quando um sistema é tirado do seu equilíbrio natural, diz ele, isso gera oscilações
para cima e para baixo. No caso do sistema climático, essas oscilações resultam em extremos de
temperatura (tanto de calor quanto de frio) e de precipitação (muita ou pouca chuva). A grande estiagem
de 2013-2014, que quase secou todos os reservatórios de água da RMSP, também faz parte desse cenário,
segundo o pesquisador.
“À medida que a temperatura aumenta,
aumenta também o gradiente dos
extremos”, alerta Ambrizzi. A tendência,
portanto, é que a situação piore ainda
mais nos próximos anos e décadas —
considerando que a tendência de
aquecimento do planeta não deve ser
revertida tão cedo.
Tércio Ambrizzi é professor titular do
Departamento de Ciências
Atmosféricas do IAG-USP Foto: Cecilia Bastos/USP
Imagens
O aquecimento global, causado pelo aumento das emissões de gases do efeito-estufa para a atmosfera, está
em curso desde meados do século 19, deflagrado pela Revolução Industrial, mas se acelerou
principalmente a partir da década de 1980, por conta do aumento no uso de combustíveis fósseis e na
derrubada de florestas tropicais. Os últimos cinco anos (2015 a 2019) foram os mais quentes do Planeta já
registrados pelo homem.
Péssima notícia para quem vive nas cidades — mais de 80% da população brasileira —, em especial para
as populações mais pobres e vulneráveis, que vivem nas regiões de maior risco para enchentes e
deslizamentos. Afinal, as chuvas não
matam por conta própria. “Um evento de
precipitação extrema não é um desastre
natural por si só”, dizem os
pesquisadores. Os chamados “desastres
naturais”, na verdade, resultam de uma
combinação de fatores climáticos,
meteorológicos, urbanos, econômicos e
sociais. Ou seja, são também “desastres
antrópicos”, resultantes de ações
humanas, e não apenas do clima. Os
deslizamentos de terra só matam pessoas
porque essas pessoas são forçadas a viver
em áreas de risco, onde não deveriam. As
ruas só enchem de água porque os rios
foram canalizados e as cidades, impermeabilizadas, cobertas de asfalto e concreto.
É verdade que tempestades, enchentes e deslizamentos sempre existiram e continuarão a existir, como
sempre fazem questão de ressaltar os céticos das mudanças climáticas. O que mudou foram a frequência e
a intensidade com que esses eventos estão ocorrendo, com um poder cada vez maior de destruição. E isso,
garante Ambrizzi, é uma anomalia gerada pelo homem.
OS EFEITOS CLIMÁTICOS GLOBAIS
Os efeitos climáticos globais, segundo ele, são exacerbados por fatores urbanos locais, como o efeito “ilha
de calor”, gerado pelo excesso de concreto e pelo déficit de áreas verdes nas cidades. O aumento da
temperatura média da Terra no último século foi de 1 grau Celsius — o que já é muito grave —, mas na
cidade de São Paulo esse aumento chega a 4 graus Celsius, por causa dessa “ilha de calor”. O concreto
absorve calor durante o dia e libera essa energia térmica durante a noite, aumentando tanto a temperatura
diurna quanto a noturna. Isso favorece a formação de nuvens mais profundas, que produzem chuvas mais
fortes e mais concentradas sobre a cidade.
É por isso, também, que São Paulo não é mais a terra da garoa: “A brisa que trazia a garoa no fim de tarde
continua entrando, mas a umidade
que vem junto com ela agora
evapora antes de cair na cidade”,
explica Ambrizzi. “A própria cidade
contribui para aumentar sua
vulnerabilidade climática”, resume
o professor.
Mudança climática nas cidades:
“Precisamos ficar preparados para o
pior”
“O Estado de São Paulo e a Região Metropolitana de São Paulo estão diante de um grande desafio”,
escrevem os pesquisadores. “O grande objetivo, efetivamente, é proteger a população”, concluem eles,
ressaltando a necessidade de mais pesquisas, mais responsabilidade e melhor planejamento por parte dos
gestores públicos frente às mudanças climáticas que já estão em curso — e que só devem piorar nos
próximos anos.
O QUE FAZER?
“É fundamental entender a dinâmica subjacente da variabilidade climática em suas várias escalas espaço-
temporais na RMSP. Com isso, a vulnerabilidade climática pode ser avaliada e estratégias de adaptação
propostas”, alertam os pesquisadores. E para que isso possa ser feito, por fim, é preciso fortalecer as
instituições de pesquisa – como Inpe e Cemaden – que são responsáveis por esse trabalho, mas que
tiveram seus orçamentos severamente reduzidos nos últimos anos, apesar do aumento na ocorrência de
eventos extremos, ressalta Marengo, do Cemaden.
Criado em 2011, em resposta aos eventos de chuva extrema que mataram quase mil pessoas na região
serrana do Rio de Janeiro no início daquele ano, o Cemaden combina informações meteorológicas com
dados ambientais para emitir alertas de risco de desastres geo-hidrológicos (como enchentes, enxurradas
e deslizamentos de terra) para a Defesa Civil do Ministério de Desenvolvimento Regional.
“As Defesas Civis emitem os alertas para as populações, que poderão ser evacuadas caso elas morem em
áreas de risco”, explica Marengo. Além disso, diz ele, o centro atua nas escolas, para educar a população, e
treina equipes da Defesa Civil “para minimizar a perda de vidas humanas e de propriedades em todo o
Brasil”.
Também assinam o estudo os pesquisadores Lincoln Alves (CCST/Inpe), Andrea Young (Cemaden),
Naurinete Barreto (CCST/Inpe) e Andrea Ramos (Inmet).
Foto: Roberto Parizotti via Fotos Públicas
Fonte: Jornal da USP
Carta da Terra – Princípios
““Reconhecer que a liberdade de ação de cada geração é condicionada pelas
necessidades das gerações futuras”
“Transmitir às futuras gerações valores, tradições e instituições que apoiem, em
longo prazo a prosperidade das comunidades humanas e ecológicas da Terra.”

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Informativo insp 73

  • 1. “EVENTOS CLIMÁTICOS EXTREMOS” Informativo Mensal - Volume 73 EM SÃO PAULO O NÚMERO DE TEMPESTADES REGISTRADO NOS ÚLTIMOS 20 ANOS JÁ É MAIOR DO QUE NAS SEIS DÉCADAS ANTERIORES? Dados de duas estações meteorológicas confirmam o que muitos paulistanos já vêm sentindo na pele há alguns anos: a ocorrência de eventos climáticos extremos na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) aumentou muito nas últimas duas décadas. O fenômeno mais impactante é o aumento da intensidade das chuvas. O número de eventos de precipitação extrema, com chuva acima de 100 milímetros/dia, já é maior nos últimos 20 anos do que no acumulado das seis décadas anteriores — e olha que 2020 está só começando. O evento mais recente desse tipo foi a tempestade de 114 milímetros que paralisou São Paulo em 11 de fevereiro, causando deslizamentos e inundações em várias regiões da metrópole. Isso equivale à metade da quantidade de chuva esperada para todo o mês (cerca de 220 mm, em média), despencando sobre a cidade num único dia. Os dados são da estação meteorológica que o Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP mantém em operação desde 1932 no Parque de Ciência e Tecnologia (CienTec), em frente ao Zoológico de São Paulo, no bairro da Água Funda. A VOZ DO TIETÊ Desde 2005 o Instituto Navega São Paulo tem o objetivo de atrair a atenção da população para o rio Tietê a partir do seu trecho mais degradado que é a região metropolitana de São Paulo. Conseguimos atingir nosso proposito por meio das navegações monitoradas na embarcação Almirante do Lago, entre as pontes dos Remédios e das Bandeiras. Agora nossa proposta com este informativo mensal é atrair sua atenção, levando até você informações sobre o nosso Tietê para que juntos identifiquemos o que fazer para revitalizar tão precioso patrimônio ambiental. DIA DO TIETÊ 22.09.2011 – PTE. DAS BANDEIRAS
  • 2. Os números não deixam dúvida sobre o aumento da ocorrência de tempestades na metrópole paulistana: foram 11 acima de 100 mm nos últimos 20 anos (período 2001-2020), comparados a 10 na somatória dos 60 anos anteriores (período 1941-2000). No caso das chuvas acima de 80 mm (também consideradas extremas), o aumento é ainda mais chocante: foram 25 eventos nas últimas duas décadas, comparados a 19 nas seis décadas anteriores. Estação Meteorológica do IAG-USP – Foto: Divulgação/IAG USP A Estação Meteorológica Mirante de Santana – Foto: Peter Louiz via Wikimedia Commons (CC BY-SA 3.0) Dados de uma outra estação meteorológica, operada pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), no Mirante de Santana, contam uma história semelhante, ainda que com números distintos — o que é normal, visto que uma estação está na zona norte e outra, na zona sul da cidade, sujeitas a condições ambientais e meteorológicas distintas. Nesse caso, as mudanças começam a se destacar um pouco mais cedo ainda, com um aumento expressivo da ocorrência de tempestades com mais de 80 mm de chuva a partir da década de 1990 (veja gráfico abaixo).
  • 3.
  • 4. O volume total de chuvas que caem sobre a RMSP também vem aumentando gradualmente nos últimos 80 anos: da faixa de 1.000 a 1.500 mm/ano nas décadas de 1940 e 1950 para 1.500 a 2.000 mm/ano, nos últimos 20 anos. Este mês, por exemplo, é o fevereiro mais chuvoso dos últimos 77 anos em São Paulo, segundo o Inmet. Mas isso não é o pior. Mais preocupante do que o aumento da precipitação acumulada é como essas chuvas se distribuem no tempo e no espaço ao longo de cada mês. Se chove um pouco todo dia, tudo bem. Era o que acontecia antigamente, quando São Paulo ainda fazia jus ao apelido de “terra da garoa” — por causa da tradicional chuvinha que caía nos fins de tarde. O problema maior é quando a chuva desaba concentrada, em grandes volumes, na forma de tempestades. Em vez de 200 milímetros distribuídos em várias parcelas ao longo de 30 dias, por exemplo, agora chove 100 milímetros num dia, 80 milímetros em outro, e 20 milímetros no restante do mês — resultando num cenário de poucos dias com muita chuva, intercalados por muitos dias com pouca ou nenhuma chuva. É aí que mora o perigo, pois é nesses dias de muita chuva que acontecem as enchentes e os deslizamentos que matam pessoas, desabrigam famílias e destroem a infraestrutura das cidades. Vários estudos realizados nos últimos anos vêm apontando para um aumento de precipitação sobre grandes centros urbanos do Sudeste brasileiro — incluindo São Paulo, Campinas, Santos e Rio de Janeiro, assim como um aumento do número de dias secos consecutivos, “sugerindo que os eventos de chuva intensa estão concentrados em menos dias, com períodos mais longos de tempo seco entre eles”, escrevem os pesquisadores. O novo estudo é uma iniciativa do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de
  • 5. Desastres Naturais (Cemaden), coordenado pelo meteorologista José Marengo, com apoio do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Inmet e IAG-USP. “A temperatura média da Terra está aumentando, isso é um fato incontestável; e a atmosfera está reagindo a esse aquecimento por meio de extremos”, diz o pesquisador Tércio Ambrizzi, professor titular do IAG e coautor do trabalho. Quando um sistema é tirado do seu equilíbrio natural, diz ele, isso gera oscilações para cima e para baixo. No caso do sistema climático, essas oscilações resultam em extremos de temperatura (tanto de calor quanto de frio) e de precipitação (muita ou pouca chuva). A grande estiagem de 2013-2014, que quase secou todos os reservatórios de água da RMSP, também faz parte desse cenário, segundo o pesquisador. “À medida que a temperatura aumenta, aumenta também o gradiente dos extremos”, alerta Ambrizzi. A tendência, portanto, é que a situação piore ainda mais nos próximos anos e décadas — considerando que a tendência de aquecimento do planeta não deve ser revertida tão cedo. Tércio Ambrizzi é professor titular do Departamento de Ciências Atmosféricas do IAG-USP Foto: Cecilia Bastos/USP Imagens O aquecimento global, causado pelo aumento das emissões de gases do efeito-estufa para a atmosfera, está em curso desde meados do século 19, deflagrado pela Revolução Industrial, mas se acelerou principalmente a partir da década de 1980, por conta do aumento no uso de combustíveis fósseis e na derrubada de florestas tropicais. Os últimos cinco anos (2015 a 2019) foram os mais quentes do Planeta já registrados pelo homem. Péssima notícia para quem vive nas cidades — mais de 80% da população brasileira —, em especial para as populações mais pobres e vulneráveis, que vivem nas regiões de maior risco para enchentes e deslizamentos. Afinal, as chuvas não matam por conta própria. “Um evento de precipitação extrema não é um desastre natural por si só”, dizem os pesquisadores. Os chamados “desastres naturais”, na verdade, resultam de uma combinação de fatores climáticos, meteorológicos, urbanos, econômicos e sociais. Ou seja, são também “desastres antrópicos”, resultantes de ações humanas, e não apenas do clima. Os deslizamentos de terra só matam pessoas porque essas pessoas são forçadas a viver em áreas de risco, onde não deveriam. As ruas só enchem de água porque os rios foram canalizados e as cidades, impermeabilizadas, cobertas de asfalto e concreto.
  • 6. É verdade que tempestades, enchentes e deslizamentos sempre existiram e continuarão a existir, como sempre fazem questão de ressaltar os céticos das mudanças climáticas. O que mudou foram a frequência e a intensidade com que esses eventos estão ocorrendo, com um poder cada vez maior de destruição. E isso, garante Ambrizzi, é uma anomalia gerada pelo homem. OS EFEITOS CLIMÁTICOS GLOBAIS Os efeitos climáticos globais, segundo ele, são exacerbados por fatores urbanos locais, como o efeito “ilha de calor”, gerado pelo excesso de concreto e pelo déficit de áreas verdes nas cidades. O aumento da temperatura média da Terra no último século foi de 1 grau Celsius — o que já é muito grave —, mas na cidade de São Paulo esse aumento chega a 4 graus Celsius, por causa dessa “ilha de calor”. O concreto absorve calor durante o dia e libera essa energia térmica durante a noite, aumentando tanto a temperatura diurna quanto a noturna. Isso favorece a formação de nuvens mais profundas, que produzem chuvas mais fortes e mais concentradas sobre a cidade. É por isso, também, que São Paulo não é mais a terra da garoa: “A brisa que trazia a garoa no fim de tarde continua entrando, mas a umidade que vem junto com ela agora evapora antes de cair na cidade”, explica Ambrizzi. “A própria cidade contribui para aumentar sua vulnerabilidade climática”, resume o professor. Mudança climática nas cidades: “Precisamos ficar preparados para o pior” “O Estado de São Paulo e a Região Metropolitana de São Paulo estão diante de um grande desafio”, escrevem os pesquisadores. “O grande objetivo, efetivamente, é proteger a população”, concluem eles, ressaltando a necessidade de mais pesquisas, mais responsabilidade e melhor planejamento por parte dos gestores públicos frente às mudanças climáticas que já estão em curso — e que só devem piorar nos próximos anos. O QUE FAZER? “É fundamental entender a dinâmica subjacente da variabilidade climática em suas várias escalas espaço- temporais na RMSP. Com isso, a vulnerabilidade climática pode ser avaliada e estratégias de adaptação propostas”, alertam os pesquisadores. E para que isso possa ser feito, por fim, é preciso fortalecer as instituições de pesquisa – como Inpe e Cemaden – que são responsáveis por esse trabalho, mas que tiveram seus orçamentos severamente reduzidos nos últimos anos, apesar do aumento na ocorrência de eventos extremos, ressalta Marengo, do Cemaden. Criado em 2011, em resposta aos eventos de chuva extrema que mataram quase mil pessoas na região serrana do Rio de Janeiro no início daquele ano, o Cemaden combina informações meteorológicas com dados ambientais para emitir alertas de risco de desastres geo-hidrológicos (como enchentes, enxurradas e deslizamentos de terra) para a Defesa Civil do Ministério de Desenvolvimento Regional.
  • 7. “As Defesas Civis emitem os alertas para as populações, que poderão ser evacuadas caso elas morem em áreas de risco”, explica Marengo. Além disso, diz ele, o centro atua nas escolas, para educar a população, e treina equipes da Defesa Civil “para minimizar a perda de vidas humanas e de propriedades em todo o Brasil”. Também assinam o estudo os pesquisadores Lincoln Alves (CCST/Inpe), Andrea Young (Cemaden), Naurinete Barreto (CCST/Inpe) e Andrea Ramos (Inmet). Foto: Roberto Parizotti via Fotos Públicas Fonte: Jornal da USP Carta da Terra – Princípios ““Reconhecer que a liberdade de ação de cada geração é condicionada pelas necessidades das gerações futuras” “Transmitir às futuras gerações valores, tradições e instituições que apoiem, em longo prazo a prosperidade das comunidades humanas e ecológicas da Terra.”