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“COMO UM RIO PODE SER DESPOLUIDO NATURALMENTE”
Informativo Mensal - Volume 76
DESPOLUIÇÃO DE RIOS É POSSÍVEL.
Frequentemente somos questionados se existem meios de despoluirmos
os rios da Região Metropolitana de São Paulo. Entendemos que há
métodos, modelos e exemplos para serem avaliados e implementados, o
que não podemos admitir, é não ser realizado nada de efetivo para
recuperação dos recursos hídricos que dispomos.
Com o objetivo de incrementar o universo de possibilidades,
identificamos um exemplo muito interessante de como despoluir rios,
trata-se da revitalização do Canal Paco, nas Filipinas, exemplo de
descontaminação com engajamento, ousadia e baixo custo.
Instalação dos “jardins flutuantes” cobertos por plantas aquáticas capazes de
filtrar os poluentes sem a utilização de produtos químicos.
A poluição dos rios que cortam as cidades configura um dos mais graves
problemas de saúde do planeta. Os cursos d’água urbanos recebem
esgoto (doméstico e industrial), e também resíduos de toda ordem,
oriundos da chamada poluição difusa.
Os custos para a despoluição são altos e envolvem processos
demorados, cujos resultados muitas vezes não ocorrem na mesma
geração. Por isso mesmo, os projetos de despoluição requerem
excelência profissional, seriedade administrativa, envolvimento,
empenho e firme compromisso do poder público e do setor privado,
além do apoio e participação de toda a comunidade.
A VOZ DO TIETÊ
Desde 2005 o Instituto Navega
São Paulo tem o objetivo de
atrair a atenção da população
para o rio Tietê a partir do seu
trecho mais degradado que é a
região metropolitana de São
Paulo. Conseguimos atingir
nosso proposito por meio das
navegações monitoradas na
embarcação Almirante do Lago,
entre as pontes dos Remédios e
das Bandeiras. Agora nossa
proposta com este informativo
mensal é atrair sua atenção,
levando até você informações
sobre o nosso Tietê para que
juntos identifiquemos o que
fazer para revitalizar tão
precioso patrimônio ambiental.
DIA DO TIETÊ 22.09.2011 – PTE. DAS BANDEIRAS
Toda essa complexidade, no entanto, permite iniciativas criativas e não
impede que se busque novas fórmulas alternativas, desde que
envolvidas em firme compromisso.
Chama atenção este projeto audacioso e pioneiro hoje em curso nas
Filipinas.
Criado e executado pela empresa privada escocesa, o projeto demonstra
que é possível despoluir um rio com baixo custo e vontade política.
O Canal Paco era considerado irrecuperável, um esgoto a céu aberto.
Hoje, é referência positiva na paisagem de Manilla – Capital das
Filipinas.
A empresa desenvolveu um sistema de tratamento de água ecológico,
de fácil implantação em rios, canais e lagos contaminados. O projeto
não apenas processou a recuperação do Canal Paco, mas também
transformou todo o entorno do curso, meio físico e comunidade.
A comunidade local participando ativamente do projeto de revitalização do Canal Paco.
O sistema implantado consistiu na instalação de “jardins flutuantes” – ilhas artificiais de aproximadamente 110 m²,
cobertas por plantas aquáticas capazes de filtrar os poluentes sem a utilização de produtos químicos.
O custo da despoluição por esse sistema é menor
que a metade do custo com estações de tratamento
de águas residuais convencionais, devido à
integração e ativação do ambiente fluvial
circundante.
O sucesso do empreendimento de
descontaminação, no entanto, deveu-se a dois
fatores essenciais: 1- obras de infraestrutura para
evitar o despejo de resíduos no local e 2- instalação
de um reator de aeração, capaz de adicionar ar à
água e introduzir no ecossistema uma bactéria que
se alimenta de poluentes.
O apoio efetivo do Poder Público e o engajamento da
comunidade local para o processo natural de
restauração da biodiversidade do canal produziu
resultados mais rápidos que qualquer outro sistema
convencional utilizado atualmente.
O tempo de construção das ilhas artificiais, ao
contrário das obras civis de concreto, é medido em
semanas, em vez de meses.
Ver as fotos do canal Paco hoje e como era antes da
implantação do sistema, nos remete ao mesmo
problema hoje enfrentado pelos rios, lagos e canais
das grandes cidades brasileiras.
O problema, no caso do Brasil, é a enorme indefinição de objetivos e métodos. Outro fator que impressiona é o
preconceito dos agentes públicos face a tudo que é novo, ainda que não atenda a todos os requisitos pretendidos.
O sistema de aeração no canal, para introdução
de bactéria, por exemplo, já foi pretendido e
rejeitado na Cidade de São Paulo – no canal do
Rio Pinheiros, proibido por medida judicial…
Talvez, observando o que outros países
emergentes têm conseguido, no campo da
despoluição e recuperação ambiental, nossos
dirigentes e os diversos atores sociais percebam
que o novo faz parte da busca para o
desenvolvimento sustentável.
Carta da Terra – Princípios
“Aceitar que, com o direito de possuir, administrar e usar os recursos naturais,
vem o dever de prevenir os danos ao meio ambiente e de proteger os direitos das
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  • 1. “COMO UM RIO PODE SER DESPOLUIDO NATURALMENTE” Informativo Mensal - Volume 76 DESPOLUIÇÃO DE RIOS É POSSÍVEL. Frequentemente somos questionados se existem meios de despoluirmos os rios da Região Metropolitana de São Paulo. Entendemos que há métodos, modelos e exemplos para serem avaliados e implementados, o que não podemos admitir, é não ser realizado nada de efetivo para recuperação dos recursos hídricos que dispomos. Com o objetivo de incrementar o universo de possibilidades, identificamos um exemplo muito interessante de como despoluir rios, trata-se da revitalização do Canal Paco, nas Filipinas, exemplo de descontaminação com engajamento, ousadia e baixo custo. Instalação dos “jardins flutuantes” cobertos por plantas aquáticas capazes de filtrar os poluentes sem a utilização de produtos químicos. A poluição dos rios que cortam as cidades configura um dos mais graves problemas de saúde do planeta. Os cursos d’água urbanos recebem esgoto (doméstico e industrial), e também resíduos de toda ordem, oriundos da chamada poluição difusa. Os custos para a despoluição são altos e envolvem processos demorados, cujos resultados muitas vezes não ocorrem na mesma geração. Por isso mesmo, os projetos de despoluição requerem excelência profissional, seriedade administrativa, envolvimento, empenho e firme compromisso do poder público e do setor privado, além do apoio e participação de toda a comunidade. A VOZ DO TIETÊ Desde 2005 o Instituto Navega São Paulo tem o objetivo de atrair a atenção da população para o rio Tietê a partir do seu trecho mais degradado que é a região metropolitana de São Paulo. Conseguimos atingir nosso proposito por meio das navegações monitoradas na embarcação Almirante do Lago, entre as pontes dos Remédios e das Bandeiras. Agora nossa proposta com este informativo mensal é atrair sua atenção, levando até você informações sobre o nosso Tietê para que juntos identifiquemos o que fazer para revitalizar tão precioso patrimônio ambiental. DIA DO TIETÊ 22.09.2011 – PTE. DAS BANDEIRAS
  • 2. Toda essa complexidade, no entanto, permite iniciativas criativas e não impede que se busque novas fórmulas alternativas, desde que envolvidas em firme compromisso. Chama atenção este projeto audacioso e pioneiro hoje em curso nas Filipinas. Criado e executado pela empresa privada escocesa, o projeto demonstra que é possível despoluir um rio com baixo custo e vontade política. O Canal Paco era considerado irrecuperável, um esgoto a céu aberto. Hoje, é referência positiva na paisagem de Manilla – Capital das Filipinas. A empresa desenvolveu um sistema de tratamento de água ecológico, de fácil implantação em rios, canais e lagos contaminados. O projeto não apenas processou a recuperação do Canal Paco, mas também transformou todo o entorno do curso, meio físico e comunidade. A comunidade local participando ativamente do projeto de revitalização do Canal Paco. O sistema implantado consistiu na instalação de “jardins flutuantes” – ilhas artificiais de aproximadamente 110 m², cobertas por plantas aquáticas capazes de filtrar os poluentes sem a utilização de produtos químicos. O custo da despoluição por esse sistema é menor que a metade do custo com estações de tratamento de águas residuais convencionais, devido à integração e ativação do ambiente fluvial circundante. O sucesso do empreendimento de descontaminação, no entanto, deveu-se a dois fatores essenciais: 1- obras de infraestrutura para evitar o despejo de resíduos no local e 2- instalação de um reator de aeração, capaz de adicionar ar à água e introduzir no ecossistema uma bactéria que se alimenta de poluentes. O apoio efetivo do Poder Público e o engajamento da comunidade local para o processo natural de restauração da biodiversidade do canal produziu resultados mais rápidos que qualquer outro sistema convencional utilizado atualmente. O tempo de construção das ilhas artificiais, ao contrário das obras civis de concreto, é medido em semanas, em vez de meses. Ver as fotos do canal Paco hoje e como era antes da implantação do sistema, nos remete ao mesmo problema hoje enfrentado pelos rios, lagos e canais das grandes cidades brasileiras. O problema, no caso do Brasil, é a enorme indefinição de objetivos e métodos. Outro fator que impressiona é o preconceito dos agentes públicos face a tudo que é novo, ainda que não atenda a todos os requisitos pretendidos.
  • 3. O sistema de aeração no canal, para introdução de bactéria, por exemplo, já foi pretendido e rejeitado na Cidade de São Paulo – no canal do Rio Pinheiros, proibido por medida judicial… Talvez, observando o que outros países emergentes têm conseguido, no campo da despoluição e recuperação ambiental, nossos dirigentes e os diversos atores sociais percebam que o novo faz parte da busca para o desenvolvimento sustentável. Carta da Terra – Princípios “Aceitar que, com o direito de possuir, administrar e usar os recursos naturais, vem o dever de prevenir os danos ao meio ambiente e de proteger os direitos das pessoas. ”