O documento discute a gestão da água no município de Gaia, Portugal. A empresa Águas de Gaia é responsável por assegurar a distribuição de água potável, drenagem de águas residuais, gestão de resíduos sólidos e promoção do uso sustentável de praias. O documento também descreve o funcionamento da estação de tratamento de água e da estação de tratamento de esgotos de Gaia, bem como os impactos da agricultura, urbanização e indústria na poluição da água.
1. ÁGUA
Bruno oliveira
Área: Sociedade, Tecnologia e Ciência
NÚCLEO GERADOR 2: SISTEMAS AMBIENTAIS
Domínio de Referência 3 – Recursos Naturais
Curso de Educação e Formação de Adultos (nível secundário) 2018/2019
Escola S/3 Arquitecto Oliveira Ferreira
(Cód. 403337)
2. GESTÃO DA ÁGUA EM GAIA - ÁREAS DE
INTERVENÇÃO E PODERES ESPECÍFICOS
Águas de Gaia assume como principal
missão assegurar:
• A distribuição de água de qualidade
aos gaienses;
• A drenagem das águas residuais e a
gestão da rede de águas pluviais,
contribuindo para a despoluição do
rio Douro e das ribeiras do concelho;
• A gestão da recolha e
encaminhamento dos resíduos sólidos
urbanos;
• A promoção da melhor utilização das
praias e zonas balneares do concelho;
• O contributo para a qualidade de vida
das populações.
3. RELAÇÃO IBÉRICA NA GESTÃO DA ÁGUA
https://rr.sapo.pt/artigo/144554/agua-um-problema-complicado
4. RELAÇÃO IBÉRICA NA GESTÃO DA ÁGUA
https://rr.sapo.pt/artigo/144554/agua-um-problema-complicado
5. DISTRIBUIÇÃO DA ÁGUA EM GAIA
• Com 135.220 clientes de água que correspondem a uma taxa de cobertura efectiva de 87%
do território do concelho de Gaia, Águas de Gaia tem um volume de água distribuída de
14.674.131m3.
• O sistema é composto por 32 reservatórios de água, 3 estações elevatórias e 1494,2 Km de
rede de distribuição de água.
6. Tratamento da Água (Eta)
A ETA de Lever está integrada num Complexo localizado em Vila Nova de Gaia, do qual fazem
parte as seguintes infraestruturas: três poços de captação em profundidade, duas estações
elevatórias, duas subestações de energia, uma captação de água superficial, um reservatório de
água bruta e outro de água tratada, uma unidade de pré-tratamento, uma unidade de
tratamento de lamas, uma estação elevatória, um laboratório de processo, um centro de
educação ambiental e um edifício de exploração. Na ETA de Lever produzem-se em média 270
mil m3 de água por dia para abastecer as regiões do Grande Porto e parte do Vale do Sousa,
abrangendo 1,39 milhões de pessoas. A água tratada nesta infraestrutura é captada na albufeira
de Crestuma-Lever (rio Douro).
ETA de Lever
8. ETAR Gaia Litoral
A Estação de Tratamento de Águas Residuais de Gaia Litoral entrou
em funcionamento em maio de 2003 e está dimensionada para
uma população de 300.000 habitantes-equivalentes no ano de
horizonte de projeto. O caudal médio de tratamento e o caudal de
ponta são de 66.700m³/dia e 1,177m³/s, respetivamente. O
processo de tratamento baseia-se num sistema de tratamento por
lamas ativadas em regime de arejamento convencional.
A linha líquida é constituída pelos componentes que se descrevem
nos pontos seguintes:
• Tratamento preliminar constituído por tamisagem em dois canais
paralelos;
• Tratamento primário com remoção de areias, óleos e gorduras
em dois órgãos de tratamento compactos patenteados pela Ondeo
Degremont (Sedipac 3D);
• Tratamento biológico através de um processo de lamas ativadas.
• Decantação secundária através da separação gravítica entre as
lamas ativadas e a água residual tratada assegurada por quatro
decantadores retangulares.
• O efluente final é descarregado no Oceano Atlântico, a 30
metros de profundidade, através de um emissário submarino em
condições ambientalmente adequadas.
9. ETAR Gaia Litoral
A linha sólida é constituída pelos componentes que
se descrevem nos pontos seguintes:
• Espessador gravítico para as lamas primárias;
• Espessamento por flotação por ar dissolvido para
as lamas biológicas resultantes da depuração das
águas residuais;
• Digestão anaeróbia para produção de biogás
para cogeração de energia elétrica e energia
calorífica para aquecimento dos dois digestores;
• Desidratação mecânica das lamas espessadas
com recurso a centrífuga;
• Armazenamento de lamas desidratadas em
contentores. As lamas são removidas regularmente
para destino ambientalmente adequado.
11. Diferentes Etapas Do Ciclo Da Água
• O ciclo da água é o permanente
processo de transformação da água
na natureza, passando de um estado
para outro (líquido, sólido ou gasoso).
• A essa transformação e circulação da
água dá-se o nome de ciclo da água
ou ciclo hidrológico, que se
desenvolve através dos processos de
evaporação, condensação,
precipitação, infiltração e
transpiração.
• A água, indispensável para a
manutenção da vida, é encontrada na
natureza e está distribuída nos rios,
lagos, mares, oceanos e em camadas
subterrâneas do solo ou em geleiras.
12. Impacte ambiental da agricultura
na água
A agricultura industrial está entre as principais causas
de poluição da água, especialmente nos países com
mais rendimentos e em muitas economias
emergentes.
O nitrato proveniente da agricultura é o contaminante
mais comum das águas subterrâneas. Na União
Europeia, 38 por cento das massas de água estão sob
pressão significativa por causa da poluição agrícola, e
nos Estados Unidos a agricultura é a maior fonte de
poluição de rios e riachos. Na China, a quase
totalidade da poluição das águas subterrâneas está
relacionada com a agricultura. Nas economias
emergentes, as águas residuais industriais e
municipais são uma grande fonte de preocupação.
O papel da agricultura ainda é pouco claro mas
suspeita-se tenha uma importância crescente na
degradação da qualidade da água. A aquacultura está,
aliás, a emergir enquanto agente poluidor da água. Os
excrementos dos peixes e a comida que fica por
ingerir degradam a qualidade da água. O aumento da
produção acarreta o recurso a cada vez mais
antibióticos, fungicidas e anti-incrustantes, que
podem poluir os ecossistemas.
13. impacte ambiental da urbanização na
água
A terra e o solo são recursos vitais para a Europa e estão na
base de grande parte do desenvolvimento do nosso
continente. Mas, nas últimas décadas, a ocupação dos solos
para urbanização e construção de infraestruturas tem
aumentado a um ritmo mais de duas vezes superior ao
aumento da população, uma tendência que é claramente
insustentável a longo prazo. A impermeabilização dos solos –
quando são cobertos de material impermeável, como o betão
ou o asfalto – é uma das principais causas da sua degradação
na UE. A impermeabilização dos solos aumenta o risco de
inundações e de escassez de água, contribui para o
aquecimento global, coloca em risco a biodiversidade e é
motivo de especial preocupação quando afeta terrenos
agrícolas férteis.
14. Impacte ambiental da indústria
na água
Como qualquer atividade humana, porém, as
indústrias são responsáveis por causar muitos danos
ao meio ambiente e à saúde humana. Isso porque elas
geram matérias biológicas, gases e líquidos que
contaminam os rios, mares e lagos.
Certos processos industriais, entre as quais a produção
de celulose e de tecidos e o fabrico de tintas e
solventes, geram metais pesados, tais como o
mercúrio, o chumbo e o cádmio, como resíduos. Caso
a indústria não realize o tratamento adequado de seu
esgoto, esses metais serão lançados em rios, que
acabam por desaguar no mar, contaminando-o.
O petróleo pode ser liberado no mar de diversas
formas: devido a acidentes durante o percurso dos
navios transportadores, durante a lavagem dos
tanques dos navios, devido a acidentes nos dutos que
o conduzem às indústrias de refinamento ou por causa
de vazamentos nas estações de extração.