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Sistema Educacional Galileu
Escola Técnica Cecília Meirelles
Curso Técnico em Segurança do Trabalho
Componente Curricular: Educação Ambiental
Orientador Disciplinar: Otávio Reis
Data: 15/05/2013

RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA DMAE

Porto Alegre, 15 de maio de 2013
Introdução
No dia 15 de maio de 2013, sob orientação do Professor Otávio Reis, foi
realizada visita técnica pela turma TST09, a Estação de Tratamento de Água
(ETA Moinhos de Vento) do DEMAE, localizado na Rua 24 de Outubro, 200
Moinhos de vento, Porto Alegre-Rs, Estação esta que possui as seguintes
características:
Recalque (coleta) de Água Bruta: 1.850 L/s
Tratamento (Floculação, Decantação e filtração): 800 L/s
Vazão Máxima: 2.000 L/s
Reserva: 30.000m3
População Abastecida: 325.500 habitantes, abastecendo os bairros: Centro,
Moinhos de Vento e parte do bairro Auxiliadora.

A visita foi antecedida de uma palestra sobre o ciclo da água e do esgoto, o
histórico do abastecimento de água em Porto Alegre, a distribuição da água no
planeta e dicas de uso racional da água ministrado por Tomaz, estagiário em
Geografia.
A visita teve como objetivo constatar e entender como funciona o processo de
uma estação de tratamento de água bem como as diversas etapas,
procedimentos e qual a responsabilidade ambiental, que a instituição exerce na
sociedade.
Desenvolvimento
Inicialmente, fomos recepcionados pelo funcionário da portaria e nesse
momento já foi possível perceber uma primeira falha com relação à área da
segurança, pois não foi preciso identificação de nenhuma pessoa do grupo.
Logo em seguida recebemos as boas vindas feita por Tomaz, o qual nos
orientou durante a visita.
Passamos as instalações, primeiramente uma exposição de trabalhos feitos
com reciclagem de matérias recolhidos nos rios, observou-se 02 extintores de
água e 01 de pó químico.
Logo após nos encaminhamos ao auditório, o qual não apresentou acesso
adaptado para cadeirantes, ambiente bem iluminado, com avisos de proibido
fumar, não foi localizado extintor, tampouco sinalização de saída do auditório.
Observou-se uma estrutura adaptada, de um prédio cuja data de construção foi
em torno do ano de 1900, prédio este tombado como patrimônio histórico da
cidade. Por se tratar de construção antiga foram detectadas algumas avarias,
até mesmo na adaptação feita, avarias como fios da instalação elétrica
expostos, na entrada do prédio e também na caixa de djuntor junto ao
palestrante, o uso de adaptadores e Ts para funcionamento dos aparelhos de
som e imagem usados na palestra também foi observado. Um estudo na
estrutura e uma avaliação de risco diminuiriam a possibilidade de possíveis
acidentes, já que a instituição recebe muitas turmas de crianças para visita.
Foi realizada palestra nos dando um breve histórico da instituição DMAE.
O DMAE foi criado em 15 de dezembro de 1961, mas a história do
abastecimento de água e do saneamento em Porto Alegre teve início no século
XVIII. Desde a fundação da Capital Gaúcha, os porto-alegrenses têm o Lago
Guaíba como seu principal manancial. Naquela época, o lago já era também o
destino dos dejetos da cidade, que não recebiam qualquer tratamento.
Aos poucos, com o aumento da população e a ocupação de áreas mais
distantes do Guaíba, cresceu a necessidade de abastecimento de água na
cidade. Assim, em 1779, foram construídas as duas primeiras fontes públicas
de Porto Alegre, de onde os "pipeiros" retiravam a água para vender de porta
em porta. Outras fontes foram espalhadas pela Capital até a segunda metade
do século seguinte. Entre 1861 e 1944, Porto Alegre contou com dois sistemas
de fornecimento de água. A Hidráulica Porto-alegrense (explorou os serviços
de água encanada entre 1866 a 1944) e a Companhia Hidráulica Guahybense,
responsável pela coleta e distribuição de água à população de 1861 a 1904,
ano em que foi estatizada como Secção de Abastecimento de Água (mais tarde
rebatizada de Secção da Hidráulica Municipal).
Até essa época, na área de saneamento, praticamente não havia avanços. O
primeiro sistema de esgotos da cidade, com 51 mil metros, foi inaugurado
somente

em

1912.

Os

resíduos

eram

recolhidos

nas

moradias

e

estabelecimentos e despejados no Guaíba. Neste mesmo ano, foi lançado o
Regulamento do Serviço de Esgotos. Em 1928, foi criada a Diretoria Geral de
Saneamento (DGS). A água passa a ser tratada.
A DGS transforma-se em Secretaria Municipal de Água e Saneamento a partir
de 1956. No início da década, o município faz empréstimo junto a um banco
para investimento em saneamento básico. Por exigência da instituição
bancária, a Secretaria Municipal de Água e Saneamento foi transformada em
Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE).
Nos anos 70, registrou-se o maior desenvolvimento dos sistemas de água e
esgotos de Porto Alegre. Com isso, em 1981, o DMAE abastecia 98% da
população porto-alegrense. A rede de coleta de esgotos cloacais atingia 50%
dos usuários. Da década de 80 para cá, o DMAE fez uma série de
investimentos, com recursos próprios e financiamentos, para ampliar e
melhorar seus serviços.
Passamos a parte externa onde é feito de fato o tratamento, foi verificado a
existência das placas de aviso sobre risco de queda, também algumas bóias
dispostas em locais sinalizados. Nos foi explicado cada parte do processo do
pré-tratamento à torneira do usuário.
Pré-Tratamento
Implica na aplicação de agentes oxidantes e carvão ativado, na água bruta
,com o objetivo de reduzir a quantidade de matéria orgânica, eliminar a larva do
mexilhão-dourado (espécie de molusco exótica originada na Ásia, suas
colônias obstruem as tubulações de captação de água), e reduzir o gosto e o
odor oriundos de florações (desenvolvimento de algas no manancial).
Captação
O DMAE capta água bruta do Lago Guaíba e, em pequena quantidade, da
Represa da Lomba do Sabão (na divisa entre Porto Alegre e Viamão). A água
bruta passa por um gradeamento, que retém os sólidos de maior volume, para
depois ser conduzida às ETAS.
Podemos observar na pratica como é feita cada etapa.
São feitas análises químicas na Casa Química a cada hora, durante as 24
horas do dia, todos os dias, por todo o ano para se avaliar as variações do
estado de contaminação e de produtos a serem utilizados no tratamento.
Já na entrada da água na estação são colocados os primeiros produtos
(Cloreto de polialuminio o e Flúor) aproveitando a pressão da água para
misturar os produtos e por uma questão de economia de energia elétrica sem a
necessidade de utilizar motor.
Floculação
Na ETA, a água recebe um coagulante primário (como sulfato de alumínio ou
cloreto de polialumínio), que aglutina as partículas sólidas em suspensão,
sujeiras e microrganismos, formando flocos, nesta etapa à água passa por
tanques em formato de labirintos que diminuem a pressão da água ajudando
assim na formação dos flocos.
Decantação
Os flocos que estavam em suspensão adquirem peso, sedimentam e se
depositam no fundo do decantador. Os tanques de decantação são limpos a
cada 36 dias, são fechadas as entradas e saídas do tanque, e a água
juntamente com o lodo depositado no fundo do tanque é devolvida ao Lago
Guaíba, a ETA Moinhos de Vento ainda não faz o tratamento do lodo,
produzido pela decantação dos resíduos presentes na água. Já existe processo
que possibilite o tratamento deste lodo através da compostagem, secagem e
reciclagem da mesma, cada tanque tem formato de V para facilitar a limpeza e
o tratamento, mede 2,80m de profundidade.
Filtração
A água passa por filtros, onde são retidos os flocos menos pesados que não
decantaram no processo anterior. Foi observado na sala de filtragem,
ambiente sem proteção (guarda-corpo), medidas de proteção coletiva devem
ser priorizadas conforme determina a legislação de Segurança e Medicina do
Trabalho. São tanques de baixo nível de água, no entanto o local é
constantemente visitado por grupos de crianças tornando o ambiente arriscado,
a presença de extintores foi constatada. Foi nos apresentados o perfil do filtro,
composto por areia fina, areia média e, areia grossa e cascalho. A limpeza é
feita a cada 36 horas através de fluxo de água contrária que leva as impurezas
a um tanque localizado ao lado e desse tanque retorna ao inicio do tratamento.
Desinfecção ou cloração
A adição de cloro elimina os microrganismos patogênicos. Compreende as
fases de inter-cloração (serve para preservar os filtros de contaminações) e
pós-cloração (garante a desinfecção da água tratada).
Alcalinização
A água recebe agentes alcalinizantes, que devolvem a ela a sua alcalinidade
natural e o seu pH.
Fluoretação
A aplicação de flúor na água tratada colabora para reduzir a incidência de
cárie dentária, principalmente entre crianças e adolescentes.
Distribuição
Concluído o processo de tratamento, a água é armazenada em reservatório
e depois, por meio de redes de distribuição e estações de bombeamento, é
distribuído para os usuários, o processo completo de tratamento leva 8 horas.
O que chamou bastante atenção foi que o sistema é complexo e consistem em
uma combinação de processos, procedimentos e práticas adotadas por todos
os funcionários da ETA, no entanto não nos foi exigido o uso de nenhum tipo
de EPI para que realizássemos o acompanhamento as instalações, ao
contrário, observou-se um funcionário executando algum trabalho, caminhando
por sobre as chamadas pontes existentes entre os tanques sem o uso devido
de EPI, o Dmae (Departamento Municipal de Água e Esgoto), trabalha focando
na educação ambiental, par isso elabora e distribui material de conscientização
a comunidade e mantém no ar site, com várias informações sobre sua o
departamento e suas atividades.

Conclusão
A visita foi bastante proveitosa, visto que os alunos tiveram a oportunidade de
conhecer o sistema de uma empresa pública e também para rever os conceitos
teóricos metodológicos sobre a importância da água para a manutenção da
vida, expressando o diálogo, participando com dúvidas e também treinando o
olhar, para construção de novas idéias e novos métodos fazendo com que a
formação dos futuros Técnicos em segurança do Trabalho se destaque perante
o mercado de trabalho e sociedade.
01-Estação de Tratamento de Água- Moinhos de Vento

02- Funcionários nas instalações da ETA sem uso de EPI
Turma TST09 recebendo palestra no auditório da ETA Moinhos de Vento

03-Turma TST09

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  • 1. Sistema Educacional Galileu Escola Técnica Cecília Meirelles Curso Técnico em Segurança do Trabalho Componente Curricular: Educação Ambiental Orientador Disciplinar: Otávio Reis Data: 15/05/2013 RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA DMAE Porto Alegre, 15 de maio de 2013
  • 2. Introdução No dia 15 de maio de 2013, sob orientação do Professor Otávio Reis, foi realizada visita técnica pela turma TST09, a Estação de Tratamento de Água (ETA Moinhos de Vento) do DEMAE, localizado na Rua 24 de Outubro, 200 Moinhos de vento, Porto Alegre-Rs, Estação esta que possui as seguintes características: Recalque (coleta) de Água Bruta: 1.850 L/s Tratamento (Floculação, Decantação e filtração): 800 L/s Vazão Máxima: 2.000 L/s Reserva: 30.000m3 População Abastecida: 325.500 habitantes, abastecendo os bairros: Centro, Moinhos de Vento e parte do bairro Auxiliadora. A visita foi antecedida de uma palestra sobre o ciclo da água e do esgoto, o histórico do abastecimento de água em Porto Alegre, a distribuição da água no planeta e dicas de uso racional da água ministrado por Tomaz, estagiário em Geografia. A visita teve como objetivo constatar e entender como funciona o processo de uma estação de tratamento de água bem como as diversas etapas, procedimentos e qual a responsabilidade ambiental, que a instituição exerce na sociedade.
  • 3. Desenvolvimento Inicialmente, fomos recepcionados pelo funcionário da portaria e nesse momento já foi possível perceber uma primeira falha com relação à área da segurança, pois não foi preciso identificação de nenhuma pessoa do grupo. Logo em seguida recebemos as boas vindas feita por Tomaz, o qual nos orientou durante a visita. Passamos as instalações, primeiramente uma exposição de trabalhos feitos com reciclagem de matérias recolhidos nos rios, observou-se 02 extintores de água e 01 de pó químico. Logo após nos encaminhamos ao auditório, o qual não apresentou acesso adaptado para cadeirantes, ambiente bem iluminado, com avisos de proibido fumar, não foi localizado extintor, tampouco sinalização de saída do auditório. Observou-se uma estrutura adaptada, de um prédio cuja data de construção foi em torno do ano de 1900, prédio este tombado como patrimônio histórico da cidade. Por se tratar de construção antiga foram detectadas algumas avarias, até mesmo na adaptação feita, avarias como fios da instalação elétrica expostos, na entrada do prédio e também na caixa de djuntor junto ao palestrante, o uso de adaptadores e Ts para funcionamento dos aparelhos de som e imagem usados na palestra também foi observado. Um estudo na estrutura e uma avaliação de risco diminuiriam a possibilidade de possíveis acidentes, já que a instituição recebe muitas turmas de crianças para visita. Foi realizada palestra nos dando um breve histórico da instituição DMAE. O DMAE foi criado em 15 de dezembro de 1961, mas a história do abastecimento de água e do saneamento em Porto Alegre teve início no século XVIII. Desde a fundação da Capital Gaúcha, os porto-alegrenses têm o Lago Guaíba como seu principal manancial. Naquela época, o lago já era também o destino dos dejetos da cidade, que não recebiam qualquer tratamento. Aos poucos, com o aumento da população e a ocupação de áreas mais distantes do Guaíba, cresceu a necessidade de abastecimento de água na cidade. Assim, em 1779, foram construídas as duas primeiras fontes públicas de Porto Alegre, de onde os "pipeiros" retiravam a água para vender de porta em porta. Outras fontes foram espalhadas pela Capital até a segunda metade do século seguinte. Entre 1861 e 1944, Porto Alegre contou com dois sistemas de fornecimento de água. A Hidráulica Porto-alegrense (explorou os serviços
  • 4. de água encanada entre 1866 a 1944) e a Companhia Hidráulica Guahybense, responsável pela coleta e distribuição de água à população de 1861 a 1904, ano em que foi estatizada como Secção de Abastecimento de Água (mais tarde rebatizada de Secção da Hidráulica Municipal). Até essa época, na área de saneamento, praticamente não havia avanços. O primeiro sistema de esgotos da cidade, com 51 mil metros, foi inaugurado somente em 1912. Os resíduos eram recolhidos nas moradias e estabelecimentos e despejados no Guaíba. Neste mesmo ano, foi lançado o Regulamento do Serviço de Esgotos. Em 1928, foi criada a Diretoria Geral de Saneamento (DGS). A água passa a ser tratada. A DGS transforma-se em Secretaria Municipal de Água e Saneamento a partir de 1956. No início da década, o município faz empréstimo junto a um banco para investimento em saneamento básico. Por exigência da instituição bancária, a Secretaria Municipal de Água e Saneamento foi transformada em Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE). Nos anos 70, registrou-se o maior desenvolvimento dos sistemas de água e esgotos de Porto Alegre. Com isso, em 1981, o DMAE abastecia 98% da população porto-alegrense. A rede de coleta de esgotos cloacais atingia 50% dos usuários. Da década de 80 para cá, o DMAE fez uma série de investimentos, com recursos próprios e financiamentos, para ampliar e melhorar seus serviços. Passamos a parte externa onde é feito de fato o tratamento, foi verificado a existência das placas de aviso sobre risco de queda, também algumas bóias dispostas em locais sinalizados. Nos foi explicado cada parte do processo do pré-tratamento à torneira do usuário. Pré-Tratamento Implica na aplicação de agentes oxidantes e carvão ativado, na água bruta ,com o objetivo de reduzir a quantidade de matéria orgânica, eliminar a larva do mexilhão-dourado (espécie de molusco exótica originada na Ásia, suas colônias obstruem as tubulações de captação de água), e reduzir o gosto e o odor oriundos de florações (desenvolvimento de algas no manancial). Captação O DMAE capta água bruta do Lago Guaíba e, em pequena quantidade, da Represa da Lomba do Sabão (na divisa entre Porto Alegre e Viamão). A água
  • 5. bruta passa por um gradeamento, que retém os sólidos de maior volume, para depois ser conduzida às ETAS. Podemos observar na pratica como é feita cada etapa. São feitas análises químicas na Casa Química a cada hora, durante as 24 horas do dia, todos os dias, por todo o ano para se avaliar as variações do estado de contaminação e de produtos a serem utilizados no tratamento. Já na entrada da água na estação são colocados os primeiros produtos (Cloreto de polialuminio o e Flúor) aproveitando a pressão da água para misturar os produtos e por uma questão de economia de energia elétrica sem a necessidade de utilizar motor. Floculação Na ETA, a água recebe um coagulante primário (como sulfato de alumínio ou cloreto de polialumínio), que aglutina as partículas sólidas em suspensão, sujeiras e microrganismos, formando flocos, nesta etapa à água passa por tanques em formato de labirintos que diminuem a pressão da água ajudando assim na formação dos flocos. Decantação Os flocos que estavam em suspensão adquirem peso, sedimentam e se depositam no fundo do decantador. Os tanques de decantação são limpos a cada 36 dias, são fechadas as entradas e saídas do tanque, e a água juntamente com o lodo depositado no fundo do tanque é devolvida ao Lago Guaíba, a ETA Moinhos de Vento ainda não faz o tratamento do lodo, produzido pela decantação dos resíduos presentes na água. Já existe processo que possibilite o tratamento deste lodo através da compostagem, secagem e reciclagem da mesma, cada tanque tem formato de V para facilitar a limpeza e o tratamento, mede 2,80m de profundidade. Filtração A água passa por filtros, onde são retidos os flocos menos pesados que não decantaram no processo anterior. Foi observado na sala de filtragem, ambiente sem proteção (guarda-corpo), medidas de proteção coletiva devem ser priorizadas conforme determina a legislação de Segurança e Medicina do Trabalho. São tanques de baixo nível de água, no entanto o local é constantemente visitado por grupos de crianças tornando o ambiente arriscado, a presença de extintores foi constatada. Foi nos apresentados o perfil do filtro, composto por areia fina, areia média e, areia grossa e cascalho. A limpeza é
  • 6. feita a cada 36 horas através de fluxo de água contrária que leva as impurezas a um tanque localizado ao lado e desse tanque retorna ao inicio do tratamento. Desinfecção ou cloração A adição de cloro elimina os microrganismos patogênicos. Compreende as fases de inter-cloração (serve para preservar os filtros de contaminações) e pós-cloração (garante a desinfecção da água tratada). Alcalinização A água recebe agentes alcalinizantes, que devolvem a ela a sua alcalinidade natural e o seu pH. Fluoretação A aplicação de flúor na água tratada colabora para reduzir a incidência de cárie dentária, principalmente entre crianças e adolescentes. Distribuição Concluído o processo de tratamento, a água é armazenada em reservatório e depois, por meio de redes de distribuição e estações de bombeamento, é distribuído para os usuários, o processo completo de tratamento leva 8 horas. O que chamou bastante atenção foi que o sistema é complexo e consistem em uma combinação de processos, procedimentos e práticas adotadas por todos os funcionários da ETA, no entanto não nos foi exigido o uso de nenhum tipo de EPI para que realizássemos o acompanhamento as instalações, ao contrário, observou-se um funcionário executando algum trabalho, caminhando por sobre as chamadas pontes existentes entre os tanques sem o uso devido de EPI, o Dmae (Departamento Municipal de Água e Esgoto), trabalha focando na educação ambiental, par isso elabora e distribui material de conscientização a comunidade e mantém no ar site, com várias informações sobre sua o departamento e suas atividades. Conclusão A visita foi bastante proveitosa, visto que os alunos tiveram a oportunidade de conhecer o sistema de uma empresa pública e também para rever os conceitos teóricos metodológicos sobre a importância da água para a manutenção da vida, expressando o diálogo, participando com dúvidas e também treinando o olhar, para construção de novas idéias e novos métodos fazendo com que a formação dos futuros Técnicos em segurança do Trabalho se destaque perante o mercado de trabalho e sociedade.
  • 7. 01-Estação de Tratamento de Água- Moinhos de Vento 02- Funcionários nas instalações da ETA sem uso de EPI
  • 8. Turma TST09 recebendo palestra no auditório da ETA Moinhos de Vento 03-Turma TST09